Exército sírio aproxima-se da fronteira com a Turquia
Soldados e milícias leais ao regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad, entraram neste sábado numa aldeia junto à fronteira com a Turquia, em mais uma movimentação destinada a calar a revolta popular que há três meses cresce no país. (...)

Exército sírio aproxima-se da fronteira com a Turquia
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-06-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: Soldados e milícias leais ao regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad, entraram neste sábado numa aldeia junto à fronteira com a Turquia, em mais uma movimentação destinada a calar a revolta popular que há três meses cresce no país.
TEXTO: “Eles chegaram às sete da manhã a Bdama. Eu contei novo tanques, dez blindados de transporte, 20 jipes e dez autocarros. Vi os shabbiha [milícias] a atear fogo a duas casas”, contou à Reuters Saria Hammouda, uma advogada que vive na aldeia. Outras testemunhas falam em dezenas de detenções e há quem diga ter visto soldados a incendiar colheitas nas imediações, prosseguindo uma estratégia de terra queimada que tem vindo a ser denunciada por activistas dos direitos humanos. Bdama, explicou a Reuters, tem sido decisiva no apoio aos milhares de sírios que fugiram da cidade de Jisr al-Shughour (Noroeste), tomada há cinco dias pelo Exército. Mais de dez mil pessoas atravessaram desde então a fronteira com Turquia, mas um número idêntico permanece em território sírio, dependentes da solidariedade da população local que pode agora estar em causa. “Os habitantes de Bdama não se atrevem a levar comida aos refugiados e os refugiados têm medo de serem presos se forem a Bdama”, explicou à agência britânica Rami Abdulrahman, do observatório sírio dos direitos humanos. A expansão das operações no noroeste do país, onde as forças leais a Assad controlam já várias cidades, segue-se a mais um dia de violenta repressão dos protestos, que se estendem agora a várias partes do país. Os jornalistas internacionais estão proibidos de entrar na Síria, mas activistas contam que pelo menos 19 pessoas terão sido mortas durante as manifestações de ontem. Os incidentes mais graves terão ocorrido em Homs, cidade de um milhão de habitantes no centro do país, onde segundo o comité de coordenação dos protestos, dez manifestantes foram mortos a tiro. A agência estatal SANA confirmou a morte de nove pessoas, incluindo polícias, mas atribuiu os incidentes a “grupos armados”, os mesmos que responsabiliza pelos três meses de instabilidade no país. Perante o degenerar do conflito, o Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico exortou hoje os seus cidadãos a abandonarem o quanto antes o país nos voos comerciais disponíveis, avisando que embaixada em Damasco poderá não ter condições para coordenar uma evacuação se a situação se agravar.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos morte humanos medo
Exército sírio marcha com violência sobre Badama
O Exército sírio avançou sobre a cidade fronteiriça de Badama, usando tanques de guerra e outros blindados, queimando casas e terras cultivadas e detendo dezenas de pessoas sob o pretexto de que estariam a fornecer alimentos e outras provisões às populações em fuga do país. (...)

Exército sírio marcha com violência sobre Badama
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento -0.8
DATA: 2011-06-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Exército sírio avançou sobre a cidade fronteiriça de Badama, usando tanques de guerra e outros blindados, queimando casas e terras cultivadas e detendo dezenas de pessoas sob o pretexto de que estariam a fornecer alimentos e outras provisões às populações em fuga do país.
TEXTO: É o último sinal da intransigência do regime do Presidente Bashar al-Assad, contestado nas ruas há três meses. A acção militar tinha aparentemente como objectivo controlar o corredor de escape utilizado por refugiados e desertores em fuga para a Turquia, segundo o "The Washington Post". “O Exército tinha dois motivos para controlar Badama: um era travar o movimento em direcção à Turquia e outro era impedir que recebêssemos provisões, especialmente comida e material médico”, explicou um residente, Jamal Saeb, ao diário norte-americano. O ataque a Badama, que já se anunciava pelas movimentações do Exército ao longo da semana, começou manhã cedo. “Chegaram às sete horas. Contei nove tanques, dez blindados, vinte jipes e dez autocarros. Vi os shabbiha [guerrilheiros pró-Assad] incendiar duas casas”, contou à Reuters Saria Hammouda, um advogado residente naquela cidade. Ao princípio da tarde, a cidade estava completamente cercada. A marcha das forças do regime pela província de Idlib, uma zona rural no Norte do país que vai até à fronteira com a Turquia, já empurrou mais de dez mil pessoas para fora do país. Grande parte está alojada em tendas, do outro lado da fronteira, em acampamentos para refugiados montados pelo Crescente Vermelho. Mas um número indeterminado de sírios em fuga permanece escondido no seu próprio país – nas montanhas e em aldeias junto a terrenos agrícolas da região de Jisr al-Shughour. Badama, a menos de 20 quilómetros da Turquia, funcionaria como um centro nevrálgico de passagem e abastecimento para esta população de refugiados. A investida militar poderá criar uma crise humanitária: “Os residentes de Badama não se atrevem a levar pão aos refugiados, e os refugiados temem ser presos se foram até à cidade em busca de comida”, observava Rami Abdulrahman, do Observatório Sírio para os Direitos Humanos, contactado pela Reuters.
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Palavras-chave direitos humanos ataque humanitária
Assad reafirma "conspiração" contra a Síria
Num discurso proferido nesta segunda-feira na Universidade de Damasco, o Presidente sírio, Bashar al-Assad, voltou a afirmar que o seu país enfrentava uma “conspiração”, sublinhando porém que ela tornava a Síria “mais resistente”. (...)

Assad reafirma "conspiração" contra a Síria
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-06-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: Num discurso proferido nesta segunda-feira na Universidade de Damasco, o Presidente sírio, Bashar al-Assad, voltou a afirmar que o seu país enfrentava uma “conspiração”, sublinhando porém que ela tornava a Síria “mais resistente”.
TEXTO: O país encontra-se num “momento decisivo” depois de “dias difíceis”, declarou Assad, há três meses a enfrentar uma contestação sem precedentes. Naquele que foi o seu terceiro discurso desde o início dos protestos, a 15 de Março, o chefe de Estado sírio garantiu que não havia reformas “na sabotagem e no caos” e que aquilo que alguns estavam a levar a cabo na Síria não estava relacionado com reformas mas apenas com “sabotagem”. O Presidente sublinhou também a necessidade de distinguir as necessidades legítimas do povo dos “sabotadores”. Assad acusou ainda homens armados de massacres em Jisr al-Shughour, com sofisticadas armas e comunicações. Às “famílias dos mártires”, o chefe de Estado exprimiu as suas “condolências”. O Presidente adiantou ainda que cerca de “64 mil pessoas” eram procuradas pelas autoridades e que algumas se entregaram por si próprias. “Devemos resolver os problemas sírios sozinhos”, declarou Bashar al-Assad, referindo a necessidade de um “diálogo nacional” – que poderá levar a “uma nova Constituição” –, entre o som de aplausos e slogans em seu apoio, relata a AFP. “Pode-se dizer que o diálogo nacional é o slogan da próxima etapa”, disse o Presidente. “O diálogo nacional poderá conduzir a alterações na Constituição ou a uma nova Constiuição”, acrescentou. “Alguns pensam que há atrasos no que toca às reformas, que não é sério. Mas isso não é verdade, o processo de reformas é uma convicção total no interesse da pátria”, assegurou Assad, adiantando que iria pedir ao ministro da Justiça que estudasse uma “expansão” da amnistia que recentemente decretou. No final de Maio, o Presidente sírio anunciou uma amnistia geral que envolveu os opositores da Irmandade Muçulmana e todos os prisioneiros políticos. No entando, desde o início da repressão aos protestos activistas dos direitos humanos estimam que tenham sido presas cerca de dez mil pessoas. Aqueles a quem apelida de responsáveis pelo “derramento de sangue” terão de prestar contas, garantiu Assad sublinhando que não há “solução política” com “aqueles que carregam armas”. O Presidente da Síria dirigiu-se também aos milhares de refugiados sírios que fugiram para a Turquia, pedindo-lhes que regressassem “o mais rapidamente possível” e aos cidadãos sírios em geral que o ajudassem a restaurar a normalidade, ainda que a “crise” dure meses ou anos. Assad anunciou ainda eleições parlamentares a acontecer em Agosto. Mas convém recordar que, desde há 40 anos, as eleições têm o mesmo partido vencedor: o partido Baas, liderado por Bashar al-Assad. O discurso do Presidente sírio acontece um dia depois de os opositores sírios terem anunciado a criação de um Conselho Nacional para representar todos os envolvidos na contestação ao regime. Turquia dá menos de uma semana ao regime sírioO discurso de Bashar al-Assad, aguardado por muitos com expectativa já que deveria determinar as escolhas futuras do regime face ao conflito que se arrasta há três meses, veio confirmar que o Presidente sírio mantém a linha dura e não está disposto a ceder aos que pedem o fim do seu regime. Um responsável turco afirmou no domingo que Assad tinha menos de uma semana para começar a adoptar reformas antes que a intervenção estrangeira comece. A Turquia, maior vizinho da Síria e o seu principal parceiro comercial, tem tentado persuadir Assad a parar com a repressão às manifestações pró-democracia, que segundo activistas de direitos humanos já terá provocado mais de 1300 mortos. Notícia actualizada às 11h55
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Palavras-chave direitos homens humanos
Presidente sírio deve fazer reformas ou retirar-se do poder, diz diplomacia britânica
O Presidente sírio, Bashar al-Assad, deve adoptar reformas para democratizar o país ou, caso contrário, retirar-se do poder. A mensagem é de William Hague, o ministro britânico dos Negócios Estrangeiros. (...)

Presidente sírio deve fazer reformas ou retirar-se do poder, diz diplomacia britânica
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-06-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Presidente sírio, Bashar al-Assad, deve adoptar reformas para democratizar o país ou, caso contrário, retirar-se do poder. A mensagem é de William Hague, o ministro britânico dos Negócios Estrangeiros.
TEXTO: Hague, que prestou declarações à margem de um reunião com os seus homólogos da União Europeia no Luxemburgo, referiu ainda que desejava que a Turquia utilizasse a sua influência na Síria para transmitir aos membros do regime a mensagem de que perdem “a sua legitimidade” e que Assad “deverá reformar o país ou retirar-se” do poder. “Espero que sejam claros e francos quanto a esse assunto” com as autoridades sírias, disse o ministro britânico. “Acontecimentos muito importantes desenrolam-se na Síria, esperamos o discurso do Presidente esta manha”, adiantou ainda Hague, numa alusão ao discurso que está prometido para esta segunda-feira - o terceiro desde o início da vaga de contestação a 15 de Março. O chefe da diplomacia britânica aproveitou para referir as expectativas do Reino Unido quanto ao discurso de Assad: “O Reino Unido espera que ele responda às queixas legítimas [da população], que liberte os prisioneiros de consciência, que autorize o acesso à internet e que respeite a liberdade dos media”, sublinhou, citado pela AFP. Ontem, os opositores sírios anunciaram a criação de um conselho para representar todos os envolvidos na contestação ao regime de Bashar al-Assad, há onze anos no poder. «Avançámos com a criação de um Conselho Nacional para liderar a revolução na Síria, composto por todas as comunidades e representantes das forças políticas nacionais no interior e exterior da Síria», declarou ontem em conferência de imprensa Jamil Saib, porta-voz do grupo de opositoresA criação do Conselho Nacional é vista como uma tentativa para dar um rosto à contestação numa altura em que as forças de segurança sírias apertam o cerco a todos aqueles que querem abandonar o seu país. Já são mais de dez mil os sírios que se encontram actualmente registados nos campos de refugiados na Turquia. Ancara garantiu que não fechará fronteiras aos que fogem da violência.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave violência
Exército sírio chega à fronteira provocando êxodo para a Turquia
Carros de combate e soldados sírios chegaram pela manhã à fronteira com a Turquia, precipitando a fuga de centenas de deslocados que tinham fugido à repressão do regime de Bashar al-Assad, encontrando refúgio nos campos da região. (...)

Exército sírio chega à fronteira provocando êxodo para a Turquia
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-06-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: Carros de combate e soldados sírios chegaram pela manhã à fronteira com a Turquia, precipitando a fuga de centenas de deslocados que tinham fugido à repressão do regime de Bashar al-Assad, encontrando refúgio nos campos da região.
TEXTO: “Eles estão a fugir em pânico. Já viram o que aconteceu noutras aldeias” da região, contou à Reuters um agricultor sírio, depois dos blindados terem entrado, às primeiras horas do dia, em Khirbet al-Joz, uma aldeia a menos de um quilómetro da fronteira. Um habitante de Guvecci, no lado turco da fronteira, disse à AFP (04h00 em Lisboa) que viu tanques na colina situada junto à aldeia cerca das 06h00. Pouco depois, a bandeira turca que tinha sido erguida na localidade em sinal de agradecimento pela solidariedade do país vizinho foi substituída por um estandarte sírio, confirmou um enviado da agência francesa. Alguns quilómetros a norte de Guvecci, várias centenas de deslocados fugiam do país, forçando a barreira de arame farpado que delimita a fronteira entre os dois países. A AFP conta que os sírios estavam a ser escoltados por carros da polícia turca e por autocarros enviados ao local a fim organizar a sua transferência para os cinco campos de refugiados criados pelo Crescente Vermelho em território turco. Segundo o presidente da organização humanitária na Turquia, Tekin Küçükali, mais de 600 sírios atravessaram a fronteira durante a manhã, juntando-se aos cerca de 11 mil refugiados que ali chegaram nas últimas semanas, depois de as forças leais ao regime sírio terem entrado na região de Jisr al-Shugour para esmagar os protestos contra o Presidente Bashar al-Assad, contestado nas ruas há mais de três meses. Mas milhares de outros – 15 mil segundo os últimos cálculos – procuraram refúgio nos campos e florestas ainda do lado sírio, temendo não poder regressar a casa se atravessassem a fronteira, tendo recebido garantias da Turquia que poderiam entrar no país em caso de perigo. O Governo turco tem pressionado Assad a pôr fim à repressão dos protestos, que segundo os activistas dos direitos humanos já fizeram mais de 1300 mortos, e já avisou que não ficará impávido se a violência chegar até à sua fronteira. Esta manhã, enquanto se ouviam explosões e disparos provenientes de Khirbet al-Joz, os militares turcos erguiam barreiras com sacos de areia a colocavam metralhadoras em posição. Na colina sobre Guvecci foi erguida uma enorme bandeira turca, relata a AFP. Um contrabandista turco contou ao jornalista da agência que os seus contactos do lado sírio da fronteira lhe disseram que o Exército tinha cercado a aldeia, enquanto unidades de polícia à civil entraram nas quintas que a cercam. Ao final da manhã, a Reuters deu conta da entrada dos militares noutra aldeia síria, Managh, situada a norte de Alepo, a segunda maior cidade do país. “Fui contactado por familiares que lá vivem. Disseram-me que os blindados estão a disparar as suas metralhadoras de forma aleatória e as pessoas estão a fugir da aldeia em todas as direcções”, contou um residente da Alepo que pediu para não ser identificado. O regime sírio atribuiu a contestação a “grupos armados”, prometendo esmagar os que procuram desestabilizar o país. Assad reconhece, ainda assim, razões de descontentamento entre a população e, depois de levantar o estado de emergência que limitava há décadas a liberdade no país, prometeu reformas políticas, até agora por cumprir.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos humanos violência humanitária pânico
Síria movimenta tropas para a fronteira e aumenta a tensão com a Turquia
A Síria está a movimentar tropas para junto da fronteira com a Turquia, o que pode levar a uma escalada no conflito naquele país. A primeira reacção surgiu dos Estados Unidos da América, onde a secretária de Estado, Hillary Clinton, disse que se trata de um passo "muito preocupante" e apelou à demissão do Presidente Bashar al-Assad. (...)

Síria movimenta tropas para a fronteira e aumenta a tensão com a Turquia
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-06-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: A Síria está a movimentar tropas para junto da fronteira com a Turquia, o que pode levar a uma escalada no conflito naquele país. A primeira reacção surgiu dos Estados Unidos da América, onde a secretária de Estado, Hillary Clinton, disse que se trata de um passo "muito preocupante" e apelou à demissão do Presidente Bashar al-Assad.
TEXTO: De acordo com o relato da Reuters, soldados sírios posicionaram-se na quinta-feira junto à linha de separação (a Norte da Síria) e há veículos blindados a patruljhar a zona. Hoje, prossegue a agência noticiosa cujos enviados estão do lado turco, apenas se viam alguns homens e havia um soldado de metralhadora, protegido por sacos de areia, no topo de um prédio na aldeia fronteiriça de Khirbat al-Joz. A população, pouco mais de 1700 pessoas, fugiram, algumas para a Turquia outras acamparam junto à linha de separação. Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos dois países já conversaram por telefone, mas nada foi revelado sobre o teor da conversa. A Turquia e a Síria aproximaram-se nos últimos anos, depois de quase terem entrado em guerra no final dos anos de 1990 devido à Síria ser uma base para as operações dos curdos na Turquia. No último mês as relações azedaram porque a Turquia condenou o uso da força para reprimir os protestos e apelou a Bashar al-Assad para fazer reformas imediatas ou deixar o poder. Damasco não deu explicações para este posicionamento de tropas, mas na última semana o Governo fizera vários apelos para o regresso dos refugiados, garantindo que poderiam voltar às suas casas em segurança. Clinton, que é a responsável pela política externa dos EUA, considerou que a presença de tropas junto da fronteira pode provocar uma resposta da Turquia, onde se encontrram mais de onze mil refugiados sírios que fugiram aos avanços das forças de seguranças com a missão de reprimir, pelas armas, a contestação ao regime totalitário de Damasco. Segundo as fontes da BBC, tropas e tanques entraram na aldeia de Khirbet al-Jouz, forçando os habitantes a sair e provocando um novo êxodo para o país vizinho. A Turquia e a Síria partilham uma extensa fronteira. Várias cidades - incluindo Homs e Hama, dois dos principais focos da contestação - declararam, para hoje, uma greve geral depois de mais um dia de confrontos com as tropas de Al-Assad. Desde que os protestos anti-Governo começaram, em Março, terão morrido, segundo as Nações Unidas, entre 1000 e 1500 pessoas. Milhares de pessoas foram detidas. "Esta acção agressiva só vai exacerbar a já instável situação dos refugiados", disse, na quinta-feira à noite, Hillary Clinton, citada pela Reuters. "Vamos assistir a uma escalada do conflito naquela região caso as forças sírias não ponham um fim imediato aos seus ataques e à sua provocação, que estão a afectar os seus cidadãos e, agora, também a criar um potencial confronto junto às fronteiras. "
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Entidades EUA
EUA colocam meios militares em redor da Líbia
Os Estados Unidos colocaram forças navais e aéreas em redor da Líbia, numa altura em que vários países avaliam a hipótese de pressionar por meios militares o regime de Muammar Khadafi, ainda que a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, tenha garantido, numa reunião do Conselho dos Direitos Humanos da ONU em Genebra, que não está prevista qualquer acção militar com navios norte-americanos. (...)

EUA colocam meios militares em redor da Líbia
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento -0.1
DATA: 2011-03-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os Estados Unidos colocaram forças navais e aéreas em redor da Líbia, numa altura em que vários países avaliam a hipótese de pressionar por meios militares o regime de Muammar Khadafi, ainda que a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, tenha garantido, numa reunião do Conselho dos Direitos Humanos da ONU em Genebra, que não está prevista qualquer acção militar com navios norte-americanos.
TEXTO: O anúncio foi feito por um porta-voz do Pentágono, Dave Laplan, citado pela AFP. “Estão a ser estudados vários planos e possibilidades e podemos dizer que, tendo em conta isso, estamos a reposicionar as forças para ter a flexibilidade necessária quando as decisões forem tomadas”, disse aos jornalistas. Horas antes, um porta-voz da Casa Branca tinha considerado que o exílio de Khadafi é “uma possibilidade” e que os EUA estavam a avaliar a hipótese de impor uma zona de exclusão aérea no país para impedir as forças de Khadafi de atacar os opositores. Mas o coronel que governa a Líbia há 42 anos mantém-se inflexível, e esta segunda-feira voltou a reiterar, numa entrevista a um jornalista da estação de televisão ABC, que não tenciona abandonar o país ou o poder, e tal como em discursos anteriores voltou a apelar aos líbios para o apoiarem. “O meu povo adora-me, morrerá para me proteger”. Os Estados Unidos anunciaram também o envio de duas equipas humanitárias para a fronteira da Líbia com a Tunísia e o Egipto, onde há agora milhares de pessoas que fugiram aos confrontos. Hillary Clinton disse estar “extremamente preocupada” com a situação e anunciou o “envio imediato” de equipas humanitárias, para além da disponibilização de 10 milhões de dólares da agência norte-americana para o desenvolvimento internacional USAID para operações humanitárias de emergência. “A nossa prioridade é manter o fornecimento de medicamentos”, adiantou Clinton. Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, já fugiram da violência na Líbia cerca de 110 mil pessoas. “Khadafi deve abandonar o poder imediatamente”O Presidente norte-americano Barack Obama apelou na semana passada ao fim da violência na Líbia e à tomada de uma decisão conjunta da comunidade internacional para resolver o conflito no país. Esta segunda-feira, no âmbito do encontro da ONU em Genebra, Clinton defendeu a preparação de “medidas suplementares” e disse que Muammar Khadafi deve afastar-se do poder “imediatamente”. “Devemos todos trabalhar em conjunto para a aplicação de medidas suplementares quanto ao Governo de Khadafi, para fornecer ajuda humanitária e apoiar o povo líbio na sua transição para a democracia”, disse a chefe da diplomacia norte-americana. Tal como dissera nas suas primeiras declarações após o início dos confrontos, que já se prolongam desde 15 de Fevereiro, Clinton reiterou que serão avaliadas “todas as opções possíveis”, e adiantou: “Como lhes dissemos, nada está excluído uma vez que o Governo líbio continua a ameaçar e a matar os seus cidadãos”. A secretária de Estado sublinhou também que Khadafi está a recorrer a mercenários para se manter no poder e reprimir a população e adiantou que o líder líbio deve “responder por esses actos que violam as obrigações internacionais e a decência”. Por fim, resumiu numa frase o seu principal apelo, que é também aquele que se tem ouvido em várias cidades da Líbia. “Está na hora de Khadafi sair, agora, sem mais violência e sem mais demoras”. As declarações de Clinton seguiram-se à aprovação, pelo Conselho de Segurança da ONU, de sanções contra Khadafi e o seu círculo. Em simultâneo, e num sinal da crescente pressão diplomática que se ergue em redor do líder líbio, a União Europeia confirmou esta segunda-feira a imposição de sanções ao regime de Trípoli. As medidas, idênticas às aprovadas pelo Conselho de Segurança e às que vários países adoptaram unilateralmente, incluem o congelamento de bens e a proibição de concessão de vistos ao coronel Muammar Khadafi e a 25 familiares e aliados, bem como um embargo à venda de armas ao regime.
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Entidades ONU EUA
Mubarak sofre ‘ataque cardíaco’ durante interrogatório
O ex-Presidente egípcio, Hosni Mubarak, foi hospitalizado em Sharm el-Sheik, após sofrer um “ataque cardíaco” quando estava a ser interrogado, tendo sido internado na unidade de cuidados intensivos, noticiou a imprensa nacional. (...)

Mubarak sofre ‘ataque cardíaco’ durante interrogatório
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento -0.6
DATA: 2011-04-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: O ex-Presidente egípcio, Hosni Mubarak, foi hospitalizado em Sharm el-Sheik, após sofrer um “ataque cardíaco” quando estava a ser interrogado, tendo sido internado na unidade de cuidados intensivos, noticiou a imprensa nacional.
TEXTO: Mubarak chegou ao hospital sob fortes medidas de segurança e, segundo a televisão pública egípcia, foi levado para uma ala isolada. O hospital foi rodeado pela polícia militar e apenas as urgências se mantiveram abertas. Pouco depois, o director do hospital anunciou que o seu estado de saúde era “mais ou menos estável”. O ex-Presidente, de 82 anos, tem vários problemas de saúde e, ainda no ano passado, viajou até à Alemanha para uma operação à vesícula. Após ter sido forçado a abandonar o poder, a 11 de Fevereiro, foi noticiado que o seu estado de saúde se tinha deteriorado, mas a hospitalização acontece apenas depois de, no domingo, a procuradoria-geral egípcia o ter intimado a depor. As informações iniciais indicavam que Mubarak, bem como os filhos Alaa e Gamal, teriam de apresentar-se a um tribunal no Cairo, mas a Al-Arabiya noticiou que os interrogatórios acabaram por ser conduzidos pelo procurador-geral do Sinai do Sul, onde se situa Sharm el-Sheik. Desconhecem-se que acusações pendem contra o ex-Presidente e os filhos, já que a procuradoria revelou apenas que seriam ouvidos no âmbito do inquérito ao apropriamento ilegal de fundos públicos por figuras do seu regime e à morte de manifestantes durante os protestos pró-democracia. Refugiado desde Fevereiro na mansão da família em Sharm e-Sheik, Mubarak foi colocado em prisão domiciliária no início do inquérito. Mas já este domingo quebrou o silêncio, divulgando uma mensagem áudio em que disse estar a ser alvo de “uma cam- panha de difamação”. O julgamento dos responsáveis do antigo regime é uma das principais reivindicações dos que, em Janeiro e Fevereiro, encheram a praça Tahrir, no Cairo, para exigir o afastamento de Mubarak. Nesse sentido, o ministro da Justiça, Mohamed el-Guindy, anunciou que procuradores egípcios vão deslocar-se a vários países nos próximos dias para inventariar os bens de Mubarak fora do território. Notícia actulizada às 21h40
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte tribunal prisão refugiado ilegal
Rússia opõe-se à resolução na ONU contra a Síria
A Rússia opõe-se à resolução apresentada nesta quarta-feira no Conselho de Segurança da ONU que condena a repressão das autoridades da Síria sobre os manifestantes que se opõem ao regime. A violência já levou cerca de 2400 sírios a fugir para a Turquia. (...)

Rússia opõe-se à resolução na ONU contra a Síria
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-06-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: A Rússia opõe-se à resolução apresentada nesta quarta-feira no Conselho de Segurança da ONU que condena a repressão das autoridades da Síria sobre os manifestantes que se opõem ao regime. A violência já levou cerca de 2400 sírios a fugir para a Turquia.
TEXTO: A resolução foi apresentada pelo Reino Unido, França, Alemanha e Portugal, mas para ser aprovada terá de contar com o voto favorável do Conselho de Segurança. Mas a Rússia já anunciou que se opõe ao documento, que também não deverá contar com a aprovação da China. Num encontro com jornalistas em Moscovo, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Alexander Lukashevich, não poderia ter sido mais explícito ao referir-se ao documento apresentado ontem na ONU. “A Rússia está contra qualquer resolução do Conselho de Segurança sobre a Síria”. “Não acreditamos que a questão da Síria deva ser posta à consideração do Conselho de Segurança”, adiantou Lukashevich. “Na nossa perspectiva, a situação na Síria não representa uma ameaça à paz e segurança internacionais”, acrescentou, citado pela Reuters. Para as autoridades russas, o conflito na Síria deve ser resolvido “sem qualquer influência externa”. O objectivo da resolução é pressionar o regime do Presidente Bashar al-Assad a parar com a violência. No texto é feito um apelo ao fim do fornecimento de armas a Damasco, embora não seja referido explicitamente o embargo de armas ou medidas punitivas para quem as vender à Síria. Lukashevich não referiu se a Rússia usará o seu direito de veto enquanto membro permanente do Conselho de Segurança ou se irá abster-se na votação, mas diplomatas citados pela Reuters adiantaram que as autoridades de Moscovo estarão a ser pressionadas para optar pela abstenção, tal como aconteceu em Março quando foi votada a resolução que abriu caminho à intervenção militar na Líbia. Para já, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo considerou que a aprovação de uma resolução contra a Síria poderá representar um apoio tácito àqueles que referiu como “extremistas armados” que combatem o regime. “Isso não faz parte do papel das Nações Unidas”, adiantou. Sem referir a repressão que já terá causado mais de 1000 mortes, Lukashevich optou por salientar os “passos importantes” do regime de Assad no sentido de introduzir reformas. “É necessário dar algum tempo para que isso seja posto em prática”, A Rússia já tinha dado vários sinais de se opor a uma resolução contra a Síria, e ainda no mês passado o Presidente Dmitri Medvedev disse que não apoiaria uma posição desse tipo e alertou os Estados Unidos e outros países para não actuarem junto do Conselho de Segurança. O texto apresentado ontem é, no entanto, bastante diferente daquele que deu início às operações na Líbia, uma vez que não prevê qualquer intervenção militar. Ao anunciar que iria ser apresentada uma resolução, o primeiro-ministro britânico David Cameron considerou “totalmente inaceitável” a repressão sobre os manifestantes na Síria e adiantou que a resolução condena a violência e pede que seja dado acesso à ajuda humanitária. Fuga para a TurquiaPara fugir à violência na Síria, mais de 2400 pessoas já atravessaram nos últimos dois dias a fronteira para a Turquia, confirmou o ministro turco dos Negócios Estrangeiros, Ahmet Davutoglu. “Estamos muito preocupados com a situação na Síria”, adiantou. “Mais de 2400 pessoas já chegaram à Turquia como refugiados”, disse aos jornalistas à margem de uma conferência em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, para debater a ajuda aos rebeldes da Líbia. O primeiro-ministro turco, Recep Tayyp Erdogan, já tinha garantido que a Turquia não colocaria qualquer entrave à entrada de refugiados, mas agora Davutoglu alertou para a necessidade de as autoridades sírias actuarem “de forma mais decisiva” na aplicação de reformas.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU
Resolução contra a Síria no Conselho de Segurança da ONU
Um grupo de quatro países europeus - Reino Unido, França, Portugal e Alemanha - apresentaram uma resolução a "condenar a repressão" na Síria, anunciou o primeiro-ministro britânico, David Cameron. (...)

Resolução contra a Síria no Conselho de Segurança da ONU
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-06-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um grupo de quatro países europeus - Reino Unido, França, Portugal e Alemanha - apresentaram uma resolução a "condenar a repressão" na Síria, anunciou o primeiro-ministro britânico, David Cameron.
TEXTO: A resolução deverá ser votada nos próximos dias, adiantou à AFP o embaixador britânico na ONU, Mark Lyall Grant. Pretende condenar a repressão do regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad, contra os opositores que “segundo relatos credíveis já causou um milhar de mortos e levou à detenção de cerca de 10 mil pessoas”, sublinhou David Cameron. O texto pede o fim do fornecimento de armas a Damasco e exige o fim imediato da violência. Porém, não preconiza um embargo de armas ou medidas punitivas para quem as vender ao regime de Damasco. Uma fonte diplomática disse à Reuters que o documento também deixa claro que Al-Assad ainda pode mudar o curso dos acontecimentos, quer no seu país quer no campo das decisões que a comunidade internacional possa vir a tomar. Esta resolução surge no dia em que a União Europeia anunciou que está a ser preparado um terceiro pacote de sanções contra a Síria. Não foram dados mais pormenores. “Não devemos ficar em silêncio perante este escândalo, e não ficaremos”, disse o primeiro-ministro britânico, que considerou “totalmente inaceitável” a repressão sobre os manifestantes na Síria. “A resolução vai condenar a repressão e pedir contas e obter o acesso da ajuda humanitária”, adiantou. “O projecto foi redigido pela França, o Reino Unido, a Alemanha e Portugal”, especificou Cameron. Na terça-feira , o chefe da diplomacia britânica, William Hague, já tinha dito que o Reino Unido iria “persuadir outros países sobre a necessidade de o Conselho de Segurança da ONU se manifestar”. “O Presidente Assad está a perder a sua legitimidade. Deve fazer reformas ou retirar-se”, considerou o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico. Os últimos dias têm sido marcados por confrontos na cidade síria de Jisr al-Shugour, onde a televisão estatal adiantou, na segunda-feira, que foram mortos 120 polícias por “gangs armados”, tendo o ministro do Interior, Mohammad Ibrahim al-Shaar, prometido que as autoridades responderiam a estes alegados ataques “com firmeza e toda a força”. Centenas de pessoas estão a atravessar a fronteira para a Turquia para fugir aos confrontos e as autoridades turcas já adiantaram que não fecharão as portas a quem procurar refúgio. Mais, foram montadas tendas para acolher os refugiados e está a ser prestada ajuda médica. O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, adiantou que a Turquia está a acompanhar a situação e apelou à “tolerância” das autoridades de Damasco. Notícia actualizada às 22h20
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU