Marinha israelita mata a tiro quatro palestinianos junto a Gaza
Pelo menos quatro palestinianos foram mortos esta manhã por uma patrulha naval israelita junto à costa da Faixa de Gaza, que o Estado judaico acusou de estarem a preparar um “ataque terrorista”. (...)

Marinha israelita mata a tiro quatro palestinianos junto a Gaza
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento 0.1
DATA: 2010-06-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: Pelo menos quatro palestinianos foram mortos esta manhã por uma patrulha naval israelita junto à costa da Faixa de Gaza, que o Estado judaico acusou de estarem a preparar um “ataque terrorista”.
TEXTO: Os quatro homens “estavam num barco e vestiam equipamento de mergulho”, precisou o porta-voz do Exército de Israel, avançando que a patrulha confirmou a morte destes “militantes”. "Os soldados abriram fogo e atingiram vários dos que estavam a bordo", disse ainda a mesma fonte. Os militares israelitas não falaram do objectivo exacto destes quatro palestinianos. Os media de Israel avançam apenas que a patrulha envolvida neste caso integra a mesma unidade de comandos navais que abordou a frota de seis barcos com activistas pró-palestinianos que tentaram chegar a Gaza, há oito dias, com ajuda humanitária. Nessa altura, a Marinha israelita tomou de assalto aquela frota, acção que resultou na morte de nove cidadãos turcos. As quatro mortes desta manhã foram confirmadas pelo Hamas, que controla o território da Faixa de Gaza, e segundo o qual está ainda desaparecido um quinto mergulhador, dado como morto. Os quatro corpos foram recolhidos junto à costa e levados para uma morgue em Gaza, tendo fonte hospitalar precisado que estes mortos tinham 34, 25, 21 e 20 anos. Um comandante das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, grupo armado ligado ao movimento Fatah, fiel ao presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, avalizou igualmente a morte dos quatro mergulhadores e que estes eram activistas palestinianos. Mas sublinhou que estavam a participar num treino e não numa operação, em declarações à agência noticiosa francesa AFP. Identificando-se como Abu al-Walid, este comandante relatou o incidente, afirmando ter sobrevivido ao ataque: "Estávamos a levar a cabo um treino habitual na costa de Gaza. Ao nascer do dia fomos surpreendidos por dezenas de navios militares israelitas que abriram fogo sobre nós e nos bombardearam. Quatro de nós foram mortos, dois de nós escapamos a esta tentativa de assassinato e um outro permanece desaparecido". Testemunhos colhidos pela AFP relatam que a embarcação em que se encontravam os palestinianos foi atacada por barcos e helicópteros israelitas nas águas ao largo do campo de refugiados de Nusseirat, a sul da cidade de Gaza, pelas 4h00 locais (menos duas horas em Portugal). Uma segunda tentativa de activistas pró-palestinianos de romper o bloqueio israelita a Gaza foi gorada no sábado pela Marinha de Israel. Notícia actualizada às 11h10
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte homens campo ataque ajuda assassinato humanitária morto assalto
Primeira-ministra interina do Quirguistão diz que morreram 1900 pessoas na violência interétnica
A chefe do Governo interino do Quirguistão, Roza Otunbaieva, afirmou esta manhã que o número de vítimas mortais na vaga de violência interétnica que varreu o Sul do país deve ascender às 1900 pessoas, dez vezes mais do que o balanço oficial. (...)

Primeira-ministra interina do Quirguistão diz que morreram 1900 pessoas na violência interétnica
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-06-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: A chefe do Governo interino do Quirguistão, Roza Otunbaieva, afirmou esta manhã que o número de vítimas mortais na vaga de violência interétnica que varreu o Sul do país deve ascender às 1900 pessoas, dez vezes mais do que o balanço oficial.
TEXTO: “Para sabermos o número real de mortos, eu multiplicava o número oficial [de 190 actualmente] por dez”, sublinhou numa entrevista hoje publicada no diário russo "Kommersant". As autoridades provisionais, no poder desde a revolta popular que depôs o Presidente Kurmanbek Bakiev, sustentam que os confrontos entre as etnias quirguize e uzbeque começaram há uma semana com “ataques planeados e concertados” para desestabilizar o país. Esta mesma ideia recebeu a corroboração das Nações Unidas que conclui haver “fortes indicações” de um confronto “a certo nível orquestrado” e “não espontâneo”, causado pela ancestral animosidade entre as duas etnias. Hoje, o secretário de Estado adjunto norte-americano, Robert Blake, descreveu a situação no Quirguistão como uma “crise humanitária” – com mais de 300 mil deslocados e pelo menos 100 mil outras pessoas que encontraram refúgio no vizinho Uzbequistão. E instou o Governo interino do país, onde se localizam uma base militar norte-americana e outra russa, a agir prontamente para pôr termo aos confrontos e mortes. Em visita a alguns dos campos de refugiados no Uzbequistão, Blake apelou a que seja feita uma investigação internacional às origens da vaga de violência nesta antiga república soviética da Ásia Central.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave violência humanitária
Participação elevada em referendo no Quirguistão, apesar da violência
A taxa de participação dos eleitores quirguizes no histórico referendo constitucional de hoje foi elevada, apesar dos receios de segurança que persistem depois de meses de instabilidade política e da vaga de violência interétnica que varreu toda a região Sul. (...)

Participação elevada em referendo no Quirguistão, apesar da violência
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento 0.16
DATA: 2010-06-27 | Jornal Público
SUMÁRIO: A taxa de participação dos eleitores quirguizes no histórico referendo constitucional de hoje foi elevada, apesar dos receios de segurança que persistem depois de meses de instabilidade política e da vaga de violência interétnica que varreu toda a região Sul.
TEXTO: Os dados oficiais da comissão eleitoral apontam para uma participação na ordem dos 43, 13 por cento várias horas ainda antes do fecho das urnas, pelas 15h00 locais (10h00 em Portugal). As agências noticiosas dão conta de muitos quirguizes da etnia uzbeque a deslocarem-se às assembleias de voto, apesar de um apelo dos seus líderes contra fazê-lo, em protesto pelos ataques que dizem ter sido vítimas pela maioria quirguize este mês, de que resultou a norte de 283 pessoas e centenas de milhares de refugiados e deslocados, de acordo com os números oficiais. A líder do governo interino, Roza Otunbaeva, votou sob um aparato de elevada segurança na cidade de Och, o principal epicentro da vaga de violência entre quirguizes e uzbeques. “O nosso país está à beira de um enorme perigo, mas os resultados deste referendo mostrarão que o país está unido e que o povo é uno. E que se manterá forte, de pé, e seguirá em frente”, afirmou à saída da assembleia de voto. Este referendo propõe aos eleitores uma reforma da Constituição que retirará poderes ao Presidente para o primeiro-ministro – dando azo à criação da primeira democracia parlamentar de toda a Ásia Central. Abrirá assim caminho para eleições legislativas no Quirguistão em Outubro e a um formal reconhecimento diplomático da legitimidade do actual governo interino, que assumiu o poder após a revolta popular de Abril, que depôs o chefe de Estado, Kurmanbek Bakiev.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave violência
Cheias no Paquistão já afectam 4 milhões de pessoas
As cheias que nos últimos dias têm devastado várias regiões do Paquistão já afectaram mais de 4 milhões de pessoas e causaram 1600 mortes. São as piores inundações no país dos últimos 80 anos, quando a época das monções vai ainda a meio e receia-se que a situação possa piorar. (...)

Cheias no Paquistão já afectam 4 milhões de pessoas
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-08-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: As cheias que nos últimos dias têm devastado várias regiões do Paquistão já afectaram mais de 4 milhões de pessoas e causaram 1600 mortes. São as piores inundações no país dos últimos 80 anos, quando a época das monções vai ainda a meio e receia-se que a situação possa piorar.
TEXTO: Na província do Punjab 350 mil pessoas tiveram de ser deslocadas e pelo menos 25 mil casas ficaram destruídas. Ontem milhares de pessoas tentavam chegar a locais mais seguros e o enviado especial da ONU para o Paquistão, Jean-Maurice Ripert, começou a fazer uma avaliação da situação humanitária e dos estragos, adiantou a AFP. À medida que a situação humanitária se deteriora teme-se o aparecimento de epidemias. Um médico no campo de refugiados de Charsadda, no Noroeste do país, Tahir Shah, contou à BBC que tem aumentado o número de pessoas que aparecem com dores de estômago, infecções e problemas na pele. Cerca de 100 mil pessoas foram resgatadas pelas equipas de socorro, adiantou o primeiro-ministro Yousuf Raza Gilani. O Presidente Asif Ali Zardari, por outro lado, está de visita ao Reino Unido e é criticado por ter deixado o país durante esta catástrofe. O Exército tem procurado chegar às populações isoladas e a ONU já anunciou o envio de 18 milhões de dólares para apoiar as vítimas.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU
Sócrates defende candidatura portuguesa em discurso na ONU
Foi um discurso de campanha aquele que o primeiro-ministro José Sócrates proferiu esta manhã (16h45, hora de Lisboa) em Nova Iorque, na Assembleia Geral das Nações. (...)

Sócrates defende candidatura portuguesa em discurso na ONU
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-09-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: Foi um discurso de campanha aquele que o primeiro-ministro José Sócrates proferiu esta manhã (16h45, hora de Lisboa) em Nova Iorque, na Assembleia Geral das Nações.
TEXTO: Campanha por Portugal, que é candidato a membro não-permanente do Conselho de Segurança para 2011: Sócrates tentou transmitir uma imagem activa de Portugal no plano internacional, referindo-se à organização da cimeira da NATO em Novembro próximo, ao contributo do país para as operações de paz e missões das Nações Unidas e à presença de portugueses em instituições da ONU (António Guterres no Alto Comissariado para os Refugiados e Jorge Sampaio na Aliança das Civilizações). Mas, tratando-se de uma campanha, o primeiro-ministro também estendeu a mão em direcção aos parceiros que, previsivelmente, irão votar em Portugal no próximo dia 12 de Outubro. Defendeu o alargamento do Conselho de Segurança da ONU. “Desafia a lógica que países como o Brasil ou a Índia, que hoje têm um papel insubstituível na economia e na política internacionais, não tenham ainda um assento permanente no Conselho. África também tem de fazer parte desse alargamento. ”Falando em português, José Sócrates traçou o perfil de Portugal como um país de “consensos”, e “de abertura ao mundo”, cuja “atitude não é ditada pela necessidade conjuntural de agradar a este ou àquele grupo, mas pelos valores” em que acredita. Uma maneira de afirmar a independência do país caso venha a estar representado no Conselho de Segurança, o que pode criar um eco positivo nos países de pequena e média dimensão que constituem a maioria na ONU. Sócrates também se referiu aos temas que dominam a agenda internacional, como o Afeganistão e o Médio Oriente: “A criação de um Estado palestiniano independente, democrático, contíguo e viável, a viver lado a lado, em paz e segurança mútuas, com o Estado de Israel, é o objectivo para o qual todos temos de contribuir”, disse, ecoando o discurso do presidente norte-americano Barack Obama na mesma sala, na quarta-feira. A propósito das alterações climáticas, Sócrates referiu a aposta que Portugal está a fazer nas energias renováveis, que tinha sido o tema da sua conferência na Universidade de Columbia, à sua chegada a Nova Iorque, na quinta-feira. Sócrates discursou ao terceiro dia do debate geral, quando a sala da Assembleia Geral tinha já muitas cadeiras vazias. Portugal concorre com o Canadá e a Alemanha a um lugar como membro não-permanente no conselho de Segurança da ONU. Três países para dois lugares, que serão submetidos a votação no próximo dia 12 de Outubro. O primeiro-ministro regressa a Portugal esta noite.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU NATO
PJ detém suspeito de ligação à máfia siciliana
Um indivíduo de nacionalidade italiana suspeito de pertencer à máfia siciliana foi detido com outras seis pessoas numa operação da Polícia Judiciária que decorreu ontem no Bombarral e em Torres Novas. Sobre o homem existia um mandado de captura europeu. (...)

PJ detém suspeito de ligação à máfia siciliana
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-10-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um indivíduo de nacionalidade italiana suspeito de pertencer à máfia siciliana foi detido com outras seis pessoas numa operação da Polícia Judiciária que decorreu ontem no Bombarral e em Torres Novas. Sobre o homem existia um mandado de captura europeu.
TEXTO: De acordo com a SIC Notícias, o indivíduo estava refugiado numa casa do concelho do Bombarral, depois de ter fugido de Vigo, em Espanha, onde terá estado escondido das autoridades. Em Itália, o alegado líder mafioso escapou no início do ano à detenção de perto de 30 elementos ligados ao crime organizado. Na operação da Polícia Judiciária, que há quatro meses investigava o grupo, segundo a Lusa, foram ainda detidos três outros italianos, dois portugueses e um brasileiro. O grupo, que se dedicava à compra e venda fraudulenta de mercadorias diversas, foi detido por suspeitas de burla agravada, associação criminosa, falsificação de documentos e branqueamento de capitais, ainda segundo a SIC Notícias. Os suspeitos vão começar hoje a ser ouvidos no Tribunal de Instrução Criminal de Leiria.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime tribunal refugiado
“Lula é um génio do povo”
Amiga de Dilma e Serra, a economista portuguesa Maria da Conceição Tavares, figura nacional no Brasil, vota Dilma. E explica porque acha que Lula é um líder sem par. (...)

“Lula é um génio do povo”
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-10-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: Amiga de Dilma e Serra, a economista portuguesa Maria da Conceição Tavares, figura nacional no Brasil, vota Dilma. E explica porque acha que Lula é um líder sem par.
TEXTO: Maria da Conceição Tavares é daquelas figuras “maiores que a vida”. Aos 80 anos, a fumar ininterruptamente na sua casa do bairro carioca Cosme Velho, tem algo de Indira Gandhi ou Churchill. Voz e riso de trovão, olhar agudo, resposta incisiva. Respeitada em todo o espectro político como economista e pensadora, é uma das grandes conselheiras do PT. Nunca quis ser ministra porque diz tudo o que pensa. Portuguesa, nascida em Anadia, crescida em Lisboa, filha de um anarquista que alojava refugiados da Guerra Civil de Espanha, veio casada e grávida para o Brasil, aos 21 anos, por causa de Salazar. Desde então, ao longo de 60 anos, formou gerações de economistas e líderes políticos, incluindo Lula. A senhora deve ser a única pessoa no Brasil que consegue juntar no aniversário dos seus 80 anos…. Os dois candidatos à presidência da República! [ri-se]… Dilma Rousseff e José Serra. Mas o clima estava muito bom. Eles nunca se trataram mal, nem nada. Eram pessoas civilizadas, que se tratavam bem. A campanha é que despertou essa trapalhada. A noite [do aniversário, 24 de Abril] correu perfeita. Nem se discutiu política. Foi uma festa. Eles sempre tiveram boa relação?Não que sejam amigos pessoais, como eu sou amiga dos dois. Mas sempre tiveram boa relação. O Serra era um sujeito civilizado. Não sei o que deu na cabeça dele agora. Conhece-o muito bem…Desde 1968. … se tivesse de explicar quem é José Serra, o que diria?Um bom economista. Ambos éramos do PMDB, a frente democrática contra a ditadura. E ele saiu para fundar, com o [Mário] Covas e o Fernando Henrique [Cardoso], o PSDB, uma espécie de ala esquerda. Muita gente não acompanhou isso. Eu, por exemplo, não fui porque não faço muita fé no Fernando Henrique, que sempre foi meio dúbio, trapalhão. O Covas é que era o homem importante. Morreu. E aí… A partir do momento em que Fernando Henrique foi para o poder, o Serra manteve a posição dele como economista contra a política neoliberal. Porque é que acha o Fernando Henrique “meio dúbio”?Diz uma coisa para agradar a uns e outra para agradar a outros. Não fazia política, mas era um político na academia. E o Serra não, sempre foi muito “straight”, muito direito. Confiaria mais no Serra que no Fernando Henrique?Sem dúvida [ri]. E o primeiro governo [de Fernando Henrique] mostrou isso. Porque aí o Serra foi ministro de Planejamento contra a política neo-liberal do Fernando Henrique. Depois foi um bom ministro da saúde. Não havia nada nele que demonstrasse que ia ter uma mudança assim tão brusca. Mesmo quando foi candidato contra o Lula foi uma campanha normal. Ele sempre respeitou o Lula. Mas acha que Serra mudou?Mudou. Por razões de interesse político. Como é que essa mudança se manifesta?Na arrogância, na agressão. Ele não era assim. Mas na segunda volta quem passou ao ataque foi Dilma. Mas não foi ataque pessoal, xingando ele. Foi atacando o governo anterior [de Fernando Henrique]. E ele não se defendeu. Depois [a campanha] foi piorando. E agora piorou de vez. Como vê o incidente em que Serra acusou o PT de ser nazi, ao agredirem-no com um rolo de papel?Ah, são jovens na rua. Mesmo que sejam pêtistas não tem a ver com o partido em geral. Essa mania de chamar um partido de nazi, acho de maluco, num país democrático como é hoje o Brasil. A gente está extremando o argumento. O Serra está muito agressivo. É verdade que essa deve ser a última oportunidade, mas parece que lhe bateu o desespero. Mas não acha que Dilma mudou de atitude também, ficou mais agressiva?
REFERÊNCIAS:
Violência e cólera marcam campanha no Haiti
O Haiti vai escolher a 28 de Novembro um novo Presidente, 11 senadores e 99 deputados, mas a cólera e a violência deixam pouco espaço para discursos e cartazes. Nas ruas há protestos contra a missão da ONU e os manifestantes são afastados pela polícia com gás lacrimogéneo. As Nações Unidas dizem que os protestos estão a dificultar o combate à doença e os Médicos Sem Fronteiras denunciam a “lentidão” do apoio humanitário. Já morreram quase 1200 pessoas, há 20.000 nos hospitais. (...)

Violência e cólera marcam campanha no Haiti
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-11-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Haiti vai escolher a 28 de Novembro um novo Presidente, 11 senadores e 99 deputados, mas a cólera e a violência deixam pouco espaço para discursos e cartazes. Nas ruas há protestos contra a missão da ONU e os manifestantes são afastados pela polícia com gás lacrimogéneo. As Nações Unidas dizem que os protestos estão a dificultar o combate à doença e os Médicos Sem Fronteiras denunciam a “lentidão” do apoio humanitário. Já morreram quase 1200 pessoas, há 20.000 nos hospitais.
TEXTO: “Como é que vamos avançar com uma resposta à cólera no meio disto?” perguntou um trabalhador humanitário ao jornalista da Reuters. “Isto” é a violência nos protestos contra a missão das Nações Unidas para a estabilização do Haiti (Minustah), que muitos acusam de ser responsável pela disseminação do surto de cólera. Nas ruas de Port-au-Prince já desfilaram cartazes onde se lia “a ONU quer matar-nos” ou “a Minustah deixa excrementos na rua”. Em Port-au-Prince, onde vários campos de refugiados dão abrigo a algumas das pessoas desalojadas pelo terramoto de Janeiro, que matou cerca de 250. 000 pessoas, falta higiene e saneamento. E na região de Artibonite, onde o surto de cólera começou, a doença já matou pelo menos 617 pessoas. A maioria dos que adoeceram trabalha em arrozais inundados, tinham bebido água contaminada do rio Artibonite ou dos canais ou defecado ao ar livre. Mesmo antes do sismo, só 12 por cento da população haitiana tinha acesso a água corrente e tratada, segundo o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças norte-americano (CDC) e a Organização Pan-americana de Saúde (OPS). Agora a situação é ainda pior. Esta sexta-feira o surto de cólera alastrou à maior prisão de Port-au-Prince. Cerca de 30 presos ficaram infectados e dez morreram desde segunda-feira, segundo o Comité Internacional da Cruz Vermelha. Agora teme-se que o número de mortos aumente consideravelmente naquela cadeia onde há cerca de 2000 prisioneiros. As suspeitas de que terão sido elementos da missão da ONU a verter excrementos no rio que atravessa o departamento de Artibonite provocaram a revolta da população. Estas acusações já foram rejeitadas por responsáveis das Nações Unidas, mas a garantia de que os dejectos tinham sido manipulados correctamente não foi suficiente para atenuar os protestos de que resultaram pelo menos três mortos. Sabe-se, a partir de dados do CDC e da OPS citados pelo diário espanhol "El País", que este surto de cólera faz parte de uma pandemia que começou há 49 anos e que terá chegado ao Haiti — onde há mais de 100 anos não se verificavam casos de cólera — através de uma só pessoa. Isto porque as análises genéticas apontam para a existência de uma única estirpe bacteriana em todos os vários casos. A organização internacional Médicos Sem Fronteiras denunciou a “lentidão” da acção humanitária. “Falta uma resposta decidida, esforços para travar a epidemia”, disse o coordenador da organização no Haiti, Steffano Zannini. “Fazem falta mais pessoas para tratar os doentes. Não é altura para debates”. Zannini não especificou se estaria a referir-se aos debates televisivos que a maioria dos haitianos não pode ver por não ter electricidade ou televisão. O Governo não alterou a data das eleições e, apesar da violência e da cólera, há filas junto ao centro nacional de identificação, onde são obtidos os documentos que permitem votar. Há 19 candidatos a sucessor do Presidente René Préval, que já manifestou o seu apoio a Jude Celestin, um engenheiro de 48 anos. Uma das eleitoras que estava ontem a tratar da documentação era a estudante de informática Venente Pierre, de 32 anos. “Muitas pessoas não vão votar porque não conhecem os candidatos ou não sabem qual será o certo”, disse à AFP. “Mas para mim é importante, é um direito cívico. ”
REFERÊNCIAS:
Partidos PAN LIVRE
Está iminente invasão do Complexo do Alemão pelo exército e polícia
Depois de ter terminado às 22h00 de ontem o prazo dado pelas autoridades para os narcotraficantes se renderem, o exército e a polícia estão prontos para invadir o Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, cercado há várias horas. (...)

Está iminente invasão do Complexo do Alemão pelo exército e polícia
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-11-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: Depois de ter terminado às 22h00 de ontem o prazo dado pelas autoridades para os narcotraficantes se renderem, o exército e a polícia estão prontos para invadir o Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, cercado há várias horas.
TEXTO: De acordo com o jornal brasileiro “O Globo”, o traficante Diego Raimundo da Silva dos Santos, braço direito do chefe do tráfico do Complexo do Alemão, rendeu-se e entregou-se ontem à Polícia Militar. Terá sido o único a fazê-lo. De acordo com o jornal, esta foi a segunda baixa entre os líderes do narcotráfico no local. Poucas horas antes tinha sido detido Edson Sousa Barreto, segurança do traficante Fabiano Atanázio da Silva, um dos chefes do Complexo. “Não vamos recuar na decisão de pacificar o Rio”, disse Lima Castro, relações-públicas da Polícia Militar. “Estamos a chegar aos momentos finais para alcançar os traficantes que estão no Alemão”, disse ao jornal “O Globo”. Mário Sérgio Duarte, comandante da Polícia Militar, garante que a polícia “tem equipamentos suficientes para entrar no Complexo do Alemão para tomar o território”. Um cordão de mais de mil polícias e militares, apoiados por blindados que tomaram posições durante a noite, bloqueia os acessos e saídas ao Complexo do Alemão, conjunto de favelas a Norte do Rio de Janeiro. As autoridades afirmam ter detido 15 pessoas que tentaram furar o cordão militar, noticia a agência Reuters. "Tudo nos é favorável (. . . ), podemos combatê-los por ar, por terra (. . . ). Eles estão cansados, não estão em boa condição física, não têm o que comer, não têm água, estão sem reabastecimento de munições", salientou Lima Castro à agência AFP. "Niguém quer um banho de sangue", disse ainda, lembrando que vivem na zona, onde estão refugiados 500 narcotraficantes, 400 mil pessoas. A vaga de violência já matou, pelo menos, 46 pessoas. Os narcotraficantes responderam à ofensiva das autoridades incendiando cerca de cem veículos e disparando sobre a polícia.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave violência
Paquistão: pelo menos 40 mortos em atentado suicida
Pelo menos 40 pessoas morreram num atentado suicida perpetrado no meio de uma multidão que recebia ajuda alimentar, no noroeste do Paquistão. (...)

Paquistão: pelo menos 40 mortos em atentado suicida
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento -0.25
DATA: 2010-12-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: Pelo menos 40 pessoas morreram num atentado suicida perpetrado no meio de uma multidão que recebia ajuda alimentar, no noroeste do Paquistão.
TEXTO: O atentado ocorreu na cidade de Khar, região de Bajaur, em áreas tribais próximas da fronteira com o Afeganistão, um bastião dos taliban e da Al-Qaeda. Centenas de refugiados recebiam comida num centro de distribuição alimentar usado pelo World Food Programme e outras agências humanitárias quando o atentado ocorreu. As primeiras informações dão igualmente conta de 50 feridos, muitos dos quais estão a ser transferidos para o hospital através de helicóptero. O atentado ainda não foi reivindicado. Notícias ainda não confirmadas indicam que o bombista suicida usava uma burka e que atirou umas granadas antes de detonar os explosivos. Entre a multidão contavam-se membros da tribo Salarzai, que tem apoiado as operações do exército paquistanês contra os taliban, indica a Reuters. O primeiro-ministro, Syed Yusuf Raza Gillani, já condenou o ataque, sublinhando que aqueles que o perpetraram não têm qualquer respeito pela condição humana nem pela Religião. Raza Gillani sublinhou ainda que a luta contra os rebeldes irá continuar. A região tribal de Bajaur, onde os ataques ocorreram, tem sido palco de várias operações militares com a finalidade de a livrarem dos insurgentes. Ontem mesmo, 24 rebeldes e 11 soldados paquistaneses perderam a vida numa série de ataques coordenados contra postos de controlo fronteiriço naquela região.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave ataque