Tepco assume responsabilidade e pede desculpas por crise nuclear
Doze dias depois do sismo e tsunami, a empresa que opera a central nuclear de Fukushima veio assumir a responsabilidade pela crise e pediu desculpas às 200 mil pessoas forçadas a abandonar as suas casas. (...)

Tepco assume responsabilidade e pede desculpas por crise nuclear
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-03-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: Doze dias depois do sismo e tsunami, a empresa que opera a central nuclear de Fukushima veio assumir a responsabilidade pela crise e pediu desculpas às 200 mil pessoas forçadas a abandonar as suas casas.
TEXTO: O vice-presidente da Tepco, Norio Tsuzumi, pediu desculpas durante uma visita a um ginásio em Tamura, transformado num centro de abrigo para as pessoas que tiveram de fugir por causa das radiações. "Lamentamos ter-vos causado tanto sofrimento", disse o responsável, citado pela agência japonesa de notícias Kyodo. "Peço as mais sinceras desculpas. A nossa empresa causou ansiedade e danos aos habitantes em redor da central, da província de Fukushima e de todo o país", disse em conferência de imprensa. Pela primeira vez, um responsável da Tepco visitou um centro de refugiados. 200 mil habitantes foram retirados da zona num raio de 20 quilómetros em redor da central Fukushima Daiichi e num raio de dez quilómetros em redor da central Fukushima Daini. O responsável reconheceu que tardou até que algum responsável da Tepco fosse ao local. "A minha visita é tardia porque tive de gerir este problema com o Governo" em Tóquio, sublinhou, citado pela AFP. Ontem, a empresa admitiu que as suas centrais nucleares na província de Fukushima foram atingidas por uma onda com 14 metros de altura, no dia 11 de Março, noticia a estação de televisão japonesa NHK. Isso era mais do dobro do máximo expectável. A empresa avaliou ontem o estado dos muros das centrais de Fukushima Daiichi e Fukushima Daini e concluiu que a onda se ergueu 14 metros acima do nível do mar. O esperado era apenas uma onda de 5, 7 metros em Daiichi e uma de 5, 2 metros em Daini. Os edifícios dos reactores e turbinas situam-se em locais a dez e 13 metros acima do nível do mar e ficaram parcialmente inundados. A Tepco reconheceu que subestimou o sismo, estimando em 8 a sua magnitude, e admitiu que o tremor de terra ultrapassou aquilo que previa. Tepco, empresa privada, é responsável pela distribuição de electricidade em Kanto, uma região do Centro-Este da grande ilha de Honshu, incluindo Tóquio. Prosseguem tentativas de arrefecimentoEnquanto isso, as equipas de emergência lutam por estabilizar a central de Fukushima. Os trabalhos foram retomados depois de uma suspensão causada por fumo branco dos reactores 2 e 3. Os bombeiros estão a lançar grandes quantidades de água sobre a piscina onde estão armazenadas as barras de combustível usado nos edifícios do reactor 3 e 4. Um camião com um braço articulado de 50 metros de extensão - normalmente utilizado para betonagem na construção civil - começou a ser empregue hoje para injectar água nos reactores. Um outro camião, com um braço de 62 metros, também está a caminho de Fukushima, vindo da China, devendo ao porto de Osaka amanhã ou quinta-feira. Servirá, principalmente, para as operações junto do edifício do reactor 4, com 46 metros de altura. Quatro reactores foram alvo de explosões e houve fuga de radioactividade para o exterior. De lá para cá, os reactores têm sido arrefecidos com o lançamento de grandes quantidades de água do mar. Fumo não trava trabalhosApesar de fumo branco, possivelmente vapor, estar a ser continuamente libertado dos edifícios dos reactores 2 e 3, a Tepco garante que os trabalhos para recuperar o sistema eléctrico não foram suspensos, dado que os níveis de radiação não são significativos. Os trabalhadores da Tepco conseguiram esta madrugada (hora portuguesa) ligar a energia no reactor 1 e, horas depois, no reactor 4. Com estes mais recentes avanços, todos os seis reactores já têm acesso a energia externa. Mas ainda é preciso realizar testes para repor em funcionamento os sistemas eléctricos da central. O reactor 2 deverá ser o primeiro a recuperar o sistema de arrefecimento da sua piscina de combustível nuclear usado. O sismo e tsunami do passado dia 11 cortaram a energia em todos os reactores, impedindo o seu normal arrefecimento.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave ansiedade
Detido palestiniano suspeito da morte do actor israelita Mer-Khamis
Foi detido um suspeito palestiniano acusado da morte do actor israelita Juliano Mer-Khamis, informaram os serviços de segurança da Palestina, nesta quarta-feira. (...)

Detido palestiniano suspeito da morte do actor israelita Mer-Khamis
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-04-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: Foi detido um suspeito palestiniano acusado da morte do actor israelita Juliano Mer-Khamis, informaram os serviços de segurança da Palestina, nesta quarta-feira.
TEXTO: O suspeito, Moujahed Qanniri, era antigo membro de um grupo armado palestiniano e foi preso algumas horas depois do assassinato do actor e director de um teatro na segunda-feira. Qanniri foi reconhecido pela baby-sitter do filho de Mer-Khamis que se encontrava na viatura da vítima quando ocorreu o crime. De acordo com fontes no seio dos serviços de segurança palestinianos, o suspeito residia no campo de refugiados em Jenin, onde estava instalado o “Teatro da Liberdade”, e pertenceu à Brigada dos Mártires de Al-Aqsa, grupo armado próximo do Fatah – partido dirigente da Autoridade palestiniana. Segundo o jornal Haaretz, Qanniri tinha já estado preso durante cinco anos numa prisão israelita e oito meses numa prisão palestiniana por, segundo a AFP, ter alegadamente vendido armas ao Hamas. Algumas fontes falam da sua possível adesão ao movimento islamita. O suspeito foi um dos vários detidos no âmbito da investigação sobre a morte do actor, mas é o único que continua detido. Juliano Mer-Khamis, filho de mãe judia israelita e de pai cristão palestiniano, tinha 53 anos e era considerado o símbolo da luta pela causa palestiniana. O actor, realizador e activista político foi assassinado à queima-roupa à frente do filho de um ano e da sua baby-sitter.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime morte campo filho prisão assassinato
Cardeal americano enaltece em Fátima papel de João Paulo II na queda do comunismo
O cardeal Sean O’Malley, arcebispo de Boston (Estados Unidos), disse esta manhã em Fátima que a vida do Papa João Paulo II foi poupada, no atentado que sofreu a 13 de Maio de 1981 para que “ele pudesse ser o instrumento de Deus para derrubar a Cortina de Ferro e acabasse a opressão política do comunismo no mundo”. (...)

Cardeal americano enaltece em Fátima papel de João Paulo II na queda do comunismo
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-05-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: O cardeal Sean O’Malley, arcebispo de Boston (Estados Unidos), disse esta manhã em Fátima que a vida do Papa João Paulo II foi poupada, no atentado que sofreu a 13 de Maio de 1981 para que “ele pudesse ser o instrumento de Deus para derrubar a Cortina de Ferro e acabasse a opressão política do comunismo no mundo”.
TEXTO: Os bispos portugueses quiseram fazer desta peregrinação de 13 de Maio uma acção de graças pela beatificação do Papa João Paulo II, que aconteceu dia 1 em Roma. Por diversas vezes, as alusões a João Paulo II foram saudadas pela multidão com aplausos. Numa homilia com várias alusões pessimistas ao estado do mundo, Sean O’Malley referiu erradamente o ano do atentado contra o Papa Wojtyla como sendo 1985. E condenou, em várias alusões, fenómenos como a droga, o sexo livre, o materialismo ou o divórcio. Apesar de fazer uma homilia centrada na figura da mãe de Jesus, o cardeal afirmou: “Às vezes embelezamos a vida de Nossa Senhora, tornando-a irreal, distante e glamorosa, como um conto de fadas. Na realidade, a sua vida foi uma participação na difícil missão de Jesus. ”Perante uma multidão calculada pela GNR em 200 mil pessoas, O’Malley disse ainda: “No nosso mundo é também muitas vezes a multidão que afasta as pessoas de Deus, que as impede de aproximarem. A pressão do grupo, a opinião pública, a cultura materialista da morte que nos envolvem… afastam muitas vezes as pessoas de Deus. ”O cardeal contrapôs a ideia da multidão à ideia da “comunidade da fé”. E disse: “Assim como a multidão afasta as pessoas de Deus, a comunidade aproxima as pessoas de Deus, ajudando a ultrapassar os obstáculos que se interpõem no caminho. ”Na longa homilia de mais de 20 minutos, que não teve em conta os 27 graus que faziam esta manhã em Fátima, o cardeal recordou as narrativas da infância de Jesus, para dizer que os poderosos “queriam a sua vida, a sua inocência”. E acrescentou: “Hoje, como noutros tempos, os pais enfrentam terríveis ameaças contra os seus filhos, por parte dos que lhes querem droga, dos média que fazem do sexo livre algo de desejável, dos materialistas e ateus que lhes dizem que vivemos só de pão… Quantos tentam matar espiritualmente as nossas crianças!”O cardeal referiu-se ainda aos “incontáveis deslocados, aos sem-abrigo embrulhados nos vão das portas e dormindo sobre as grelhas do metro deste mundo e aos 27 milhões de refugiados que vagueiam pela terra nos dias de hoje”. Sean O’Malley comparou a mãe de Jesus à situação do “pai, professor ou mentor da história que sente dificuldade em comunicar com o adolescente, que o vê perder-se nas drogas ou nos gangues”. E também aqueles “cujos filhos se juntaram aos pequenos exércitos de foragidos, errando pelas ruas, explorados, abusados e destruídos”. Também “qualquer pai que tenha visto o seu filho numa cruz ou visto o filho ser agarrado e levado para a prisão, qualquer pai que daria tudo para ajudar o seu filho crescido a livrar-se do alcoolismo ou de uma vida de pecado” também se pode identificar com Maria de Nazaré. Tal como os que não têm nada para “educar os seus filhos” ou que os vêm “perder o trabalho” ou “passar pelo divórcio”. A missa, que está ainda a ser celebrada, culmina com a procissão do adeus. Antes disso, será exibido nos ecrãs gigantes do santuário um filme de 13 minutos com imagens sobre a relação de João Paulo II com Fátima, incluindo as suas visitas ao santuário em 1982, 1991 e 2000.
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE
Dezenas de palestinianos feridos ao tentaram entrar em Israel
Pelo menos 45 palestinianos ficaram feridos quando soldados israelitas dispararam contra uma multidão que se aproximava da fronteira que separa a Faixa de Gaza de Israel. O incidente, no dia em que passam 63 anos desde a criação do Estado hebraico, repetiu-se mais a Norte, onde dezenas de pessoas vindas da Síria foram feridas ao tentar entrar nos montes Golã, ocupados por Israel. (...)

Dezenas de palestinianos feridos ao tentaram entrar em Israel
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-05-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: Pelo menos 45 palestinianos ficaram feridos quando soldados israelitas dispararam contra uma multidão que se aproximava da fronteira que separa a Faixa de Gaza de Israel. O incidente, no dia em que passam 63 anos desde a criação do Estado hebraico, repetiu-se mais a Norte, onde dezenas de pessoas vindas da Síria foram feridas ao tentar entrar nos montes Golã, ocupados por Israel.
TEXTO: Para os árabes, este é o dia da “Naqba” (a catástrofe), em que recordam o êxodo que se seguiu à criação do Estado de Israel, em Maio de 1948, quando centenas de milhares de palestinianos fugiram ou foram desalojados das suas casas. A ocasião é, anualmente aproveitada para manifestações, que não raras vezes terminam em violência. Segundo um correspondente da AFP, a marcha em Gaza tinha como destino o posto fronteiriço de Eretz, há vários meses encerrado por Israel. Ao verem aproximar a multidão, os soldados israelitas abriram fogo, ferindo dezenas de pessoas. Fontes médicas contam que das 45 pessoas alvejadas, cinco encontram-se em estado grave. Reagindo à notícia, a rádio militar israelita adianta que os soldados, que têm ordens específicas para evitar qualquer tentativa de entrada não autorizada no seu território, dispararam primeiro para o ar é, só depois, para as pernas dos manifestantes. Apesar dos tiros, adianta a mesma fonte, alguns manifestantes terão conseguido mesmo atravessar o posto fronteiriço. Pouco depois, a Reuters dava conta de uma nova tentativa de trespasse, desta vez nos montes Golã. Um grupo de refugiados palestinianos terá derrubado a vedação que separa o território sírio da parte anexada por Israel em 1967, tendo sido recebidos a tiro. Dolan Abu Salah, autarca da cidade de Majdal Shams, sob controlo israelita, contou que dezenas de manifestantes ficaram feridos e, segundo fontes citadas pela imprensa israelita, quatro pessoas terão acabado por morrer. O Exército israelita recusou fazer qualquer comentário. O dia da “Naqba” ficou ainda marcado por vários incidentes na Cisjordânia, com registo de pelo menos cinco feridos em confrontos no posto de controlo de Kalandia, à entrada de Jerusalém, e por várias manifestações na Faixa de Gaza. Já esta manhã, um camião, conduzido por um árabe israelita, atropelou dezenas de pessoas e abalroou vários carros em Telavive, fazendo um morto e 17 feridos. A polícia está ainda a investigar se tratou de um acidente ou de um ataque.
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Étnia Árabes
Três sírios mortos por atiradores furtivos em cidade cercada
Atiradores furtivos mataram três homens na cidade de Talkalakh, no Oeste da Síria, que o Exército cercou numa tentativa para travar os protestos contra o regime de Bashar al-Assad. (...)

Três sírios mortos por atiradores furtivos em cidade cercada
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento -0.2
DATA: 2011-05-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: Atiradores furtivos mataram três homens na cidade de Talkalakh, no Oeste da Síria, que o Exército cercou numa tentativa para travar os protestos contra o regime de Bashar al-Assad.
TEXTO: Uma testemunha contou à AFP, por telefone, que as vítimas foram mortas “quando saiam da mesquita Al-Othman Ibn-Affan”, onde há vários dias a oposição está concentrada. “Os atiradores que os mataram eram membros dos serviços de segurança”, garantiu, acrescentando que estariam emboscados em edifícios vizinhos. Os jornalistas estrangeiros estão proibidos de entrar na Síria, pelo que é impossível confirmar estas informações, mas a agência francesa conta que, durante a conversa por telefone era possível ouvir o barulho de disparos. “A situação é muito má, há carros de combate em vários bairros”, adiantou a mesma fonte, acrescentando que os habitantes têm medo de sair à rua, mesmo que seja para socorrer pessoas feridas. Nas últimas 24 horas, centenas de habitantes de Talkalakh atravessaram a fronteira, procurando refúgio no vizinho Líbano. Já esta manhã, uma mulher síria foi morta no lado libanês da fronteira, e outras cinco pessoas ficaram feridas, incluindo um soldado libanês. Os disparos partiram de território sírio. Segundo o autarca de Moqaibleh, a cidade libanesa na fronteira, o afluxo de refugiados não pára de aumentar e serão já mais de mil os sírios que fugiram à violência. Os protestos contra o Presidente Bashar al-Assad começaram há dois meses e, depois de semanas de impressionantes manifestações, o regime desencadeou uma vaga de repressão sem precedentes, enviando o Exército contra as cidades revoltosas e detendo centenas de activistas e opositores. Neste domingo, o Papa Bento XVI juntou-se aos que no Ocidente têm condenado a violência, pedindo o fim do "derramamento" de sangue na Síria. Notícia corrigida às 16h32
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave violência mulher medo morta
Primeiro-ministro israelita rejeita “visão” de Obama para um Estado palestiniano
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, rejeitou hoje liminarmente a defesa feita pelo Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de criação de um Estado palestiniano com base nas fronteiras estabelecidas antes da guerra de 1967 – como solução para o conflito israelo-palestiniano. (...)

Primeiro-ministro israelita rejeita “visão” de Obama para um Estado palestiniano
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-05-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, rejeitou hoje liminarmente a defesa feita pelo Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de criação de um Estado palestiniano com base nas fronteiras estabelecidas antes da guerra de 1967 – como solução para o conflito israelo-palestiniano.
TEXTO: São “indefensáveis”, argumentou Netanyahu. Expressando apreço pelo “compromisso [de Obama] com a paz” no Médio Oriente, o chefe do Governo israelita sublinhou, porém, que para a paz perdurar “a viabilidade de um Estado palestiniano não pode ser obtida às custas da viabilidade do único Estado judaico”. Neste comunicado, Netanhyahu insta Obama a reafirmar os compromissos firmados perante o seu país em 2004, “entre eles, Israel não ter que retirar para as linhas [fonteiriças] de 1967, que são não apenas indefensáveis como deixariam grandes centros populacionais israelitas na Judeia e Samaria para lá dessas fronteiras”. Os compromissos antes assumidos pelo Presidente norte-americano davam também garantias do bem-estar de Israel como Estado judaico ao deixarem claro que “os refugiados palestinianos se instalarão num futuro Estado palestiniano e não em Israel”, sublinha ainda a declaração emitida pelo gabinete de Netanhyahu. Ontem, Obama fizera declarações muito firmes – e nunca antes tão claras – do seu apoio à criação de um Estado palestiniano segundo as fronteiras internacionalmente reconhecidas, aquelas que precedem a guerra de 1967. A forma explícita como esta ideia foi apresentada não deixou nenhumas dúvidas, no espírito dos analistas, de que esta solução para o conflito israelo-palestiniano constitui a partir de agora um objectivo da política externa dos Estados Unidos.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave guerra
Netanyahu enumera "linhas vermelhas" de Israel em discurso ao Congresso dos EUA
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, aproveitou nesta terça-feira um discurso perante as duas câmaras do Congresso norte-americano para repetir as “linhas vermelhas” de Israel para um acordo de paz com os palestinianos (...)

Netanyahu enumera "linhas vermelhas" de Israel em discurso ao Congresso dos EUA
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-05-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, aproveitou nesta terça-feira um discurso perante as duas câmaras do Congresso norte-americano para repetir as “linhas vermelhas” de Israel para um acordo de paz com os palestinianos
TEXTO: Entre estes limites, Netanyahu referiu Jerusalém não dividida, uma fronteira diferente da “indefensável” linha pré-1967, presença militar israelita no Vale do Jordão e a impossibilidade de regresso dos refugiados palestinianos ao que é hoje Israel. O discurso de Netanyahu ao Congresso tinha sido antecipado como a altura em que o líder israelita iria marcar a sua posição em relação a negociações com os palestinianos. Mas numa iniciativa que muitos analistas classificaram como “preventiva” da parte do Presidente norte-americano, Barack Obama terá querido marcar ele o momento. E em vésperas da chegada de Netanyahu aos Estados Unidos, no seu discurso ao mundo árabe, Obama marcou a agenda dizendo pela primeira vez que as linhas pré-1967 deveriam ser a base da fronteira entre o Estado de Israel e um Estado palestiniano. Netanyahu reagiu furiosamente e rejeitou essa fronteira “indefensável”, uma rejeição que repetiu no dia seguinte ao ser recebido na Casa Branca, perante as câmaras, ao lado do seu anfitrião. Obama manteve-se com uma expressão impassível, mas este foi um momento revelador de mal-estar num momento público de divergência um pouco confrangedor. No seu discurso de hoje ao Congresso – Netanyahu foi dos poucos líderes estrangeiros a falar duas vezes ao Congresso – o primeiro-ministro israelita repetiu os limites: “Jerusalém não será dividida”, garantiu. Os palestinianos têm de concordar com um Estado israelita que mantenha uma presença nos subúrbios de Jerusalém e Telavive, afirmou, citado pelo diário norte-americano "New York Times". Ainda que alguns territórios em que vivem israelitas (colonatos judaicos) fiquem de fora da fronteira acordada, esta nunca será igual à de 1967, garantiu, voltando a rejeitar a sugestão de Obama. No entanto, Netanyahu não quis só impor limites. Prometeu que Israel será “generoso” no território a deixar aos palestinianos – “para uma paz genuína, teremos de desistir de partes da pátria judaica”, disse – e garantiu estar disposto a “fazer compromissos dolorosos”.
REFERÊNCIAS:
Países Estados Unidos Israel
Israel vai fazer queixa à ONU da Síria por incitamento à violência
A Síria afirmou que 23 pessoas morreram quando soldados israelitas dispararam sobre manifestantes na fronteira dos Montes Golã, enquanto Israel já anunciou que vai fazer queixa à ONU pelo incitamento sírio a estas manifestações. (...)

Israel vai fazer queixa à ONU da Síria por incitamento à violência
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-06-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: A Síria afirmou que 23 pessoas morreram quando soldados israelitas dispararam sobre manifestantes na fronteira dos Montes Golã, enquanto Israel já anunciou que vai fazer queixa à ONU pelo incitamento sírio a estas manifestações.
TEXTO: As Nações Unidas não confirmaram o número de mortos dos confrontos de domingo, quando manifestantes começaram a aproximar-se da fronteira, ameaçando entrar em Israel. A queixa irá mencionar a “manipulação da Síria dos seus próprios cidadãos para gerar incidentes violentos na fronteira”, disse o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros Yigal Palmor. Damasco quer assim desviar as atenções da repressão violenta que está a levar a cabo sobre os seus próprios cidadãos: ainda ontem, sublinha o diário israelita "Ha’aretz" citando fontes da oposição síria, as forças leais a Bashar al-Assad mataram 35 manifestantes em protestos no Norte do país, e durante o fim-de-semana foram mortas mais de 70 pessoas. Os incidentes de ontem ocorreram no dia em que se comemoram 44 anos desde a Guerra dos Seis Dias em 1967, quando Israel capturou os Montes Golã, a Cisjordânia, Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza. O incidente é semelhante ao que tinha acontecido há três semanas, no aniversário da Nakba (“catástrofe”, quando milhares de palestinianos fugiram ou foram expulsos das suas terras aquando a criação do estado de Israel). Neste dia, Israel foi surpreendido com milhares de refugiados palestinianos nas fronteiras da Síria e Líbano, e na repressão dos militares israelitas morreram 13 palestinianos, lembra a agência Reuters. Também nesse incidente Israel anunciou que faria uma queixa às Nações Unidas pelo incitamento da Síria e do Líbano. Israel teme a repetição de incidentes deste género, e que as manifestações de palestinianos desarmados na fronteira se repitam e que, ao atraírem uma resposta violenta, os palestinianos ganhem mais simpatia internacional pela sua causa quando se preparam para levar à Assembleia-Geral da ONU, em Setembro, uma declarçaão unilateral de um Estado palestiniano.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU
Dois mortos em repressão a protestos na Síria
As forças de segurança da Síria mataram a tiro dois manifestantes e deixaram muitos outros feridos durante os protestos de sexta-feira, quando o Exército começou, por outro lado, uma acção militar nas redondezas de Jisr al-Shughour, novo foco da contestação ao regime. (...)

Dois mortos em repressão a protestos na Síria
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento -0.2
DATA: 2011-06-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: As forças de segurança da Síria mataram a tiro dois manifestantes e deixaram muitos outros feridos durante os protestos de sexta-feira, quando o Exército começou, por outro lado, uma acção militar nas redondezas de Jisr al-Shughour, novo foco da contestação ao regime.
TEXTO: As mortes ocorreram durante protestos em Busra al-Harir, no Sul, enquanto em Deraa, cidade que já foi alvo de uma acção militar para conter os protestos, os militares dispararam sobre os manifestantes. A televisão síria tinha entretanto anunciado o que muitos já temiam: começou a acção militar na cidade de Jisr al-Shughour, o último local a ver protestos contra o regime na Síria. Os últimos dias foram descritos por muitos como “a calma antes da tempestade”. O regime tinha anunciado que 120 elementos das forças de segurança tinham sido mortos por gangues armados. Na televisão, foram sendo mostrados residentes a pedir uma intervenção armada. A justificação para uma acção militar estava lançada; o terreno estava preparado. Como nas acções das forças de segurança noutras cidades onde houve protestos, os militares começaram pelas localidades limítrofes, cortando comunicações à medida que avançavam. Desta vez, a localidade era Sarmaniya, a dez quilómetros da cidade-alvo de 50 mil habitantes. Mas hoje as forças de segurança começaram por não encontrar ninguém, contou um habitante por telefone à Reuters - todos tinham fugido temendo a violência. Mesmo em Jisr al-Shughour, muitas pessoas tinham já saído do local. “Não íamos ficar ali sentados à espera de sermos massacrados como cordeiros”, disse um refugiado que atravessou para a Turquia. Jisr al-Shughour fica a cerca de 20 quilómetros do território turco e, segundo as autoridades de Ancara, mais de 2700 pessoas passaram nos últimos dias a fronteira. Há relatos de que muitas aguardariam perto da fronteira, esperando passar para o outro lado em caso de acção armada, portanto este número deve aumentar. O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, criticou a atitude do seu aliado sírio Bashar al-Assad dizendo que não podia defender as acções “desumanas” de Damasco na resposta aos protestos pacíficos pela mudança de regime, e acusando as autoridades de tratar a situação “com leveza”. Ancara prometeu não fechar a fronteira aos refugiados, mas falou da possível criação de uma "zona tampão" se "centenas de milhares" de sírios procurassem refúgio na Turquia. Segundo a alta-comissária dos Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, morreram já mais de 1100 civis na repressão dos protestos que começaram em Março, e mais de 10 mil pessoas foram detidas pelo regime de Damasco. O secretário de Estado dos EUA, Robert Gates, comentou entretanto que a legitimidade de Bashar al-Assad, que herdou o poder do pai, Hafez, em 2000, estava posta em causa. No entanto, a tentativa de impor sanções no âmbito do Conselho de Segurança da ONU está a ser bloqueada pela Rússia. Notícia actualizada às 14h25
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU EUA
Tropas sírias atacam cidade no Norte deixando rasto de morte pelo caminho
As forças de segurança sírias prosseguem hoje no avanço já dentro da cidade de Jisr al-Shughour, a 40 quilómetros da fronteira com a Turquia, com os habitantes a reiterarem as denúncias de que os militares leais ao regime do Presidente Bashar al-Assad estão a disparar indiscriminadamente sobre civis em fuga, equipas das ambulâncias e soldados que depuseram as armas, e a deixar no caminho um rasto de colheitas queimadas e gado morto. (...)

Tropas sírias atacam cidade no Norte deixando rasto de morte pelo caminho
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-06-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: As forças de segurança sírias prosseguem hoje no avanço já dentro da cidade de Jisr al-Shughour, a 40 quilómetros da fronteira com a Turquia, com os habitantes a reiterarem as denúncias de que os militares leais ao regime do Presidente Bashar al-Assad estão a disparar indiscriminadamente sobre civis em fuga, equipas das ambulâncias e soldados que depuseram as armas, e a deixar no caminho um rasto de colheitas queimadas e gado morto.
TEXTO: Desde ontem que surgem informações de que unidades do Exército sírio, incluindo a da 4ª Divisão Mecanizada, sob o comando do irmão de Assad, Maher, estão mesmo a usar helicópteros contra os manifestantes da oposição, bombardeando repetidamente, também com tanques, Jisr al-Shughour, no Norte. “Têm pelo menos 150 tanques e outros veículos armados. A cidade é tão pequena que nem dá para conter tantos carros de guerra. Os bombardeamentos não param agora e há dois helicópteros a sobrevoar permanentemente e a disparar sobre quem se move nas ruas”, descreveu um morador, citado pela agência noticiosa Reuters, que conta estar numa das colinas em volta de Jisr al-Shughour. Estas tácticas de repressão armada das forças sírias contra as manifestações de desafio aos 11 anos de regime autoritário de Assad já foram utilizadas em outras cidades do país, pela primeira vez em Deraa, a cidade berço dos protestos, a 25 de Abril passado. Estima-se que mais de 1100 civis morreram já desde o início da revolta, que eclodiu com apelos a maiores liberdades políticas e o fim da pobreza e corrupção. O regime justificou esta entrada em força em Jisr al-Shughour para repor a ordem depois da alegada morte na semana passada de mais de 120 membros das forças de segurança, que as autoridades dizem ter sido atacados por “grupos armados” que visam desestabilizar o país. Mas activistas dos direitos humanos e residentes da cidade testemunham terem sido combates entre soldados que renegaram o regime e uma unidade do Exército chamada a estancar as deserções. Algumas testemunhas asseveram que as mortes ocorridas naquele incidente foram militares que se recusaram a disparar sobre os civis que se manifestavam contra o regime. Este ataque sobre Jisr al-Shughour (cidade de 50 mil habitantes) levou milhares de pessoas a fugirem em direcção à Turquia. Estima-se que mais de quatro mil sírios passaram já a fronteira nos últimos dias e que pelo menos outros dez mil se encontram escondidos na zona de bosque ainda do lado sírio, enquanto as forças leais sob o comando de Maher al-Assad avançam sobre a cidade desde o Noroeste. O jornal turco “Radikal” avança na edição de hoje que a Turquia vai criar uma “zona de tampão” caso o fluxo de refugiados da Síria ultrapasse as dez mil pessoas. “A área de fronteira é já uma zona de tampão, com famílias inteiras escondidas por entre as árvores”, descreveu à Reuters um activista dos direitos humanos sírio que está a ajudar a coordenar o movimento dos civis em fuga.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos morte guerra humanos ataque pobreza