Keita é o novo Presidente do Mali
Adversário do ex-primeiro-ministro na segunda volta antecipou-se aos resultados oficiais e reconheceu derrota. Forma como decorreram eleições são bom presságio para o país, após ano e meio de convulsões (...)

Keita é o novo Presidente do Mali
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.136
DATA: 2013-08-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: Adversário do ex-primeiro-ministro na segunda volta antecipou-se aos resultados oficiais e reconheceu derrota. Forma como decorreram eleições são bom presságio para o país, após ano e meio de convulsões
TEXTO: Ibrahim Boubacar Keita, antigo primeiro-ministro e figura dominante da política nacional, é o novo Presidente do Mali, país que no último ano e meio assistiu a uma rebelião armada, um golpe de Estado, cidades tomadas por grupos jihadistas e a uma intervenção militar estrangeira. As eleições, isentas de violência, foram um bom presságio para a reconciliação nacional, o principal desafio que espera IBK, como é conhecido no país. O desfecho da corrida eleitoral chegou mais cedo do que o previsto. Soumaila Cissé, o ex-ministro das Finanças que enfrentou Keita na segunda volta das presidenciais, reconheceu a derrota na segunda-feira à noite, pouco mais de 24 horas depois do fecho das urnas. Os resultados oficiais só eram esperados na sexta-feira e a surpresa foi ainda maior porque, horas antes, os seus apoiantes tinham denunciado publicamente a existência de fraudes. “A hora não é de polémicas”, disse à AFP o candidato derrotado, explicando que acabava de regressar da casa de Keita, onde fora com a família para “o felicitar e desejar-lhe boa sorte”, “à boa maneira da tradição do Mali”. Um conselheiro explicou à Reuters que ex-ministro decidiu reconhecer a derrota face à grande vantagem de Keita na contagem de votos – terá mesmo vencido em Gao, principal cidade do Norte de onde Cissé é natural. Já nesta terça-feira, o candidato derrotado explicou que não iria contestar os resultados, porque a “fragilidade do país” aconselha todos a terem “um comportamento virtuoso”. Keita não veio ainda a público reclamar vitória, nem reagiu ao gesto do adversário. Mas em Paris, o Presidente François Hollande, revelou ter conversado com ele ao telefone para “o felicitar pela vitória” e garantir que a França “vai continuar ao lado do Mali”. A forma como as eleições se desenrolaram – sem violência nem fraudes maciças – é uma dupla vitória para Hollande que, depois de em Janeiro ter enviado as suas forças para combater os extremistas islâmicos que ameaçavam avançar sobre Bamako, fez grande pressão sobre o governo de transição para que as presidenciais acontecessem o quanto antes. “Tudo o que aconteceu desde a intervenção francesa de 11 de Janeiro, em nome da comunidade internacional, até à eleição de um novo Presidente foi um sucesso para a paz e a democracia”, lê-se num comunicado do Eliseu, divulgado na mesma altura em que fontes próximas de Hollande garantiam à AFP que ele irá a Bamako para tomada de posse de Keita. Na longa lista de afazeres do novo Presidente está a reactivação da economia, a reorganização de um Exército que em Março de 2012 derrubou o anterior Presidente – acusando Amadou Touré de incapacidade na luta contra os rebeldes tuaregues, para logo a seguir ser derrotado por esses mesmos rebeldes – ou o combate à corrupção endémica. Mas nenhuma prioridade é tão grande como a reconciliação nacional. A revolta dos tuaregues fez mais do que dividir o país entre Norte (na mão dos rebeldes, mais tarde suplantados pelos jihadistas) e o Sul (controlado pelo Exército). Agravou as tensões entre as comunidades tuaregues, árabes e negras e provocou o êxodo de milhares de pessoas das suas zonas de origem. Durante a campanha, Keita prometeu formar um Governo o mais abrangente possível e anunciou que dará prioridade a um acordo de paz com os rebeldes, embora rejeite conceder autonomia ao Azawad, como os tuaregues se referem à região que consideram a sua pátria. Um acordo preliminar, assinado em Junho, previa o início de negociações 60 dias após a tomada de posse de um governo, mas o seu desfecho é incerto. Do seu lado, o novo Presidente terá os 12 mil soldados africanos da missão de paz das Nações Unidas e os 3200 milhões de euros prometidos pela comunidade internacional.
REFERÊNCIAS:
Étnia Árabes
Empresário angolano António Mosquito vai adquirir 67% da construtora Soares da Costa
Negócio implica a entrada de 70 milhões de euros em dinheiro, através de um aumento de capital. Manuel Fino perde controlo. (...)

Empresário angolano António Mosquito vai adquirir 67% da construtora Soares da Costa
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-08-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: Negócio implica a entrada de 70 milhões de euros em dinheiro, através de um aumento de capital. Manuel Fino perde controlo.
TEXTO: O empresário António Mosquito vai passar a figurar na lista dos grandes investidores angolanos em Portugal. Segundo foi nesta terça-feira comunicado pelo Grupo Soares da Costa, António Mosquito vai ser responsável por um aumento de capital da Soares da Costa Construções, no valor de 70 milhões de euros, que lhe dará direito a 66, 7% do capital da empresa. Já o Grupo Soares da Costa (controlado a 71% por Manuel Fino) irá diluir a sua posição na subsidiária para 33, 3%. De acordo com as informações transmitidas ao regulador do mercado de capitais, a operação tem como objectivo manter a estabilidade financeira da empresa, criar sinergias, e “robustecer a presença da Soares da Costa Construção e suas participadas no sector da construção, atingindo uma posição de liderança nos mercados em que desenvolva a sua actividade”. O negócio, que terá ainda ser aprovado em assembleia geral de accionistas, a convocar na próxima semana, faz parte do plano de reprogramação do endividamento bancário do grupo (que tem na construção a maior fonte de receitas), avaliado em 228 milhões. Nesse âmbito, o grupo, segundo foi ontem explicado, mandatou o BCP, cujo principal accionista é a Sonangol e está presente no mercado angolano, para encontrar potenciais investidores, chegando então ao nome de António Mosquito. Angola já é, aliás, o principal mercado da Soares da Costa. Em 2012, segundo as contas do grupo, este país africano teve um peso 44, 1% no volume de negócios total, atingindo os 353, 5 milhões de euros (mais 8% do que no ano anterior). Quanto a Portugal, o segundo maior mercado, valeu 236, 5 milhões (o que representa uma queda de 28%). Uma das grandes obras em Angola é a construção das infra-estruturas básicas do Pólo Industrial de Fútila, em Cabinda. Adjudicadas a um consórcio liderado pela Soares da Costa, as obras são financiadas por entidades como a Sonangol e o Banco Mundial. No ano passado, no entanto, o grupo não conseguiu fugir aos prejuízos, tendo um resultado negativo de 47 milhões de euros. Segundo as informações divulgadas nesta terça-feira, o acordo a efectuar com António Mosquito, válido por seis anos, implica que a Soares da Costa Construções mantenha o controlo da sucursal de Angola. Ao mesmo tempo, não inclui a actividade nos EUA e em Israel, e pressupõe que as principais deliberações futuras terão de ter a concordância do Grupo Soares da Costa, mesmo mantendo Mosquito a maioria do capital da construtora. Ou seja, questões como a aplicação de dividendos, projectos de fusão, mudanças de sede ou aumentos de capital terão de ter o acordo dos dois accionistas. O negócio da Soares da Costa surge depois de António Mosquito ter sido dado como interessado, através de uma empresa de capital de risco, na compra da maioria do capital do grupo Controlinveste, dono de órgãos de comunicação social como o Diário de Notícias, Jornal de Notícias e TSF. Certo é que o sector da construção não lhe é estranho, nem a ligação a empresas portuguesas. Detém a CCL - Construção Civil, associou-se associado à Teixeira Duarte e aos brasileiros da Odebrecht, é dono de 12% do Banco Caixa Geral Totta de Angola, onde o banco do Estado português, em união com o Santander, detém 51% (a Sonangol conta com 25%) e é sócio da Novabase neste país. Além de outras participações em mais três bancos, é importador das marcas Audi e VW, e investiu no petróleo. Recentemente, criou um fundo de capital de risco, a António Mosquito Capital Partners. Visto como independente do MPLA e da UNITA, foi um dos empresários que despontaram após 1992, com o apoio do regime de José Eduardo dos Santos.
REFERÊNCIAS:
É o Presidente de Angola que faz da sua filha uma milionária, acusa a Forbes
Revista norte-americana aponta corrupção do regime angolano como a origem da fortuna de Isabel dos Santos. A empresária já veio desmentir. (...)

É o Presidente de Angola que faz da sua filha uma milionária, acusa a Forbes
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-08-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: Revista norte-americana aponta corrupção do regime angolano como a origem da fortuna de Isabel dos Santos. A empresária já veio desmentir.
TEXTO: Em Janeiro, a revista Forbes considerou Isabel dos Santos, a filha mais velha do Presidente angolano José Eduardo dos Santos, como a mulher mais rica de África. Agora, publicou uma investigação em que clarifica a origem da sua fortuna: vem de ficar com uma parte de empresas que querem estabelecer-se em Angola ou da providencial assinatura do pai numa lei ou decreto. O artigo é assinado por Kerry A. Dolan, uma das coordenadoras da lista anual dos milionários, e pelo jornalista e activista angolano Rafael Marques, que dizem ter falado com muita gente no terreno e consultado muitos documentos. No entanto, Isabel dos Santos e o empresário português Américo Amorim – que se tornou um importante parceiro da filha do Presidente angolano –, entre outros visados directamente, não falaram com os jornalistas. A empresária veio desmentir as afirmações da Forbes. Em comunicado, o seu gabinete diz que o artigo é obra “um conhecido ativista político que, patrocinado por interesses escondidos, passeia pelo mundo a atacar Angola e os angolanos”, referindo-se a Rafael Marques. “Isabel dos Santos é uma empresária independente e uma investidora privada, representando unicamente os seus próprios interesses”, sublinha o comunicado. A revista norte-americana diz claramente que a história de Isabel dos Santos, a milionária de 3000 milhões de dólares no país onde 70% dos habitantes vivem com menos de 2 dólares por dia, “é uma rara janela para a mesma trágica narrativa cleptocrática em que ficam presos muitos outros países ricos em recursos naturais”. José Eduardo dos Santos, de 71 anos, é Presidente de Angola desde 1979, e é o chefe de Estado que governa há mais anos sem ser monarca, sublinha a Forbes. Incluir a sua filha em todos os grandes negócios feitos em Angola é uma “forma de extrair dinheiro do seu país, enquanto se mantém à distância, de maneira formal”, escrevem os jornalistas. “Se for derrubado, pode reclamar os seus bens, através da sua filha. Se morrer enquanto está no poder, ela mantém o saque na família. ”Isabel dos Santos tem 24, 5% da Endiama, a empresa concessionária da exploração mineira no Norte do país – criada por decreto presidencial, que exigia a formação de um consórcio com parceiros privados. Os parceiros privados da filha do Presidente, que incluíam negociantes israelitas de diamantes, criaram a Ascorp, registada em Gibraltar. Na sombra, diz a Forbes, citando documentos judiciais britânicos, tinha o negociante de armas russo Arkadi Gaidamak, um antigo conselheiro do Presidente angolano durante a guerra civil de 1992 a 2002. O escrutínio internacional dedicado aos ‘diamantes de sangue’, explica a revista, aconteceu no mesmo período em que Isabel dos Santos transferiu a sua parte do negócio, que a Forbes classifica como “um poço de dinheiro”, para a mãe, uma cidadã britânica. Tudo continua em casa, sublinha a revista. Além dos diamantes, também a posse de 25% da Unitel, a primeira operadora de telecomunicações privada em Angola, partiu de um decreto presidencial directamente para a filha mais velha. “Um porta-voz de Isabel dos Santos disse que ela contribuiu com capital pela sua parte da Unitel, mas não especificou a quantia; um ano depois, a Portugal Telecom pagou 12, 6 milhões de dólares por outra fatia de 25%”, escreve a revista. A quota-parte de 25% da Unitel detida por Isabel dos Santos é avaliada por analistas que seguem a actividade da PT, e que foram ouvidos pela Forbes, em mil milhões de euros. A parceria com Américo Amorim, que abarca as áreas financeira, através do banco BIC, e petrolífera, através da Amorim Energia e dos seus negócios na Galp e com a Sonangol, tem sido um sucesso. A revista lembra o investimento de 500 milhões na portuguesa ZON e explica também como Isabel dos Santos acabou por ficar à frente da cimenteira angolana Nova Cimangola, também através de negócios com Américo Amorim. Contas feitas, o objectivo do regime é apresentar Isabel dos Santos como uma heroína angolana. Depois de a Forbes a ter declarado uma bilionária, em Janeiro, o Jornal de Angola, “porta-voz do regime, declarava ‘estamos maravilhados por a empresária Isabel dos Santos se ter tornado uma referência do mundo das finanças. Isto é bom para Angola e encher os angolanos de orgulho. ’”. Mas não é caso para isso, diz a revista: “Os angolanos deviam ficar envergonhados. Não orgulhosos. ”
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave guerra filha lei mulher
Suíça cria concurso para encontrar um novo hino nacional
A população suíça poderá criar o seu próprio hino, e o vencedor ganhará um prémio monetário. (...)

Suíça cria concurso para encontrar um novo hino nacional
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.136
DATA: 2013-08-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: A população suíça poderá criar o seu próprio hino, e o vencedor ganhará um prémio monetário.
TEXTO: A Sociedade Pública do Bem Estar da Suíça, que tem como foco problemas e temáticas sociais, quer substituir a letra do actual hino suíço, o Psalm. “Os versos não têm nada a ver com a Suíça”, declarou Lukas Niederbeger, líder do projecto. “É uma canção que elogia Deus, mas não diz muito sobre os valores e virtudes da nossa sociedade”. O Psalm tem sido o hino da Suíça desde 1981, mas políticos e comentadores criticam-no desde então por se assemelhar mais a uma previsão de tempo do que a um hino: “Quando os céus da manhã adquirem tons de vermelho, e tu, Senhor, apareces na sua luz” é um dos versos mais controversos. A competição inicia-se a 1 de Janeiro de 2014 e prolongar-se-á por seis meses. As candidaturas poderão ser enviadas numa das quatro línguas oficiais da nação: alemão, francês, italiano e romansch, um idioma falado por 60 mil suíços. Os cidadãos estrangeiros também podem concorrer caso residam na Suíça. O texto vencedor receberá um prémio de cerca de 8145 euros, e será submetido para aprovação parlamentar em 2015, o que dará tempo para reformular o hino. O texto lírico será traduzido para todos os idiomas do país. “Aceitaremos todas as propostas desde que não sejam racistas, sexistas ou excessivamente nacionalistas. Queremos acima de tudo algo que aborde os valores da Constituição, como a liberdade, a democracia e a tolerância”, defendeu Niederbeger. É a primeira vez que a população é convidada a participar numa iniciativa desta envergadura, e diversos músicos e políticos já haviam alertado para a necessidade de se reescrever a letra. Porém, a possibilidade de não ser possível encontrar um vencedor está em cima da mesa. “Caso isso aconteça, vamos esperar cinco anos e voltar a tentar depois”, afirmou Niederbger.
REFERÊNCIAS:
Tempo Janeiro
Accionistas da Soares da Costa decidem aumento de capital a 23 de Setembro
Assembleia geral vota negócio que assegura ao empresário angolano António Mosquito o controlo accionista da construtora. (...)

Accionistas da Soares da Costa decidem aumento de capital a 23 de Setembro
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-08-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Assembleia geral vota negócio que assegura ao empresário angolano António Mosquito o controlo accionista da construtora.
TEXTO: Os accionistas do Grupo Soares da Costa vão reunir-se em assembleia geral a 23 de Setembro para votar a operação de capitalização da subsidiária do grupo dedicada à construção. Em cima da mesa está a entrada do empresário angolano António Mosquito, que irá pagar 70 milhões de euros para ficar com 66, 7% da construtora. A convocatória para a reunião extraordinária foi publicada nesta segunda-feira através de um comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. A deliberação do negócio, a realizar através de um aumento de capital, é o único ponto da ordem de trabalho da assembleia geral, que está agendada para as 15h na sede da empresa, no Porto. O grupo liderado por António Castro Henriques anunciou, na semana passada, ter chegado a acordo com António Mosquito para o empresário angolano realizar um aumento de capital que lhe dá 66, 7% da subsidiária da construtora – a principal fonte de receitas do grupo e que tem em Angola o seu principal mercado. Com isso, a posição do Grupo Soares da Costa na subsidiária fica diluído a 33, 3%. A operação, que terá ainda de ser analisada pelas autoridades competentes, será subscrita pelo empresário angolano integralmente em dinheiro, que passará a estar entre os grandes investidores angolanos em Portugal. Segundo as contas semestrais do grupo, a Soares da Costa reduziu os prejuízos, entre Janeiro e Junho, para nove milhões de euros, valor que compara com 14 milhões de euros no mesmo período do ano passado.
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Biógrafos de Ronald Reagan criticam retrato no filme O Mordomo
Filme conta a história do mordomo que trabalhou durante 30 anos na Casa Branca, servindo oito presidentes. (...)

Biógrafos de Ronald Reagan criticam retrato no filme O Mordomo
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-08-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Filme conta a história do mordomo que trabalhou durante 30 anos na Casa Branca, servindo oito presidentes.
TEXTO: São oito presidentes norte-americanos que aparecem retratados no novo filme de Lee Daniels, O Mordomo, que estreou este fim-de-semana nos Estados Unidos. Mas é o retrato de Ronald Reagan que está a gerar alguma onda de contestação. Os biógrafos oficiais do 40º Presidente alegam que o filme dá uma impressão errada sobre a visão de Reagan no que diz respeito às relações raciais. Em declarações ao Hollywood Reporter, Paul Kengor e Kiron Skinner, autores de vários livros sobre o presidente norte-americano, garantem que o filme, que este fim-de-semana ficou em primeiro nas bilheteiras norte-americanas, é impreciso, passando uma imagem de que Ronald Reagan foi indiferente ao sofrimento durante o regime de apartheid na África do Sul. Aqui, Paul Kengor destaca uma cena em que o presidente, interpretado por Alan Rickman, recusa, sem motivo aparente, apoiar uma lei que impõe sanções ao regime de apartheid. O biógrafo critica a falta de contexto, garantindo que Reagan “estava chocado com o apartheid” e queria garantir que com o fim deste regime, este não seria substituído por um regime marxista totalitário aliado em Moscovo e Cuba. “O que faria com que o povo sul-africano seguisse o mesmo caminho da Etiópia, Moçambique, e, sim, Cuba”, explicou Kengor à publicação norte-americana, acrescentando que “se o filme se recusa a lidar com este problema com o equilíbrio necessário, então não o deveria fazer de forma alguma”. O filme, que tem uma banda sonora assinada pelo músico português Rodrigo Leão, é inspirado na história verídica de Eugene Allen, um afro-americano que durante mais de 30 anos foi mordomo da Casa Branca, trabalhando para presidentes como John F. Kennedy, Richard Nixon, além de Ronald Reagan. Numa outra cena, também denunciada pelos biógrafos, a mulher do presidente, Nancy Reagan, interpretada por Jane Fonda, convida o mordomo, Cecil Gaine (Forest Whitaker), e a sua mulher (Oprah Winfrey) para um jantar. Paul Kengor e Kiron Skinner referem que o casal de empregados é retratado como se estivesse desconfortável neste jantar, passando a imagem de que os convidados do presidente seriam brancos e os negros apenas poderiam ser seus serventes. “Este convite gentil e pouco comum era um gesto típico dos Reagan, que ao longo das suas vidas fizeram coisas como esta. Retratar isto como outra coisa qualquer é cruel”, aponta Kengor. “Ao longo dos anos falei com vários empregados da Casa Branca, desde cozinheiros, empregados de limpeza, médicos, serviços secretos. O seu amor por Ronald Reagan é universal”, destaca ainda o biógrafo. Kiron Skinner vai ainda mais longe e lembra o que Reagan escreveu em 1975 sobre as questões raciais: “Nos meus oito anos [como governador] foram nomeados mais negros para cargos executivos e políticos do que haviam sido nomeados até então por todos governadores da Califórnia juntos”. O Mordomo marca o regresso de Lee Daniels ao tema das lutas raciais, depois de em 2009 ter realizador Precious. Com estreia marcada em Portugal para o dia 5 de Setembro, o filme foi o mais visto este fim-de-semana nos Estados Unidos, tendo somado nas bilheteiras 18, 7 milhões de euros. Rodrigo Leão estreia-se agora na indústria do cinema americano, depois de ter musicado Lisbon Story (1994), de Wim Wenders, A Gaiola Dourada (2013), de Ruben Alves, e na televisão, a série documental Portugal, Um Retrato Social (2007).
REFERÊNCIAS:
Hollande diz que França participará em ataque à Síria mesmo sem os britânicos
Decisão de Washington será tomada na defesa dos interesses americanos, diz a Casa Branca, depois de o Parlamento britânico rejeitar a proposta de acção militar de Cameron. Hollande confirma empenho francês. (...)

Hollande diz que França participará em ataque à Síria mesmo sem os britânicos
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-08-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: Decisão de Washington será tomada na defesa dos interesses americanos, diz a Casa Branca, depois de o Parlamento britânico rejeitar a proposta de acção militar de Cameron. Hollande confirma empenho francês.
TEXTO: Os deputados britânicos não apoiam a ideia de castigar militarmente o regime sírio, mas François Hollande garante que a França não desiste de castigar Bashar al-Assad, mesmo sem a participação de Londres. Barack Obama pode avançar com uma iniciativa mesmo sem o Reino Unido como aliado. "O massacre químico não pode ficar impune", afirmou François Hollande ao Le Monde, numa entrevista publicada nesta sexta-feira, em que reafirma o empenho francês em participar num ataque punitivo contra o regime sírio, mesmo sem a participação britânica. A Casa Branca disse na última noite que os EUA vão "continuar a consultar o governo do Reino Unido – um dos nossos amigos e aliados mais próximos" e a decisão de avançar ou não "será norteada pelos interesses americanos". Horas depois de Londres ter rejeitado uma proposta de intervenção militar externa na Síria, Washington reafirmou: "[O Presidente Obama] acredita que estão em jogo valores centrais para os EUA e os países que violarem normas internacionais relativas a armas químicas têm de ser responsabilizados". Estas declarações, citadas por toda a imprensa norte-americana, sugerem que a ideia de responder ao suposto ataque químico da semana passada nos arredores de Damasco continua em cima da mesa de Barack Obama, apesar da falta de apoio do Parlamento londrino. O Presidente vai entretanto reunir o Conselho de Segurança Nacional para "discutir a utilização de armas químicas pelo regime de Assad a 21 de Agosto". E está marcada para a noite desta sexta-feira (16h30 em Washington, 21h30 em Lisboa) uma declaração do secretário de Estado John Kerry. De Berlim, mantém-se o tom: o Governo alemão exclui participar militarmente numa intervenção na Síria, embora apoie uma acção da comunidade internacional nesse sentido. Até agora, a Alemanha tinha deixado planar uma réstea de dúvidas sobre a sua eventual participação com meios militares na intervenção. "Não nos pediram uma participaão, pelo que não a programamos nem vamos programar", declarou o porta-voz da chanceler Angela Merkel, numa das conferência de imprensa regulares do Governo, repetindo as palavras do ministro dos Negócios Estrangeiros, Guido Westerwelle, numa entrevista que será publicada na sua versão integral no jornal regional Neue Osnabrücker Zeitung no sábado, adianta a AFP. Sem unanimidade no Conselho de Segurança das Nações Unidas e enquanto se aguarda pelas conclusões dos inspectores da ONU que estiveram na Síria a tentar recolher elementos que confirmem ou não a utilização de armas químicas na guerra civil síria, os norte-americanos continuam mesmo assim à procura de uma coligação internacional que permita sustentar uma resposta, frisou o secretário da Defesa dos EUA, Chuck Hagel, que se encontra em deslocação oficial às Filipinas. "É o objectivo do Presidente Obama e do nosso Governo. . . Seja qual for a decisão a tomar, ela deve resultar de um esforço internacional", declarou Hagel, citado pela AFP, acrescentando: "A nossa posição é a de continuar à procura de uma coligação internacional que actue em conjunto. Já vimos alguns países expressarem a sua posição acerca do uso de armas químicas. "Em Londres, na quinta-feira à noite, o parlamento rejeitou uma intervenção militar com 285 votos contra e 273 a favor da moção do Governo liderado por Cameron. Este reagiu com resignação, afirmando ter ficado "claro que o Parlamento britânico não quer" uma acção militar na Síria e que o Executivo iria "agir em conformidade". A proposta do Governo já tinha sido alterada por exigência da oposição trabalhista para assegurar que uma intervenção só aconteceria se os inspectores da ONU confirmassem o uso de armas químicas por parte do regime de Bashar al-Assad. Porém, depois de um longo debate, os deputados inviabilizaram a participação de forças britânicas numa intervenção mesmo que os inspectores da ONU, que estão na Síria até sábado, concluam que houve recurso a armamento químico. O editor de política da BBC Nick Robinson comentava que "não há um precedente na era moderna de um primeiro-ministro perder controlo da sua política externa, muito menos em decisões sobre guerra e paz". O editor de diplomacia e defesa da emissora britânica, Mark Urban, lembrava que houve, no entanto, dois precedentes de casos em que o Reino Unido se recusou a juntar-se aos norte-americanos: nos anos 1960 durante a guerra do Vietname e nos 1990 na guerra da Somália. Mas - nota - em ambos os casos as decisões foram dos primeiros-ministros, Harold Wilson no Vietname, e John Major na Somália. A acusação de que Assad usou armas químicas tornou mais provável uma intervenção internacional. Os EUA já afirmaram ter provas dos ataques, mas a Casa Branca também frisou que uma intervenção será limitada e não terá a dimensão do que aconteceu no Iraque. O ministro da Defesa britânico, Philip Hammond, afirmou, citado pela BBC, ter esperança de que a intervenção seja levada a cabo por outros países. "Espero que os EUA e outros países continuem a avaliar as respostas a um ataque químico. Não espero que a falta de participação britânica vá impedir qualquer acção".
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU EUA
Pietro Parolin é o novo ‘número 2’ do Papa
Novo responsável substitui o polémico cardeal Bertone, que ainda vem a Fátima como enviado papal antes de deixar o cargo. (...)

Pietro Parolin é o novo ‘número 2’ do Papa
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.136
DATA: 2013-08-31 | Jornal Público
SUMÁRIO: Novo responsável substitui o polémico cardeal Bertone, que ainda vem a Fátima como enviado papal antes de deixar o cargo.
TEXTO: Pietro Parolin é o novo chefe do Governo da Igreja. O Papa Francisco nomeou o até agora núncio do Vaticano na Venezuela secretário de Estado, substituindo o polémico cardeal Tarcisio Bertone, que ocupava o cargo desde 2006. O arcebispo Parolin, de 58 anos — bastante jovem para exercer estas funções, pelos padrões do Vaticano — foi o equivalente a ministro dos Negócios Estrangeiros da Santa Sé entre 2002 e 2009. Liderou missões diplomáticas em negociações delicadas na Ásia, por exemplo, com a China, Vietname ou Israel. Foi núncio (embaixador) na Nigéria e México, além da Nigéria, e é fluente em várias línguas, além do italiano: francês, espanhol e inglês. Assumirá funções a partir de 15 de Outubro, quando Bertone abandonará o cargo, após uma visita ao Santuário de Fátima, em Portugal, a 12 e 13 de Outubro, ainda como enviado Papal. Os bispos portugueses encaram esta última visita de Bertone como “expressão particular de comunhão”, adianta o site Vatican Insider do jornal italiano La Stampa. Bertone continuará presidente da Comissão Cardinalícia de Vigilância sobre o Instituto das Ordens Religiosas (IOR, o chamado banco do Vaticano) mas só até estar terminado o relatório para o Conselho da Europa sobre branqueamento de dinheiro. O Papa Bento XVII tinha renovado o seu mandato nesta comissão por mais cinco anos, ou seja até 2018 mas o seu sucessor não o confirmou
REFERÊNCIAS:
Tempo Outubro
Nelson Mandela regressou a casa, mas continua em estado “crítico”
Nobel da Paz recebeu alta e deixou o hospital de Pretória neste domingo. (...)

Nelson Mandela regressou a casa, mas continua em estado “crítico”
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-09-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Nobel da Paz recebeu alta e deixou o hospital de Pretória neste domingo.
TEXTO: Ao fim de mais de dois meses de internamento, Nelson Mandela deixou o hospital de Pretória e regressou a casa em Joanesburgo na manhã deste domingo, confirmou a Presidência sul-africana. O antigo Presidente da África do Sul, de 95 anos, foi hospitalizado de urgência a 8 de Junho devido a uma infecção pulmonar grave. Apesar de ter recebido alta, “o estado de saúde de Madiba [como também é conhecido] permanece crítico e, por vezes, instável”, refere a Presidência numa nota publicada no site, adiantando que a equipa de médicos que acompanha Mandela garante que este continuará a receber o mesmo nível de cuidados em casa, que foi preparada para isso. Segundo a Presidência, se o estado de saúde merecer maiores cuidados, o primeiro presidente negro da África do Sul voltará ao hospital, onde “recebeu apoio médico completo” que a assistência médica continua agora a prestar em casa. As informações anteriores sobre o estado de saúde foram conhecidas na véspera, quando vários órgãos de comunicação social davam conta de que Mandela recebera alta. A informação que viria a ser desmentida pela Presidência, mas 24 horas depois foi mesmo isso que aconteceu. Este foi o internamento mais longo de Nelson Mandela desde que foi libertado, em 1990, depois de 27 anos de prisão sob o regime de apartheid. No dia 18 de Julho, fez 95 anos no hospital rodeado pela família, numa altura em que estava internado com prognóstico muito reservado. Os problemas pulmonares de que padece, e que já justificaram outros internamentos, datam do tempo que passou na prisão. Zindzi Mandela, a filha mais nova do antigo presidente sul-africano havia dito, semanas antes, que o estado de saúde do pai estava a melhorar dia após dia e que o Nobel da Paz se mostrava cada vez mais alerta. Mais tarde, a Presidência veio anunciar que o estado de saúde de Mandela estabilizara, fazendo prova de “grande resistência”. Um relatório médico apresentado no início de Julho em tribunal por uma parte da família chegou a considerá-lo em estado vegetativo permanente, mas a informação foi mais tarde desmentida pela Presidência. Mandela deixou a Presidência no fim do primeiro mandato, em 1999, já depois de ter abandonado a liderança do partido; cinco anos depois, anunciou a sua retirada de todos os actos públicos. Em 2009, ainda cheio de vitalidade, mas fora da política, apareceu num comício do ANC a manifestar o seu veemente apoio ao actual presidente, Jacob Zuma.
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano
Organizações denunciam aumento da violência policial em Angola
“É a polícia, que nos devia proteger, que comete os piores actos", diz um activista. (...)

Organizações denunciam aumento da violência policial em Angola
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-09-04 | Jornal Público
SUMÁRIO: “É a polícia, que nos devia proteger, que comete os piores actos", diz um activista.
TEXTO: Um grupo de duas dezenas de associações angolanas de defesa dos direitos humanos denunciou esta quarta-feira, em Luanda, o aumento da violência praticada pelas forças polícias contra a população desde o início do ano. “Estes últimos meses, assistimos em Angola a um nível elevado de violência policial contra manifestações pacíficas, contra vendedores ambulantes, jornalistas, activistas e defensores dos direitos humanos”, lê-se num comunicado enviado à AFP por aquelas associações. O colectivo reagia, nomeadamente, a uma larga difusão nas redes sociais de um vídeo que mostra o espancamento de prisioneiros por parte de polícias e bombeiros numa prisão de Luanda. O comunicado critica o tratamento “desumano e cruel” reservado aos detidos nas prisões. “É a polícia, que nos devia proteger, que comete os piores actos. Temos que tentar baixar esta pressão por parte das forças policiais”, disse Angelo Kapwatcha, do Fórum Regional para o Desenvolvimento Universitário, uma associação do Huambo, no sul do país. "O nosso sistema política de governação foi construído com base na violência e na exclusão de pessoas pobres e diferentes, e é isso que precisamos de atacar”, sublinha Elias Isaac, da associação Open Society. Condenando actos que violam a constituição angolana e as normas internacionais, o Ministério do Interior anunciou já ter lançado um inquérito para esclarecer os factos e estabelecer as responsabilidades dos presumíveis autores das violências. O colectivo associativo, chamado Grupo de Trabalho para o Controle dos Direitos Humanos em Angola, reúne cerca de vinte associações presentes em todo o território angolano e que actuam em diversas áreas, como o direito à terra, o desenvolvimento agrícola, a luta contra as desigualdades. A sociedade civil angolana e as organizações internacionais denunciam regularmente a violência policial em Angola, um país em plena construção e desenvolvimento depois do fim da guerra civil em 2002. Segundo produtor de petróleo do continente africano, o país regista altas taxas de crescimento mas a maioria da população vive na pobreza. O país é governado há quase 34 anos pela mão firme do Presidente José Eduardo dos Santos, que em Agosto de 2012 venceu as eleições, as terceiras organizadas depois da independência, em 1975.
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano