TAAG sem aviões para longo curso por avarias
A transportadora aérea angolana, TAAG, tem os quatro aviões normalmente utilizados nos voos intercontinentais parados por avarias, incluindo o Boeing 777-200 ER que foi obrigado a aterrar de emergência em Lisboa na segunda-feira. (...)

TAAG sem aviões para longo curso por avarias
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento -0.08
DATA: 2010-12-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: A transportadora aérea angolana, TAAG, tem os quatro aviões normalmente utilizados nos voos intercontinentais parados por avarias, incluindo o Boeing 777-200 ER que foi obrigado a aterrar de emergência em Lisboa na segunda-feira.
TEXTO: A informação foi adiantada em Luanda por Rui Carreira, administrador da companhia, que considerou ser este o período “mais difícil” da sua história, estando neste momento a realizar contactos com outras operadoras para o aluguer de aparelhos de substituição. Este cenário surge cerca de um ano após a União Europeia ter permitido o regresso dos aviões da TAAG, embora parcialmente, ao espaço aéreo europeu, que estava vedado por razões de segurança, desde 2007, ano em que a companhia foi colocada na lista negra. Os quatro aparelhos de longo curso da TAAG actualmente em terra são três Boeing 777-200 ER e um 747 e a espiral de avarias começou a 21 de Outubro quando foi detectada uma avaria num 777 que devia ligar o Rio de Janeiro e Luanda permanecendo o aparelho em reparações. A 16 de Novembro foi encontrada nova avaria num avião do mesmo modelo e a 06 de Dezembro ocorreu o incidente com o voo entre Lisboa e Luanda, quando o 777-200 ER, ao sobrevoar a região da capital portuguesa, de onde tinha levantado, terá perdido peças do motor, tendo obrigado a tripulação a uma aterragem forçada. Já na quinta-feira, 09, o Boeing 777-200 ER que deveria sair de Lisboa foi submetido a uma inspecção onde foi detectado mais um problema no motor direito, estando igualmente parado. E na sexta-feira foi a vez de um dos Boeing 747 da companhia angolana que ficou em terra quando se preparava para a viagem entre Luanda e o Rio de Janeiro, levando a que neste momento a TAAG tenha, segundo Rui carreira, duas aeronaves em Lisboa, que aguardam pela troca de motores e as outras duas no Rio de Janeiro para igual tratamento, e o 747 em Joanesburgo, África do Sul. Apenas sete dos 11 aviões da TAAG estão actualmente operacionais embora apenas em voos domésticos e regionais. No momento em que anunciava publicamente o confronto com este “mais difícil” momento da companhia, Rui Carreira disse não acreditar em “sabotagem” mas utilizou um tom que permite deixar a pairar no ar a dúvida. Perante este cenário, a TAAG foi obrigada a cancelar diversos voos e a ocorrer de urgência ao mercado para alugar aviões tendo já garantidos dois, alugados a companhias portuguesas, um Airbus A340-400 da Aero Atlantic e um Boeing 767 da Air Fly. “O Pai Natal não está do nosso lado, uma vez que este não é um bom presente para a TAAG nem tão pouco para o povo angolano. E é hora dos angolanos fazerem uma corrente em torno da TAAG, a companhia de todos nós”, apelou Rui Carreira, lembrando que as causas da paralisação são todas exteriores à operadora angolana.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave negra
Angola contrariou tendência positiva das exportações portuguesas em 2010
Angola, Suécia e Argélia. Num ano em que as exportações portuguesas tiveram um comportamento positivo (mais 3,6 mil milhões de euros nos primeiros nove meses), estes foram os únicos três países, com compras a Portugal superiores a cem milhões de euros, onde se registou uma quebra. (...)

Angola contrariou tendência positiva das exportações portuguesas em 2010
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.227
DATA: 2011-01-03 | Jornal Público
SUMÁRIO: Angola, Suécia e Argélia. Num ano em que as exportações portuguesas tiveram um comportamento positivo (mais 3,6 mil milhões de euros nos primeiros nove meses), estes foram os únicos três países, com compras a Portugal superiores a cem milhões de euros, onde se registou uma quebra.
TEXTO: No caso angolano, a descida deste mercado de destino foi ainda mais significativa pela sua importância para as vendas nacionais e pela sua dimensão. De Janeiro a Setembro de 2010 (data dos últimos dados oficiais disponíveis), a queda foi de 20, 2 por cento, quedando-se nos 1330 milhões de euros, contra 1666 milhões de idêntico período de 2009, segundo dados do INE. Entre as maiores descidas estão categorias como máquinas e aparelhos mecânicos (menos 177 milhões de euros face a 2009, e inferior, tal como muitos outros produtos, ao valor de 2008), veículos automóveis e acessórios, obras de ferro ou aço ou produtos de plástico. Há excepções à regra, como as bebidas e líquidos alcoólicos, que subiram dois milhões de euros, para os 133 milhões. Importações sobemComo agravante, as importações de produtos angolanos (onde se destaca o petróleo) subiram nos primeiros nove meses de 2010 face ao ano anterior (ano em que houve uma forte quebra no consumo de produtos angolanos por parte de Portugal). Nos primeiros nove meses de 2010, Portugal importou produtos de Angola no valor de 449 milhões de euros, mais 773 por cento do que em idêntico período de 2009, e acima dos 340, 7 milhões de 2008. Mesmo assim, o saldo é positivo. Depois de ter ocupado a quarta posição entre os principais mercados de destino, Angola passou para o quinto lugar, ultrapassada pelo Reino Unido, embora mantenha a primazia entre os chamados "países terceiros", ou seja, fora da União Europeia. Portugal é o principal abastecedor de Angola, cuja capacidade produtiva é ainda muito incipiente, sendo responsável por perto de 20 por cento de todas as compras deste país, seguindo-se a China, com cerca de 15 por cento. A queda abrupta das vendas deveu-se aos impactos da crise internacional em Angola, com reflexo nas vendas e preços do petróleo, produto do qual o país é dependente. A este factor somam-se outros, como a imposição de quotas por parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (à qual Angola aderiu em 2007). Com muito menos receitas, o Estado travou a fundo os investimentos públicos, o que provocou uma contracção da economia em 2009, com problemas ao nível de pagamentos, e que teve ainda efeitos visíveis em 2010. Em Outubro, o Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, veio a público rever a estimativa do PIB para 2010, afirmando que o crescimento seria de 4, 5 por cento, em vez de 6, 7 por cento. A estimativa inicial era de uma subida de 9, 7 por cento. Questionado sobre os resultados do último trimestre do ano, o delegado da AICEP em Angola, Miguel Fontoura, afirma que "os dados já disponíveis apontam para uma recuperação". "Tendo em atenção a recuperação verificada no último trimestre do corrente ano, é de crer que 2011 seja um ano de crescimento sustentado das exportações portuguesas. Esse crescimento tem a ver, naturalmente, com o crescimento da economia angolana, que se espera seja robusta no ano que vem", acrescenta este responsável, mantendo assim uma perspectiva positiva.
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Palavras-chave consumo
Petrobras confirma contactos com Eni para entrar na Galp
“Nenhuma análise foi concluída”, mas a Petrobras não esconde estar em negociações com a Eni para entrar na Galp. (...)

Petrobras confirma contactos com Eni para entrar na Galp
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-01-04 | Jornal Público
SUMÁRIO: “Nenhuma análise foi concluída”, mas a Petrobras não esconde estar em negociações com a Eni para entrar na Galp.
TEXTO: Depois de hoje se saber pela imprensa que a Petrobras oferece cerca de 3500 milhões de euros para comprar os 33, 34 por cento que a italiana detém na Galp, a petrolífera brasileira confirmou, em comunicado, estar em contactos com a Eni. Em curso está a “possibilidade de uma potencial transacção” com a Eni, mas sem qualquer “documento vinculante entre as partes”, avança a Petrobrás em comunicado publicado hoje no seu site, corroborando aquilo que há semanas tem vindo a público sobre esta possibilidade. Segundo avança o Diário Económico na edição de hoje, a petrolífera brasileira está a oferecer à Eni 1, 2 mil milhões a menos que o preço pretendido pelos italianos, que pedem 4, 7 mil milhões de euros pela posição de 33, 34 por cento que detêm na petrolífera nacional (a mesma parcela que a Amorim Energia detém no capital da Galp). No último dia de 2010 expirou um acordo em vigor entre os maiores accionistas da Galp que impedia qualquer negociação. A dificultar a concretização do negócio estarão, segundo o Económico, os accionistas angolanos Sonangol e Isabel dos Santos, que vetarão a entrada da Petrobras na Galp, uma vez que estão representados de forma indirecta na Galp através da Amorim Energia. E mesmo os italianos dizem que não venderão a sua participação a qualquer preço. Isto depois de o presidente da Eni já ter dito que a hipótese de venda só se colocaria depois de tentar um controlo da totalidade do capital na petrolífera nacional. Embora nunca o tivesse assumido de forma clara, a Petrobras também nunca negou estar interessada em entrar na Galp, tanto que, em Dezembro, o seu director-geral, José Freitas, admitia em entrevista à Lusa fazê-lo como uma rotina normal. Na altura, dizia que a empresa estava a avaliar “oportunidades de negócio em todas as áreas”. E o mesmo que foi sublinhado hoje no comunicado, no qual a petrolífera sublinha que as oportunidades de investimento no exterior deverão estar sempre “em consonância com as estratégias” lançadas no seu plano de negócios.
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Tempo Dezembro
Bancos americanos mandam encerrar contas de embaixadas estrangeiras
Vários bancos dos Estados Unidos decidiram encerrar as contas das missões diplomáticas estrangeiras no país, o que está a levantar problemas a vários países, pois não conseguem abrir contas noutros bancos, e a afectar as representações nas Nações Unidas. (...)

Bancos americanos mandam encerrar contas de embaixadas estrangeiras
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento -0.06
DATA: 2011-01-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: Vários bancos dos Estados Unidos decidiram encerrar as contas das missões diplomáticas estrangeiras no país, o que está a levantar problemas a vários países, pois não conseguem abrir contas noutros bancos, e a afectar as representações nas Nações Unidas.
TEXTO: A situação afigura-se bizarra e já levou um subsecretário do Departamento de Estado (equivalente ao nosso Ministério dos Negócios Estrangeiros), Patrick Kennedy, a ter uma reunião à porta fechada na sede das Nações Unidas, para ouvir representantes de mais de 150 países membros para acalmar a sua “a cólera”, segundo a descrição da agência AFP. O JP Morgan Chase, segundo maior banco dos EUA por activos e com uma forte clientela diplomática por ter uma agência dentro da sede da ONU, enviou no dia 30 de Setembro uma carta às representações estrangeiras a dizer que as suas contas seriam fechadas a 31 de Março, sem explicar a razão da sua decisão. Até agora, foi o único banco que anunciou a sua decisão, que não abrange as contas pessoais dos diplomatas. No entanto, o Bank of America fechou já cinco contas da Embaixada de Angola e vários outros bancos disseram às autoridades americanas que tencionavam fechar todas as suas transacções com as embaixadas, revelou The Washington Post. Aparentemente, a decisão, que envolverá também outros bancos não identificados, deve-se aos custos associados às exigências do Governo americano para vigilância das transacções financeiras para prevenir o financiamento do terrorismo, que têm sido apertadas desde os atentados de 11 de Setembro de 2001 nos EUA. Esta decisão dos bancos americanos já era pública, pois em Novembro The Wall Street Journal já tinha sugerido que ela teria sido desencadeada pelas dificuldades em cumprirem os regulamentos federais que afectam as transferências internacionais. Agora, a reunião na ONU e as declarações de vários diplomatas deram uma nova actualidade ao assunto. O embaixador do Egipto nas Nações Unidas, Maged Abdelaziz, disse aos jornalistas que não consegue encontrar outro banco e que os bancos se sentem “sobrecarregados” pelas exigências do Governo. O embaixador da África do Sul, Baso Sangqu, tem o mesmo problema. “Não conseguimos obter serviços bancários. Andamos a tentar por aí. ”O Governo americano está a tentar convencer os bancos em causa a recuar na sua decisão e na reunião de ontem Patrick Kennedy, além de ter “ouvido as suas preocupações”, segundo disse ao Washington Post, deu aos diplomatas “algumas sugestões sobre… abordagens alternativas que podem adoptar para obter outros serviços bancários”. O embaixador do Irão, Mohammad Khazaee, disse mesmo que a decisão dos bancos ameaça a “existência” da ONU. “Acontece com quase toda a gente”, disse. “As missões não podem funcionar. ” Todas têm “procurado um banco para abrir a sua conta, mas infelizmente, do que ouvi de quase toda a gente, nenhum banco tem cooperado”, disse aos jornalistas. A AFP adianta que os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU foram aconselhados a procurar um novo banco com que trabalhar e que as grandes potências, cujas facturas anuais se elevam a dezenas de milhões de dólares, já disseram que esperam encontrar alternativa. Mas dezenas de países africanos estão com dificuldades e, se a situação se mantiver, muitas missões poderão ter problemas para pagar as suas contas e os ordenados dos funcionários. Regras ainda mais apertadasPatrick Kennedy reconheceu ontem, citado pela agência Bloomberg, que “alguns” bancos decidiram acabar com as contas diplomáticas por “razões de negócio” que não especificou, o que envolvia uma “significativa” quantidade de dinheiro. E admitiu, após a reunião na ONU, que a decisão da banca levanta “questões muito reais e preocupações muito reais”. E avançou que quer Hillary Clinton, a secretária de Estado, quer Timothy Geithner, o secretário do Tesouro (equivalente ao Ministério das Finanças) estão a trabalhar com os bancos para resolver o problema. “Tornámos muito claro que era um interesse nacional dos EUA trabalhar com embaixadas em Washington e missões nas Nações Unidas em Nova Iorque”, rematou Patrick Kennedy. Nos EUA, os bancos “são entidades provadas”, disse ainda. “São regulados pelo Governo, mas não são dirigidos pelo Governo”. A posição dos banqueiros é de que fizeram a sua análise “económica ao negócio” e são “organizações lucrativas”. As instituições financeiras dos EUA já têm de comunicar às autoridades federais todas as operações em dinheiro acima de dez mil dólares (cerca de 7500 euros) e uma proposta do Departamento do Tesouro prevê o aperto dos actuais regulamentos, exigindo aos bancos que comuniquem semanalmente todas as transferências electrónicas de dinheiro de e para os EUA, seja qual for a quantia, lembra The Washington Post. O vice-presidente da Associação de Banqueiros Americanos, Robert Rowe, culpabilizou o Governo americano pela situação. “As inspecções são muito agora muito duras”, disse à AFP. “Tornar-se muito difícil para os bancos dizer quem são os bons e quem são os maus. ”Notícia actualizada às 16h05
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Entidades ONU EUA
António Mota: "O novo aeroporto de Lisboa é preciso há 30 anos"
A empresa de António Mota não pretende estar no mercado da reabilitação enquanto não forem feitas mudanças significativas na legislação. (...)

António Mota: "O novo aeroporto de Lisboa é preciso há 30 anos"
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento -0.05
DATA: 2011-01-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: A empresa de António Mota não pretende estar no mercado da reabilitação enquanto não forem feitas mudanças significativas na legislação.
TEXTO: As apostas vão continuar no mercado internacional, que já contribui significativamente para as contas e a expansão do grupo. Está satisfeito com que com os resultados financeiros e com o volume de negócios com que a Mota Engil vai fechar o ano de 2010? Foi um ano razoável. Apesar da crise que existe no sector, e da crise que Portugal e o mundo atravessam, conseguimos compensações muito significativas. Poderá haver em 2010 alguma estagnação fruto da crise que se instalou em Portugal, mas vamos ter uma compensação na área internacional. Ainda nos falta apurar os contributos das nossas empresas participadas em mercados externos. E para 2011 temos uma carteira de encomendas equilibrada que prevê crescimento. Continua a ser o mercado internacional a permitir crescimento ao grupo?As margens operacionais nos mercados em que estamos são melhores que as margens que temos em Portugal e por isso verifica-se um aumento. Já no final do terceiro trimestre, a Europa central já significava 20 pro cento do volume de negócios da construtora, e os mercados africanos (Angola, Moçambique e Malawi) pesavam 30 por cento. Esse peso vai manter-se em 2010, e em 2011 vai crescer. O que se verifica também é que as áreas do ambiente e serviços já contribuem significativamente para o EBITDA e para a nossa internacionalização. Mais do que isso, abrem possibilidades de negócios em outros projectos. A nossa preocupação é conseguir continuar a crescer na área internacional, fazendo-o com rentabilidade, transferindo know-how e tentando adoptar a nossa estrutura. Hoje a nossa estrutura está pesada demais para o mercado nacional, e se calhar precisa de ser reforçada no mercado internacional. Há que rever a organização do grupo, face a uma realidade que é mais negócios na área internacional. Seria uma boa notícia para as exportações portuguesas, se no caso na construção não significasse “exportar” a fábrica. . . É uma convicção minha – mas posso estar enganado – que provavelmente seremos o maior empregador de portugueses fora de Portugal. Temos hoje um contingente de mil quadros portugueses expatriados, entre Angola, América Central, Peru, Malawi, Moçambique, etc. . . Esta gente ou vai definitivamente, e perde a ligação ao país, ou quer estar no máximo quatro, seis anos, e depois voltar. Se as empresas não estiverem preparadas, vamos ter uma grande dificuldade. A rotação pode ter que vir a ser feita com pessoas de outras nacionalidades. A Mota-Engil nasceu da fusão de duas construtoras portuguesas, que tinham a maioria do seu volume de negócios em Portugal. Agora é cada vez menos uma empresa de construção e cada vez mais uma empresa dos multisserviços, com presença no ambiente e resíduos, nas concessões de transporte. A facturação já é cada vez mais internacional mas a engenharia e construção continua a pesar mais do que todas as outras áreas juntas. Também pretendem alterar este equilíbrio de forças?O mercado nacional tem estado em decréscimo, o seu peso agora não atinge os 50 por cento. O nosso posicionamento mudou muito, com o arranque do plano estratégico Ambição 2013. Foi ele que nos permitiu entrar em novos mercados, sem ser pela construção. Agora também entrarmos em mercados através das áreas de ambiente e serviços e a de concessões de transporte. Foi o caso do Brasil. Nunca conseguimos lá entrar pela construção. Conseguimos agora, com a compra de uma participação numa concessão rodoviária, e em segundo lugar a aquisição de uma empresa do ambiente e serviços. Esperamos que possamos durante 2011 ter uma entrada no sector da construção. Esta é uma abordagem diferente da que nós tínhamos até aqui, e o mérito dela é muito no presidente executivo do grupo, Jorge Coelho. E que vai potenciar o crescimento da nossa área internacional, e o desequilíbrio entre a construção e as outras áreas, ou pelo menos a aproximação das outras áreas de serviço a uma percentagem mais significativa no desenvolvimento do grupo. Agora que passou algum tempo da contratação de Jorge Coelho para a presidência executiva do grupo, o que acha do desempenho e das condições que ele tem tido para exercer função? A primeira grande referência que devo passar é que se integrou muito rapidamente no seio da empresa. Depois, há essa questão fundamental, que ele introduziu. Eu sou um homem da construção, dificilmente conseguiria pensar a internacionalização que não começasse pela construção. Ele é que introduziu isso. Estamos cada vez mais internacionalizados na área de serviços e essa é uma mudança muito forte que só poderia ser introduzida uma mudança tão grande de mentalidades. Trouxe muitos benefícios a empresa e isso foi muito positivo. O grupo queixa-se de ser usado como arma de arremesso político. Não acha natural que a política seja invocada, ao contratar para a presidência da empresa um ex-ministro?Nós não nos queixamos disso, mas sentimos que somos injustiçados. Porque a Mota-Engil já era o maior grupo português neste sector antes da chegada de Jorge Coelho. Fizemo-lo por nós, com diversos governos, sem favores. Tudo o resto que se diz por ai, são ciúmes. Mas foi mais útil a nível nacional ou internacional?Este grupo fez-se com uma história de 60 anos. Cresceu, passo a passo e chegou onde chegou pró influência do meu pai, por influencia minha, por influência da gente que me acompanhou, e agora pelas pessoas que gerem a empresa, liderados por Coelho. . . Não é obra e graça de um só homem. Aqui há é um homem que introduziu novos conceitos. A América latina era um mercado não estratégico. Hoje estamos no Brasil, no México e no Peru, e antes só estávamos no peru, com a Translei, agora Mota-Engil Peru. Vamos também abrir escritórios na Colômbia e esperamos que durante 2011 se consigam dar alguns passos significativos no mercado colombiano. Em que é que diz que foi injustiçado? No caso da Liscont e do terminal de contentores de Lisboa? Que indemnização vai pedir ao Estado?Quem terá de dizer isso é a justiça, um tribunal arbitral em princípio. Como empresário, e accionista desta empresa não prescindirei que isso aconteça. Mas também sou português, e acho que Lisboa tem condições fabulosas para ter um porto, e que isso não se compadece com períodos de quebra. Os exemplos que há pela Europa fora é o de que os investimentos nas concessões se fazem ao mesmo tempo que a própria exploração do porto. Achamos que o contrato que tínhamos era um contrato leal, que defendia os interesses nacionais, o melhor possível. Acho estranho que políticos deste país admitam que se tem cometido um erro enorme, que foi não ter olhado para o mar, e a primeira coisa que fazem a seguir é suspender investimentos na área marítima. E não há mar sem portos. A Liscont tem contrato até 2015. E a movimentação de carga não cresceu como estava previsto. Pode vir a ser lançado um novo concurso. A partir de 2003 houve uma quebra por falta de capacidade de prestar um bom serviço. Quando adquirimos a Tertir, verificamos que havia potencialidades para crescer e que se justificava claramente um aposta no investimento, o que levou às negociações. A seguir veio a crise, mas os limites daquele porto, com dois ou três anos de não crise, ele entra em ruptura outra vez. Este ano foi muito razoável para a logística, porque tem a ver com as exportações, para onde todos estamos virados. Mas verifico que a questão que foi levantada – e que foi o facto de ter havido uma negociação para promover um investimento inicial que tem como contrapartida a extensão de um prazo de concessão – tem sido aplicado internacionalmente, em vários sítios, e tanto quanto viemos agora a saber pelo relatório do Terminal de Sines, aconteceu com a própria PSA. Leva-me a pensar que em determinadas questões, mais vale não ser português. Foi criada uma comissão para rever e analisar todos os contratos de Parcerias público-privadas (PPP). A Mota-Engil tem vários destes contratos assinados com o Estado. Esta disponível para alterá-los?Não sei se vão ser alterados. Ainda não sei o que é que essa comissão vai verificar. Talvez uma forma de aliviar os encargos das PPP, que se revelam muito pesados para o Estado. Nos estamos disponíveis para encontrar as soluções possíveis, e recordo que estes contratos estão muito dominados pela área financeira. Acho muito precipitado estar a adivinhar o que essas pessoas vão fazer, ainda antes de serem conhecidas conclusões. Fala-se muito dos custos das infra-estruturas que foram feitas. Mas o problema das contas públicas já existia, ainda antes de existirem PPP. E isso é que é preciso resolver. Não digo com isto que as PPP são melhores ou piores, o que é certo é que estão feitas, e foram feitas com vontade de toda a gente. E que têm, obviamente, um custo. Mas as contas públicas portuguesas têm um problema, mesmo sem as PPP. A segunda questão, e para mim, a mais fundamental, é que este não é um problema só de Portugal. É um problema da Europa, tem de ser pensado como um todo. Começou pela Grécia, Irlanda, agora está em Portugal. . . se algum dia o FMI entrar em Portugal vamos ter uma enorme crise em Espanha, que ninguém duvide disso. Acredita que vai ser possível evitar o recurso ao FMI?Espero que sim. Isto também tem de ser uma expressão de confiança das pessoas. Não podemos andar a dizer mal de nós sistematicamente. Fechemos a porta, e mostremos confiança. Mas vai ser preciso fazer cortes profundos, e concretizar as medidas. Esses cortes implicam parar os grandes investimentos públicos, e nessa área a ME também tem interesses. Como vê a paragem desses investimentos?Estou a falar do país, e não da Mota-Engil. Hoje é muito fácil criticar investimento público que já foi feito. Mas se não estivesse feito, estaríamos a criticar que ainda não estava feito. No caso do aeroporto, não podemos ser um país que só fala em futuro. O aeroporto é preciso há 30 anos. É um projecto que é financiado totalmente pela parte privada. Se calhar já devia era estar no terreno há três ou quatro anos. Mas há condições para avançar agora?Tem de se ver como está o mercado. É mais caro, com certeza. Mas se calhar ainda se faz. Aquilo é um project-finance: são os investidores e os accionistas que fazem o investimento e é a banca que assume o risco. Não é só o Estado que tem dívidas e dificuldades de financiamento. Os privados não estão também sobrecarregados? Não tenho dúvidas que ficaria mais caro. Assim como não há dúvidas que o aeroporto tem de ser feito. Gostava que esta crise passasse rapidamente, apesar de não ter muito essa esperança. Mas dentro de dois ou três anos é preciso começar a pensar o que se vai fazer a seguir. Vamos voltar a discutir os assuntos todos que já foram discutidos? O problema é que não se programa a 20 ou 30 anos. Muitas coisas já poderiam estar feitas. Porventura, a A4 já devia ter sido feita há 20 anos como auto-estrada, e não estávamos agora a faze-la. Se calhar tudo o que tem sido investido na linha do Norte não foi bem pensado. Continua a ser necessária uma segunda linha, de alta velocidade ou não. Sabemos que nem as populações nem a carga estão actualmente bem servida, não cabem lá mais comboios! E isso acontece, porque ninguém planeia a longo prazo. Vem a bonança, aí vai disto, vem a crise, pára aquilo, volta a bonança e voltamos a pensar. . . já vivemos isto, tantas vezes. . . Quem está no governo quer a alta velocidade, quem está fora do governo não quer. Depois muda o poder e pensam o contrário: o que estava no governo, já não quer, e o que queria já não pensa assim. Tem alguma explicação para isso?Não, não tenho. Mas é um problema o facto de não planeamos, de passarmos a vida a discutir soluções. O sector da construção é um dos que mais tem contribuído para o aumento do desemprego em PortugalE nessa matéria não adianta estar a falar-se de internacionalização. A internacionalização é um caminho para que as empresas resolvam a sua saúde financeira e económica, mas não resolve o problema do desemprego no mercado interno. Não é possível fazer obras para países longínquos como o Brasil e Angola com toda a mão-de-obra portuguesa. Esses países também não dão vistos para isso, como se verifica com Angola. Eles não deixam, porque têm a mão-de-obra que nos temos cá. Em termos nacionais a solução tem de ser outra. A aposta do Governo foi anunciada como sendo a reabilitação. Vamos ver a ME nessa área? Não. Enquanto não for revista, de uma forma séria, toda a legislação que a envolve, não vale a pena. É uma luta perdida em que nós não vamos estar. No dia em que quiserem pensar a sério uma modalidade, estamos disponíveis para dar a nossa opinião. O que precisamos que seja feita para podermos investir. Com esta situação, a ME não entrara no sector da reabilitação. Foram anunciadas quatro medidas na iniciativa para a competitividade e crescimento relacionadas com essa área. . . Dou-lhe só um exemplo, pessoal. Comprei uma casa para uma filha minha na zona de histórica do porto, e há quatro anos que não consigo resolver nada. Nem mudar as pessoas, nem fazer as obras, nem cumprir as normas. . . Este é o meu problema pessoal. E se este é o problema que têm as empresas, pura e simplesmente, não nos metemos nessa confusão. Angola vai continuar a ser o principal mercado, em termos internacionais, para a Mota Engil?É um mercado estratégico, com enorme potencial. Tem as suas dificuldades, mas cumpriu sempre, no passado. Mas as empresas têm de ser pacientes. . . A verdade é que cumpriu sempre. É preciso saber estar naquele mercado, ter uma presença permanente, que permita sobreviver às crises e aos tempos melhores. Nós estivemos com o governo de Angola quando era esse o caminho, depois vivemos o período de crescimento das empresas estrangeiras, e estivemos lá, agora encontramos parceiros fortíssimos, a Sonangol e BPA, que potencia crescimento em outros países. O objectivo é replicar a estrutura da Mota Engil em Portugal na Mota Engil Angola? É replicá-la em todos os mercados que estivermos: constituímos uma empresa de direito local, e a partir de lá vamos para outros países. A partir de Angola e Moçambique, já chegamos ao Zimbabué. Em Moçambique tambem vai ser criada uma empresa de direito local? Mais dia, menos dia, também vai ser preciso. Mas as prioridades agora são outras: procurar uma empresa de construção no Brasil, ver a possibilidade de entrada no mercado da Colômbia e capacitar a empresa, em Moçambique, para enfrentar o número de construções que vamos ter lá. Temos uma grande carteira de encomendas para 2001, e esperamos ter lá uma grande taxa de crescimento. Versão integral publicada às 11h30
REFERÊNCIAS:
TAP reforça ligações a Maputo e acaba com voos directos para Joanesburgo
Companhia reforçou parceria com a LAM, que ficará com operação na África do Sul. Em contrapartida, a transportadora portuguesa aumenta presença em Moçambique. (...)

TAP reforça ligações a Maputo e acaba com voos directos para Joanesburgo
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.1
DATA: 2011-01-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Companhia reforçou parceria com a LAM, que ficará com operação na África do Sul. Em contrapartida, a transportadora portuguesa aumenta presença em Moçambique.
TEXTO: A partir de Junho, a TAP aumentará para quatro os voos semanais entre Lisboa e Maputo, através de um acordo de code-share com a moçambicana LAM, que será responsável por duas dessas ligações. O Memorando de Entendimento firmado entre as duas companhias de aviação, membros da rede global Star Alliance, levará, assim, a um alargamento da presença da transportadora portuguesa no país, que, até ao inicio do Verão, manterá a operação actual: um único voo directo entre Lisboa e Maputo e outros três, com passagem por Joanesburgo. Esta última cidade da África do Sul deixará de ser servida pela TAP, passando a LAM a ser responsável pelos voos entre Joanesburgo e Maputo, “com equipamento próprio e em horário conjugado com as chegadas e partidas de Lisboa”, esclareceu a companhia de aviação nacional em comunicado. Está ainda a ser negociada uma nova frequência, para a Cidade do Cabo, com o mesmo modelo de operação. Os voos serão operados pela LAM, mas “terão também o código da TAP, possibilitando o check-in e despacho de bagagem para o destino final”, refere o documento. Contactada pelo PÚBLICO, a transportadora portuguesa explicou que estas mudanças se enquadram numa estratégia de crescimento naquela região. “África é, em termos globais, um dos mercados estratégicos da TAP”, disse fonte oficial. Apesar de a África do Sul, especificamente, “ter uma expressiva comunidade portuguesa”, a companhia de aviação decidiu deixar de operar directamente frequências para o país, mas argumenta que isso não trará prejuízos aos clientes. “As soluções agora encontradas significam, de facto, um aumento da oferta com mais voos e a possibilidade de diversificação dos destinos. Não operando directamente para Joanesburgo, a TAP passa a oferecer um produto mais consistente, com mais oferta e estabilização de horários”, explicou, assumindo que esta ligação tem “sofrido quebras nos últimos anos”. A aposta no mercado africano é para continuar, assegura a empresa, que criou uma delegação especial no país, liderada por Dionísio Barum. Os próximos frutos desta investida poderão surgir com o estabelecimento de um acordo com a South African Aiways, com a qual a TAP está em negociações. Está em cima da mesa “um reforço dos acordos comerciais [que actualmente permitem ligações em code-share para Joanesburgo e ainda de Lisboa para Porto, Madeira e Faro], eventualmente abrangendo mais ligações intermédias”, acrescentou a companhia de aviação nacional. Notícia substituída às 11h00
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano
PT reafirma compromisso estratégico com a Oi e o Brasil
A PT reafirmou hoje o seu compromisso estratégico com a Oi e com o Brasil, após a assinatura com a operadora brasileira e os seus accionistas dos “acordos definitivos” que lhe vão dar uma participação directa e indirecta de 25,6 por cento na Telemar, e por essa via na Oi. (...)

PT reafirma compromisso estratégico com a Oi e o Brasil
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-01-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: A PT reafirmou hoje o seu compromisso estratégico com a Oi e com o Brasil, após a assinatura com a operadora brasileira e os seus accionistas dos “acordos definitivos” que lhe vão dar uma participação directa e indirecta de 25,6 por cento na Telemar, e por essa via na Oi.
TEXTO: A empresa portuguesa espera que, a prazo, a troca da posição na Vivo pela da Oi "reforce a sua geração de caixa" face a que decorria da posição que partilhava com a espanhola Telefónica. Zeinal Bava, presidente executivo da PT, recordou que o perfil da Oi é diferente do da Vivo e que o cash-flow é um dos seus pontos fortes, estando nos 7700 milhões de reais (3, 39 mil milhões de euros) anuais. Está no entanto previsto que este ano o investimento da Oi suba 40 por cento face a 2010, e que os anos seguintes sejam de “investimentos pesados”, numa estratégia de ganhar posições no mercado brasileiro, conforme explicou Octávio Ribeiro, accionista de referência da Oi, através da AG Telecom. A PT reafirmou também que o Brasil continuará a ser a sua prioridade, para o que investe 8, 2 mil milhões de reais nesta posição no Brasil (face a um máximo de 8, 4 mil milhões previstos no acordo inicial, anunciado em Julho), mas “mantém a flexibilidade financeira para novos investimentos a médio-longo prazo”. O reforço da posição da Oi no Brasil deverá centrar-se muito em novos serviços de televisão, que neste país ainda não são fornecidos por operadores de telecomunicações (Octávio Ribeiro espera para breve a nova lei que os vai autorizar), e na massificação da internet por banda larga, fixa e móvel. Mas a empresa olha também para o resto da América Latina, “por uma questão de proximidade de mercado”, explicou ainda Octávio Ribeiro, e não exclui associar-se à PT na sua expansão para os mercados africanos de língua portuguesa. Está também prevista a aquisição pela Oi de dez por cento da PT, mas “sem timing”, confirmou por seu lado Pedro Geritate, outro accionista de referência da Oi, também presente na conferência de imprensa telefónica. Zeinal Bava, visivelmente satisfeito, classificou o acordo, assinado esta madrugada, como “muito bom”, e disse que a parceira tem “tudo para dar certo”. Por seu lado, Octávio Ribeiro realçou que se tratou de uma “operação de estruturação muito complexa” e que “só com o tempo necessário de reflexão” é que “se pôde chegar à harmonia”, e brincou, dizendo: “A PT veio para mais 500 anos [conforme Zeinal Bava] e espero conseguir na Anatel licença para mais 500. ”Enfatizou ainda que esta parceria reúne “as duas maiores empresas dos dois maiores países da língua da língua portuguesa e, a longo prazo, a preservação da língua portuguesa está associada a iniciativas como estas”. Por isso, “ir para África sim, mas com racionalidade”. Zeinal Bava realçou logo de início que a Oi é um “líder de mercado, totalmente integrado”, com quota de 30 por cento nas receitas do sector das telecomunicações no Brasil, 50 por cento dos clientes de telefone fixo e 20 por cento no Móvel [face a 39 da Vivo], com 37, 4 milhões clientes. Está também na banda larga, com 4, 3 milhões de clientes”. Foi esta dimensão que “atraiu a PT”, que quer ter cem milhões de clientes e dois terços das receitas fora de Portugal no final do anoNotícia em actualizada às 13h20
REFERÊNCIAS:
Entidades OI
Escalada do preço dos alimentos gera mais 44 milhões de pobres
O Banco Mundial alertou hoje que a escalada nos preços dos produtos alimentares atiraram mais 44 milhões de pessoas para uma situação de “pobreza extrema”. (...)

Escalada do preço dos alimentos gera mais 44 milhões de pobres
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.049
DATA: 2011-02-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Banco Mundial alertou hoje que a escalada nos preços dos produtos alimentares atiraram mais 44 milhões de pessoas para uma situação de “pobreza extrema”.
TEXTO: O cenário, descreve a organização sedeada em Washington, é mais grave nos países em desenvolvimento, onde as populações são mais vulneráveis a estas oscilações de preços porque cativam mais de metade do seu rendimento para a compra de alimentos. Por isso, defende o Banco Mundial, é necessária uma intervenção política urgente, capaz de “acalmar” os mercados onde se transaccionam as matérias-primas que servem de base à alimentação humana. O Banco Mundial assinala que, desde Outubro de 2010 para Janeiro deste ano, o índice da organização para o preço dos alimentos disparou 15 por cento. Está apenas a três ponto do pico atingido em 2008. Nessa altura, porém, os impactos da subida foram amortecidos por colheitas substanciais de cereais no continente africano, onde a prevalência da fome é mais insistente. No ano passado, os preços do trigo registaram aumentos de quase 50 por cento em Chicago, a mais importante bolsa de transacção de commodities em todo o mundo. Esta escalada teve na base as baixas colheitas do cereal na Rússia e na Argentina, devido à ocorrência de condições climatéricas adversas. Apesar disso, no caso do arroz – fundamental na dieta de importantes manchas populacionais do planeta –, o Banco Mundial assinala que os contratos de futuros apontam no sentido de uma estabilização dos preços no primeirto trimestre de 2011. O preço também tem subido, mas está ainda 39 por cento abaixo do máxzimo histórico atingido em Abril de 2008. “Os preços mundiais estão a evoluir para níveis perigosos e ameaçam dezenas de milhões de pessoas em todo o mundo”, afirmou o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick. A organização considera que uma pessoa vive em situação de “pobreza extrema” quando tem menos de 1, 25 dólares (0, 93 euros) por dia para as suas despesas.
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano
"Pequenos accionistas" ganham mais poderes na Galp
A proposta de novos estatutos, a votos em assembleia geral extraordinária no próximo dia 28 de Março, determina que os accionistas com direitos de voto entre 10 a 20 por cento “poderão apresentar listas para os administradores a eleger". (...)

"Pequenos accionistas" ganham mais poderes na Galp
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.125
DATA: 2011-03-03 | Jornal Público
SUMÁRIO: A proposta de novos estatutos, a votos em assembleia geral extraordinária no próximo dia 28 de Março, determina que os accionistas com direitos de voto entre 10 a 20 por cento “poderão apresentar listas para os administradores a eleger".
TEXTO: Nesta eleição, “não participarão accionistas titulares de mais de 20 por cento do capital social com direito de voto da sociedade”, indica também a proposta aprovada pelo conselho de administração. Em causa pode estar a representação que a petrolífera angolana Sonangol e Isabel dos Santos (filha do Presidente angolano) detêm no conselho de administração da Galp, caso venham a tomar uma posição directa no capital da petrolífera através da holding Esperaza. Actualmente, a participação dos dois accionistas angolanos na Galp é indirecta (15 por cento), uma vez que ambos detêm 45 por cento da Amorim Energia, onde partilham o capital com Américo Amorim. A Amorim Energia detém 33, 34 por cento da Galp. Manuel Vicente, presidente da Sonangol e administrador da Galp, reafirmou em Fevereiro que os accionistas angolanos pretendem entrar directamente no capital da petrolífera portuguesa, afastando-se de Américo Amorim, mas sem necessidade de aumentar a posição que já possuem. Para além da Amorim Energia, o restante capital da empresa está divido entre a Eni (33, 3 por cento, e que está vendedora do capital), o Estado (oito por cento divididos entre Parpública e Caixa Geral de Depósitos) – que mantém direitos especiais – e o restante (mais de 25, 3 por cento) está disperso em bolsa. A votos, no âmbito da mudança de estatutos, irá também, entre outras, uma proposta para que 50 por cento dos lucros passem a ser distribuídos através de dividendos. Caso avance, esta medida só poderá ser alterada, no futuro, com maioria dos dois terços dos votos em assembleia geral. Caso a proposta dos novos estatutos seja aprovada no final de Março, o novo conselho de administração que sair da assembleia geral agendada para 28 de Abril já irá seguir as novas regras.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos filha social
Barclays despede 700 pessoas e fecha cem agências em Espanha
O banco britânico Barclays, presente em Portugal, vai encerrar cem balcões da sua unidade de retalho e despedir cerca de 700 pessoas em Espanha, onde foi muito afectado pela rebentamento da bolha do imobiliário neste país na sequência da crise financeira internacional. (...)

Barclays despede 700 pessoas e fecha cem agências em Espanha
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-03-08 | Jornal Público
SUMÁRIO: O banco britânico Barclays, presente em Portugal, vai encerrar cem balcões da sua unidade de retalho e despedir cerca de 700 pessoas em Espanha, onde foi muito afectado pela rebentamento da bolha do imobiliário neste país na sequência da crise financeira internacional.
TEXTO: Esta contracção da rede de retalho do Barclays no país vizinho representa uma redução em 17 por cento do quadro de pessoal e de quase 20 por cento das suas 590 agências no país, segundo o site do jornal económico espanhol Expansión, que avançou a notícia sem citar fontes. O Barclays vai contrair a actividade em Espanha, para se centrar nos segmentos de rendimentos médios e elevados, no âmbito de um plano do grupo ao nível mundial para reduzir custos e alargar a sua acção a novos mercados, com destaque para o africano. O presidente do banco britânico, Bob Diamond, disse numa entrevista concedida no domingo a um jornal inglês que para cumprir o objectivo a que se propôs de até 2013 duplicar os lucros do grupo ao nível global, teria de adoptar planos de melhoria em Espanha e noutros países europeus. Para isso, quer reduzir anualmente mil milhões de libras (1160 milhões de euros) em custos. O Barclays tem uma sucursal em Portugal, com mais de oitenta balcões espalhados pelo país. O negócio do Barclays em Espanha foi particularmente afectado pela queda abrupta do mercado imobiliário. O banco tem entre os seus clientes empresas como a Metrovacesa, Grupo San José e Habitat, entre outras. Houve grandes imobiliárias que evitaram a insolvência no limite, com refinanciamentos de sindicatos bancários, mas agora teme-se que não consigam cumprir os seus compromissos. As mudanças do Barclays em Espanha coincidem com a entrada de Jaime Echegoyen para presidente da sua unidade de retalho, sendo o sexto em quatro anos.
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano