PGR de Angola condena “violação do segredo justiça” em Portugal
A Procuradoria-Geral (PGR) de Angola classificou hoje como “despudorada” e “desavergonhada” a forma como o segredo de justiça é “sistematicamente” violado em Portugal em casos relativos a “honrados” cidadãos angolanos. O protesto “veemente” foi feito num comunicado enviado à agência Lusa em Luanda e refere-se à publicação pelo semanário Expresso de uma notícia sobre a investigação que o Ministério Público de Portugal abriu contra o procurador-geral de Angola, João Maria Sousa, por alegada “suspeita de fraude e branqueamento de capitais”. A PGR angolana classifica a notícia como “vexatória” e considera que peca po... (etc.)

PGR de Angola condena “violação do segredo justiça” em Portugal
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-02-25 | Jornal Público
TEXTO: A Procuradoria-Geral (PGR) de Angola classificou hoje como “despudorada” e “desavergonhada” a forma como o segredo de justiça é “sistematicamente” violado em Portugal em casos relativos a “honrados” cidadãos angolanos. O protesto “veemente” foi feito num comunicado enviado à agência Lusa em Luanda e refere-se à publicação pelo semanário Expresso de uma notícia sobre a investigação que o Ministério Público de Portugal abriu contra o procurador-geral de Angola, João Maria Sousa, por alegada “suspeita de fraude e branqueamento de capitais”. A PGR angolana classifica a notícia como “vexatória” e considera que peca por “falta de ética, profissionalismo e objectividade por parte de quem violou o segredo de justiça e de quem, de má-fé a veiculou”. A “falta de ética, profissionalismo e objectividade” invocadas pela PGR angolana assentam na difusão da notícia sem se ter em conta “a lesão de bens jurídicos constitucionalmente protegidos” em Portugal e Angola, “não menos importantes do que o direito de informar”. Por considerar que não se pode manter “indiferente perante tão lastimável situação”, a PGR angolana, “em defesa do bom nome da República de Angola, enquanto Estado independente e soberano, do Ministério Público e de todos os magistrados angolanos”, expõe a sua versão dos factos no comunicado, com quatro páginas. Assim, a PGR angolana considera que a “Averiguação Preventiva” em curso na Direcção Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), do Ministério Público português, constitui “um procedimento administrativo normal”, instaurado contra qualquer pessoa que receba valores através de transferência bancária. Esse procedimento, que não significa que o visado seja autor de qualquer infracção criminal, visa apurar a legalidade, acrescenta o comunicado, relativamente aos factos noticiados pelo Expresso, que João Maria de Sousa é accionista de um grupo empresarial que integra diversas sociedades, confirmando ter sido feita, em Novembro de 2011, uma transferência correspondente a 70 mil euros, para uma conta titulada pelo PGR angolano no Banco Santander Totta, em Lisboa. Mais à frente, assegura-se no comunicado que o jornalista e o semanário Expresso vão ser chamados a provar a alegação de que quatro milhões de euros terão sido entregues a João Maria de Sousa. “O articulista do jornal Expresso ultrapassou os limites do permitido em jornalismo, ao escrever, caluniosamente, que 4 milhões de euros foram recuperados e entregues a João Maria de Sousa, o que, por ser uma grosseira mentira, eivada de má-fé, o articulista e o jornal Expresso serão, a seu tempo, chamados a provar tais afirmações”, relacionadas com transferências ilícitas “por meio de burlas ocorridas no Banco Nacional de Angola”, descobertas em 2009 e cujo inquérito corre no DCIAP em Portugal. A concluir o comunicado, a PGR angolana afirma ficar a aguardar que o DCIAP faça uso dos instrumentos legais previstos na cooperação jurídica entre Portugal e Angola, “para obter das autoridades angolanas e do próprio visado os documentos e esclarecimentos de que necessita para instruir a publicitada Averiguação Preventiva”. Nessa altura, conclui, “dará luz à verdade dos factos e colocará fim às apressadas conclusões tiradas neste episódio por gente mal-intencionada que entregou para divulgação na imprensa informações sobre factos referentes a um processo regido pelo segredo de justiça”. No domingo, o Jornal de Angola, em editorial, também já fazia várias críticas a Portugal. Sem nunca fazer referência à notícia do semanário Expresso sobre uma investigação ao Procurador-Geral da República angolano João Maria de Sousa por fraude fiscal e branqueamento de capitais, o director do único diário angolano, José Ribeiro, critica as instituições portuguesas, como a Procuradoria-Geral da República (PGR), duvida da boa vontade de Portugal nas relações bilaterais com Angola, queixa-se de uma “perseguição aos interesses angolanos” e aponta o alvo ao ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, que esteve recentemente numa visita a Luanda, antes de deixar a porta aberta a um entendimento. “Por continuar ainda hoje, décadas depois da independência, a perseguição aos interesses de Angola em Portugal, soa mal e gera muita desconfiança quando vem a Luanda um ministro do governo de Lisboa afiançar que a amizade entre Portugal e Angola continua de pé e os investimentos angolanos são ‘bem-vindos’ em Portugal. Já começamos a acreditar que isso não é sincero”, escreve José Ribeiro no texto intitulado Portugal e Jonas Savimbi. Mais: o editorialista acusa a imprensa e as instituições em Portugal de favorecerem a UNITA do defunto líder Jonas Savimbi e de prejudicarem os representantes do Governo de Angola. “Nunca a Procuradoria-Geral da República portuguesa ou os serviços de banditismo investigaram os traficantes e criminosos que circulavam livremente em Portugal”, escreve, depois de acusar os dirigentes da UNITA de andarem “décadas por Lisboa a traficar armas e diamantes”. O PÚBLICO tentou sem êxito obter um comentário do ministro Paulo Portas este domingo. Num contacto no sábado, a assessora de imprensa da PGR não confirmou nem desmentiu qualquer investigação a João Maria de Sousa que, segundo a edição do Expresso, seria suspeito de transferir 93 mil dólares de uma empresa offshore para uma conta do Santander Totta em Portugal, através de uma conta do Banco Comercial Português das Ilhas Caimão. O semanário dizia ainda que o ministro Paulo Portas tem dado especial atenção a estas investigações, para impedir o reacender de um conflito diplomático entre Lisboa e Luanda. Recuperada informação de notícia publicada no PÚBLICO online no DomingoNotícia actualizada às 15h43. Acrescentada mais informação da Lusa
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Palavras-chave perseguição
Paulo Portas disposto a fazer "o que for preciso" para defender relações com Angola
O ministro dos Negócios Estrangeiros português afirmou esta terça-feira em Madrid que “o sistema judicial português não é o lugar adequado para dirimir questões internas de outros Estados”. “Com respeito pela separação de poderes e tendo em conta que há sempre aspectos de direito internacional que em teoria se podem analisar, é preciso que alguém diga com clareza isto: o sistema judicial português não é o lugar adequado para dirimir questões internas de outros Estados”, disse Paulo Portas em declarações a jornalistas. “A relação de Portugal com Angola é muito importante, há mais de 8000 empresas portuguesas a tra... (etc.)

Paulo Portas disposto a fazer "o que for preciso" para defender relações com Angola
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.25
DATA: 2013-02-27 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20130227160327/http://www.publico.pt/1585963
TEXTO: O ministro dos Negócios Estrangeiros português afirmou esta terça-feira em Madrid que “o sistema judicial português não é o lugar adequado para dirimir questões internas de outros Estados”. “Com respeito pela separação de poderes e tendo em conta que há sempre aspectos de direito internacional que em teoria se podem analisar, é preciso que alguém diga com clareza isto: o sistema judicial português não é o lugar adequado para dirimir questões internas de outros Estados”, disse Paulo Portas em declarações a jornalistas. “A relação de Portugal com Angola é muito importante, há mais de 8000 empresas portuguesas a trabalhar no mercado angolano, mais de 100 mil portugueses em Angola e eu farei aquilo que for preciso dentro as regras e da lei para evidentemente defender as relações entre Portugal e Angola”, afirmou o chefe da diplomacia portuguesa quando questionado sobre um comunicado da Procuradoria-Geral (PGR) de Angola que criticava a forma como o segredo de justiça é “sistematicamente” violado em Portugal em casos relativos a cidadãos angolanos. O comunicado enviado à agência Lusa em Luanda na segunda-feira refere-se à publicação pelo semanário Expresso de uma notícia sobre a investigação que o Ministério Público de Portugal abriu contra o procurador-geral de Angola, João Maria Sousa, por alegada “suspeita de fraude e branqueamento de capitais”.
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Palavras-chave lei
A década perdida do Médio Oriente
Os Estados Unidos travaram três guerras desde os ataques terroristas da Al-Qaeda no dia 11 de Setembro de 2001: contra a Al-Qaeda, no Afeganistão e no Iraque. As duas primeiras foram impostas aos EUA, mas a terceira foi o resultado de uma decisão voluntária e deliberada tomada pelo ex-Presidente George W. Bush, por razões ideológicas e, muito provavelmente, por razões pessoais também. Se Bush, o ex-vice-presidente Dick Cheney, o ex-secretário de Defesa Donald Rumsfeld e os seus aliados neoconservadores tivessem sido francos em relação às suas intenções - para derrubarem o Saddam Hussein por meio da guerra, criand... (etc.)

A década perdida do Médio Oriente
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-03-20 | Jornal Público
TEXTO: Os Estados Unidos travaram três guerras desde os ataques terroristas da Al-Qaeda no dia 11 de Setembro de 2001: contra a Al-Qaeda, no Afeganistão e no Iraque. As duas primeiras foram impostas aos EUA, mas a terceira foi o resultado de uma decisão voluntária e deliberada tomada pelo ex-Presidente George W. Bush, por razões ideológicas e, muito provavelmente, por razões pessoais também. Se Bush, o ex-vice-presidente Dick Cheney, o ex-secretário de Defesa Donald Rumsfeld e os seus aliados neoconservadores tivessem sido francos em relação às suas intenções - para derrubarem o Saddam Hussein por meio da guerra, criando assim um novo e pró-ocidental Médio Oriente - eles nunca teriam recebido o apoio do Congresso e do público norte-americano. A sua visão foi ingénua e imprudente. Por isso, uma ameaça - as armas iraquianas de destruição em massa - teve de ser criada. Como sabemos agora, a ameaça foi baseada em mentiras (tubos de alumínio para um programa de armas nucleares, por exemplo, reuniões entre o líder da conspiração do 9 de Setembro, Mohamed Atta, e as autoridades iraquianas em Praga, e até mesmo falsificações evidentes como supostos pedidos, por parte do Iraque, de urânio yellowcake da Nigéria). Estas foram as razões que conduziram a uma guerra destinada a reclamar a vida de quase cinco mil soldados norte-americanos e mais de 100 mil iraquianos. Acrescentem a isso os milhões que foram feridos e deslocados das suas casas, bem como a destruição de uma das mais antigas comunidades cristãs do mundo. Para isto, os EUA gastaram sozinhos mais de três biliões (milhões de milhões) de dólares. A guerra de Bush contra Saddam mudou radicalmente o Médio Oriente, embora não da forma como ele planeava. Para começar, se os EUA tinham a intenção de desestabilizar o Iraque, os seus esforços não poderiam ter sido mais bem-sucedidos: dez anos depois, a viabilidade do país como um único Estado nunca esteve em tão grande dúvida. Com a saída de Saddam, a maioria xiita do Iraque assumiu o poder depois de uma guerra civil horrenda, deixando os sunitas derrotados do Iraque ansiosos por vingança e à espera de uma oportunidade para recuperarem a sua ascendência. Os curdos no Norte utilizaram inteligentemente e habilmente a janela da oportunidade que se abriu perante eles para agarrarem a independência de facto, embora a questão-chave do controlo sobre a cidade de Kirkuk continue a ser uma bomba-relógio. E todos estão a lutar pelo grande quinhão das enormes reservas de petróleo e de gás que conseguirem apanhar. Ao examinar cuidadosamente a “Operação Liberdade para o Iraque”, uma década depois, o Financial Times concluiu que os EUA ganharam a guerra, o Irão ganhou a paz e a Turquia ganhou os contratos. Só posso estar de acordo. Em termos políticos, o Irão é o grande vencedor da guerra de Bush. O seu inimigo número um, Saddam, foi liquidado pelo seu inimigo número dois, os Estados Unidos, que presenteou o Irão com uma oportunidade preciosa de ampliar a sua influência para além da sua fronteira ocidental, pela primeira vez desde 1746. A guerra de Bush, com a sua visão estratégica pobre e com um planeamento ainda pior, aumentou a posição regional do Irão de uma forma que provavelmente o Irão nunca conseguiria obter por mérito próprio. A guerra permitiu ao Irão afirmar-se como a potência dominante, no Golfo e na extensa região, e o seu programa nuclear serve precisamente estas ambições. Na região, os derrotados também não deixam dúvidas: a Arábia Saudita e os outros países do Golfo, que se sentem existencialmente ameaçados, e que tiveram de passar a considerar as suas próprias minorias xiitas como uma quinta coluna iraniana. Eles têm uma opinião: com os xiitas no poder no Iraque, o Irão irá procurar oportunidades adequadas para utilizar as populações xiitas locais como procuradores, para fazer valer as suas reivindicações hegemónicas. É isto que está a alimentar os tumultos internos, no Bahrein, além das queixas locais da maioria xiita. Deixando de lado as mentiras, as ficções e as questões de moralidade e de responsabilidade pessoal, o erro crucial da guerra dos Estados Unidos contra o Iraque foi a ausência de um plano viável ou da força necessária para impor uma Pax Americana no Médio Oriente. A América era suficientemente poderosa para desestabilizar a ordem regional existente, mas não era suficientemente poderosa para estabelecer uma nova. Os neoconservadores dos EUA, com o seu pensamento de esperanças vãs, subestimaram grosseiramente a dimensão da tarefa que tinham em mãos - ao contrário dos revolucionários no Irão, que rapidamente actuaram para colherem o que os EUA tinham semeado. A guerra do Iraque também marcou o início do declínio relativo subsequente da América. Bush desperdiçou uma grande parte da força militar dos EUA na Mesopotâmia por uma ficção ideológica - força essa que faz muita falta na região, dez anos depois. E não se vê nenhuma outra alternativa sem a América. Embora não haja um nexo de causalidade entre a guerra no Iraque e as revoluções árabes que começaram em Dezembro de 2010, as suas implicações têm combinado de forma maléfica. Desde a guerra que as inimizades amargas entre a Al-Qaeda e os outros grupos nacionalistas salafistas e árabes sunitas deram lugar à cooperação ou até mesmo a fusões. Isto, também, é um resultado provocado pelos cérebros neoconservadores norte-americanos. E a desestabilização regional provocada pelas revoluções árabes está cada vez mais a convergir para o Iraque, principalmente através da Síria e do Irão. Na verdade, o maior perigo actual para a região é um processo de desintegração nacional, que emana da guerra civil síria, que ameaça espalhar-se não só para o Iraque, mas também para o Líbano e para a Jordânia. O que torna a guerra civil na Síria tão perigosa é o facto de os operadores que se encontram no terreno já não serem a sua força motriz. Em vez disso, a guerra tornou-se numa luta pelo domínio regional entre o Irão, de um lado, e a Arábia Saudita, o Qatar e a Turquia, do outro. Como resultado, o Médio Oriente está em risco de se tornar nos Balcãs do século XXI - um declínio em direcção ao caos regional que começou há dez anos com a - e foi em grande parte o resultado da - invasão liderada pelos EUA. Joschka Fischer, antigo ministro dos negócios estrangeiros da Alemanha e vice-chanceler entre 1998 a 2005, foi líder do Partido Verde Alemão durante quase 20 anos. Tradução: Project Syndicate
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Entidades EUA
Banco BIC quer abrir balcões na Namíbia e África do Sul e mais expansão em África
O BIC, o maior banco privado de Angola e comprador do BPN, quer abrir balcões na Namíbia e na África do Sul e tem mais planos de expansão regional, afirmou o seu presidente, Fernando Teles, entrevistado pela Bloomberg. O BIC já manifestou ao banco central da Namíbia o interesse em abrir filiais no seu vizinho do sul e pretende um escritório de representação em Joanesburgo (África do Sul), declarou Fernando Teles, acrescentando que o banco está a analisar o Botswana, República do Congo, República Democrática do Congo, Zâmbia e Gabão. “Estes países têm boas relações com Angola, estão próximos e alguns dos seus merc... (etc.)

Banco BIC quer abrir balcões na Namíbia e África do Sul e mais expansão em África
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.066
DATA: 2013-03-20 | Jornal Público
TEXTO: O BIC, o maior banco privado de Angola e comprador do BPN, quer abrir balcões na Namíbia e na África do Sul e tem mais planos de expansão regional, afirmou o seu presidente, Fernando Teles, entrevistado pela Bloomberg. O BIC já manifestou ao banco central da Namíbia o interesse em abrir filiais no seu vizinho do sul e pretende um escritório de representação em Joanesburgo (África do Sul), declarou Fernando Teles, acrescentando que o banco está a analisar o Botswana, República do Congo, República Democrática do Congo, Zâmbia e Gabão. “Estes países têm boas relações com Angola, estão próximos e alguns dos seus mercados começam a desenvolver-se”, destacou. O BIC, que comprou o Banco Português de Negócios (BPN) no ano passado por 40 milhões de euros, espera que a Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), constituída por 15 Estados-Membros, facilite as aquisições transfronteiriças. O banco, que inclui entre os maiores accionistas o próprio Fernando Teles, o português Américo Amorim e a filha do presidente angolano, Isabel dos Santos, quer também explorar a posição da sua casa-mãe, como segundo maior país africano produtor de petróleo. O BIC abriu, em Luanda, um escritório direccionado às companhias e fornecedores de serviços petrolíferos depois de Angola aprovar legislação que obriga as petrolíferas estrangeiras a usar kwanzas, a moeda local, para pagar impostos, a partir de Maio. Os fornecedores locais vão ter de cumprir esta obrigação a partir de Julho e as outras empresas estrangeiras a partir de Outubro. Esta lei pode contribuir para aumentar a liquidez, injectando cerca de 50 mil milhões de petrodólares por ano na economia, adiantou Fernando Teles. “Achamos que esta lei é muito boa porque vai ajudar a financiar muito mais a economia e vai beneficiar os bancos e todas as pessoas. Por isso criámos um escritório, porque sabemos o que estas empresas procuram e temos pessoas que falam inglês, francês e português e que têm conhecimento especializado do mercado petrolífero”, explicou. Gigantes multinacionais como a Exxon Mobil, Chevron, BP e Total operam em Angola, que produz 1, 8 milhões de barris de petróleo por dia, ultrapassados em África apenas pela Nigéria. O BIC, que pretende aumentar o número de balcões em Angola dos actuais 188 para 213 no final do ano, está à espera que o Governo português aceite a sua oferta pela operação do BPN no Brasil para abrir escritórios naquele país. “O nosso objectivo é abrir, o mais rapidamente possível, seis departamentos nas seis maiores cidades brasileiras”, declarou o presidente do BIC, sublinhando que “o Brasil é um mercado que está a trabalhar muito com Angola”.
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Étnia Africano
Não é que não acredito nisto?
1. Quinta-feira, o Conselho de Ministros aprovou uma proposta de lei que estabelece o regime jurídico do combate à violência, ao racismo, à xenofobia e à intolerância nos espectáculos desportivos, de forma a possibilitar a realização dos mesmos com segurança. Reza o comunicado oficial, entre outros aspectos, que a proposta promove uma maior responsabilização dos promotores dos espectáculos desportivos, agravando-se o regime sancionatório, nomeadamente pela possibilidade de recurso à punição directa, solução que é decalcada das melhores práticas internacionais. Revêem-se as responsabilidades individuais dos adepto... (etc.)

Não é que não acredito nisto?
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-03-24 | Jornal Público
TEXTO: 1. Quinta-feira, o Conselho de Ministros aprovou uma proposta de lei que estabelece o regime jurídico do combate à violência, ao racismo, à xenofobia e à intolerância nos espectáculos desportivos, de forma a possibilitar a realização dos mesmos com segurança. Reza o comunicado oficial, entre outros aspectos, que a proposta promove uma maior responsabilização dos promotores dos espectáculos desportivos, agravando-se o regime sancionatório, nomeadamente pela possibilidade de recurso à punição directa, solução que é decalcada das melhores práticas internacionais. Revêem-se as responsabilidades individuais dos adeptos e as regras relativas à possibilidade da interdição de acesso a recintos, bem como o regime aplicável aos grupos organizados de adeptos e à sua relação com os clubes, associações e sociedades desportivas. Esta2. Na mesma reunião aprovou-se, na generalidade, uma alteração ao regime de policiamento de espectáculos desportivos realizados em recinto desportivo e de satisfação dos encargos com o policiamento de espectáculos desportivos em geral. Esta alteração determina que os espectáculos desportivos integrados em competições desportivas de natureza profissional, como tal reconhecidas nos termos da lei, devam sempre, obrigatoriamente, ser objecto de policiamento. Quanto a este último texto ele representa mais um acto de uma trágico-comédia normativa do Governo e insere-se, por outro lado, num beco sem saída a que tinha chegado a segurança nas competições profissionais de futebol. A ver vamos se desta o Governo acerta e não repete o espectáculo que iniciou com a publicação do “novo diploma” sobre o policiamento, em parte afastado posteriormente por “instruções administrativas”. 3. No que respeita à “lei da violência”, ainda a aprovar pela Assembleia da República, conseguimos fazer um prognóstico antes do fim do jogo, quanto à sua ineficácia. Como é possível adiantá-lo sem conhecer o texto da proposta? Eis, no essencial, a minha explicação. 4. Coube ao Decreto-Lei nº 339/80, de 30 de Agosto, concretizar as primeiras medidas tendentes a conter “a curto prazo” (como afirmava) a violência nos recintos desportivos. Esse diploma veio a ser alterado pela Lei n. º 16/81, de 31 de Julho e, mais tarde, pelo Decreto-lei n. º 61/85, de 12 de Março. Sucede-lhes o Decreto-Lei n. º 270/89, de 18 de Agosto. Depois veio a Lei n. º 38/98, de 4 de Agosto. Depois (II) a Lei n. º 16/2004, de 11 de Maio. Depois (III) a Lei n. º 39/2009, de 30 de Julho. Agora, algures no tempo próximo, uma lei “nova” em 2013. 5. Todas as leis anteriores foram apresentadas, em manifesta propaganda política, como encerrando um ponto final miraculoso nesta matéria. Sempre de acordo com as melhores práticas internacionais. Todavia, sempre “morrendo”, alguns anos depois, por não lograrem atingir os objectivos a que se propunham. É desta? Não, claro que não. Enquanto não se cortar a seiva negra que liga os clubes às claques, bem podem fazer periodicamente novos diplomas. Enquanto o Estado – e toda a Administração Pública – não fiscalizar rigorosamente o cumprimento da lei – de qualquer lei, velha ou nova – e omitir-se do exercício dos seus poderes/deveres, eu acertarei sempre. José Manuel Meirim é professor de Direito do Desportojosemeirim@gmail. com
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Palavras-chave lei violência racismo deveres negra xenofobia
"O último dos geofísicos antigos e o primeiro dos modernos"
Luís Mendes Victor 1931-2013 Modernizou o ensino e investigação dos sismos e tsunamis em Portugal. Em 1996, esteve no centro de uma experiência polémica que pretendia explodir 20 toneladas de TNT no marQuando ocorria um sismo forte algures no mundo, Luís Mendes Victor costumava integrar grupos de peritos, muitos internacionais. Numa dessas vezes, em Agosto de 1999, foi para a cidade turca de Adapazari, atingida dias antes por um sismo. "Os edifícios tombaram como um baralho de cartas", relatava ao PÚBLICO, enquanto o ruído de fundo da chamada telefónica eram sirenes de emergência, e explicava que Adapazari ficou ... (etc.)

"O último dos geofísicos antigos e o primeiro dos modernos"
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.15
DATA: 2013-03-27 | Jornal Público
TEXTO: Luís Mendes Victor 1931-2013 Modernizou o ensino e investigação dos sismos e tsunamis em Portugal. Em 1996, esteve no centro de uma experiência polémica que pretendia explodir 20 toneladas de TNT no marQuando ocorria um sismo forte algures no mundo, Luís Mendes Victor costumava integrar grupos de peritos, muitos internacionais. Numa dessas vezes, em Agosto de 1999, foi para a cidade turca de Adapazari, atingida dias antes por um sismo. "Os edifícios tombaram como um baralho de cartas", relatava ao PÚBLICO, enquanto o ruído de fundo da chamada telefónica eram sirenes de emergência, e explicava que Adapazari ficou muito destruída porque os lençóis de água subterrâneos estavam perto da superfície e cobertos por solo arenoso. "Vimos casas que se enterraram dois metros e a água ficou à superfície. Há ruas obstruídas por prédios inteiros que tombaram, porque um dos lados se afundou. " Considerado o fundador da geofísica moderna em Portugal, Luís Mendes Victor morreu no domingo, de cancro nos pulmões. Tinha 81 anos. O funeral é hoje às 9h, no cemitério dos Olivais. Na Turquia, Mendes Victor ia com um grupo de portugueses aprender com o sismo de Izmit, como ficou conhecido - que atingiu 7, 5 graus de magnitude e provocou, segundo dados oficiais, a morte a 17 mil pessoas -, para prevenir estas catástrofes em Portugal. Desses lugares chamava a atenção para a prevenção sísmica em Portugal, onde o Algarve e Lisboa e vale do Tejo são zonas com um risco elevado. Por isso, da Turquia, ainda naquela conversa, alertava: "Não se conhece a qualidade da construção nas zonas clandestinas: na Brandoa, no Prior Velho, em Alhandra e Vila Franca. Quantas casas vão resistir se houver um abanão no vale do Tejo?"A vida académica de Mendes Victor iniciou-se na Universidade de Coimbra, licenciando-se em Ciências Geofísicas em 1955. Depois foi para a Universidade de Estrasburgo, em França, onde se tornou engenheiro geofísico em 1966. Ainda aí, doutorou-se em Ciências Físicas em 1970. Quando regressou a Portugal, ingressou na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. "Veio para Portugal e fundou a geofísica moderna como a entendemos hoje: aplicada com uma grande componente tecnológica e procurou sempre aliar a investigação à vigilância sísmica", realça o geofísico Miguel Miranda, antigo seu aluno, em 1980, e agora presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), sucessor do Instituto de Meteorologia. Na Universidade de Lisboa, dirigiu o Instituto Geofísico Infante Dom Luiz: "Todos os grupos de geofísica [hoje existentes], de Évora, de Aveiro. . . , vieram desse grupo inicial. Foram alunos dele. "Mas não havia na altura grupos de geofísica noutras universidades portuguesas? "Não faziam investigação no sentido moderno: publicar [artigos científicos] e estavam fora dos circuitos internacionais, isto na área da sismologia e do magnetismo. Na meteorologia havia Pinto Peixoto, que era muito internacional [nos anos de 1950 esteve no Instituto de Tecnologia do Massachusetts, nos EUA]", responde Miguel Miranda. Mendes Victor sucedeu a Pinto Peixoto à frente do Instituto Geofísico Infante Dom Luiz, cargo que foi depois ocupado por Miguel Miranda, presidente do IPMA desde 2012. Mas o lugar que Miguel Miranda hoje ocupa fora de Mendes Victor durante dez anos, entre 1977 e 1987, no então Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INMG). Cientificamente, interessava-se pelos sismos, incluindo, claro, o terramoto de 1755 - e pelos tsunamis: "Antes dele, os estudos de tsunamis não eram quantitativos. Ele iniciou a modelação dos tsunamis", refere Miguel Miranda. Também deixou marca na meteorologia. "Não investigou meteorologia, mas fez a ligação do INMG ao Centro Europeu de Previsão do Tempo a Médio Prazo, em Inglaterra. Mandou gente para lá. Por isso, dizemos que modernizou esta área. " Aliás, em 1984 e 1986, foi presidente do Centro Europeu de Previsão do Tempo a Médio Prazo. Internacionalmente, assumiu outros lugares de destaque na sismologia e meteorologia. No Conselho da Europa, foi presidente do Comité Consultivo Europeu para a Avaliação da Previsão de Sismos. Por via da ligação ao Conselho da Europa, integrou inúmeras comissões internacionais de peritos para o risco sísmico. Na Organização Meteorológica Mundial, nos anos de 1980, foi presidente da região VI (Europa do Oeste) - e "activo na promoção da cooperação meteorológica e geofísica com os países africanos". Em Portugal, esteve no meio de um furacão científico em 1996: a experiência internacional Combo em que participava pretendia provocar um sismo artificial, rebentando 20 toneladas de TNT no mar, ao largo do Porto, para estudar a estrutura interna da Terra. Só que o Combo serviu como arma de arremesso tanto entre cientistas como entre políticos, com os autarcas da Junta Metropolitana do Porto metidos ao barulho. O Combo era inofensivo, diz Miguel Miranda, mas nunca aconteceu porque o então ministro do Planeamento e Administração do Território, João Cravinho, com a palavra final, quis uma solução política através de uma primeira experiência com duas toneladas, para convencer as autoridades locais. E Mendes Victor desistiu, devido à "disputa política". "Sempre foi mais reconhecido fora de Portugal. " Mesmo assim recebeu o grau de comendador da Ordem de Santiago da Espada, em 2005. "Era uma espécie de grande patrão da geofísica, um chefe à moda antiga: quando fazia anos, juntavam-se centenas de pessoas. Era o último dos geofísicos antigos e o primeiro dos modernos. "
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Entidades EUA
Candidatos à sucessão de Blanco enfrentam Volta com muita montanha
Arranca esta quarta-feira, em Lisboa, a 75. ª edição da Volta a Portugal em bicicleta. Vai haver um dorsal com o número 1 no pelotão de 162 ciclistas de 18 equipas diferentes que começa hoje a pedalar na 75. ª edição da Volta a Portugal em bicicleta. Não estará nas costas de David Blanco, o espanhol que venceu em 2012 e que é o recordista absoluto de triunfos na prova (cinco), mas nas costas do homem que ficou 22 segundos atrás, Hugo Sabido. Blanco abandonou sem festa de despedida, mudou-se para a Guiné Equatorial e vai escrever crónicas diárias para um jornal português. Sabido continua e vai tentar, mais uma vez... (etc.)

Candidatos à sucessão de Blanco enfrentam Volta com muita montanha
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-08-07 | Jornal Público
TEXTO: Arranca esta quarta-feira, em Lisboa, a 75. ª edição da Volta a Portugal em bicicleta. Vai haver um dorsal com o número 1 no pelotão de 162 ciclistas de 18 equipas diferentes que começa hoje a pedalar na 75. ª edição da Volta a Portugal em bicicleta. Não estará nas costas de David Blanco, o espanhol que venceu em 2012 e que é o recordista absoluto de triunfos na prova (cinco), mas nas costas do homem que ficou 22 segundos atrás, Hugo Sabido. Blanco abandonou sem festa de despedida, mudou-se para a Guiné Equatorial e vai escrever crónicas diárias para um jornal português. Sabido continua e vai tentar, mais uma vez, chegar ao seu primeiro triunfo na competição, depois de, na última edição, ter perdido a camisola amarela na serra da Estrela. Sem Blanco no pelotão, não haverá um nome que concentre o favoritismo e Sabido (LA-Antarte) é um entre vários de uma lista alargada que inclui ciclistas como Hernâni Broco ou Rui Sousa (ambos da Efapel-Glassfrive), o espanhol Gustavo César Veloso (OFM-Quinta da Lixa) ou Daniel Silva (Rádio Popular-Onda). Mas, se se tiver de escolher um principal candidato, esse será Sabido, que preparou de forma cuidadosa a sua participação na Volta 2013, com muito treino em altitude, de forma a não perder como perdeu no ano passado, na montanha e debilitado por uma dolorosa queda a meio da prova. "A preparação foi um pouco diferente só nesse aspecto, porque, de resto, o treino tem sido semelhante. A única coisa que difere é mesmo a quota de altitude. Obviamente, tenho apostado mais nisso para me adaptar a esse tipo de percurso", afirmou o ciclista de 33 anos à agência Lusa, considerando que será nas três etapas da serra da Estrela que se vai decidir a prova. Para Mário Rocha, director desportivo da LA-Antarte, Sabido está preparado para conquistar a prova que lhe escapou por pouco. "Ele está muito forte psicologicamente, fisicamente encontra-se muito bem. Penso que partimos para a Volta nas melhores condições de sempre para discuti-la", garantiu à Lusa. Ao contrário do que aconteceu nos dois últimos anos em que Lisboa era o ponto de chegada da última etapa, a capital é agora o palco do prólogo, um contra-relógio por equipas (também uma novidade em relação ao passado recente) de cinco quilómetros no primeiro dos 11 dias de competição que termina em Viseu após 1607, 2km nas estradas portuguesas. Esta é uma volta feita para trepadores, com a subida à Senhora da Graça (4. ª etapa), mais três etapas na serra da Estrela, incluindo a chegada à Torre (8. ª). Sérgio Ribeiro de foraSem Blanco e sem nenhuma equipa da UCI World Tour, onde correm, entre outros, Rui Costa (Movistar) ou Tiago Machado (RadioShack), e com apenas um antigo vencedor, Nuno Ribeiro (Efapel-Glassdrive), a Volta 2013 ficou ainda sem um dos mais experientes ciclistas portugueses, Sérgio Ribeiro (Louletano Dunas-Douradas), suspenso por 12 anos devido a irregularidades no seu passaporte biológico. Sem aquele que seria o seu chefe-de-fila, que foi sétimo em 2012 e sexto em 2011, a equipa algarvia tem de se reinventar e esperar pelo desenrolar da prova para definir estratégias. Depois de muitos anos a dominar o pelotão nacional, com quatro vitórias consecutivas na Volta entre 2008 e 2011, a equipa do Banco Bic-Carmim terá de se contentar com um papel secundário nesta Volta. A formação do Clube de Ciclismo de Tavira, com Vidal Fitas de regresso ao activo como director desportivo, também não terá um líder definido e irá integrar, por força do seu novo patrocinador, dois ciclistas angolanos, Igor Silva e Walter da Silva.
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Palavras-chave homem
Embaixadas dos EUA sob ameaça da Al-Qaeda reabrem domingo
Os Estados Unidos da América vão reabrir no domingo18 das 19 embaixadas em países africanos e do Médio Oriente que estiveram temporariamente encerradas na última semana, por motivos de segurança. Só a representação diplomática em Sanaa, a capital do Iémen, permanecerá de portas fechadas por “não estarem dissipadas as preocupações” relativas a possíveis ataques terroristas, anunciou o departamento de Estado norte-americano. A medida extraordinária, que foi acompanhada de um alerta de segurança aconselhando os cidadãos estrangeiros a evitar viagens para os 19 países em questão, foi tomada na sequência da intercepçã... (etc.)

Embaixadas dos EUA sob ameaça da Al-Qaeda reabrem domingo
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-08-10 | Jornal Público
TEXTO: Os Estados Unidos da América vão reabrir no domingo18 das 19 embaixadas em países africanos e do Médio Oriente que estiveram temporariamente encerradas na última semana, por motivos de segurança. Só a representação diplomática em Sanaa, a capital do Iémen, permanecerá de portas fechadas por “não estarem dissipadas as preocupações” relativas a possíveis ataques terroristas, anunciou o departamento de Estado norte-americano. A medida extraordinária, que foi acompanhada de um alerta de segurança aconselhando os cidadãos estrangeiros a evitar viagens para os 19 países em questão, foi tomada na sequência da intercepção de comunicações entre operacionais e figuras de topo da Al-Qaeda, que alegadamente referiam uma conspiração para atingir embaixadas dos Estados Unidos. De acordo com Washington, o Iémen tornou-se agora o principal refúgio para os militantes da Al-Qaeda na Península Arábica, a “facção” mais activa e perigosa da organização outrora liderada por Osama Bin Laden. Durante a semana, o Exército norte-americano conduziu várias misseis com drones (aviões não-tripulados) no país: as autoridades locais anunciaram esta quinta-feira a morte de 14 suspeitos de terrorismo, entre os quais sete cidadãos da Arábia Saudita, na sequência de um desses ataques. Desde o fim de Julho, terão sido abatidos 30 indivíduos suspeitos de pertencer à Al-Qaeda no Iémen. “A informação relativa às ameaças e riscos para a segurança da embaixada de Sanaa está a ser permanentemente actualizada e avaliada, e serão tomadas todas as decisões apropriadas para salvaguardar a segurança do pessoal diplomático, dos cidadãos americanos e dos visitantes estrangeiros”, esclareceu a porta-voz do departamento de Estado, Jen Psaki. A mesma responsável informou que Washington também manterá fechados os seus serviços consulares na cidade paquistanesa de Lahore, que foi objecto de uma ordem de retirada de todo o pessoal não-essencial após uma “ameaça credível” mas não relacionada com as alegadas manobras da Al-Qaeda na Península Arábica.
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Palavras-chave morte
Marcos Chuva falha final do salto em comprimento por sete centímetros
O português Marcos Chuva falhou nesta quarta-feira a passagem à final do salto em comprimento dos Mundiais de atletismo por sete centímetros, tendo começado o concurso com dois saltos nulos, mas nem por isso sai desencantado de Moscovo. O atleta, que se classificou no 16. º lugar final, com 7, 82 metros, declarou depois da prova que "nada correu mal" e que não estava desencantado com o resultado. "Nada correu mal. O que aconteceu foi que comecei a competição com um salto nulo. Não fiquei stressado, não fiquei enervado, continuei a lutar e a arriscar", declarou à Lusa o atleta do Benfica. Com o segundo salto també... (etc.)

Marcos Chuva falha final do salto em comprimento por sete centímetros
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento -0.05
DATA: 2013-08-14 | Jornal Público
TEXTO: O português Marcos Chuva falhou nesta quarta-feira a passagem à final do salto em comprimento dos Mundiais de atletismo por sete centímetros, tendo começado o concurso com dois saltos nulos, mas nem por isso sai desencantado de Moscovo. O atleta, que se classificou no 16. º lugar final, com 7, 82 metros, declarou depois da prova que "nada correu mal" e que não estava desencantado com o resultado. "Nada correu mal. O que aconteceu foi que comecei a competição com um salto nulo. Não fiquei stressado, não fiquei enervado, continuei a lutar e a arriscar", declarou à Lusa o atleta do Benfica. Com o segundo salto também nulo, Marcos Chuva viu as hipóteses de qualificação restringidas ao terceiro ensaio e a marca alcançada foi insuficiente para repetir a presença entre os 12 melhores, como tinha acontecido em Daegu 2011, onde foi décimo. "Faltava um único salto para tentar o apuramento. Como se costuma dizer: ou vai, ou racha. Poderia estar na final, entre os melhores do mundo, e sinto que sou um atleta que está entre os melhores. Mas o desporto é assim mesmo, não é uma ciência exacta: às vezes é sim, às vezes é não", continuou. O seu único salto válido ficou a sete centímetros do registo que fechou as vagas para a final de quinta-feira, numa sessão de qualificação em que o espanhol Eusébio Cáceres se destacou, com 8, 25. O saltador luso explicou porque não ficou desiludido com o resultado conseguido. "Desencantado? Não. Porque faço sempre o melhor possível. Não fico desencantado, posso ficar com vontade de mais", frisou, lembrando que o actual campeão olímpico, o britânico Greg Rutherford (7, 87), também foi eliminado. Além de Cáceres, só o sul-africano Godfrey Khotso Mokoena (8, 16) e o russo Aleksandr Menkov (8, 11) ultrapassaram a marca de 8, 10 metros, que garantia o acesso directo à final, enquanto o mexicano Luis Rivera, autor do melhor salto do ano (8, 46), fez o quinto registo da jornada (8, 04), atrás do alemão Christian Reif (8, 04). Segundo Chuva, "o último salto foi para o ‘show’, para a pica, para o espectáculo, para a vontade, para não pensar em nada, para saltar longe", mas o resultado não chegou. Quando lhe perguntaram se os problemas físicos que teve não se reflectiram no resultado, retorquiu: "Os problemas físicos já foram, não vamos falar agora nisso". Com 24 anos completados este mês, Marcos Chuva, recordista nacional (8, 34), tinha este ano 8, 15 metros, salto que lhe valeu a medalha de bronze nas Universíadas, e chegou a Moscovo com o 19. º registo entre os 29 inscritos.
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Étnia Africano
Quando os professores começam a virar-se para o estrangeiro
Só através da Cooperação Portuguesa são cerca de 1500 os docentes portugueses que trabalham por todo o mundo. Outros, muitos (não existem estatísticas), partem por conta própria. Vão à aventura, guiados pela promessa de uma estabilidade que não conseguem encontrar em PortugalQuase todos os dias, Cláudia F. , de 30 anos, enfrenta viagens de uma a duas horas e meia em estradas "com muitos buracos". Teve dificuldade em se adaptar ao clima húmido, tão diferente do seco Portugal, mas foi-se habituando quer às estradas esburacadas quer à humidade. Sente falta da "família", que escreve em letras capitais no email, e que... (etc.)

Quando os professores começam a virar-se para o estrangeiro
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-08-17 | Jornal Público
TEXTO: Só através da Cooperação Portuguesa são cerca de 1500 os docentes portugueses que trabalham por todo o mundo. Outros, muitos (não existem estatísticas), partem por conta própria. Vão à aventura, guiados pela promessa de uma estabilidade que não conseguem encontrar em PortugalQuase todos os dias, Cláudia F. , de 30 anos, enfrenta viagens de uma a duas horas e meia em estradas "com muitos buracos". Teve dificuldade em se adaptar ao clima húmido, tão diferente do seco Portugal, mas foi-se habituando quer às estradas esburacadas quer à humidade. Sente falta da "família", que escreve em letras capitais no email, e que está a quase 18. 500 quilómetros de distância, em Lamego. É professora de Biologia e Geologia e está há quase um ano em Timor-Leste, na região de Baucau, a dar formação a professores. Em Portugal, a experiência como professora limitou-se a uns quantos contratos na região de Lisboa: horários incompletos, temporários, mas também, pelo meio, experiências enriquecedoras que viveu pelas escolas por onde passou e que não puderam ser renovadas. Dois anos sucessivos sem colocação, ou com contratos cujos salários não chegavam para pagar as despesas mais básicas, levaram Cláudia F. a arriscar a última cartada: dar aulas no estrangeiro. No caso de Cláudia, a opção até não foi a última e sim uma das primeiras: "Depois de ter deixado a universidade, quase todos os dias pesquisava na Internet sobre concursos e ofertas para África e para Timor. " Curiosa por natureza, sempre teve uma "vontade imensa de conhecer outras culturas, modos de vida, formas de trabalhar". Foi numa das suas pesquisas que encontrou um concurso de professores para Timor-Leste. Foi seleccionada, depois de cinco anos a tentar. Tal como Cláudia, outros professores começam a virar-se cada vez mais para o estrangeiro. Por meios próprios ou através da colocação via Instituto Camões, muitos destes contratados procuram novas oportunidades de vida na Internet, no Facebook, em agências de recrutamento. Ensinam um pouco de tudo, em português ou nas línguas locais, dão formação, estabelecem protocolos e acordos bilaterais. Cláudia deixou Portugal para trás e um dia começou tudo de novo, sozinha, num país distante. As viagens, o convívio com os timorenses, o vício de fotografar paisagens e gentes são a prova de que arriscou bem. "Gosto de conversar com as pessoas, de ouvir as suas histórias reais. "Apesar de as condições de trabalho não serem as ideais e a língua ser uma dificuldade, já que muitos timorenses não falam português, Cláudia vê várias vantagens na sua estada em Timor. "O tempo de serviço é contabilizado", o que lhe permite acreditar numa futura colocação em Portugal. "A nível monetário também é positivo. "GPS com destino a LondresMais perto de Portugal ficou José Finisterra, de 28 anos. Licenciado em Educação Física e Desporto, só tinha passado pela experiência de dar aulas de Educação Física nas Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC), no 1. º ciclo. Há dois anos que José Finisterra concorria a "inúmeras ofertas de emprego, sempre sem sucesso", depois de ter concluído o mestrado em Actividade Física Adaptada. "Fui para Londres sem nada assegurado, apenas casa para ficar nos primeiros tempos", explica José, que aproveitou a ida de um amigo para a capital britânica para se instalar com ele, "pagando apenas o mínimo, enquanto não encontrava trabalho". Dadas as características da sua especialização, resolveu tentar a sorte como professor de alunos com deficiência. Foi uma agência de recrutamento que o colocou, em Janeiro, numa escola londrina como professor assistente de Educação Física. Procurar emprego em Londres não foi propriamente fácil, recorda José Finisterra. Uma das principais dificuldades foi "dar com os lugares das entrevistas, nos primeiros tempos". À falta de um GPS, José desenhava num caderno os percursos que tinha de fazer e os transportes que precisava de apanhar. A língua, embora a domine, foi outra barreira, até porque levou o seu tempo a adaptar-se ao "British accent". Hoje, já não precisa de dar tantas voltas. Tem lugar fixo de trabalho e até parece que a escola o vai contratar a partir do próximo ano lectivo: "Propuseram-me deixar de trabalhar para a agência que me colocou, para ficarem comigo em definitivo", conta José, que assume ter criado "uma óptima relação de amizade com o staff e alunos da escola". Não obstante a distância da família e dos amigos, sente-se bem onde está. "Voltar a acreditar nas minhas capacidades foi essencial para a minha felicidade e realização pessoal. "De acordo com a Associação Nacional dos Professores Contratados, Inglaterra é o destino comum a muitos docentes que se vêem sem colocação em Portugal. Há quem esteja "a satisfazer as necessidades transitórias de docentes, realizando substituições diárias, em locais diferenciados de Londres", disse ao PÚBLICO César Israel Paulo, porta-voz da associação. César Israel Paulo destaca a mágoa com que muitos destes docentes abandonam o seu país e que, uma vez instalados no estrangeiro, não expressam vontade de regressar. Acrescenta ainda que são muitos os professores portugueses que emigram para Inglaterra por ser mais fácil a obtenção de um visto para a Austrália, "onde as condições de trabalho são bem melhores". Mas não dispõe de números. "São muitos", diz. "Sozinha nesta caminhada"Aos 44 anos, Ana Antunes divide o seu coração entre Portugal e a Alemanha. Nascida e criada em Hamburgo, conhece bem o funcionamento das escolas alemãs onde foi aluna e hoje é professora. Licenciou-se em Portugal, em Línguas e Literaturas Modernas na variante de Inglês-Alemão, e, por um período de quatro anos, regressou para Hamburgo, onde deu aulas no ensino secundário. Há cerca de sete anos, o apelo à terra dos pais foi mais forte e decidiu dar uma oportunidade a Portugal. À semelhança de José Finisterra, passou pela experiência das AEC como professora de Inglês no 1. º ciclo e deu também formação a adultos, à noite, "sempre a recibos verdes, muitas vezes com meses de atraso no pagamento". Não se sentia professora. Começava a trabalhar quando os restantes professores saíam das escolas. Horários reduzidos, inexistência de contratos e a situação "complicada dos recibos verdes" fizeram-na repensar a vida. "Resolvi telefonar para a minha antiga escola na Alemanha e, qual não foi o meu espanto, quando a directora me ofereceu um lugar e até me pediu desculpa por ser como professora primária e não no secundário. Ela lembrava-se de que eu não gostava muito de leccionar aos mais pequenos. " Ana apressou-se a explicar-lhe que na realidade tinha passado os últimos anos dedicada ao 1. º ciclo. Hoje agradece às AEC pela experiência, que acabou por se tornar uma mais-valia. No ano lectivo passado assegurou uma turma de 3. º ano, onde lecciona todas as disciplinas. Não tenciona regressar a Portugal, até porque não quer privar o filho, que entretanto levou consigo para a Alemanha, das "inúmeras oportunidades que este país tem para lhe oferecer". Na escola onde dá aulas sente um reconhecimento que não chegou a sentir em Portugal. "Não estou sequer a falar nas diferenças financeiras, mas sim na valorização que dão aos professores, no apoio incondicional por parte da direcção escolar, e os próprios alunos, que vivem numa realidade muito diferente da dos alunos portugueses. "Uma aventura tropicalEm Hamburgo está em casa, apesar do seu amor incondicional por Portugal. "Embora tenha aqui muitos amigos, estou nesta caminhada sozinha. Não é fácil ter de tomar todas as decisões, sozinha, sem ajuda. "Mal se apercebeu de que o seu horário completo, mantido durante três anos na mesma escola, iria desaparecer, Dulce Neves fez contas à vida e não esperou pela reserva de recrutamento, que coloca os professores contratados nas escolas públicas, semanalmente, durante o ano lectivo. Perder tempo de serviço, engrossar as fileiras do centro de emprego, esperar por um horário que nunca se sabe quando vai surgir são problemas que quis contornar. Aos 31 anos, tornou-se agente da Cooperação Portuguesa, através do Instituto Camões, e, há cerca de um ano, assumiu funções como professora de Ciências, Biologia e Geologia, no Instituto Diocesano João Paulo II, em São Tomé e Príncipe. Já antes, acabada de sair da faculdade, Dulce tinha dado aulas na Guiné-Bissau, também num projecto da Cooperação Portuguesa, onde simplesmente "quis viver a experiência" - "Desta vez, quis fugir da precariedade das condições de contratação, já que o meu horário desapareceu devido à revisão curricular. "Dulce é um dos 1465 docentes da complexa rede de Cooperação Portuguesa, que se estende por cerca de 70 países, em todo o mundo. O Instituto Diocesano onde dá aulas é uma das duas escolas santomenses que seguem o currículo português. Além de São Tomé e Príncipe, existem mais Escolas Portuguesas em Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Timor-Leste e Macau. Em São Tomé, Dulce tem alojamento garantido e a possibilidade de renovar o seu contrato, embora nem tudo seja fácil na opção que fez. "Não vou ver o meu sobrinho crescer. O meu namorado ficou em Portugal. A minha casa ficou em Portugal", explica. Admite não suportar a xenofobia e o machismo que sente em seu redor, na ilha africana. "Aqui, só por seres mulher, muitas vezes nem te ouvem. " Apesar de tudo, "as dificuldades são contornáveis". São também muitos os aspectos positivos que destaca em relação à experiência. E enumera-os numa lista de 13 itens, onde sublinha o respeito que a comunidade educativa tem pelo trabalho dos professores e o facto de ter "turmas pequenas". Além disso, tem a oportunidade de comer frutas tropicais todos os dias e de poder ir à praia durante todo o ano. Delicia-se com as bananeiras e as crianças que brincam ao ar livre. "Gosto de ouvir os santomenses a dizer "chê piquena" e "kê quá!". "Tão cedo não prevê voltar a Portugal, a não ser de férias. Ensinar português lá foraA rede da Cooperação Portuguesa, gerida pelo Instituto Camões, inclui também o Ensino de Português no Estrangeiro (EPE), que conta com 383 professores do ensino básico e secundário e 51 leitores do ensino superior. Estão espalhados por nove países europeus (Alemanha, Reino Unido, Luxemburgo, Países Baixos, Bélgica, Espanha, Andorra, França e Suíça) e quatro africanos (África do Sul, Namíbia, Suazilândia e Zimbabwe). "Na sua maioria, [são] professores com graduação na área do português, mas há também professores na área da história", explica Mário Filipe, vice-presidente do Instituto Camões. O número de vagas para professores para o EPE tem vindo a diminuir. Os candidatos não, continua. Adivinham-se mudanças. A partir do próximo ano lectivo, os professores da rede EPE vão passar a ter "uma comissão de serviço de dois anos", diz Mário Filipe, quando até aqui os contratos, ainda que renováveis, eram de apenas um ano. Irene Lemos, 51 anos, é uma das professoras que têm exercido funções no EPE, há 15 anos. Dá aulas em duas escolas do Luxemburgo, em cursos pós-laborais e em cursos integrados, diurnos. "Esses cursos integrados fazem parte de acordos bilaterais entre os dois países", conta Irene, que assegura as disciplinas de Ciências, História e Geografia, sempre em língua portuguesa. O marido já dava aulas também no estrangeiro e Irene aproveitou a boleia. Mudou-se com toda a família para o Luxemburgo, inicialmente com a ideia de obter uma boa remuneração, "o que não se verifica actualmente com os sucessivos cortes e aumentos de IRS" que tem de pagar em Portugal. "Apesar de todas as preocupações e do stress ao longo dos anos devido às mudanças no EPE, é uma experiência muito positiva e a comunidade reconhece, na sua maioria, o nosso trabalho. É sobretudo um grande enriquecimento pessoal. "
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE