Há 228.232 eleitores recenseados no estrangeiro
A actualização do recenseamento dos portugueses no estrangeiro permitiu registar um total de 228 232 eleitores, informou hoje a Direcção-Geral da Administração Interna (DGAI). (...)

Há 228.232 eleitores recenseados no estrangeiro
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-12-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: A actualização do recenseamento dos portugueses no estrangeiro permitiu registar um total de 228 232 eleitores, informou hoje a Direcção-Geral da Administração Interna (DGAI).
TEXTO: Presidenciais: Recenseamento de portugueses no estrangeiro aponta para total de 228 232 eleitores - DGAIDaquele total, o maior número de eleitores inscritos está radicado nas Américas (106 782), seguindo-se a Europa (95 671). Vêm depois a Ásia/Oceânia (14 966) e África (11 413). O recenseamento eleitoral terminou no passado dia 24 de Novembro. Estes eleitores estão, assim, habilitados a poder exercer o seu direito de votar nas eleições presidenciais portuguesas, marcadas para o próximo dia 23 de Janeiro. O voto dos emigrantes nas presidenciais é presencial.
REFERÊNCIAS:
Tempo Janeiro Novembro
Ministro da Presidência diz que "confusão" só pode ser por "má fé"
O ministro da Presidência considerou hoje que só por “má fé” é que se pode “confundir a disponibilidade de Portugal para uma libertação de prisioneiros de Guantánamo com os chamados voos secretos da CIA”. (...)

Ministro da Presidência diz que "confusão" só pode ser por "má fé"
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento -0.34
DATA: 2010-12-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: O ministro da Presidência considerou hoje que só por “má fé” é que se pode “confundir a disponibilidade de Portugal para uma libertação de prisioneiros de Guantánamo com os chamados voos secretos da CIA”.
TEXTO: Pedro Silva Pereira falava aos jornalistas à margem do Fórum Internacional Integração de Imigrantes que hoje decorre na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. “Isto é uma confusão que só com má fé se pode fazer”, disse o ministro, questionado no seguimento do jornal El País ter divulgado hoje telegramas diplomáticos dos Estados Unidos, disponibilizados pelo 'site' WikiLeaks, indicando que o primeiro-ministro, José Sócrates, e o próprio Amado autorizaram que voos de repatriamento de detidos de Guantánamo sobrevoassem território nacional ou utilizassem a base das Lajes, informação já negada por ambos. “Só pode haver má fé em quem confunde uma disponibilidade de Portugal para uma libertação dos prisioneiros de Guantánamo com os chamados voos secretos da CIA que se destinavam, ao que se diz, à transferência ilegal de prisioneiros para a prisão”, sublinhou. “Uma coisa é libertar prisioneiros de guerra, outra é voos clandestinos para ilegalmente levar presos para Guantánamo”, disse. No seguimento das notícias divulgadas pelo El País, o ministro dos Negócios Estrangeiros reafirmou hoje que não houve qualquer autorização do Governo para que voos de repatriamento de detidos de Guantánamo sobrevoassem espaço aéreo português, dado que não houve qualquer pedido formal norte-americano nesse sentido. "O Governo não autorizou, não houve autorização nenhuma porque não houve nenhum pedido formal para sobrevoo. Se tivesse havido, como eu disse, uma das condições que tinha sido colocada é que ela (autorização) seria pública, mas só depois da operação se realizar por razões de segurança óbvias", afirmou Luís Amado em conferência de imprensa.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave guerra prisão ilegal
PJ investiga triplo homicídio de búlgaros que pode ter na origem o tráfico de fio de cobre
Vítimas foram executadas por disparos a curta distância. PJ procura determinar identidade dos indivíduos que combinaram o negócio. (...)

PJ investiga triplo homicídio de búlgaros que pode ter na origem o tráfico de fio de cobre
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-12-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: Vítimas foram executadas por disparos a curta distância. PJ procura determinar identidade dos indivíduos que combinaram o negócio.
TEXTO: A brigada de homicídios da Directoria do Sul da Polícia Judiciária (PJ) está a investigar o assassinato dos dois homens, que aparentavam ter entre os 40 e os 50 anos, e de uma mulher, de 38 anos, cujos cadáveres foram encontrados ao princípio da manhã de anteontem, num monte alentejano abandonado, nos arredores de Aljustrel. As vítimas eram imigrantes búlgaros, residiam na Quinta do Conde, em Sesimbra, e deslocaram-se de Palmela até ao isolado local alentejano, na passada quarta-feira, para consumarem a aquisição de fio de cobre, alegadamente roubado, levando consigo dez mil euros, que desapareceram. Os investigadores estão a procurar determinar a identidade dos indivíduos que combinaram o negócio e a tentar esclarecer como é que as vítimas foram atraídas até ao monte, para serem alvo de uma emboscada fatal. No local foram encontrados cartuchos de caçadeira e rastos dos pneus da viatura usada pelos homicidas. Os três cadáveres foram transportados pelos Bombeiros Voluntários de Aljustrel para o Hospital de Beja para serem hoje autopsiados. A população da freguesia de Rio de Moinhos, no concelho alentejano de Aljustrel, ficou transtornada desde que tomou conhecimento que ali próximo, no Monte de Vale da Égua, foram encontrados na manhã do último sábado, dois homens e uma mulher, assassinados a tiro de caçadeira. Ontem quem se deslocou ao local, a cerca de uma dezena de quilómetros de Aljustrel, ouviu as mais variadas conjecturas sobre as causas da morte violenta dos cidadãos de nacionalidade búlgara. A descoberta dos cadáveres foi feita por António Vilhena, agricultor de Rio de Moinhos, pouco passava das 10h30 de anteontem. O que viu deixou-o chocado. Um dos cadáveres estava deitado de costas e os outros dois, um casal, juntos um ao outro. João Colaço, residente no lugar de Escanchados, confirma este cenário que observou num lugar ermo e junto a um monte abandonado e em ruína, no meio da lama e erva e sob chuva intensa. EDP lesada em milhõesUma rede nacional de furto de metal estará a actuar por todo o país, com especial incidência na zona sul. A companhia eléctrica nacional - EDP "está a ser lesada em milhões de euros" e o número de participações à GNR, disse ao PÚBLICO fonte da direcção da empresa, "são às centenas". "Quase todos os dias temos roubos no Algarve, mas os furtos ocorrem por todo o lado", sublinhou. Os protagonistas desta acção ainda não são conhecidos, mas, para consumar um furto desta natureza são necessários técnicos e alguma perícia, para que o acto não tenha como desfecho a morte. Na serra de Tavira, há uma semana, foi roubada uma linha de média tensão (15 mil voltes) - cerca de cinco quilómetros de linhas. Os transformadores eléctricos, equipamento colocado nos postes, são outras peças muito procuradas. O dispositivo pesa entre 500 a 800 quilos, encontra-se cheio de cobre, coberto por óleo, mas quando cai no chão, fica o cobre logo à vista. No Alentejo, a EDP perdeu já cerca de meia centena de transformadores. O preço deste metal ronda os seis euros o quilo. Quarteira é uma das localidades que tem sido alvo de furto de cabos de electricidade e fios de telefone. De resto, uma das situações comentadas na cidade foi o facto de um cliente da Telecom ter perdido a comunicação, de forma abrupta, a meio de uma conversa. Soube depois que tinham sido cortados na rua os fios de telefone pondo fim à chamada. No Norte, no início do mês um homem morreu electrocutado quando roubava fio de cobre, em Barcelos.
REFERÊNCIAS:
Entidades GNR PJ
Cardeal-Patriarca: “A pobreza não impede, necessariamente, a alegria”
O Cardeal-Patriarca de Lisboa apelou hoje ao espírito solidário dos portugueses e pediu que se partilhe com os que menos têm, lembrando que “a pobreza não impede, necessariamente, a alegria”. (...)

Cardeal-Patriarca: “A pobreza não impede, necessariamente, a alegria”
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.4
DATA: 2010-12-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Cardeal-Patriarca de Lisboa apelou hoje ao espírito solidário dos portugueses e pediu que se partilhe com os que menos têm, lembrando que “a pobreza não impede, necessariamente, a alegria”.
TEXTO: “Esta crise pode suscitar, em cada um de nós, este espírito de solidariedade. […] Não olhemos só para aquilo de que nos privaram ou nos obrigaram a pagar mais; mas partilhemos generosamente o que temos com os que menos têm”, referiu hoje José Policarpo na sua mensagem de Natal. O cardeal-patriarca deseja que as suas palavras sejam “um grito de esperança para Portugal, para o Portugal concreto, neste final de 2010 e início de 2011”. José Policarpo assume que “para muitos portugueses, para muitas famílias, este não será um Natal fácil”, mas lembra que “há dois mil anos, a alegria daquele nascimento [de Jesus Cristo] não foi impedida pela pobreza da gruta”. “A pobreza não impede, necessariamente, a alegria”, defende. O bispo acredita que, apesar de o estado da economia ser “condição para o crescimento da sociedade”, “em momentos de especiais dificuldades, como o que atravessamos, as crises não encontrarão verdadeira solução se não pusermos o acento no Portugal cultural”. “É, pois, o momento de abraçarmos com coragem e determinação esta nossa identidade espiritual e cultural, de modo que nenhuma crise ou sofrimento as ponha em questão”, refere. José Policarpo recorda que a solidariedade é um dos valores da tradição cultural portuguesa e que Portugal é um "povo solidário e acolhedor" - expresso na forma como aldeias e municípios se uniram contra a crise e como os portugueses acolhem turistas, imigrantes e peregrinos. Acrescenta que a força espiritual de Portugal "é, e sempre foi, a família" e que a generosidade na busca do bem comum se aprende na família. Aconselha os portugueses a procurar a "ajuda de Deus e a protecção maternal de Maria": "Se nunca aprendestes a rezar, deixai que a espontaneidade do vosso coração aflito se transforme em prece, rezai com outras pessoas que saibam rezar", já que a fé "pode ajudar a resistir neste momento difícil". A mensagem de Natal do Cardeal-Patriarca termina com um apelo: "Nesta noite bela, é possível a todos deixar renascer a esperança".
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave ajuda pobreza
Roma: Duas pequenas bombas explodem em sede da Liga Norte
Duas pequenas bombas explodiram em frente à sede da Liga Norte, partido de direita membro da coligação do Governo italiano, sem fazer vítimas, e um pacote suspeito foi detectado na embaixada americana no Vaticano. (...)

Roma: Duas pequenas bombas explodem em sede da Liga Norte
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento -0.25
DATA: 2010-12-29 | Jornal Público
SUMÁRIO: Duas pequenas bombas explodiram em frente à sede da Liga Norte, partido de direita membro da coligação do Governo italiano, sem fazer vítimas, e um pacote suspeito foi detectado na embaixada americana no Vaticano.
TEXTO: Segundo a polícia, os responsáveis pelo ataque à sede da Liga Norte deverão ser elementos do mesmo grupo anarquista que na semana passada enviou pacotes armadilhados a três embaixadas em Roma, deixando duas pessoas feridas, um delas com gravidade. A Liga Norte, de Umberto Bossi, é um partido que tem feito do combate à imigração a sua bandeira. Bossi vive a um quarteirão da sede do seu partido. As autoridadades analisaram entretanto o pacote suspeito na embaixada dos EUA no Vaticano e declararam que foi um falso alarme. Na semana passada uma série de encomendas suspeitas revelaram-se inofensivas. Notícia actualizada às 15h20
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Explosões em frente a tribunal em Atenas e na embaixada grega em Buenos Aires
Uma forte explosão danificou oito carros em frente a um tribunal em Atenas. E em Buenos Aires, um outro explosivo deflagrou junto à embaixada grega. Nenhuma das explosões fez vítimas. (...)

Explosões em frente a tribunal em Atenas e na embaixada grega em Buenos Aires
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-12-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: Uma forte explosão danificou oito carros em frente a um tribunal em Atenas. E em Buenos Aires, um outro explosivo deflagrou junto à embaixada grega. Nenhuma das explosões fez vítimas.
TEXTO: Na capital grega, a força da explosão deixou danificados oito carros, a fachada do edifício do tribunal e chegou mesmo para estilhaçar os vidros de janelas de um prédio do lado oposto da rua. O engenho estava colocado numa mota estacionada fora do tribunal da capital grega, e a polícia tinha já evacuado o local depois de um telefonema para uma estação de televisão local. Não houve reivindicação pelo ataque. Entretanto, quase simultaneamente, deu-se uma explosão em frente à representação diplomática da Grécia em Buenos Aires. Uma fonte da polícia falou de danos materais, sem especificar. Nas últimas duas semanas a Itália tem visto uma série de ataques com pacotes armadilhados enviados para embaixadas – numa série de falsos alarmes, três eram reais e fizeram dois feridos. E esta semana houve explosões perto da sede da Liga Norte, partido anti-imigração presente na coligação do Governo de Berlusconi. As autoridades italianas e gregas estavam a cooperar para ver se havia colaboração entre grupos anarquistas italianos ou gregos, depois de no mês passado uma série de pacotes postais terem sido enviados da Grécia tendo como destinatários o Presidente francês, Nicolas Sarkozy, ou a chanceler alemã, Angela Merkel.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave imigração tribunal ataque
Turco que desviou avião reclamava asilo na Noruega
O turco que ontem tentou desviar um avião da Turkish Airlines da sua rota, obrigando-o a regressar a Oslo, queria desta forma protestar contra o facto de os seus insistentes pedidos de asilo à Noruega nunca terem tido despacho favorável. (...)

Turco que desviou avião reclamava asilo na Noruega
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-01-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: O turco que ontem tentou desviar um avião da Turkish Airlines da sua rota, obrigando-o a regressar a Oslo, queria desta forma protestar contra o facto de os seus insistentes pedidos de asilo à Noruega nunca terem tido despacho favorável.
TEXTO: O homem seguia a bordo de um Boeing 737 que fazia a rota Oslo-Istambul quando se encaminhou para cockpit afirmando ter uma bomba em sua posse e reclamando o regresso do aparelho à capital norueguesa. O homem foi prontamente manietado pelos restantes passageiros a bordo do avião. Um jornal local norueguês, o “Avisa Hordaland”, cita hoje um amigo do homem de 40 anos identificado pelos media turcos como Cuma Yasar. Esse amigo disse ao jornal não estar surpreendido com estes acontecimentos, uma vez que Yasar lhe disse, antes da sua viagem, que ia a Oslo para “resolver os seus assuntos” e que provavelmente não regressaria. “Ele tentou, por diversas vezes, obter a sua autorização de permanência na Noruega, mas nunca a conseguiu”, acrescentou o mesmo amigo, que não se quis identificar. Interrogado pela AFP, um porta-voz do gabinete norueguês de imigração recusou-se a fornecer qualquer comentário, invocando o seu direito à confidencialidade. Residente num centro para migrantes que aguardam decisão sobre os seus pedidos de asilo, perto de Voss (sudoeste da Noruega), o homem - originário de uma localidade curda do sudeste da Anatólia - foi detido imediatamente depois de o avião ter aterrado em Istambul. A agência noticiosa Anatólia indicava igualmente hoje que o homem sofrerá de problemas psicológicos.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave imigração homem
Revolta dos jovens argelinos não se extingue
Nem a forte presença policial, nem as promessas do Governo argelino para minimizar a escalada dos preços dos alimentos evitaram novos confrontos entre grupos de jovens e as forças de segurança. Protestos que coincidem com uma revolta idêntica na vizinha Tunísia e que os observadores dizem ser sintomáticos de um profundo mal-estar entre os jovens magrebinos. (...)

Revolta dos jovens argelinos não se extingue
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.1
DATA: 2011-01-08 | Jornal Público
SUMÁRIO: Nem a forte presença policial, nem as promessas do Governo argelino para minimizar a escalada dos preços dos alimentos evitaram novos confrontos entre grupos de jovens e as forças de segurança. Protestos que coincidem com uma revolta idêntica na vizinha Tunísia e que os observadores dizem ser sintomáticos de um profundo mal-estar entre os jovens magrebinos.
TEXTO: A manhã foi calma nas principais cidades do país, com os serviços municipais atarefados a limpar os despojos das batalhas campais da noite anterior, enquanto centenas de polícias antimotim faziam guarda às mesquitas dos bairros populares da capital, horas antes das orações do meio-dia, as mais importantes da semana. Mas a violência regressou pela tarde, com confrontos em Argel, Orão (Oeste) e, pela primeira vez, em Annaba, no extremo leste da costa norte. Um correspondente da AFP contou que os incidentes começaram num bairro operário da cidade, pouco depois das orações. Centenas de jovens lançaram uma “chuva de pedras” contra os reforços policiais enviados pelo Governo. Horas depois, barricadas erguidas pelos manifestantes tornaram intransitável a avenida de acesso ao hospital universitário da cidade. Em Argel, o epicentro dos protestos – contra o desemprego, o aumento do custo de vida, a corrupção – era ontem o bairro de Belouizdad, no Leste da capital. De um lado, os jovens atiravam garrafas e pedras contra as forças antimotim, que respondiam com granadas de gás lacrimogéneo e canhões de água. Protestos, ainda assim, menos violentos do que os dos dois dias anteriores, quando houve carros incendiados e várias lojas saqueadas. Numa tentativa para serenar os ânimos, o Governo anunciou para este sábado uma reunião extraordinária onde será debatida a subida dos preços dos bens essenciais, a gota de água que fez transbordar a contestação social. Farinha, açúcar e óleo são alguns dos produtos que duplicaram de preço no espaço de meses, dificultando a vida das famílias pobres e agravando a revolta dos mais jovens. Eles representam 75 por cento da população e, apesar de mais instruídos do que os pais, confrontam-se com um mercado de trabalho incapaz de os absorver – um quinto não tem emprego. Sem trabalho e sem futuroUm desencanto que um repórter da agência de notícias francesa testemunhava ontem em Bab el Oued, bairro densamente povoado de Argel, no centro de todas as revoltas na Argélia das últimas décadas. “Não temos trabalho, não temos futuro. E agora não temos mesmo o que comer”, revoltava-se um rapaz que não quis dar o nome. Ao lado, um amigo, que se identificou apenas como “Johnny” – “como o Johnny Cash, mas sem o cash [dinheiro]” –, explicava o assalto de quarta-feira à esquadra de polícia e os saques a várias lojas do bairro: “Nós gritamos, queimamos e partimos porque essa é a única linguagem que eles entendem. ”Depois de três dias em silêncio, o Governo de Abdelaziz Bouteflika pediu contenção. “A violência nunca deu resultados, nem na Argélia, nem em nenhum lado”, disse o ministro da Juventude e Desporto, Hachemi Djiar, pedindo aos que se manifestam para “não se deixarem manipular”, como aconteceu “durante a década negra” da guerra civil, que opôs o regime de Argel a grupos islamistas. Os analistas sublinham, porém, que este é um movimento espontâneo, protagonizado por jovens pouco politizados, mas desiludidos com a falta de perspectivas. A crise internacional agravou o desemprego, tornou mais difícil a emigração e fez subir o custo de vida, colocando sob maior pressão um regime desgastado. Uma situação que é, em muitos aspectos, idêntica à da Tunísia, onde o suicídio de um jovem vendedor ambulante, em Dezembro, desencadeou protestos que ainda se arrastam. “São dois países com sistemas políticos em crise”, com líderes em fim de carreira, minados pela repressão e a corrupção das elites, explicou à AFP Pierre Vermeren, professor da Sorbonne.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave guerra violência suicídio social desemprego negra assalto
A história das cidades atingidas pela tragédia
A cidade de Teresópolis, no topo da serra dos Orgãos, a 90 quilómetros do Rio de Janeiro, é um dos principais pontos turísticos da população carioca e a capital nacional do montanhismo. Os desportos radicais e o turismo ecológico dominam a actividade económica e mantêm a população de cerca de 150 mil pessoas, que cresce significativamente aos fins-de-semana e durante as férias. Também é lá que fica o centro de estágio da selecção brasileira de futebol. (...)

A história das cidades atingidas pela tragédia
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-01-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: A cidade de Teresópolis, no topo da serra dos Orgãos, a 90 quilómetros do Rio de Janeiro, é um dos principais pontos turísticos da população carioca e a capital nacional do montanhismo. Os desportos radicais e o turismo ecológico dominam a actividade económica e mantêm a população de cerca de 150 mil pessoas, que cresce significativamente aos fins-de-semana e durante as férias. Também é lá que fica o centro de estágio da selecção brasileira de futebol.
TEXTO: Fundada na primeira metade do século XIX, a cidade homenageia a imperatriz Teresa, mulher de D. Pedro II, dois amantes da região serrana Fluminense, notável pelos seus riachos, cascatas, piscinas naturais, uma densa vegetação própria da Floresta Atlântica. Fora aí que se estabelecera, em 1821, o português de origem inglesa George March, que adquirira uma gleba e a transformara numa fazenda-modelo (de Santo António ou Sant’Ana do Paquequer), dando origem à povoação original, estrategicamente localizada no caminho que ligava a Corte do Rio de Janeiro à província de Minas Gerais. Essa rota que alimentou o desenvolvimento de Teresópolis, com os comerciantes que viajavam do interior para o porto da Estrela, na baía da Guanabara, a recorrer como ponto de abastecimento e repouso. Com a chegada do caminho-de-ferro, em 1908, o movimento para Teresópolis passou a fazer-se a partir da costa – consagrando a vocação turística do lugar. A 60 quilómetros de Teresópolis fica Petrópolis, uma das sete cidades imperiais das Américas, cuja história é ainda mais remota. Antigo território dos índios Coroados, os primeiros habitantes conhecidos da serra da Estrela, aquela zona manteve-se da mira dos colonizadores portugueses durante quase 200 anos, ganhando importância depois da abertura do chamado “Caminho Novo” pelos bandeirantes paulistas, até às vilas produtoras de ouro de Minas Gerais (1704). No início do século XVIII, destacava-se no local a propriedade do Padre Correia, uma fazenda com plantações de café, milho, gado e fruta – muito admirada por D. Pedro I, que a visitava com frequência, acompanhado por largas comitivas. O imperador acabou por comprar a fazenda vizinha do Córrego Seco e várias outras propriedades no mesmo lugar, com a intenção de construir um palácio de Verão. D. Pedro I voltou para Portugal sem conseguir concretizar o seu plano. Foi o seu filho, D. Pedro II, que dinamizou o projecto, arrendando as terras ao engenheiro alemnão Júlio Frederico Koeler, que em 1845 criou a Companhia de Petrópolis para a construção da “povoação-palácio de Petrópolis”. Centenas de colonos da Alemanha vieram para trabalhar no projecto. Durante a temporada de Verão, que podia durar até seis meses, D. Pedro II transferia a tutela imperial para Petrópolis. A cidade desenvolveu-se, com a construção de vários palacetes e hotéis. E era em Petrópolis que D. Pedro II se encontrava quando a República foi proclamada e ele foi informado do seu exílio. De 1894 a 1902, a cidade serviu de capital ao estado do Rio de Janeiro, depois de uma revolta armada contra o governo de Niterói. Depois disso, a cidade foi continuando a afirmar-se pela sua vocação turística, que atraía a alta sociedade brasileira e até internacional e as principais figuras políticas do país – os Presidentes da República mantiveram a tradição de veranear em Petrópolis. Com a mudança da capital federal para Brasília, iniciou-se um processo de decadência, com Petrópolis a perder muito do seu charme, e descaracterizar-se, pressionada pela explosão demográfica e uma urbanização sem regras que só se acenturaram nas décadas seguintes e a transformaram num subúrbio do Rio de Janeiro. A cidade de Nova Friburgo, fundada por colonos suíços em 1820, é a que fica mais a Norte, no chamado Centro Fluminense (a 76 quilómetros de Teresópolis e do Rio de Janeiro). Recebeu ondas de imigrantes alemães, italianos, portugueses e sírios. Actualmente, com pouco mais de 180 mil habitantes, é conhecida como a Suíça do Brasil. Foi a agricultura que promoveu o desenvolvimento da cidade e dos municípios vizinhos, mas actualmente, como por toda a zona serrana, é o turismo a principal actividade. No entanto, aquela região foi pioneira em termos industriais e hoje conta também com uma importante indústria têxtil e de vestuário (é a “capital nacional da moda íntima”).
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filho mulher
Jean-Marie Le Pen passa testemunho da extrema-direita francesa à filha Marine
Sucessão dinástica na Frente Nacional. Nova líder derrotou rival e deve ser a candidata do partido às presidenciais francesas do próximo ano (...)

Jean-Marie Le Pen passa testemunho da extrema-direita francesa à filha Marine
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.053
DATA: 2011-01-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: Sucessão dinástica na Frente Nacional. Nova líder derrotou rival e deve ser a candidata do partido às presidenciais francesas do próximo ano
TEXTO: Marine Le Pen, filha do velho líder da extrema-direita francesa, vai suceder-lhe na direcção da Frente Nacional (FN). A candidata bateu Bruno Gollnisch no escrutínio interno para escolher o novo chefe, com 67, 65 por cento dos votos, contra 32, 35 por cento. . A votação foi realizada na sexta-feira mas só hoje foram divulgados formalmente os resultados, no congresso da FN que este fim-de-semana decorre em Tours. Já ontem era dado como certo que a deputada europeia e vice-presidente do partido tinha recolhido dois terços dos votos contra um terço de Gollnisch, 60 anos, também vice e durante muito tempo considerado delfim de Jean-Marie Le Pen. A nova presidente recebeu o apoio do pai, líder da formação de extrema-direita desde a sua criação, em 1972. Foi a primeira vez que os militantes da FN, 23 mil a 24 mil, segundo a própria organização, foram chamados a escolher a liderança, numa votação realizada num lugar não revelado da região de Paris. Le Pen-pai foi sempre escolhido por "aclamação". As primeiras participações de Marine Le Pen em grandes iniciativas políticas públicas datam de 2002, quando o pai obteve o seu melhor resultado em eleições presidenciais e chegou à segunda volta com Jacques Chirac, recordou ontem a AFP. Nos últimos meses, a agora líder impôs-se na cena política, batendo recordes de audiência televisiva com uma capacidade oratória que faz lembrar Jean-Marie. O que se mantém, notou também a agência, é a argumentação que tem dado dividendos políticos à FN - rejeição da imigração, defesa da reintrodução da pena de morte, críticas à "casta política e aos "eurocratas" de Bruxelas. O facto de uma mulher "encarnar a extrema-direita" foi considerado pelo historiador Michel Winock, professor da Universidade Science Po e especialista nesta área política em França, algo anteriormente "inconcebível". "Para uma família política que sempre exaltou a virilidade e praticou o culto do chefe, é uma revolução", disse ao Monde. A primeira reacção à escolha surgiu da associação SOS Racisme, segundo a qual a mudança de líder na extrema-direita nada mudará no partido, que vai continuar a ser "portador de um discurso de ódio". Marine Le Pen deverá concorrer pela FN à Presidência da França em 2012, também nisso sucedendo ao pai, cinco vezes candidato à chefia do Estado. A mais recente sondagem, um estudo CSA divulgado anteontem, atribui-lhe 18 por cento das intenções de voto.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte filha imigração mulher estudo