Sul-africanos continuam a votar “contra aquilo que era o passado”
Apesar do desgaste de Jacob Zuma, o seu partido volta a ser o favorito óbvio nas eleições gerais de hoje na África do Sul – as quartas desde que Nelson Mandela e, como ele, muitos sul-africanos votaram pela primeira vez. (...)

Sul-africanos continuam a votar “contra aquilo que era o passado”
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 12 | Sentimento -0.25
DATA: 2014-05-07 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20140507170253/http://www.publico.pt/1634841
SUMÁRIO: Apesar do desgaste de Jacob Zuma, o seu partido volta a ser o favorito óbvio nas eleições gerais de hoje na África do Sul – as quartas desde que Nelson Mandela e, como ele, muitos sul-africanos votaram pela primeira vez.
TEXTO: No último comício da campanha do Congresso Nacional Africano (ANC), para as eleições de hoje na África do Sul, metade dos presentes começou a dispersar quando Jacob Zuma tomou a palavra. Aconteceu no domingo no maior estádio de Joanesburgo – o mesmo local onde em Dezembro passado, perante alguns líderes mundiais, entre eles Barack Obama, Zuma foi vaiado durante o memorial a Nelson Mandela. Manifestações de desagrado como estas têm-se tornado quase habituais, nos últimos meses, em eventos públicos. Em Março, no mesmo estádio, voltou a acontecer durante o jogo de futebol entre África do Sul e Brasil. Pelas políticas e pela corrupção do seu Governo, Zuma é o alvo do descontentamento da maioria da população. Esta, porém, mantém-se leal ao movimento de libertação e, segundo as sondagens, nestas eleições, o ANC será de novo brindado com “uma esmagadora maioria” (sendo a possível excepção a província de Gauteng, onde se situam as cidades de Joanesburgo e Pretória). Tem sido assim desde que Nelson Mandela obteve mais de 62% dos resultados no primeiro voto livre em 1994. Vinte anos depois, os sul-africanos votam de novo para eleger uma Assembleia de 400 deputados, dos quais 200 são eleitos das listas nacionais dos partidos e os restantes de listas provinciais nas nove províncias. Os eleitos, se se confirmar a maioria do ANC, escolherão depois Jacob Zuma para um segundo mandato como Presidente. Em 2009, sobre a sua campanha e eleição, pairava um processo judicial por suspeitas de corrupção, entretanto abandonado. Agora, Zuma não escapou à acusação de usar indevidamente 246 milhões de rands (cerca de 17 milhões de euros) dos cofres do Estado, na construção de uma mansão na sua terra natal – Nkandla –, na província do KwaZulu Natal. Aliança Democrática a subirMesmo com o Nkandlagate em pano de fundo, o dano não será expressivo para o partido no poder e a expectativa do voto não será saber quem ganha, mas perceber se o ANC continuará a perder apoiantes, em que grau e para benefício de que forças políticas. A Aliança Democrática (AD) de Helen Zille, que já governa na província do Cabo Ocidental, deverá manter a tendência de subida, como aconteceu em eleições anteriores. As últimas sondagens (do fim-de-semana) atribuem-lhe 23, 7% dos votos, subindo dos 16, 7% que conquistou em 2009, mais do que os 12% que obtivera nas eleições gerais em 2004. O Economic Freedom Fighters (EFF), o partido de extrema-esquerda que Julius Malema criou depois de a Liga da Juventude do ANC, que liderava, ser abolida, poderá conseguir pelo menos 4% dos votos, segundo as sondagens. E apesar de Zuma ter realçado, em várias acções de campanha, que o seu Governo, nos últimos cinco anos, atribuiu aos mais pobres 3, 7 milhões de casas e que garante subsídios e apoios do Estado a 15 milhões de pessoas, o discurso radical de Malema poderá ressoar junto dos cerca de 25 milhões de pessoas a viver na pobreza, numa população total de cerca de 50 milhões. Malema arrasta milhares de pessoas para os comícios, onde lança promessas de expropriar as terras dos brancos e nacionalizar os bancos e as minas. O dirigente saiu do ANC, por criticar o partido, e viajou pelo mundo, encontrando na Venezuela, e em particular em Hugo Chávez, a inspiração para o discurso e para o traje, que também inclui uma boina vermelha. Para já, diz ao PÚBLICO por email Anthony Butler, professor e director do Departamento de Estudos Políticos da Universidade do Cabo, o EFF “não representa um risco, mas representa um desafio para o ANC”. “Os sul-africanos ainda votam a olhar para o passado”, acrescenta por telefone Andre Thomashausen, director do Centro de Direito Comparado e Internacional na Universidade da África do Sul (Unisa), para explicar esta preferência “a toda a prova” pelo ANC. “O voto é uma manifestação ideológica contra aquilo que era o passado. ”E também por isso, a maioria dos eleitores não sente a confiança pelos partidos da oposição, necessária para reverter tendências. A Aliança Democrática junta aquilo que foram o Partido Democrático e o Novo Partido Nacional e este apareceu depois do fim do Partido Nacional que instaurou o regime segregacionista e liderou os governos do apartheid. A líder Helen Zille tentou um acordo com Mamphela Ramphela, activista da luta antiapartheid, para apelar ao eleitorado negro. Mas, em poucos dias, ruiu o acordo que chegou a ser anunciado e a criar expectativas de que um partido associado ao eleitorado branco com uma cabeça de lista negra poderia retirar muitos votos ao ANC – mostrando como o passado e o apartheid continuam presentes.
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE
Líder da extrema-direita sul-africana foi morto
Eugène Terre'Blanche, ex-chefe dos serviços secretos do apartheid e actual líder da extrema-direita sul-africana, foi assassinado na sua quinta em Ventersdorp, no noroeste do país. (...)

Líder da extrema-direita sul-africana foi morto
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 12 | Sentimento -0.1
DATA: 2010-04-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: Eugène Terre'Blanche, ex-chefe dos serviços secretos do apartheid e actual líder da extrema-direita sul-africana, foi assassinado na sua quinta em Ventersdorp, no noroeste do país.
TEXTO: Segundo noticiou a agência Sapa, Eugène Terre'Blanche, de 69 anos de idade, terá sido espancado até à morte, ontem à noite, na sua quinta. Chefe dos serviços secretos sul-africanos durante o apartheid, Terre'Blanche lutou ferozmente pela manutenção do regime no início dos anos 1990 e foi líder do Afrikaner Resistance Movement (AWB), recentemente reactivado, tendo continuado a defender um Estado africânder secessionista dentro da África do Sul. Sozinho na propriedade, o líder do AWB estaria a dormir na altura do ataque e foi encontrado mais tarde pela polícia, ainda com vida, mas acabou por morrer. Dois detidosDe acordo com Adéle Myburgh, porta-voz da polícia, dois rapazes, de 16 e 21 anos, que trabalhavam para Terre'Blanche, foram detidos. Os dois terão alegadamente atacado o líder da extrema-direita sul-africana por não terem sido pagos pelo trabalho que tinham feito. Nascido a 31 de Janeiro de 1941, o bóer-afrikaner Eugène Ney Terre'Blanche fundou o AWB em 1970, com seis amigos, e o partido político cresceu de sete para 70 mil membros.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte ataque
Presidente sul-africano apela à calma após morte de líder extremista
O Presidente sul-africano, Jacob Zuma, apelou à calma após o assassínio, ontem à noite, de Eugène Terre'Blanche, líder da extrema-direita, alertando, em comunicado, contra qualquer provocação que alimente "o ódio racial". (...)

Presidente sul-africano apela à calma após morte de líder extremista
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 12 | Sentimento 0.150
DATA: 2010-04-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Presidente sul-africano, Jacob Zuma, apelou à calma após o assassínio, ontem à noite, de Eugène Terre'Blanche, líder da extrema-direita, alertando, em comunicado, contra qualquer provocação que alimente "o ódio racial".
TEXTO: "O Presidente apelou à calma após este terrível desfecho e pediu aos sul-africanos para não permitirem a agentes provocadores tirar proveito da situação para incitar ou alimentar o ódio racial", segundo o texto citado pela agência Sapa. Condenando o assassínio "nos termos mais duros", Zuma afirmou que "ninguém tem o direito de fazer justiça pelas suas próprias mãos, sobretudo num país como a África do Sul que respeita o Estado de direito. " Os agressores, que parecem ser funcionários da exploração agrícola de Terre'Blanche, e devem ter agido após uma disputa, "não tinham qualquer direito de lhe tirar vida", acrescentou o chefe do Estado. Feroz partidário do apartheid, Eugène Terre'Blanche, de 69 anos de idade, opôs-se com violência à abolição do regime racista no país no início dos anos 1990.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave violência racista assassínio
Sul-africanos começam a pensar no que fazer com os estádios construídos para o Mundial
Tal como em Portugal, após o Euro 2004, os sul-africanos começam agora a dar voltas à cabeça para encontrar soluções para rentabilizar os estádios construídos para o Mundial. São dez recintos, espalhados por nove cidades, quatro deles renovados e outros seis especialmente construídos de raiz, alguns dos quais em cidades que nem têm uma equipa de futebol de escalão principal ou de râguebi, num investimento do Governo superior a dois mil milhões de euros. (...)

Sul-africanos começam a pensar no que fazer com os estádios construídos para o Mundial
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-07-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: Tal como em Portugal, após o Euro 2004, os sul-africanos começam agora a dar voltas à cabeça para encontrar soluções para rentabilizar os estádios construídos para o Mundial. São dez recintos, espalhados por nove cidades, quatro deles renovados e outros seis especialmente construídos de raiz, alguns dos quais em cidades que nem têm uma equipa de futebol de escalão principal ou de râguebi, num investimento do Governo superior a dois mil milhões de euros.
TEXTO: "Alguns destes estádios, simplesmente, não vão estar em posição de cobrir os gastos. Neste sentido, vão dar prejuízo", disse no passado mês, ao diário Mail & Guardian, o economista Stan du Plessis, da Universidade de Stellenbosch. Uma das despesas considerada mais insensata foi a construção de dois estádios que receberam apenas quatro jogos das fases de grupos nas pequenas cidades de Nelspruit e Polokwane. "Se hoje eu estou a batalhar numa grande cidade, nem quero imaginar no que estão a fazer os meus colegas em Polkwane e Nelspruit", frisa Mike Stucliffe, o administrador do estádio de Durban, um dos recintos mais caros dos construídos para este Mundial. As soluções apresentadas para minorar os estragos passam por organizar um calendário de actividades, como concertos ou acontecimentos desportivos internacionais. Actividades que contribuiriam para custear a manutenção. Só o estádio de Polokwane, na província de Limpopo, uma das mais pobres do país, prevê cerca de 1, 6 milhões de euros anuais para a manutenção, um orçamento colossal para a região. A Cidade do Cabo tem agora um estádio que custou mais de 318 milhões de euros. Desnecessários segundo a imprensa sul-africana, para quem a cidade já contava com recintos válidos para o torneio. O estádio de Port Elizabeth, por exemplo, custou 127 milhões de euros e a cidade está a pensar atrair alguma equipa profissional para a tornar sua sede, pois dificilmente poderá ser amortizado à base de concertos. Para Stan du Plessis, só o estádio de Durban e do Soweto, o Soccer City, serão rentáveis a longo prazo, mas vão estar subutilizados.
REFERÊNCIAS:
Marcas COM
União Africana garante que missão de paz na Somália não está em risco
O porta-voz da missão de manutenção de paz da União Africana na Somália, Barygie Ba-Hoku, garantiu hoje que os atentados à bomba de Kampala, no Uganda, não afectarão a permanência das tropas internacionais destacadas para apoiar o frágil governo de Mogadíscio. “As explosões no Uganda não põem em risco a missão em curso na Somália, que foi decidida unanimemente pelos países africanos”, sublinhou, em declarações à Reuters. (...)

União Africana garante que missão de paz na Somália não está em risco
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-07-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: O porta-voz da missão de manutenção de paz da União Africana na Somália, Barygie Ba-Hoku, garantiu hoje que os atentados à bomba de Kampala, no Uganda, não afectarão a permanência das tropas internacionais destacadas para apoiar o frágil governo de Mogadíscio. “As explosões no Uganda não põem em risco a missão em curso na Somália, que foi decidida unanimemente pelos países africanos”, sublinhou, em declarações à Reuters.
TEXTO: Na semana passada, os líderes da Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento, que representa os sete países que forma o Corno de África, comprometeram-se com um reforço de 6000 para 8000 homens para o contingente militar na Somália. O Uganda seria responsável pela maior parcela de tropas, e é provável que o Presidente Yoweri Museveni apele agora aos seus contrapartes para rever essa distribuição. O Uganda e Burundi contribuem com cerca de 5000 soldados para a missão na Somália, concentrada na capital Mogadíscio e frequentemente atacadas pelos militantes do Al-Shabaab, que controla as regiões centro e sul do país e tem como objectivo impor uma versão extrema de lei islâmica.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens lei
Académico David Bunyan quer Fernando Pessoa na categoria dos poetas sul-africanos
O académico sul-africano David Bunyan insistiu ontem que os seus compatriotas deveriam incluir Fernando Pessoa na categoria dos poetas sul-africanos. (...)

Académico David Bunyan quer Fernando Pessoa na categoria dos poetas sul-africanos
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 12 | Sentimento 0.066
DATA: 2010-10-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: O académico sul-africano David Bunyan insistiu ontem que os seus compatriotas deveriam incluir Fernando Pessoa na categoria dos poetas sul-africanos.
TEXTO: Bunyan, um destacado professor de línguas em várias universidades da África do Sul e profundo conhecedor de Fernando Pessoa, defendeu numa conferência dedicada ao poeta português que os anos passados por Pessoa na cidade costeira de Durban e a adopção do inglês como língua de expressão, em paralelo com o português, até ao fim da sua vida, fazem dele um escritor também do universo sul-africano. A conferência, que ontem decorreu na Universidade de Witwatersrand, em Joanesburgo, foi a primeira de uma série patrocinada pelo Instituto Camões em duas cidades sul-africanas e nas capitais do Botsuana e Zimbabué, e que têm como orador principal o investigador e tradutor de Pessoa Richard Zenith. Como moderador estava outro grande admirador da obra do “poeta de duas línguas e muitas máscaras” (o tema da leitura), o crítico literário e autor sul-africano Stephen Grey. Para David Bunyan, “embora Pessoa não seja muito conhecido entre os leitores e o público sul-africano, os seus poemas intrigaram um grande número de autores (muitos deles poetas) sul-africanos”, destacando-se entre aqueles Roy Campbell, poeta e autor satírico nascido em Durban, que foi estudante no mesmo liceu que Pessoa e que viveu em Portugal a partir de 1952, até morrer num acidente de viação em Setúbal em 1957. “A principal razão pela qual eu penso que ele (Pessoa) fascinou tanto os poetas sul-africanos é por o considerarem um poeta dos poetas, alguém que se preocupou tanto com a forma da poesia a um nível muito fundamental”, referiu Bunyan. Com recurso a imagens de Fernando Pessoa ao longo da sua vida e de alguns dos seus manuscritos originais, Richard Zenith concentrou a sua palestra na mestria da criação de mais de setenta personagens e no crescimento desse ser “tão plural como o próprio universo”. “O reitor da Durban High School, que era um amante do latim, viu em Pessoa um aluno excepcional e puxou por ele. Começando os estudos secundários naquele estabelecimento aos 11 anos, quando a maioria dos outros alunos tinham já 13, concluiu-os aos 13, e, mesmo quando regressou a Portugal em 1905, com 17 anos, durante três anos não escreveu nada em português, continuando a criar em inglês através dos seus muitos heterónimos”, salientou Zenith. O mesmo painel conduzirá palestras dedicadas a Pessoa quarta-feira no Durban High School (onde o poeta estudou), sábado, dia 23, em Joanesburgo, a 25 em Gaborone, Botsuana, e a 28 em Harare, Zimbabué.
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano
Rei saudita apoia Mubarak, União Africana está preocupada com a violência
O rei da Arábia Saudita telefonou a Mubarak a manifestar o seu apoio. A União Africana está “preocupada” com a violência das manifestações no Egipto. O mundo, e sobretudo a região, estão de olhos postos nos acontecimentos no Cairo. (...)

Rei saudita apoia Mubarak, União Africana está preocupada com a violência
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-01-29 | Jornal Público
SUMÁRIO: O rei da Arábia Saudita telefonou a Mubarak a manifestar o seu apoio. A União Africana está “preocupada” com a violência das manifestações no Egipto. O mundo, e sobretudo a região, estão de olhos postos nos acontecimentos no Cairo.
TEXTO: “O Egipto está a viver uma situação preocupante que devemos acompanhar com atenção”, disse à AFP o presidente da Comissão da União Africana, Jean Ping, durante uma conferência em Addis-Abeba, na Etiópia, onde teve início a 16ª cimeira da organização. “No seguimento do que se passou na Tunísia, estamos a acompanhar o que se passa agora e estamos preocupados”, adiantou. Nas ruas de várias cidades do Egipto milhares de manifestantes pedem o fim do regime do Presidente egípcio, Hosni Mubarak, e dos confrontos já resultaram pelo menos 85 mortes. Na Arábia Saudita, o rei Abdullah telefonou a Mubarak para lhe manifestar o seu apoio e denunciar “os atentados contra a segurança e a estabilidade" no Egipto. O chefe de Estado saudita, que se encontra actualmente a convalescer em Marrocos, disse ainda, citado pela AFP, que esses atentados estão a ser cometidos por grupos infiltrados “em nome da liberdade de expressão”. Foi o primeiro líder de um país árabe a reagir aos acontecimentos no Egipto que estão a ser encarados como uma espécie de prolongamento por contágio da revolução tunisina que derrubou o Presidente Ben Ali e que se alastra a boa parte da região. “O povo e o Governo da Arábia Saudita condenam fortemente [os acontecimentos no Egipto] e estão, com todas as suas capacidades, ao lado do Governo”, disse Abdullah, segundo a agência oficial saudita. Também o líder líbio Muammar Khadafi telefonou a Mubarak, mas não foram divulgados pormenores sobre esse contacto, adiantou a AFP com base em informações da agência líbia Jana. Mubarak fez sexta-feira as primeiras declarações em público após o início dos protestos, há cinco dias, durante as quais anunciou a demissão do Governo mas não deu sinais de pretender abandonar o poder.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave espécie
Confrontos entre cristãos e muçulmanos causam 35 mortos na Nigéria
Confrontos entre cristãos e muçulmanos, que começaram devido à destruição de uma mesa de bilhar, causaram 35 mortos no centro da Nigéria. (...)

Confrontos entre cristãos e muçulmanos causam 35 mortos na Nigéria
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-01-31 | Jornal Público
SUMÁRIO: Confrontos entre cristãos e muçulmanos, que começaram devido à destruição de uma mesa de bilhar, causaram 35 mortos no centro da Nigéria.
TEXTO: Os distúrbios terão começado por questões de dinheiro. Um jogador muçulmano deitou fogo a uma mesa de bilhar de uma sala de jogos de um proprietário cristão no centro da Nigéria. “Trinta e cinco pessoas foram mortas na sequência de violência religiosa em Tafawa Balewa na quinta-feira”, disse à AFP o chefe da polícia local, Abdulkadir Mohammed Indabawa. Na semana anterior a polícia também já tinha confirmado quatro mortes em cinco mesquitas e cinco casas que também foram incendiadas. A violência começou com uma discussão sobre dinheiro entre um muçulmano e o proprietário cristão de uma sala de bilhar. Inicialmente um grupo de anciãos terá procurar intervir mas uma mesa de bilhar foi incendiada. “Os jovens cristãos acusaram os muçulmanos desse acto”, adiantou Indabawa. A localidade de Tafawa Balewa já foi palco de diversos confrontos entre cristãos e muçulmanos, por estar localizada no estado de Plateau, entre a região predominante muçulmana do Norte do país e a região Sul, maioritariamente cristã. Na Nigéria tem havido vários episódios de violência, grande parte na cidade de Jos, entre grupos de muçulmanos e de cristãos.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave violência
Petrobras quer desenvolver estudos na costa oeste africana para exploração de petróleo
A Petrobras está “motivada” para desenvolver estudos regionais na costa oeste africana para a exploração de petróleo em águas profundas e ultra-profundas, afirmou hoje o representante da área internacional da companhia. (...)

Petrobras quer desenvolver estudos na costa oeste africana para exploração de petróleo
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 12 | Sentimento 0.1
DATA: 2010-12-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: A Petrobras está “motivada” para desenvolver estudos regionais na costa oeste africana para a exploração de petróleo em águas profundas e ultra-profundas, afirmou hoje o representante da área internacional da companhia.
TEXTO: “Dada a similaridade geológica do Brasil, a Petrobras tem motivação de desenvolver estudos regionais com esta característica”, afirmou Carlos Alberto de Oliveira, gerente executivo de suporte técnico de negócios da área internacional da petrolífera. A actuação da Petrobras na costa ocidental do continente faz parte da estratégia da petrolífera brasileira de procurar oportunidades em águas profundas e ultra-profundas no continente. Segundo declarou Oliveira, que falou hoje à imprensa num balanço feito de 2010 pela Petrobras, o posicionamento da empresa em África dependerá do “avanço” no desenvolvimento das actividades exploratórias em função dos estudos. “É uma área onde a gente está a desenvolver”, garantiu ao destacar que a Petrobras hoje tem posições destacadas em Angola, Nigéria e Namíbia. A Petrobras está presente em Angola desde 1979, após a independência do país em 1975. Recentemente foi anunciada uma nova descoberta no poço Cabaça Sudeste-2, localizado a cerca de 100 quilómetros da costa numa profundidade de água de 470 metros. A empresa estatal mantém contratos de exploração e produção, através da participação em seis blocos marítimos, estando um já em produção e outros cinco em exploração. Somente nos blocos em que opera, há o compromisso de perfurar 11 poços até 2011.
REFERÊNCIAS:
Países Brasil Nigéria Angola Namíbia
Antigo ditador centro-africano Bokassa foi hoje reabilitado
Jean-Bedel Bokassa, o ditador da República Centro-Africana que em 1976 se proclamou imperador e na coroação gastou um terço do Orçamento anual, foi hoje formalmente reabilitado por um decreto presidencial. (...)

Antigo ditador centro-africano Bokassa foi hoje reabilitado
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-12-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Jean-Bedel Bokassa, o ditador da República Centro-Africana que em 1976 se proclamou imperador e na coroação gastou um terço do Orçamento anual, foi hoje formalmente reabilitado por um decreto presidencial.
TEXTO: Num extraordinário volte-face por parte de um país cujos cofres delapidou, aquele que chegou a ser considerado o mais feroz ditador africano da década de 1970, ao qual só se poderia comparar o ugandês Idi Amin Dada, foi agora “reabilitado em todos os seus direitos” pelo actual Presidente da República, François Bozizé, que chegou ao poder em 2003, graças a uma rebelião. Catorze anos depois de “Sua Majestade Imperial Salah Eddine Ahmed Bokassa” ter morrido, após ter sido derrubado em 1979, Bozizé achou por bem assinar um decreto a afirmar que ele foi “um filho da nação, reconhecido por todos como um grande construtor”. Num discurso feito aos seus compatriotas, para assinalar os 50 anos de independência da antiga colónia francesa do Ubangui-Chari, que em 1960 passou a chamar-se República Centro-Africana, François Bozizé, que chegou a ser ajudante de campo do autoproclamado monarca, afirmou a dada altura: “Ele construiu o país, mas nós destruímos o que ele construiu”. De acordo com o ponto de vista do actual detentor do poder, o homem que se coroou à imagem e semelhança de Napoleão Bonaparte “fez muito pela humanidade, ao participar ao lado da França na guerra do Vietname, de 1950 a 1953". Na cerimónia de hoje, Bozizé não só condecorou a viúva de Bokassa, a antiga “imperatriz Catherine”, como a sua própria mulher, Monique Bozizé, e as esposas de dois outros antigos presidentes com uma medalha de honra daquele Estado do interior de África. Durante os 14 anos em que esteve no poder, Jean-Bedel Bokassa mandou assassinar alguns dos seus adversários e foi até acusado de canibalismo, mas em Setembro de 1993, sete anos depois de ter regressado a Bangui, voltava a dar que falar, concedendo audiências fardado de marechal. E chegava a chamar o chefe do antigo coro da corte, para que entoasse o "hino imperial", como se o tempo não tivesse passado. Nos tempos da sua desgraça, fechado no castelo francês de Hardricourt, durante o exílio, o antigo ditador ainda apelou em vão para alguns dos políticos internacionais com quem durante algum tempo convivera, tendo ficado conhecida uma sua mensagem ao Presidente Valery Giscard d’Estaing a perguntar se já não se lembrava daquela caixa de diamantes que um dia lhe tinha oferecido. Foi tudo em vão, os velhos amigos europeus viraram-lhe as costas, a ele, que chegou a assinar uma carta como "imperador, marechal e apóstolo, servidor de Cristo". Mas hoje um dos antigos ajudantes de campo mostrou-se absolutamente grato à sua memória, “reabilitando-o em todos os seus direitos”. Mesmo que não se saiba muito bem o que é que isso quererá dizer.
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano