Bin Laden: Quando se descobre que o vizinho do lado é o homem mais procurado do mundo
Osama Bin Laden não era conhecido dos seus vizinhos no bairro de classe média Bilal Town, em Abbottabad, no Paquistão. Quem saía frequentemente, pelo menos duas vezes por dia, para comprar seis ou sete pães redondos na padaria logo ao virar da esquina, era Tariq. Ou dizia que se chamava Tariq. "Nunca tinha pensado nisto, mas Tariq tinha parecenças com Bin Laden, e podia bem ser um dos seus filhos", talvez o que vivia com ele em Abbotabbad, segundo algumas fontes, reflecte agora o padeiro, em conversa com a AFP. (...)

Bin Laden: Quando se descobre que o vizinho do lado é o homem mais procurado do mundo
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.25
DATA: 2011-05-04 | Jornal Público
SUMÁRIO: Osama Bin Laden não era conhecido dos seus vizinhos no bairro de classe média Bilal Town, em Abbottabad, no Paquistão. Quem saía frequentemente, pelo menos duas vezes por dia, para comprar seis ou sete pães redondos na padaria logo ao virar da esquina, era Tariq. Ou dizia que se chamava Tariq. "Nunca tinha pensado nisto, mas Tariq tinha parecenças com Bin Laden, e podia bem ser um dos seus filhos", talvez o que vivia com ele em Abbotabbad, segundo algumas fontes, reflecte agora o padeiro, em conversa com a AFP.
TEXTO: O padeiro está ali há quatro anos, mesmo em frente à mansão-fortaleza, que os norte-americanos dizem valer um milhão de dólares, mas que, para os padrões ocidentais, não parece ser uma casa em que apeteça viver escondido talvez durante seis anos, sem sair dali - como poderá ter acontecido com Bin Laden, não se sabe ainda. Tariq e um outro homem, Arshad Khan, que poderá ser seu irmão - ou seu primo, diz o New York Times. "Sempre pensei que eles os dois eram pashtuns paquistaneses, mas, agora que penso bem, algumas coisas não colavam bem", disse aos jornalistas da agência noticiosa francesa. "Tinham a pele mais franca, e por vezes cortavam a barba como os árabes. E nas suas atitudes eram mais reservados do que os pasthun", naturais do Nordeste do Paquistão e do Sul e do Oeste do Afeganistão, bastiões dos talibans e aliados da Al-Qaeda. Mulheres cobertasAs mulheres da casa não costumavam sair, nem sequer para ir aos casamentos da vizinhança - quando punham pé fora de casa, iam severamente cobertas por uma abaaya negra e um véu que só deixava ver os olhos. Mas os vizinhos não estranhavam assim tanto esta excessiva discrição: pensavam simplesmente que eram pashtuns muito conservadores, que seguiam de forma rigorosa as suas pudicas tradições, contou uma vizinha à AFP. "Eram muito rigorosos, por isso não frequentávamos a casa deles ou tentávamos travar amizade", explica Shinaz Bibi, que mora a apenas 150 metros dos altos muros coroados com arame farpado e equipados com câmaras de filmar. Quando alguma bola de críquete cruzava as muralhas, atirada para dentro do complexo por crianças que jogam na rua, não era devolvida. Ninguém lá entrava para a recuperar. Os jogadores podiam receber 50 rupias para comprarem uma bola nova, contou ao New York Times uma mulher com uma criança pequena a tiracolo. Até quando as crianças começaram a atirar bolas de propósito lá para dentro os ocupantes da residência continuaram a pagar, contou, já a rir-se. No interior, havia uma vaca e galinhas. E também uma horta, algumas árvores numa zona ajardinada - o complexo era auto-suficiente. Faltava o pão, que todos os dias ia comprar Tariq. Ele e Arshad, ambos na casa dos 30 anos, viviam noutras habitações na mansão de Bin Landen. Seriam talvez simplesmente guarda-costas de Bin Laden - não eram árabes, eram mesmo pashtuns paquistaneses, diz o New York Times. Apresentavam versões diferentes para a sua aparente prosperidade, vivendo naquela haveli (mansão): diziam ser cambistas, ou então que tinham um tio rico. Também havia uma versão em que seriam mercadores de ouro. O mensageiro estava lá?A CNN, citando fontes diplomáticas, avança com o que diz ser o verdadeiro nome do mensageiro de Bin Laden identificado pela CIA, pelo qual os norte-americanos chegaram a Bin Laden: seria um kuwaitiano chamado Abu Ahmad. Há fontes que o dão como morto no ataque à casa em Abbottabad, a CNN não conseguiu confirmá-lo. O mensageiro era a forma de Bin La- den comunicar em segurança com o seu círculo próximo; não tinha ligações à Internet, nem telefone, dizem as autoridades norte-americanas. No entanto, tinha uma antena de satélite instalada no complexo. E comprava jornais: um ardina contou à BBC que entregava diariamente jornais naquela casa e que, no fim do mês, a conta era paga prontamente, e sempre pelo mesmo homem. Tanto que pensou que só ali vivia aquele homem - mas nunca lhe foi permitido entrar lá. No entanto, trabalhavam na mansão pessoas das redondezas, nas limpezas e outras tarefas. Da propriedade murada nada saía levianamente, nem sequer o lixo, que era queimado, em vez de ser deixado à porta, para ser recolhido. Esse, aliás, foi um dos factores que fizeram com que a CIA desconfiasse que se passava algo de suspeito naquela mansão paquistanesa.
REFERÊNCIAS:
Étnia Árabes
Dados da OMS levantam a hipótese de contágio da E. coli de pessoa para pessoa
Os dados da Organização Mundial de Saúde sobre o surto de E. coli na Europa levantam, pela primeira vez, a possibilidade de poder haver transmissão directa de humano para humano. Isto porque há um caso em que uma pessoa que esteve na Alemanha e ficou infectada poderá ter contagiado outra que não viajou. (...)

Dados da OMS levantam a hipótese de contágio da E. coli de pessoa para pessoa
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-06-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os dados da Organização Mundial de Saúde sobre o surto de E. coli na Europa levantam, pela primeira vez, a possibilidade de poder haver transmissão directa de humano para humano. Isto porque há um caso em que uma pessoa que esteve na Alemanha e ficou infectada poderá ter contagiado outra que não viajou.
TEXTO: Tendo revelado a existência deste caso, a OMS não deu mais dados sobre estes doentes — nem sobre o seu estado de saúde nem sobre a nacionalidade. Há duas formas possíveis de a bactéria passar de um ser humano para outro. Ou o indivíduo infectado passou o agente patológico a alimentos que a outra pessoa comeu, ou transmitiu a bactéria através da pele (mãos mal lavadas). Estes doentes podem ser fundamentais para médicos e cientistas começarem a ter pistas sobre a forma de transmissão da bactéria. Outros dois casos registados, e relatados pelo jornal espanhol "El País", podem também dar pistas sobre a origem da bactéria. Nenhum dos indivíduos esteve na Alemanha ou contactou com alguém que lá tivesse estado. Mas estes dois casos ainda não estão confirmados. A fonte da contaminação, essa, continua. Segundo as agências noticiosas, as autoridades alemãs estão a fazer uma investigação minuciosa ao percurso dos doentes — onde estiveram, quem encontraram e, sobretudo, onde e o que comeram — para verificarem se há pontos de contacto entre todos os afectados. Um restaurante em particular concentrou a atenção dos cientistas e autoridades sanitárias, na cidade portuária de Lübeck, no Mar Báltico, pois muitas das pessoas que ficaram doentes comeram ali. Mas as investigações não levaram a nada, e o estabelecimento deixou de estar sob suspeita, adianta a Reuters. Segundo a OMS, a doença matou já 18 pessoas na Alemanha, onde há mais de 1700 infectados, 71 por cento dos casos mulheres. O epicentro do surto é a cidade portuária de Hamburgo. Hoje, os Estados Unidos anunciaram que dois militares seus estacionados na Alemanha podem estar infectados. Na Suécia já morreu uma pessoa e há casos em mais 11 países: Áustria, República Checa, França, Noruega, Espanha, Holanda, Suécia, Suíça, Reino Unido, Polónia (diagnosticados hoje) e EUA. A bactéria responsável pela doença é uma variante da Escherichia coli — incorporou genes estirpe de E. coli, tornando-se mais agressiva. Aloja-se nos intestinos, provocando diarreia e hemorragias intestinais, mas pode também causar danos nos rins, que podem ser irreversíveis e potencialmente fatal. A OMS recomenda que não se comam vegetais e legumes crus (mesmo os biológicos) ou carne mal passada, seja qual for o animal. A boa notícia: segundo o Centro de Doenças Infecciosas do Hospital Universitário de Friburgo, citado pela Reuters, na Alemanha, um tipo de antibióticos, os carbapenemos, está a revelar-se capaz de controlar alguns aspectos da bactéria. Uma das complexidades no tratamento é a bactéria defender-se segregando cada vez mais toxinas Shiga (que destroem as células que revestem os vasos sanguíneos) quando é atacada por medicamentos antibióticos. Esta nova variante que se conhece da bactéria é resistente, pelo menos, a oito tipos de antibióticos, segundo um comunicado publicado pelo Instituto Genético de Pequim. Segundo a revista Nature, os hospitais alemães estão também a utilizar um tratamento experimental, com um anticorpo monoclonal, além de usaram transfusões de sangue. Hoje, os médicos alemães alertaram para a possibilidade de as reservas de sangue acabarem e apelaram às doações para garantir os tratamentos aos infectados. “Precisamos de sangue. Temos de repor as reservas”, disse à BBC o médico responsável pelo serviço de doadores de sangue de Hamburgo, Lutz Schmidt.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA OMS
Gonçalo M. Tavares vence Grande Prémio da Associação Portuguesa de Escritores
“Uma Viagem à Índia”, editado pela Caminho, valeu a Gonçalo M. Tavares o Grande Prémio de Romance e Novela atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores (APE), em conjunto com o Ministério da Cultura (MC). (...)

Gonçalo M. Tavares vence Grande Prémio da Associação Portuguesa de Escritores
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.4
DATA: 2011-06-29 | Jornal Público
SUMÁRIO: “Uma Viagem à Índia”, editado pela Caminho, valeu a Gonçalo M. Tavares o Grande Prémio de Romance e Novela atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores (APE), em conjunto com o Ministério da Cultura (MC).
TEXTO: O prémio, no valor de 15 mil euros, é considerado um dos mais importantes em Portugal, distinguindo anualmente um autor. Segundo o comunicado da APE, Gonçalo M. Tavares foi escolhido por maioria, “ao reunir pela terceira vez”. O júri, presidido por José Correia Tavares, foi constituído por Cristina Robalo Cordeiro, Fernando Dacosta, Isabel Cristina Rodrigues, José Manuel de Vasconcelos, Violante Magalhães, Isabel Cristina Rodrigues e José Manuel de Vasconcelos, estes dois últimos foram os únicos que não votaram no escritor mas sim em “A Cidade do Homem”, de Amadeu Lopes Sabino. A concurso foram apresentadas 99 obras, mais 14 do que no passado, sendo de 74 homens, 25 mulheres, de 43 editoras diferentes, mais dez do que no ano passado. O Grande Prémio de Romance e Novela já distinguiu 25 autores, de 16 editoras, havendo 4 que bisaram: Vergílio Ferreira, António Lobo Antunes, Agustina Bessa-Luís e Maria Gabriela Llansol. Gonçalo M. Tavares nasceu em Angola, em 1970, e já recebeu vários prémios, entre os quais alguns dos mais importantes para a literatura em língua portuguesa, nomeadamente o Prémio José Saramago 2005 e o Prémio LER/Millennium BCP 2004, ambos para o romance "Jerusalém". Recebeu também o Grande Prémio de Conto da Associação Portuguesa de Escritores Camilo Castelo Branco 2007, para a obra “Água, cão, cavalo, cabeça". O escritor foi ainda distinguido internacionalmente, com o Prémio Portugal Telecom 2007, o Prémio Internazionale Trieste 2008 (Itália), o Prémio Belgrado Poesia 2009 (Sérvia) e o Prix du Meilleur Livre Étranger 2010 (França), para o livro "Aprender a rezar na era da técnica". "Uma Viagem à Índia" já tinha sido distinguido com o Prémio Melhor Narrativa Ficcional 2010 da Sociedade Portuguesa de Autores e com o Prémio Especial de Imprensa Melhor Livro 2010 Ler/Booktailors. Notícia actualizada às 18h40
REFERÊNCIAS:
Inscritos nos centros de emprego desceram 0,2 por cento em Abril em relação a Março
O número de desempregados inscritos nos centros de emprego em Portugal desceu 0,2 por cento em Abril face ao mês anterior, para 570.768, e aumentou 16,1 por cento face a Abril do ano passado. (...)

Inscritos nos centros de emprego desceram 0,2 por cento em Abril em relação a Março
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.1
DATA: 2010-05-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: O número de desempregados inscritos nos centros de emprego em Portugal desceu 0,2 por cento em Abril face ao mês anterior, para 570.768, e aumentou 16,1 por cento face a Abril do ano passado.
TEXTO: De acordo com uma nota de imprensa do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), o desemprego não baixava há 11 meses. Os dados mensais do IEFP mostram que a descida verificada em Abril corresponde a menos 986 inscritos nos centros de emprego. O aumento verificado em relação ao mesmo mês do ano passado corresponde a mais 79. 133 desempregados inscritos. Este aumento homólogo teve lugar em todas as regiões do país, destacando-se as oscilações mais significativas no Algarve (com mais 34, 5 por cento) e na região autónoma da Madeira (com mais 22, 8 por cento). Face a Março, as regiões onde os inscritos nos centros de emprego desceram foram o Algarve, a região Centro e as duas regiões autónomas. O aumento do desemprego registado em Abril face ao mesmo mês do ano passado verificou-se em ambos os sexos, com uma variação de 19, 7 por cento nos homens e de 13, 1 por cento nas mulheres. Os dados hoje divulgados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional mostram também que o desemprego aumentou em todos os grupos profissionais, com excepção dos “profissionais de nível intermédio do ensino”. Entre os grupos em que no mês passado ficaram mais trabalhadores no desemprego estão os “agricultores e pescadores de subsistência” e os “operários e trabalhadores similares da indústria extractiva e construção civil”, com variações de 41, 3 e 38, 5 por cento, respectivamente. Os dados revelam ainda que se inscreveram, em Abril, nos centros de emprego, 53. 848 desempregados, um número que é 16, 4 por cento inferior ao verificado no mês anterior e que representa um decréscimo de 7, 5 por cento quando comparado com o do mês homólogo de 2009. O número de colocações de desempregados pelos centros de emprego totalizou 6311, valor superior em 21, 1 por cento ao do mês homólogo de 2009, e superior em 12, 2 por cento em relação ao mês anterior.
REFERÊNCIAS:
Entidades IEFP
Guia da greve geral: o que vai ou não parar
Confira aqui como a paralisação de amanhã, quarta-feira, vai afectar o dia-a-dia do país e dos cidadãos. (Informação actualizada periodicamente) (...)

Guia da greve geral: o que vai ou não parar
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.050
DATA: 2010-11-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: Confira aqui como a paralisação de amanhã, quarta-feira, vai afectar o dia-a-dia do país e dos cidadãos. (Informação actualizada periodicamente)
TEXTO: Transportes-LisboaNo Metro de Lisboa e na Carris, a circulação vai depender da adesão dos trabalhadores à greve, já que não foram definidos serviços mínimos. No caso do Metro, os sindicatos prevêm que não funcione nesse dia. Na Soflusa, foi determinada a circulação de barcos ao início da manhã e no final do dia. Nos comboios suburbanos, esperam-se perturbações a partir das 22h00 de terça-feira. No dia da greve, serão assegurados os seguintes serviços mínimos: - Linhas de Sintra, Cintura e Azambuja: comboios das 5h00 às 10h00 e das 14h00 às 21h00; - Linha de Cascais: das 6h30 às 10h00 e das 16h20 às 21h30; - Linha do Sado (Barreiro-Setúbal): apenas dois comboios em cada sentido, das 5h00 às 7h25 e quatro em cada sentido das 17h00 às 20h25;- Setúbal-Lisboa: a Fertagus espera assegurar todos os serviços, excepto se a greve na Refer o impedir. Transportes-PortoNo Metro do Porto, as linhas Azul (A), Vermelha (B), Verde (C) e Violeta (E) estarão sem serviço durante todo o dia. A Linha Amarela (D) e tronco comum Senhora da Hora–Estádio do Dragão funcionará entre as 7h00 e as 22h00 com oferta muito reduzida – máxima de duas passagens por hora, em cada sentido. A STCP também prevê que haja constrangimentos elevados nos serviços que presta. A empresa não disporá de alternativas de transporte e não haverá serviços mínimos. Nos comboios suburbanos, haverá perturbações a partir das 17h00 de terça-feira. No dia da greve, haverá os seguintes serviços mínimos:- Caíde-Porto: quatro comboios para o Porto das 6h00 às 7h34 edois em sentido contrário durante o mesmo período; quatrocomboios entre as 17h30 e as 20h30 no sentido Porto-Caíde e dois emsentido contrário;- Nine-Porto e Leça-Ermesinde: ligações asseguradas entre as 6h25 e as 8h45 e, durante a tarde, entre as 16h30 e as 20h45;- Aveiro-Porto: circulam comboios suburbanos das 4h43 às 10h19 e das 17h00 às21h19;- Guimarães-Porto: durante a manhã realiza-se apenas o comboio das 6h15 para oPorto e os das 6h54 e 7h54 em sentido contrário. À tarde efectuam-se trêscomboios de Campanhã para Guimarães (entre as 16h15 e 19h15) e dois emsentido contrário. Transportes-BragaOs Transportes urbanos de Braga (TUB) prevêem que não haja serviço nesse dia, tal como em greves anteriores na mesma empresa. Mesmo tendo sido decretados serviços mínimos, nas últimas greves eles não foram cumpridos. Transporte-Guimarães: A previsão da empresa que tem a concessão do serviço de transporte público no concelho é a de que a grande maioria dos serviços seja anulado. Transportes-Algarve A União dos Sindicatos do Algarve prevê que o transporte rodoviário na região sofrerá grande impacto. Comboios de longo cursoOs serviços míninos só contemplam um Intercidades entre Lisboa e o Porto em cada sentido e outro entre Lisboa e Faro (também um em cada sentido). Não haverá serviço Alfa Pendular. Os comboios internacionais Sud Expresso (Lisboa-Hendaya) e Lusitânia Expresso (Lisboa-Madrid) são abrangidos pelos serviços mínimos. Comboios regionais- Linha do Minho: dois comboios entre Valença e Porto, dois entre Viana doCastelo e Nine e dois entre Viana do Castelo e Valença;- Linha do Douro: um comboio do Porto ao Pocinho e dois entre Pocinho e Régua, seis comboios entre Régua e Campanhã e dois entre Caídee Régua;- Coimbra-Aveiro: oito comboios, quatro em cada sentido, entre as 6h35 e as18h45;- Coimbra-Entroncamento: apenas dois comboios em cada sentido, um de manhã e outro à tarde;- Tomar-Lisboa: doze comboios (seis em cada sentido) nesta ligação, que serve também Entroncamento, Riachos, Santarém e Azambuja. - Linha do Vouga: oito comboios com origens/destinos variados em Aveiro, Macinhata, Espinho, Sernada do Vouga e Oliveira de Azeméis;- Beira Baixa: um comboio regional em cada sentido entre Lisboa e CasteloBranco;- Figueira da Foz-Coimbra: quatro comboios em cada sentido ao longo do dia;- Linha do Oeste: dois comboios entre Caldas da Rainha e Figueira da Foz e umem sentido contrário. Entre Caldas e Meleças estão previstos quatro comboios(dois em cada sentido);- Linha do Algarve: dois comboios em cada sentido entre Faro e Vila Real deSto. António e um em cada sentido entre Faro e Tavira. Entre Faro e Lagos háserviços mínimos para dois comboios em cada sentido; - Linhas da Beira Alta e Alentejo: não há serviços mínimos;- Linhas do Tua, Tâmega, Corgo e Pampilhosa-Figueira da Foz, encerradas aotráfego ferroviário e cujo serviço tem sido assegurado por autocarros, nãosão também abrangidas por serviços mínimos;SaúdeOs sindicatos garantem que muitos dos serviços na área da saúde estarão comprometidos. Os dirigentes sindicais dão conta de uma grande determinação de médicos, enfermeiros, auxiliares, administrativos, técnicos de saúde, entre outros profissionais, em fazerem greve. Segundo Alcides Teles, coordenador do Sindicato da Função Pública, “o sector público administrativo e os hospitais EPE vão funcionar todos com os serviços mínimos nas diversas carreiras profissionais”. EscolasOs pré-avisos de greve cobrem todo o pessoal que normalmente assegura o funcionamento das escolas públicas. Com cinquenta por cento dos professores em greve, uma escola pode funcionar, mas a ausência de auxiliares de acção educativa ou dos funcionários do bar pode levar a direcção do estabelecimento a encerrá-lo. A Confederação Nacional de Associações de Pais aconselha os pais a levarem as crianças às escolas, mas também a preparar, com antecedência, uma alternativa, para o caso de encontrarem os portões fechados. UniversidadesO Sindicato Nacional do Ensino Superior, que representa os professores, emitiu um pré-aviso de greve às aulas, horários de assistência a alunos, vigilância de provas, participação em júris e reuniões de órgãos de serviço. Investigadores poderão também parar. Uma petição autónoma, na Internet, está a convocar bolseiros, investigadores, professores e estudantes a aderirem à greve. Os estudantes da Faculdade de Letras da Universidade do Porto convocaram a comunidade académica a aderir a um piquete de greve, à porta da faculdade, a partir das 7h00. AeroportosTripulantes, controladores aéreos e técnicos de handling são apenas algumas das classes chamadas a protestar, prevendo-se uma mobilização significativa. Os trabalhadores da TAP, ANA e Groundforce acordaram assegurar assistência a apenas um voo para a Madeira e outro para os Açores, ida e volta. Os controladores aéreos acordaram também assegurar sobrevoos de companhias estrangeiras para sete regiões, como por exemplo as ligações entre Europa e as Canárias. Há também garantias de voos militares, ambulância, de emergência e de Estado. A maior parte dos voos da TAP será cancelada ou atrasada, prevendo-se apenas 31 das 150 ligações diárias da companhia. Alguns voos serão atrasados, saindo apenas a partir das 23h30. Na terça-feira, haverá já perturbações a partir das 22h00. Entre as companhias estrangeiras, serão canceladas as ligações da Ryanair (34 voos), Lufthansa (20), Air France (cinco) e British Airways (três). A Easyjet prevê constrangimentos significativos. CorreiosNos CTT, pelo menos as estações de serviço que costumam funcionar nos feriados estarão abertas na próxima quarta-feira. Em causa estão os balcões dos correios nos aeroportos, nos Restauradores em Lisboa e na praça General Humberto Delgado no Porto. Este será um dos serviços mínimos já definidos em tribunal arbitral, uma vez que sindicatos e empresa não tinham chegado a acordo. Também obrigatória é a distribuição de vales postais da Segurança Social, bem como correspondência de prestações sociais (como subsídios de desemprego e pensões de reforma). O tratamento de encomendas contendo medicamentos ou produtos perecíveis também está garantido. PortosDos cinco principais portos nacional, os de Lisboa e Setúbal vão parar, segundo o presidente da Confederação de Sindicatos Marítimos e Portuários, Vitor Dias. “A adesão será total. Somos um sector muito corporativo e solidário”, disse o sindicalista ao PÚBLICO. Nos demais portos, também foram entregues pré-avisos de greve, mas a paralisação não foi ainda sufragada junto dos trabalhadores. TeatrosNa região de Lisboa, aderem à greve o Teatro Municipal de Almada, Teatro da Cornucópia, Casa Conveniente, Artistas Unidos, Teatro Aloés, Teatro da Comuna, Eira, Teatro da Garagem e Teatro Turim. O Teatro da Trindade não confirma se faz ou não. No São Luiz, Centro Cultural de Belém, TDMII e Teatro Aberto, prevê-se funcionamento normal. Nalguns teatros, não há espectáculo marcado para o dia da greve. HotéisNo turismo, os trabalhadores também têm sido incitados pelos sindicatos, que acreditam numa adesão expressiva. Espera-se maior impacto nas grandes unidades hoteleiras. Assembleia da RepúblicaO Sindicato dos Funcionários Parlamentares não aderiu à greve. O Parlamento estará, no dia da greve, a discutir o Orçamento de Estado para 2011, na especialidade. Repartições de Finanças O Sindicato dos Trabalhadores dos impostos que agrega a maioria dos funcionários tributários aderiu à greve geral convocada pelas duas centrais sindicais e os seus dirigentes esperam uma adesão bastante forte, sobretudo nos grandes centros urbanos, como Lisboa e Porto. Não estão previstos quaisquer serviços mínimos. Segurança social e centros de empregoAlguns centros de atendimento ao público da Segurança Social poderão estar encerrados ou a funcionar a meio gás. Esta é a expectativa dos sindicatos que esperam uma elevada adesão dos funcionários em protesto contra os cortes salariais e o congelamento das progressões em 2011. Mas segundo Luís Pesca, dirigente da Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública (FNSFP), a greve servirá também para mostrar o descontentamento em relação à crescente diminuição do número de trabalhadores e à transferência de 700 trabalhadores para a alçada da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Os centros de emprego também deverão funcionar com perturbações. Catarina Simões, da FNSFP acredita que, além dos problemas que afectam a generalidade dos funcionários públicos, o Instituto de Emprego e Formação Profissional debate-se com uma “cada vez maior afluência de público” que contrasta com a escassez de recursos humanos. MediaAs emissões de rádio e televisão privadas não prevêm alterações à programação. Contactados pelo PÚBLICO, os maiores grupos de rádio, rCOM, com Renascença, RFM, SIM e Mega FM, bem como a Media Capital Rádios, com Comercial, Cidade e M80, entre outras, esperam um dia normal de emissão. O mesmo responderam SIC e TVI. A RTP, rádio e televisão, ainda não respondeu oficialmente à questão. Na imprensa escrita, a Visão, do grupo Impresa, decidiu adiantar para terça-feira a saída para as bancas (normalmente sai à quinta-feira) para evitar atrasos na chegada da revista aos assinantes, que representam uma grande fatia das vendas da revista. Os restantes títulos não esperam constrangimentos e as distribuidoras responsáveis a nível nacional, contactadas, também responderam que não esperam alterações que impeçam a chegada às bancas da informação. Na agência Lusa, onde os trabalhadores anunciaram previamente, logo em Outubro, a adesão à greve geral, Luís Miguel Viana, director de informação, espera manter os serviços numa lógica de escala de trabalho talvez idêntica à dos fins-de-semana, mas mantendo a emissão de informação. Última actualização: 23/11 - 16h00
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave escola humanos tribunal rainha comunidade social desemprego
Sector agrícola português perdeu meio milhão de hectares no espaço de dez anos
A agricultura portuguesa conheceu, nos últimos dez anos, um claro processo de ajustamento estrutural, com a área média das explorações a aumentar 2,5 hectares, o que potencialmente as torna mais competitivas. Mas, no mesmo período de tempo, o território dedicado à prática agrícola recuou em quase meio milhão de hectares, o que não deixa de ser preocupante, dada a forte dependência externa de Portugal em produtos alimentares. (...)

Sector agrícola português perdeu meio milhão de hectares no espaço de dez anos
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.08
DATA: 2011-01-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: A agricultura portuguesa conheceu, nos últimos dez anos, um claro processo de ajustamento estrutural, com a área média das explorações a aumentar 2,5 hectares, o que potencialmente as torna mais competitivas. Mas, no mesmo período de tempo, o território dedicado à prática agrícola recuou em quase meio milhão de hectares, o que não deixa de ser preocupante, dada a forte dependência externa de Portugal em produtos alimentares.
TEXTO: Os dados preliminares do Recenseamento Agrícola de 2009 (o censo realiza-se de dez em dez anos, como o da população), recentemente disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), mostram que a área ocupada pela produção agrícola em Portugal correspondia a cerca de 50 por cento da superfície territorial do país - 4, 6 milhões de hectares. Este valor representa um recuo de meio milhão de hectares, o equivalente a 20 mil albufeiras do Alqueva. Em 2009, os recenseadores do INE apuraram a existência de 304 mil explorações agrícolas em Portugal. Este valor resulta do desaparecimento de 112 mil empresas, cerca de 25 por cento das existentes no estudo anterior (realizado em 1999). Conjugados so dois factores anteriores, conclui-se que a área média das explorações agrícolas aumentou 2, 5 hectares, para 11, 9 hectares, o que garante economias de escala e torna a produção mais competitiva. Mesmo assim, o sector continua a evidenciar imensos contrastes. Por exemplo, o facto de três quartos das explorações agrícolas portuguesas terem uma dimensão média abaixo dos cinco hectares, enquanto "um reduzido número de explorações (cerca de 260), com mais de 1000 hectares, exploravam, em 2009, 12 por cento do total da superfície agrícola. Família predominaO INE assinala que, apesar das mudanças na paisagem agrícola portuguesa, 80 por cento do volume de trabalho realizado no sector continua a depender da mão-de-obra familiar, reforçando assim a permanência do retrato do agricultor típico como factor dominante. No entanto, as explorações que já funcionam como empresas devidamente estruturadas, apesar de serem apenas 2 por cento do total, cobrem uma área que representa 25 por cento da superfície agrícola portuguesa. No espaço de dez anos, o panorama agrícola português conheceu uma evolução sensível. O INE assinala uma redução significativa das terras aráveis e o aumento das pastagens permanentes, em termos relativos e absolutos. Os principais recuos evidenciados pelo censo encontram-se nas culturas industriais (beterraba e tomate, por exemplo), na batata e nos cereais. Também na fruticultura se verifica uma redução (25 por cento) da área para a produção de frutos frescos tradicionais, enquanto sobe (17 por cento) a que é dedica aos frutos sub tropicais, com o kiwi na liderança clara deste incremento. A mudança do quadro de ajudas à produção, no âmbito da Política Agrícola Comum, será uma das explicações para esta evolução. Ao mesmo tempo, verificam-se aumentos na utilização de área agrícola para culturas forrageiras, hortícolas, flores e plantas ornamentais. Do lado da prática animal, os resultados preliminares do censo agrícola mostram que Portugal tinha, em 2009, 5, 8 cabeças de gado, menos 1, 4 milhões do que dez anos antes. O definhamento do efectivo animal é de cerca de 20 por cento. O volume de bovinos em exploração manteve-se perto de 1, 4 milhões de cabeças, salientando-se as perdas significativas ocorridas nos suínos e nos ovinos. Neste caso, a concorrência estrangeira, com explorações de muito maior dimensão, apresenta preços muito mais competitivos a que os produtores portugueses não conseguem responder. Segundo os resultados do censo, o sector agrícola continuou a envelhecer em Portugal: a idade média do produtor aumentou quatro anos e cerca de metade dos agricultores têm mais de 65 anos. As mulheres são apenas um terço do universo profissional do sector. A actividade continua a não ser totalmente recompensadora. Apenas seis por cento dos agricultores obtêm o seu rendimento exclusivamente da actividade e 64 por cento declararam, no censo, que recebem pensões e reformas.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave estudo mulheres animal desaparecimento
Agricultura portuguesa perdeu meio milhão de hectares em 10 anos
A agricultura portuguesa conheceu, nos últimos dez anos, um claro processo de ajustamento estrutural, com a área média das explorações a aumentar 2,5 hectares, o que potencialmente as torna mais competitivas. Mas, no mesmo período de tempo, o território dedicado à prática agrícola recuou em quase meio milhão de hectares, o que não deixa de ser preocupante, dada a forte dependência externa de Portugal em produtos alimentares. (...)

Agricultura portuguesa perdeu meio milhão de hectares em 10 anos
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.16
DATA: 2011-03-08 | Jornal Público
SUMÁRIO: A agricultura portuguesa conheceu, nos últimos dez anos, um claro processo de ajustamento estrutural, com a área média das explorações a aumentar 2,5 hectares, o que potencialmente as torna mais competitivas. Mas, no mesmo período de tempo, o território dedicado à prática agrícola recuou em quase meio milhão de hectares, o que não deixa de ser preocupante, dada a forte dependência externa de Portugal em produtos alimentares.
TEXTO: Os dados preliminares do Recenseamento Agrícola de 2009 (o censo realiza-se de dez em dez anos como o da população), recentemente disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), mostram que a área ocupada pela produção agrícola em Portugal correspondia a cerca de 50 por cento da superfície territorial do país - 4, 6 milhões de hectares. Este valor representa um recuo de meio milhão de hectares, o equivalente a 20 mil albufeiras do Alqueva. Em 2009, os recenseadores do INE apuraram a existência de 304 mil explorações agrícolas em Portugal. Este valor resulta do desaparecimento de 112 mil empresas, cerca de 25 por cento das existentes no estudo anterior (realizado em 1999). Conjugados so dois factores anteriores, conclui-se que a área média das explorações agrícolas aumentou 2, 5 hectares, para 11, 9 hectares, o que garante economias de escala e torna a produção mais competitiva. Mesmo assim, o sector continua a evidenciar imensos contrastes. Por exemplo, o facto de três quartos das explorações agrícolas portuguesas terem uma dimensão média abaixo dos cinco hectares, enquanto "um reduzido número de explorações (cerca de 260), com mais de 1000 hectares, exploravam, em 2009, 12 por cento do total da superfície agrícola. Família predominaO INE assinala que, apesar das mudanças na paisagem agrícola portuguesa, 80 por cento do volume de trabalho realizado no sector continua a depender da mão-de-obra familiar, reforçando assim a permanência do retrato do agricultor típico como factor dominante. No entanto, as explorações que já funcionam como empresas devidamente estruturadas, apesar de serem apenas 2 por cento do total, cobrem uma área que representa 25 por cento da superfície agrícola portuguesa. No espaço de dez anos, o panorama agrícola português conheceu uma evolução sensível. O INE assinala uma redução significativa das terras aráveis e o aumento das pastagens permanentes, em termos relativos e absolutos. Os principais recuos evidenciados pelo censo encontram-se nas culturas industriais (beterraba e tomate, por exemplo), na batata e nos cereais. Também na fruticultura se verifica uma redução (25 por cento) da área para a produção de frutos frescos tradicionais, enquanto sobe (17 por cento) a que é dedica aos frutos sub tropicais, com o kiwi na liderança clara deste incremento. A mudança do quadro de ajudas à produção, no âmbito da Política Agrícola Comum, será uma das explicações para esta evolução. Ao mesmo tempo, verificam-se aumentos na utilização de área agrícola para culturas forrageiras, hortícolas, flores e plantas ornamentais. Do lado da prática animal, os resultados preliminares do censo agrícola mostram que Portugal tinha, em 2009, 5, 8 cabeças de gado, menos 1, 4 milhões do que dez anos antes. O definhamento do efectivo animal é de cerca de 20 por cento. O volume de bovinos em exploração manteve-se perto de 1, 4 milhões de cabeças, salientando-se as perdas significativas ocorridas nos suínos e nos ovinos. Neste caso, a concorrência estrangeira, com explorações de muito maior dimensão, apresenta preços muito mais competitivos a que os produtores portugueses não conseguem responder. Segundo os resultados do censo, o sector agrícola continuou a envelhecer em Portugal: a idade média do produtor aumentou quatro anos e cerca de metade dos agricultores têm mais de 65 anos. As mulheres são apenas um terço do universo profissional do sector. A actividade continua a não ser totalmente recompensadora. Apenas 6 por cento dos agricultores obtêm o seu rendimento exclusivamente da actividade e 64 por cento declararam, no censo, que recebem pensões e reformas.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave estudo mulheres animal desaparecimento
Há sapos, cobras e lagartos à espreita na cidade do Porto
Na paisagem urbana, à beira de uma auto-estrada ou num jardim rodeado de trânsito, escondem-se habitantes que associamos às paisagens naturais. Sapos parteiros, rãs verdes, tritões, salamandras e cobras com pernas. A biodiversidade das cidades também precisa de ser protegida, alertam os biólogos. (...)

Há sapos, cobras e lagartos à espreita na cidade do Porto
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-09-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: Na paisagem urbana, à beira de uma auto-estrada ou num jardim rodeado de trânsito, escondem-se habitantes que associamos às paisagens naturais. Sapos parteiros, rãs verdes, tritões, salamandras e cobras com pernas. A biodiversidade das cidades também precisa de ser protegida, alertam os biólogos.
TEXTO: A história de Raquel Ribeiro, bióloga do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO) da Universidade do Porto, podia ter um título que já vimos noutro lado: a princesa e o sapo. E quem fala de sapos fala de rãs, salamandras, licranços, cobras com pernas. . . Todo o tipo de répteis e anfíbios de que se foge sem razão nenhuma. Estamos apenas a 20 quilómetros do centro da cidade do Porto, em Valongo, com as serras de Santa Justa e Pias e o rio Ferreira por paisagem. Raquel Ribeiro levanta pedra atrás de pedra em busca de um sinal de vida. Mergulha o camaroeiro e a própria mão nas poças de lama. Procura répteis e anfíbios. E sabe como manter uma rã verde na mão, ou uma lagartixa, evitando que salte ou escorregue, sem a magoar. O sorriso esboça-se na sua cara ao encontrar algo que se possa mostrar. "Ah! Encontrei uma larvinha", grita, de larva de sapo parteiro (Alytes obstetricabs) na mão. "É das mais difíceis de encontrar aqui", diz sobre esta espécie cujo macho carrega os ovos consigo até à eclosão. É uma larva já com patas. "Daqui a dois meses já será um sapo", diz sobre a metamorfose que o exemplar que tem na mão sofrerá nos próximos tempos, com a absorção da cauda e formação da boca. "Posso largá-lo?" Depois de admirada, filmada e fotografada a larva regressa ao charco. Mais à frente o camaroeiro recolhe um bebé de tritão-de-ventre-laranja (Triturus boscai). "Ainda têm brânquias nesta fase, mas vão ser reabsorvidas. Vão manter as patinhas e morar fora de água até que, daqui a três anos, acabada a fase de adolescência, entram na da reprodução. "Raquel Ribeiro reconhece que as meninas costumam fugir deste tipo de bichos: "Mas os meus pais sempre me ensinaram que todos os animais deviam ser respeitados. Mas não nego que com as cobras há sempre uma certa descarga de adrenalina. "Tem sido assim nos últimos anos, desde que iniciou o doutoramento sobre fragmentação do habitat e biodiversidade urbana. O objectivo é provar que as áreas urbanas, como a da cidade do Porto, têm uma biodiversidade rica, que precisa de ser protegida. Neste caso, no que toca a répteis e anfíbios. "Há mais répteis e anfíbios na área metropolitana do Porto do que em alguns parques naturais", frisa o catalão Miguel Carretero, também biólogo do CIBIO, orientador da tese de Raquel Ribeiro, que acompanha o passeio a Valongo. Os dois investigadores concentram-se agora num campo de erva fofa à procura de mais um morador habitual daquela zona: a cobra de pernas tridáctila (Chalcides striatus). A primeira avistada consegue escapar-se, mas a segunda acaba a posar para a máquina fotográfica: "O nome popular é fura-pastos, que eu considero o melhor nome. Vivem neste pasto fofo e saltam, parecem peixes fora de água, com estas patinhas curtas e o corpo serpentiforme. Parecem cobras mas, na verdade, são lagartos. Alimentam-se nas zonas de pasto do gado, onde não existem herbicidas. "Atlas fundamentalMiguel, especialista em lagartixas e um dos coordenadores da última edição do Atlas dos Anfíbios e Répteis de Portugal, publicada este ano pela Esfera do Caos Editores e na qual Raquel Ribeiro também participou, faz uma pausa numa perseguição cuidada atrás de um elemento fugidio, num muro - uma lagartixa de Bocage (Podarcis bocagei). "Parece que têm um botão de teletransporte. Quando pensam que estão em apuros desaparecem num ápice", diz sobre a espécie. Mais à frente consegue apanhar um juvenil que enfia num saco de rede para observar com atenção. "Estávamos esperançados de que existissem aqui duas espécies distintas. Mas a suspeita não se confirma. " O prisioneiro é solto e nunca mais ninguém lhe põe a vista em cima. "Daqui a cinco minutos está a fazer a vida normal, sem stress. "Antes dos trabalhos preparatórios do atlas, que se prolongaram por três anos, os biólogos asseguram que existiam regiões do país completamente desconhecidas em relação à biodiversidade de répteis e anfíbios. Trás-os-Montes e as Beiras, por exemplo, estavam muito mal estudadas, garantem. Foi deste princípio que Raquel Ribeiro partiu para o seu doutoramento centrado na biodiversidade da área metropolitana do Porto. Mas Miguel Carretero explica que este trabalho na malha urbana é um trabalho de pesquisa com regras peculiares: "É um trabalho com regras diferentes. Às vezes vamos a um lugar bom em termos de biodiversidade e logo ali ao lado passa uma auto-estrada. Num parque natural isso não existe", diz o biólogo, referindo-se a uma das maiores ameaças a répteis e anfíbios habitantes das áreas urbanas - a morte por atropelamento. A poluição é outro problema. Entre as espécies mais sensíveis estão a rã-ibérica (Rana iberica) ou a salamandra-lusitânica (Chioglossa lusitanica). Outras espécies até são bastante resistentes à poluição, como a rã verde: "Conseguem viver em sítios muito nojentos. Esta ribeira, por exemplo, um pouco mais abaixo já é bastante poluída", diz Carretero. Raquel Ribeiro frisa que, na área metropolitana do Porto, basta ir até ao Parque da Cidade para ver sardões, por exemplo: "Os mais pequeninos são cheios de bolinhas, tão giros. E encontrei um tritão palmado [Triturus helveticus]. Nem queria acreditar", diz sobre a espécie identificada como estando em clara regressão no último levantamento nacional. Um lagarto simpáticoA bióloga de 31 anos, que teve de consultar mapas sobre a área metropolitana do Porto, onde as aldeias que antes estavam nos arredores da cidade fazem hoje parte da malha urbana, conseguiu identificar 13 das 15 espécies de anfíbios registadas na região: "Uma delas, há muitos anos que não se vê por aqui, a Salamandra-de-costelas-salientes [Pleurodeles waltl]. " Quanto aos répteis, das 20 espécies registadas para aquela área, Raquel Ribeiro encontrou "quase todas". Em Portugal continental, segundo o atlas, há 17 espécies de anfíbios e 30 de répteis. "Algumas das espécies são muito difíceis de encontrar", diz a investigadora. "Todas precisam de ajuda", independentemente do estatuto de conservação que tenham, acrescenta Miguel Carretero. "Estamos, no geral, a perder diversidade. " Para o investigador, trabalhos como os de Raquel Ribeiro são essenciais para definir que factores devem ser evitados para impedir o desaparecimento das espécies. Ao contrário de mamíferos vistosos, os investigadores reconhecem que, no que toca à conservação, os répteis e anfíbios não são espécies que costumem contar com demonstrações de carinho popular: "O licranço [Anguis fragilis], por exemplo, parece uma cobra mas é um lagarto sem pernas, muito simpático. Mas não há quem convença as pessoas de tal. " Raquel Ribeiro explica que a espécie, de cerca de 20 centímetros, de cor prateada, que podemos encontrar junto a linhas de água, está associada a mordeduras dolorosas e venenosas. O que não podia estar mais errado: "Há um ditado que diz "Se a víbora o visse e se o licranço o visse, não havia quem existisse". Mas trata-se de um bicho muito inofensivo e calmo. E útil. Nas hortas os licranços comem todo o tipo de pragas da agricultura, como caracóis", explica a bióloga enquanto acaricia um exemplar de fêmea de licranço, na mão, muito sossegado. Mário Gandra, 60 anos, morador local, passa de carro e mostra curiosidade em relação ao trabalho dos dois investigadores que, de nariz pregado no chão, vão observando o terreno com atenção e levantando pedra atrás de pedra. "Andam a ver se há ouro? Lagartos, aqui, nunca vi. Mas cobras há!", diz com cara franzida. E não acredita que não façam mal. "Se vir uma passo-lhe por cima. "Raquel Ribeiro não podia estar mais em desacordo com a visita passageira. Nesta saída de campo, como em tantas outras, ela gostava de ter encontrado uma cobra. No Ano Internacional da Biodiversidade vamos publicar quinzenalmente, e até Novembro, reportagens sobre os trabalhos que investigadores portugueses desenvolvem em Portugal e no estrangeiro na conservação da natureza. Os conteúdos são da inteira responsabilidade do P2.
REFERÊNCIAS:
PSD de Lisboa escolhe futuro líder no meio de convulsões internas
Pela primeira vez vai haver uma eleição na concelhia de Lisboa, a maior do país, para permitir ao partido falar a uma só voz na cidade. Esse é o objectivo. (...)

PSD de Lisboa escolhe futuro líder no meio de convulsões internas
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-02-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: Pela primeira vez vai haver uma eleição na concelhia de Lisboa, a maior do país, para permitir ao partido falar a uma só voz na cidade. Esse é o objectivo.
TEXTO: Um compara o partido a "uma vaca cujas tetas os dirigentes têm dificuldade em largar". O outro quer que a cidade discuta os prós e os contras da prostituição legalizada. Os militantes do PSD escolhem pela primeira vez o presidente da concelhia de Lisboa no próximo dia 28. A nova concelhia do PSD vai ser a maior do país, reunindo mais de nove mil militantes. Dentro do partido, algumas expectativas vão no sentido de o seu líder poder alcançar considerável protagonismo político. Até hoje, a organização do PSD de Lisboa, tal como de outros três concelhos, era atípica em relação ao resto do país: estava dividida em nove secções, o que dificultava tanto os processos eleitorais como a união das estruturas locais a uma só voz. A partir de agora, as secções serão transformadas em núcleos, todos eles representados por quem ganhar a disputa. Por enquanto, há dois candidatos. As eleições surgem num momento em que se agudizam os conflitos internos entre dirigentes e autarcas locais "laranja". O vereador Santana Lopes entrou em rota de colisão com a distrital e a bancada social-democrata na Assembleia Municipal de Lisboa, ao ponto de os desentendimentos se terem tornado um tema central na campanha para a concelhia. "Unir para renovar" é o lema do candidato mais batido nas lides autárquicas, o antigo vereador Sérgio Lipari. O seu rival, Paulo Ribeiro, não poupa críticas ao estado a que o seu partido chegou em Lisboa, "semelhante àquele em que Sócrates colocou o país": "É um PSD que se autoflagela". Daí a metáfora da vaca. Militante da Lapa, bairro onde cresceu e onde continua a morar aos 42 anos, Paulo Ribeiro garante que com ele tudo será diferente: "Estou aqui não para tirar leite à vaca mas para a alimentar". Pagar quotas em atrasoNão é a primeira vez que este empresário do ramo informático recorre a alegorias zoológicas quando fala do PSD. Em 2009, comparou os dirigentes do partido a porcos-espinhos ferindo-se uns aos outros. Desta vez, avança para a corrida mesmo ciente de que a candidatura "aritmeticamente vencedora" é a outra. É ao lado de Lipari - que foi, durante vários anos, presidente da poderosa secção A, de Benfica - que estão a primeira vice-presidente do partido, Paula Teixeira da Cruz, e ainda António Nogueira Leite e Vasco Rato. Lipari é vice-presidente da distrital. Mas é igualmente deste jurista que se fala quando se recordam escândalos como a entrada de algumas dezenas de militantes da secção A para a empresa municipal que gere os bairros sociais, a Gebalis, quando foi director-geral. Ou da arregimentação a eito de militantes dos bairros sociais para engrossar o peso político da dita secção. O candidato diz-se magoado com as mentiras que os colegas de partido têm inventado. "Fui crucificado publicamente no passado", queixa-se. Para o bem e para o mal, a reputação de zelo partidário exacerbado não o larga: "Temos indicação de que a candidatura de Ségio Lipari vai pagar quotas em atraso a militantes [para estes votarem nele]. Não há mecanismos que o impeçam", acusa Paulo Ribeiro. O empresário não divulga para já os apoios da sua candidatura, que assume como contracorrente. Já foi alvo de críticas de promiscuidade pela sua empresa ter, por várias vezes, prestado serviços ao PSD, na gestão de candidaturas autárquicas. "Perdi dinheiro para ajudar o partido", assegura.
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O casamento visto pelo designer de moda Nuno Baltazar
Nada foi surpreendente mas esteve tudo muito bem. Como se esperava. Como a família real britânica precisava. A noiva, o vestido, a cerimónia ajudaram a recuperar a sofisticação e o glamour que tem faltado nos últimos tempos à família real. São as conclusões do designer de moda Nuno Baltazar, que comentou a cerimónia em directo no Público online. (...)

O casamento visto pelo designer de moda Nuno Baltazar
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-05-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: Nada foi surpreendente mas esteve tudo muito bem. Como se esperava. Como a família real britânica precisava. A noiva, o vestido, a cerimónia ajudaram a recuperar a sofisticação e o glamour que tem faltado nos últimos tempos à família real. São as conclusões do designer de moda Nuno Baltazar, que comentou a cerimónia em directo no Público online.
TEXTO: Como em todos os casamentos, o momento mais esperado era a chegada da noiva, Catherine “Kate” Middleton. Neste caso, era mais saber quem desenhara o vestido. “Gostava que fosse a casa Alexander McQueen”, dizia Nuno Baltazar poucos minutos antes de a noiva aparecer. O seu desejo foi satisfeito. Apesar de não ser uma criação da Alexander McQueen, que se suicidou no ano passado, foi a escolha acertada, considera o designer. Sendo um vestido para o casamento de um príncipe que, um dia, será rei (William, o noivo, é o segundo na linha de sucessão), não teve nenhum dos ingrediente mais excêntricos que fazem parte da assinatura McQueen. “Mas tinha toda a elegância e modernidade a que a etiqueta McQueen nos habituou”. Neste casamento houve uma preocupação patriótica. O que como que anunciava que esta seria a escolha mais acertada. Kate Middleton, agora duquesa de Cambridge, “optou por uma marca inglesa que ultrapassou claramente Vivianne Westwood ou Paul Smith, há muito referências da moda inglesa”, considerou Nuno Baltazar. “E não deixou de ser uma homenagem áquele que foi, sem dúvida, o grande génio da moda inglesa; e vem confirmar que a marca se mantém viva. ”Mal viu a noiva, o primeiro comentário de Nuno Baltazar na cobertura minuto a minuto que o PÚBLICO online fez da cerimónia, foi: “o vestido tem um corpo estruturado até à cintura. É todo em cetim duchesse (o Rolls Royce dos cetins), com renda chantily sobreposta. O decote é em V e a manga é justa. A saia rodada tem com pregas a partir da cintura, detalhe típico dos anos 50, e tem também pregas na parte de trás, o que lhe dá tridimensionalidade e ajuda a dar mais volume e comprimento à cauda. Esta, em formato U tem o comprimento certo e não é demasiado pesada. Um compromisso perfeito entre o tradicional e o jovem, como ela é. "Nuno Baltazar considerou que a escolha do vestido reflectiu o espírito de modernidade da noiva, que soube manter-se fiel ao design britânico mas não aos nomes mais tradicionais. O vestido, garantiu o designer de moda português, vai tornar-se tendência. “De certeza absoluta”. Sendo que tem a vantagem de ser intemporal: é bonito hoje e vai continuar a ter beleza daqui a muitos anos. No capítulo dos acessórios, a noiva usou uma tiara Cartier de 1936, que foi oferecida pela rainha mãe à então princesa Isabel quando esta completou 18 anos. Os brincos foram desenhados propositadamente para a cerimónia pelo joalheiro Robinson Pelham. O bouquet de flores campestres, muito pequeno, foi delicado, disse Nuno Baltazar. A maquilhagem foi também discreta, destacando os olhos, que estavam fumados e realçavam a cor do olhos da noiva, dando profundidade ao olhar. O único apontamento menos feliz que Nuno Baltazar apontou foi o véu, que caia a direito sobre a testa e rosto da noiva. “Estava demasiado próximo da cara”, sentenciou o designer. Os elegantes Nuno Baltazar elegeu a irmã de Kate, Philippa “Pippa” Middelton e a princesa Victoria da Suécia como as mais bem vestidas da cerimónia. “A irmã da noiva é muito bonita e fica muito bem dentro do vestido comprido anatómico, cor de marfim, drapeado e a contornar muito o corpo. O vestido, também da autoria de Sarah Burton, realça a sua silhueta invejável. Também ela optou por um look discreto sem adornos demasiado ostensivos. ” “O Príncipe William esteve bem, apenas com um ar mais velho. O facto de estar com menos cabelo puxa-o mais para o lado dos príncipes de Gales e abafa um pouco o sorriso terno que herdou da sua mãe”. Quanto ao resto das escolhas de roupa da família real, o comentário menos bom vai para a Rainha Isabel II “Está igual a si própria, num conjunto amarelo ‘mal-disposto’!”
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave rainha ajuda corpo princesa casamento marfim