Turquia disponível para organizar conferência de apoio aos sírios
A Turquia quer voltar a assumir o papel de liderança contra o regime de Bashar al-Assad e anunciou estar disponível para organizar uma conferência de apoio ao povo sírio. (...)

Turquia disponível para organizar conferência de apoio aos sírios
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.4
DATA: 2012-02-09 | Jornal Público
SUMÁRIO: A Turquia quer voltar a assumir o papel de liderança contra o regime de Bashar al-Assad e anunciou estar disponível para organizar uma conferência de apoio ao povo sírio.
TEXTO: “Queremos ter este encontro na nossa região para mostrar a nossa solidariedade e a legitimidade regional. Pode ser na Turquia, pode ser noutro país”, disse numa entrevista à Reuters o ministro dos Negócios Estrangeiros, Ahmet Davutoglu. “Não chega ser um observador. É tempo de enviar uma mensagem forte. ”Os turcos foram dos primeiros a fazer subir o tom das críticas contra Damasco, mas recuaram depois de chegarem a anunciar que poderiam permitir aos desertores lançar ataques a partir do seu território. Para Ancara, se o Conselho da Segurança da ONU não consegue proteger civis, cabe aos países que estejam de acordo encontrar formas de pôr fim às mortes e de levar ajuda aos que estão encurralados por assaltos militares. Washington também está a ponderar fazer chegar ajuda aos sírios. “Estamos a reflectir sobre a possibilidade de fornecer ajuda humanitária”, afirmou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, em resposta a uma pergunta sobre uma eventual tentativa de armar a oposição, como defendera na véspera o influente senador republicano John McCain. Muitos opositores pedem precisamente o envio de ajuda, mas na situação actual é pouco claro como é que isso pode ser feito sem a abertura de um corredor protegido – pelo menos por ar – por meios militares. Rússia insiste que não aceitará ingerênciasUm dia depois da visita do seu chefe da diplomacia a Damasco, o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, repetiu que Moscovo não aceitará qualquer ingerência externa na Síria, apelando aos países ocidentais e árabes para “não se comportarem como elefantes numa loja de porcelana”. Os russos (seguidos pelos chineses) vetaram no sábado uma resolução do Conselho de Segurança a condenar a violência e a pedir a Assad para deixar o poder. A três semanas das presidenciais russas, nas quais Putin se candidata para recuperar o seu antigo cargo, “a Rússia mantém uma posição clara e firme, ditada por interesses de Estado”, disse à AFP o analista Boris Dolgov. Damasco é actualmente o único árabe aliado dos russos. A Rússia, que recusa evocar a partida do Presidente sírio, criticou ainda a decisão dos seis países que formam o Conselho de Cooperação do Golfo de retirar os seus embaixadores de Damasco e expulsar os enviados sírios nas suas capitais. Washington também já encerrou a sua representação em Damasco e vários países europeus chamaram nos últimos dias os diplomatas sírios para consultas.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU
China activa primeiro porta-aviões no meio de tensa disputa territorial com o Japão
A China activou formalmente o seu primeiro porta-aviões esta terça-feira, numa clara mostra de força que deverá inspirar receios nos países vizinhos, em pleno crescendo de tensão com o Japão devido à disputa territorial sobre as ilhas na zona leste do Mar da China. (...)

China activa primeiro porta-aviões no meio de tensa disputa territorial com o Japão
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento -0.04
DATA: 2012-09-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: A China activou formalmente o seu primeiro porta-aviões esta terça-feira, numa clara mostra de força que deverá inspirar receios nos países vizinhos, em pleno crescendo de tensão com o Japão devido à disputa territorial sobre as ilhas na zona leste do Mar da China.
TEXTO: O Ministério da Defesa chinês descreveu que este navio – uma embarcação da era soviética comprada à Ucrânia e remodelada na China – vai “aumentar a força operacional da marinha” e ajudar o país a “proteger com eficiência a soberania, segurança e desenvolvimento nacionais”. “Dar entrada operacional a este porta-aviões será de extrema importância para a capacidade de combate do nosso país a um nível moderno”, é ainda sustentado no comunicado citado pela agência noticiosa estatal Xinhua. Para já o porta-aviões, baptizado Liaoning (o nome da província em que foi remodelado), não tem quaisquer aviões a bordo e estará limitado a um papel bastante reduzido, maioritariamente para treinos e testes antes de a China construir de raiz os seus primeiros porta-aviões, para lá de 2015, segundo é consensual entre os analistas. Ainda assim a cerimónia de activação do Liaoning, na cidade de Dalian, no norte do país, rodeou-se de aparato, com a presença do Presidente, Hu Jintao, e o primeiro-ministro, Wen Jiabao, e constitui uma ocasião para as autoridades de Pequim fazerem uma mostra triunfal do seu poderio militar. Isto acontece numa altura em que as relações entre China e Japão, tradicionalmente difíceis, estão num pico de tensão depois de Tóquio ter comprado, no início deste mês, as ilhas do leste do Mar da China – chamadas Senkaku no Japão e Diaoyu na China – ao seu proprietário privado, a família Kurihara, por 20 milhões de euros. Pequim reivindica soberania destas ilhas, com base em documentos que datam da dinastia Ming. “A China jamais tolerará quaisquer acções por parte do Japão que ameacem a soberania territorial chinesa”, avisou mesmo esta terça-feira o vice-ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Zhang Zhijun, numa reunião com o seu homólogo japonês, que visa tentar debelar a actual tensão entre Tóquio e Pequim. Os riscos de um confronto militar envolvendo os dois países são bastante escassos, mas tensões políticas entre ambos – as duas maiores economias da Ásia – pode alimentar uma escalada que acabe por conduzir a algum incidente no mar, como já aconteceu no passado recente. A complicar ainda mais a situação no leste do Mar da China, Taiwan, que também reclama direitos sobre as Senkaku/ Diaoyu, entrou activamente no diferendo: pelo menos 40 barcos de pesca e 12 da Guarda Costeira de Taiwan aproximaram-se daquela área e acabaram por ser afastados sob rajadas de canhões de água disparados por embarcações da Guarda Costeira japonesa. A China, para a qual Taiwan renega a soberania de Pequim ilegitimamente, tinha seis barcos de patrulha na zona na altura daquele incidente: quatro afastaram-se, mas outros dois permaneceram em águas próximas da zona territorial marítima japonesa.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos chinês japonês
O Oásis Europeu
Serão os não-europeus muito menos pessimistas a respeito da Europa do que os próprios europeus? Poderá a distância ser um pré-requisito para uma visão mais equilibrada da situação do continente? (...)

O Oásis Europeu
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DATA: 2012-12-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: Serão os não-europeus muito menos pessimistas a respeito da Europa do que os próprios europeus? Poderá a distância ser um pré-requisito para uma visão mais equilibrada da situação do continente?
TEXTO: Wang Hongzhang, presidente do China Construction Bank, manifestou indirectamente o seu entusiasmo moderado pela Europa, numa entrevista que deu há alguns meses atrás. Citando o provérbio chinês "Um camelo, por mais enfraquecido que esteja, é sempre maior do que um cavalo" acrescentou que as economias da Europa são muito mais fortes do que muitas pessoas pensam. E, sem afirmá-lo explicitamente, sugeriu que era o momento propício para se começarem a fazer aquisições na Europa, a um preço justo. Naturalmente, nem todos partilham desta visão optimista. Do outro lado do Canal da Mancha, os eurocépticos britânicos regozijam-se por se terem mantido afastados de um "navio prestes a naufragar. " Mas, embora a revista The Economist tenha afirmado recentemente que a França apresenta uma atitude de "negação" o mesmo se poderia dizer a respeito do Reino Unido. É verdade que os franceses não tinham nem os Jogos Olímpicos, nem uma celebração real este ano, mas, no que diz respeito à situação das suas economias, ambos países estão, em grande parte, no mesmo barco. Se formos até à América ou Ásia, como foi o meu caso este Outono, a imagem da Europa torna-se selectivamente mais clara: apesar de continuar a ser percepcionada como um modelo positivo, já não é considerada como um interveniente global. Do ponto de vista dos Estados Unidos, a Europa poderá deixar de ser um problema, mas também não será considerada como parte de qualquer solução para os problemas do mundo, - com a possível excepção daqueles que dizem directamente respeito à Europa (e, ainda assim, existem dúvidas). No entanto, para muitos investidores internacionais, a Europa continua a ser, ou é, uma vez mais, um risco que vale a pena correr, ou mesmo - como no caso de Wang - uma oportunidade de ouro. Numa época de crescente complexidade - e, consequentemente, de incerteza - os investidores pretendem minimizar os riscos. Pelo menos alguns dos países BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) parecem estar a perder força económica e, apesar das novas potências emergentes, como o México, parecerem tentadoras, poderão revelar-se mais frágeis do que aparentam. Neste contexto, a Europa pode ser um continente cansado, envelhecido e deprimido, mas, como podem atestar as indústrias de artigos de luxo e da aeronáutica, seria prematuro enterrá-la. O declínio relativo é óbvio: no início do século XVIII a população da Europa representava 20% da população mundial, mas actualmente representa apenas cerca de 7%, prevendo-se que esta percentagem venha a ser ainda menor em 2050. Mas a demografia não impõe um destino: o facto de contar com uma população reduzida não impediu Singapura de promover uma economia altamente competitiva. A Europa pode não ser uma fonte de inspiração económica, mas ainda faz as pessoas sonhar. É percepcionada como um modelo de "civilidade". Quaisquer que sejam as suas outras divergências, os chineses e os japoneses estão de acordo em relação a um ponto: se actualmente a Ásia, com as suas crescentes tensões nacionalistas, faz lembrar a Europa na primeira metade do século XX, é precisamente devido ao facto de a Ásia não ter realizado um processo de reconciliação, como aquele que permitiu que a Alemanha e França ultrapassassem a sua rivalidade centenária. Da mesma forma, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, pode enfatizar a especificidade da "civilização russa" de uma forma que faz lembrar os pensadores antiocidentais do século XIX, mas muitos membros da elite russa ainda consideram a União Europeia, apesar das suas inúmeras fraquezas, como o modelo de governo mais civilizado que existe. Quando os chineses procuram um modelo de referência em termos de protecção social, realizam viagens de estudo à Escandinávia. Mas poderá a Europa continuar a ser um modelo, quando já não é um interveniente geopolítico importante? Quando os responsáveis norte-americanos se dirigem aos europeus, afirmando "Necessitamos de vós", o que querem dizer é muito simples: "Por favor, não façam desabar nem derrubem a economia global. " Os europeus tornaram-se os japoneses do Ocidente - contribuintes financeiros que, na melhor das hipóteses, desempenham um papel de apoio em questões estratégicas globais. Por exemplo, se o conflito israelo-palestiniano ainda puder ter resolução, a solução terá forçosamente que contar com um forte envolvimento por parte dos EUA. Barack Obama, que quer ser um Presidente transformador à semelhança do seu modelo, Abraham Lincoln, não poderá deixar de facilitar um acordo de paz abrangente no Médio Oriente, para merecer o Nobel da Paz que recebeu prematuramente. Poucos esperam um tal feito colossal, é claro, mas muito menos são aqueles que esperam qualquer atitude remotamente semelhante da parte de Catherine Ashton, alta representante da UE para os Negócios Estrangeiros, ou de qualquer outro líder europeu. A Europa continua a ser um interveniente importante a nível económico e comercial - capaz de se recuperar a qualquer momento, agora que ultrapassou, pelo menos em parte, a sua crise sistémica. Continua igualmente a ser um modelo de reconciliação em relação ao qual as pessoas podem continuar a sonhar, apesar de apresentar uma taxa de desemprego inaceitavelmente elevada, com especial incidência na população mais jovem. Mas a Europa já não é percepcionada como um interveniente global - e com razão. É um oásis de paz, ou mesmo de dinamismo. A questão que se coloca actualmente aos europeus é: Poderão - e, mais importante, deverão - contentar-se com o seu estatuto?Tradução: Teresa Bettencourt
REFERÊNCIAS:
Deslizamento de terras faz 46 mortos na China, 19 são crianças
Deslizamento de pedras e terra soterrou casas na aldeia de Zhenxiong, na província de Yunnan. (...)

Deslizamento de terras faz 46 mortos na China, 19 são crianças
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DATA: 2013-01-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: Deslizamento de pedras e terra soterrou casas na aldeia de Zhenxiong, na província de Yunnan.
TEXTO: Um deslizamento de terras ocorrido na região sudoeste da China na noite de sexta-feira fez 46 mortos, incluindo 19 crianças, segundo o balanço definitivo do incidente avançado este sábado pelas autoridades da província de Yunnan. O deslizamento ocorreu na noite passada, tendo os corpos das últimas vítimas sido encontrados esta manhã após uma operação de socorro que contou com o apoio de perto de mil soldados, bombeiros, polícia e mineiros, avança a agência oficial de notícias Xinhua. Uma torrente de lama e pedras caiu sobre a aldeia de Zhenxiong, formando um monte de terra com cerca de 30 metros de espessura, adianta a Xinhua. Pelo menos habitações ficaram destruídas e duas outras danificadas. Além das 46 pessoas que morreram, mais de 60 animais ficaram soterrados. O deslizamento ocorreu após dez dias de chuvas fortes e queda de neve na região e numa altura em que a província de Yunnan está a ser afectada por temperaturas negativas consideradas anormais para a época pelos serviços de meteorologia chineses. A província de Yunnan tinha já sido afectada por um sismo de magnitude 5, 6, em Setembro do ano passado, no qual morreram 81 pessoas, e ainda por um outro deslizamento de terras, um mês mais tarde, que soterrou 18 crianças numa escola.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave escola
É uma caneta, escreve em 3D e já é um fenómeno do crowdfunding
Criadores da 3Doodler pediam 30 mil dólares para apoiar o lançamento do produto, mas em quatro dias conseguiram 1,5 milhões, ou seja, 50 vezes mais. (...)

É uma caneta, escreve em 3D e já é um fenómeno do crowdfunding
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DATA: 2013-02-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: Criadores da 3Doodler pediam 30 mil dólares para apoiar o lançamento do produto, mas em quatro dias conseguiram 1,5 milhões, ou seja, 50 vezes mais.
TEXTO: Imagine um dinossauro. Pode desenhá-lo no papel e pendurar a folha na parede. Ou então pode pegar na 3Doodler, a primeira caneta que desenha a três dimensões, e criar um verdadeiro boneco com a forma do animal. A ideia está a agradar a muitos: para comercializar esta caneta, os criadores pediam uma ajuda de 30 mil dólares. Em quatro dias conseguiram 50 vezes mais. O anúncio foi colocado na passada terça-feira na página da Kickstarter, uma plataforma online de crowdfunding – conceito que se traduz no financiamento colaborativo – em que qualquer pessoa pode doar uma determinada quantia para apoiar um projecto. Os criadores da 3Doodler, que fundaram a empresa WoobleWorks, pediam ajuda para financiar a fabricação das canetas e o controlo de qualidade do produto. Nesta sexta-feira, já tinham conseguido quase 1, 5 milhões de dólares (cerca de 1, 13 milhões de euros) – e ainda têm um mês para angariar mais. O projecto caminha a passos largos para ser um dos mais financiados através desta plataforma: o primeiro lugar da lista pertence ao Peeble, um relógio costumizado, com aplicações, que pode ser ligado ao iPhone e ao Android. Para comercializar este relógio, os criadores conseguiram cerca de dez milhões de dólares (7, 5 milhões de euros). O funcionamento da 3Doodler é semelhante ao das impressoras a três dimensões que já existem no mercado, tecnologia que há poucos dias foi eleita pelo Conselho da Agenda Global para as Tecnologias Emergentes, do Fórum Económico Mundial, como uma das dez mais promissoras de 2013. A principal diferença é que a caneta será mais barata (75 dólares) e leve (200 gramas). O utilizador insere a tinta – em forma de tubo fino e feita de ABS, um termoplástico utilizado habitualmente para fazer produtos moldados – e aperta uma espécie de gatilho. Do bico da caneta sai um fio de plástico derretido, que rapidamente solidifica em contacto com o ar. O plástico pode ser tocado, mas não convém tocar na ponta metálica da caneta, que estará a 270 graus centígrados. A ideia na base da 3Doodler demorou cerca de um ano a sair do papel e partiu das mentes brilhantes de dois engenheiros norte-americanos, Max Bogue e Peter Dilworth. Bogue trabalhava numa empresa de brinquedos na China quando conheceu Dilworth, um investigador que já tinha trabalhado no MIT, onde ajudou, por exemplo, a criar robots em forma de dinossauro. Os dois juntaram a criatividade e o conhecimento do mercado chinês para criar um produto que querem que seja acessível a todos: uma caneta e dois sacos de plástico custarão 75 dólares, cerca de 56 euros. Bogue e Dilworth esperam ter a caneta no mercado em Dezembro. Esta caneta não é um brinquedo, avisam, mas é fácil de usar. “Se consegue rabiscar, riscar ou levantar um dedo no ar, pode usar uma 3Doodler”, garantem os autores da ideia. Não é preciso ter um software especial, nem um computador. Basta ligar a caneta à corrente, esperar uns minutos para que aqueça, e depois é usar a imaginação. Pode ser usada para fazer modelos em 3D, joalharia, arte decorativa, reparações, ou mesmo para fazer uma réplica da Torre Eiffel, como sugerem os criadores.
REFERÊNCIAS:
Derrame de petróleo na Tailândia chega a ilha turística
Autoridades temem que maré negra chegue ao território continental e cause mais prejuízos. (...)

Derrame de petróleo na Tailândia chega a ilha turística
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DATA: 2013-07-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: Autoridades temem que maré negra chegue ao território continental e cause mais prejuízos.
TEXTO: Um derrame de petróleo ocorrido no fim-de-semana ao largo da Tailândia atingiu esta terça-feira a ilha de Koh Samet, afastando turistas e levantando o temor de que a poluição cause prejuízos ainda maiores. A ilha fica a 230 quilómetros da capital Banguecoque e é um destino turístico popular sobretudo entre russos e chineses. Pelo menos uma das suas praias – Ao Prao – ficou coberta de negro e foi interditada. Enquanto equipas de emergência tentam limpar a poluição, com pás, baldes, pás e mantas absorventes, os turistas estão a deixar a ilha. “Estamos a mover os visitantes para outros locais, se quiserem sair”, disse o ministro do Turismo, Somsak Phurisisak, citado pela agência Reuters. Cerca de 50. 000 litros de petróleo bruto foram vertidos para o mar, sábado, devido a uma fuga num pipeline a 20 quilómetros da costa tailandesa. Estima-se que 5000 litros terão atingido a ilha de Koh Samet. As autoridades temem, agora, que parte do material que ainda está no mar chegue ao continente, afectando o turismo e as pescas. Dispersantes estão a ser pulverizados sobre a maré negra, a partir de aviões. O pipeline é perado pela empresa PTT Global Chemical, que pediu desculpas pelo acidente e disse que a fuga já foi controlada.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave negro negra
Identificada a estrutura do cérebro que comanda as acções intencionais
Cientista português ajudou a identificar área do cérebro que controla a passagem de uma acção automática para uma acção intencional. Descoberta pode vir a ajudar pessoas com vícios e compulsões. (...)

Identificada a estrutura do cérebro que comanda as acções intencionais
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DATA: 2013-08-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: Cientista português ajudou a identificar área do cérebro que controla a passagem de uma acção automática para uma acção intencional. Descoberta pode vir a ajudar pessoas com vícios e compulsões.
TEXTO: Muitas das acções humanas são automáticas. Uma delas é carregar no botão com o número do andar de casa quando se entra no elevador. Depois de se repetir esta acção durante dias, é um descanso não gastar um segundo a pensar neste gesto. Mas se algo muda, como termos de visitar o vizinho que mora noutro andar, então convém prestar atenção ao que estamos a fazer para não seguirmos, erradamente, para casa. Esta tomada de atenção, que resulta numa acção pensada mas muito similar — carregar noutro botão do elevador —, decorre de uma mudança ocorrida no nosso cérebro. Um estudo liderado pelo neurocientista português Rui Costa identificou a estrutura cerebral responsável por esta mudança. Os resultados relativos a esta descoberta, publicados nesta terça-feira na revista Nature Communications, podem oferecer uma nova estratégia para o tratamento de comportamentos obsessivo-compulsivos. “Fala-se dos hábitos [acções automáticas] e das acções intencionais, mas não se estuda muito como é que se passa de uma acção para a outra”, diz Rui Costa, que agora é chefe do grupo de Neurologia da Acção do Centro para o Desconhecido da Fundação Champalimaud, em Lisboa. Mas este estudo começou antes de Rui Costa vir para Portugal em 2009, e conta com Christina Gremel, investigadora do Instituto Nacional para o Abuso do Álcool e do Alcoolismo, um dos muitos institutos nacionais de saúde dos Estados Unidos. Já se conheciam as três áreas do cérebro que estavam envolvidas na passagem de uma acção automática para uma acção intencional: o córtex órbito-frontal, que fica numa região mais externa do cérebro perto da testa, e dois gânglios de base que ficam numa região mais interior do cérebro, chamados “estriado lateral” e “estriado medial”. No passado, o estriado lateral foi associado a acções automáticas, enquanto o estriado medial foi ligado a acções intencionais. O córtex órbito-frontal fica a montante e projecta neurónios nos dois estriados. Mas desconhecia-se se a passagem de uma acção automática para uma intencional implicaria a substituição da actividade neuronal no estriado lateral pela actividade no estriado medial ou se, ao invés, estaríamos perante um jogo com actividade entre os dois gânglios. “Pusemos eléctrodos muito finos dentro do cérebro de ratinhos para poder ler a actividade destas três zonas”, diz Rui Costa, explicando a experiência que realizou. Depois, a equipa colocou os ratinhos em duas casinhas, cada uma com uma alavanca que, pressionada, dava direito a água com açúcar. Mas as alavancas funcionavam de modo diferente: numa das casas, havia uma espécie de slot machine, que dava a recompensa à sorte. Na outra, quanto mais o ratinho carregava na alavanca, mais água com açúcar recebia. Isto permitiu à equipa testar a mudança de um comportamento repetitivo nos ratinhos que estavam na casa com a slot machine e que ficavam a carregar na alavanca — como as pessoas que jogam nas slot machines dos casinos —, para um comportamento intencional na outra casa. “A actividade no córtex órbito-frontal correlacionava-se muito com a mudança do hábito para um comportamento intencional”, diz Rui Costa, referindo-se às medições feitas nas três regiões do cérebro dos ratinhos. Mais: quando silenciaram a actividade no córtex órbito-frontal, os animais mantiveram-se sempre com comportamentos automáticos. Já quando a estimularam, todos os animais transitaram de uma acção automática para uma intencional. A equipa também verificou que esta mudança não significou o silenciamento da actividade neuronal do estriado lateral e a activação do estriado medial. Apesar de a actividade passar a ser maior no estriado medial, os dois gânglios mantiveram-se activos numa única rede. A descoberta da importância do córtex órbito-frontal nestas acções pode vir a ser importante no controlo de vícios ou problemas obsessivo-compulsivos. “Esta área é a que mais aparece afectada na compulsão, em que a pessoa perdeu o controlo: lava as mãos frequentemente e, apesar de ter acabado de lavar as mãos, não consegue controlar o gesto”, exemplifica Rui Costa. “A nossa esperança é fazer com que estas pessoas voltem a controlar as suas acções através de uma experiência não invasiva. ” Para isso, o cientista pretende colocar eléctrodos na cabeça de doentes, na zona do córtex órbito-frontal, para activar os neurónios nesta região utlizando uma estimulação electromagnética. Poderá assim testar se estas pessoas voltam a ter controlo das suas acções.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave estudo espécie abuso
Dois novos fósseis lançam mais confusão sobre o aparecimento dos mamíferos
Eram pequenos, um vivia no chão, o outro nas árvores. Estavam separados por alguns quilómetros e cinco milhões de anos, no tempo dos dinossauros. (...)

Dois novos fósseis lançam mais confusão sobre o aparecimento dos mamíferos
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.068
DATA: 2013-08-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: Eram pequenos, um vivia no chão, o outro nas árvores. Estavam separados por alguns quilómetros e cinco milhões de anos, no tempo dos dinossauros.
TEXTO: Há 65 milhões de anos, no final do Cretácico, um cataclismo livrou a Terra dos dinossauros e deu aos mamíferos a oportunidade de prosperarem. Rapidamente, estes pequenos animais ocuparam muitos nichos que então ficaram livres. Desta forma, este grupo, do qual o homem descende, divergiu e acabou por evoluir nas formas que hoje conhecemos. Cem milhões de anos antes, em pleno parque Jurássico, os mamíferos já existiam mas não é unânime há quanto tempo tinham aparecido. A descoberta agora de dois fósseis de espécies diferentes, mas aparentadas, de animais que morreram entre há 165 e 160 milhões de anos veio lançar ainda mais confusão. Uma das espécies, mais primitiva, sugere que os mamíferos tinham acabado de aparecer. Outra tem características morfológicas mais evoluídas e sugere que o aparecimento dos mamíferos deu-se 215 milhões de anos, ainda durante o Triásico. Um comentário da edição desta quarta-feira na Nature aos dois artigos, publicados também nesta revista, defende que será preciso esperar pela descoberta de novos fósseis para tentar destrinçar este paradoxo paleontológico, que está ligado às nossas origens mais remotas. Depois do fim dos dinossauros e em relativamente poucos milhões de anos, os mamíferos ocuparam o mar, a terra e o ar. Há animais com trombas, longos pescoços, membranas aladas ou barbatanas. Há mamíferos adaptados a viver nas árvores e outros que ficaram cegos por se manterem uma vida inteira debaixo de terra, como algumas espécies de toupeiras. Os marsupiais têm uma bolsa na barriga, onde se dá parte do desenvolvimento das crias, e algumas espécies como o ornitorrinco põem ovos. A divergência é muita, portanto. Mas os fósseis têm mostrado que há 165 milhões de anos, quando os dinossauros reinavam na Terra, havia ainda outros grupos que, se não eram mamíferos, tinham pelo menos características anatómicas que associamos a esta classe. Grupos, esses, que entretanto se extinguiram. O Arboroharamiya jenkinsi e o Megaconus mammaliaformis, as duas espécies agora descobertas, faziam parte da ordem Haramiyida – um dos grupos que existiu nessa época ancestral e confusa da evolução dos mamíferos e que, entretanto, não sobreviveu ao tempo. Ainda não se sabe se os Haramiyida eram mamíferos ou apenas partilhavam características desta classe de animais. Aliás, estas duas descobertas vêm pôr mais lenha na fogueira desta discussão e de toda a origem dos mamíferos. O Megaconus mammaliaformis, descoberto pela equipa de Zhe-Xi Luo, da Universidade de Chicago, viveu entre há 165 e 164 milhões de anos no que é hoje o interior da região da Mongólia Interior, no Nordeste da China. No chão…O Megaconus seria do tamanho de um grande esquilo e vivia ao nível do chão. O fóssil está bastante bem preservado e mostra que este animal tinha pêlos por todo o corpo, menos na barriga. Os dentes indicam que era omnívoro, já que estavam adaptados a mastigar plantas, mas também insectos e minhocas, e talvez outros pequenos vertebrados. Esta espécie tinha os três ossos que nos mamíferos servem para ouvir, mas neste animal os ossos ainda estavam ligadas à mandíbula, o que já não acontece nos mamíferos. Por outro lado, o osso do tornozelo é semelhante ao do tornozelo de outros animais pré-mamíferos. Estas são características consideradas primitivas colocam, segundo os autores, os Haramiyida fora do grupo dos mamíferos e levam à equipa a concluir os mamíferos teriam então de ter evoluído mais recentemente. Mas a sul do local onde se encontrou o fóssil do Megaconus mammaliaformis, na continuação da mesma formação geológica mas já na província chinesa de Shandong, a equipa de Xiaoli Wang, da Academia de Ciências Chinesa, descobriu um fóssil de outra espécie classificada também como Haramiyida. Mas as características deste outro fóssil obrigaram a equipa a desenhar outra árvore evolutiva dos mamíferos. …E nas árvoresO Arboroharamiya jenkinsi vivia nas árvores há 160 milhões de anos. Pesaria cerca de 354 gramas, teria uma pequena cabeça e seria herbívoro ou omnívoro. Os ossos do ouvido deste pequeno animal estão dispostos como os dos mamíferos. Ora de acordo com esta e outras características, a equipa de Xiaoli Wang coloca os Haramiyida dentro dos mamíferos, onde estão os placentários, os marsupiais, os monotrématos como o ornitorrinco, e os multituberculados, outro grupo que já desapareceu. A inclusão dos Haramiyida nos mamíferos “implica que estes tenham surgido há pelo menos 215 milhões de anos – uma data muito mais antiga do que muitos paleontólogos aceitam, mas que que está de acordo com uma estimativa recente”, escrevem Richard Cifelli, do Museu de História Natural de Oklahoma, e Brian Davi, da Universidade de Louisville, no Kentucky, Estados Unidos, num comentário na Nature. Para apresentar aquelas características dos mamíferos, o antepassado do Arboroharamiya jenkinsi e de todos os outros mamíferos teve de ter surgido muitos milhões de anos antes. Richard Cifelli e Brian Davi consideram que estas duas alternativas obrigam a novas interpretação sobre a história inicial e as adaptações mais importantes que determinaram o aparecimento dos mamíferos. “Mas, em última análise, serão necessários mais e melhores fósseis para refinar o conhecimento sobre a divergência das espécies no início da evolução dos mamíferos”, conclui o comentário.
REFERÊNCIAS:
Autoridades de Guangdong anunciam primeiro caso de nova estirpe de gripe das aves
Mulher de 51 anos em estado crítico. Caso provoca preocupação na vizinha Hong Kong. (...)

Autoridades de Guangdong anunciam primeiro caso de nova estirpe de gripe das aves
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DATA: 2013-08-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: Mulher de 51 anos em estado crítico. Caso provoca preocupação na vizinha Hong Kong.
TEXTO: As autoridades chinesas anunciaram um novo caso de gripe das aves H7N9 na província de Guangdong, Sul. A maior parte dos casos vinha a registar-se na parte oriental da China continental. A agência Nova China divulgou no fim-de-semana um balanço com 44 mortes. O primeiro caso humano do vírus H7N9 tinha sido detectado em Março, em Xangai. Desde então, registaram-se 134 casos confirmados, e 44 pessoas morreram. A grande maioria dos casos – assim como o novo caso agora detectado em Guangdong – ocorreram em pessoas que trabalhavam em aviários. A mulher que está agora em estado crítico trabalhava no abate de aves num mercado local. As autoridades responderam encerrando mercados de aves em várias cidades, o que ajudou a diminuir os contágios pelo vírus, que não provoca sintomas nas aves. O número de infecções pela nova estirpe do vírus da gripe das aves baixou recentemente – em Julho foi detectado apenas um caso –, mas um estudo da semana passada do British Medical Journal dizia que a gripe poderia estar mais adormecida com o calor do Verão e regressar no Outono. Outro estudo na mesma revista médica evocava a primeira transmissão “provável” do vírus entre humanos, um caso de pai e filha logo em Março. Ainda que tivessem sido identificados vários casos nas mesmas famílias, não se tinha ainda estabelecido a possibilidade de transmissão humana, que aumenta o perigo do vírus. As autoridades de Guangdong dizem que das cerca de 100 pessoas próximas da mulher agora doente, nenhuma parece ter contraído o vírus. De Hong Kong, as autoridades prometem continuar a supervisionar as entradas no território para conter a progressão do vírus – a fronteira entre Guangdong e Honk Kong, diz o Wall Street Journal, tem o ponto de passagem mais movimentado do mundo, com mais de meio milhão de pessoas a passar, por dia, para ambos os lados.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filha humanos mulher estudo abate aves
Agora também temos o Pinóquio-rex
Nova espécie de tiranossauro de focinho muito comprido deu origem à criação de um novo grupo destes dinossauros carnívoros bípedes. (...)

Agora também temos o Pinóquio-rex
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-08 | Jornal Público
SUMÁRIO: Nova espécie de tiranossauro de focinho muito comprido deu origem à criação de um novo grupo destes dinossauros carnívoros bípedes.
TEXTO: O T-rex, ou Tyrannosaurus rex, é um dos dinossauros mais conhecidos. Mas agora também temos o "Pinóquio-rex", a alcunha que os cientistas deram a um novo tiranossauro de focinho alongado que viveu há 66 milhões de anos na Ásia e foi encontrado numa obra de construção civil perto da cidade de Ganzhou, no Sul da China. Este feroz carnívoro bípede é um primo afastado e contemporâneo do famoso T-rex, ambos extintos por um meteorito que caiu na Terra pouco depois. Já tinham sido descobertos dois fósseis de animais juvenis com as mesmas características. No entanto, não permitiam grandes certezas até hoje: se ainda estivessem a crescer, o focinho poderia mais tarde deixar de ser alongado. Com a nova descoberta de ossos do crânio, do pescoço, da coluna vertebral e da cauda deste animal, as provas que os cientistas tanto procuravam chegaram finalmente. Foram publicadas na revista Nature Communications, num estudo coordenado por Junchang Lü, do Instituto de Geologia da Academia Chinesa das Ciências Geológicas. Em comparação com o T-rex, que tinha mandíbulas poderosas e dentes grossos, o focinho bem longo do Pinóquio-rex representava cerca de 70% do crânio e os dentes eram mais finos. “Esta é uma espécie diferente de tiranossauro”, diz Steve Brusatte, da Universidade de Edimburgo (Escócia), um dos autores do estudo citado num comunicado de imprensa da sua instituição. “Tinha um sorriso com os habituais dentes do T-rex, mas o focinho era mais longo e tinha uma fileira de cornos no nariz. Deve ter tido um ar um pouco cómico, mas terá sido tão perigoso como qualquer outro tiranossauro, ou talvez até um pouco mais rápido e discreto. ”Teria até nove metros de comprimento e 800 quilos, sendo assim mais ágil do que o seu primo famoso. Mas se Pinóquio-rex é a sua alcunha, o nome científico deste dinossauro é Qianzhousaurus sinensis, inspirado na antiga designação da cidade de Ganzhou . A sua descoberta levou os cientistas a criar um novo grupo de tiranossauros de narizes grandes – e agora esperam encontrar mais membros seus. Texto editado por Teresa Firmino
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave estudo espécie animal