A superpotência continua a ser indispensável
O problema é a liderança americana ser ocupada pela “incerteza”. E isso quase ninguém quer. (...)

A superpotência continua a ser indispensável
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.4
DATA: 2014-05-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: O problema é a liderança americana ser ocupada pela “incerteza”. E isso quase ninguém quer.
TEXTO: 1. Vladimir Putin prossegue a sua estratégia ucraniana. Não se sabe exactamente até onde pretende ir, mas o Presidente russo sabe que tem um limite para fazer engolir a sua ofensiva antiocidental, mesmo que, no curto prazo, pareça ser dono dos acontecimentos. Na quinta-feira passada, assumiu o seu papel de líder “responsável”, defendendo o adiamento do “referendo” para decidir se a Ucrânia Oriental quer ser parte da Ucrânia. Já ninguém acreditou nas suas palavras fora das fronteiras da Rússia. As urnas de voto já estão preparadas, incluindo com os boletins lá dentro. Ninguém sabe nem quer saber como é que o referendo é organizado. Putin continua, imperturbável, a contar a sua história de ficção, que seria cómica se não fosse trágica para os ucranianos e para quem vier a seguir, e não constituísse uma ameaça séria à segurança europeia e internacional. Há duas maneiras de comer um salame, disse Joschka Fischer, o antigo chefe da diplomacia alemã, para descrever a táctica de Putin. Tentar comê-lo de uma só vez é impossível. Cortá-lo em rodelas finas para comer uma a uma, é uma maneira muito mais eficaz. “Hoje, o Kremlin está a aplicar a ‘táctica do salame’ à Ucrânia. ” A Alemanha é um país fundamental neste braço-de ferro que Putin decidiu travar com o Ocidente. Por mais divisões que possa haver entre as suas elites políticas e económicas, Angela Merkel parece que compreendeu o que estava em causa. Não hesitou em considerar a política ucraniana da Rússia como uma ameaça à segurança europeia. Continua a dizer que a Europa tem de estar dispostas a subir a parada em matéria de sanções (a Alemanha é o país provavelmente mais afectado). Percebeu que a cooperação com os EUA é fundamental. Nem todos os países europeus alinham pelo mesmo diapasão. Mas, enquanto a Alemanha aguentar, Putin tem certamente um problema que não previu. O Presidente russo apostou quase tudo na “fraqueza” dos EUA, cansados de garantir a segurança internacional, mas sobretudo na fraqueza europeia. São estes dois cálculos que lhe podem correr mal. Nem a América é tão fraca como muita gente a pinta, nem o mundo, incluindo a Europa, está preparado para aceitar o vazio de poder que a retracção americana causaria. 2. Se tentássemos fazer a lista dos problemas internacionais que Washington tem de enfrentar, correríamos o risco de ficar cansados logo a meio da tarefa. A tragédia humana na Síria e o rumo invernal das Primaveras Árabes, sobretudo no Egipto; o eterno impasse nas negociações do conflito israelo-palestiniano; o Irão e o risco de proliferação nuclear no Médio Oriente; a ascensão da China e a intranquilidade dos seus vizinhos, incluindo o Japão; os “buracos negros” na África, que alimentam o terrorismo islâmico; e, agora, a viragem estratégica da Rússia para uma política antiocidental e, consequentemente, revisionista da ordem internacional vigente. Se acrescentarmos as “resistências” das novas potências emergentes, incluindo as democráticas, ao poder norte-americano (mesmo que não estejam dispostas a alinhar com a Rússia), o quadro mundial que Obama tem de enfrentar, enquanto garante último da segurança internacional, aconselha alguma prudência nas críticas que lhe são feitas. Como dizia Hillary Clinton, quando chefiava o Departamento de Estado, toda a gente critica o poder americano mas toda a gente nos vem bater à porta sempre que há um problema sério. 3. A crítica mais frequente à política externa de Obama, sobretudo internamente, é o seu comportamento perante os aliados. O problema, dizem muitos analistas americanos, é que alguns desses aliados começam a desconfiar da sua determinação em defendê-los. O Japão não tem a certeza de poder contar com o apoio militar americano no caso de um conflito com a China (que pode começar com a anexação chinesa da pequena ilha habitada por tartarugas no Mar da China Oriental). Obama esteve em Tóquio recentemente para tentar dissipar essas dúvidas, incluindo a ilha das tartarugas. Fez o mesmo com os países que rodeiam a China, do Vietname (com quem ainda não tem um tratado de cooperação e que Pequim nem sempre trata da melhor maneira), à Coeria do Sul ou às Filipinas, que querem manter a presença americana na Ásia mas temem as represálias (incluindo económicas) de Pequim. A Arábia Saudita desconfia das negociações de paz com o Irão, olhando para a Síria como a montra da pouca vontade americana de pôr ordem no Médio Oriente. Finalmente, na Europa, o aliado entre os aliados, que dava mostras da alguma incomodidade com o “pivô” americano para a Ásia, as coisas são um pouco diferentes. Muita gente acredita que Putin deu uma enorme ajuda à relação transatlântica em todas as suas dimensões, quando se lembrou de invadir a Ucrânia. Ainda é cedo para sabermos qual é o fim desta história. Mas, apesar da Líbia ou do Mali, dois conflitos em que Obama pôs em prática a sua nova divisão de tarefas com a Europa em matéria de segurança regional, ou apesar da Síria, Putin conseguiu trazer de volta os EUA e voltou a dar aos dois lados do Atlântico uma razão forte para preservarem a sua aliança. A Europa acordou (ou, pelo menos, espera-se que sim) da sua “distracção” em relação a um mundo que lhe é cada vez menos favorável, depois de anos e anos a cortejar o Presidente russo. Para a Alemanha é uma questão fundamental, que definirá o seu lugar na Europa nos próximos tempos. Para os países de Leste que são hoje membros da NATO e da União Europeia, da Polónia à Roménia, passando pelos Bálticos, a presença americana voltou a ser uma questão vital. Resta saber se a compreensão do que está em causa é suficiente para unir as três capitais decisivas (Londres, Paris e Berlim) numa estratégia de médio prazo que fala sentido.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA NATO
Cavaco lembra que a China "espera que a outra parte não fique sentada à espera"
O Presidente da República terminou neste domingo em Macau a sua visita de Estado a China, manifestando-se "muito optimista" quanto aos resultados. Empresários de Macau pediram uma ligação aérea directa a Lisboa. (...)

Cavaco lembra que a China "espera que a outra parte não fique sentada à espera"
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento -0.12
DATA: 2014-05-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Presidente da República terminou neste domingo em Macau a sua visita de Estado a China, manifestando-se "muito optimista" quanto aos resultados. Empresários de Macau pediram uma ligação aérea directa a Lisboa.
TEXTO: Ao deixar este domingo a Região Administrativa Especial de Macau, o Presidente da República viaja para Portugal com uma convicção: a sua visita de Estado, a convite do presidente Xi Jinping, “elevou para outro patamar as parcerias estratégicas que Portugal estabeleceu com a República Popular da China”. Cavaco Silva deixou um recado: tudo fez para promover as relações sino-portuguesas nos domínios empresarial, académico e cientifico, mas um país da dimensão da China "espera que a outra parte não fique à espera que as coisas cheguem de mão beijada”. Na última semana, Cavaco Silva viajou pela China, num périplo que o levou a Xangai, o maior centro financeiro da Ásia, e a Pequim, a capital politica onde foi recebido ao mais alto nível com honras militares de grande aparato pelo Presidente da República Xi Jinping, bem como pelo primeiro-ministro, Li Keqiang. Antes de regressar a Lisboa, o Chefe de Estado aproveitou a sua estadia em Macau, a última etapa da visita á China, para dar uma conferência de imprensa, onde fez um balanço “muito positivo”: “Face ao apoio inequívoco à cooperação com Portugal em vários domínios [ensino da língua portuguesa, científico, académico e empresarial] que ouvi da parte do presidente da república e do primeiro-ministro da China, interrogo-me sobre tudo o que pode resultar daqui. E pode resultar muito, se formos capazes de dar seguimento a tudo o que foi feito. ” Enumerou: “Foram assinados 29 acordos e memorandos de entendimento entre os dois governos, empresas e universidades. Penso que nunca houve, no passado, algo semelhante. "“Temos rapidamente de agarrar as portas que foram abertas, as manifestações de boa vontade que encontrámos a todos os níveis”, avisou. “Um país da dimensão da China espera que a outra parte se movimente, que não fique sentada na cadeira à espera que as coisas cheguem de mão beijada. ” Há “um trabalho a fazer", acrescentou o Presidente, dizendo-se "convencido de que o Governo português não deixará de fazer todos os possíveis para aproveitar”, O Presidente da República recorda que na sua estadia na China promoveu 18 encontros com entidades politicas, empresariais e académicas. E fez 15 intervenções públicas. “O balanço foi muito positivo", reiterou para salientar que encontrou grande abertura das autoridades chineses para aprofundar a cooperação bilateral, o que mostra “bem a relação especial que Portugal tem com a África e a América Latina. ” Por isso, Cavaco Silva acredita que os contactos estabelecidos em Xangai e Pequim “vão dar certamente os seus frutos", por tudo aquilo que ouviu directamente dos empresários - quer em termos de investimento quer em termos de relações comerciais. O chefe de Estado deixou um recado aos partidos: para garantir sucesso nesta iniciativa é necessário ter condições de “estabilidade política” e continuar a prestar atenção às relações com a China, uma prioridade da politica externa portuguesa que terá de ser protagonizada pelos governantes, mas também pelos empresários. Como exemplo do entendimento sino-português Cavaco Silva referiu o desbloqueamento dos entraves à exportação de lacticínios portugueses para a China, havendo 32 empresas certificadas que podem começar a exportar. Outro dossier em vias de ser resolvido, pela comissão mista, prende-se com a venda de carne de suíno à China. O Presidente da República lembrou que Portugal tem de crescer em três pilares: investimento; exportações; e turismo. Daí que a visita seja também uma oportunidade de diversificação de mercados, nomeadamente, de turistas [há 450 milhões de turistas que manifestam interesse em visitar Portugal, explicou]. Se em Pequim e Xangai, nos encontros empresariais e politicos, houve conversas no sentido de estabelecer uma linha aérea directa com Lisboa, o tema foi também abordado com as autoridades de Macau, para onde a TAP chegou a voar, mas acabou por desistir alegando falta de rentabilidade. Só que nos últimos anos esta região administrativa especial de "um país e dois sistemas" sofreu uma mudança vertiginosa, ao destronar, nos últimos anos, Las Vegas como a capital do jogo. Com 650 mil habitantes, Macau recebe todos os meses dois milhões de turistas, a maior parte chineses, e as receitas anuais do jogo totalizam cerca de 35 mil milhões de euros.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave carne
Duas obras de artistas portugueses censuradas na China durante visita oficial de Cavaco Silva
Instalação de Miguel Palma e filme de João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata retirados da exposição Onde é a China, em Pequim, noticia o semanário Expresso. (...)

Duas obras de artistas portugueses censuradas na China durante visita oficial de Cavaco Silva
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-31 | Jornal Público
SUMÁRIO: Instalação de Miguel Palma e filme de João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata retirados da exposição Onde é a China, em Pequim, noticia o semanário Expresso.
TEXTO: Duas obras de artistas portugueses foram censuradas pelas autoridades chinesas e retiradas da exposição Onde é a China, no World Art Museum de Pequim, uma hora antes da chegada do Presidente da República, Cavaco Silva, para a inauguração da mostra durante a sua visita oficial à China, noticia o semanário Expresso neste sábado. A instalação Yami Chop Suey, de Miguel Palma, e o filme Alvorada Vermelha, de João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata, foram retirados pelas autoridades chinesas, que confiscaram também os catálogos da exposição. De acordo com o Expresso, os acontecimentos remontam a 16 de Maio, quando Cavaco Silva estava na China em visita oficial, tendo o chefe de Estado português estado presente na inauguração da mostra. Contudo, segundo disseram os serviços da Presidência ao semanário, a presença do Presidente da República foi apenas um item da agenda da mesma visita oficial, não tendo Cavaco Silva sabido “de qualquer problema relacionado com a censura a obras portuguesas”, escreve o semanário. Onde é a China, que se encontra desde 29 de Maio no Museu do Oriente, em Lisboa, é uma exposição de pintura, escultura, vídeo e fotografia que visa mapear a complexidade das relações e mudanças culturais e sociais naquele país, convocando artistas de ambos os países. Da sua presença em Pequim foram então excluídos Yami Chop Suey, uma instalação-performance em modo de paródia sobre uma encomenda de comida chinesa e uma toalha de mesa na qual se mapeia o mundo, com a China no seu centro, e Alvorada Vermelha, o filme sobre a transformação de animais em alimentos no Mercado Vermelho de Macau que passou na edição de 2011 do festival IndieLisboa. Ao que conta o Expresso, tudo aconteceu uma hora antes da inauguração, além de terem sido confiscados os catálogos da exposição. O jornal cita ainda um documento oficial enviado aos curadores de Onde é a China? em que se apresentam os motivos para a exclusão da peça de Miguel Palma: “esta obra de arte causaria sentimento de desconforto e experiências sensoriais negativas na audiência chinesa. Para manter a exposição popular na China, por favor remova esta obra”. Tanto um dos comissários da mostra quanto os artistas visados confirmam a censura destes trabalhos, falando Miguel Palma em “tristeza” – “Tenho imensa pena de [este objecto artístico] não ser visto na China” – e Guerra da Mata de “coisas amargas” – “Não quero comentar as razões da censura, porque isso seria uma incompatibilidade de termos. Não existem razões para a censura”. João Rui Guerra da Mata acrescenta ainda no semanário: “Gostava de me sentir representado pelo Presidente da República”.
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Palavras-chave guerra exclusão alimentos
Drogba regressa ao Chelsea
Avançado costa-marfinense reencontra José Mourinho no clube londrino. Contrato é de uma temporada. (...)

Drogba regressa ao Chelsea
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DATA: 2014-07-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: Avançado costa-marfinense reencontra José Mourinho no clube londrino. Contrato é de uma temporada.
TEXTO: Dois anos depois de ter saído para o futebol chinês, Didier Drogba está de regresso ao Chelsea. O avançado da Costa do Marfim assinou contrato por uma temporada com o clube londrino, onde vai reencontrar o técnico português José Mourinho, algo que considera ter sido decisivo para o regresso à Premier League. "Foi uma decisão fácil. Não podia virar as costas à oportunidade de voltar a trabalhar com o José. Todos sabem que eu tenho uma relação especial com este clube, onde sempre me senti em casa", declarou Drogba ao site do Chelsea, ele que esteve na última época ao serviço dos turcos do Galatasaray. Drogba está assim de volta a um clube que representou durante oito temporadas, de 2004 a 2012, e ao serviço do qual marcou 157 golos em 341 jogos oficiais, uma marca que o coloca em quarto lugar na lista dos melhores goleadores da história do Chelsea. O veterano jogador de 36 anos é o segundo avançado a chegar a Stamford Bridge neste defeso, depois de Diego Costa ter sido contratado ao Atlético de Madrid por 40 milhões de euros. Para Mourinho, este será o reencontro com um dos primeiros jogadores que contratou da primeira vez que esteve no Chelsea. "Ele veio porque é um dos melhores avançados da Europa. Conheço-o muito bem e sei que neste regresso não estará protegido pelo que já fez pelo clube. Ele vem com a mentalidade para fazer mais história", afirmou o treinador português.
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Palavras-chave chinês marfim
China apresenta primeiros trigémeos panda vivos após duas semanas de vida
Taxa de sobrevivência de crias é muito baixa. (...)

China apresenta primeiros trigémeos panda vivos após duas semanas de vida
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.193
DATA: 2014-08-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: Taxa de sobrevivência de crias é muito baixa.
TEXTO: O Chimelong Safari Park, na província chinesa de Guangdong, anunciou esta terça-feira o nascimento de trigémeos panda. As crias, nascidas a 29 de Julho, ainda não têm nome e o seu sexo ainda está por anunciar. As crias são filhas de Juxiao, que após o parto se manifestou demasiado cansada para tratar dos filhotes. Os pandas foram colocados em incubadoras enquanto a mãe descansava e depois d e esta se restabelecer ficaram aos seus cuidados com o apoio de uma equipa do parque, que a está a acompanhar 24 horas por dia. A gravidez de uma fêmea é por si só uma grande notícia, já que se trata de um animal que apenas consegue conceber entre dois a três dias por ano. “Foi um milagre para nós e os nascimentos excederam as nossas expectativas”, afirmou o gerente do parque, Dong Guixin, citado pelo The Guardian. Num comunicado, o Chimelong Safari Park descreve os três pandas como “uma nova maravilha no mundo” e sublinha que “são os únicos trigémeos panda que alguma vez sobreviveram”. O parque não deixou de sublinhar, no entanto, que a taxa de mortalidade de pandas bebés é “extremamente elevada”. Mas Dong Guixin insiste que já passaram 15 dias e que as crias já “viveram mais tempo que quaisquer trigémeos até aqui”. É por essa razão que a Reserva Natural Nacional Sichuan Wolong, uma autoridade na China sobre pandas, considera ser demasiado cedo para afirmar que as crias são “sobreviventes”. “Podemos apenas afirmar que são sobreviventes quando atingirem os seis meses. Por agora são de facto os únicos trigémeos vivos”, explicou um responsável da reserva natural. O primeiro caso conhecido de trigémeos panda foi registado em 1999, quando uma fêmea deu à luz após um processo de inseminação artificial em Chengdu, no sul da China. No caso mais recente, as crias foram concebidas naturalmente por Juxiao, de 12 anos, e Linlin, de 17. Segundo a organização Fundo Mundial para a Natureza (WWF, na sigla em inglês), existem perto de 1600 pandas a viver fora de parques e reservas na China.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave sexo animal
Pterossauro do Brasil tinha crista que parecia a vela de um barco
Esqueletos de meia centena de répteis extintos, pertencentes a uma espécie nova para a ciência, foram descobertos no estado brasileiro do Paraná. (...)

Pterossauro do Brasil tinha crista que parecia a vela de um barco
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-08-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: Esqueletos de meia centena de répteis extintos, pertencentes a uma espécie nova para a ciência, foram descobertos no estado brasileiro do Paraná.
TEXTO: Um réptil voador antigo, cuja cabeça estava coroada com uma grande crista óssea com a forma de uma vela de um iate, fazia voos rasantes pelos céus do Brasil há cerca de 90 milhões de anos. Cientistas brasileiros anunciaram a descoberta extraordinária, no Sul do Brasil, de cerca de 50 esqueletos fossilizados de uma criatura a que chamaram Caiuajara dobruskii e que identificaram como uma espécie nova de pterossauro, répteis do tempo dos dinossauros. Os novos pterossauros, que podiam atingir uma envergadura de asas de até 2, 35 metros, habitavam nas margens de um lago existente num oásis numa grande região deserta durante o período do Cretácico. Viviam em colónias barulhentas com outros animais da mesma espécie, de todas as idades. “Isto permitiu dar-nos um vislumbre da variação anatómica desta espécie, desde os jovens até aos velhos”, sublinha Alexander Kellner, paleontólogo do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro e um dos autores da descoberta. Muitos pterossauros, principalmente os que apareceram tardiamente, exibiam na cabeça cristas elaboradas e, por vezes, grandes. Ora a cabeça do Caiuajara dobruskii estava encimada por uma enorme crista triangular que parecia uma “vela óssea”, conta Alexander Kellner. “Tinha um aspecto bizarro. ”Não há nenhuma indicação de que a crista existisse apenas nos machos ou nas fêmeas, mas parece ter-se tornado ainda maior em relação ao resto do corpo à medida que o pterossauro crescia. “O tamanho da crista era pequena nos animais jovens e muito grande nos velhos”, acrescenta o paleontólogo brasileiro. Os pterossauros foram os primeiros vertebrados voadores da Terra, uma vez que as aves e os morcegos só apareceram muito mais tarde. Surgiram há cerca de 220 milhões, na mesma altura dos dinossauros, e despareceram há 65 milhões de anos, quando um meteorito atingiu a Terra e extinguiu muitas formas de vida, incluindo também os dinossauros. Num artigo científico publicado esta semana na revista PLOS ONE, assinado à cabeça por Paulo Manzig, da Universidade do Contestado, no estado de Santa Catarina, a equipa brasileira descreveu 47 esqueletos do Caiuajara dobruskii e disse que identificou outros dez esqueletos que não foram descritos neste trabalho. Os ossos foram encontrados nas redondezas do município do Cruzeiro do Oeste, no estado do Paraná. O Caiuajara dobruskii, que viveu há cerca de 80 a 90 milhões de anos, não tinha dentes, alimentando-se provavelmente de frutas, explica Alexander Kellner. Os esqueletos dos juvenis indicam que estes animais podiam voar desde muito novos. O conhecimento dos pterossauros é bastante fragmentado, uma vez que, sendo animais voadores, os seus ossos frágeis não fossilizavam bem. O número elevado de indivíduos de Caiuajara dobruskii agora descobertos no Brasil e a variedade de idades permitiram que este pterossauro seja o mais bem estudado até ao momento. Em Junho, cientistas chineses tinham anunciado a descoberta de nada menos do que 40 indivíduos adultos de outra espécie de pterossauro também acabada de identificar, bem como de cinco ovos de pterossauro – o que é realmente muito raro – maravilhosamente preservados a três dimensões, e não espalmados como os quatro ovos isolados de pterossauros que até então se conheciam em todo o mundo. No Cruzeiro do Oeste não se encontraram ovos de pterossauro. “Ainda não. Mas podemos sempre sonhar, não é?”, diz Alexander Kellner.
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Palavras-chave espécie corpo aves
Portugal-Camarões: um teste a sério para conquistar os pessimistas
Portugal tenta igualar recorde de oito encontros sem sofrer golos. Queiroz prometeu "aventuras" no jogo de hoje com os Camarões. (...)

Portugal-Camarões: um teste a sério para conquistar os pessimistas
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.233
DATA: 2010-06-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Portugal tenta igualar recorde de oito encontros sem sofrer golos. Queiroz prometeu "aventuras" no jogo de hoje com os Camarões.
TEXTO: Um bom resultado, uma boa exibição e, acima de tudo, que nenhum jogador se lesione. É isto que Carlos Queiroz deseja para o jogo de hoje (19h30) frente aos Camarões, o teste mais a sério de Portugal antes do começo do Mundial e que marca o fim do estágio na Covilhã. O seleccionador promete fazer algumas experiências, porque o "produto final" será apresentado no dia 15, frente à Costa do Marfim, e não hoje ou no dia 8, contra Moçambique. "O jogo de amanhã [hoje] serve para criar algumas aventuras, ver e experimentar. Temos de observar certas opções antes de começar a competição", disse, ontem, Queiroz, sem especificar que alterações serão essas. O jogo com os Camarões, no entanto, será importante para reactivar a ligação com os adeptos, depois do nulo frente a Cabo Verde. E será também um teste à defesa (que se tem destacado pela positiva) e ao ataque (que tem sido pouco produtivo). DefesaEduardo é o titular da selecção portuguesa. Não se sabe se Queiroz vai hoje dar oportunidade a Beto ou Daniel Fernandes, mas é provável que não o faça, se tiver em conta que o guarda-redes do Sporting de Braga está perto de igualar um recorde. A selecção não sofre golos há sete jogos e pode igualar a série de oito encontros da equipa de Humberto Coelho entre 1998 e 1999. Vítor Baía (668 minutos), Pedro Espinha (58") e Quim (45") ficaram 771 minutos sem sofrer golos - entre o minuto 90 do Portugal-Roménia (0-1) e o minuto 50 Azerbaijão-Portugal (1-1). Na série actual, a selecção soma 677 minutos sem sofrer golos, desde que Bentdner marcou a Eduardo no Dinamarca-Portugal (1-1), em Setembro do ano passado. Desde então o guarda-redes do Sp. Braga ficou 632 minutos sem sofrer golos nos encontros com a Hungria (duas vezes), Malta, Bósnia (duas vezes), China e Cabo Verde, ao que se juntam 45 minutos de Hilário, na segunda parte frente aos chineses. Ou seja, se Portugal não sofrer golos ante os Camarões, igualará a melhor série de jogos e ficará a cinco minutos de ultrapassar o melhor registo de minutos com as redes invioláveis. A segurança defensiva, ainda que vá no Mundial ser posta à prova por equipas bem mais poderosas, tem sido uma das imagens de marca da equipa de Queiroz. Com Pepe destinado ao meio-campo (quando estiver recuperado), Ricardo Carvalho e Bruno Alves estão garantidos como defesas-centrais. Paulo Ferreira parte em vantagem à direita, embora Miguel possa hoje ter uma oportunidade. À esquerda, residirá a principal dúvida. Coentrão, em boa forma, destacou-se frente a Cabo Verde mas contra os Camarões deverá ser a vez de Duda mostrar serviço. Meio-campoPepe e Tiago, por razões físicas, não entram hoje em campo, pelo que este é o sector em que Queiroz tem mais "baixas". Ainda assim, Pedro Mendes, Veloso e Meireles podem ser utilizados como "trincos", sendo os dois últimos também candidatos ao posto de médio-interior. Meireles foi o mais utilizado na fase de qualificação e partirá em vantagem. Deco é o titular na posição dez, embora hoje possa haver oportunidade de Danny ou Simão serem testados como alternativa ao luso-brasileiro, isto se o técnico mantiver o habitual 4x3x3. AtaqueA responsabilidade pode não ser apenas dos avançados, mas eles têm sido a face mais visível da menor produção ofensiva. A equipa marcou apenas 19 golos em 12 jogos de qualificação. A média foi de 1, 6 golos por jogo, subindo ligeiramente se somarmos os jogos particulares (1, 7). Ainda assim, Queiroz fica aquém dos últimos três seleccionadores: Scolari (1, 95), António Oliveira (2, 32) e Humberto Coelho (2, 33). Cristiano Ronaldo é, talvez, o rosto desta relação menos conseguida com a baliza. O jogador do Real não marca pela selecção desde Fevereiro do ano passado, quando concretizou um penálti frente à Finlândia. Hoje, se jogar, Ronaldo pode dar início à promessa de fazer golos. Liedson, que tem dois apontados em oito jogos, e Hugo Almeida, com sete remates certeiros em 25 internacionalizações, também ainda não atingiram a velocidade de cruzeiro.
REFERÊNCIAS:
O Português quer estar nos liceus estrangeiros ao lado do Inglês e Francês
Era vista como uma língua de especialistas, mas agora há um novo objectivo: tratar o Português como valor acrescentado no mercado global de trabalho. (...)

O Português quer estar nos liceus estrangeiros ao lado do Inglês e Francês
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.047
DATA: 2010-06-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: Era vista como uma língua de especialistas, mas agora há um novo objectivo: tratar o Português como valor acrescentado no mercado global de trabalho.
TEXTO: A mudança, estratégica, tem a ver com a ideia de que o Português é a sexta língua mais falada do mundo e que, por isso, os outros países entenderão a vantagem de a oferecer integrada nos seus sistemas de ensino. Conseguir que um aluno do secundário em Espanha, França, Alemanha ou outro país escolha o Português como língua de opção nos seus estudos, é, neste momento, um dos grandes objectivos do Instituto Camões (IC). "[Até agora] tínhamos uma política de apoio às comunidades [portuguesas] que direccionava muito o ensino para as questões da identidade", explica Ana Paula Laborinho, presidente do IC desde Janeiro. A mudança, profunda, foi iniciada ainda com a anterior presidente, Simonetta Luz Afonso. Implicou uma nova lei orgânica (desde 1 de Janeiro) que transferiu para o IC (até aqui muito centrado no ensino superior através de uma rede de leitorados e centros de língua) competências ligadas ao ensino básico e secundário que eram do Ministério da Educação. Novas responsabilidades acompanhadas de mais dinheiro: um orçamento de cerca de 45 milhões de euros, ou seja, mais 30 milhões do que em 2009. É uma opção que "parte da percepção de que o Português é uma grande língua de comunicação global e portanto tem um papel estratégico em termos internacionais", afirma Laborinho. E depois do Inglês?É um processo lento, diplomático (envolve os embaixadores e a rede do Ministério dos Negócios Estrangeiros) e ainda a começar. Mas posiciona-nos na luta pelo lugar de segunda ou terceira língua de estudo nos países estrangeiros, uma luta central nos próximos tempos. A tese é de David Graddol, autor de dois relatórios sobre o futuro da língua inglesa para o British Council: é incentivando o seu ensino como língua estrangeira que os governos podem ter um papel mais relevante no crescimento da respectiva língua. O Inglês é introduzido cada vez mais cedo no ensino e já quase não é visto como uma língua, mas como uma competência básica, ao nível, por exemplo, da Matemática - já não é uma mais-valia falar Inglês porque toda a gente fala, a mais-valia passa a ser falar Espanhol ou Português, Árabe ou Chinês. As outras línguas têm, assim, neste momento, uma oportunidade para se impor. E para que o consigam é importante, diz Graddol, a oferta de um "pacote" de certificados e exames aceites internacionalmente no mercado de trabalho. Um exemplo concreto de como o Português pode ser visto como uma boa aposta: há cada vez mais empresas chinesas a investirem em Angola, e isso tem levado a um crescimento do interesse pelo estudo do português. A melhor forma de responder a este tipo de interesse é, defendem Rui Machete e António Luís Vicente, da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), a criação de centros culturais de porta aberta que, à semelhança do que fazem institutos como o Cervantes, o British Council ou a Alliance Francaise, ofereçam cursos a qualquer pessoa interessada, independentemente de frequentar ou não a universidade. Ou seja, uma estratégia diferente daquela em que Portugal tem apostado. A hipótese não está no horizonte do IC. Há, no entanto, uma aproximação a esse modelo, explica Ana Paula Laborinho. "Estamos a usar os nossos centros de língua nas universidades [em vários pontos do mundo] para incluir a oferta de Português para quem não frequenta a universidade mas está interessado na língua. E também os cursos para fins profissionais, Português para médicos, para juristas, para negócios. Uma das minhas apostas é alargar esta oferta extracurricular". Nada disto significa, contudo, um desinvestimento nas comunidades portuguesas. "Não vamos acabar com os cursos de língua materna, o que vamos é qualificar essa rede com a adopção de políticas adequadas. Vamos estudar a situação escola a escola". Dispersão é "desastrosa"Fala-se muito nos "mais de 200 milhões de falantes" de Português, mas para uma política da língua eficaz ainda há muito a fazer, defende Carlos Reis, reitor da Universidade Aberta e autor de um estudo de 2008 encomendado pelo Governo sobre estratégias para a promoção da língua e cultura. "Falta reconhecer que o tema da política da língua não pode ser uma moda sazonal para adornar cimeiras. Falta entender que a dispersão de esforços é desastrosa em termos de bom aproveitamento dos recursos humanos e financeiros", diz este especialista. Que lança perguntas: "Quantos ministérios intervêm na política da língua?" O IC é tutelado pelo MNE, mas o Acordo Ortográfico tem sido um processo liderado pela Cultura, em coordenação com a Educação. "A quem cabe a coordenação de esforços e vontades? Falta apostar a sério na formação de professores de Português como língua estrangeira. Falta aprofundar a noção de que uma política da língua não se esgota no ensino da língua. " E falta ainda, segundo Reis, "dotar o Instituto Camões de meios humanos e financeiros que lhe permitam ser, de facto, uma grande instituição, concebendo e articulando uma política da língua de modo a que se possa ir além da gestão corrente do ensino do português no estrangeiro". Há o exemplo do Cervantes espanhol, e, embora reconheça que este investimento "talvez pareça desmesurado em tempos de crise", Reis lembra o estudo O Valor Económico da Língua, de 2008, que diz que a língua tem um valor económico equivalente a cerca de 17 por cento do PIB. Carlos Reis lamenta, nomeadamente, as "paragens e omissões" na aplicação do Acordo Ortográfico, que "mostram bem que a abordagem da política da língua sofre de falta de energia", embora exclua da crítica o Ministério da Cultura. Precisamente, esta semana a ministra da Cultura Gabriela Canavilhas apresentou o Lince, um conversor para a nova ortografia encomendado pelo Governo, pago pelo Fundo da Língua Portuguesa (criado em 2008) e elaborado pelo Instituto de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC). Em declarações ao PÚBLICO, Canavilhas disse que está a avançar o processo para a criação de uma Academia das Letras, que não existe em Portugal.
REFERÊNCIAS:
Entidades MNE
Crise: a vida deles era topo de gama e agora cada euro conta
Ganhavam acima da média, tinham património e hábitos dispendiosos. A crise obrigou-os a abdicar de uma vida confortável. Têm vergonha do presente, medo do futuro e saudades do passado com dinheiro. (...)

Crise: a vida deles era topo de gama e agora cada euro conta
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.5
DATA: 2010-07-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: Ganhavam acima da média, tinham património e hábitos dispendiosos. A crise obrigou-os a abdicar de uma vida confortável. Têm vergonha do presente, medo do futuro e saudades do passado com dinheiro.
TEXTO: Carlos Figueiredo construía casas e vendia-as. Depois, deixou de as conseguir vender. Agora, deve cinco milhões de euros. Tirou os filhos do colégio privado e desfez-se da vivenda onde moravam há mais de 13 anos. José António Soares geria uma multinacional em Portugal. A crise levou-lhe o emprego e as poupanças, investidas no falido BPP. Filipa Guimarães era grande repórter de televisão. Ficou sem palco. Aos 39 anos, voltou a viver da mesada dos pais. José Morgado Henriques é sócio de uma empresa que já foi ícone, mas teve de declarar insolvência. É no armazém da centenária Papelaria Fernandes que hoje tenta, euro a euro, sair de uma crise que não poupou as classes mais altas. São histórias de um país que enfrenta um período de grande fragilidade económica. Um país onde uns são mais afectados do que outros, mas todos temem. Temem palavras como "desemprego", "cortes salariais", "impostos", "endividamento", "austeridade". Mais protegidas pelo património, mas também mais expostas pelos investimentos e dívidas elevados, as pessoas com rendimentos acima da média viram-se obrigadas a descer à terra e a abdicar de um modo de vida herdado ou conquistado. A recessão faz-se sentir nos seus bolsos, mas também deixa marcas profundas na vida familiar, nos sonhos e na forma como se olham, todos os dias, ao espelho. O reflexo de José António Soares diz-lhe que a vida mudou. Mudou de uma forma "monstruosa". Hoje, aos 67 anos, é um homem que reprova o consumismo sem regra. "É uma doença, uma droga como outra qualquer", diz. Mas nem sempre foi assim. Até há oito anos, este homem conduzia carros topo de gama, vivia numa quinta com a mulher e gastava milhares de euros por ano a jogar golfe e em bens culturais. Tinha rendimentos mensais de 8000 euros, excluindo outras regalias, como os prémios de gestão e o automóvel de serviço. Era director-geral de uma multinacional de origem sueca, que ajudou a instalar em território nacional. Em 2002, o grupo IFS tomou uma decisão radical. Era preciso reduzir custos e uniformizar a operação a nível ibérico. De um dia para o outro, Portugal deixou de fazer parte dos planos e o gestor ficou sem emprego. Recorda-se de ter sentido "um choque". Na altura, começava a notar-se, ainda ao de leve, a fuga de multinacionais do país, mas "o negócio corria bem. Não se tratou de falta de clientes", assegura. A crise tem vindo a despertar mais casos de empresas internacionais que trocam o mercado nacional por terrenos mais competitivos ou que simplesmente dão por terminada a actividade. No caso de José António, o encerramento da empresa foi apenas o princípio do fim da vida que levava. Saiu em conflito com a administração e, depois de um processo que se arrastou anos a fio nos tribunais, o salário ao fim do mês não foi o único conforto que perdeu. "Não recebi um cêntimo de indemnização, apesar de ter movido um processo contra a empresa por despedimento ilícito", conta. Como estava a chegar aos 60, decidiu-se pela reforma antecipada. Ganharia menos, é certo, mas teria tempo. "Tempo para apreciar a vida em família, cultura, viagens. Tempo para mim", imaginou. A pensão que recebe, desde então, é muito inferior à remuneração de director-geral. De 8000 passou para 2000 euros mensais. Muito acima da média nacional, mas muito abaixo daquilo a que estava habituado. "Sei que, se olhar em volta, não me posso queixar, mas é tudo uma questão de perspectiva", diz. A redução de orçamento obrigou-o a tomar medidas drásticas. Tornou-se insustentável pagar a prestação do crédito à habitação da quinta onde morava com a mulher. Por isso, decidiu desfazer-se da casa e mudou para um apartamento arrendado, onde também vive a sua mãe. A mais-valia realizada com a venda do imóvel, 80 mil euros, serviria como garantia de uma vida desafogada, "caso fosse novamente apanhado na curva", pensou. Os conselhos de um sobrinho, que trabalhava no Banco Privado Português (BPP), levaram-no a depositar todas as poupanças na instituição financeira. "O resto da história já se sabe. Perdi o dinheiro todo porque foram à falência. Ainda estou a lutar para ter de volta aquilo que é meu", lamenta. História de azaresOs últimos anos de vida de José António dariam para contar uma "história de azares", como o próprio a descreve. Mas o azar, e a sorte, nunca caminham sozinhos. Também neste caso as circunstâncias que contam a história deste reformado fazem parte de uma circunstância maior. Foi a crise nas contas da multinacional sueca, afectadas por uma crise na indústria, que ditou o encerramento da operação em Portugal. E foi a crise no BPP, provocada pela crise financeira e pela impossibilidade de pagar os investimentos de retorno absoluto, que fez desaparecer as suas poupanças. A crise tem destas coisas. Ninguém escapa. Dos mais pobres aos mais ricos. Todos sentem, no trabalho e em casa, os seus impactos. As pessoas com rendimentos mais elevados "têm naturalmente mais protecção e segurança", afirma João César das Neves. No entanto, o economista e professor universitário explica que isso não as ampara por completo, pois foi na classe alta que a recessão "bateu com mais força, porque uma crise financeira afecta quem mais investimentos e dívidas tem". Mudar de estrato social é, por isso, "um efeito inevitável", assegura César das Neves. Esta mudança tem vários efeitos práticos, cada vez mais visíveis a olho nu. Recentemente, o presidente da Confederação Nacional de Instituições de Solidariedade (CNIS) revelou que têm chegado às escolas públicas cada vez mais pedidos de transferência de crianças que estudavam em colégios privados. O Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Limpeza (STAD) alertou para o facto de as empregadas domésticas estarem a ser dispensadas por causa do desequilíbrio no orçamento das famílias. Foi anunciado que as receitas obtidas pela indústria do golfe caíram 17 por cento em 2009. Um estudo da consultora Gfk concluiu que dois terços dos portugueses vão ficar em casa durante as férias. E ficou-se a saber que os portugueses devem mais de 200 milhões de euros de condomínio, de acordo com a associação do sector. São apenas alguns dados dispersos, de entre muitos outros, que confirmam que o que antes era tido como conforto adquirido é agora visto como um luxo por causa da recessão. De empresário a perseguidoCarlos Figueiredo (nome fictício) conhece bem esta realidade. Depois de ter erguido um império na construção civil, viu-o desabar, como se de um castelo de cartas se tratasse, em apenas dois anos. Tinha imóveis espalhados um pouco por todo o país e "vendia-os com lucro", até que o mercado imobiliário entrou em colapso, por causa dos preços inflacionados, da diminuição do poder de compra e das dificuldades de acesso ao crédito bancário. "Nunca pensei que isto acontecesse, tanto que, tudo o que ganhava, investia. Não tinha grandes poupanças", conta. Foi em 2008 que começou a perceber que o negócio não sobreviveria. As dívidas à banca começaram a acumular-se e os imóveis continuavam à espera de compradores, de quaisquer compradores, aos quais chegou a oferecer descontos de 30 por cento. De empresário de sucesso passou a "perseguido por cobradores". De homem rico a homem endividado, com créditos de cinco milhões de euros. No início do ano passado, disse basta. "Todos os dias tinha pessoas a pedirem-me dinheiro à porta de casa, os telefones não paravam de tocar, deixavam-me bilhetes, recados aos vizinhos", recorda. Pediu a insolvência das três empresas de construção que detinha e enquanto pessoa singular está, actualmente, a pagar as dívidas faseadamente. Até a crise lhe bater à porta, retirava rendimentos de 5000 a 6000 euros mensais com a actividade. Hoje, o rendimento do agregado familiar (que inclui o salário da mulher) não ultrapassa os 1300 euros. E a este montante, que tem de ser comunicado ao juiz que está a acompanhar o processo de insolvência, é depois subtraída uma percentagem para pagar aos credores. Assim será durante cinco anos - o período estipulado para o plano de pagamentos. "É difícil, mas é a única forma de os ressarcir, porque todos os imóveis que tinha já passaram para os bancos. Pelo menos, vivo mais descansado. Não tenho de andar a trocar de número de telefone para fugir às ameaças dos cobradores", conclui. Endividamento psicológicoCarlos, de 55 anos, diz que hoje vive "com as unhas cortadas, com a pele esticada". A família, que é composta por quatro filhos, teve de se mudar da vivenda onde moravam há 13 anos e arrendar um apartamento mais pequeno. As crianças saíram do colégio privado e, agora, estudam numa escola pública. Deixaram de ter dois carros, um Mercedes e um Toyota, e agora andam de Fiat. Há muitas inibições nas compras de supermercado e no lazer. E as férias são apenas lembranças do passado. "Isto mexe muito com a família", avisa o antigo empresário. Mexe com a família e com ele, que admite ter pensado em suicidar-se. Está a ser acompanhado por médicos para combater o estado depressivo a que chegou. Apesar de todos os meses ter de entregar os frutos do seu trabalho a terceiros, foi na insolvência que encontrou a saída possível. Uma pesquisa na Internet levou-o ao site www. endividamento. pt, um dos muitos que têm surgido nos últimos tempos e que prestam apoio a pessoas que estão mergulhadas em dívidas. Mais um fenómeno dos tempos. Foi nesta plataforma, gerida pela Associação Portuguesa para a Observação, Investigação e Apoio na Reeducação em Matéria de Endividamento (APOIARE), que encontrou as respostas que procurava. Contactou-os e foi encaminhado para um advogado especialista em insolvências. Sónia Varela, presidente da associação, nota que "há cada vez mais pessoas de classes mais altas envolvidas nestes problemas" e que os pedidos de ajuda de pessoas com rendimentos mais elevados "têm aumentado". A responsável explica que isto acontece porque "têm mais dificuldade em pedir ajuda a tempo, por vergonha" e porque "não querem abdicar do nível de vida a que estão habituados". Às vezes, sofrem de "endividamento psicológico", que deriva da pressão da envolvente social, "obrigando estas pessoas a manter as aparências para não serem excluídas". Quando dão o primeiro passo e percebem que não vão conseguir ultrapassar a instabilidade financeira sem um apoio mais especializado, a APOIARE tenta "perceber que soluções há para cada caso". A insolvência é apenas uma delas. Pode conseguir-se um acordo prévio com os credores, sem ter de chegar a tribunal. Recomeçar a vidaLuís M. Martins é advogado e lida diariamente com casos de endividamento. "São pessoas que andam a alimentar dívidas durante anos. Agora está pior porque não conseguem ir buscar mais dinheiro aos bancos. Há pessoas que devem 30 milhões de euros", explica. Na página que criou na Internet, publica artigos sobre o tema, dando conselhos a quem procura sair "de situações que muitas vezes nem sabe como criou". No fórum, caem comentários, pedidos de ajuda de portugueses que têm os bens penhorados, cobradores à porta e famílias despedaçadas. O advogado recebe-os no escritório e apresenta-lhes caminhos. A insolvência é uma prática comum no mundo das empresas, quando chegam a um ponto em que não conseguem pagar às instituições financeiras, aos fornecedores ou aos trabalhadores. Porém, ainda "há um grande desconhecimento por parte das pessoas singulares" quanto à possibilidade de se declararem insolventes. É a oportunidade de "não viverem à margem, a fugir às dívidas, a esconder o património", afirma Luís M. Martins. Uma vez declarada a insolvência de uma pessoa singular, é definido um plano de pagamentos pelo tribunal, em função dos seus bens e rendimentos. "Paga-se durante cinco anos o que se puder pagar, e depois recomeça-se a vida", acrescenta o advogado, que acredita que, regra geral, os endividados "não têm recaídas". Aprendem "uma lição de vida" e dificilmente voltam a mergulhar numa situação idêntica. No final do processo, o juiz faz uma apreciação do seu comportamento e, se tiverem respeitado o plano de pagamentos, "as dívidas são perdoadas" e volta-se à casa de partida. Accionista com vergonhaÉ esta a esperança de José Morgado Henriques, um dos principais accionistas da Papelaria Fernandes, uma marca centenária que não teve outra escolha que não declarar-se insolvente, em Abril de 2009, após mais de uma década a apresentar prejuízos. Com perto de 25 por cento do capital, o empresário foi escolhido, em 2008, para liderar esta nova fase na vida da empresa, que, nos últimos meses, foi obrigada a dispensar perto de 300 trabalhadores e a fechar duas lojas. Muitas das que permanecem abertas estão atrasadas no pagamento das rendas. A queda da empresa acabou por arrastar o gestor, que, além da Papelaria Fernandes, tem uma empresa de construção civil cuja facturação caiu de três milhões para 1, 5 milhões de euros no ano passado. Morgado Henriques nunca escondeu que "se arrepende" de se ter tornado accionista, em 2007, por indicação de outro sócio com quem tinha relações próximas, a Fundação Lourenço Estrada. "Sinto-me envergonhado por não estar a cumprir aquilo que me propus a cumprir e estou naturalmente condicionado pelo que vai acontecer a seguir", admite. A Papelaria Fernandes, à semelhança de muitas outras empresas, não resistiu à crise. Em 2009, as vendas apresentavam quedas de 49, 9 por cento, os prejuízos ultrapassavam os 17 milhões e as dívidas, maioritariamente contraídas junto da banca, chegavam aos 63, 5 milhões. Além de uma quebra na facturação, a história desta empresa centenária, fundada em 1891, também está envolta em acusações de má gestão, que têm como alvo a anterior equipa de administração, nomeada pelo accionista que vendeu a participação a Morgado Henriques, a Inapa. Contas feitas, o gestor diz que o seu orçamento mensal sofreu um corte de 2500 euros, sem contar com o dinheiro que tem investido na Papelaria Fernandes e que, se os credores se decidirem pela falência, será perdido. É no armazém, no Cacém, que tenta recuperar, euro a euro, o negócio pelo qual dá a cara. Montou uma loja com os produtos que nunca chegaram às lojas, muitos deles com décadas de existência, passadas no esquecimento das prateleiras da empresa. Há mochilas do Fido Dido, cadernos de 2001 com a selecção italiana na capa, rolos de fita colorida sem fim. Está tudo a ser vendido muito abaixo do preço de mercado, a associações de solidariedade e as outras empresas que vêm nisto uma oportunidade de encher os seus próprios armazéns a um custo reduzido. Os 110 trabalhadores que permanecem nas instalações "e que têm mãos hábeis" também dão um contributo. "Fazem cadernos e envelopes a partir do papel que ficou para aqui deixado", conta Morgado Henriques. Em casa do gestor, o esquema é o mesmo. Aproveita-se, recupera-se, enfim, economiza-se. Há três menores para criar, um deles tem meses. "Noto que temos uma perspectiva diferente sobre o orçamento. Há, sobretudo, mais consciência, mais preocupação", diz. Não nega que têm uma vida confortável, em comparação com o comum dos portugueses, mas mostra-se apreensivo quanto ao futuro. "Tenho receio de ser obrigado a tirar os meus filhos do colégio. É preciso tomar já algumas medidas de prevenção, como diminuir os gastos com restaurantes. "Mas o que mudou, realmente, foi a propensão de José Morgado Henriques para o investimento. Depois da experiência na Papelaria Fernandes, cujo desfecho se decidirá ainda este mês, sente-se "menos disponível para pôr dinheiro em novos projectos". O economista João César das Neves afirma que "toda a sociedade tem de reduzir o seu consumo, ajustando-o à realidade" e que "as classes mais altas terão de acompanhar e, em certos casos, liderar esse processo". O problema é que também é do investir que vive a economia e, sem isso, a recuperação do país torna-se ainda mais difícil. Vender jóias, comprar chinêsO investimento é apenas um dos muitos propulsores para sair da crise. Há algo ainda mais profundo que, quando falta, impede estas pessoas de dar a volta por cima. Há quem lhe chame força de vontade. Filipa Guimarães prefere chamar-lhe confiança. "Confiança no todo, para que nos sintamos instados a sair disto. E confiança em nós, que é o que a crise nos tira de mais precioso", diz a antiga grande repórter da SIC, que se despediu voluntariamente da estação de televisão privada, convencida de que "outro trabalho de certeza surgiria". Não foi isso que aconteceu, porém. E, aos 39 anos, voltou a viver da mesada dos pais, que, por pertencerem a um estrato com rendimentos elevados, dão-lhe 1000 euros por mês para se governar. Esta vida que hoje leva é muito diferente da que conheceu, sob os holofotes da caixinha mágica. Mais do que um bom salário, que rondava os 2000 euros, Filipa Guimarães era grande repórter. Algo que nem o dinheiro consegue pagar, porque lhe abria portas para um mundo de "deslumbramento". Traz um vestido vermelho, que comprou há cinco anos, na altura em que saiu da SIC. "Estavam a rescindir contrato com algumas pessoas e eu aproveitei para me vir embora, porque não estava satisfeita", conta. Saiu de cara levantada. Certa de que apareceriam outras oportunidades. Guiões de telenovelas, textos para jornais e, quem sabe, mais reportagens televisivas, agora independentes. A crise mostrou-lhe portas fechadas, pedidos sem resposta e trabalhos mal pagos. Lembra-se das extravagâncias que cometeu quando "o dinheiro parecia chegar para tudo". Uma viagem ao Brasil que pagou à prima, uma ida ao astrólogo, só por curiosidade, que lhe custou 250 euros. A vida mudou. Filipa também. Passa os dias em casa, "sem ninguém com quem falar". Nunca mais foi de férias, "quanto mais pagar viagens a alguém". Os programas sociais, que lhe preenchiam os dias, "deixaram de existir", assim como "pessoas que julgava amigas". E admite que está a ponderar "vender jóias da família". Descobriu as lojas dos chineses. Riscou as compras mais supérfluas da agenda. E recicla o que antes lhe parecia lixo. Hoje, o que lhe dá realmente prazer é andar com produtos baratos, mas com sentido de humor, como o porta-chaves que traz na carteira: um animal colorido ao qual saltam os olhos, quando apertado com força. "É isto que me dá alegria. " Está a escrever um livro sobre a reviravolta que sofreu a sua vida, para que "as pessoas percebam que não estão sozinhas e que há sempre caminhos alternativos". Mas, no fim, lá confessa: "Tenho saudades de dinheiro. "
REFERÊNCIAS:
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Alemanha quer ter um milhão de carros eléctricos até 2020
A Alemanha quer assumir a liderança do mercado de carros movidos a electricidade, e já traçou como meta ter um milhão de veículos deste tipo até 2020, num congresso realizado hoje em Berlim para criar uma plataforma nacional. (...)

Alemanha quer ter um milhão de carros eléctricos até 2020
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.2
DATA: 2010-05-03 | Jornal Público
SUMÁRIO: A Alemanha quer assumir a liderança do mercado de carros movidos a electricidade, e já traçou como meta ter um milhão de veículos deste tipo até 2020, num congresso realizado hoje em Berlim para criar uma plataforma nacional.
TEXTO: Na conferência participaram, além da chanceler, Ângela Merkel, e de vários ministros federais, representantes dos principais fabricantes automóveis e empresas energéticas do maior país da União Europeia. O tema central dos debates incidiu sobre as novas tecnologias para substituir os combustíveis fósseis nos motores dos automóveis, nomeadamente a energia eléctrica e as células de hidrogénio. A questão das infra-estruturas para o novo tipo de veículos, a respectiva formatação, a reciclagem e os materiais a utilizar no fabrico foram questões também abordadas. No Primeiro Congresso da Electromobilidade, em Berlim, os fabricantes de automóveis deixaram claro, no entanto, que são necessárias bonificações fiscais e outros apoios do Estado para acelerar a entrada no mercado dos novos veículos. Indústria pede subsídios europeusO presidente da Confederação da Indústria Automóvel, Matthias Wissmann, advogou “uma via comum europeia” para desenvolver os carros eléctricos, no que se refere aos subsídios à indústria. A chanceler, Angela Merkel, não respondeu directamente às propostas dos industriais, mas admitiu que “sobretudo a investigação” dos novos veículos possa ser fomentada. O objectivo do congresso era “coordenar melhor a concepção e produção de carros eléctricos”, disse o ministro federal dos transportes, Peter Ramsauer. Para concretizar estes planos, foram formados sete grupos de trabalho com a participação de responsáveis políticos e das indústrias envolvidas, os quais começarão a funcionar em finais de Maio. Fabricantes preparam novos modelosTodos os fabricantes de automóveis alemães, excepto a Porsche, estão a trabalhar intensivamente na investigação de carros eléctricos, e esperam ter vários modelos no mercado em 2013. A BMW anunciou o lançamento do “Megacity Vehicle”, e testa actualmente uma frota de 600 carros de dois lugares movidos a electricidade. A Daimler quer produzir em série uma versão eléctrica do Smart, a partir de 2012, e no ano seguinte quer colocar um carro eléctrico no mercado chinês, em cooperação com o fabricante local BYD. A Audi lançará o primeiro veículo deste género no mesmo ano, o e-tron, um carro de desporto da gama alta, com 330 cavalos de potência, e uma velocidade de ponta de 230 quilómetros por hora, que custará mais de 100 mil euros. Além disso, a fábrica de Ingolstadt projecta também uma versão eléctrica do A1, cuja versão a gasolina estará à venda ainda este ano. A Volkswagen, maior fabricante europeu, já anunciou também o mini-carro Up, a partir de 2012, e no mesmo ano versões movidas a eletricidade do “bestseller” Golf e do Jetta, além do E-Lavida, para o mercado chinês, este último talvez ainda mais cedo. Quanto à Opel, já revelou que comercializará na Europa, também até 2013, uma versão híbrida do Ampera (Volt norte americano), a electricidade e com um pequeno motor a gasolina para carregar a bateria, semelhante ao Volt, que começará a ser vendido em 2011 nos EUA.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA