Hungria limita independência do banco central, ao arrepio da UE
Ignorando os avisos da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional, o Parlamento húngaro aprovou uma lei que limita a autonomia do banco central, na última de uma série de derivas autoritárias do Governo conservador de Viktor Orban, ao arrepio das normas europeias. (...)

Hungria limita independência do banco central, ao arrepio da UE
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DATA: 2012-01-03 | Jornal Público
SUMÁRIO: Ignorando os avisos da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional, o Parlamento húngaro aprovou uma lei que limita a autonomia do banco central, na última de uma série de derivas autoritárias do Governo conservador de Viktor Orban, ao arrepio das normas europeias.
TEXTO: O diploma foi aprovado por 293 dos 386 deputados do Parlamento de Budapeste, onde a aliança liderada pelo Fidesz detém dois terços dos lugares. É graças a esta super-maioria que Orban aprovou em 18 meses uma nova Constituição e mais de uma dezena de diplomas que condicionam a liberdade dos media e garantem o controlo do Governo sobre quase todas as instituições públicas, do Tribunal Constitucional à Comissão Eleitoral. Uma das últimas vozes independentes era o governador do banco central, Andras Simor, e foi ele o alvo da lei aprovada na última sessão legislativa do ano: a partir de 2012, a administração do banco terá três vice-governadores (mais um do que actualmente) e o conselho monetário passará de sete para nove membros, sendo que em ambos os casos as nomeações serão feitas pelo primeiro-ministro. A proposta esteve na origem da ruptura, no início do mês, das negociações preliminares entre o Governo e representantes do FMI e da UE para a concessão de uma linha de crédito à Hungria, salva em 2008 da bancarrota por um empréstimo de 20 mil milhões de euros que o país se esforça agora por pagar. Numa primeira reacção ao voto, a Comissão Europeia anunciou que vai “avaliar o alcance jurídico da nova lei”, dando a entender que poderá enviar o caso para o Tribunal Europeu de Justiça caso o diploma viole os tratados europeus. Nesta quarta-feira, foram ainda aprovadas alterações de última hora à nova Constituição – que só entra em vigor a 1 de Janeiro. Entre elas está um novo artigo que dá ao procurador-geral o poder de escolher o tribunal em que irá decorrer qualquer processo e um outro que responsabiliza, de forma retroactiva, o Partido Socialista “pelos crimes do antigo regime”. Sucessor do ex-partido comunista, o MSZP é o principal partido da oposição, destronado em 2010 pelo Fidesz. Todas estas alterações têm “valor constitucional”, o que significa que só podem ser anuladas por uma votação de dois terços – um dispositivo que para o ex-primeiro-ministro belga e líder da bancada liberal do Parlamento Europeu, Guy Verhofstadt, mais não é do que “um cavalo de Tróia de um sistema político autoritário que visa a perpetuação no poder de um único partido”.
REFERÊNCIAS:
Kodak corre risco de entrar em insolvência
A empresa centenária que inventou o rolo de filme não conseguiu acompanhar a evolução tecnológica. (...)

Kodak corre risco de entrar em insolvência
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DATA: 2012-01-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: A empresa centenária que inventou o rolo de filme não conseguiu acompanhar a evolução tecnológica.
TEXTO: A empresa que inventou o rolo de filme e a máquina fotográfica está em vias de ser condenada pelo progresso. A Kodak, uma marca que se cruzou com a vida de uma parte substancial da população do mundo, corre sérios riscos de desaparecer. Anos a fio de prejuízos e uma dívida astronómica que os credores não querem reestruturar podem levar a empresa - criada por George Eastman há 131 anos - ao encerramento. A fragilidade da situação da Kodak não é nova. A empresa acabou por ser vítima do seu próprio sucesso. Em 1975, um engenheiro da companhia inventou a máquina de fotografia digital, mas a direcção do grupo entendeu que colocar esse produto no mercado era como matar a galinha de ovos de ouro - as máquinas tradicionais e os rolos de filme, que então garantiam à Kodak uma posição de liderança incontestável a nível mundial. Esta opção estratégica custou caro à companhia, que acabou por ser ultrapassada, à esquerda e à direita, pelas concorrentes que optaram pelo mundo digital. E mais ainda quando surgiram, primeiro, os telemóveis com câmara incorporada, e, depois, os tablets com o mesmo dispositivo. Alternativas falharamA Kodak ainda tentou outros mercados - produtos químicos, produtos de limpeza, meios de diagnóstico médico -, mas nunca mais conseguiu inverter o rumo negro dos acontecimentos. Mesmo a mais recente aposta, na área das impressoras, foi tardia e, por isso, de parcos resultados face aos gigantes que entretanto se tinham instalado no mercado, como era o caso da Hewlett-Packard. Para além de reportar trimestres consecutivos de prejuízos, a companhia foi afundando na bolsa à medida que o tamanho da dívida crescia. Acabou a valer menos de um dólar por acção na bolsa de Nova Iorque, limite a partir do qual arrisca a expulsão do sistema de negociação. Mas, ontem, o The Wall Street Journa veio revelar o cenário mais negro - a iminência de a empresa solicitar o regime de protecção de credores, o que lhe confere espaço de manobra para uma reestruturação que, se não acontecer, desemboca num inevitável processo de falência. Poucos acreditam que a Kodak acabe por sair bem na fotografia. O seu mais valioso activo é a carteira de patentes (1100) na área do digital, que, aliás, diz terem sido alvo de abuso por muitas marcas de telemóveis e tablets. Só à Apple e à Blackberry, a empresa pede mil milhões de euros por utilização abusiva de tecnologia sua. Recentemente, a Kodak ganhou um litígio de 650 milhões de euros à Samsung pelas mesmas razões. O problema é que o tempo urge e as tentativas passadas para rentabilizar esses activos não tiveram o sucesso esperado.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave negro abuso
Nasceram em laboratório as primeiras quimeras de macacos
São macacos rhesus de corpo inteiro, os que nasceram em laboratório. Tecido a trabalhar com tecido, sistemas a funcionarem em pleno. Mas quem for comparar o ADN de uma célula com o ADN da célula ao lado pode encontrar dois genomas completamente diferentes, mostra um estudo publicado online nesta quinta-feira na revista Cell, que dá um passo em frente na manipulação de embriões em primatas. (...)

Nasceram em laboratório as primeiras quimeras de macacos
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DATA: 2012-01-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: São macacos rhesus de corpo inteiro, os que nasceram em laboratório. Tecido a trabalhar com tecido, sistemas a funcionarem em pleno. Mas quem for comparar o ADN de uma célula com o ADN da célula ao lado pode encontrar dois genomas completamente diferentes, mostra um estudo publicado online nesta quinta-feira na revista Cell, que dá um passo em frente na manipulação de embriões em primatas.
TEXTO: Normalmente um embrião desenvolve-se a partir de uma célula que é fruto da fusão de um óvulo com um espermatozóide, o que resulta num genoma único e num animal original. Desta vez os cientistas conseguiram juntar seis embriões de macacos rhesus diferentes, cada um apenas com quatro células. Os embriões misturaram-se, produzindo apenas um animal que tem células provenientes dos diferentes embriões, com ADN diferente. Ou seja, uma quimera. Tinham-se conseguido obter quimeras de ratos e de outras espécies, mas o conceito nunca tinha sido reproduzido em primatas. “As células nunca se fundem, mas ficam juntas e trabalham em conjunto para formar tecidos e órgãos”, explicou Shoukhrat Mitalipov, em comunicado. O cientista do Centro Nacional de Oregon para a Investigação de Primatas, da Universidade de Ciência e Saúde de Oregon, EUA, líder da investigação e último autor do artigo. “As possibilidades para a ciência são enormes. ”O sucesso da experiência não veio do pé para a mão. A equipa começou por repetir a técnica utilizada para criar quimeras de ratos. Colocaram células estaminais embrionárias de macacos rhesus produzidas em laboratório, que podem originar todo o tipo de tecidos, num embrião do primata um pouco mais desenvolvido, em que já existe uma bola externa de células que vai dar a placenta e uma bolinha interna de células pluripotentes que originará o animal. As células estaminais de laboratório foram colocadas na bolinha interna. Mas nos macacos rhesus a experiência falhou. As células pluripotentes estavam numa fase mais adiantada do que as suas equivalentes nos embriões de ratos. Para Mitalipov, isto mostra que ainda se sabe muito pouco sobre o que as células pluripotentes dos primatas são capazes de fazer. A equipa teve que misturar embriões completos, numa fase bem mais precoce, para ter sucesso. Da experiência, nasceram três macacos rhesus: os gémeos falsos roku e hex, e chimero. “Não podemos utilizar o rato como modelo de tudo”, disse o cientista. “Se queremos passar das terapias de células estaminais no laboratório para testes clínicos, e dos ratos para humanos, temos que compreender o que é que as células dos primatas conseguem e não conseguem fazer. Temos que estudá-las em humanos, incluindo embriões humanos”, referiu, acrescentando que, no entanto, ninguém queria produzir quimeras humanas.
REFERÊNCIAS:
Descoberta na Alemanha uma carta rara de Beethoven
Uma carta de Beethoven, até agora desconhecida, foi encontrada na Alemanha e vai ser apresentada ao público no próximo dia 18 pelo Instituto de Música Brahms. No documento, Beethoven procura um comprador para a partitura “Missa Solemnis”. (...)

Descoberta na Alemanha uma carta rara de Beethoven
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DATA: 2012-01-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: Uma carta de Beethoven, até agora desconhecida, foi encontrada na Alemanha e vai ser apresentada ao público no próximo dia 18 pelo Instituto de Música Brahms. No documento, Beethoven procura um comprador para a partitura “Missa Solemnis”.
TEXTO: Segundo a agência Efe, a carta, avaliada em cerca de 150 mil euros, faz parte da vasta colecção que Renate Wirth, bisneta do destinatário da carta, deixou de herança ao Instituto Brahms, depois de ter morrido em 2011. Data de Julho de 1823, na carta Beethoven pede ajuda ao músico e compositor Franz Anton Stockhausen para encontrar um comprador para a partitura da recém acabada “Missa solemnis”, considerada pelo próprio como uma das suas obras mais significativas. Ao longo de três páginas, Beethoven queixa-se de estar doente e explica que está a ficar sem dinheiro. “O meu baixo rendimento e a minha doença exigem esforços”, escreveu o músico, que morreu em 1827, apenas quatro anos depois de compor “Missa solemnis”. Da colecção doada ao Instituto, a carta é a peça mais valiosa, mas entre os objectos de valor estão ainda partituras, exemplares de ensaio, programas de concertos e grande parte do repertório do quarteto Joachim-Quarte, fundado em Berlim em 1869, assim como álbuns fotográficos e uma batuta de marfim do músico Julius Stockhausen. No total foram doadas ao importante instituto de música 20 caixas de arquivo com materiais musicais. Para o director da Instituição, Wolfgang Sandberger, esta colecção tem um importante valor musicológico, uma vez que atravessa diferentes gerações de música, reflectindo ainda toda a importância que a família Stochkhausen teve no meio. O filho de Franz Anton Stockhausen, Julius (1826-1906), foi cantor e figura chave do género "lied" alemão, ao ser o primeiro a interpretar, ao lado de Brahms (1833-1897), os ciclos completos de "Die Winterreise" ("Viagem de Inverno") e "Die schöne Müllerin" ("A Bela Moleira"), do compositor austríaco Franz Schubert. A carta, que vai ser apresentada na próxima semana, ficará depois exposta no museu do instituto até ao dia 29 de Janeiro.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filho ajuda doença género marfim
DRCN dispõe de um orçamento de investimento de 1,4 milhões para 2012
A Direcção Regional de Cultura do Norte (DRCN) dispõe de um orçamento de 1,4 milhões de euros em 2012, destinado, na sua quase totalidade, para assegurar a comparticipação nacional dos vários projectos comunitários que estão em curso. (...)

DRCN dispõe de um orçamento de investimento de 1,4 milhões para 2012
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DATA: 2012-01-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: A Direcção Regional de Cultura do Norte (DRCN) dispõe de um orçamento de 1,4 milhões de euros em 2012, destinado, na sua quase totalidade, para assegurar a comparticipação nacional dos vários projectos comunitários que estão em curso.
TEXTO: Paula Silva, directora da DRCN, disse à Lusa que, por causa das dificuldades que o país atravessa, a data de conclusão de vários projectos se vai estender até 2013. “É uma forma de se conseguir concretizar as coisas, não deixando cair os projectos e as iniciativas que estavam programadas”, salientou. Para 2012, a DRCN dispõe de um orçamento de 1, 4 milhões de euros, menos 13% do que no ano anterior, verba essa que vai servir para assegurar a comparticipação nacional das candidaturas ao QREN. Depois de terminada a intervenção no Mosteiro de Santa Maria de Salzedas, este ano vai arrancar mais uma fase do projecto Vale do Varosa, com a musealização das ruínas de São João de Tarouca e a construção de centro de acolhimento de Ferreirim. O “Vale do Varosa” representa um investimento de 3, 1 milhões de euros na criação de uma rede de monumentos, que se espalham entre Tarouca e Lamego, e pretende servir de complemento ao turismo no Douro. A DRCN vai prosseguir ainda com a intervenção na Fonte do Milho, na Régua, para onde está a ultimar o projecto de consolidação das ruínas arqueológicas. A Estação Arqueológica da Fonte do Milho, monumento nacional desde 1959, está a ser alvo de uma intervenção que vai custar 1, 1 milhões de euros e resulta de uma parceria com a câmara de Peso da Régua. Vestígios encontrados neste local revelam que o Douro produz vinho há cerca de dois mil anos, por intermédio dos romanos que passaram pelo vale duriense. Em obra estão também a Capela de São Pedro de Balsemão, em Lamego, que remonta ao século X e é uma das primeiras igrejas de que há registo, e o mosteiro da Ribeira, em Sernancelhe, num projecto que conta com a colaboração da autarquia local. A Rota das Catedrais, que prevê a recuperação e valorização de sete destes monumentos, já teve a aprovação condicionada na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN) e deverá arrancar ainda este ano. No âmbito do projecto Românico Atlântico, estão também a ser intervencionadas três igrejas nos concelhos de Santo Tirso, Bragança e Mogadouro, com o apoio da Fundação Iberdola e a junta de Castela e Leão. “As intervenções no património têm que ser contidas. O tempo dos elefantes brancos acabou”, salientou Paula Silva. Em breve, segundo a responsável, será lançada a segunda edição do Prémio Douro Ensaio, que atribui cinco mil euros a um trabalho escrito sobre este território e resulta de um mecenato da EDP. A direcção regional está ainda a ultimar a tradução para castelhano dos sete documentários “O Douro nos caminhos da literatura”, que propõem uma viagem pela região através da obra e lugares de eleição de escritores durienses. Os documentários homenageiam os escritores João Araújo Correia, Domingos Monteiro, Pina de Morais, Aquilino Ribeiro, Trindade Coelho, Guerra Junqueiro e Miguel Torga. A ideia é que sirvam para divulgar a cultura portuguesa no país vizinho. “Num período de crise, como este que estamos atravessar, o fundamental é conseguir rentabilizar o que já temos. Tem de haver um esforço de contenção muito grande”, frisou.
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Para salvar as baleias, o melhor é dar-lhes um preço, dizem cientistas
Enquanto ambientalistas e baleeiros travam, neste momento, uma luta sem tréguas nos mares frios do Oceano Sul, dois cientistas norte-americanos sugerem uma alternativa para acabar com a caça à baleia: colocar-lhes um preço e pô-las à venda. (...)

Para salvar as baleias, o melhor é dar-lhes um preço, dizem cientistas
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DATA: 2012-01-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: Enquanto ambientalistas e baleeiros travam, neste momento, uma luta sem tréguas nos mares frios do Oceano Sul, dois cientistas norte-americanos sugerem uma alternativa para acabar com a caça à baleia: colocar-lhes um preço e pô-las à venda.
TEXTO: Um sistema de comércio de quotas de caça poderia reduzir as capturas praticamente a zero, segundo os investigadores Christopher Costello e Steven Gaines, da Escola Bren de Ciência e Gestão Ambiental, da Universidade da Califórnia. A ideia, descrita num comentário publicado na edição desta semana da revista Nature, parece a princípio simples. Todos os países representados na Comissão Baleeira Internacional (CBI) – sejam pró ou contra a caça – receberiam quotas de caça. Há três opções para a sua utilização: ou são utilizadas, ou são guardadas para o ano seguinte, ou são anuladas para sempre. “O número de baleias caçadas dependeria de quem possui as licenças”, afirmam os investigadores. Numa das situações extremas, as nações baleeiras comprariam todas as licenças e capturariam todas as baleias, até a um limite considerável sustentável. No outro extremo, os países não-baleeiros ou outras organizações investiriam na aquisição das quotas, para garantir que nenhuma baleia é abatida. “O preço que emergiria no mercado iria reflectir tanto a disponibilidade de um [país] baleeiro em pagar pelo abate de uma baleia, como a disponibilidade de um conservacionista em pagar para a salvar”, explica Christopher Costello, numa entrevista por email ao PÚBLICO. Segundo os investigadores, há boas razões a indicar que a segunda opção é a mais provável. A caça à baleia gera 31 milhões de dólares por ano (24 milhões de euros) de receitas, nas contas apresentadas no artigo. E os conservacionistas gastam 25 milhões de dólares anuais em campanhas e acções directas contra a caça à baleia. Só a organização Sea Shepherd - que todos os anos lança-se num jogo do gato e do rato com os navios baleeiros japoneses em pleno oceano – tem este ano em campo três embarcações, com 88 tripulantes, mais um veículo aéreo não-tripulado, para filmar e dar indicações precisas sobre a posição do “inimigo”. Ou seja, este dinheiro gasto pelos conservacionistas, mais o de países que se opõem à actividade baleeira, poderia ser aplicado na aquisição de quotas, facilmente compensando as receitas de quem caça baleias. “Esta é a essência da ideia. A nossa abordagem poderia, possivelmente, conduzir a caça a zero”, diz Christopher Costello ao PÚBLICO. Segundo os investigadores, uma baleia-anã – a mais caçada – gera 13 mil dólares (10 mil euros) em receitas. Já uma baleia-comum vale 85 mil dólares (66 mil euros). “Os preços das baleias estariam, portanto, ao alcance dos grupos conservacionistas ou mesmo de algumas pessoas individuais”, argumenta o artigo publicado na Nature. Se a ideia funcionasse, poderia ser o fim da divisão histórica que existe na Comissão Baleeira Internacional (CBI), onde dois grupos de países não se entendem, desde que foi adoptada uma moratória à caça comercial à baleia, em 1986. Apesar da moratória, cerca de 2000 baleias são abatidas anualmente, metade pelo Japão – para “fins científicos” – e um quarto pela Noruega, que apresentou uma objecção formal à proibição da caça comercial. Há anos que as reuniões da CBI são palco de uma batalha sem fim entre os países que pretendem retomar a caça comercial e os que nem querem ouvir falar disso, temendo um descontrolo com consequências dramáticas para os grandes cetáceos. Na lógica dos investigadores norte-americanos, um sistema de quotas transaccionáveis poderia deixar todos satisfeitos, acabando com o conflito. Mas não será assim tão fácil. “Esta proposta trabalha sobre pressupostos errados”, afirma o biólogo Jorge Palmeirim, que tem representado Portugal nas reuniões da CBI nos últimos anos. A primeira crítica vai para a ideia de que o problema das baleias está nas 2000 que são mortas todos os anos. Segundo Jorge Palmeirim, o declínio na população dos grandes cetáceos tem raízes na caça comercial até à moratória, com dezenas de milhares de animais abatidos por ano e cujos efeitos perduram até hoje.
REFERÊNCIAS:
Ciberdúvidas, 15 anos a favor da língua portuguesa
Foi há 15 anos. Os jornalistas João Carreira Bom e José Mário Costa resolveram avançar com uma ideia que há muito vinham amadurecendo: criar um espaço de promoção do português na internet. Nasceu o Ciberdúvidas da Língua Portuguesa. Em 2011, o site recebeu uma média mensal de 300 mil visitas. (...)

Ciberdúvidas, 15 anos a favor da língua portuguesa
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DATA: 2012-01-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: Foi há 15 anos. Os jornalistas João Carreira Bom e José Mário Costa resolveram avançar com uma ideia que há muito vinham amadurecendo: criar um espaço de promoção do português na internet. Nasceu o Ciberdúvidas da Língua Portuguesa. Em 2011, o site recebeu uma média mensal de 300 mil visitas.
TEXTO: Como se deve dizer (ou escrever) determinada palavra? “Encarregado” ou “encarregue”? “Podem calar-se” ou “podem-se calar”? É o mesmo dizer “em hipótese alguma” e “em hipóteses nenhuma”? E qual o feminino das palavras barão e cônsul?Ao longo do tempo, foram aumentando as perguntas colocadas ao http://www. ciberduvidas. com/ cujos fundadores, inspirados numa ideia de serviço público para prestar um serviço universal e gratuito, montaram uma equipa com professores especializados em várias áreas da língua portuguesa para responder às questões mais diversas e garantir as actualizações diárias daquele site. A morte súbita de Carreira Bom em Janeiro de 2002 não diminuiu a actividade do Ciberdúvidas que passou a ter apenas José Mário Costa à frente do grupo. No ano passado, este espaço de promoção do português recebeu uma média de 300 mil visitas. As respostas já ultrapassaram as 30 mil, num total de 40 mil textos acerca de diversas questões, entre as quais, as respeitantes à terminologia linguística ou à polémica em torno do acordo ortográfico, refere José Mário Costa. Entre os utilizadores do Ciberdúvidas, contam-se as pessoas que fazem da língua o seu instrumento de trabalho, como jornalistas, tradutores, revisores ou juristas, de ensino e aprendizagem, como professores, alunos e estudantes – muitos estrangeiros, inclusive, de países como a China ou a Austrália. Com a adopção do Acordo Ortográfico no ensino básico e secundário, em Setembro passado, verificou-se um aumento considerável de pedidos para esclarecimento de dúvidas. “Não há um dia que não cheguem perguntas sobre as novas regras da escrita do português, nomeadamente da comunidade escolar, professores e alunos. Perguntas de Portugal, mas também do Brasil, país de onde chega o segundo maior fluxo de consultas ao Ciberdúvidas”, explica José Mário Costa. As dúvidas mais insistentes, diz, “respeitam às novas regras do uso hífen e da aglutinação, para além dos casos da queda ou não da dupla consoante”. Mas o objectivo deste site ultrapassa o de consultório, constituindo-se como um espaço de esclarecimento e de debate sobre as questões do português nos países de língua oficial portuguesa. É que, como língua viva e dinâmica, o português vai fluindo ao sabor de quem a fala. Não faltam os exemplos de palavras que antes significavam uma coisa e, com os tempos, evoluíram para outros sentidos. “O problema, nos tempos que correm – por via da influência dominante do audiovisual e do menor rigor no uso do idioma nacional –, é quando a persistência no erro vai transformando os chamados “equívocos” em verdades… mediáticas”, nota José Mário Costa, dando como exemplos, “o caso do “solarengo” que passou a ser usado no sentido de “soalheiro”, ou da expressão “ovelha ranhosa”, em vez de “ovelha ronhosa”” Ou da recorrente troca entre o “ir de encontro a” e o “ir ao encontro de”. Dos anómalos “despoletar”, “rúbrica”, “interviu” e ”intervido”. Ou, ainda, o permanente mau uso do verbo nas frases iniciadas com a expressão “um dos que…”…Este espaço da promoção da língua portuguesa garante ainda três programas de rádio na RDP e a responsabilidade dos conteúdos do programa “Cuidado com a Língua!, ” na RTP protagonizado pelo actor Diogo Infante. A “carolice” e generosidade dos que colaboram com o Ciberdúvidas, o patrocínio da Fundação Vodafone e o apoio Universidade Lusófona que cedeu as instalações onde funciona, permitem que este serviço continue a ser prestado, mesmo depois de ter sido retirado o patrocínio dos CTT, no ano passado.
REFERÊNCIAS:
Cabeça, mãos e pés humanos descobertos ao pé do letreiro de Hollywood
Depois de na terça-feira ter sido encontrada uma cabeça humana junto às emblemáticas letras que formam a palavra Hollywood, em Los Angeles, foram agora encontrados no mesmo local duas mãos e dois pés. (...)

Cabeça, mãos e pés humanos descobertos ao pé do letreiro de Hollywood
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-01-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Depois de na terça-feira ter sido encontrada uma cabeça humana junto às emblemáticas letras que formam a palavra Hollywood, em Los Angeles, foram agora encontrados no mesmo local duas mãos e dois pés.
TEXTO: As autoridades indicaram que precisarão de levar a cabo alguns testes para confirmar se os restos humanos pertencem todos à mesma pessoa. Na terça-feira, duas pessoas que passeava alguns cães descobriram uma cabeça humana embrulhada num saco plástico. O “Los Angeles Times” avança que a cabeça pertence a um homem na casa dos 40 anos e, pelas condições em que se apresentava, não teria sido depositada no local há muito tempo. O comandante de polícia Andrew Smith disse à Associated Press que o homem poderia ter sido morto noutro local, um ou dois dias antes do achado macabro naquela emblemática zona californiana conhecida por Hollywood Hills. Os investigadores deverão em breve divulgar um retrato-robô da vítima, a fim de que esta possa ser identificada.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave humanos homem morto cães
Mini-hídrica do Roxo, inaugurada há ano e meio, ainda não produziu energia eléctrica
Equipamento que custou quase três milhões de euros não serve para nada. Atrasos na rede de rega do Roxo tornam desnecessário ir buscar a água de Alqueva que faria funcionar a central. (...)

Mini-hídrica do Roxo, inaugurada há ano e meio, ainda não produziu energia eléctrica
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento -0.16
DATA: 2012-01-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: Equipamento que custou quase três milhões de euros não serve para nada. Atrasos na rede de rega do Roxo tornam desnecessário ir buscar a água de Alqueva que faria funcionar a central.
TEXTO: O antigo primeiro-ministro José Sócrates deslocou-se em Julho de 2010 a Ervidel, freguesia do concelho de Aljustrel, para anunciar a chegada da água de Alqueva à albufeira do Roxo e inaugurar a mini-hídrica situada à beira do espelho de água, para produzir energia a partir dos caudais provenientes de Alqueva. Decorrido ano e meio o equipamento, que custou 2, 9 milhões de euros, continua sem produzir energia. E tudo leva a crer que esta situação se mantenha por mais dois ou três anos. Isto, porque a cota que a albufeira do Roxo apresenta neste momento, cerca de 75% da sua capacidade máxima, equivale a 73 milhões de metros cúbicos de água e as necessidades para rega, abastecimento público das populações de Beja e Aljustrel e uso industrial rondam os 20 milhões de metros cúbicos/ano. Como a construção de parte substancial das redes de rega programadas no âmbito do sistema de rega de Alqueva para serem abastecidas a partir da albufeira do Roxo está suspensa, o volume de água actualmente ali existente, e oriundo da própria bacia do Roxo, "dará no mínimo para dois anos de consumo", afirma António Parreira, presidente da Associação de Beneficiários (regantes) do Roxo. Não havendo necessidade de ir buscar água a Alqueva, a mini-hídrica do Roxo continuará a não dispor dos caudais necessários para funcionar nos próximos dois ou três anos. A EDIA, empresa que gere o projecto de Alqueva, admitiu que o equipamento para a produção de energia está "em fase de exploração", mas "não se verificou ainda a necessidade de reforçar os caudais" à albufeira do Roxo, a partir dos quais se processa a produção de energia. A mini-hídrica revela também alguns problemas com a segurança dos seus equipamentos, uma vez que se encontra num espaço isolado, a cerca de um quilómetro de Ervidel, e sem qualquer espécie de vigilância humana. No lugar desta foi instalado um sistema de televigilância "com captação e registo de imagens e o envio de mensagens de alarme, via sms" garantem os responsáveis da EDIA. O presidente da Junta de Freguesia de Ervidel, Manuel Nobre, diz, todavia, que o roubo de componentes do equipamento já obrigou a EDIA a colocar um vigilante, mas que este só lá esteve alguns dias. A empresa assegura, porém, "não se ter verificado qualquer tentativa de entrada no interior das instalações". No seu espaço exterior são patentes os sinais da falta de manutenção, com a erva a crescer e o lixo a acumular-se. Na parte traseira do recinto em que a central foi montada, os pescadores têm um local de eleição para lançar o isco no canal por onde a água deverá entrar na albufeira. Mas a única vez em que isso aconteceu foi no dia da inauguração da mini-hídrica, na presença de José Sócrates, que assim quis celebrar a chegada da água da barragem de Alqueva ao Roxo. A pequena central hidroeléctrica tem capacidade para produzir anualmente 4, 45 GWh e foi a última das cinco unidades do mesmo género que a EDIA instalou para fazer o aproveitamento da energia produzida a partir dos caudais debitados para os subsistemas de rega de Alqueva e Ardila, aproveitando as diferenças de cotas existentes.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave consumo género espécie
La Fura Dels Baus pôs ao rubro dezenas de milhares de pessoas em Guimarães
Caminhar até ao Largo do Toural, no centro de Guimarães, foi uma tarefa hercúlea, no dia em que a “cidade berço” celebrou o arranque da Capital Europeia da Cultura (CEC). (...)

La Fura Dels Baus pôs ao rubro dezenas de milhares de pessoas em Guimarães
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-01-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: Caminhar até ao Largo do Toural, no centro de Guimarães, foi uma tarefa hercúlea, no dia em que a “cidade berço” celebrou o arranque da Capital Europeia da Cultura (CEC).
TEXTO: Dezenas de milhares de pessoas encheram as ruas e praças do centro histórico da cidade, para assistir à demonstração multimédia que conjugou música, projecção de vídeo e iluminação nas fachadas do Largo do Toural, uma técnica conhecida como “videomapping”. Com o espectáculo da companhia catalã La Fura dels Baus, intitulado Berço de Uma Nação, o Largo do Toural viu-se transformado num gigantesco teatro de marionetas, em que um homem e um cavalo gigantes, suportados por gruas, circularam por entre a multidão, que no final já cantava em uníssono o hino “Guimarães allez”. Com o espectáculo coroado com fogo de artifício, La Fura dels Baus pretendeu representar a Europa através da marioneta de um homem gigantesco, enquanto Portugal esteve simbolizado pelo cavalo, uma metáfora que culminou com o encontro entre os dois, em pleno centro da praça. “Os vimaranenses estão de parabéns”, disse à Agência Lusa Paulo Mendes, para quem o arranque da CEC “não poderia ter sido melhor”, pelo que “não só os vimaranenses mas também todos os portugueses deveriam estar orgulhosos”. Lurdes García veio da Galiza de propósito para ver o arranque da Capital da Cultura e os La Fura dels Baus, e exclamou à Lusa que após a inauguração virá “sem dúvida mais vezes”. A celebração prosseguiu pela noite dentro em Guimarães, com um programa denominado “A primeira noite”, em que bares, ruas, largos do centro histórico recebem exposições, actuações de DJ e vários tipos de música ao vivo.
REFERÊNCIAS: