Emprego em Portugal voltou a cair no terceiro trimestre
O emprego caiu 0,3% em Portugal entre Junho e Setembro face ao segundo trimestre, e 0,1 % quer na zona euro quer no conjunto da UE. (...)

Emprego em Portugal voltou a cair no terceiro trimestre
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DATA: 2011-12-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: O emprego caiu 0,3% em Portugal entre Junho e Setembro face ao segundo trimestre, e 0,1 % quer na zona euro quer no conjunto da UE.
TEXTO: O valor para Portugal significa que no terceiro trimestre o emprego voltou a cair em cadeia, após ter estabilizado no primeiro semestre do ano (0, 0% e +0, 1% no primeiro e segundo trimestres). No final de 2010 tinha caído 0, 5%. A queda registada em Portugal foi a terceira maior da zona euro (mas sem que sejam conhecidos valores para a Grécia), a par da Dinamarca e atrás da Eslovénia (-0, 5%) e da Espanha (-1, 5%). Em termos homólogos, o emprego caiu 0, 8% no terceiro trimestre deste ano (face a igual período do ano passado), enquanto na zona euro subiu 0, 2%, segundo dados divulgados hoje pelo Eurostat. A queda homóloga do desemprego em Portugal foi igual à do segundo trimestre, depois de -1, 8% no final de 2010 e -1, 6% no primeiro trimestre deste ano. Os -0, 8% de Portugal representam a quarta maior queda homóloga do emprego entre os países da zona euro, a par da Dinamarca e atrás da Espanha (-1, 5%), da Eslovénia (-1, 8%) e da Grécia (cujo valor provisório aponta para -7, 6%). Ao nível europeu, a queda do emprego registou-se sobretudo na agricultura e pescas (-4, 6% homólogos na UE e 2, 2% na zona euro) e na construção (-2, 8% homólogos na UE e -3, 8% na zona euro). O Eurostat não apresenta dados sectoriais por país.
REFERÊNCIAS:
Entidades UE
Goa: o dia em que a paciência da Índia chegou ao fim
Para Salazar, entregar Goa era como cortar uma mão. Não havia diálogo possível com Nehru, não havia nada a discutir. Ao fim de 14 anos, o primeiro-ministro indiano desistiu. Foi o fim do Estado Português da Índia. (...)

Goa: o dia em que a paciência da Índia chegou ao fim
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DATA: 2011-12-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: Para Salazar, entregar Goa era como cortar uma mão. Não havia diálogo possível com Nehru, não havia nada a discutir. Ao fim de 14 anos, o primeiro-ministro indiano desistiu. Foi o fim do Estado Português da Índia.
TEXTO: Podia ter sido ontem. Primeiro o som de um avião a sobrevoar a casa, depois, olhos já postos no céu, outro e mais outro. Eram sete da manhã e a invasão de Goa pelas forças indianas estava em marcha desde as primeiras horas do dia 18 de Dezembro. Valentino Viegas desafiou a prudência - é assim aos 19 anos - e passou o tempo na rua, sem perder um segundo do dia que mudou a História. "Foram três aviões a jacto. E portugueses não eram porque Portugal não os tinha. Passados alguns segundos ouvi bombardeamentos. " É sem esforço que Valentino Viegas, hoje historiador, traz para esta tarde de domingo, no seu apartamento em Benfica, as memórias de uma segunda-feira de 1961 desenrolada a mais de oito mil quilómetros de distância. Havia quem tivesse captado sinais de que alguma coisa estava prestes a acontecer em Goa. Mas muitos, como ele, não acreditavam vir a assistir à entrada de tropas indianas no território. Leia mais no PÚBLICO de hoje e na edição online exclusiva para assinantes. Releia aqui as reportagens de Francisca Gorjão Henriques (texto) e Miguel Manso (fotografias)- Silêncio, que se vai cantar um mandó- Em casa do doutor Hugo Meneses, "primeiro indiano e depois goês"- Goa: Onde as pessoas estão divididas no seu passado, no seu presente e no seu futuro- Govind já pode vestir camisas- O pescador, o combatente e o jornalista que só queria ser goês- Na terra do sossegado as pessoas estão inquietas
REFERÊNCIAS:
Tempo Dezembro
Tripulantes salvos de veleiro que se afundou ao largo de Aveiro
Três tripulantes espanhóis foram hoje resgatados por um helicóptero da Protecção Civil ao largo de Aveiro, depois de o veleiro onde seguiam se ter afundado, disse fonte do Centro de Controlo do Tráfego Marítimo do Porto de Aveiro. (...)

Tripulantes salvos de veleiro que se afundou ao largo de Aveiro
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DATA: 2011-12-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: Três tripulantes espanhóis foram hoje resgatados por um helicóptero da Protecção Civil ao largo de Aveiro, depois de o veleiro onde seguiam se ter afundado, disse fonte do Centro de Controlo do Tráfego Marítimo do Porto de Aveiro.
TEXTO: “Trata-se de um veleiro espanhol que foi ao fundo. Tinha três tripulantes a bordo que estão a salvo. Estão bem”, disse a fonte. Os tripulantes foram inicialmente socorridos por uma embarcação de pesca que se encontrava próxima e resgatados depois pelo helicóptero. O alarme foi dado pouco antes das 8h00 e pouco depois foi accionado o Helicóptero de Socorro e Assistência. Os tripulantes foram resgatados cerca das 9h45 e encaminhados para os hospitais universitários de Coimbra.
REFERÊNCIAS:
Cidades Coimbra
Rendimento agrícola cai em Portugal e sobe na União Europeia
O rendimento real por trabalhador agrícola em Portugal deve registar uma queda de quase 11%, enquanto os valores esperados para a União Europeia (EU) devem assinalar uma subida 6,7%, segundo o Eurostat. (...)

Rendimento agrícola cai em Portugal e sobe na União Europeia
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DATA: 2011-12-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: O rendimento real por trabalhador agrícola em Portugal deve registar uma queda de quase 11%, enquanto os valores esperados para a União Europeia (EU) devem assinalar uma subida 6,7%, segundo o Eurostat.
TEXTO: Portugal deve apresentar uma queda de 10, 7% no ano de 2011, em relação a 2010. Além de Portugal, também a Bélgica, Malta e Finlândia apresentam descidas na ordem dos 22, 5%, 21, 2% e 9, 6%, respectivamente. Por seu turno, Roménia (43, 7%), Hungria (41, 8%), Irlanda (30, 1% e Eslováquia (25, 3%) são os países com os maiores crescimentos esperados para o rendimento agrícola por trabalhador. Em média, a UE apresenta um crescimento de 6, 7%, impulsionado, principalmente, pelas plantações agrícolas e pela produção animal, conforme os dados revelados pelo Eurostat. O relatório divulgado hoje pelo gabinete europeu de estatística revela as estimativas dos rendimentos reais da agricultura por trabalhador para o ano de 2011.
REFERÊNCIAS:
Entidades UE
Cáritas pede mais ajuda a pessoas carenciadas por parte da Segurança Social
O presidente da Cáritas Portuguesa, Eugénio Fonseca, defendeu hoje que a Segurança Social devia ajudar mais as pessoas carenciadas face às dificuldades anunciadas para 2012, mas desconfia dessa possibilidade face à redução dos apoios sociais nos últimos anos. (...)

Cáritas pede mais ajuda a pessoas carenciadas por parte da Segurança Social
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DATA: 2011-12-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: O presidente da Cáritas Portuguesa, Eugénio Fonseca, defendeu hoje que a Segurança Social devia ajudar mais as pessoas carenciadas face às dificuldades anunciadas para 2012, mas desconfia dessa possibilidade face à redução dos apoios sociais nos últimos anos.
TEXTO: "Em termos da acção social directa - disponibilização de verbas para ajudar algumas famílias a fazerem face a despesas com a habitação, saúde e alimentação - já há mais de dois anos que não recebemos nada da Segurança Social", disse Eugénio Fonseca. "Se não fosse a sociedade civil, a situação seria mais dramática", acrescentou, lembrando que só a Cáritas de Setúbal, a que também preside, recebe todas as semanas cerca de cinco a seis novos pedidos de ajuda. Em declarações à agência Lusa, o presidente da Cáritas disse concordar com os cortes nos salários e nas pensões mais elevadas, mas defendeu que, em simultâneo, se deveriam aumentar os salários e as pensões mais baixas, no que considerou ser uma forma de "diferenciação positiva". "Cortando nos salários e lançando as pessoas no desemprego, se não houver uma almofada social, só podemos esperar duas coisas: o desânimo e o aumento das tensões sociais", disse, advertindo para o aumento do número de pessoas com depressões e de suicídios, bem como para o agravamento das tensões sociais, com conflitos nas ruas. Sem aligeirar responsabilidades do anterior Governo pela situação a que o país chegou, Eugénio Fonseca considera que o Portugal está a pagar o preço dos erros estratégicos que tem vindo a cometer desde há muitos anos. "Houve um tempo desastroso no nosso país, que foi o tempo de uma formação profissional desregulada. Criámos uma nova profissão - os frequentadores de cursos - e, em termos políticos, cedemos às pressões de países parceiros para destruir todas as riquezas que tínhamos no nosso país, a agricultura e as pescas", considerou. "Agora andam a dizer que temos de voltar para o campo. Mas como? Qual é a competitividade que temos? Se a nossa gente, sobretudo os mais novos, não está motivada para isso, até porque se desvalorizou a actividade do campo", interrogou-se o presidente da Caritas. Para Eugénio Fonseca, este estado de coisas só foi possível porque a Justiça portuguesa, "construída de forma a facilitar a vida aos mais poderosos", também deixou de funcionar de forma eficaz. "A nossa justiça, muitas vezes, é forte com os fracos e é tão fraca com os fortes", concluiu.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave campo ajuda social desemprego
A natureza continua a chorar Kim Jong-il
A propaganda intensifica-se na Coreia do Norte, à medida que se aproximam as cerimónias fúnebres de Kim Jong-il, marcadas para quarta e quinta-feira. Até as homenagens da natureza ao falecido líder se multiplicam, como a de “uma ave branca, maior que uma pomba, que limpou a neve que cobria os ombros de uma estátua do líder”. (...)

A natureza continua a chorar Kim Jong-il
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DATA: 2011-12-27 | Jornal Público
SUMÁRIO: A propaganda intensifica-se na Coreia do Norte, à medida que se aproximam as cerimónias fúnebres de Kim Jong-il, marcadas para quarta e quinta-feira. Até as homenagens da natureza ao falecido líder se multiplicam, como a de “uma ave branca, maior que uma pomba, que limpou a neve que cobria os ombros de uma estátua do líder”.
TEXTO: A notícia edificante foi reportada pela Rádio Pyongyang, e citada pela agência noticiosa sul coreana Yonhap, como demonstração da campanha de lavagem ao cérebro a que está sujeita a população do Norte. Na segunda-feira, o jornal do Partido dos Trabalhadores, a única formação política autorizada na Coreia do Norte, tinha já noticiado outros fenómenos que só podem ser classificados como paranormais, de supostas homenagens da natureza ao “querido líder” que acabava de morrer: por exemplo, há os três voos que um grou fez em torno de uma estátua de Kim Jong-il, ou a forma como o gelo se quebrou num lago no Monto Baekdu, o seu local oficial de nascimento (“com um rugido que fez tremer o céu e a terra", segundo a agência noticiosa oficial KCNA, relata o “Financial Times”). O envolvimento de pombas não é inédito: o “Rodong Shinmun”, o jornal oficial, publicou o relato de trabalhadores de uma fábrica de cimento que estavam a fazer o luto do “querido líder” quando surgiram duas destas aves a bicar na janela. “Ficaram nos ramos de um pessegueiro a chorar durante meia-hora”, contou o jornal, citando os operários. Doce herdeiroTudo isto contribui para criar um clima emocionalmente carregado para as cerimónias fúnebres de quarta e quinta-feira, sobre as quais nada se sabe, mas que se espera que sigam o molde da coreografia concebida em 1994 por Kim Jong-il quando morreu o seu pai e fundador da Coreia do Norte, Kim Il-sung, considerado pai da nação. A marca de Kim Jong-il deverá estar bem presente no seu próprio funeral, sublinha a jornalista norte-americana Jean H. Lee, directora da delegação da Associated Press em Pyongyang, que desde 2008 fez 11 viagens àquele país. A proeminência das Forças Armadas – com a sua política “Songun”, ou militares primeiro – deverá fazer com que o funeral inclua desfile de tropas e até mesmo de armamento. Quanto à marca de Kim Jong-un, o herdeiro, a propaganda também já começou. Kim Il-Sung morreu em Julho, num Verão escaldante, e morreram muitas pessoas nas filas para lhe prestar as últimas homenagens. Agora que morreu o seu filho faz um frio gelado, e há previsões de neve para o funeral. A marca do terceiro Kim, amplamente publicitada pelos meios de comunicação social estatais, está a ser a distribuição de bebidas quentes. É distribuída água quente com mel, leite de soja, chá – e há autocarros com o motor ligado em torno da praça de Pyongyang onde fica o mausoléu onde está em câmara ardente o corpo do líder falecido. É uma oportunidade para Kim Jong-un mostrar as suas credenciais como prestador de cuidados ao povo, num regime em que o culto da personalidade dos ditadores os apresenta como pais do povo. “Ele é um homem tão meticuloso e com um coração tão gentil. A sua afeição pelo povo entristecido passará à posteridade”, sublinha a agência KCNA, sublinhando que Kim Jong-un quis ter a certeza de que a água quente estava suficientemente doce.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filho homem social corpo luto aves
Outros portugueses recém-chegados ao Brasil e um luso-descendente
José Castro Solla, 44 anos, advogado de negócios. Veio para o Rio de Janeiro com a família em 2009 e entretanto já teve mais uma filha. (...)

Outros portugueses recém-chegados ao Brasil e um luso-descendente
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DATA: 2011-12-29 | Jornal Público
SUMÁRIO: José Castro Solla, 44 anos, advogado de negócios. Veio para o Rio de Janeiro com a família em 2009 e entretanto já teve mais uma filha.
TEXTO: Nasceu em Lisboa, estudou Direito na Universidade Católica e é advogado de negócios desde então. “Aqui no Brasil estou a fazer direito do petróleo, o mercado em que o Rio continua a ser capital. ”Trabalha para a Miranda Correia Amendoeira & Associados, uma sociedade portuguesa com escritórios em vários países lusófonos. Veio dirigir a delegação do Rio de Janeiro, em parceria com um grande escritório brasileiro de advocacia empresarial. “Faço a ligação com os nossos parceiros. Quando fui trabalhar para a Miranda, sabia que poderia ir para fora, isso interessava-me e agradava à minha mulher, que sempre teve experiência de vida no estrangeiro. Tínhamos três filhos, agora já tenho uma quarta, que nasceu em Junho aqui. É carioca. ”Todo o processo de instalação teve as facilidades com que contam os executivos de empresas. “Vim dois meses antes para escolher o apartamento, numa rua tranquila da Gávea. ” O bairro com melhor qualidade de vida do Rio de Janeiro, segundo os critérios de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). “É o Rio do verde, tenho tucanos. Não dá para ir a pé à praia, mas vou de bicicleta com os meus filhos. ”Para além das vantagens do bairro, o apartamento pertencera a Cláudio Bernardes, arquitecto e filho do arquitecto Sérgio Bernardes, parceiro de Lúcia Costa e Oscar Niemeyer. José apaixonou-se pelo espaço, amplo o bastante para uma família extensa. Prefere não dizer quanto paga, mas sempre adianta que “é o dobro do que pagava por um apartamento do mesmo tamanho na Rua das Amoreiras, em Lisboa”, que não é uma rua barata. Na Zona Sul do Rio de Janeiro, os apartamentos tendem a custar o dobro de uma área equivalente em Lisboa. E se estivermos a falar de “um apartamento para um executivo de topo na Vieira Souto”, que é a avenida de Ipanema em frente ao mar, “pode custar 25 mil reais por mês”, ou seja, mais de 10 mil euros de renda. “A sensação é de irrealidade”, reconhece José. “Por isso é que se fala na ideia da bolha, da especulação imobiliária, o que tem muito a ver com a vinda de expatriados, muitos ligados ao petróleo. ”Mas não são só as casas. “A vida no Rio é de caras o dobro da de Lisboa. Muito, muito cara. Tenho notado uma subida muito significativa nos restaurantes, o colégio dos meus filhos aumenta 15% ao ano. Aqui, o que é muito bom não é sequer para a classe média alta. Os restaurantes mais caros são muito, muito caros. Nos clubes, que são uma coisa muito carioca, a entrada custa o mesmo que um apartamento em Lisboa. ”Muitas famílias têm várias empregadas. “Há uma enorme especialização das tarefas e se você procura impor o modelo de uma só empregada não é fácil. A babá é uma coisa estranha. A figura do ascensorista. Há uma enorme mão-de-obra com salários baixos e gente disponível para isso. ”Altos e baixosNão, a “vida no Rio de Janeiro não é o cartão-postal da praia”, diz José. “Existe um grande cenário bem vendido em todo o mundo, mas por trás do cenário a cidade vive com problemas que nós já não conhecemos há muitos anos, estouros de bueiros no Centro, o que se passa na rede eléctrica. Quando trabalhava na Rio Branco [uma das principais avenidas do Centro] tive de descer a pé de um 28º andar por uma falta de electricidade. ”Mas como é fascinante, o Centro. “O prazer que tive a trabalhar lá! Confuso mas tão interessante, muitas vezes tão mais interessante que a Zona Sul. Obviamente que a alma histórica está no Centro e faz-me impressão que esteja tão abandonado. A Rua do Ouvidor é comparável à nossa Rua Garrett. Às 20h, quando você sai da Rio Branco, por baixo dos prédios há pessoas a dormir e o lixo dos escritórios é amontoado em sacos. Muitos catadores abrem os sacos. Então o espectáculo da Rio Branco é dantesco. Um turista que venha ao Rio nem imagina. ”
REFERÊNCIAS:
2012 chega com chuva de aumentos nos preços
O ano de 2012 começa com aumentos no IVA aplicado a dezenas de produtos alimentares e à restauração. Seguem-se as subidas na factura da electricidade, nas rendas, portagens e saúde. (...)

2012 chega com chuva de aumentos nos preços
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DATA: 2012-01-02 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20120102160441/http://publico.pt/1527127
SUMÁRIO: O ano de 2012 começa com aumentos no IVA aplicado a dezenas de produtos alimentares e à restauração. Seguem-se as subidas na factura da electricidade, nas rendas, portagens e saúde.
TEXTO: Ouve-se na rua, em casa, nas empresas: "2012 é que vai ser mau". A confiança dos portugueses nunca esteve tão em baixo, tal como o consumo privado que, em Novembro, caiu para o pior valor desde que o Banco de Portugal regista o indicador (1978). A actividade económica segue a mesma tendência e afundou 3, 9%, abaixo dos níveis da crise de 2009 e da primeira compilação de dados. Ao mesmo tempo, os inquéritos de conjuntura do INE mostram que as famílias se preparam para cortar radicalmente nos gastos e adiar decisões de compra de carros, casas e electrodomésticos nos próximos 12 meses. É com esta percepção da economia que os portugueses enfrentam, em 2012, a aplicação das medidas mais duras de austeridade, adoptadas pelo Governo desde que assinou o programa de ajustamento acordado com a troika do FMI, Comissão Europeia e Banco Central Europeu. Dos aumentos do IVA em dezenas de produtos alimentares, às subidas que ultrapassam os 100% das taxas moderadoras na saúde, a lista de iniciativas para conter a crise vai exigir ginástica na gestão diária do orçamento familiar. Taxas moderadoras sobem, fármacos descemUma ida às urgências vai passar de 9, 6 euros para um máximo de 20 euros, as consultas hospitalares passarão para 10 euros, em vez de 3, 10 euros nos hospitais distritais e 4, 60 euros nos centrais. Surgem também novas taxas: as consultas de enfermagem custarão quatro euros nos centros de saúde e cinco euros nos hospitais, e as consultas médicas sem a presença do utente nos centros de saúde, três euros. Já nos medicamentos, entra em vigor um novo regime que obriga a uma "baixa generalizada dos preços". Rendas actualizadas e aumentos no IMIAs rendas posteriores a 1967 aumentam 3, 19%. Os arrendamentos até 1967 podem atingir aumentos de 4, 79%. No Imposto Municipal sobre Imóveis para habitações reavaliadas ou transaccionadas desde 2004, a taxa mínima passa para os 0, 5% (era 0, 4% até agora) e a máxima para 0, 8% (era 0, 7%). Para os prédios antigos, o intervalo passa a ser entre 0, 3% e 0, 5%. O Governo reduziu ainda para três anos o prazo de isenção para os novos proprietários. Factura da luz sofre novo agravamento As famílias portuguesas vão sofrer um aumento de 4% no custo mensal da electricidade a partir de Janeiro, já depois da subida do IVA de 6% para 23% em Outubro. Assim, face a uma factura mensal média de 42 euros no início de 2011, os consumidores domésticos estarão a pagar mais 10 euros. A este valor será acrescido um novo imposto sobre o consumo de electricidade, que se traduzirá numa quantia anual entre 2, 5 a 3, 0 euros por agregado doméstico. Quanto ao gás, a actualização da tarifa só vai ser conhecida em Junho. Só os bens essenciais escapam à alteração do IVAO carrinho de compras vai ficar mais caro com as alterações introduzidas no IVA. A água engarrafada passa a estar sujeita a uma taxa de 13%, os refrigerantes e o café a 23%, tal como as refeições congeladas. Da charcutaria à mercearia, poucas são as prateleiras que escapam ao aumento do imposto. A aplicação da taxa reduzida (6%) fica limitada a alguns bens essenciais de produção nacional, em áreas como a vinicultura, a agricultura e pescas. A subida do imposto sobre o álcool também vai afectar o preço das bebidas alcoólicas (mais 2, 3%), de acordo com a Lusa. O pão e os bolos também ficam mais caros, mas a indústria prefere não adiantar aumentos. Novas tarifas nos transportes esperadas em FevereiroDepois dos aumentos médios de 15% em 2011, o Governo prepara-se para actualizar novamente as tarifas dos transportes. Em Fevereiro, já é certo que haverá novas subidas, pelo menos ao nível da inflação estimada para 2012 (3, 1%). Poderá, no entanto, haver títulos de transporte mais penalizados pelos aumentos. De acordo com a Associação Nacional de Transportadores Rodoviários Pesados de Passageiros, os estudantes e os idosos vão continuar a beneficiar dos descontos de 50% nos passes em Janeiro. Já as companhias de aviação portuguesas não pretendem aumentar os preços em 2012. A TAP e a SATA afirmam que a tendência é para uma redução nas tarifas. O único factor imponderável, para já, é o preço do petróleo. Preço dos automóveis sobe devido ao ISVO Imposto sobre Veículos (ISV) para os ligeiros de passageiros vai ter um aumento médio de 6, 4% em 2012. O aumento deste imposto deverá traduzir-se numa subida média de 1, 5% nos preços de tabela, calcula a ACAP, Associação Automóvel de Portugal. Mas são as próprias marcas que decidem como irão reflectir esta alteração fiscal. Pior ficam os comerciais ligeiros, que em 2012 perdem benefícios: os derivados de passageiros passam de uma taxa intermédia de 55% do ISV para 100%; as pickups de cabina dupla e tracção às quatro rodas passam a ser taxadas a 50%, em vez dos actuais 30%; os furgões deixam de estar isentos e passam a pagar 10% do ISV. Condutores vão pagar mais pelas portagens O aumento das portagens nas auto-estradas irá rondar os 4, 36%, tendo em conta a taxa de inflação homóloga registada em Outubro no Continente, excluindo a habitação. Só que esse valor, aplicado a cada um dos troços rodoviários, é depois arredondado para o múltiplo de cinco mais próximo. Isto significa que nas concessões da Brisa, por exemplo, a subida média de preços será na prática de 3, 9%, indica a concessionária. Este será também o primeiro ano de aumento das antigas SCUT da Costa da Prata, Grande Porto e Norte Litoral. Já a Lusoponte, que gere as pontes Vasco da Gama e 25 de Abril, é uma excepção: o que conta é a taxa de inflação homóloga em Setembro, que se traduz numa subida de 10 cêntimos para os veículos de classe 1. O IVA nas pontes mantém-se nos 6%. E as SCUT que agora deixaram de o ser, como a Via do Infante, não vão ter subidas. Tarifários de telemóveis seguem inflação Os tarifários dos telemóveis vão ficar mais caros a partir de Janeiro, já que todas as operadoras decidiram actualizar os preços em linha com a inflação prevista para 2012. Optimus, TMN e Vodafone vão, por isso, aumentar em média os preços em 3, 1%. A diferença é que apenas as duas primeiras o farão logo a partir de 1 de Janeiro. No caso da Vodafone, a actualização entrará em vigor a 10 de Janeiro. IVA na Restauração com impactos no café e na cervejaO IVA aplicado à restauração passa de 13% para a taxa normal de 23%. A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal estima que encerrem 54 mil estabelecimentos e se extingam 120 mil postos de trabalho. Esta alteração afecta indirectamente fornecedores muito dependentes da restauração, como os industriais do café e da cerveja. A Associação Industrial e Comercial do Café admite que um café terá de subir entre cinco a dez cêntimos. Na cultura, só os livros escapam às mudanças do IVAOs bilhetes para espectáculos vão sofrer um agravamento com o aumento do IVA, que passou de 6% para 13%. Nos cinemas, a Zon, por exemplo, admite que haverá um custo adicional entre 40 e 60 cêntimos por bilhete. O sector livreiro é o único que mantém a mesma taxa de IVA (6%). Em Janeiro, também terá se de pagar mais para assistir a jogos de futebol. Neste caso, o imposto aumentou de 6% para o máximo de 23%.
REFERÊNCIAS:
Entidades TROIKA FMI
Alemanha com novo recorde de emprego
A Alemanha alcançou em 2011 um novo recorde de emprego com mais de 41 milhões de trabalhadores registados e com residência no país desde a reunificação nacional em 1990, anunciou o departamento federal de estatísticas nesta segunda-feira. (...)

Alemanha com novo recorde de emprego
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DATA: 2012-01-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: A Alemanha alcançou em 2011 um novo recorde de emprego com mais de 41 milhões de trabalhadores registados e com residência no país desde a reunificação nacional em 1990, anunciou o departamento federal de estatísticas nesta segunda-feira.
TEXTO: O mesmo instituto revelou que a Alemanha teve em 2011 uma média de 41, 04 milhões de pessoas com trabalho registado, o que traduz um aumento de 1, 3 por cento (ou 535. 000 pessoas) face ao mesmo indicador de 2010. Já o número de desempregados caiu 446. 000 pessoas, para uma média de 2, 5 milhões de pessoas, com a taxa de desemprego a descer de 6, 8 por cento para 5, 7 por cento. O aumento do emprego foi verificado em todos os sectores, mas foi mais visível nos serviços, com uma subida de 4, 2 por cento, agricultura e pescas com mais 2, 3 por cento, indústrias produtivas com mais 1, 7 por cento e construção com mais 1, 6 por cento.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave desemprego
Húngaros em protesto nas ruas contra mudanças na Constituição
Cerca de 100 mil pessoas saíram à rua em Budapeste, capital da Hungria, em protesto contra as alterações à Constituição do país, que entraram em vigor este domingo, e que consideram colocar em causa a democracia. (...)

Húngaros em protesto nas ruas contra mudanças na Constituição
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DATA: 2012-01-03 | Jornal Público
SUMÁRIO: Cerca de 100 mil pessoas saíram à rua em Budapeste, capital da Hungria, em protesto contra as alterações à Constituição do país, que entraram em vigor este domingo, e que consideram colocar em causa a democracia.
TEXTO: Milhares de pessoas concentraram-se ontem à noite em frente à emblemática Ópera de Budapeste, num protesto que foi convocado pelos principais partidos de esquerda daquele país, que acusam o actual Governo de ter introduzido mudanças na Constituição apenas com o objectivo de assegurar a manutenção e a permanência no poder do partido conservador Fidesz, adianta a Reuters. De acordo com os organizadores a manifestação reuniu cerca de 100 mil pessoas, que empunhavam cartazes a exigir a demissão do actual executivo, liderado pelo primeiro-ministro Viktor Orban. A agência AFP cita números dos observadores que se encontram no país e que referem 70 mil pessoas. “Haverá de novo República Húngara”, era um dos lemas da concentração – numa alusão a uma das mudanças constitucionais que altera o nome do país de República da Hungria para simplesmente Hungria. Entre as alterações à Constituição está um novo artigo que dá ao procurador-geral o poder de escolher o tribunal em que irá decorrer qualquer processo e um outro que responsabiliza, de forma retroactiva, o Partido Socialista "pelos crimes do antigo regime". Sucessor do ex-partido comunista, o MSZP é o principal partido da oposição, destronado em 2010 pelo Fidesz. Todas estas alterações têm "valor constitucional", o que significa que só podem ser anuladas por uma votação de dois terços – um dispositivo que, para o ex-primeiro-ministro belga e líder da bancada liberal do Parlamento Europeu, Guy Verhofstadt, mais não é do que "um cavalo de Tróia de um sistema político autoritário que visa a perpetuação no poder de um único partido". Ajuda internacional em causaAo mesmo tempo que decorria o protesto, dentro do edifício da Ópera, prossegue a AFP, estava o primeiro-ministro húngaro, que participava numa gala de festejo da aprovação da nova Constituição, que fala de Deus, do orgulho da Pátria, da cristandade e da família tradicional. Uma cerimónia que se realizou apesar das críticas já feitas pelos Estados Unidos e pela União Europeia, sobretudo ao facto de o documento restringir a separação de poderes e politizar o sector judicial, limitando nomeadamente a independência e as competências do Tribunal Constitucional e de outras instituições fundamentais como o Banco Central. No final de 2011, ignorando os avisos da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional, o Parlamento húngaro aprovou uma lei que limita a autonomia do Banco Central, na última de uma série de derivas autoritárias do Governo conservador de Viktor Orban, ao arrepio das normas europeias. O diploma foi aprovado por 293 dos 386 deputados do Parlamento de Budapeste, onde a aliança liderada pelo Fidesz detém dois terços dos lugares. É graças a esta super maioria que Orban aprovou em 18 meses uma nova Constituição e mais de uma dezena de diplomas que condicionam a liberdade dos media e garantem o controlo do Governo sobre quase todas as instituições públicas, do Tribunal Constitucional à Comissão Eleitoral. Uma das últimas vozes independentes era o governador do banco central, Andras Simor, e foi ele o alvo da lei aprovada na última sessão legislativa do ano: a partir de 2012, a administração do banco terá três vice-governadores (mais um do que actualmente) e o conselho monetário passará de sete para nove membros, e em ambos os casos as nomeações serão feitas pelo primeiro-ministro. A proposta esteve na origem da ruptura, no início do mês, das negociações preliminares entre o Governo e representantes do FMI e da UE para a concessão de uma linha de crédito à Hungria, salva em 2008 da bancarrota por um empréstimo de 20 mil milhões de euros que o país se esforça agora por pagar. Numa primeira reacção à votação, a Comissão Europeia anunciou que vai "avaliar o alcance jurídico da nova lei", dando a entender que poderá enviar o caso para o Tribunal Europeu de Justiça, se o diploma violar os tratados europeus.
REFERÊNCIAS: