NATO confirma morte de crianças em local atacado pela aviação
A força da NATO no Afeganistão confirmou a morte de várias crianças num local bombardeado na semana passada pela aviação aliada. O ataque gerou a indignação do Governo de Cabul, mas a ISAF diz não poder ainda confirmar se as mortes foram causadas pela sua acção. (...)

NATO confirma morte de crianças em local atacado pela aviação
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DATA: 2012-02-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: A força da NATO no Afeganistão confirmou a morte de várias crianças num local bombardeado na semana passada pela aviação aliada. O ataque gerou a indignação do Governo de Cabul, mas a ISAF diz não poder ainda confirmar se as mortes foram causadas pela sua acção.
TEXTO: O incidente ocorreu quarta-feira nos arredores da aldeia de Giawa, na província de Kapisa, região no Leste do Afeganistão sob comando do contingente francês. As forças internacionais lutavam contra um grupo de homens armados quando foi decidido pedir apoio aéreo. “Após os combates foram encontradas mais vítimas, que eram jovens afegãos de várias idades”, disse aos jornalistas o general Carsten Jacobson. “Neste momento das nossas investigações, não podemos confirmar ou negar, com um grau de certeza razoável, se houve uma relação directa com os combates”, acrescentou o porta-voz da ISAF, sublinhando, porém, que “qualquer morte de inocentes não associada ao conflito armado é sempre uma tragédia”. Na quinta-feira, uma delegação de deputados e ministros afegãos enviados ao local mostrou fotografias dos corpos de oito menores – sete crianças com idades entre os seis e os 14 e um rapaz um pouco mais velho – que terão sido mortos quando pastoreavam animais nos arredores da aldeia. “Onde estão os direitos destas crianças? Ou será que não tinham direitos?”, insurgiu-se Mohammad Tahir Safi, um deputado que falou à Reuters após visitar Kapisa. Os dirigentes afegãos acusam os soldados franceses de não terem cumprido as regras quando pediram a intervenção da aviação. O general Jacobson insiste, porém, que foi seguido o regulamento em vigor para o apoio aéreo, revisto nos últimos anos perante o multiplicar de bombardeamentos que resultaram na morte de civis. Apesar da anunciada cautela, o número de civis mortos em ataques aéreos voltou a aumentar em 2011 (187 pessoas) em comparação com o ano anterior, de acordo com um relatório das Nações Unidas divulgado no início deste mês.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos morte homens
Cientistas conseguem regenerar corações depois de enfarte
Uma dor tem início no peito. Não pára. Alastra-se para a região do braço esquerdo, vai quase até ao braço direito, chega às costas. Intensifica-se. Custa a respirar, a ambulância vem em socorro. No hospital, um diagnóstico: ataque cardíaco. O coração recebeu uma machadada valente, algumas vezes fatal, mas sempre irreversível, até agora. Uma equipa de cientistas utilizou células do coração de 17 pacientes com enfartes para tratar o próprio tecido cardíaco destes pacientes. Obteve, pela primeira vez, a regeneração de parte do coração. O estudo foi publicado nesta segunda-feira na revista Lancet. (...)

Cientistas conseguem regenerar corações depois de enfarte
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DATA: 2012-02-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: Uma dor tem início no peito. Não pára. Alastra-se para a região do braço esquerdo, vai quase até ao braço direito, chega às costas. Intensifica-se. Custa a respirar, a ambulância vem em socorro. No hospital, um diagnóstico: ataque cardíaco. O coração recebeu uma machadada valente, algumas vezes fatal, mas sempre irreversível, até agora. Uma equipa de cientistas utilizou células do coração de 17 pacientes com enfartes para tratar o próprio tecido cardíaco destes pacientes. Obteve, pela primeira vez, a regeneração de parte do coração. O estudo foi publicado nesta segunda-feira na revista Lancet.
TEXTO: A dor que se sente num ataque cardíaco é um sinal muito sério que parte das células do músculo mais importante do corpo está a morrer. O coração é o motor da circulação, força o sangue a chegar ao último capilar do corpo, de modo a alimentar todas as células. É uma bomba constante que começa a funcionar durante o segundo mês do desenvolvimento do embrião, durante a gravidez, e só termina quando se morre. Esse bombear é possível graças à contracção das células musculares do coração, que não param. Mas ao longo da vida, devido à alimentação, hábitos sedentários ou até devido à genética, as artérias que alimentam estas células musculares podem de repente ficar bloqueadas e impedir o sangue de chegar a parte das células musculares cardíacas. As células não recebem nutrientes nem oxigénio, deixam de funcionar e morrem. O que se sente é a dor do enfarte. O órgão nunca mais é o mesmo. Fica com uma cicatriz na região do tecido morto, deixa de conseguir bombear tanto sangue e uma caminhada de seis minutos torna-se num esforço. Mas uma equipa do Cedars-Sinai Heart Institute, Los Angeles, EUA, conseguiu pela primeira vez regenerar eficientemente parte do coração que ficou danificado e diminuir o tamanho das cicatrizes. Para isso, os cientistas fizeram operações para recolheram células saudáveis do coração de homens que tiveram ataques cardíacos. No laboratório, conseguiram condicionar as células para se multiplicarem em milhões de células musculares. Passado cerca de um mês, os pacientes receberam entre 12 e 25 milhões de células musculares cardíacas. Um ano depois, quase metade da cicatriz tinha desaparecido, e parte do tecido do coração regenerou. “Isto nunca foi conseguido antes, apesar de se ter passado uma década a fazer terapias de células em pacientes com ataques cardíacos. Agora conseguimos. Os resultados são substancialmente e surpreendentemente melhores do que o que obtivemos em animais”, disse Eduardo Marbán, médico, autor do estudo e director do instituto. A equipa trabalhou com 25 pacientes, oito serviram de controlo e 17 experimentaram a nova terapia. Eram todos homens brancos, com uma média de idades de 53 anos e tinham tido um ataque cardíaco há menos de dois meses. Ao longo de um ano, a equipa observou os homens tratados e o controlo. No grupo de controlo, apesar de serem seguidos o melhor possível, não houve praticamente regeneração do músculo nem diminuição da cicatriz. Ao fim de seis meses, o grupo controlo era capaz de andar mais 13, 1 metros durante seis minutos, mas ao final de 12 meses andavam em média menos 9, 6 metros. O grupo que passou pelo tratamento, durante os mesmos seis minutos, andavam mais 11, 4 metros ao final de seis meses e mais 33 metros ao final de 12 meses. Os ataques cardíacos fazem diminuir a quantidade de sangue bombeado que sai do coração. Embora o aumento desta quantidade fosse muito ligeira nos 17 homens que receberam as células musculares cardíacas e viram o seu coração regenerado, a equipa defende que o prognóstico é muito positivo. Segundo o artigo, em terapias semelhantes em que se utilizaram células da medula óssea para tratar o coração, a diminuição da cicatriz foi mínima e não foi observável a regeneração do músculo. Ainda assim houve uma melhoria no prognóstico do estado do paciente passado dois anos. Por isso, para os autores, estes resultados que foram agora publicados “dão razões para esperar um benefício clínico ainda maior da [nova] terapia”.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Suspeito de triplo homicídio de Beja fica em prisão preventiva
Ao fim de duas horas de interrogatório, o suspeito do triplo homicídio em Beja deu entrada no estabelecimento prisional da cidade, pelas 17 horas. O juiz de instrução criminal que o interrogou aplicou-lhe como medida de coacção a prisão preventiva. (...)

Suspeito de triplo homicídio de Beja fica em prisão preventiva
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DATA: 2012-02-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: Ao fim de duas horas de interrogatório, o suspeito do triplo homicídio em Beja deu entrada no estabelecimento prisional da cidade, pelas 17 horas. O juiz de instrução criminal que o interrogou aplicou-lhe como medida de coacção a prisão preventiva.
TEXTO: Francisco Esperança, de 59 anos, é o presumível autor da morte da esposa, de 52 anos, da sua filha de 28 e da neta, com apenas 4 anos. O homicida terá feito uso de uma catana, que provocou feridas profundas e mortais no pescoço e noutras partes do corpo das vítimas. As vítimas deste acto “bárbaro”, nas palavras do superintendente da PSP de Beja, Viola da Silva, foram hoje a enterrar no cemitério de Beja. À cerimónia assistiram mais de meio milhar de pessoas que, em profundo silêncio e uma grande comoção, quiseram prestar-lhes uma última homenagem. Dívidas à bancaO suspeito disse às autoridades que tinha problemas financeiros e dívidas à banca, revelou fonte policial, nesta quarta-feira, à Lusa. De acordo com a mesma fonte, o alegado homicida, de 59 anos, referiu que o banco lhe terá transmitido que iria colocar em hasta pública os seus bens. Embora tenha confirmado que a neta do suspeito, de quatro anos, era filha de pai incógnito, a fonte desvalorizou essa situação na resolução do processo. A mesma fonte confirmou à Lusa que as vítimas foram degoladas com “golpes profundos” na zona do pescoço, efectuados com uma catana, mas a cabeça não ficou separada do restante corpo. Fonte do Instituto Nacional de Medicina Legal (INML) disse à Lusa que, segundo o resultado das autópsias, realizadas na terça-feira, as três vítimas foram mortas “há vários dias, no máximo há uma semana”, apresentando “múltiplos golpes” no pescoço e “noutras partes do corpo”. O homem é indiciado de três crimes de homicídio qualificado, tendo o Tribunal de Beja decretado hoje à tarde a sua prisão preventiva, avançou à Lusa a fonte policial. Após ser presente ao juiz de instrução criminal, que determinou a medida de coação mais gravosa, o homem foi transportado para o Estabelecimento Prisional de Beja, onde vai aguardar julgamento. O suspeito incorre numa pena entre 12 e 25 anos de prisão por cada um dos três homicídios, mas em cúmulo jurídico só pode ser condenado a uma pena única até 25 anos de prisão. O alegado homicida foi detido na segunda-feira à noite na sua casa, em Beja, onde foram encontrados os cadáveres das vítimas. O homem entregou-se por volta das 19h40 à PSP, sem oferecer qualquer resistência. Isto depois de se ter barricado em casa. Os elementos policiais, após a detenção, entraram na casa, na Rua de Moçambique, onde encontraram os cadáveres da mulher, de 53 anos, da filha, de 28, e da neta, de quatro. O cadáver da mulher foi encontrado no quarto do casal tapado com um lençol, enquanto os da filha e da neta estavam noutro, indicaram à Lusa fontes policiais. As mesmas fontes avançaram que os crimes terão sido cometidos há cerca de uma semana e que o alegado autor do triplo homicídio também “matou todos os animais” domésticos que tinha em casa, nomeadamente um cão e um gato. Segundo as fontes, após ter cometido os crimes, o homem terá feito aparentemente “uma vida normal”, uma vez que foi visto várias vezes nas ruas da cidade. O alegado homicida é um antigo bancário, que já tinha cumprido pena de prisão por um desfalque no banco onde trabalhava. Notícia actualizada às 8h44 de 16/02/2012: Acrescentados parágrafos do take da Lusa sobre as dívidas e o contexto em que ocorreu a detenção, os crimes e os resultados das autópsias.
REFERÊNCIAS:
Stress, violência e assédio serão principais factores de absentismo laboral a partir de 2014
Os factores de risco psicossociais, como stress, violência e assédio moral ou sexual serão, a partir de 2014, a principal causa de absentismo laboral em Portugal, afirmou hoje um responsável da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT). (...)

Stress, violência e assédio serão principais factores de absentismo laboral a partir de 2014
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DATA: 2012-02-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os factores de risco psicossociais, como stress, violência e assédio moral ou sexual serão, a partir de 2014, a principal causa de absentismo laboral em Portugal, afirmou hoje um responsável da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT).
TEXTO: Segundo Luís Nascimento Lopes, Coordenador Executivo para a Promoção da Segurança e Saúde no Trabalho da ACT, aqueles factores de risco “caminham muito rapidamente” para se assumirem como o principal problema do absentismo do local de trabalho em Portugal, ultrapassando as lesões musculares, que até há relativamente pouco tempo se pensava que continuariam a liderar o ranking pelo menos até 2018 ou 2020. Luís Lopes sublinhou que, sobretudo por causa da crise, “as previsões alteraram-se radical e drasticamente”, pelo que a partir de 2014 os factores psicossociais deverão passar para o primeiro lugar. Lembrou que estes factores, pelo carácter “quase íntimo” de que se revestem, “são muito difíceis de detectar” por alguém exterior à empresa ou instituição do trabalhador. “Mais do que o médico do trabalho, quem os pode detectar e avaliar muito melhor é o colega do lado, já que um dos principais indicadores é a alteração comportamental”, referiu. Admitiu, no entanto, que um dos grandes problemas para a detecção atempada dos factores psicossociais é a “falta de solidariedade” no local de trabalho. Luís Lopes falava em Vila Nova de Famalicão, no decorrer do seminário “Factores de risco psicossociais no trabalho”, promovido pela Associação de Desenvolvimento Regional do Vale do Ave. Sublinhou que, por este ser um problema emergente, o Comité dos Altos Responsáveis da Inspecção do Trabalho (CARIT) decidiu desenvolver, ao longo de 2012, a Campanha Europeia de Avaliação de Riscos Psicossociais, que em Portugal incidirá essencialmente sobre a área da saúde. Para Luís Lopes, esta campanha tem “um enorme mérito”, por chamar a atenção dos inspectores do trabalho para estes riscos emergentes, mas também tem “uma fraqueza enorme”, por deixar de fora os médicos. “Está amputada, é um cavalo de três pernas, não vai ganhar corrida nenhuma”, referiu. No seminário participou também a investigadora Hermínia Lamy, que afirmou que na União Europeia os factores de risco psicossociais afectam 8% dos trabalhadores. Os sectores mais vulneráveis são os da emergência (bombeiros, polícias), saúde, educação, bancário e a linha da frente do atendimento ao público.
REFERÊNCIAS:
José Afonso, “o rosto da utopia”, recordado por todo o país nos 25 anos da sua morte
Os tributos a José Afonso vão multiplicar-se esta semana, quando se assinalam 25 anos sobre a sua morte. As cantigas do mais importante músico de intervenção português vão ouvir-se em público em Coimbra, Braga, Lisboa, Barreiro, Seixal e Setúbal. Seja para recordar, recuperar histórias ou lançar debates. Barcelona também entra no roteiro. (...)

José Afonso, “o rosto da utopia”, recordado por todo o país nos 25 anos da sua morte
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DATA: 2012-02-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os tributos a José Afonso vão multiplicar-se esta semana, quando se assinalam 25 anos sobre a sua morte. As cantigas do mais importante músico de intervenção português vão ouvir-se em público em Coimbra, Braga, Lisboa, Barreiro, Seixal e Setúbal. Seja para recordar, recuperar histórias ou lançar debates. Barcelona também entra no roteiro.
TEXTO: Uma visita ao site da Associação José Afonso (AJA) permite descobrir as iniciativas preparadas para esta semana, em diferentes pontos do país. A agenda começa logo em Coimbra, onde José Afonso – ou, popularmente, “Zeca” – estudou, onde se lançou como músico e activista político, onde se transformou num símbolo dos estudantes. O programa coimbrão “Zeca Afonso – O rosto da utopia” arranca já amanhã, segunda-feira, às 11h, na Baixa. A essa hora é inaugurada uma exposição discográfica na Praça da Comércio, com actuação do Grupo de Fados de Coimbra. No dia seguinte, às 15h30, o Teatro Paulo Quintela acolhe um debate com os jornalistas Adelino Gomes e Joaquim Vieira, que adaptou para televisão a biografia de Zeca, e o compositor Rui Pato. Na quarta-feira, dia 22, ainda em Coimbra, a Estudantina Universitária actua no Café Santa Cruz, às 22h. No dia seguinte, às 21h30, o mesmo espaço recebe uma tertúlia sobre José Afonso. Esta última iniciativa encerra o programa no exacto dia em que se assinalam os 25 anos sobre a morte do músico. José Afonso morreu a 23 de Fevereiro de 1987, aos 57 anos, em Setúbal, onde morava. Sofria de esclerose lateral amiotrófica, doença neurodegenerativa progressiva e fatal que o afastou dos palcos a partir de 1983. Os derradeiros concertos foram os dos coliseus de Lisboa e Porto. Galinhas do Mato, de 1985, é o seu último álbum, que teve de ser completado pelos amigos José Mário Branco, Sérgio Godinho, Helena Vieira, Fausto e Luís Represas. Em 1986, já muito debilitado, ainda apoiou a candidatura presidencial de Maria de Lourdes Pintasilgo. A maior parte das iniciativas publicitadas pela AJA acontecem no dia 23, quinta-feira. A própria associação preparou um espectáculo de celebração da obra de José Afonso para Lisboa. Terá lugar na Academia de Santo Amaro, em Alcântara, às 21h. A apresentação estará a cargo do encenador Hélder Costa (que partilha a direcção de A Barraca com Maria do Céu Guerra) e contará com nomes de palco como Francisco Fanhais, Zeca Medeiros, Francisco Naia, Pedro Branco ou Couple Coffee. Também em Lisboa, mas mais cedo (18h), no espaço da Cidade Universitária da Biblioteca-Museu República e Resistência, o jornalista e escritor Viriato Teles vai promover uma sessão de evocação. Recordar José Afonso é a palavra de ordem e é o mesmo que se fará em Setúbal, no La Bohème, a partir das 22h, com António Galrinho e Rui Lino a lerem 25 poemas de “Zeca”. Ainda na quinta-feira, em Braga, o Theatro Circo abre as portas a um tributo conjunto: de José Afonso e de Adriano Correia de Oliveira, cujo desaparecimento aconteceu há 30 anos (a 16 de Outubro). Com apresentação e declamação de Camilo Silva e Maria Torcato, o Canto D’Aqui convidou vários artistas para subir ao palco nessa noite (21h30) e na próxima, para o mesmo espectáculo. No dia 24, sexta-feira, o itinerário passa pelo Seixal e pelo Barreiro, à hora de jantar. No Seixal, Luís Pires, Pedro Branco, Vítor Sarmento actuam no restaurante O Bispo. No Barreiro, a associação “Grupo dos Amigos do Barreiro Velho” vai ao restaurante O Pial mostrar como as canções de José Afonso “mantêm toda a actualidade”, 25 (ou mais) anos depois. “Zeca Afonso sempre esteve e continua a estar com os que lutam por um mundo melhor”, lê-se no convite. Por fim, Barcelona. A capital catalã vai acolher dois concertos no L’Auditori, a 25 de Fevereiro e a 3 de Março. O primeiro será da responsabilidade dos Drumming, grupo português de percussão com sede no Porto. O segundo é do projecto “20 canções para Zeca Afonso”, que propõe “um novo olhar sobre a música” do autor de Grândola, Vila Morena.
REFERÊNCIAS:
Investigadores holandeses produzem em laboratório carne com células estaminais
Investigadores holandeses utilizaram células estaminais bovinas para produzir carne e prevêem que em Outubro terão o primeiro hambúrguer em laboratório, orçado em 250.000 euros. Este feito, dizem os cientistas, pode vir a reduzir o número de gado abatido para alimentação e as emissões de gases com efeito de estufa. (...)

Investigadores holandeses produzem em laboratório carne com células estaminais
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DATA: 2012-02-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: Investigadores holandeses utilizaram células estaminais bovinas para produzir carne e prevêem que em Outubro terão o primeiro hambúrguer em laboratório, orçado em 250.000 euros. Este feito, dizem os cientistas, pode vir a reduzir o número de gado abatido para alimentação e as emissões de gases com efeito de estufa.
TEXTO: A equipa de Mark Post, director do departamento de fisiologia da Universidade de Maastricht, produziu pequenos pedaços de músculo, com cerca de dois centímetros de comprimento por um centímetro de largura e meio milímetro de espessura. Estas pequenas tiras de músculo, produzidas a partir de células estaminais de bovino, serão misturadas com sangue e gorduras produzidas artificialmente e depois prensadas para, em Outubro, produzir um primeiro hambúrguer, orçado em 250. 000 euros, disse aos jornalistas Mark Post, à margem da conferência anual da Sociedade Americana para o Avanço da Ciência (AAAS, na sigla em inglês), que se reuniu neste fim-de-semana em Vancouver. Mas com a melhoria nas técnicas de produção, os preços irão baixar. “O meu projecto visa criar carne a partir de células estaminais com uma tecnologia desenvolvida pela medicina há mais de 20 anos e que já atingiu a maturidade”, acrescentou Mark Post. “Os tecidos produzidos [em laboratório] têm exactamente a mesma estrutura dos originais”, garantiu. Além disso, a carne produzida em laboratório poderá ser controlada para apresentar certas qualidades, como por exemplo conter níveis elevados de ácidos gordos (Ómega 3), benéficos para a saúde. Esta técnica permite também produzir a carne de qualquer animal. “Poderíamos fazer carne de panda, tenho a certeza que sim”, disse Mark Post citado pelo jornal The Guardian. Tornar produção de carne mais eficazEste projecto de investigação, que começou há seis anos, foi financiado por um doador que quer manter o anonimato e cujo desejo é “ver diminuir o número de animais abatidos pela sua carne e reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, resultante da produção de gado”, acrescentou Mark Post. “A produção de carne deverá duplicar até 2050 para responder à procura. Actualmente já mobiliza 70% das nossas terras agrícolas”, estimou o investigador holandês. A criação de gado contribui ainda para as alterações climáticas através das emissões de metano, gás com efeito de estufa. “Vamos apresentar as provas de que isto é possível, o que abrirá a porta ao início do desenvolvimento deste produto e a todos os processos para tornar a produção mais eficaz, o que é essencial”, continuou. Mark Post espera ver esta carne produzida a grande escala nos próximos 10 a 20 anos. Patrick Brown, professor de bioquímica da Universidade de Stanford, na Califórnia, salientou durante a mesma conferência de imprensa que a importância deste avanço é “denunciar a agricultura actual – e sobretudo a criação de gado – como a maior catástrofe mundial em curso”. “Tudo o que travar a conversão de terras para a agricultura é algo de positivo”, disse Sean Smukler, investigador da Universidade da Colúmbia Britânica, à BBC. “Neste momento já estamos a atingir um ponto crítico em termos de terra arável disponível. ”
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave carne animal
Rubem Fonseca vence Prémio Correntes D’Escritas
O escritor brasileiro Rubem Fonseca é o vencedor do Prémio Literário Casino da Póvoa, atribuído no âmbito da 13ª edição do encontro literário Correntes D’Escritas, com o livro “Bufo & Spallanzani” (Sextante Editora). O vencedor do prémio, no valor de 20 mil euros, foi anunciado esta manhã. (...)

Rubem Fonseca vence Prémio Correntes D’Escritas
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DATA: 2012-02-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: O escritor brasileiro Rubem Fonseca é o vencedor do Prémio Literário Casino da Póvoa, atribuído no âmbito da 13ª edição do encontro literário Correntes D’Escritas, com o livro “Bufo & Spallanzani” (Sextante Editora). O vencedor do prémio, no valor de 20 mil euros, foi anunciado esta manhã.
TEXTO: Pouco depois de ouvir a escritora Patrícia Reis, a presidente do júri do Prémio Literário Casino da Póvoa dizer o seu nome, Rubem Fonseca levantou-se para falar, pois é "uma pessoa peripatética" e não pode ficar parado. No seu discurso de agradecimento e também representando os escritores que durante três dias vão estar na 13ª edição do encontro literário Correntes d'Escritas, na Póvoa de Varzim. "Amo a língua portuguesa é uma língua lindíssima", disse o escritor brasileiro que lembrou o seu pai que recitava de memória "O Melro" e sonetos de Camões. "Adoro poesia. Lembrei-me de Camões. Vocês me permitem que eu leia Camões?", perguntou e encantou a sala ao recitar o soneto "Busque Amor novas artes, novo engenho" e terminou com um "Viva a língua portuguesa!"Sobre a obra de Rubem Fonseca, o júri, composto Ana Paula Tavares, Fernando Pinto do Amaral, José António Gomes e Pedro Mexia, destacou que "Bufo & Spallanzani" mostra "uma compreensão alargada das situações e problemas sociais". "É uma obra reveladora da diversidade do humano", do qual destacam o rigor da escrita, "bem como a qualidade da arquitectura romanesca". "Este livro desenvolve-se num ritmo narrativo muito sedutor na abordagem dos tipos humanos e no uso de uma linguagem coloquial. "A conferência da abertura da edição deste ano do Correntes D"Escritas só acontece às 15h por D. Manuel Clemente, bispo do Porto, mas antes foi anunciado o vencedor do prestigiado prémio, numa sessão em que foi lançada a revista Correntes D"Escritas dedicada ao ensaísta Eduardo Lourenço, homenageado desta edição. Rubem Fonseca, Prémio Camões 2003, que no Brasil costuma recusar dar entrevistas ou falar em público, é o convidado especial do Correntes D’Escritas e será ainda condecorado com a Medalha de Mérito Cultural pelo secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas. O escritor, de 86 anos, é um também um dos participantes da primeira mesa, que tem por tema a frase “A Escrita é um risco total”, de Eduardo Lourenço, que participará na mesa, moderada pelo director do Jornal de Letras, José Carlos de Vasconcelos, e tem ainda como convidados Almeida Faria, Hélia Correia e Ana Paula Tavares. Da lista de mais de 200 livros, o júri escolheu Rubem Fonseca, que competia com os finalistas: “A Cidade de Ulisses”, de Teolinda Gersão; “As Luzes de Leonor”, de Maria Teresa Horta; “Adoecer”, de Hélia Correia; “Do Longe e do Perto - Quase Diário”, de Yvette Centeno; “Dublinesca”, de Enrique Vila-Matas; “O Homem que Gostava de Cães”, de Leonardo Padura; “Os Íntimos”, de Inês Pedrosa; e “Tiago Veiga - Uma Biografia”, de Mário Cláudio. Durante três dias, estarão na Póvoa de Varzim mais de meia centena de escritores, entre os quais Manuel António Pina, Pedro Rosa Mendes, Gonçalo M. Tavares, Valter Hugo Mãe, Eduardo Sacheri, Rosa Montero, Manuel Moya, Luís Sepúlveda. Leia o depoimento de Francisco José Viegas e de Rubem Fonseca no PÚBLICO de hoje e na edição online exclusiva para assinantes.
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Palavras-chave humanos cultura homem cães
Ausência prolongada de chuva no Ribatejo obriga a mais rega e mais gastos
A falta de chuva praticamente inviabilizou as culturas de cereais no Ribatejo e tem obrigado a um reforço da rega nas culturas de regadio de Outono/Inverno, com agravamento dos custos de produção, disseram à Lusa fontes de associações locais. (...)

Ausência prolongada de chuva no Ribatejo obriga a mais rega e mais gastos
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.329
DATA: 2012-02-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: A falta de chuva praticamente inviabilizou as culturas de cereais no Ribatejo e tem obrigado a um reforço da rega nas culturas de regadio de Outono/Inverno, com agravamento dos custos de produção, disseram à Lusa fontes de associações locais.
TEXTO: Mário Antunes, da Agrotejo, União Agrícola do Norte do Vale do Tejo, disse à Lusa que a associação tem monitorizado o nível da água subterrânea na zona do campo (onde se fazem as culturas de regadio), que se encontra semelhante aos valores de Maio de 2011. “Isto significa que não houve recargas”, disse, sublinhando que a água dos furos vai sendo suficiente para regar as culturas de Outono/Inverno, com consequências essencialmente ao nível do aumento dos custos de produção. Na zona da charneca, registam-se quebras na produção florestal e sobretudo nas pastagens para os animais, com um risco de incêndio acrescido, sublinhou. Já na zona do bairro, os cereais de sequeiro praticamente não se desenvolveram, havendo já agricultores a mobilizar estes terrenos, preparando-os para as culturas de Primavera/Verão, disse. Amândio de Freitas, da Federação de Agricultores do Distrito de Santarém, confirmou à Lusa que as culturas de cereais (trigo, aveia, cevada), embora não sendo predominantes entre os associados da FADS, estão dadas como perdidas, estando os agricultores “a virar” os terrenos, preparando-os para as culturas de Primavera/Verão. Nos hortícolas, a produção tem sido mantida graças ao reforço da rega, com reflexo na quantidade e qualidade, mas também no aumento dos custos de produção, frisou. Também os associados da Torriba, Associação de Produtores de Hortofrutícolas, se queixam do aumento dos custos energéticos provocados pela necessidade de estarem a regar, numa altura em que os campos deviam ter humidade suficiente proveniente da chuva. Gonçalo Escudeiro disse à Lusa que esta ausência prolongada de chuva é “completamente anormal”, havendo grande preocupação entre os produtores já que, além de terem de regar as culturas de inverno, têm também de regar os terrenos para os poderem preparar para as culturas de primavera. Mário Antunes adiantou que não estão ainda contabilizados os efeitos desta falta prolongada de chuva, havendo a expectativa de que possa chover de forma a recarregar os aquíferos e permitir o desenvolvimento das pastagens.
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Palavras-chave campo
A noite dos Óscares, o ritual do habitual
O ritual anual volta esta madrugada a cumprir-se, com milhões a sentarem-se à frente do televisor para assistir à 84.ª cerimónia dos Óscares de Hollywood, apresentada pelo actor Billy Crystal no Hollywood & Highland Center de Los Angeles a partir das 17h30 locais (1h30 de Lisboa, com transmissão directa pela TVI). E aquilo a que vão assistir é a uma imensa "feira das vaidades", como convém a uma cerimónia que foi desde sempre pensada como celebração da indústria americana do cinema mas que se tornou, com o correr dos anos, na entrega de prémios mais importante da 7.ª Arte. (...)

A noite dos Óscares, o ritual do habitual
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento -0.25
DATA: 2012-02-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: O ritual anual volta esta madrugada a cumprir-se, com milhões a sentarem-se à frente do televisor para assistir à 84.ª cerimónia dos Óscares de Hollywood, apresentada pelo actor Billy Crystal no Hollywood & Highland Center de Los Angeles a partir das 17h30 locais (1h30 de Lisboa, com transmissão directa pela TVI). E aquilo a que vão assistir é a uma imensa "feira das vaidades", como convém a uma cerimónia que foi desde sempre pensada como celebração da indústria americana do cinema mas que se tornou, com o correr dos anos, na entrega de prémios mais importante da 7.ª Arte.
TEXTO: Paradoxalmente para uma cerimónia que é vista em todo o mundo, os Óscares parecem em 2012 mais paroquiais do que nunca, através de uma lista de nomeados que se debruça ao mesmo tempo sobre a celebração do cinema e sobre a sociedade americana. Os dois filmes com mais nomeações são duas homenagens ao cinema clássico. De um lado, A Invenção de Hugo, o filme para toda a família de Martin Scorsese, adaptação de um romance juvenil de Brian Selznick ambientado na Paris dos anos 1920, onde Georges Méliès, o inventor dos efeitos especiais, tem um papel importante - 11 nomeações, incluindo Melhor Filme e Melhor Realizador, para lá de uma resma de citações técnicas. Do outro, O Artista, o filme mudo e a preto e branco de Michel Hazanavicius sobre uma vedeta do mudo que se vê esquecida quando o som chega ao cinema em 1929 - dez nomeações, incluindo Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Actor para Jean Dujardin e Melhor Actriz Secundária para Bérénice Béjo. E, de algum modo, outros nomeados que não partem favoritos evocam também a magia do cinema e a nostalgia do passado. Em Cavalo de Guerra, Steven Spielberg ensaia uma abordagem à saga familiar típica dos anos 1940 e 1950 (seis nomeações, incluindo Melhor Filme), que evoca também os clássicos sobre a Primeira Guerra Mundial; em Meia-Noite em Paris, Woody Allen brinca com a nostalgia de uma Paris dos "anos loucos" que o cinema nos ajudou a cristalizar (quatro nomeações, incluindo Melhor Filme, Melhor Realizador e Melhor Argumento). Nas categorias de representação, Michelle Williams (Melhor Actriz) e Kenneth Branagh (Melhor Actor Secundário) recriam Marilyn Monroe e Laurence Olivier em A Minha Semana com Marilyn, Meryl Streep (Melhor Actriz) habita Margaret Thatcher em A Dama de Ferro, e Glenn Close (Melhor Actriz) e Janet McTeer (Melhor Actriz Secundária) fazem-se passar por homens na Dublin do século XIX em Albert Nobbs, prolongando a velha tradição de actores nomeados por desafios físicos. Inevitavelmente, para uma Holly-wood que ainda entende ser o centro do universo cinematográfico, são os EUA, a sua sociedade, os seus problemas que acabam por estar no centro de muitos das outras nomeações. Em Extremamente Alto, Incrivelmente Perto, de Stephen Daldry (duas nomeações, Melhor Filme e Melhor Actor Secundário para Max von Sydow), é do 11 de Setembro que se fala. As Serviçais, de Tate Taylor (quatro nomeações - Melhor Filme, Melhor Actriz para Viola Davis e Melhor Actriz Secundária para Jessica Chastain e Octavia Spencer), aborda as tensões raciais no Sul americano da década de 1960 através das relações entre as patroas brancas e as empregadas negras. Moneyball - Jogada de Risco, de Bennett Miller (seis nomeações, incluindo Melhor Filme e Melhor Actor para Brad Pitt), usa o "passatempo americano" do basebol para falar do modo como o negócio e o capitalismo vão contaminando o mundo do desporto. E A Árvore da Vida, de Terrence Malick (três nomeações, incluindo Melhor Filme e Melhor Realizador), centra-se na memória de uma infância americana no Texas dos anos 1950 - por muito que o filme, já premiado com a Palma de Ouro em Cannes 2011, não seja "apenas" sobre isso e faça figura de "intruso" nesta lista de nomeados. Afinal, Malick é conhecido por ser um recluso que recusa as convenções de Hollywood e que mantém o seu estatuto de mestre cineasta que se borrifa. Sobra Os Descendentes, de Alexander Payne (cinco nomeações, incluindo Melhor Filme, Melhor Realizador e Melhor Actor para George Clooney) - que é uma história ao mesmo tempo americana, ambientada num dos estados menos usados por Hollywood para dramas sérios (o Havai), e universal, no modo como aborda as questões de uma família que se vê forçada a reconstruir-se com a morte anunciada da mãe.
REFERÊNCIAS:
Retrato da Ongoing: seis anos depois, o grande projecto de media morreu?
O projecto de Rafael Mora e Nuno Vasconcellos para criar um grande grupo de telecomunicações, media e tecnologias pode ter entrado em agonia. A crise mundial pôs em evidência as fragilidades da Ongoing. A PT, que tem sido a sua bomba de oxigénio, já anunciou que será menos generosa com os accionistas. Mora, considerado o estratego, afastou-se dos holofotes. Vasconcellos continua a dar a cara pelo projecto. (...)

Retrato da Ongoing: seis anos depois, o grande projecto de media morreu?
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-02-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: O projecto de Rafael Mora e Nuno Vasconcellos para criar um grande grupo de telecomunicações, media e tecnologias pode ter entrado em agonia. A crise mundial pôs em evidência as fragilidades da Ongoing. A PT, que tem sido a sua bomba de oxigénio, já anunciou que será menos generosa com os accionistas. Mora, considerado o estratego, afastou-se dos holofotes. Vasconcellos continua a dar a cara pelo projecto.
TEXTO: Nuno Vasconcellos e Rafael Mora têm sido aves migratórias: ora estão em Lisboa, ora estão em São Paulo ou no Rio de Janeiro. A seguir rumam a Madrid. E já foram a Pequim. São o símbolo de uma época, marcada pelo culto da imagem e do dinheiro fácil, pela busca de influência. Os bastidores da actividade da Ongoing (que detém o Diário Económico) sempre despertaram curiosidade. Começou por ser um veículo do BES na Portugal Telecom mas, com o tempo, foi escapando à sua órbita. Nos últimos meses, surgiu envolvida em polémicas que juntam partidos, maçonaria e ex-espiões. Bem ao estilo de Mário Conde, que, nos anos 1980, "fascinou toda uma sociedade durante sete anos", como se lê em O Banqueiro de Rapina, crónica secreta de Mário Conde, de Ernesto Ekaiser. É verdade que as influências criam solidariedades, mas não resolvem os problemas. A ambição pode ser traiçoeira? Os amigos desvalorizam as críticas. Outros sorriem quando o tema é a Ongoing. Um financeiro considera: "A montanha pariu um rato. " O estilo de actuação de Mora e Vasconcellos ou afasta ou aproxima. Quando estão em causa os seus interesses, fazem sair a artilharia pesada. Implacáveis. Para este retrato da empresa, o PÚBLICO tentou várias vezes obter esclarecimentos de Nuno Vasconcellos e Rafael Mora, presidente e vice-presidente da Ongoing, que não se mostraram disponíveis. Ao longo de vários meses, para compreender a sua ascendência meteórica, o PÚBLICO interrogou amigos, colaboradores, personalidades que, por diferentes razões, com eles se cruzaram. António Ramalho, José Galamba de Oliveira, Eduardo Catroga, Alípio Dias, Cunha Vaz, Carlos Barbosa, Filipe Pinhal, Joe Berardo, Alfredo Casimiro, Raul Mascarenhas, Miguel Relvas foram alguns dos que aceitaram prestar declarações. Houve quem declinasse. O padrinho de casamento de Mora, Luís Sá Couto, à frente da Andersen Consulting nos anos 1990, foi contactado, mas não atendeu o telefone. Outros não compareceram a encontros. Antes de começar a desfiar as contas deste rosário, há que recuar até ao final da década de 1980. Leia o artigo completo na edição impressa deste domingo ou na versão online para assinantes.
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