Vamos conseguir alimentar o mundo daqui a 20 anos?
A Fundação Gulbenkian e o PÚBLICO iniciam nesta sexta-feira um ciclo de conferências sobre o futuro da alimentação, para pensar nas mudanças na agricultura e nas nossas dietas. Como produzir mais e desperdiçar menos? (...)

Vamos conseguir alimentar o mundo daqui a 20 anos?
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.5
DATA: 2012-03-09 | Jornal Público
SUMÁRIO: A Fundação Gulbenkian e o PÚBLICO iniciam nesta sexta-feira um ciclo de conferências sobre o futuro da alimentação, para pensar nas mudanças na agricultura e nas nossas dietas. Como produzir mais e desperdiçar menos?
TEXTO: Um mundo em que cada vez mais gente come carne, uma pressão crescente sobre os cereais que alimentam os animais, solos a ficarem esgotados, seca, recursos hídricos a serem explorados até ao limite e, ao mesmo tempo, desperdícios de alimentos na ordem dos 30% a 50%. Como vamos conseguir, no futuro, alimentar a população mundial? A pergunta é o ponto de partida para um ciclo de conferências organizadas pela Fundação Calouste Gulbenkian/PÚBLICO, intitulado O Futuro da Alimentação - Ambiente, Saúde e Economia. A primeira, Enquadramento Global da Produção e do Consumo de Alimentos, com o especialista britânico Charles Godfray, professor da Universidade de Oxford, acontece hoje, às 17h30, na fundação, em Lisboa, e a entrada é livre. As subidas dos preços dos alimentos a que assistimos em 2008 e 2009 tornaram ainda mais premente este debate. "A questão da qual partimos tem que ver precisamente com a nossa capacidade para alimentar um mundo com nove ou dez mil milhões de pessoas", explica José Lima Santos, que coordenou o ciclo de conferências. "Isto prende-se com alterações climáticas, mas também com mudanças nas dietas alimentares. No Brasil, na China, na Índia, as pessoas estão a mudar a alimentação, a consumir mais carne, o que causa uma pressão muito maior sobre a procura de cereais. ""Vai ser necessário produzir muitos mais alimentos até 2030", o ano em que, segundo o especialista britânico John Beddington, vamos assistir a uma "tempestade perfeita" devido à escassez de água, energia e alimentos. O problema, prossegue Lima Santos, é que "a produtividade dos cereais por hectare está a aumentar de forma cada vez mais lenta". A este cenário soma-se a questão do preço do petróleo, "muito importante para a produção de alimentos", e a falta de água. "Temos na África Subsariana, mas sobretudo no Norte da Índia e na China, zonas altamente povoadas em que os níveis de esgotamento dos recursos hídricos são brutais e os aquíferos estão a ser perfurados em níveis impensáveis", alerta o professor do Instituto Superior de Agronomia. É preciso, portanto, pensar no assunto e procurar soluções. E estas passam por onde? "Até agora", diz Lima Santos, "os aumentos de produção agrícola dependeram integralmente ou do aumento do uso de água e energia para fabricar adubos ou pesticidas ou da expansão de terra cultivada". A dependência nacionalA partir daqui, as soluções têm de ser diferentes. Algumas passam pela tecnologia e, aí, a tendência será para investir menos na planta geneticamente modificada, super-resistente, e mais na "optimização do funcionamento dos ecossistemas", recuperando "muitas ideias dos sistemas tradicionais de agricultura" mas "utilizando mais intensivamente a ciência". "Outro dos ajustamentos que temos de fazer é ao nível das dietas. " Mas não é simples, porque "a nossa alimentação não é meramente biológica, é cultural" - daí que uma das conferências deste ciclo seja sobre "cultura e ética". "Há um compromisso ético sem o qual estas questões não se resolvem. " E aí entra a questão do desperdício - em relação à qual vai ser apresentado na conferência de Dezembro um estudo realizado em Portugal. A situação de Portugal vai, aliás, estar presente em todo o ciclo. "O problema é global, mas queremos também perceber as implicações que tem para Portugal", um país que "raramente, se é que alguma vez, foi auto-suficiente em alimentação". Portugal importa grande parte do que consome. "Temos cerca de 30% de dependência do exterior, mas o facto é que nunca fomos auto-suficientes, excepto em dois anos da campanha do trigo, na altura do Estado Novo, mas isso foi feito à custa de uma degradação enorme dos solos, o que era insustentável. " Para começar a pensar o assunto, a conferência de hoje inclui também uma intervenção de Arlindo Cunha, ex-ministro da Agricultura, sobre a Política Agrícola Comum e a globalização. Conferências até Dezembro
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE
Escutas ilegais: ex-directora do "News of the World" detida por obstrução da justiça
A ex-directora do “News of the World”, Rebekah Brooks, está entre as seis pessoas detidas nesta terça-feira pela Scotland Yard por suspeita de envolvimento numa “conspiração para obstruir a justiça”. Esta é a segunda vez que Brooks é detida no âmbito das investigações às escutas ilegais realizadas pelo extinto tablóide do império de Rupert Murdoch. (...)

Escutas ilegais: ex-directora do "News of the World" detida por obstrução da justiça
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento -0.25
DATA: 2012-03-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: A ex-directora do “News of the World”, Rebekah Brooks, está entre as seis pessoas detidas nesta terça-feira pela Scotland Yard por suspeita de envolvimento numa “conspiração para obstruir a justiça”. Esta é a segunda vez que Brooks é detida no âmbito das investigações às escutas ilegais realizadas pelo extinto tablóide do império de Rupert Murdoch.
TEXTO: A polícia criminal britânica recusou confirmar a identidade das seis pessoas detidas ao início da manhã em residências e escritórios nos arredores de Londres. Mas fontes policiais confirmaram à BBC que entre eles está a antiga protegida de Murdoch, bem como o marido, Charlie Brooks, um treinador de cavalos de corrida que é amigo pessoal do primeiro-ministro britânico, David Cameron. Todos os detidos estão actualmente a ser interrogados em esquadras de polícia, adiantou a edição online do jornal “Guardian”, segundo o qual esta é já a maior acção levada a cabo pelos responsáveis da Operation Weeting, o nome de código das investigações às escutas ilegais realizadas pelo “News of the World” entre 2002 e 2006. Brooks foi directora do tablóide dominical até 2003, tendo depois assumido o cargo de directora executiva da News International (o braço britânico do grupo Murdoch), que abandonou no Verão passado, quando foi revelado que centenas de telemóveis tinham sido interceptados, incluindo o de Milly Dowler, uma adolescente morta em 2002 pouco depois de ter desaparecido. A dimensão do escândalo levou o magnata da comunicação a decidir encerrar o “News of the World”, um dos mais lucrativos jornais do seu grupo. Depois disso, Brooks foi detida para interrogatório e acusada de “conspiração para interceptar comunicações”, tendo sido posteriormente libertada sob caução. A antiga jornalista negou sempre ter tido conhecimento que os seus jornalistas encomendaram escutas a um detective privado e garantiu que, quando foram conhecidas as primeiras suspeitas, em 2007, o grupo que dirigiu agiu “pronta e decisivamente” para punir os responsáveis. Ao todo, 23 pessoas foram detidas no âmbito deste inquérito, das quais apenas duas não foram formalmente acusadas.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave adolescente morta
E se o desenho lá de casa for um Rubens?
A Christie"s fez no Estoril uma avaliação gratuita de jóias, pintura e mobiliário. Encontrou um desenho que pode ser de Rubens. (...)

E se o desenho lá de casa for um Rubens?
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DATA: 2012-03-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: A Christie"s fez no Estoril uma avaliação gratuita de jóias, pintura e mobiliário. Encontrou um desenho que pode ser de Rubens.
TEXTO: Pinturas, desenhos, jóias, esculturas em marfim e até instrumentos musicais. Vêm em sacos e mochilas, embrulhados em plástico, panos e papel de seda. Nalguns casos acabam de sair da parede da sala, noutros estavam há anos num armário. Na pequena sala do Hotel Palácio, no Estoril, onde a Christie"s fez ontem a sua primeira sessão pública de avaliação de peças em Portugal, os três especialistas da leiloeira britânica, uma das mais importantes do mundo, não tinham mãos a medir. Começaram a trabalhar às 10h e, em menos de uma hora, tinham atendido mais de 20 pessoas e identificado três itens que lhes pareciam interessantes: um relógio da marca suíça Patek Philippe com quase 100 anos e uma pintura e um desenho holandeses do século XVII. "Para darmos uma estimativa destas peças temos de fazer uma investigação mais aprofundada", diz ao PÚBLICO um dos avaliadores holandeses, Koen Samson, explicando que estas sessões são uma óptima forma de conhecer clientes. "O desenho não está assinado mas é bem possível que seja um [Peter Paul] Rubens. " Para dar resposta a muitas das perguntas que tem sobre as duas obras holandesas ou sobre um violino que apareceu a meio da manhã, talvez um Stradivarius, Samson e os colegas fotografam as peças com luz natural e tiram notas pormenorizadas. "Não sou especialista em violinos e o facto de vir assinado não quer dizer que não seja uma cópia", explica ao potencial cliente. "A nossa perita está em Nova Iorque. Dentro de três semanas ligamos-lhe. "Muitas das pessoas que levaram peças preferem o anonimato ou escondem o apelido. António tinha uma gravura debaixo do braço; a pedido da mãe, João foi ao hotel com uma pregadeira que o avô ofereceu à avó e que deixou Bernadette de Bruijn, a leiloeira especializada em jóias e pratas, com vontade de a usar. "As pessoas querem saber o que têm em casa, mais por curiosidade do que por necessidade", diz Mafalda Pereira Coutinho, agente da Christie"s em Portugal desde 1996. "Com a crise, os pedidos de avaliações aumentam, mas o primeiro impulso é o de querer saber mais. As pessoas vêm na esperança de ter uma boa surpresa. " No caso de Diogo Moreira, foi um tio-avô que lhe deixou o Patek Philippe dos anos 20 que cativou De Bruijn. As esculturas, cachimbos e porcelanas que levou também são herança de família, mas na maioria não interessam ao mercado internacional, explicou-lhe a avaliadora. Para o relógio e um anel com um brilhante, o caso já é diferente. Moreira considera vender algumas das peças e não põe de lado a hipótese de viajar para o fazer. Segundo Pereira Coutinho, na sessão da Christie"s, que tem por hábito convidar peritos portugueses e estrangeiros para fazer avaliações privadas, surgiram algumas peças que podem ser levadas à praça em Londres e Amesterdão, entre elas duas obras de Paula Rego e Vieira da Silva. Mas, para isso, o dono terá de decidir se, dado o valor estimado de venda e os custos de transporte, licença de exportação e margem da leiloeira, vale ou não a pena. A Palácio do Correio Velho, leiloeira portuguesa, fez já três sessões deste género em Guimarães, Coimbra e Braga e tenciona este ano cobrir mais capitais de distrito.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave género marfim
Governo aprova crédito, isenções e reembolsos para combater impactos da seca
O Governo aprovou hoje, em Conselho de Ministros, medidas para ajudar os agricultores a lidar com os prejuízos causados pela seca que o país atravessa. (...)

Governo aprova crédito, isenções e reembolsos para combater impactos da seca
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DATA: 2012-03-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Governo aprovou hoje, em Conselho de Ministros, medidas para ajudar os agricultores a lidar com os prejuízos causados pela seca que o país atravessa.
TEXTO: O plano foi anunciado pela ministra da Agricultura, Mar e Ordenamento do Território, Assunção Cristas, que começou por fazer um novo balanço da situação do país. Os últimos dados mostram que “47% do país está em seca severa e 53% em seca extrema”, referiu, acrescentando que, “mesmo num quando de extrema austeridade, o Governo não perdeu a sua sensibilidade a situações tão graves e preocupantes”. De entre essas medidas aprovadas hoje em Conselho de Ministros está a criação de uma linha de crédito de 50 milhões de euros, que dará prioridade à produção animal, assim como ajudas directas aos produtores pecuários. E ainda a isenção da taxa de recursos hídricos este ano. Além disso, o Executivo prevê avançar com a regularização da electricidade verde que estava em falta, sanando as dívidas relativas a 2010 e 2011. Está ainda previsto que o reembolso do IVA seja antecipado, estando a administração fiscal “sensibilizada para dar prioridade” a estas casos, explicou Assunção Cristas. O reembolso deixará de ser de 50 dias, passando a fazer-se em 30. Também haverá uma concentração dos pagamentos por conta em Dezembro, em vez de serem realizados em Junho e em Setembro, uma vez que, nessa altura, os produtores “já terão recebido os apoios de Bruxelas”, disse a ministra, acrescentando ainda que haverá “uma redução muito significativa dos pagamentos à Segurança Social”. Uma medida que ainda “está a ser trabalhada”, explicou. As medidas hoje apresentadas, exceptuando a linha de crédito, valem 40 milhões de euros. Assunção Cristas reafirmou ainda que “há muito que a Comissão Europeia está sinalizada” para o problema da seca em Portugal, sublinhando que “o trabalho técnico e político está a ser desenvolvido há muito tempo”. Junto de Bruxelas, o Governo pediu “a derrogação de um conjunto de medidas administrativas” e fez um “pedido de antecipação dos apoios comunitários, normalmente pagos em Setembro”. Além disso, o Executivo terá também de garantir que a Comissão Europeia permitirá alterações no limite máximo de ajudas que o Estado português pode dar aos agricultores, de modo a garantir a concretização das medidas hoje apresentadas. Para coordenar a aplicação deste plano, foi criada uma comissão de coordenação política, alargando o grupo de trabalho a outros ministérios e tornando-o permanente, anunciou a ministra. Esta comissão contará também com a participação da Associação Nacional dos Municípios Portugueses. Questionada sobre o facto de estas medidas só terem sido apresentadas numa altura em que há zonas do país em seca extrema, Assunção Cristas respondeu que “chegam na altura que faz sentido”, porque se tratou de “uma situação evolutiva”, em que “era preciso ir fazendo uma monitorização”. Notícia actualizada às 14h36: Acrescenta o valor das medidas apresentadas pelo Governo
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave concentração social animal
Robotarium tinha vidros à prova de bala mas não resistiu ao vandalismo
A primeira estrutura do género dedicada à robótica e com tecnologia similar à da NASA, desenvolvida com o apoio de fundos comunitários, mora em Alverca, mas está ao abandono. (...)

Robotarium tinha vidros à prova de bala mas não resistiu ao vandalismo
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-03-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: A primeira estrutura do género dedicada à robótica e com tecnologia similar à da NASA, desenvolvida com o apoio de fundos comunitários, mora em Alverca, mas está ao abandono.
TEXTO: O Robotarium foi inaugurado há quase cinco anos num novo jardim dos arredores de Alverca. O projecto, do artista plástico Leonel Moura, consiste numa grande estrutura envidraçada, tipo aquário, onde foram colocadas quatro dezenas de robots que, alimentados por pequenos painéis solares, reagiam e movimentavam-se com a aproximação de visitantes. O Robotarium está desactivado e abandonado há mais de três anos, porque se sucederam os actos de vandalismo, que até envolveram disparos de armas de fogo sobre os vidros à prova de bala. As marcas de tiros e pedras ainda são bem visíveis no Robotarium, instalado no Jardim Central do Bom Sucesso (bairro dos arredores de Alverca com cerca de sete mil habitantes). Para evitar mais prejuízos, os robots foram retirados e estão em recuperação no atelier de Leonel Moura. Mas as várias tentativas da Câmara de Vila Franca de Xira para reconstituir o projecto num local mais protegido não têm sido bem sucedidas. O arquitecto e artista plástico admite que já se sabia que o Robotarium ia ser instalado numa zona socialmente problemática e "potencialmente hostil". Mas Leonel Moura acredita que, ultrapassada esta fase de crise económica, há-de ser encontrada uma solução para colocar o Robotarium num local "mais seguro". Já fez entretanto um "Robotarium portátil", que tem circulado pelas principais cidades brasileiras, e sente que a sua ideia, original, é conhecida um pouco por todo o mundo, como ainda aconteceu recentemente em Moscovo. Há também ideias para fazer outros "robotariuns", designadamente no Algarve. "Sou sempre muito positivo. Não estou nada arrependido que o primeiro Robotarium tenha sido instalado naquele local. Estou muito agradecido à Câmara de Vila Franca de Xira e à presidente da câmara, que recebeu muito bem quando lhe expliquei a ideia. Mas estas ideias inovadoras às vezes são difíceis de ser entendidas por pessoas que não percebem muito bem do que se trata", reconhece. Desenvolvido em parceria com a empresa de robótica IDMind, o Robotarium envolveu um investimento na ordem dos cem mil euros, comparticipado por fundos comunitários do Proqual (Programa de Requalificação Urbana). O projecto incluía uma estrutura de aço e vidro com cerca de três metros de altura, um espaço explicativo das questões da robótica e cerca de 40 robots com as mais variadas formas, desde os que se assemelham a insectos e a animais de pequeno porte aos que mais parecem flores, bolas ou carrinhos. Usam tecnologia semelhante aos dos seus congéneres da NASA (agência espacial norte-americana) e pretendiam, através deste novo tipo de arte, despertar a atenção e estimular para as questões da ciência e da tecnologia. Robots em reparaçãoO Robotarium de Alverca foi inaugurado a 1 de Junho de 2007, mas pouco tempo depois começou a ser alvo dos mais variados actos de vandalismo, desde tiros a pedradas nos vidros, passando por tentativas de arrombamento da porta de acesso. A Câmara de Vila Franca ainda tentou envolver mais a PSP na segurança do jardim, e alguns idosos locais num programa de manutenção e vigilância, mas nada impediu que os actos de vandalismo prosseguissem. Já em 2009, os robots foram retirados. Alguns já estavam avariados, porque os danos causados proporcionaram a entrada de água da chuva e receou- -se também que acabassem por ser objecto de furto. "É uma zona problemática de Alverca, em que jovens que não têm nada para fazer se entretêm a partir coisas. São situações que não são nada agradáveis, mas é o que acontece. Estávamos na esperança de que, tendo o jardim outras componentes, escolas próximas, um bar, se criasse ali um ambiente favorável e que o Robotarium também criasse uma certa animação. Mas há uma tendência, não só em Alverca ou em Portugal, mas no mundo, dos jovens para expressar a sua raiva da pior maneira", lamenta o autor.
REFERÊNCIAS:
Entidades PSP NASA
Ajudas directas de 300 milhões poderão ser antecipadas 2,5 meses por causa da seca
O pagamento de 300 milhões de euros de ajudas comunitárias aos agricultores portugueses deverá ser antecipado para 16 de Outubro, disse hoje o secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, em Bruxelas. (...)

Ajudas directas de 300 milhões poderão ser antecipadas 2,5 meses por causa da seca
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento -0.01
DATA: 2012-03-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: O pagamento de 300 milhões de euros de ajudas comunitárias aos agricultores portugueses deverá ser antecipado para 16 de Outubro, disse hoje o secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, em Bruxelas.
TEXTO: “Houve o pedido de antecipar o pagamento dos apoios comunitários – que normalmente são pagos só no final de Dezembro – para 16 de Outubro”, disse o secretário de Estado, no final de uma reunião do Conselho de Ministros da Agricultura dos 27. “Portugal recebe de ajudas directas, no todo, cerca de 600 milhões de euros. Estamos a falar de uma antecipação de 50 por cento – 300 milhões de euros – já para Outubro”, disse. “Essa antecipação é muito importante porque apoia os agricultores mais cedo”, referiu o governante, que sublinhou a “situação financeira muito difícil” que afecta sobretudo a produção animal. As verbas não podem chegar antes de Outubro, adiantou o secretário de Estado, porque têm que ser feitos controlos, assegurados pelos Estados-membros. Uma outra verba de 45 milhões será antecipada, a nível nacional, para Abril e Maio, ao abrigo do Programa de Desenvolvimento Rural, para pagamento de medidas agro-ambientais e para regiões desfavorecidas. Albuquerque adiantou ainda que houve também o reconhecimento da necessidade de “derrogações para que os agricultores possam trabalhar em modo de seca. As medidas para enfrentar a seca em Portugal e Espanha, acrescentou, mereceram o apoio de oito outros Estados-membros, nomeadamente a Itália e a Eslovénia. José Diogo Albuquerque representou hoje Portugal no Conselho de Ministros da Agricultura dos 27, substituindo a ministra, que visita Angola.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave animal
Greve geral de quinta-feira promete causar constrangimentos
Principais impactos vão ser sentidos nos transportes, mas também haverá serviços públicos encerrados no dia da greve convocada pela CGTP. (...)

Greve geral de quinta-feira promete causar constrangimentos
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.050
DATA: 2012-03-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: Principais impactos vão ser sentidos nos transportes, mas também haverá serviços públicos encerrados no dia da greve convocada pela CGTP.
TEXTO: TransportesO Conselho Económico e Social decidiu não decretar serviços mínimos para a Metro de Lisboa e para a Transtejo/Soflusa, que opera as ligações fluviais no rio Tejo. A circulação ficará, por isso, dependente da adesão dos trabalhadores, sendo que, no caso da primeira empresa, o histórico mostra que, nos dias de greve, os impactos têm sido significativos. Regra geral, as portas do metro fecham na véspera dos protestos, ao final do dia. Para as restantes transportadoras públicas, foram definidos serviços mínimos, que ficarão, no entanto, muito aquém daquilo que é a operação destas empresas num dia normal. No caso da Carris, por exemplo, apenas será assegurada 13% da circulação de carreiras. O acórdão do tribunal arbitral definiu como obrigatória a realização de metade das ligações nas carreiras 36, 703, 708, 712, 735, 738, 742, 751, 755, 758, 760 e 767. Além disso, terão de ser garantidos os serviços de pronto socorro e o transporte exclusivo de deficientes. Também na STCP, que opera os autocarros no Porto, foram definidos serviços mínimos para o dia da greve convocada pela CGTP, em protesto com a nova legislação laboral. A empresa verá, assim, asseguradas metade das ligações nas seguintes carreiras: 200, 205, 305, 400, 402, 500, 501, 508, 600, 602, 603, 701, 702, 801, 901, 902, 903, 905, 906 e 907 (durante o período nocturno); e 200, 205, 300, 301, 305, 400, 402, 500, 501, 508, 600, 602, 603, 701, 702, 801, 901, 902, 903, 905, 906 e 907 (durante os períodos da manhã e da tarde). A transportadora também foi autorizado pelo tribunal arbitral a operar a 100% duas linhas que funcionam durante a madrugada (4M e 5M). E terão ainda de ser garantidos os serviços de saúde e de segurança. Por último, na CP ficou definido que circularão todas as composições que tenham iniciado a marcha, devendo ser conduzidas ao seu destino e estacionadas em condições de segurança, refere o acórdão. Além disso, todos os comboios previstos para quarta-feira, véspera da greve, serão assegurados, bem como as ligações de emergência. De acordo com a decisão do tribunal arbitral, haverá um total de 315 comboios no dia 22. Serão efectuadas sete ligações de longo curso, 60 regionais e ainda 203 urbanos da zona de Lisboa, entre outros. No caso da Metro do Porto, que não tem sido afectada pelas sucessivas paralisações no sector dos transportes, a empresa prevê alguns constrangimentos. Fonte oficial referiu ao PÚBLICO que “o eixo central da operação [nomeadamente a linha amarela e o tronco comum às linhas A, B, C, E e F] vai funcionar dentro da normalidade”, mas poderá haver outras linhas afectadas pela greve. AviaçãoNa aviação, ainda é cedo para prever potenciais impactos dos protestos. Na última greve geral, em 24 de Novembro de 2011, os aeroportos nacionais ficaram completamente vazios, mas, desta vez, poderá ser diferente. Isto porque os controladores aéreos, sem os quais não se faz a gestão do tráfego que entra e sai de Portugal, não entregaram pré-aviso de greve. Para a TAP, não está previsto “qualquer tipo de impacto na operação”, referiu fonte oficial. A gestora aeroportuária ANA recebeu um pré-aviso de greve por parte do SITAVA, só devendo efectuar amanhã um balanço mais concreto dos eventuais constrangimentos que poderá sentir na quinta-feira. CorreiosNo que diz respeitos a serviços públicos, sabe-se já que a paralisação vai ter impactos nas estações dos correios, uma vez que o tribunal arbitral definiu apenas como obrigatória a abertura de um estabelecimento dos CTT por cada município. Ainda assim, a empresa está obrigada a cumprir uma série de serviços considerados indispensáveis, como é o caso da distribuição de telegramas e de vales postais da Segurança Social, bem como a recolha, tratamento e expedição de correio e de encomendas que contenham medicamentos ou produtos perecíveis. TribunaisO Sindicato dos Funcionários Judiciais já veio anunciar que decidiu aderir à greve de dia 22, justificando esta posição com uma forma de protesto contra o “roubo de subsídios [de férias e de Natal]”, que serão eliminados parcial e totalmente até 2013. Só no próprio dia se saberá qual o impacto real nos tribunais (assim como acontecerá para as escolas e hospitais, por exemplo), mas deverão ser assegurados os processos mais urgentes. No entanto, desta vez será mais difícil saber quais os efeitos da paralisação, uma vez que o Governo decidiu suspender a recolha e divulgação de dados sobre a adesão no sector público, em tempo real. A greve geral de quinta-feira foi convocada pela CGTP em protesto contra a revisão do Código do Trabalho, que esteve até hoje em discussão pública. Ao contrário do que aconteceu em Novembro e também em 2010, a central está sozinha, não contando com a participação da UGT. EducaçãoOs sindicatos de professores e da função pública, afectos à CGTP, prevêem que no sector da educação a adesão à greve geral de quinta-feira seja idêntica à registada na paralisação de 24 de Novembro. Segundo a Fenprof, a adesão à greve nas escolas foi de 60 a 85%, tendo centenas encerrado. Dados do Governo apontaram para uma adesão de cerca de 2%. “Eventualmente o nível de adesão até poderá ser ligeiramente superior” indicou o líder da Federação Nacional de Professores, Mário Nogueira, destacando o descontentamento e a preocupação crescente dos docentes face à “política miserável” que tem vindo a ser seguida. Já Luís Pesca, da Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública, lembra que a maioria do pessoal não docente recebe “ordenados muito baixos” e que, independentemente de concordarem com a contestação, são cada vez mais aqueles que afirmam que já não lhe sé possível prescindir de um dia de salário, como acontece quando fazem greve. SaúdeNas unidades do Serviço Nacional de Saúde, os serviços mínimos estão garantidos, mas é provável que amanhã haja “grandes perturbações” nas consultas e nas cirurgias programadas, antecipa Paulo Taborda, da Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública, que representa o pessoal auxiliar e administrativo, além dos técnicos de diagnóstico e terapêutica. O dirigente sindical perspectiva “um bom nível de adesão” à greve. Apesar de sublinhar que os enfermeiros têm “fortíssimas razões para aderir à greve”, José Carlos Martins, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, é mais cauteloso. “Só no próprio dia” será possível ter uma ideia do nível de adesão, prevê o dirigente sindical, que nota que “há várias razões subjectivas” para que alguns profissionais não façam greve, sobretudo porque isso significa a “perda de um dia de trabalho” num altura em que se confrontam com dificuldades financeiras. A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) também aderiu à greve. No pré-aviso, a FNAM esclarece que os trabalhadores devem garantir os serviços mínimos e e a prestação de vários actos, nomeadamente quimioterapia e radioterapia, diálise, urgência interna e cuidados paliativos em internamento. Notícia actualizada às 18h58
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave tribunal educação social salário
Greve geral condiciona transportes a partir de hoje
Apenas três transportadoras públicas têm serviços mínimos definidos e não haverá metro. Nas escolas e nos hospitais, perda de salário poderá refrear adesão, mas haverá serviços públicos fechados, dizem os sindicatos (...)

Greve geral condiciona transportes a partir de hoje
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.025
DATA: 2012-03-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: Apenas três transportadoras públicas têm serviços mínimos definidos e não haverá metro. Nas escolas e nos hospitais, perda de salário poderá refrear adesão, mas haverá serviços públicos fechados, dizem os sindicatos
TEXTO: A greve geral de amanhã, convocada pela CGTP em protesto contra a revisão da legislação laboral, promete causar constrangimentos, sobretudo ao nível dos transportes. Mas a paralisação, que não vai contar com a UGT, também se deverá fazer sentir na função pública, antevendo-se o encerramento de alguns serviços das Finanças e da Segurança Social. A adesão ditará o nível de impacto dos protestos, numa altura em que os sindicatos admitem que os trabalhadores estão cada vez menos disponíveis para perder um dia de salário. Transportes no mínimoO Conselho Económico e Social decidiu não decretar serviços mínimos para a Metro de Lisboa e para a Transtejo/Soflusa, que opera as ligações fluviais no Tejo. A circulação ficará dependente da adesão dos trabalhadores, sendo que, no caso da primeira empresa, as portas deverão encerrar ainda hoje, ao final do dia, afectando 550 mil passageiros. Para as restantes transportadoras públicas, foram definidos serviços mínimos, que ficarão, no entanto, muito aquém daquilo que é a operação num dia normal. No caso da Carris, por exemplo, apenas será assegurada 13% da circulação de carreiras. O tribunal arbitral definiu como obrigatória a realização de metade das ligações em onze carreiras. Também na STCP, que opera os autocarros no Porto, foram definidos serviços mínimos para 22 carreiras. A transportadora também foi autorizada a operar duas linhas que funcionam durante a madrugada (4M e 5M). Por último, na CP ficou definido que haverá um total de 315 comboios. Serão efectuadas sete ligações de longo curso, 60 regionais e 203 urbanos da zona de Lisboa, entre outros. No caso da Metro do Porto, que não tem sido afectada pelas paralisações no sector dos transportes, prevê-se constrangimentos, embora o eixo central não deva ser afectado. Aviação não prevê impactosNa aviação, ainda é cedo para prever os potenciais impactos dos protestos. Na última greve geral, a 24 de Novembro de 2011, os aeroportos nacionais ficaram completamente vazios, mas, desta vez, poderá ser diferente, porque os controladores aéreos, que gerem o tráfego que entra e sai de Portugal, não entregaram pré-aviso de greve. Para a TAP, não está previsto "qualquer tipo de impacto na operação", referiu fonte oficial. A gestora aeroportuária ANA só conseguirá fazer um balanço mais concreto na própria quinta-feira. Serviços públicos fechadosA Frente Comum, ligada à CGTP, espera uma "grande" adesão dos trabalhadores do Estado à paralisação de amanhã. Luís Pesca, dirigente daquela estrutura, garante que haverá serviços da Segurança Social encerrados e que nos serviços centrais poderá haver atrasos no processamento das prestações sociais. As repartições de Finanças também deverão sofrer perturbações, uma vez que o Sindicato dos Trabalhadores do Impostos decidiu aderir. Também nas autarquias há a expectativa de uma forte participação. Entretanto, na semana passada, o Governo decidiu suspender a recolha dos dados de adesão à greve em tempo real na função pública, por considerar que este processo em nada tem contribuído para acabar com as guerras de números entre Governo e sindicatos. Incertezas na educaçãoOs sindicatos de professores e da função pública, afectos à CGTP, prevêem que no sector da educação a adesão à greve geral de quinta-feira seja idêntica à registada na paralisação de 24 de Novembro, que foi convocada também pela UGT. Segundo a Fenprof, a adesão à greve nas escolas foi de 60% a 85%, tendo centenas delas encerrado. Dados do Governo apontaram para uma adesão de cerca de 2%. "Eventualmente, o nível de adesão até poderá ser ligeiramente superior", indicou o líder da Federação Nacional de Professores, Mário Nogueira, destacando o descontentamento e a preocupação crescente dos docentes face à "política miserável" que tem vindo a ser seguida. Já Luís Pesca, da Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública, lembra que a maioria do pessoal não docente recebe "ordenados muito baixos" e que, independentemente de concordarem com a contestação, são cada vez mais aqueles que afirmam que já não lhe sé possível prescindir de um dia de salário. Apenas uma estação dos CTTO tribunal arbitral definiu apenas como obrigatória a abertura de uma estação dos CTT por cada município. Ainda assim, a empresa está obrigada a cumprir uma série de serviços considerados indispensáveis, como é o caso da distribuição de telegramas e de vales postais da Segurança Social, bem como a recolha, tratamento e expedição de correio e de encomendas que contenham medicamentos ou produtos perecíveis. Saúde a meio-gásNas unidades do Serviço Nacional de Saúde, há serviços mínimos garantidos, mas é provável que haja "grandes perturbações" nas consultas e nas cirurgias programadas, antecipa Paulo Taborda, da Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública, que representa o pessoal auxiliar e administrativo, além dos técnicos de diagnóstico e terapêutica. Apesar de sublinhar que os enfermeiros têm "fortíssimas razões para aderir à greve", José Carlos Martins, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, é mais cauteloso. "Só no próprio dia" será possível ter uma ideia do nível de adesão, prevê o dirigente sindical, que nota que "há várias razões subjectivas" para que alguns profissionais não façam greve, sobretudo porque isso significa a "perda de um dia de trabalho" num altura em que se confrontam com dificuldades financeiras. A Federação Nacional dos Médicos, que também aderiu à greve, esclareceu que os trabalhadores devem garantir os serviços mínimos e a prestação de vários actos, nomeadamente quimioterapia e radioterapia, diálise, urgência interna e cuidados paliativos em internamento.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave tribunal educação social salário
Contacto precoce com germes bom para a saúde
No filme O meu tio, de Jacques Tati, o sobrinho – Gérard, um miúdo de uns 10 anos –, come um ovo na cozinha asséptica da sua casa high-tech – e a seguir vai passear com o tio e empanturra-se com um bolo de higiene duvidosa comprado a um vendedor ambulante. Mas será que a comida de rua é mais perigosa para a saúde do rapaz do que a comida esterilizada da sua mãe? (...)

Contacto precoce com germes bom para a saúde
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.399
DATA: 2012-03-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: No filme O meu tio, de Jacques Tati, o sobrinho – Gérard, um miúdo de uns 10 anos –, come um ovo na cozinha asséptica da sua casa high-tech – e a seguir vai passear com o tio e empanturra-se com um bolo de higiene duvidosa comprado a um vendedor ambulante. Mas será que a comida de rua é mais perigosa para a saúde do rapaz do que a comida esterilizada da sua mãe?
TEXTO: Há anos que se pensa que a exposição das crianças desde cedo aos micróbios que normalmente nos rodeiam é importante para estimular o seu sistema imunitário. Só que até aqui, não havia indícios biológicos nem potenciais mecanismos que sustentassem a ideia, baptizada “hipótese da higiene” e que responsabiliza os elevados níveis de higiene do estilo de vida moderno e urbano (e o recurso precoce aos antibióticos) pelo aumento das alergias, da asma e das doenças auto-imunes. Mas ontem, Richard Blumberg e colegas, do Hospital Brigham and Women’s de Boston, nos EUA, publicaram na revista Science os primeiros resultados susceptíveis de pôr finalmente fim ao debate. Os cientistas compararam os sistemas imunitários de ratinhos criados para serem “livres de germes” com o de ratinhos que viviam num ambiente normal – ou seja, cujo organismo continha bactérias e outros micróbios. Por um lado, constataram que os ratinhos “sem germes” apresentavam inflamações dos pulmões e do cólon semelhantes à asma e à colite e que esse estado se devia à hiperactividade de um certo tipo de linfócitos T já associados a estas doenças noutros estudos. Mas, mais importante ainda, descobriram que quando expunham os ratinhos sem germes aos micróbios logo durante as primeiras semanas de vida, o seu sistema imunitário normalizava-se e essas doenças não surgiam – o que não acontecia quando os animais só eram expostos aos micróbios já na idade adulta. A protecção imunitária obtida no primeiro caso era, para mais, de longa duração. “Estes estudos mostram a importância crucial de um condicionamento imunitário adequado por micróbios logo nas primeiras fases da vida”, diz Blumberg. Porém, os cientistas permanecem prudentes, salientando que ainda serão precisos estudos em humanos.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Morreu Tabucchi, o escritor italiano que escolheu Portugal
O escritor italiano Antonio Tabucchi morreu de cancro, em Lisboa, aos 68 anos. Tabucchi tinha uma longa ligação com Portugal e era considerado um dos nomes maiores da literatura italiana. (...)

Morreu Tabucchi, o escritor italiano que escolheu Portugal
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-03-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: O escritor italiano Antonio Tabucchi morreu de cancro, em Lisboa, aos 68 anos. Tabucchi tinha uma longa ligação com Portugal e era considerado um dos nomes maiores da literatura italiana.
TEXTO: Autor de livros como “Afirma Pereira” (1993), obra premiada e que foi adaptada ao cinema com Marcello Mastroianni no papel principal, e "Notturno Indiano" (1984), era também professor de Língua e Literatura Portuguesas na Universidade de Siena. Um último livro de Tabucchi, "O Tempo Envelhece Depressa", será editado no próximo mês pela Dom Quixote. Nascido em Pisa, em 1943, cresceu numa pequena povoação próxima daquela cidade. Filho de um comerciante de cavalos, estudou línguas e filosofia, antes de decidir viajar pela Europa. Em Paris, na Sorbonne, descobriu, traduzida para francês, uma colectânea de poemas de Fernando Pessoa (que incluía a "Tabacaria"), por cuja obra se apaixonou, decidindo estudar português para melhor compreender o poeta. Tabuchi conhecia Portugal desde os 22 anos e considerava-o o seu "país de adopção". É autor de ensaios sobre o trabalho de Pessoa e, com a companheira, Maria José de Lencastre, traduziu e dirigiu a edição italiana dos textos do autor. “Veio a Portugal no princípio dos anos 60, conheceu vários portugueses, entre os quais Alexandre O’Neill, de quem ficou muito amigo. A partir daí nunca mais perdeu de vista Portugal. Casou-se com uma portuguesa”, recordou Maria Piedade Pereira, a primeira editora de Antonio Tabucchi, então na Quetzal, e que recentemente voltou a trabalhar com o escritor na Dom Quixote. O livro “Afirma Pereira", um romance político sobre um jornalista português em finais da década de 1930 que vivia alheado da ditadura salazarista, valeu-lhe dois prémios italianos – Via Reggio e Campiello – e o prémio internacional Jean Monet. Em 1991, escreveu, directamente em português, o romance "Requiem. Uma alucinação", que se passa em Lisboa e no qual um autor italiano se encontra com o espírito de um poeta português já morto. Segundo Maria Piedade Pereira, a cultura portuguesa está muito reflectida na primeira fase da obra do autor, principalmente o Portugal anterior ao 25 de Abril. “Toda a obra dele está ligada a Portugal. ”“Tabucchi foi um embaixador da cultura portuguesa na Itália e na França”, acrescentou, dando como exemplo o caso da editora Christian Bourgois, que publicou os seus livros em França e que começou a editar a obra de Fernando Pessoa no final da década de 1980. Entre outras obras, Antonio Tabucchi escreveu uma comédia teatral sobre Pessoa. Recebeu o Prémio Médicis, por “Notturno Indiano”. “Pequenos equívocos sem importância”, “Une baule pieno di gente”, “Os últimos três dias de Fernando Pessoa”, “A cabeça perdida de Damasceno Monteiro” e “Está a fazer-se cada vez mais tarde” são outros títulos do autor. Segundo Maria Piedade Pereira, o último livro de Tabucchi, ainda por publicar, é um conjunto de nove histórias que estão relacionadas “com a passagem do tempo, com a memória”. Nos próximos três anos, a Dom Quixote vai lançar onze livros de Tabucchi, entre novidades e reedições, avançou a editora. O autor escrevia regularmente na imprensa e era um acérrimo defensor da liberdade de expressão. Em 2009, foi processado pelo presidente do Senado italiano, Renato Schifani, na sequência de um artigo publicado no jornal "L'Unità", no qual o escritor se colocara ao lado de um jornalista que, no mesmo jornal, notara que os perfis sobre Schifani não mencionavam as ligações do político a pessoas condenadas por laços à máfia. O processo acabou por não ser concluído.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave cultura filho morto