O vale encantado do Boom Festival
Nestes dias, na Beira Baixa, todos os caminhos vão dar ao Boom, passando por montes e vales pouco dados ao frenesim. Mas, além do festival, é neste cruzar de gerações e culturas que se faz a festa. (...)

O vale encantado do Boom Festival
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-07-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: Nestes dias, na Beira Baixa, todos os caminhos vão dar ao Boom, passando por montes e vales pouco dados ao frenesim. Mas, além do festival, é neste cruzar de gerações e culturas que se faz a festa.
TEXTO: Nos primeiros anos tinha medo. Os cabelos eram muito estranhos e alguns até cheiravam mal. Mas, desde então, percebemos que eram simplesmente diferentes", diz o sr. Manuel, 66 anos. Em Idanha-a-Velha, com apenas 80 habitantes, a invasão de milhares de estrangeiros e outros tantos portugueses que ali arribam para o Boom já não mete medo. Muito antes pelo contrário. O vale enche-se de encantamento. A cada dois anos, entre a velha e a nova Idanha, na Herdade da Granja, distrito de Castelo Branco, decorre o camaleão Boom Festival. Este ano, já na sua nona edição, entre hoje e 4 de Agosto, pessoas de todo o mundo voltam a reunir-se para uma semana de "alinhamento com a natureza". Na região, é fácil perceber quando "é ano de Boom ou não". Na semana que antecede a abertura, por vezes até mais cedo, começam a chegar os primeiros festivaleiros. Vêm de transportes públicos ou em carrinhas, quase sempre em grupos e por ali ficam, cirandando pelas ruas e veredas. Fazem das vilas e aldeias as suas casas. E quem lá mora não se importa. Refrescam-se nas fontes públicas, passam uns dias nas ruas, ora à espera de boleia de outros boomers ora aguardando amigos. Quando é preciso, pernoitam na rua, nas quintas, nos parques ou na zona histórica. E todos lhes abrem as portas. Os que preferem adiantar caminho, fazem-se à estrada a pé. De mochila às costas, percorrem as bermas da estrada com o polegar no ar, com ou sem um cartão que diga "boom" ou "Idanha". Pelas IdanhasOs 80 habitantes da aldeia de Idanha-a-Velha estão pouco habituados à confusão. São poucos, idosos, e a participação cívica é feita, muitas vezes, de forma colectiva, votando em conjunto, de braço no ar. Só são precisos dois minutos para percorrer a pé a velha Idanha. Plantada dentro e fora de um pequeno forte medieval, é fácil encontrar os moradores. Todos acorrem sempre ao mesmo lugar: a Liga dos Amigos de Idanha-a-Velha - o único café da aldeia. Apesar de ser uma aldeia pequena, ainda há quem venha tomar o seu café de tractor. O sr. Manuel, 66 anos, sentado à sombra, em frente ao café, fala das velhas rotinas. "Isto é muito sossegado o ano todo. Em alguns fins-de-semana, aparecem turistas, mas o resto do ano somos só nós [habitantes da aldeia]", sublinha, enquanto afugenta as moscas. Contudo, nos anos de Boom, a clientela é outra. O pequeno largo em frente ao café, durante os dias do festival, tem sempre muitos "jovens diferentes. "É ele que diz que antes até tinham medo. Agora, já percebem que tudo não passa de "diferença". E a cada dois anos, os "jovens diferentes" passam a fazer parte da etnografia das Idanhas. "Sentam-se no chão da praça a comer e a beber. Não incomodam ninguém e são sempre muito educados", dizem os habitantes sobre os Boomers. "Eles às vezes durante a noite infiltram-se nos celeiros dos animais. Já por uma ou duas vezes, pela manhã ia ordenhar os animais e lá estavam eles. Acordam sempre cheios de medo que eu os expulse", disse o sr. Augusto em tom de brincadeira. Passados mais de dez anos desde a primeira edição, já é o sr. Augusto que lhes oferece o espaço. "Pela manhã quando vou ao celeiro, ainda me querem ajudar a ordenhar os animais. Dá-me gosto vê-los aqui na quinta. Gostam mesmo do campo", acrescentou. O certo é que, numa zona onde a densidade populacional é reduzida, um evento como o Boom Festival acarreta significativas alterações nas dinâmicas locais. Quase de um dia para o outro, a região recebe 20 a 25 mil novas pessoas. Se, por um lado, é frequente que nos minimercados da zona esgotem, é notório um aumento significativo dos preços. "Se há quinze dias custava um euro, na altura do Boom pode ir até ao 1, 80", diz Maria de Lurdes, habitante de Idanha-a-Nova.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave campo medo
Mais de 13 mil professores do quadro sem horário no próximo ano lectivo
O ano passado eram pouco mais de três mil docentes. Apenas 1500 professores foram retirados das listas, de regresso à escola. (...)

Mais de 13 mil professores do quadro sem horário no próximo ano lectivo
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.166
DATA: 2012-08-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: O ano passado eram pouco mais de três mil docentes. Apenas 1500 professores foram retirados das listas, de regresso à escola.
TEXTO: Mais de 13 mil professores do quadro estão sem horário para o próximo ano lectivo e sujeitos a concurso de mobilidade interna. O Ministério da Educação e Ciência publicou, pela primeira vez, as listas provisórias e a dos professores retirados, aqueles que foram repescados: 1548. As escolas declararam 13. 306 professores do quadro sem componente lectiva. Estes são os que estão em situação de mobilidade interna. E que as escolas poderão ainda repescar à lista. Este ano, os directores foram obrigados a indicar, até ao passado dia 13, os docentes sem componente lectiva. Isto foi feito sem que estivessem ainda terminados os processos de matrículas e de constituição de turmas. Quatro dias depois, em reacção aos elevados números apontados, o ministro Nuno Crato anunciou que os docentes podiam ser repescados para actividades de apoio que contariam como componente lectiva. Nesta situação, estão apenas 1548 professores, que serão responsáveis por medidas de combate ao abandono e de promoção do sucesso escolar. Curiosamente, os professores de Português do 3. º ciclo, bem como os de Matemática dos 2. º e 3. º ciclos, são dos mais afectados, 1241 e 986, respectivamente, estão nas listas provisórias. O grupo com mais professores nesta situação é o do 1. º ciclo, com 2729. Entre os próximos dias 9 e 13 as escolas voltam a ter acesso à aplicação informática e podem chamar mais professores. "A expectativa é que bastantes sejam retirados da lista porque fazem falta nas escolas", espera Arlindo Ferreira, do Blog de ArLindo e que já fez a contabilidade das listas, lembrando que no ano passado, estavam nesta situação 3480, tendo ficado por colocar a 1 de Setembro apenas 1415 professores. De recordar que entre as medidas que levaram tantos professores a figurar nestas listas estão o aumento de número de alunos por turma, a criação dos mega-agrupamentos e a revisão curricular.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave educação
Como Ryan passou de distribuidor de correio a candidato a vice-presidente
O escolhido por Mitt Romney tem uma história de subida a pulso e através de ligações. O seu charme funciona no contacto directo e nas pequenas salas. Funcionará com multidões na campanha? (...)

Como Ryan passou de distribuidor de correio a candidato a vice-presidente
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-08-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: O escolhido por Mitt Romney tem uma história de subida a pulso e através de ligações. O seu charme funciona no contacto directo e nas pequenas salas. Funcionará com multidões na campanha?
TEXTO: O candidato à vice-presidência Paul Ryan é o exemplo máximo do self-made man do Capitólio. Começou com 19 anos como estagiário que distribuía a correspondência do Congresso e subiu com um domínio de detalhes excêntricos e um talento para cultivar mentores poderosos. Ryan é agora um congressista com sete mandatos, presidente de um comité parlamentar e o principal arquitecto das ideias republicanas em relação ao Medicare [programa de saúde para os idosos], o orçamento e a dívida nacional. As grandes ideias de Ryan trazem o selo da sua história: sublinham a independência e o contar consigo próprio, as qualidades que o levaram da sala do correio para um lugar no ticket presidencial. O Governo não deve uma garantia de felicidade aos seus cidadãos, diz Ryan, só uma hipótese justa de a tentarem alcançar. "Ele perdeu o pai cedo e teve de crescer antes do que queria", disse o republicano do Arizona Jeff Flake. "Isso teve influência nas suas políticas e na sua abordagem. Responsabilidade individual é que conta. "Ryan, 42 anos, ainda vive na sua cidade natal, Janesville, Wisconsin, com a mulher, Janna, e os três filhos, e dorme no gabinete do Congresso nas noites de semana. Na vida privada tem hobbies comuns que pratica com um zelo fora do normal. Transpira em exercícios radicais no ginásio do Congresso. Ganha a outros deputados em concursos para quem recita mais falas do filme Fletch (sobre um repórter de investigação). E pesca peixe-gato - com as próprias mãos. Ryan teve, em muitos aspectos, uma vida que é o inverso da do seu companheiro de corrida. Romney é filho de um político que teve muito sucesso no sector privado. Ryan é filho de um advogado que morreu quando ele tinha 16 anos. Passou a sua vida adulta quase toda em Washington - no Governo ou em think tanks, tentando influenciar o Governo. Cita a sua fé católica e a autora Ayn Rand como grandes influências no seu pensamento conservador. Apesar das diferenças, Romney e Ryan têm química - uma química que começou em 2007, quando se encontraram pela primeira vez. "Eles deram-se logo bem", conta Cesar Conda, então conselheiro da campanha de Romney de 2008. A reunião com Ryan deveria ter durado poucos minutos. Durou uma hora. "Quando saímos, Romney disse: "Uau, gosto mesmo deste tipo!", lembrou Conda, actualmente na equipa do senador Marco Rubio, da Florida. As pessoas sempre gostaram de Ryan. A história da sua vida política tem sido o seu sucesso em ganhar as pessoas - incluindo uma série de amigos poderosos no Congresso, centros de estudos e media conservadores - em pequenas salas. Agora vêm aí as grandes salas, estádios até. Desconhecido para muitosRyan nunca concorreu a nada mais do que o seu lugar no Congresso. Não se sabe se a sua magia resulta nas grandes multidões das presidenciais, onde muitos o vão ver e ouvir pela primeira vez. Uma sondagem da CNN dizia que 54% não conheciam Ryan ou não tinham opinião sobre ele. "Eu represento uma parte da América que inclui cidades interiores, zonas rurais, subúrbios e cidades fabris", disse ao lado de Romney. "Ouço histórias de sonhos diminuídos, expectativas rebaixadas, futuros incertos. " Isso mudaria com um governo republicano em vez daquele que, acusou, está a sufocar as esperanças em vez de se afastar e as deixar florescer. "Prometemos oportunidades iguais", disse. "Não resultados iguais. "Ryan é de uma das mais importantes famílias de Janesville - cidade de 64 mil sustentada por fábricas da General Motors e de canetas Parker. Teve trabalhos normais: grelhou hambúrgueres no McDonalds. No liceu jogou dois desportos, participou em dez clubes e foi o "rei" do baile de finalistas. Mas também foi eleito pelos colegas "o maior lambe-botas".
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Exxon Valdez, o navio maldito vai finalmente desaparecer
Após 26 anos de polémica, desastres e reincarnações o navio Exxon Valdez vai finalmente ser desmantelado. Uma história que mudou a face ambiental da indústria petrolífera e as políticas de prevenção de desastres ambientais. (...)

Exxon Valdez, o navio maldito vai finalmente desaparecer
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-08-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: Após 26 anos de polémica, desastres e reincarnações o navio Exxon Valdez vai finalmente ser desmantelado. Uma história que mudou a face ambiental da indústria petrolífera e as políticas de prevenção de desastres ambientais.
TEXTO: Em 1986, a companhia metalúrgica National Steel and Shipbuilding de San Diego, Califórnia, nos Estados Unidos, “deu à luz” dois navios gémeos, mas com destinos muito diferentes. O USNS Mercy - um navio hospital para a Cruz Vermelha - com ambições de ajudar em missões humanitárias ao longo do globo - e o Exxon Valdez, um navio para o transporte de crude entre o Alasca e a Califórnia. Vinte seis anos depois, o “Exxon Valdez” vai ser desmantelado, mas isto não o privou de algumas “reincarnações”, nem que a sua história fosse esquecida. 40 milhões de litros de crude derramadosPassava pouco da meia-noite de 24 de Março de 1989, quando o petroleiro entrou para a história dos desastres ambientais juntamente com o seu capitão, Joseph Hazelwood. O "Exxon Valdez" embateu num recife do Golfo do Alasca e o resultado foi um derrame de 40 milhões de litros de crude, espalhados por cerca de 2000 quilómetros da costa alasquiana. Apesar de a navegação estar extremamente perigosa naquela noite, devido aos icebergs soltos, o capitão decidiu abandonar o comando do navio e ir até outra secção “preencher uns papéis durante cerca de 10 minutos” deixando outro marinheiro sem capacidades para conduzir no leme do petroleiro. Foi o pior vazamento de petróleo em águas norte-americanas até 2010, quando o derrame do Horizon Deepwater “libertou” um Exxon Valdez no Golfo do México a cada cinco dias, durante três meses. Como resposta a este acidente, o Congresso americano aprovou, em 1990, o Oil Pollution Act, que obriga as companhias petrolíferas a elaborar planos de prevenção de derrames, assim com planos de emergência, caso um derrame não seja evitado. Várias experiências no terreno do desastre levaram à criação de métodos menos poluentes de limpeza de derrames, como o uso das bactérias Pseudomonas aeruginosa. Com o movimento de ondas e o efeito de alguns micróbios, o crude desapareceu rapidamente de algumas praias. No entanto, poças de petróleo ainda podem ser encontradas à superfície, ou debaixo do solo, o que ainda hoje coloca em risco a vida das lontras que escavam as praias à procura de alimento. Estima-se que entre 100 mil e 700 mil aves morreram devido ao desastre. Em 2001, o jornal Los Angeles Times descobriu que vários membros da equipa de limpeza tiveram problemas de saúde relacionados com o acidente, desde dores de cabeça a queimaduras químicas e problemas respiratórios. No entanto, as histórias e encarnações em volta do “Exxon Valdez” não acabaram aqui. As reincarnações do “Exxon Valdez” Em 1995, o petroleiro apareceu caracterizado como uma navio enferrujado no filme Waterworld, do realizador Kevin Costner, comandado por um pirata perigoso com um gosto peculiar pelo álcool. Sete anos mais tarde, a União Europeia proibiu a utilização de navios petroleiros de casco simples e o “Valdez” de outrora, agora chamado simplesmente de “Mediterranean”, foi enviado para as águas da Ásia. Em 2007, o Valdez sofreu uma “reforma” mais brutal ainda. Foi convertido num transportador de minérios e renomeado como “Dong Fang Ocean”. Para recordar o 21º aniversário do desastre ambiental, em 2010, o alter-ego “Dong Fang Ocean” colidiu com um cargueiro de transporte, “amputando” as suas próprias âncoras e perfurando os tanques de lastro do outro navio. Já em 2011, com o nome de “Oriental Nicety, ” o navio foi vendido a uma companhia de demolições indiana, as Priya Blue Industries. A mesma empresa que em 2006 tinha atraído má fama após terem afundado um navio que continha amianto. Vários activistas alegaram que o “Oriental Nicety” também podia possuir tal composto, o que levou os tribunais indianos a proibirem a atracação do navio e a imporem uma auditoria ambiental.
REFERÊNCIAS:
Étnia Fang
Alqueva já tem condições para que o Alentejo volte a ser o "celeiro da nação"
Onde se plantava trigo, quando, no século passado, a região era conhecida como o "celeiro da nação", há agora searas de milho que podem chegar aos 70 a 80 mil hectares e dar 1,2 milhões de toneladas de cereal. (...)

Alqueva já tem condições para que o Alentejo volte a ser o "celeiro da nação"
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-08-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: Onde se plantava trigo, quando, no século passado, a região era conhecida como o "celeiro da nação", há agora searas de milho que podem chegar aos 70 a 80 mil hectares e dar 1,2 milhões de toneladas de cereal.
TEXTO: Pressionados por longos períodos de seca severa e extrema, os agricultores alentejanos estão a canalizar as suas expectativas para Alqueva, onde dispõem de condições edafoclimáticas (de solo e clima) e quantidades de água apropriadas para a produção de milho. A cultura deste cereal destaca-se pela elevada exigência de água, oscilando o débito necessário à rega de um hectare entre os 7 e os 9 mil metros cúbicos. Os dados que o Instituto de Financiamento da Agricultura e Pesca (Ifap) divulgou na passada semana são reveladores do súbito interesse pelas terras a irrigar por Alqueva até 2015. Realçam o "significativo" acréscimo da área dedicada à produção de milho para grão no regadio já disponível, onde se verificou em 2011 um aumento de 6000 hectares na área cultivada. "Se não fossem as novas áreas regadas de Alqueva, teríamos seguramente um decréscimo da produção portuguesa de milho", frisa Luís Bulhão Martins, director da Associação de Nacional de Produtores de Milho e Sorgo (Anpromis). A defesa do regadio no Sul do país radica numa estratégia "prioritária" que visa o "aumento do grau de auto-abastecimento em cereais, a redução do défice da balança comercial" e a criação de "mecanismos de adaptação aos cenários das alterações climáticas", explica. Uma proposta avançada pela Anpromis defende a afectação de uma área com 20. 000 hectares dos blocos de rega de Alqueva, onde seria possível produzir cerca de 240. 000 toneladas de milho em grão e que se traduziria numa poupança de divisas de 53 milhões de euros. O presidente desta associação, Luís Vasconcellos e Souza, tem defendido mesmo um objectivo mais vasto: Aproveitar entre 70 a 80. 000 hectares do Alqueva onde se poderiam produzir um milhão e 150 mil toneladas de milho por ano. Com esta produção, Portugal "poderia atingir o equilíbrio no que toca a cereais". De acordo com os dados do Ifap, a cultura do milho ocupa em Portugal uma superfície de 140. 723 hectares. Desta área, 91. 678 hectares destinam-se à produção de grão e 49. 045 hectares à produção de silagem para os animais. O milho continua a ser assim, de longe, o principal cereal semeado em Portugal, embora haja outros a crescer. Em relação a 2011, o trigo (mole e duro) ocupou mais 11. 147 hectares, o triticale mais 7879 hectares, a cevada (forrageira e dística) mais 1303 hectares e o sorgo mais 1060 hectares. Numa situação diferente encontra-se a aveia, cuja área decresceu 5129 hectares. 18 toneladas por hectareEm relação à actual conjuntura, a Anpromis sustenta que "apesar da acentuada volatilidade dos preços" no mercado mundial de cereais e das "dificuldades sentidas pelos produtores", estes "têm-se revelado cada vez mais competitivos" através do investimento nos regadios alentejanos. Na Herdade do Freixo, em Selmes, no concelho da Vidigueira, a Syngenta, empresa que se dedica à investigação e desenvolvimento de plantas, está a proceder a ensaios com variedades de milho. Os resultados conseguidos revelaram, em 2011, uma produtividade que chegou a atingir os 19. 686 quilos por hectare, um número que surpreendeu os próprios investigadores. Para o regadio das plantas foi utilizado o sistema gota-a-gota com fita, que se traduziu numa significativa redução no consumo de água. O método foi uma novidade para os produtores da região, habituados a recorrer à rega por pivô ou por canhão. Agora já é utilizado em boa parte das plantações de milho nos blocos de rega de Alqueva. Vieira Lima, um jovem agricultor que se tem dedicado aos cereais em regadio, fez este ano cultura de milho nas suas explorações localizadas no bloco de rega Alvito/Pisão e está confiante em que a produção média "poderá atingir as 16 toneladas por hectare", superior à média nacional, que se situa nas 10/11 toneladas.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave cultura consumo
Paredes de Coura: 20 anos de uma história de amor
O festival Paredes de Coura, que começa hoje, espera 20 mil pessoas por dia. Até sexta-feira dará o palco a vários nomes relevantes do cenário alternativo e assinalará o regresso dos Ornatos Violeta. (...)

Paredes de Coura: 20 anos de uma história de amor
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.5
DATA: 2012-08-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: O festival Paredes de Coura, que começa hoje, espera 20 mil pessoas por dia. Até sexta-feira dará o palco a vários nomes relevantes do cenário alternativo e assinalará o regresso dos Ornatos Violeta.
TEXTO: Para João Carvalho, esta é, "provavelmente, a melhor semana do ano". "É fazer um festival com música de que gostas no teu quintal", justifica o membro da Ritmos, a promotora que há 20 anos pôs de pé, pela primeira vez, o festival Paredes de Coura. A "melhor semana do ano" de João Carvalho começa hoje nas margens do Rio Taboão. "É a nossa história de amor. Por muitas coisas que a gente faça, foi aqui que tudo começou", diz. "É feito no quintal onde andámos a jogar à bola, a um quilómetro das nossas casas; é a nossa história de amor, mudou as nossas vidas. "O festival mudou a vida dos membros da Ritmos - e ajudou a mudar a vida do pop-rock em Portugal ao apostar em nomes alternativos, uma linha entretanto seguida por outros festivais mais jovens. Sem a Ritmos, João Carvalho teria sido, provavelmente, radialista. Outro membro da promotora courense seria sociólogo. "Se não aparecesse o festival, estaríamos todos fora de Paredes de Coura. Eu talvez não, sempre fui um bairrista convicto", diz. Mas ficaram na vila minhota e viram o festival tornar-se uma referência da vida cultural portuguesa. Com o patrão do indie Stephen Malkmus, os Ornatos Violeta (cujo concerto será o primeiro dos cinco que vão dar este ano, uma década depois do fim), Kasabian e Anna Calvi, duas sensações da música britânica, no cartaz, o Paredes de Coura de 2012 é muito diferente do de 1993. Nesse ano actuaram apenas cinco bandas portuguesas, entre elas os Ecos da Cave, os Gangrena e os Cosmic City Blues. A edição inaugural "foi uma brincadeira de adolescentes", conta João Carvalho. "Começou na praia fluvial do Taboão. Estávamos a ver um concerto de fados com cerca de mil pessoas. Achámos espantoso o número de pessoas que estava a ver fado. Na ingenuidade típica da adolescência fomos perguntar ao presidente da câmara se podíamos fazer algo para a juventude", diz. "Para quando?", perguntou o autarca. "Para a semana", responderam. Não foi numa semana, mas "foi em dez dias": nascia o festival Paredes de Coura. Este ano, o festival conta com velhos conhecidos de Paredes de Coura, como os belgas dEUS (quarta-feira) e Erlend Øye (dos Kings of Convenience, que se apresenta quinta-feira com os The Whitest Boy Alive), e estreias em palcos portugueses, como os Sleigh Bells (colisão de batidas hip-hop, guitarras metal e uma vocalista irresistível, para ver quarta-feira). Ano "atípico"Destaque ainda para Stephen Malkmus, figura tutelar do indie rock, que se apresenta amanhã com os The Jicks, e para os tUnE-yArDs, figuras de proa do novo rock esquisito, também amanhã. Os Gang Gang Dance vão mostrar a sua música primitivo-futurista, simultaneamente pop e desafiante, na quinta-feira, noite em que os também americanos Of Montreal montarão o seu circo neopsicadélico. Na última noite, sexta-feira, para além do regresso dos Ornatos Violeta ("o acontecimento" do festival, segundo João Carvalho), o palco principal terá Dead Combo, Capitão Fausto e Ladrões do Tempo, um lote cem por cento português não fossem os ingleses The Go! Team e a sua pop ultravitaminada. Como habitualmente haverá pachorrentos finais de tarde ao som de concertos jazz, na relva que ladeia o Taboão, e música de dança pela noite dentro, com figuras relevantes como Kavinsky, Crystal Fighters, Digitalism e Chromatics. A festa começa hoje, ainda em regime de aquecimento, com os portugueses B Fachada, League e Salto, a partir das 21h00.
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Palavras-chave circo
Incêndios na Serra algarvia: apoios de 600 mil euros são uma "gota" em mar de cinzas
Nos montes ainda há fogo que arde sem se ver, diz quem perdeu tudo, ou quase, com o incêndio. Quando chegar o Inverno, há quem não tenha uma "pinga de azeite" para temperar a solidão. (...)

Incêndios na Serra algarvia: apoios de 600 mil euros são uma "gota" em mar de cinzas
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-08-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: Nos montes ainda há fogo que arde sem se ver, diz quem perdeu tudo, ou quase, com o incêndio. Quando chegar o Inverno, há quem não tenha uma "pinga de azeite" para temperar a solidão.
TEXTO: A mulher, vestida de preto da cabeça aos pés, está sentada numa pedra, à porta da casa sem tecto. "Estou metida nesta desgraça", lamenta, apontando o que se vê à volta - uma paisagem de cinzas. O fogo levou-lhe animais, parte da habitação e as árvores. Ali é a Cabeça do Velho - uma das localidades mais fustigadas pelo fogo que deflagrou, faz hoje um mês, na serra do Caldeirão. A recuperação das casas só está prevista para depois de Setembro, a remoção das árvores queimadas e a reflorestação logo se verá. Vitalina Conceição perdeu os porcos, uma vitela e cabras. A vaca leiteira sofreu queimaduras profundas, encontra-se entre a vida e a morte, mas a ovelha deu-lhe uma alegria na quinta-feira: "Pariu um borrego preto, outro branco. " A diferença da cor é porque, explica, "um saiu ao pai, outro à mãe". O pior é que a ovelha rejeitou o filho preto, a cor do carneiro. "Agora sou eu que faço de ama, dou-lhe leite pelo biberão - mais uma canseira. " O mundo tem destas coisas, não é verdade?, pergunta Vitalina, de 80 anos. Daqui por um dia ou dois, assim espera, "a ovelha acabará por dar de mamar ao filho, como fez o ano passado, na outra criação". Os borregos e a ovelha são tudo o que resta do rebanho. E no Inverno, queixa-se, não vai ter pinga de azeite. "As oliveiras arderam todas. " Ao subir a serra, com a humidade da manhã, sente-se ainda o cheiro a fumo de um dos maiores incêndios de sempre em Portugal. Sobre o que se passou há um mês, Vitalina solta as palavras que ficaram por dizer aos bombeiros e à GNR, quando a foram arrancar da casa, já em chamas. "Custou-me muito, mesmo muito, terem-me pegado ao colo, como a um gaiato. Os chinelos que tinha nos pés caíram, levaram-me descalça para a vila [São Brás de Alportel] naquela triste figura. " Nas redondezas, vêem-se tubos de rega carbonizados. O fogo foi combatido, nas horas mais amargas, não apenas pelos helicópteros e bombeiros, mas pelos populares, de baldes e ramos de árvores nas mãos. "Quem vê isto tudo ardido, pode perguntar: será que os bombeiros estiveram aqui?", observa Maria Celeste Inácio, dona de uma antiga taberna, na Cabeça do Velho. Na verdade, o incêndio foi enfrentado, diz o relatório oficial, por um contingente de mais mil homens, mas já foi admitido pelo responsável máximo da Protecção Civil, Vaz Pinto, que houve "falhas" da parte do comando operacional. Nas últimas duas semanas, assistentes sociais e técnicos do Ministério da Agricultura têm feito reuniões com as populações para avaliar os prejuízos. Só no concelho de São Brás de Alportel, a destruição atinge um milhão e 133 mil euros. "Declarei para aí uma mão-cheia de sobreiras", diz Manuel Fortes, no sítio dos Parises, acrescentando que também lhe ardeu um curral, mas que não o mencionou. "Não tenho registo, não valia a pena. " Com os documentos que estão a exigir, prevê, "não vai haver ajudas para ninguém". No dia em que fogo saltou por cima da casa onde vive, recorda, "o rebanho fugiu, as 25 ovelhas vieram refugiar-se aqui ao pé da porta". Para se protegerem, exemplifica com os dedos, "entrecruzaram-se, coitadinhas, cheias de medo". Os bombeiros, reconhece, "chegaram a tempo de salvar a casa". Mas o montado ardeu todo. "Ainda não fui para aí ver as propriedades, dá-me tristeza, não tenho coragem. " 31 mil euros de apoio social
REFERÊNCIAS:
Regresso dos Ornatos Violeta enche Paredes de Coura
Havia nervosismo no ar. Junto às grades guardavam-se lugares desde há algumas horas. Nas filas seguintes também ninguém arredava pé. Contavam-se as horas. Até que cinco ex-rapazes, agora adultos, entraram em palco para os primeiros sons de Tanque. Consumava-se o maior acontecimento do EDP Paredes de Coura e, porventura, do ano musical português: os Ornatos Violeta estavam de regresso. (...)

Regresso dos Ornatos Violeta enche Paredes de Coura
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-08-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: Havia nervosismo no ar. Junto às grades guardavam-se lugares desde há algumas horas. Nas filas seguintes também ninguém arredava pé. Contavam-se as horas. Até que cinco ex-rapazes, agora adultos, entraram em palco para os primeiros sons de Tanque. Consumava-se o maior acontecimento do EDP Paredes de Coura e, porventura, do ano musical português: os Ornatos Violeta estavam de regresso.
TEXTO: A recepção não podia ser mais forte: a noite de sexta-feira foi, sem sombra de dúvidas, uma das mais concorridas da história do festival minhoto, o que para prenda de 20. º aniversário não está nada mau. Numa edição sem muitos nomes de peso, esse papel coube aos Ornatos, que praticamente fecharam o festival (os mais resistentes continuaram a festa no palco Vodafone FM com a disco negra dos Chromatics e Sunta Templeton). Tanque, dizíamos, foi a primeira canção do concerto dos Ornatos Violeta, cuja primeira parte seguiu na íntegra o alinhamento do segundo e último álbum do grupo, o imaculado O Monstro Precisa de Amigos (1999). Dir-se-ia que não passaram dez anos sobre a despedida: a banda tocou na perfeição os 13 temas daquele disco, do rock de O. M. E. M. (o peso dos riffs de Peixe em contraste com os sombrios teclados de Elísio Donas) à introspecção de pelúcia de Deixa morrer. Ouvi dizer teve a previsível recepção eufórica, mas, nas filas da frente, onde o PÚBLICO viu o concerto, a devoção era plena: todas as palavras, da primeira à última, eram cantadas por milhares de pessoas. E os devotos ali presentes eram, na sua maioria, adolescentes ou pós-adolescentes, o que confirma que a adoração aos Ornatos Violeta explodiu com a banda já extinta. No palco, a emoção era também evidente, com sorrisos cúmplices entre os músicos e Manel Cruz em repetidos agradecimentos ao público. “Não sei o que dizer”, confessou. Saíram do palco depois de reverem O Monstro Precisa de Amigos, mas voltaram duas vezes para apresentar canções mais obscuras – nem sombra de Cão!, o outro álbum dos Ornatos (tal ficará, certamente, para os quatro concertos nos coliseus do Porto e de Lisboa, em Outubro). Mostraram canções que podiam ter entrado em O Monstro, mas que ficaram na gaveta; foram a 1993 (“muito antes do Cão!”, lembrou Cruz) buscar uma canção que quase ninguém ouviu, A metros de si; recuperaram Tempo de nascer, incluída na compilação Tejo Beat, de 1998, velha preferência dos fãs mais conhecedores. Dead Combo consagradosSerá dos Ornatos Violeta que a maioria das pessoas se lembrará quando recordar a última noite desta edição de Paredes de Coura. Mas outro momento, também nacional, se destacou: a consagração dos Dead Combo. Tó Trips e Pedro Gonçalves trouxeram Alexandre Frazão, baterista com “pedigree” jazz, para dar um nervo rock à sua música vadia. Peixe, dos Ornatos, deu uma perninha em dois temas. Eléctrica cadente (maravilha de suspense eléctrico) forneceu um final sublime, depois de Lisboa Mulata ter convidado África a juntar-se a Carlos Paredes, Ennio Morricone e Marc Ribot na festa universal dos Dead Combo. No lote nacional, os Capitão Fausto mostraram ter um número já apreciável de adeptos da sua pop, que consegue ser radiofónica e progressiva ao mesmo tempo. Soaram frescos, tudo o que não foram os Ladrões do Tempo, onde militam Zé Pedro (Xutos & Pontapés) e os dois Dead Combo. O rock que fazem não tem uma única ideia nova. Deslocados no cartaz de sexta-feira, os The Go! Team conseguiram, ainda assim, fazer a festa. Parecem um grupo de geeks que têm ali, naquela banda, naquelas canções, a sua vingança das tropelias cometidas pelos miúdos mais encorpados. A vingança serve-se com canções que, nos melhores momentos, imaginam um mundo em que os Sonic Youth fazem theme songs para super-heróis.
REFERÊNCIAS:
Nomeado coordenador de operações face a chegada de tempestade tropical aos Açores
O presidente do Governo dos Açores, Carlos César, nomeou hoje o director regional da Ciência, Tecnologia e Comunicações, Paulo Meneses, para coordenar as operações dos serviços oficiais em Santa Maria na sequência da passagem da tempestade tropical Gordon. (...)

Nomeado coordenador de operações face a chegada de tempestade tropical aos Açores
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento -0.12
DATA: 2012-08-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: O presidente do Governo dos Açores, Carlos César, nomeou hoje o director regional da Ciência, Tecnologia e Comunicações, Paulo Meneses, para coordenar as operações dos serviços oficiais em Santa Maria na sequência da passagem da tempestade tropical Gordon.
TEXTO: Paulo Meneses, segundo disse à Lusa fonte oficial, vai coordenar de forma directa e presencial os serviços dependentes do executivo regional em Santa Maria, mantendo-se em funções até terça-feira. A nomeação de um coordenador pretende assegurar a capacidade operacional face a eventuais necessidades de intervenção que venham a ser necessárias na sequência do agravamento do estado do tempo previsto para os próximos dias. Carlos César reúne-se ainda hoje em Ponta Delgada com vários membros do executivo regional para analisar as possíveis consequências da passagem da tempestade tropical Gordon pelo arquipélago e preparar as necessárias respostas. A reunião contará com a presença dos secretários regionais da Ciência, Tecnologia e Equipamentos, José Contente, da Economia, Luísa Schanderl, e do Trabalho e Solidariedade Social, Ana Paula Marques. Estarão também presentes os secretários regionais da Agricultura e Florestas, Noé Rodrigues, e do Ambiente e do Mar, Álamo Meneses, além do subscretário regional das Pescas, Marcelo Pamplona. A tempestade tropical Gordon vai chegar aos Açores na madrugada de segunda-feira e atingir, não só as ilhas de São Miguel e Santa Maria, como inicialmente se previa, mas também Terceira e Pico com chuva e ventos fortes. O Instituto de Meteorologia revelou hoje que a tempestade vai atingir as ilhas dos grupos central e oriental na madrugada de domingo para segunda e será sentida “especialmente nas ilhas de São Miguel, Santa Maria, Terceira e Pico”. Nestas quatro ilhas do arquipélago dos Açores, os meteorologistas esperam ventos médios de 80 quilómetros por hora com rajadas até 130 quilómetros por hora e ainda precipitação intensa e ondas entre oito a 10 metros.
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Palavras-chave social
S. Miguel e Santa Maria em “alerta máximo” à espera do Gordon
O presidente do Governo dos Açores, Carlos César, anunciou que os serviços públicos operacionais das ilhas de S. Miguel e Santa Maria, que constituem o Grupo Oriental, estão em “alerta máximo” para a passagem do furacão Gordon. (...)

S. Miguel e Santa Maria em “alerta máximo” à espera do Gordon
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.16
DATA: 2012-08-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: O presidente do Governo dos Açores, Carlos César, anunciou que os serviços públicos operacionais das ilhas de S. Miguel e Santa Maria, que constituem o Grupo Oriental, estão em “alerta máximo” para a passagem do furacão Gordon.
TEXTO: “Colocamos em alerta moderado os nossos serviços públicos operacionais no Grupo Central e em alerta máximo todos os serviços nas ilhas de S. Miguel e Santa Maria”, afirmou Carlos César, em declarações aos jornalistas em Ponta Delgada, no final de uma reunião com vários membros do executivo para analisar as medidas adequadas para responder a eventuais situações de emergência. A reunião, segundo Carlos César, serviu para analisar as possíveis consequências da passagem do furacão, mas também para preparar as necessárias respostas, já que, “se não se alterar a trajectória do furacão, será necessária atenção e coordenação muito especial”. O presidente do Governo Regional adiantou que em S. Miguel estão em “estado de prontidão” 320 bombeiros e 374 trabalhadores de vários serviços públicos da administração regional, em áreas como ambiente, agricultura, equipamentos e pescas. “Conjugamos com isso cerca de 60 equipamentos móveis, que estão distribuídos por áreas consideradas tradicionalmente mais frágeis”, frisou, acrescentando que, em Santa Maria, o dispositivo conta com 40 bombeiros e mais de 60 funcionários públicos. Nas duas ilhas do grupo Oriental estão também mobilizados cerca de 60 técnicos de acção social para qualquer eventualidade. “Tive oportunidade ao longo do dia de conversar com os presidentes das câmaras municipais de S. Miguel e Santa Maria dando-lhes conta do dispositivo que o Governo Regional adoptou”, referiu Carlos César, salientando esperar uma boa colaboração de esforços em caso de emergência. O furacão Gordon vai chegar aos Açores na madrugada de segunda-feira e deverá atingir especialmente as ilhas de S. Miguel e Santa Maria. O Instituto de Meteorologia emitiu esta tarde um “aviso de furacão” para os Açores, explicando que a tempestade tropical Gordon se intensificou durante as últimas horas.
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