Parque natural nos EUA em alerta devido a vírus que matou dois turistas
As autoridades de saúde dos Estados Unidos lançaram um alerta para todos os turistas que visitaram recentemente o famoso Parque Nacional de Yosemite, na Califórnia, após a confirmação da morte de duas pessoas na sequência de um vírus transmitido por ratos no recinto. (...)

Parque natural nos EUA em alerta devido a vírus que matou dois turistas
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento -0.07
DATA: 2012-08-29 | Jornal Público
SUMÁRIO: As autoridades de saúde dos Estados Unidos lançaram um alerta para todos os turistas que visitaram recentemente o famoso Parque Nacional de Yosemite, na Califórnia, após a confirmação da morte de duas pessoas na sequência de um vírus transmitido por ratos no recinto.
TEXTO: O parque, localizado nas montanhas da Serra Nevada, é conhecido por alguns dos seus perigos, como os ursos, as quedas de água e os penhascos, que mataram 18 pessoas em 2011, segundo dados avançados pelo New York Times. Contudo, de acordo com as autoridades de saúde surgiu agora um novo risco com o potencial de ter afectado mais de 1700 pessoas. O director do Departamento de Saúde Pública da Califórnia, Gilberto Chavez, escusou-se a comentar o caso ao mesmo jornal, dizendo apenas “está em curso uma investigação”. Porém, no final desta terça-feira, fontes do parque lançaram um alerta relacionado com um vírus que está a ser transmitido pelos ratos existentes na zona e que está a infectar os turistas que tenham sido mordidos por estes animais ou que de alguma forma tenham tido contacto com os seus excrementos, adianta a AFP. Em alguns casos, basta inalar urina ou fezes destes animais para ficar infectado. Pelo menos duas pessoas já morreram com síndrome pulmonar por hantavírus – um vírus característico entre alguns roedores. Há também duas pessoas com sintomas da doença, que se caracteriza por febre, tosse, vómitos, cefaleias, dores musculares e alterações do foro cardiovascular. Até agora os casos parecem estar a surgir apenas em quem pernoitou desde meados de Junho na “Curry Village”, uma das zonas centrais do parque, onde existe oferta de bungalows e tendas. A doença foi identificada pela primeira vez em 1993 e, desde essa altura, foram diagnosticados 60 casos na Califórnia e quase 600 nos Estados Unidos. Em cerca de um terço das pessoas, a infecção foi fatal. “A saúde dos nossos visitantes é a nossa preocupação primordial e estamos a fazer todos os esforços no sentido de notificar e informar os nossos visitantes de qualquer potencial doença”, explicou Don Neubacher, um dos responsáveis do Parque Nacional de Yosemite, que adiantou que em geral o tempo de incubação da doença é de uma a seis semanas.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave doença
Bombeiros impedidos de circular para combater incêndio à passagem Volta a Portugal
Os Bombeiros da Malveira, em Mafra, revelaram hoje que foram impedidos pela GNR de atravessar uma estrada para irem combater um incêndio, ficando a aguardar a passagem da Volta a Portugal, em ciclismo, pelo concelho. (...)

Bombeiros impedidos de circular para combater incêndio à passagem Volta a Portugal
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-08-29 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os Bombeiros da Malveira, em Mafra, revelaram hoje que foram impedidos pela GNR de atravessar uma estrada para irem combater um incêndio, ficando a aguardar a passagem da Volta a Portugal, em ciclismo, pelo concelho.
TEXTO: Em comunicado, a corporação explica que, pelas 14h42 de domingo, os bombeiros foram accionados pelo Comando Distrital de Operações de Socorro de Lisboa para irem combater um incêndio rural na localidade do Bocal. Quando a primeira viatura se deslocava para o local do incêndio, “na rotunda da Malveira, a GNR impediu a passagem da mesma, alegando que o pelotão da Volta a Portugal em bicicleta estaria a poucos minutos de passar". Em alternativa, refere o comunicado, os condutores de duas viaturas tiveram de optar por um caminho "mais longo e mais demorado", mas no nó rodoviário de Santa Eulália "foram novamente impedidos de passar, apesar de a Volta ir passar a 150 metros do local do incêndio, que possuía na altura duas frentes de fogo activas. Por seu turno, o major Gonçalo Carvalho, do comando-geral da GNR, disse à Lusa que "a viatura se introduziu dentro do itinerário, que é de acesso restrito, cruzou-se com um veículo de segurança da prova, quase causando um acidente, tendo-lhe sido dadas alternativas, que eram conhecidas pelos bombeiros e que iriam encurtar o seu percurso em cerca de dois quilómetros”. A corporação esclarece que a circulação do veículo de combate a incêndio "foi efectuada com segurança e em marcha lenta, uma vez que a estrada estava congestionada e com grande afluência de público", rejeitando assim a posição da GNR de que o veículo poderia causar um acidente. A GNR alegou que parar a Volta poderia trazer problemas mais sérios, como acidentes entre os ciclistas, do que atrasar o combate às chamas, as quais não estavam a pôr em risco nem pessoas, bens ou animais.
REFERÊNCIAS:
Entidades GNR
Comer menos calorias não ajuda a viver mais, mostra experiência em macacos
Um prato de batatas fritas ou meia porção de arroz integral? Talvez a resposta esteja no meio termo para quem quiser ter uma vida comprida: uma alimentação variada e regrada. Desde o início do século XX que se têm feito experiências em vários seres vivos, à procura de uma associação entre um regime alimentar com restrições calóricas e o prolongamento da vida. Embora muitas experiências tenham dado sinais positivos nesse sentido, os resultados de uma investigação com mais de 20 anos em macacos rhesus contrariam essa tendência, diz um artigo na edição online de quarta-feira da revista Nature. (...)

Comer menos calorias não ajuda a viver mais, mostra experiência em macacos
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DATA: 2012-08-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um prato de batatas fritas ou meia porção de arroz integral? Talvez a resposta esteja no meio termo para quem quiser ter uma vida comprida: uma alimentação variada e regrada. Desde o início do século XX que se têm feito experiências em vários seres vivos, à procura de uma associação entre um regime alimentar com restrições calóricas e o prolongamento da vida. Embora muitas experiências tenham dado sinais positivos nesse sentido, os resultados de uma investigação com mais de 20 anos em macacos rhesus contrariam essa tendência, diz um artigo na edição online de quarta-feira da revista Nature.
TEXTO: Há mais de duas décadas que o Instituto Nacional de Envelhecimento dos Estados Unidos (NIA), em Baltimore, trabalha nesta experiência. Por causa da proximidade evolutiva que tem com o homem, e do ciclo de vida e fisiologia, o macaco rhesus, ou Macaca mulatta, é um modelo por excelência nas experiências científicas. Os resultados publicados agora são fruto de 23 anos de observações. A equipa de Rafael de Cabo fez duas experiências diferentes. Uma delas em dois grupos de macacos com idades entre um e 14 anos - um dos grupos serviu de controlo e teve uma alimentação normal, enquanto o outro teve um corte de 30% nas calorias, mas sem ficar malnutrido. A outra experiência foi idêntica, só que os macacos começaram as dietas com idades entre os 16 e os 23 anos. A esperança média de vida em cativeiro dos macacos rhesus é de 27 anos, por isso a experiência nos animais mais jovens ainda não terminou, uma vez que cerca de metade ainda está viva. Mas os resultados obtidos até agora mostraram que a longevidade não aumentou devido à diminuição de alimento. Este resultado contradiz outra experiência feita em macacos rhesus pelo Centro Nacional de Investigação de Primatas de Wisconsin, nos Estados Unidos, que obteve bons resultados na longevidade em grupos que foram submetidos a uma restrição alimentar. Porém, há uma diferença significativa: na experiência de Wisconsin, o grupo de macacos de controlo podia comer o que quisesse e a alimentação era menos variada. Para já, é impossível saber qual a influência da variabilidade genética nos resultados destes dois estudos. Mas os macacos dos grupos de controlo do NIA já tinham um peso normal e, em média, sofriam menos de diabetes do que os do Wisconsin. "Será que a restrição de calorias não é nada mais do que eliminar o excesso de gorduras?", questiona Steven Austad, do Instituto Barshop para a Longevidade e Estudos do Envelhecimento, da Universidade do Texas, num comentário na Nature sobre o novo estudo. "Poder-se-ia concluir isso ao interpretar os resultados dos animais do grupo de controlo no estudo do NIA, porque também tiveram restrições alimentares para ter um peso normal. E as restrições acrescidas que foram impostas ao grupo experimental tiveram poucas consequências na longevidade. " Mas apesar dos novos resultados, a restrição alimentar teve consequências na saúde dos primatas. Houve uma redução na incidência de cancro e, possivelmente, de diabetes. No entanto, houve um ligeiro aumento nas doenças cardiovasculares. "Há a hipótese de que a restrição de calorias leva a alterações hormonais e a diminuição na hormona do crescimento e no peso de ratinhos", diz-nos João Pedro de Magalhães, investigador principal do grupo de Genómica Integrada do Envelhecimento, da Universidade de Liverpool, no Reino Unido, e que não está ligado ao novo estudo. "Por isso, as células têm menos estímulos para crescer e isso diminui a probabilidade de os ratinhos desenvolverem cancros e a proliferação de cancros que já existem", explica o cientista português. Já se fizeram inúmeros estudos sobre a alimentação e a longevidade em leveduras, no verme Caenorhabditis elegans, na mosca-da-fruta ou em ratinhos. Muitas das experiências concluíram haver uma associação entre o prolongamento da vida e as restrições calóricas, mas não todas. Este novo estudo mostra que não há uma resposta definitiva, sobretudo em animais complexos e que vivem mais. "Os mecanismos de restrição calórica ainda não são bem conhecidos", diz João Pedro de Magalhães, acrescentando que é mais seguro apostar numa dieta saudável, variada e no exercício físico.
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Estudantes estão mais perto de conseguirem aprender enquanto dormem
Qual é o estudante que não ia querer deitar-se com uns auscultadores nos ouvidos, fechar os olhos e, na manhã seguinte, já saber tudo sobre o bosão de Higgs, se isso fosse possível? Um estudo publicado nesta semana, na revista científica Nature Neuroscience, comprovou pela primeira vez que as pessoas são capazes de aprender “lições” simples, enquanto dormem. (...)

Estudantes estão mais perto de conseguirem aprender enquanto dormem
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DATA: 2012-08-31 | Jornal Público
SUMÁRIO: Qual é o estudante que não ia querer deitar-se com uns auscultadores nos ouvidos, fechar os olhos e, na manhã seguinte, já saber tudo sobre o bosão de Higgs, se isso fosse possível? Um estudo publicado nesta semana, na revista científica Nature Neuroscience, comprovou pela primeira vez que as pessoas são capazes de aprender “lições” simples, enquanto dormem.
TEXTO: Muitos estudantes já sonharam pelo menos uma vez na sua vida como seria se conseguissem aprender enquanto dormiam e sem qualquer esforço. Não se sabe ao certo onde a equipa de investigadores israelitas liderada por Anat Arzi, do Instituto Weizmann de Ciência, se inspirou para a realização desta experiência, mas certamente que a população estudantil vai estar atenta nos próximos anos a esta linha de investigação. Para tentar ensinar uma lição muito simples, os investigadores andaram a pulverizar os voluntários com cheiros agradáveis e desagradáveis – odores de peixe podre –, enquanto estes dormiam. Tal como acontece quando as pessoas estão acordadas, os voluntários “adormecidos” em contacto com odores agradáveis inspiravam mais longamente e os perfumados com odores desagradáveis limitavam o seu fôlego. A isto, os investigadores ainda adicionaram mais um factor: um som particular associado a cada odor – agudos para os agradáveis e graves para os desagradáveis. Após diversas exposições, os cientistas deixaram de “regar” os participantes com os cheiros enquanto dormiam, mas mantiveram os dois tipos de sons. Os voluntários, quando ouviam o som agudo, passavam a inspirar mais longamente, e quando ouviam o som grave, reagiam de forma oposta. Já acordados, foram expostos novamente aos mesmos sons. De alguma forma, no seu subconsciente, estavam à espera de um determinado cheiro e os fôlegos voltaram a alterar-se. Este fenómeno é conhecido como condicionamento ou aprendizagem condicionada – uma simples forma de aprendizagem que ficou famosa por Ivan Pavlov e o seu cão. A lição condicionada que tinha sido apreendida durante o sono dos voluntários mantinha-se quando os participantes na experiência acordavam. Todavia, os voluntários não tinham consciência de terem aprendido algo durante a noite. A co-autora do artigo Ilana Hairston, da Universidade de Ciências Comportamentais de Jafa, afirmou à National Public Radio (NPR), dos Estados Unidos, que esta investigação pode ser o primeiro passo para “desbloquear os efeitos que o sono tem nos processos cerebrais”. Já em estudos anteriores, tinha sido comprovado o efeito positivo que as sestas podem ter como mecanismo de consolidação de conhecimento no cérebro, mas este foi o primeiro caso em que os indivíduos aprenderam realmente algo enquanto dormiam. Mais aplicações práticas da técnica condicionante ainda estão longe de se concretizar. No entanto, ao especular sobre o futuro potencial desta técnica, Hairton declarou à NPR que “ um estudante de medicina pode vir a aprender quais são os órgãos do corpo”, por exemplo.
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Morreu o “gigante” de The Green Mile
O actor norte-americano Michael Clarke Duncan, célebre pelo papel de recluso no filme de 1999 The Green Mile, morreu nesta segunda-feira aos 54 anos num hospital de Los Angeles, menos de oito semanas depois de ter sofrido um ataque cardíaco, informou uma porta-voz. (...)

Morreu o “gigante” de The Green Mile
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DATA: 2012-09-04 | Jornal Público
SUMÁRIO: O actor norte-americano Michael Clarke Duncan, célebre pelo papel de recluso no filme de 1999 The Green Mile, morreu nesta segunda-feira aos 54 anos num hospital de Los Angeles, menos de oito semanas depois de ter sofrido um ataque cardíaco, informou uma porta-voz.
TEXTO: Michael Clarke Duncan sofreu um ataque cardíaco a 13 de Julho e “nunca recuperou totalmente”, disse Joy Fehily à agência Reuters. Desde então o actor permanecia internado. A voz grave e a altura (1, 96m) conferiram ao actor uma presença forte no écran. Mas nem sempre foi assim. Duncan começou por cavar valas para a companhia do gás de Chicago, cidade onde nasceu, até que decidiu partir para Los Angeles e tentar realizar o sonho de ser actor. Trabalhou como guarda-costas para actores como Will Smith, Martin Lawrence e Jamie Foxx e só depois seguiu o seu próprio caminho na representação, tendo desempenhado alguns papéis antes de participar no filme Armageddon, em 1998. O seu desempenho abriu caminho a que, um ano mais tarde, assumisse uma personagem forte no drama The Green Mile – À espera de um milagre, com Tom Hanks. Duncan foi, então, um recluso com poderes mágicos que foi condenado à morte por dois assassinatos que não cometeu. O seu trabalho valeu-lhe a nomeação para os Globos de Ouro e para o Óscar da Academia na categoria de melhor actor secundário. “Estou terrivelmente triste com a perda do Grande Mike. Ele foi o tesouro que todos descobrimos na rodagem de The Green Mile”, disse o actor Tom Hanks, acrescentando que Michael Clarke Duncan “era mágico, um amor de pessoa”. Frank Darabont, realizador de The Green Mile, recordou que à semelhança de John Coffey, a personagem do actor no filme, a imagem de Michael Clarke Duncan contrastava com a sua personalidade. “Michael era a mais sensível das almas, um exemplo de decência, integridade e bondade”, disse o realizador em comunicado. “Não consigo expressar a tristeza que sinto. ”“A cena do filme que mais me custou filmar foi a das duas crianças mortas, simplesmente porque tinha de chorar muito”, disse o actor numa entrevista em 1999, recordando que a cena era tão real que lhe era impossível não ficar emocional. “Vou-me recordar desse dia para sempre. ” Depois do sucesso de The Green Mile, Michael Clarke Duncan entrou em filmes como Falsas Aparências (2000), Planeta dos Macacos (2001), O Rei Escorpião (2002), Demolidor - O Homem Sem Medo (2003) e Sin City - A Cidade do Pecado (2005). Emprestou também a sua voz a muitas personagens de filmes de animação, entre os quais se destacam Como Cães e Gatos (2001), Kenai e Koda (2003) e O Panda do Kung Fu (2008). Mais recentemente foi na televisão que o seu nome mais apareceu, tendo participado em alguns episódios da série televisiva Family Guy e protagonizou também alguns episódios de Two and a Half Men – Dois Homens e Meio. A namorada de Duncan, Omarosa Manigault, estrela do reality show The Apprentice, pediu privacidade neste momento, garantindo que as homenagens públicas e privadas ao actor serão anunciadas em breve. Notícia actualizada às 10h
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Palavras-chave morte homens ataque homem medo cães
Tratamento com vírus da constipação devolve capacidade de sentir cheiros a ratinhos
Pela primeira vez, ratinhos de laboratório portadores de um defeito genético que os priva do seu faro recuperaram as suas capacidades olfactivas (...)

Tratamento com vírus da constipação devolve capacidade de sentir cheiros a ratinhos
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DATA: 2012-09-04 | Jornal Público
SUMÁRIO: Pela primeira vez, ratinhos de laboratório portadores de um defeito genético que os priva do seu faro recuperaram as suas capacidades olfactivas
TEXTO: Foi graças a um tratamento por terapia genética realizado por uma equipa internacional, dirigida por Jeffrey Martens, da Universidade do Michigan, EUA, e publicada no domingo na edição online da revista Nature Medicine. Os ratinhos eram portadores de um defeito genético que afecta uma proteína chamada IFT88 e que faz com que os animais não possuam, em qualquer célula do seu corpo, cílios normalmente desenvolvidos, explica um comunicado daquela universidade. Os cílios são pequenas estruturas filiformes presentes à superfície de inúmeras células, dos rins aos olhos – e as suas anomalias provocam diversas doenças: perda do faro quando atingem os neurónios olfactivos nasais, cegueira no caso de afectarem os receptores da retina, surdez e doenças renais. No ser humano, o defeito genético agora corrigido pelos cientistas nos ratinhos transgénicos é letal. Os cientistas salientam porém que ainda se está muito longe de poder aplicar os seus resultados ao tratamento da perda de olfacto nos humanos – ou de qualquer outra doença relacionada com os cílios. Contudo, os seus resultados parecem-lhes promissores no caso da perda de olfacto, uma vez que os neurónios envolvidos poderiam ser eventualmente tratados localmente (por exemplo, com um spray nasal), sem ter de recorrer a procedimentos invasivos. Martens e colegas inseriram, dentro das células dos ratinhos, um carregamento de genes normais que comandam o fabrico da proteína IFT88 utilizando um vírus da constipação. O vírus, ao infectar os neurónios sensoriais olfactivos – células que cobrem a parede interna da cavidade nasal na sua parte superior – inseriu o gene normal no ADN dessas células e permitiu-lhes desenvolver cílios normais, capazes de captar as moléculas odoríferas que compõem os cheiros. Apenas 14 dias após um tratamento de três dias, constataram que os neurónios dos ratinhos implicados no olfacto tinham recuperado uma actividade normal quando os animais eram expostos a certos compostos químicos com um cheiro intenso. Por outro lado, o peso corporal dos ratinhos tinha aumentado 60 por cento, sugerindo que os animais estavam a alimentar-se melhor (a perda de olfacto faz com que os animais afectados não se alimentem correctamente, levando-os a uma morte prematura). “O que esperamos é que os nossos resultados incitem os especialistas do olfacto a olhar também para a perda deste sentido devida a outros factores, tais como traumatismos cranianos e doenças degenerativas”, diz Martens, citado pelo mesmo comunicado. “Já sabemos o suficiente acerca do funcionamento deste sistema e agora temos de começar a procurar maneiras de reparar as suas disfunções. ”
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Vírus transmitido por ratos em parque natural dos EUA mata um terceiro turista
Um vírus transmitido por ratos e que foi detectado no famoso Parque Nacional de Yosemite, na Califórnia, matou um terceiro turista que tinha visitado o recinto. No final de Agosto as autoridades de saúde norte-americanas já tinham confirmado a morte de dois turistas que desenvolveram síndrome pulmonar por hantavírus. (...)

Vírus transmitido por ratos em parque natural dos EUA mata um terceiro turista
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DATA: 2012-09-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um vírus transmitido por ratos e que foi detectado no famoso Parque Nacional de Yosemite, na Califórnia, matou um terceiro turista que tinha visitado o recinto. No final de Agosto as autoridades de saúde norte-americanas já tinham confirmado a morte de dois turistas que desenvolveram síndrome pulmonar por hantavírus.
TEXTO: Nesta sexta-feira, as autoridades do parque natural da Califórnia emitiram um novo comunicado onde confirmam a morte de uma terceira pessoa, de nacionalidade norte-americana, e que também desenvolveu o mesmo síndrome pulmonar causado pelo vírus característico entre alguns roedores. Foram também confirmadas infecções em mais dois turistas que tinham pernoitado no parque, o que eleva para oito o número de casos já contabilizados, todos até agora entre norte-americanos. “O serviço do parque nacional recebeu a confirmação, por parte das agências de saúde federais e locais, de casos de síndrome pulmonar por hantavírus em oito pessoas que tinham dormido pelo menos uma noite em Yosemite depois de Junho”, diz o comunicado, citado pelas agências internacionais. O parque, localizado nas montanhas da Serra Nevada, é conhecido por alguns dos seus perigos, como os ursos, as quedas de água e os penhascos, que mataram 18 pessoas em 2011, segundo dados avançados pelo New York Times. Contudo, surgiu agora um novo risco com o potencial de ter afectado cerca de 10 mil pessoas que passaram pelo recinto, nomeadamente 53 famílias francesas, para as quais as autoridades de saúde de França criaram uma linha telefónica específica para se surgirem sintomas. Mas, segundo avança a Reuters, o parque assume que o número de pessoas que poderão ter estado em contacto com o vírus pode subir para 22 mil. Destes, apenas 2500 viverão fora dos Estados Unidos, dizem as autoridades de saúde. A Organização Mundial de Saúde já emitiu um alerta para a situação. O vírus em causa está a ser transmitido por ratos existentes na zona e está a infectar os turistas que tenham sido mordidos por estes animais ou que de alguma forma tenham tido contacto com os seus excrementos. Em alguns casos, basta inalar os odores da urina ou fezes destes animais para ficar infectado. A doença tem sintomas como febre, tosse, vómitos, cefaleias, dores musculares e alterações do foro cardiovascular. Até agora os casos parecem estar a surgir apenas em quem pernoitou desde meados de Junho na “Curry Village”, uma das zonas centrais do parque, onde existe oferta de bungalows e tendas. Mas entre os novos casos suspeitos há um que poderá ter começado numa outra zona do parque, chamada "High Sierra Camps", longe destes bungalows. Na “Curry Village” algumas instalações foram encerradas após a confirmação de excrementos de ratos nos quartos. A doença foi identificada pela primeira vez em 1993 e, desde essa altura, foram diagnosticados 60 casos na Califórnia e quase 600 nos Estados Unidos. Em cerca de um terço das pessoas, a infecção foi fatal. “A saúde dos nossos visitantes é a nossa preocupação primordial e estamos a fazer todos os esforços no sentido de notificar e informar os nossos visitantes de qualquer potencial doença”, explicou, ainda em Agosto, Don Neubacher, um dos responsáveis do Parque Nacional de Yosemite, que adiantou que em geral o tempo de incubação da doença é de uma a seis semanas.
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Palavras-chave morte doença
Tempestade tropical Nadine vai afectar os Açores
Um mês após a passagem do furacão Gordon pelos Açores, a tempestade tropical Nadine vai agravar o estado do tempo a partir da madrugada de quarta-feira. (...)

Tempestade tropical Nadine vai afectar os Açores
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DATA: 2012-09-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um mês após a passagem do furacão Gordon pelos Açores, a tempestade tropical Nadine vai agravar o estado do tempo a partir da madrugada de quarta-feira.
TEXTO: As ilhas das Flores e do Corvo serão as mais atingidas, com o Instituto de Meteorologia a prever chuva forte, vento com rajadas que poderão atingir 90 quilómetros por hora e ondas com seis metros. Vanda Costa, do Instituto de Meteorologia, em Ponta Delgada, revelou à Lusa que nas restantes ilhas, apenas deverá ocorrer “um pequeno aumento do vento”. A meteorologista acrescentou ainda que “só na sexta-feira é que a tempestade vai diminuir de intensidade e transformar-se numa depressão extratropical, mas continuará a sul do arquipélago”. O Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros dos Açores lançou hoje um alerta e recomendou que sejam adoptadas as precauções habituais nestas ocasiões, dirigindo-se especialmente aos pescadores e aos automobilistas.
REFERÊNCIAS:
Há uma razão para que as janelas dos aviões não se abram, mas Mitt Romney parece ter dúvidas
É uma daquelas coisas que toda a gente sabe, mas nem todos conseguem explicar cientificamente: há uma razão qualquer para que não seja possível abrir as janelas de um avião, especialmente se esse avião estiver em pleno voo. Mas como a história das leis da física é feita de revoluções, o candidato do Partido Republicano à Presidência dos EUA, Mitt Romney, expressou dúvidas quanto à validade do argumento. (...)

Há uma razão para que as janelas dos aviões não se abram, mas Mitt Romney parece ter dúvidas
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DATA: 2012-09-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: É uma daquelas coisas que toda a gente sabe, mas nem todos conseguem explicar cientificamente: há uma razão qualquer para que não seja possível abrir as janelas de um avião, especialmente se esse avião estiver em pleno voo. Mas como a história das leis da física é feita de revoluções, o candidato do Partido Republicano à Presidência dos EUA, Mitt Romney, expressou dúvidas quanto à validade do argumento.
TEXTO: "Quando há um incêndio num avião, não há sítio para fugir. E não é possível fazer entrar oxigénio no avião porque as janelas não abrem. Não sei por que é que eles não fazem isso. É um problema sério. É muito perigoso", disse Mitt Romney, num comentário sobre a aterragem de emergência do avião em que viajava a sua mulher, na sexta-feira passada. Ann Romney e os restantes passageiros e tripulantes escaparam ilesos a um incidente provocado por um curto-circuito, que deixou a cabina de um avião Challenger 600 cheia de fumo. "Felizmente houve oxigénio suficiente para o piloto e o co-piloto conseguirem fazer uma aterragem em segurança em Denver", concluiu o candidato do Partido Republicano, num discurso durante uma campanha de angariação de fundos em Beverly Hills, na Califórnia. Humor nos media e nas redes sociaisA apresentadora e comentadora de assuntos políticos Rachel Maddow, da MSNBC, perguntou se também será um problema o facto de as armas não dispararem para trás; a blogger norte-americana Jessica Gottlieb pôs os seus filhos adolescentes a responder à questão de Mitt Romney; e, na caixa de comentários de um vídeo do programa TheYoungTurks, um utilizador do YouTube ensaia uma proposta eleitoral: "Acho que as leis da física estão a impedir o crescimento das empresas privadas. A minha primeira medida como Presidente será acabar com essas leis socialistas. "Ana Maria Mourão, professora de Física no Instituto Superior Técnico, explica cientificamente o que nem toda a gente parece saber: "A pressão na cabina é muito superior à pressão no exterior, para se poder respirar. Se se abrir uma janela, as pessoas são expelidas", explica, dando como exemplo o que acontece a uma panela de pressão. Quando as palavras se tornam muito complicadas, nada como o actor William Shatner e um episódio da série Quinta Dimensão para explicar:A campanha de Mitt Romney já tinha sido marcada pela recordação de um episódio com o seu cão Seamus, ocorrido em 1983. Durante uma viagem com a família Romney, Seamus passou 12 horas numa caixa própria para cães colocada na capota da carrinha, o que valeu ao actual candidato do Partido Republicano uma acusação pública de tratamento cruel de animais. Numa entrevista à estação de televisão ABC, em Abril deste ano, Mitt Romney disse à jornalista Diane Sawyer que a recordação desse episódio tinha sido o mais difícil de gerir na corrida à Casa Branca até então.
REFERÊNCIAS:
Série Mar Português: Sentinela de luz na ilha das gaivotas
Na era do GPS e das comunicações móveis, os faróis ainda servem para alguma coisa? Tudo indica que sim, na mesma medida em que as calculadoras não devem substituir o conhecimento da tabuada. E há mais: o património, a história, a magia. Todos os faróis são sítios muito especiais. Mas o da Berlenga é um caso à parte. (...)

Série Mar Português: Sentinela de luz na ilha das gaivotas
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.4
DATA: 2012-09-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: Na era do GPS e das comunicações móveis, os faróis ainda servem para alguma coisa? Tudo indica que sim, na mesma medida em que as calculadoras não devem substituir o conhecimento da tabuada. E há mais: o património, a história, a magia. Todos os faróis são sítios muito especiais. Mas o da Berlenga é um caso à parte.
TEXTO: A torre cravada a meio do maciço granítico, no seu ponto mais alto, destaca-se mesmo à distância. É um pormenor incontornável na paisagem e vai ganhando detalhe à medida que o sobe e desce das ondas nos aproxima da ilha. Sim, a silhueta é inconfundível, mas bastam alguns minutos em terra - e pouco menos de um quilómetro de subida puxada pelo único caminho pavimentado da ilha - para descobrirmos que a Berlenga não tem um farol. Tem dois. O primeiro existe desde 1841 e a torre, edificada a 121m de altitude, mede 29 metros, projectando o feixe de luz até uma distância de 16 milhas náuticas (cerca de 30km). O segundo farol da ilha não ambiciona números tão pomposos, mas, em contrapartida, o seu nome merece maiúscula: o Farol é o cão. . . do farol. Simpático depois de ser apresentado, o pequeno rafeiro está na ilha em substituição de outro, também chamado Farol, que se reformou há algum tempo. Se o farol da Berlenga faz jus à fama de ter a envolvência mais dramática de todos os 48 existentes em território português, o Farol do farol também se ufana de ser especial: ele é o único cão autorizado a viver na ilha. Passa os dias deitado em cima do muro caiado de branco a olhar o mar e as curvas suaves da paisagem que o rodeia. E é nessa paisagem que reside o motivo para a sua solidão: não pode haver cães porque seriam uma ameaça para as gaivotas e restantes aves marinhas que nidificam por todo o lado. Nos meses de Verão, as Berlengas são um destino turístico popular (embora de acesso restrito, para evitar sobrecarga humana sobre a Reserva Natural). No resto do ano, só os vigilantes do serviço de parques (quase sempre) e os faroleiros (sem falta) disputam a paisagem às ruidosas aves marinhas e às rápidas, mas curiosas, lagartixas. O mar, aqui, tanto pode acariciar as rochas, formando grutas e enseadas no seu labor milimétrico, como esmagar-se sobre elas em iras assassinas. Quando assim é - e no Inverno acontece com alguma frequência - de nada serve o pequeno ancoradouro edificado junto ao chamado Bairro dos Pescadores e bordejando a única praia facilmente acessível da ilha. O mar toma posse de tudo, como se protegesse de estranhos a sua rocha de estimação. E, quando o mar não quer, não há maneira de se render a dupla de faroleiros que ali presta serviço - em tempos, registou-se mesmo um episódio inédito, quando a rendição teve de ser feita de helicóptero. É por isso que eles vão sempre prevenidos para uma estadia um pouco mais prolongada do que os sete dias da escala. Hora de ponta no caisUm amador até poderá ser levado a pensar que estas ondas que nos assaltam pela proa são grandinhas. Mas é melhor não tecer grandes considerações quando se fala do mar ao largo do cabo Carvoeiro. O Berlenga avança durante uns bons 40 minutos contra a vaga, que nos meses de bom tempo costuma chegar de norte ou noroeste. De vez em quando, sempre que a água cava com mais força, bate e projecta espuma sobre o convés. Durante alguns minutos, o faroleiro subchefe José Conceição, que comanda o farol do cabo Carvoeiro e, por inerência, também o das Berlengas, fornece informação histórica e técnica. Mas o mar é local de encantamento e haverá tempo, mais tarde, para voltar a estes assuntos. Por agora, os olhos só conseguem soltar-se da atracção magnética daquele pedregulho enorme que vai crescendo à nossa frente quando traçam meia volta confirmando a progressiva perda de imponência das falésias de Peniche.
REFERÊNCIAS: