Havana viu chegar o primeiro navio dos EUA em mais de 50 anos
Carregado de comida, medicamentos ou próteses ortopédicas, o navio Ana Cecília atracou nesta sexta-feira em Havana, vindo de Miami. Foi a primeira viagem em mais de meio século. (...)

Havana viu chegar o primeiro navio dos EUA em mais de 50 anos
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.25
DATA: 2012-07-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: Carregado de comida, medicamentos ou próteses ortopédicas, o navio Ana Cecília atracou nesta sexta-feira em Havana, vindo de Miami. Foi a primeira viagem em mais de meio século.
TEXTO: Amanhecia na baía de Havana quando o Ana Cecília se fez ao porto. Pela primeira vez, muitos cubanos viram chegar uma embarcação vinda dos Estados Unidos com ajuda humanitária, naquela que foi a primeira viagem de uma carreira que agora se deverá repetir todas as semanas. A viagem marcará uma nova etapa na relação entre os dois países, deteriorada pelo embargo norte-americano a Cuba que já se prolonga desde 1962. Dentro dos contentores – a embarcação tem capacidade para 16 –, seguiram medicamentos, comida, material ortopédico ou uma cadeira de rodas. “É um grande prazer!”, disse Leonardo Sánchez, porta-voz da International Port Corp, a empresa proprietária do navio, registado na Bolívia. A viagem sofreu um atraso de quase 24 horas, contou a AFP, mas o Ana Cecília, pintado em tons de branco, azul e vermelho, como a bandeira de Cuba, acabou por chegar. Levou encomendas de familiares de cubanos que vivem nos Estados Unidos, e agora prevê-se que a viagem se repita todas as quartas-feiras, dia em que o navio partirá de Miami para uma viagem de cerca de 16 horas. A empresa proprietária do navio obteve uma autorização especial para esta excepção ao embargo que foi decretado pelo Presidente norte-americano John F, Kennedy em 1962 e que viria a ser reforçado já na década de 1990. A autorização foi concedida após a chegada de Barack Obama à Casa Branca, que alargou a esta ajuda humanitária as autorizações que já concedera para as viagens de estudantes universitários ou para alguns acontecimentos desportivos, religiosos ou culturais. Vários aeroportos foram entretanto autorizados a receber voos provenientes de Cuba, e foi também autorizado o envio de dinheiro a partir dos EUA para familiares que vivam em Cuba (remessas que totalizaram 2000 milhões de dólares no ano passado). Mas este foi o primeiro envio de mercadorias. “Aplaudo esta iniciativa, e espero que continue o caminho da normalização das relações entre Cuba e os Estados Unidos”, disse à AFP Oscar Espinosa Chepe, economista ligado à oposição ao regime de Raúl Castro. Essa relação, no entanto, viveu um novo momento de tensão em 2009 com a detenção em Cuba do norte-americano Alain Gross, acusado de ter levado ilegalmente para Havana material de comunicação via satélite. Manolo, um pescador que assistiu à chegada do navio, contou ao El País que estava contente. “Agora sim, o meu irmão vai poder mandar-me peças para o velho Chevrolet”. Os cubanos que vivem nos Estados Unidos poderão agora enviar para Havana móveis, materiais de construção, peças para carros ou outros bens de primeira necessidade. Mas não poderão viajar eles próprios no Ana Cecília.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
2012: Ano bom para ver os Cure
Num Optimus Alive cada vez mais um festival de atracção internacional – são dezenas as nacionalidades a distribuir por vários milhares de espectadores importados –, a segunda noite ficou marcada por um belo regresso dos Cure a Portugal e por dois monumentais concertos de Lisa Hannigan e The Antlers. (...)

2012: Ano bom para ver os Cure
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.7
DATA: 2012-07-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: Num Optimus Alive cada vez mais um festival de atracção internacional – são dezenas as nacionalidades a distribuir por vários milhares de espectadores importados –, a segunda noite ficou marcada por um belo regresso dos Cure a Portugal e por dois monumentais concertos de Lisa Hannigan e The Antlers.
TEXTO: Estava lá, discreta, colada na guitarra de Robert Smith: “2012: citizens not subjects”. Desde Woody Guthrie e a sua famosa “this machine kill fascists” que a guitarra, mesmo silenciosamente, tem dado corpo à manifestação política. Ontem, com os Cure, no Alive, a política ficou-se por aí, num longo concerto de três horas que ajudou a esquecer a má memória da passagem pelo Sudoeste em 2002. Nessa altura, a insistência em novo reportório e em momentos mais obscuros da sua carreira abrira um fosso entre o público festivaleiro e a legião de fiéis: os primeiros bocejaram de tédio, os segundos deliraram como sempre. “2012: inteligentes não displicentes”, assim foram os Cure de sábado no Alive, gerindo melhor esse equilíbrio e só episodicamente perdendo a mão no rumo do concerto. Logo com o trio de arranque, resgatado ao clássico "Disintegration" ("Plainsong", "Pictures of You" e "Lullaby"), estava claro que a pop gótica e encharcada em melancolia de Robert Smith não se transformara num penoso espelho do passado. A voz de Smith, aliás, soa hoje tal como há 20 anos. A primeira hora de concerto passou ainda por "High", "Mint Car", "In Between Days" e "Just Like Heaven", e nessa mesma sequência, "Lovesong" (também de "Disintegration") ressoaria a confissão emocionada ao ouvirmos Smith cantar “you make feel like I’m young again”. Passada essa primeira viagem por alguns dos melhores momentos da banda, a intensidade começava a esbater-se. Instalava-se, temporariamente, um torpor bastante familiar do palco principal naquele dia. Os Morcheeba, repescados à última hora para substituir as cordas vocais adoentadas de Florence Welch e a sua Machine, tiveram o papel ingrato de subir ao palco com aquela postura acanhada de quem se apresenta numa festa sem ter sido convidado. Foi a escolha possível – não estando disponível outra seguidora de Kate Bush – dentro de uma pop realmente popular e em sentido lato, mas a actuação do grupo não descolou verdadeiramente, limitou-se a ser aquela coisa agradável e certinha, trip-hop, reggae e pop em versão delicodoce que sempre que lhes conhecemos. Decidimos então ir espreitar Tricky, carburador mor do trip-hop. Tricky apresentou-se, afinal, sem Martina Topley-Bird, a voz que o ajudara a pôr de pé o clássico "Maxinquaye" – a revisão integral do álbum era, aliás, o motivo primeiro para este concerto. Mas as voltas trocadas aos planos de Tricky não desnortearam o concerto. "Black Steel" apresentou-se garbosamente crua, "Ace of Spades" dos Motörhead foi alvo de uma interpretação de trituradora punk em ritmo de festa (com o palco subitamente ocupado por um público em delírio) e o homem de Bristol deixou claro que mesmo fazendo pouco mais do que mostrar o seu tronco desnudado e largar umas frases com voz de fim do mundo aqui e ali é o orquestrador de uma das mais fulgurantes obras da segunda metade dos anos 90. Um dia os blues foram isto. Esta carga ultra sensual e narcótica de música maquinal e vozes em estado de sobreexcitação sexual.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homem sexual corpo
2012: Ano bom para ver os The Cure
Num Optimus Alive cada vez mais um festival de atracção internacional – são dezenas as nacionalidades a distribuir por vários milhares de espectadores importados –, a segunda noite ficou marcada por um belo regresso dos The Cure a Portugal e por dois monumentais concertos de Lisa Hannigan e The Antlers. (...)

2012: Ano bom para ver os The Cure
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.7
DATA: 2012-07-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: Num Optimus Alive cada vez mais um festival de atracção internacional – são dezenas as nacionalidades a distribuir por vários milhares de espectadores importados –, a segunda noite ficou marcada por um belo regresso dos The Cure a Portugal e por dois monumentais concertos de Lisa Hannigan e The Antlers.
TEXTO: Estava lá, discreta, colada na guitarra de Robert Smith: “2012: citizens not subjects”. Desde Woody Guthrie e a sua famosa “this machine kill fascists” que a guitarra, mesmo silenciosamente, tem dado corpo à manifestação política. Ontem, com os The Cure, no Alive, a política ficou-se por aí, num longo concerto de três horas que ajudou a esquecer a má memória da passagem pelo Sudoeste em 2002. Nessa altura, a insistência em novo reportório e em momentos mais obscuros da sua carreira abrira um fosso entre o público festivaleiro e a legião de fiéis: os primeiros bocejaram de tédio, os segundos deliraram como sempre. “2012: inteligentes não displicentes”, assim foram os The Cure de sábado no Alive, gerindo melhor esse equilíbrio e só episodicamente perdendo a mão no rumo do concerto. Logo com o trio de arranque, resgatado ao clássico "Disintegration" ("Plainsong", "Pictures of You" e "Lullaby"), estava claro que a pop gótica e encharcada em melancolia de Robert Smith não se transformara num penoso espelho do passado. A voz de Smith, aliás, soa hoje tal como há 20 anos. A primeira hora de concerto passou ainda por "High", "Mint Car", "In Between Days" e "Just Like Heaven", e nessa mesma sequência, "Lovesong" (também de "Disintegration") ressoaria a confissão emocionada ao ouvirmos Smith cantar “you make feel like I’m young again”. Passada essa primeira viagem por alguns dos melhores momentos da banda, a intensidade começava a esbater-se. Instalava-se, temporariamente, um torpor bastante familiar do palco principal naquele dia. Os Morcheeba, repescados à última hora para substituir as cordas vocais adoentadas de Florence Welch e a sua Machine, tiveram o papel ingrato de subir ao palco com aquela postura acanhada de quem se apresenta numa festa sem ter sido convidado. Foi a escolha possível – não estando disponível outra seguidora de Kate Bush – dentro de uma pop realmente popular e em sentido lato, mas a actuação do grupo não descolou verdadeiramente, limitou-se a ser aquela coisa agradável e certinha, trip-hop, reggae e pop em versão delicodoce que sempre que lhes conhecemos. Decidimos então ir espreitar Tricky, carburador mor do trip-hop. Tricky apresentou-se, afinal, sem Martina Topley-Bird, a voz que o ajudara a pôr de pé o clássico "Maxinquaye" – a revisão integral do álbum era, aliás, o motivo primeiro para este concerto. Mas as voltas trocadas aos planos de Tricky não desnortearam o concerto. "Black Steel" apresentou-se garbosamente crua, "Ace of Spades" dos Motörhead foi alvo de uma interpretação de trituradora punk em ritmo de festa (com o palco subitamente ocupado por um público em delírio) e o homem de Bristol deixou claro que mesmo fazendo pouco mais do que mostrar o seu tronco desnudado e largar umas frases com voz de fim do mundo aqui e ali é o orquestrador de uma das mais fulgurantes obras da segunda metade dos anos 90. Um dia os blues foram isto. Esta carga ultra sensual e narcótica de música maquinal e vozes em estado de sobreexcitação sexual.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homem sexual corpo
Macário Correia obrigado a devolver três mil euros à Câmara de Faro
O Tribunal de Contas obrigou o presidente da Câmara de Faro, o social-democrata Macário Correia, a devolver à autarquia 3180 euros que lhe tinham sido indevidamente pagos a título de subsídio de Natal em finais de 2009. (...)

Macário Correia obrigado a devolver três mil euros à Câmara de Faro
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-07-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Tribunal de Contas obrigou o presidente da Câmara de Faro, o social-democrata Macário Correia, a devolver à autarquia 3180 euros que lhe tinham sido indevidamente pagos a título de subsídio de Natal em finais de 2009.
TEXTO: Já o seu antecessor no cargo, o socialista José Apolinário, recebeu ilegalmente 9540 euros relativos a férias não gozadas, diz um relatório do Tribunal de Contas que acaba de ser divulgado, e que incide sobre os suplementos remuneratórios e outros abonos em cinco municípios – Figueira da Foz, Palmela, Rio Maior e Valongo, além de Faro. José Apolinário, que esteve à frente da câmara algarvia entre 2005 e 2009, não devolveu ainda este montante, tendo argumentado perante o tribunal que o regime dos funcionários públicos, que permite este tipo de compensação, é igualmente aplicável aos eleitos locais. Os juízes entendem que não. O problema foi igualmente detectado em Valongo. Já de o pagamento dos subsídios de Natal na totalidade escassos meses depois de os autarcas entrarem em funções beneficiaram, além de Macário Correia, três vereadores de Faro. José Apolinário adianta que em finais de 2005, quando foi eleito presidente da Câmara de Faro, também recebeu cerca de dois mil euros de subsídio de Natal, apesar de ter iniciado funções pouco tempo antes. Neste caso já devolveu o dinheiro: “Não fico com um cêntimo pertencente ao erário publico”, refere o actual presidente da Docapesca, acrescentando que vai igualmente repor os 9540 euros. “Não concordo, mas acato a decisão”, observa, no que diz respeito ao facto de a legislação não permitir a remuneração de férias não gozadas aos eleitos locais, mas apenas aos funcionários públicos. “Existe uma lacuna na lei”, diz o ex-autarca, acrescentando que é também essa a interpretação dos juízes. José Apolinário considera que o relatório do Tribunal de Contas vem “demonstrar a necessidade de existirem auditorias internas nas câmaras para melhorar o funcionamento dos serviços”. Abrangidos pela decisão de ter que devolver os subsídios estão, além Macário Correia e Apolinário, o seu antecessor José Vitorino. Um dos critérios que fez o tribunal escolher estas câmaras municipais para auditar foi o peso das suas despesas com pessoal. “No triénio 2007-2009, os cinco municípios aumentaram, no cômputo geral, 44% das suas despesas com trabalho extraordinário”, descreve o relatório, que aponta várias violações à lei por parte de todos eles. O recurso ao pagamento de horas extraordinárias como forma de complementar salários mais baixos é um expediente corrente em muitas autarquias, com especial destaque para os trabalhadores do sector do lixo e para os bombeiros. Os juízes dizem que não a situação pode continuar, e recomendam que o recurso ao trabalho extraordinário passe a servir apenas “para fazer face a acréscimos eventuais e transitórios de trabalho, mediante autorização prévia fundamentada e com respeito pelos limites legais”. Palmela foi o município onde os funcionários cobraram mais horas extraordinárias. Em 2009 custaram aos cofres da autarquia perto de um milhão de euros, distribuídas por 69 por cento dos trabalhadores. Foi também em Palmela que o Tribunal de Contas descobriu um privilégio pouco usual: “Desde 2003 realiza-se o transporte diário de trabalhadores da residência para os locais de trabalho e destes para a residência, com viaturas e motoristas da autarquia, sem norma legal habilitante”. Depois de inquirida pelos auditores, a presidente da câmara acabou com as carreiras de autocarro, que beneficiavam 179 trabalhadores e eram justificadas com a “manifesta falta de transportes públicos dentro do concelho”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave lei tribunal
Garbage e Kaiser Chiefs triunfaram em modo "best of"
Ambas as bandas tinham álbuns recentes para apresentar, mas apostaram nos maiores êxitos da carreira para agarrar o público. Como era de prever, foi esta a opção dos cabeças de cartaz Garbage e Kaiser Chiefs na segunda noite do festival Marés Vivas, no Cabedelo, em Vila Nova de Gaia. (...)

Garbage e Kaiser Chiefs triunfaram em modo "best of"
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 1.0
DATA: 2012-07-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: Ambas as bandas tinham álbuns recentes para apresentar, mas apostaram nos maiores êxitos da carreira para agarrar o público. Como era de prever, foi esta a opção dos cabeças de cartaz Garbage e Kaiser Chiefs na segunda noite do festival Marés Vivas, no Cabedelo, em Vila Nova de Gaia.
TEXTO: A estratégia, mesmo que conservadora, revelou-se eficaz, dando origem a prestações adultas e competentes, com maior exuberância no caso dos britânicos Chiefs. Houve mais público do que na véspera (mais de 20. 000 pessoas, seguramente), mas há igualmente a registar dois concertos desinteressantes no palco principal: GUN e The Cult. Depois das actuações dos Eleanors e de Slimmy num palco secundário que passa um pouco ao lado do público, os GUN foram protagonistas de um concerto inócuo no anfiteatro principal. A banda escocesa (até o pano com o seu nome, no fundo do palco, era monotonamente branco, com letras negras) tem como receita uma espécie de genérico rock & roll, algures entre o hard rock e o glam metal. Seguindo as instruções, até poderia bastar juntar algum condimento extra e agitar para produzir canções aceitáveis – mas os GUN servem tudo em modo cru, debitando linhas de guitarra que parecem saídas de um curso de rock por correspondência. Depois de mais de uma década de ausência, voltaram aos discos com Break the Silence e apresentaram algumas dessas novas canções, incluindo o tema título, que soa a pastiche de Killers. Algo está mal quando o maior sucesso dos GUN (por sinal, uma versão, de “Word Up!”, dos Cameo) é recebido com estridente frieza. De seguida, os Cult subiram a fasquia, mas apenas um nível. A matéria-prima é a mesma, ancorada no rock lustroso dos anos 1980, mas houve uma recepção mais calorosa da audiência, que ajudou a tornar o espectáculo superior em termos de interesse. O grupo de Ian Astbury agrupou alguns dos seus temas mais conhecidos – como “Rain”, “Firewoman” e “Spiritwalker” – a novas composições de Choice of Weapon (álbum lançado em Maio), como “Honey from a knife” ou “For the animals”. No entanto, todas soaram algo indistintas, excepto “She Sells Sanctuary”, o grande êxito dos Cult e o primeiro riff memorável da noite. A actuação dos Garbage suscitava expectativa, dado que a banda de Shirley Manson apresentava o novo Not Your Kind of People, disco com que procuram recuperar algum do ímpeto do álbum homónimo, que ajudou a estilhaçar o mundo do pop-rock em meados dos anos 1990. No entanto, apenas quatro temas fizeram parte do alinhamento e os mesmos não sugerem que o quarteto seja capaz de novo golpe de asa (ouça-se por exemplo a electrónica algo artificial de “Automatic Systematic Habit”). A vocalista Shirley Manson – que se mostrou particularmente irritada com o comportamento alegadamente desordeiro de um espectador, ameaçando expulsá-lo do recinto –, elogiou a arquitectura do Porto e revelou ter encontrado traços que lhe fizerem recordar a ex-colónia portuguesa de Goa, na Índia. Os melhores momentos do espectáculo foram aqueles em que os Garbage mostraram algum negrume, como “Queer” ou “#1 Crush”. Algo apático, o público só despertou com “Only Happy When It Rains”, no fecho.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave espécie
Incêndio em Tavira já queimou um terço do concelho
O incêndio que começou em Tavira às 14h de quarta-feira já consumiu um terço da área total do concelho. As contas são do presidente da Câmara, Jorge Botelho, que apelou ao Governo para decretar o estado de calamidade pública. As chamas já ameaçam o concelho vizinho de São Brás de Alportel. (...)

Incêndio em Tavira já queimou um terço do concelho
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-07-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: O incêndio que começou em Tavira às 14h de quarta-feira já consumiu um terço da área total do concelho. As contas são do presidente da Câmara, Jorge Botelho, que apelou ao Governo para decretar o estado de calamidade pública. As chamas já ameaçam o concelho vizinho de São Brás de Alportel.
TEXTO: Às 10h desta sexta-feira, o fogo tinha duas frentes activas e estava a ser combatido por mais de 700 bombeiros, apoiados por quase 200 veículos, três helicópteros e quatro aviões. Os meios foram reforçados ao início da manhã, com cerca de uma centena de bombeiros do Porto e de Leiria. Para o local deslocaram-se também três assistentes sociais e um psicólogo, para dar apoio às populações afectadas. “O ponto de situação no concelho é drástico, porque o fogo chegou a Tavira. Um incêndio que acontece em Cachopo, com dois dias de operações com muitos meios no terreno, chegar a Tavira, independentemente das consequências, só posso dizer que foi drástico e grave”, afirmou Jorge Botelho à Lusa. “Para termos uma ideia da calamidade são muitos proprietários, muita economia e é um concelho queimado”, constatou o autarca, sublinhando que em causa estão áreas de sobreiros, pinheiros, eucaliptos e zonas de caça. A área afectada ronda os 20 mil hectares, segundo Jorge Coelho, e as chamas estão já a ameaçar o concelho vizinho de São Brás de Alportel. Hoje, por volta das 10h, as chamas pareciam incontroláveis neste concelho, particularmente no sítio de Parizes, onde estavam activos três focos de incêndio, com colunas de fumo visíveis a uma distância de 15 a 20 quilómetros. Os meios aéreos, que só começaram a chegar cerca das 10h30, não têm surtido efeito no combate às chamas no local. No sítio de Javali, à entrada de Parizes, a GNR bloqueou o acesso, alegadamente por a zona estar em perigo. Um industrial da zona, proprietário de máquinas retroescavadoras, que esteve durante toda a noite a ajudar no combate ao fogo, recebeu ordem de paragem por parte dos agentes policiais e está impedido de dar assistência. As chamas ameaçam o Centro de Medicina Fisica e Reabilitação do Sul, que foi entretanto evacuado. Os 47 utentes do centro estão a ser assistidos no pavilhão polidesportivo local. O proprietário das retroescavadoras pediu às autoridades para entrar na linha do fogo e retirar as máquinas, de forma a poder realizar uma operação de "corta-fogo" em volta do centro, mas não teve autorização. No local, existe um depósito de gás e se o fogo se aproximar há perigo de explosão. “Não temos acesso às estradas cortadas por onde o fogo está a passar. Não tenho meios para chegar à serra. Disseram-me que há várias habitações consumidas pelo fogo, mas ainda não tenho o ponto da situação. De certeza que haverão muitos animais mortos, muitas casas ardidas e automóveis, mas só mais tarde podemos confirmar”, disse à Lusa o presidente da Câmara de São Brás de Alportel, António Eusébio. Ministro diz que é cedo para decretar estado de calamidadeO presidente da Câmara de Tavira esteve reunido durante a madrugada com o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, a quem pediu que seja decretado o estado de calamidade pública. Mas Miguel Macedo pede mais tempo para avaliar a situação. Em declarações aos jornalistas após visitar o posto de comando móvel da Autoridade Nacional de Protecção Civil situado em Cachopo, o ministro afirmou que a declaração do estado de calamidade “ver-se-á”, porque “há legislação própria e requisitos que têm de ser cumpridos” para que possa ser decidida. O presidente do Turismo do Algarve, António Pina, apelou ao sector da hotelaria para fornecer alimentos e bebidas engarrafadas aos bombeiros que não têm mãos a medir com os incêndios. Num comunicado, apela à doação de fruta, sandes, bolo, sumos, leite e água, que podem ser entregues até às 17h nos postos de informação turística de Faro, São Brás de Alportel, Olhão, Tavira e Montegordo. Os produtos vão ser depois entregues no quartel dos bombeiros municipais de Tavira.
REFERÊNCIAS:
Investigadores fizeram medusa artificial com silicone e células de ratos
Movimenta-se e parece-se com uma medusa (ou uma alforreca, se preferirem) mas é artificial. É apenas uma imitação feita com recurso a silicone que, por sua vez, serviu de base para ali fazer crescer células musculares cardíacas de ratos. É um “mini-robô” orgânico e chama-se Medusoide que vem noticiado na mais recente edição da Nature Biotechnology. Para que serve? Para ajudar a saber mais sobre engenharia de tecidos e, especialmente, sobre o coração e outros músculos humanos. (...)

Investigadores fizeram medusa artificial com silicone e células de ratos
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento -0.6
DATA: 2012-07-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: Movimenta-se e parece-se com uma medusa (ou uma alforreca, se preferirem) mas é artificial. É apenas uma imitação feita com recurso a silicone que, por sua vez, serviu de base para ali fazer crescer células musculares cardíacas de ratos. É um “mini-robô” orgânico e chama-se Medusoide que vem noticiado na mais recente edição da Nature Biotechnology. Para que serve? Para ajudar a saber mais sobre engenharia de tecidos e, especialmente, sobre o coração e outros músculos humanos.
TEXTO: A simples técnica de natação das medusas que consiste em usar um músculo para sucessivos impulsos na água – semelhante às batidas de um coração – terá sido o ponto de partida para que os investigadores classificassem este animal como um bom modelo de estudo no campo da engenharia de tecidos. Como muita coisa no mundo da ciência, este início fez-se de forma quase acidental quando um dos cientistas envolvidos no projecto estava a apreciar animais marinhos num grande aquário. “Comecei a pesquisar organismos marinhos e quando vi a medusa no New England Aquarium apercebi-me imediatamente das semelhanças e diferenças entre a forma como este animal move-se e o coração humano”, conta Kevin Kit Parker, professor de Bio-engenharia e Física Aplicada em Harvard. E assim foi criado um coração “bio-inspirado”. Após alguns anos a investigar os mecanismos de propulsão usados pela medusa, analisando a forma como contrai e expande o seu corpo e como se serve da dinâmica da água para nadar, começou o projecto de criação da versão artificial. A forma foi conseguida com o recurso a uma fina membrana de silicone, desenhando-se aqui oito apêndices semelhantes aos seus “braços”. Depois recorreram a células do músculo cardíacos de ratos que foram colocadas e cultivadas no topo do animal e que cresceram de acordo com um padrão de proteínas previamente impresso no seu corpo (imitando a arquitectura muscular da medusa) e que permitiu que estas células se tornassem um músculo coerente para nadar. Submersa num fluido capaz de conduzir electricidade, a Medusoide foi então submetida a choques eléctricos para promover as contracções próprias da sua forma de se movimentar na água. A imitação do desempenho biológico natural estava completa e resultou. Aliás, os investigadores referem que o robô começou a contrair-se ligeiramente mesmo antes da estimulação eléctrica. Agora, dizem, o futuro passa por aperfeiçoar a criação talvez ao ponto de fazer com que a Medusoide se movimente de forma autónoma. Por outro lado, a receita usada para a medusa artificial poderá ser melhorada ao ponto de possibilitar a criação de um estimulador cardíaco feito inteiramente com matéria-prima biológica.
REFERÊNCIAS:
Madeira apoia a fundo perdido entidades com áreas florestais destruídas
O Governo Regional da Madeira decidiu nesta segunda-feira apoiar a fundo perdido as entidades públicas e privadas que tenham áreas florestais afectadas pelos incêndios e que pretendam repor as zonas destruídas. (...)

Madeira apoia a fundo perdido entidades com áreas florestais destruídas
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-07-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Governo Regional da Madeira decidiu nesta segunda-feira apoiar a fundo perdido as entidades públicas e privadas que tenham áreas florestais afectadas pelos incêndios e que pretendam repor as zonas destruídas.
TEXTO: Uma nota da Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Humanos refere que a tutela vai “estender à área florestal as medidas já decretadas na área agrícola”. Isto significa que as entidades públicas e privadas que tenham tido prejuízos na área florestal beneficiam de apoio financeiro a fundo perdido, no valor de 100% do montante que venham a investir para repor as áreas ardidas. Além disso, “os proprietários de animais das zonas afectadas beneficiam da isenção total das taxas de abate no Centro de Abate da Madeira até 31 de Agosto de 2012”. Vários fogos florestais deflagraram nos últimos dias em diversos concelhos da Madeira, tendo sido detectados como pontos mais críticos os focos que surgiram no Funchal, Santa Cruz, Calheta, Ribeira Brava e Porto Moniz. Logo após alguns fogos, o Governo Regional tinha anunciado ajudas financeiras de 95%, também a fundo perdido, para reposição das produções agrícolas destruídas pelos fogos e apoio em palha para alimentação do gado que se alimentava nas zonas ardidas. Hoje de manhã havia ainda dois focos de incêndio activos na ilha, em Lombo Barreto, concelho de Santa Cruz, e nas Achadas da Cruz, concelho de Porto Moniz. No entanto, estes focos estavam controlados e “a situação tende para a normalidade”, segundo o responsável do Serviço de Proteção Civil da Madeira, Luis Neri.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave humanos abate
Duas semanas depois do susto muitos "horários zero" recuperam actividade lectiva
Os representantes das duas associações de directores de escolas do país calculam que nesta quinta-feira tenham sido retirados "milhares" de professores do concurso para Destacamento por Ausência de Componente Lectiva (DACL). Mas, apesar de aliviados com a redução dos chamados horários zero, não estão satisfeitos. Dizem que o processo criou desigualdades e "esgotou" professores e directores. (...)

Duas semanas depois do susto muitos "horários zero" recuperam actividade lectiva
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.5
DATA: 2012-07-27 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os representantes das duas associações de directores de escolas do país calculam que nesta quinta-feira tenham sido retirados "milhares" de professores do concurso para Destacamento por Ausência de Componente Lectiva (DACL). Mas, apesar de aliviados com a redução dos chamados horários zero, não estão satisfeitos. Dizem que o processo criou desigualdades e "esgotou" professores e directores.
TEXTO: "Tem sido o caos", lamentava Adelino Calado, da direcção da Associação de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP). Nesta quinta-feira era o último dia para validar ou não as candidaturas a DACL. Às 18h30, os mesmos directores que há duas semanas enviaram para DACL professores de carreira - alguns com dezenas de anos de serviço - acabavam de dar o click na aplicação informática que permitiu "salvar" muitos deles. Quantos, em todo o país, foram nesta quinta-feira retirados do concurso, não se sabe. E o Ministério da Educação e Ciência (MEC) também não revelou o número de professores que há duas semanas ficaram com horário zero. Mas quer Adelino Calado quer Manuel Pereira, este presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), calculam que "terão sido muitos, muitos milhares". Ambos acreditam que o número foi "muitíssimo superior" ao que o MEC previu, quando, "para libertar a escola e professores contratados, fez a revisão curricular, aumentou o número de alunos por turma e criou os novos mega-agrupamentos". Assim interpretam o facto de, poucos dias depois de os professores com horário zero terem sido identificados, o ministro Nuno Crato ter apresentado o programa de apoio ao sucesso e prevenção do abandono escolar, destinado a "garantir a ocupação de tempos lectivos daqueles docentes". "Foi de loucos. Numa semana mandaram-me cumprir a nova legislação e identificar - por excesso, sob pena de responsabilização individual - todos os professores para os quais não estava garantida actividade lectiva em 2012/2013. Na outra o MEC põe-nos a refazer a distribuição de serviço para - de forma responsável e a bem dos alunos, claro - conseguirmos salvar a maior parte dos colegas", desabafava ontem Margarida Girão, directora do Agrupamento Alice Gouveia, em Coimbra. Há duas semanas mandara para DACL 35 professores de carreira. Já tinha conseguido "salvar" quase 30 e estava com esperança de salvar os restantes, até ao encerramento da aplicação. Elói Gomes, director do agrupamento de Anadia, contava recuperar nesta quinta-feira "uns 15 a 16" dos 79 professores que enviou para DACL, e tirar do concurso "mais uns 30 a 40" na segunda fase de "repescagem", entre 9 e 14 de Agosto. Os critérios usados variaram. Pedro Araújo, dirigente da ANDE, recuperou 13 dos 20 docentes que havia indicado, graças a duas "medidas" propostas pelo MEC: desdobrou as turmas dos cursos profissionais e desfez os horários de informática, distribuindo das horas pelos três professores e atribuindo também aos três tarefas na manutenção dos equipamentos informáticos. Margarida Girão já considerou que, para cumprir a lei, só poderia mexer no único professor de cada grupo com horário incompleto. A estes atribuiu "actividades" não lectivas; depois foram os "zero", aplicando-lhes "medidas" que lhes garantissem seis horas lectivas e somando-lhes "actividades". "Nem sei o que pensar. Estou aliviada por não ter horário zero, mas confusa: vou fazer coadjuvação em várias escolas do primeiro ciclo e ter actividades na escola sede. . . ", dizia ontem uma professora de Educação Visual e Tecnológica, com 45 anos e 13 de serviço. Contou que na escola dela, em Arrifana, foram "salvos, pelo menos, todos os "zero" de Inglês, Matemática e Português". "Adiámos o problema por um ano", disse.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave lei escola educação
Imprensa internacional insiste no resgate total de Espanha
Depois do diário francês Libération, as “dores” do vizinho espanhol são exploradas esta semana na revista The Economist que encara o país como um doente internado no hospital. (...)

Imprensa internacional insiste no resgate total de Espanha
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.116
DATA: 2012-07-27 | Jornal Público
SUMÁRIO: Depois do diário francês Libération, as “dores” do vizinho espanhol são exploradas esta semana na revista The Economist que encara o país como um doente internado no hospital.
TEXTO: Na capa da revista The Economist o “s” da palavra “spain” (Espanha) derrapa firme. Fica a expressão “pain”, dor, num cenário minimalista onde um touro marcado pelas bandarilhas permanece imóvel, à espera que o “s” lhe caia em cima. A visão da publicação britânica não podia ser mais clara: Espanha vive dias desoladores e não lhe resta outra hipótese senão aguentar o peso de um pedido de empréstimo financeiro à troika do Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu que, por estes dias, vigia as contas de Portugal, Grécia e Irlanda. O pedido de ajuda para a banca, em troca de aumento de impostos e corte de custos, não convenceu os mercados e mostrou que são várias as regiões autónomas que vivem estranguladas por falta de dinheiro. O governo de Mariano Rajoy espera agora que a recessão se arraste em 2013. Por este e outros motivos, a The Economist compara Espanha a um doente internado num hospital debaixo de um ambiente tenso. Esta semana também o jornal francês Libération dedicou a capa a Espanha, com a palavra “perdidos” em letras gordas. “Apesar dos planos sucessivos da Europa, Espanha não resiste à crise”, escreveu o jornal.
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Entidades TROIKA