Lagoa das Furnas está melhor, mas qualidade da água vai continuar má durante anos
Eutrofização causada pela acumulação de matéria orgânica no fundo é o problema maior. O fim das pastagens e a retirada do gado da zona fez baixar os níveis de azoto e fósforo. (...)

Lagoa das Furnas está melhor, mas qualidade da água vai continuar má durante anos
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.049
DATA: 2012-01-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: Eutrofização causada pela acumulação de matéria orgânica no fundo é o problema maior. O fim das pastagens e a retirada do gado da zona fez baixar os níveis de azoto e fósforo.
TEXTO: A estrada ladeada por árvores frondosas abre subitamente sobre a lagoa das Furnas. Segue-se uma longa recta mesmo encostada à margem, rumo à localidade famosa pelo seu cozido, permitindo a visão das águas, da massa florestal que a rodeia e do inconfundível perfil da Ermida de Nossa Senhora das Vitórias. A beleza natural envolvente é poderosa, escondendo do visitante menos informado os sérios problemas que afectam os 12, 5 quilómetros quadrados da bacia hidrográfica desta lagoa (1400 hectares). É a segunda maior dos Açores e o seu estado ecológico é considerado mau. O principal responsável pela degradação da qualidade das águas é o processo de eutrofização causado pela acumulação de matéria orgânica no fundo e a correspondente diminuição do volume de água. A actividade agro-pecuária no interior da bacia foi há muito identificada como o grande agente desse fenómeno. Miguel Ferreira, engenheiro florestal e responsável pela gestão do plano de bacia da lagoa das Furnas, chegou em 2007 e começou a trabalhar praticamente sozinho. "Os grandes problemas eram a exploração agro-pecuária, as áreas de pastagens e a erosão dos solos, tudo contribuindo para que a profundidade da lagoa tenha passado de 20 para 15 metros", disse ao PÚBLICO. A longo prazo, há o risco de os lagos evoluírem para pântanos, mas o responsável lembra que esse processo, sendo muito lento, pode ser contrariado. A prova disso é a aprovação, ainda em 2007, do Plano de Ordenamento da Bacia Hidrográfica da Lagoa das Furnas, concretizado pela SPRAçores, uma empresa pública regional de promoção e gestão ambiental criada em 2006 e recentemente integrada na Azorina, outra sociedade anónima de capitais públicos regionais. O objectivo essencial é, explica Miguel Ferreira, "recuperar a qualidade da água". Para o conseguir têm sido desenvolvidas desde 2008 diversas acções integradas. Assim, metade dos terrenos agrícolas que constituíam o maior risco de escorrência de nutrientes para a lagoa - basicamente, utilizados em agro-pecuária intensiva - foi adquirida pelo Governo dos Açores. Em seguida, teve início a alteração das utilizações tradicionais dos solos, com o combate a espécies infestantes mais comuns, como o silvado, a conteira ou o incenso. Durante quase um ano, recorda o gestor, foram também removidos da lagoa toneladas de resíduos poluentes - pneus, plásticos de silagens, embalagens, arames farpados, ferro velho e até viaturas - para ali lançados durante décadas. Reabilitação da baciaOutra preocupação foi contrariar os fenómenos de erosão causada pela acção das águas. Esse fenómeno é bem visível nas profundas valas abertas nas encostas. Depois de limpos, foram plantadas nos rasgões plantas de espécies nativas, cujas raízes ajudam a fixar o solo arável, reduzindo, assim, a sua perda. Nos antigos terrenos de pastagens foram introduzidas leguminosas que fixam e disponibilizam azoto, aumentando a produtividade dos solos sem recurso a fertilizantes químicos. A exuberância dos campos contrasta hoje com a desolação de outrora nos terrenos enlameados. As áreas adquiridas permitiram também o desenvolvimento de outras pequenas experiências num "laboratório de paisagem", apresentado como "uma alternativa às vacas e às criptomérias". Inclui, entre outras iniciativas, o estudo do potencial de espécies arbóreas para a produção de energia; a análise dos pólenes no solo para descobrir a flora das Furnas anterior à colonização; uma rede de arboretos para estudar as alterações climáticas e seus impactos no sector florestal; reflorestamentos para criar uma paisagem florestal variada; um antigo pomar de maçãs replantado nas Furnas; e uma colecção de vimes na margem de uma ribeira, que ajudem a identificar modelos sustentáveis de gestão do território.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave estudo
Apanha de bivalves proibida perto de Faro devido a descarga de esgotos para a Ria Formosa
A apanha de bivalves na Ria Formosa junto à cidade de Faro está proibida pelo menos até quarta-feira, devido a uma descarga de esgotos domésticos junto à doca da cidade, disse à Lusa fonte da Capitania de Faro. (...)

Apanha de bivalves proibida perto de Faro devido a descarga de esgotos para a Ria Formosa
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento -0.01
DATA: 2012-01-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: A apanha de bivalves na Ria Formosa junto à cidade de Faro está proibida pelo menos até quarta-feira, devido a uma descarga de esgotos domésticos junto à doca da cidade, disse à Lusa fonte da Capitania de Faro.
TEXTO: A descarga para a Ria Formosa, detectada na passada sexta-feira 200 metros a oeste do cais de embarque do Clube Naval da cidade, deveu-se a um entupimento, que impediu as águas residuais de chegarem à estação de tratamento e causou um refluxo para a ria. De acordo com o comandante Marques Ferreira, assim que teve conhecimento da descarga, sexta-feira, a Capitania elaborou um edital a proibir a apanha de marisco num raio de 500 metros do local de descarga, que entrou em vigor já ao fim daquele dia. O problema do entupimento foi entretanto resolvido pela empresa municipal responsável pelos esgotos da cidade, a Fagar, e segunda-feira serão recolhidas amostras no local para verificar a qualidade da água. Os resultados das análises, a levar a cabo pelo Ipimar-Instituto de Investigação das Pescas e do Mar, serão conhecidos na próxima quarta-feira, altura em que a autoridade marítima poderá levantar a interdição, acrescentou Marques Ferreira, admitindo que, caso as análises sejam negativas, só sexta-feira seja reposta a permissão da apanha de bivalves.
REFERÊNCIAS:
Tempo sexta-feira segunda-feira quarta-feira
Passes da Transtejo/Soflusa aumentam em média 5,8%
Os passes da Transtejo/Soflusa vão aumentar, em média, 5,8% a partir de quarta-feira. Nos bilhetes simples as subidas são superiores, cifrando-se numa média de 7,8%. (...)

Passes da Transtejo/Soflusa aumentam em média 5,8%
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento -0.15
DATA: 2012-01-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os passes da Transtejo/Soflusa vão aumentar, em média, 5,8% a partir de quarta-feira. Nos bilhetes simples as subidas são superiores, cifrando-se numa média de 7,8%.
TEXTO: Nas ligações fluviais entre a Trafaria e Belém e entre Cacilhas e o Cais do Sodré os bilhetes simples vão passar a custar 1, 15 euros, o que representa um acréscimo de 9, 5% em relação aos valores que estão hoje em vigor. Também os animais de companhia passarão a pagar 1, 15 euros em vez dos actuais 1, 05 euros. Nas restantes carreiras fluviais entre as duas margens do Tejo os aumentos nos bilhetes simples serão inferiores: 5, 9% na ligação do Montijo ao Cais do Sodré, 7% naquela entre o Seixal e o Cais do Sodré e 7, 1% entre o Barreiro e o Terreiro do Paço. Para atravessar o rio com os seus animais de companhia, os passageiros terão de pagar valores entre os 1, 15 e os 1, 35 euros, consoante o percurso em causa. O passe que sofre um aumento maior a partir de dia 1 de Fevereiro, de 6, 4%, é o da ligação entre Cacilhas e o Cais do Sodré.
REFERÊNCIAS:
Tempo Fevereiro
Combustível do Costa Concordia já chegou à ilha de Giglio
Uma mistura de fuelóleo, gasóleo e solventes começou a dar à costa da ilha de Giglio, no arquipélago da Toscânia, Itália, tornando realidade uma ameaça que se temia há duas semanas, a de um desastre ambiental no local onde encalhou o cruzeiro Costa Concordia. Sábado começará a “tarefa ciclópica” de remoção do combustível do navio. (...)

Combustível do Costa Concordia já chegou à ilha de Giglio
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-01-27 | Jornal Público
SUMÁRIO: Uma mistura de fuelóleo, gasóleo e solventes começou a dar à costa da ilha de Giglio, no arquipélago da Toscânia, Itália, tornando realidade uma ameaça que se temia há duas semanas, a de um desastre ambiental no local onde encalhou o cruzeiro Costa Concordia. Sábado começará a “tarefa ciclópica” de remoção do combustível do navio.
TEXTO: Nas águas do mar foi detectada uma concentração de 2 a 3mg/litro de tensioactivos (substância presente nos detergentes), contra os habituais zero, segundo testes realizados pela agência de protecção do Ambiente da Toscânia, noticia a agência de notícias AFP. Este paraíso marinho regista agora níveis de tensioactivos semelhantes ao dos portos industriais como Marghera, perto de Veneza. “A situação ainda é controlável mas é perigosa para uma zona que vive do turismo e da pesca”, disse o porta-voz da WWF (Fundo Mundial da Natureza) italiana, Gaetano Benedetto. “Esta é uma poluição concentrada e pontual. Não devemos cair no alarmismo mas chamar a atenção para o que pode acontecer neste ecossistema único”, acrescentou. Na região há pelo menos três zonas de grande interesse natural, especialmente importante para baleias e golfinhos. Além disso, Giglio é uma das sete ilhas que compõem o Parque Nacional do Arquipélago da Toscânia, que abriga animais e plantas únicas daquela região. De momento ainda não há grandes certezas sobre aquilo que está dentro dos 23 tanques do navio cruzeiro, cujo acidente a 13 de Janeiro provocou pelo menos 16 mortos, havendo ainda 16 desaparecidos. O comissário responsável pela gestão da catástrofe, Franco Gabrielli, disse na quarta-feira que já pediu um relatório sobre o combustível que está no navio mas que a empresa proprietária ainda não o apresentou. “Não temos nenhuma avaliação precisa sobre o que lá está”, lamentou Benedetto. De acordo com as informações oficiais estarão a bordo cerca de 2400 toneladas de fuelóleo e 200 toneladas de outros produtos, sobretudo gasóleo. Tarefa “ciclópica” de remoção do combustívelNo sábado deverá começar a operação de remoção do combustível do navio para outra embarcação, nas mãos da empresa holandesa Smit Salvage. A operação deverá durar entre 20 a 30 dias e, segundo os responsáveis, vai decorrer de dia e de noite, sem interrupções, se as condições meteorológicas o permitirem. O presidente da empresa Costa Cruises, proprietária do Costa Concórdia, Pier Luigi Foschi, já considerou que esta é uma “tarefa ciclópica” e um “trabalho de grande complexidade”. “Os melhores peritos mundiais estão aqui. Mas há a possibilidade de as condições meteorológicas se deteriorarem e de ocorrerem incidentes que nos impeçam de recuperar todo o combustível”, disse Angelo Gentili, da Legambiente, uma das maiores associações italianas de defesa do Ambiente. Em caso de uma eventual catástrofe, 200 voluntários da Protecção Civil da província de Grosseto, de qual depende a ilha, estão prontos para intervir, anunciou o presidente da província, Leonardo Marras. Seis peritos da União Europeia chegaram ontem a Giglio para “preparar um relatório sobre as lições a tirar desta tragédia, a fim de as partilhar com todos os países europeus”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave concentração
Tratamento em grávidas pode prejudicar feto
A administração a grávidas de uma substância usada para desenvolver os pulmões do feto quando há risco de parto pré-termo pode ter consequências negativas no futuro adulto, conclui um estudo agora publicado. (...)

Tratamento em grávidas pode prejudicar feto
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.333
DATA: 2012-01-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: A administração a grávidas de uma substância usada para desenvolver os pulmões do feto quando há risco de parto pré-termo pode ter consequências negativas no futuro adulto, conclui um estudo agora publicado.
TEXTO: Uma investigação da Universidade do Minho (UM) que acaba de ser publicada na revista internacional Psychopharmacology revela que a exposição intrauterina a glucocorticóides (GC) sintéticos pode ter consequências negativas no feto. Esta substância é administrada a 10% das grávidas, geralmente no terceiro trimestre de gestação, em situações de parto pré-termo. Os investigadores afirmam que pode contribuir para o desenvolvimento de ansiedade excessiva e depressão, bem como afectar negativamente o comportamento sexual do futuro adulto. Mário Oliveira, doutorado pela Escola de Ciências da Saúde e investigador do ICVS/3B’s Laboratório Associado, da UM, explica que a administração da dexametasona (DEX), um tipo de GC sintético frequentemente utilizado, serve para acelerar a maturação pulmonar fetal e configura uma prática clínica comum. O investigador afirma que “acaba por ser utilizada de forma pouco cautelosa” porque, apesar de ser um tratamento agudo, os médicos geralmente repetem as doses do medicamento. “Verificámos que provoca alterações morfológicas e ao nível do sistema nervoso central”, diz. O uso de doses repetidas “está desaconselhado” nas grávidas, “pelo medo que possa haver efeitos a nível do feto”. Foram precisamente estes efeitos que a equipa liderada por Mário Oliveira decidiu estudar, analisando os riscos da exposição pré-natal no comportamento sexual masculino, sendo que a diferenciação sexual cerebral começa durante a fase final da gravidez. A investigação permite concluir que há alterações sexuais a nível motivacional, ou seja, existe uma redução da motivação sexual. No estudo, realizado em modelos animais do sexo masculino, verificou-se um “menor número de interacções com a fêmea e os machos demoravam mais tempo a realizar a cópula”. A investigação foca apenas as consequências para o sexo masculino por uma questão metodológica já que o sexo feminino não foi testado. Além do impacto ao nível da ansiedade, os dados da tese revelam também que a DEX pré-natal altera o comportamento relacionado com o medo na idade adulta. Estes traços comportamentais correlacionam-se com uma desregulação do mecanismo de resposta ao stress e com alterações do volume de áreas cerebrais que são responsáveis pela modulação da ansiedade. “A exposição a stress ou níveis elevados de GC durante etapas cruciais do desenvolvimento contribui para o aparecimento de distúrbios neuropsiquiátricos, nomeadamente a ansiedade e a depressão. É reconhecido que eventos adversos durante fases precoces da vida podem moldar a saúde física e mental do adulto”, esclarece. A investigação foi desenvolvida por Mário Oliveira, Nuno Sousa, José Miguel Pêgo, Pedro Leão, Diana Cardona e Ana João Rodrigues, todos da UM. Doutorado em Medicina pela UM, (2011), Mário Oliveira especializou-se em Urologia. Está a trabalhar na Unidade de Oncologia do Serviço de Urologia da Fundació Puigvert, em Barcelona. De 2002 a 2011, foi assistente convidado da Escola de Ciências da Saúde da UMinho. É membro do Quadro Europeu em Urologia e da Associação Europeia de Urologia e Associação Portuguesa de Urologia.
REFERÊNCIAS:
Material da mostra sobre Darwin custou 375 mil euros e não serve para expor
A Câmara de Oeiras financiou a exposição A Evolução de Darwin ,promovida com grande sucesso pela Gulbenkian, em 2009, na condição de ficar com parte do acervo para o futuro Museu da Ciência do concelho. Mas o material que recebeu no ano passado está "em mau estado" e, segundo técnicos camarários, não serve para voltar a montar a exposição. (...)

Material da mostra sobre Darwin custou 375 mil euros e não serve para expor
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento -0.27
DATA: 2012-01-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: A Câmara de Oeiras financiou a exposição A Evolução de Darwin ,promovida com grande sucesso pela Gulbenkian, em 2009, na condição de ficar com parte do acervo para o futuro Museu da Ciência do concelho. Mas o material que recebeu no ano passado está "em mau estado" e, segundo técnicos camarários, não serve para voltar a montar a exposição.
TEXTO: Com pompa e circunstância, a autarquia assinou um protocolo com a Gulbenkian, em 2008, no qual se comprometia a contribuir com meio milhão de euros (do qual já pagou 375 mil euros) para a exposição comemorativa dos 200 anos de Charles Darwin, em troca de parte dos materiais da exposição. Além disso, a fundação apoiaria tecnicamente o município na montagem da exposição no futuro Museu da Ciência, que deverá ficar sedeado na Fábrica da Pólvora de Barcarena. Depois da Gulbenkian, a exposição seguiu para Granada, Espanha, e para a Casa Andresen, no Porto, onde esteve até Julho de 2011. O que chegou a Oeiras em Agosto foi "material expositor na sua maioria em mau estado, desconjuntado, apodrecido, algumas coisas partidas e outras sem qualquer aproveitamento", lê-se em documentos internos da câmara. Em resposta escrita ao PÚBLICO, a autarquia diz apenas que os materiais "estão acondicionados nas melhores condições, tal como vieram da exposição do Porto". O problema é que muitos deles já chegaram ao Porto estragados e nem sequer foram expostos. A maior parte do conteúdo científico e das réplicas de animais que integravam a exposição pertencem a outras entidades - como o Museu de História Natural de Lisboa ou o Aquário Vasco da Gama -, que no fim reclamaram as peças. Por este motivo, o que foi para Oeiras é "muito mais uma lista de material de equipamento de suporte físico à exposição" do que "o conteúdo de uma exposição", revelam os documentos municipais. A Oeiras chegaram vitrinas, prateleiras, vidros, painéis, floreiras, suportes, alguns computadores, alguns monitores LCD, bancos e outras estruturas de suporte. Mas o material para expor é reduzido: existe uma "ilha de bichos", uma figura de Darwin em cera, parte do Beagle (navio utilizado pelo naturalista nas suas pesquisas) e alguns pássaros, bem como fotocópias de livros do cientista. A lista de material recebido não corresponde na íntegra à listagem anexa ao protocolo, negociado entre o ex-chefe de gabinete de Isaltino Morais, Nuno Manalvo, e o administrador da Gulbenkian Diogo de Lucena. Mesmo assim, a lista inicial "não é suficiente para construir uma exposição", referem os técnicos municipais. Em Outubro, a câmara pediu à fundação que fosse criada uma equipa técnica mista para fazer o inventário e a avaliação patrimonial do material depositado em Oeiras, com vista ao "cabal esclarecimento" do valor do acervo e das condições de viabilidade de concretização do projecto do Museu da Ciência. O PÚBLICO questionou a Gulbenkian sobre este processo, mas a instituição escusou-se a prestar quaisquer declarações.
REFERÊNCIAS:
Tempo Outubro Julho Agosto
Bebé que caiu de um 9.º andar encontra-se “estável e tem bom prognóstico”
O bebé de 22 meses que na manhã de ontem caiu de um 9.º andar, no Peso da Régua, encontra-se “estável e tem bom prognóstico”, como confirmou ao PÚBLICO um porta-voz do Hospital de S. João, no Porto. (...)

Bebé que caiu de um 9.º andar encontra-se “estável e tem bom prognóstico”
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.7
DATA: 2012-02-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: O bebé de 22 meses que na manhã de ontem caiu de um 9.º andar, no Peso da Régua, encontra-se “estável e tem bom prognóstico”, como confirmou ao PÚBLICO um porta-voz do Hospital de S. João, no Porto.
TEXTO: O menino foi transportado para esta unidade na tarde de ontem, onde foi submetido a cirurgias às “fracturas que apresenta nos membros inferiores”. Para além destas fracturas, o bebé sofreu também um “traumatismo craniano com pequena hemorragia”. Já a agência Lusa adianta que o menino “não apresenta traumatismo torácico”, como se chegou a recear, e está sedado e ventilado, mas ainda durante a manhã de hoje os médicos deverão tomar as medidas necessárias para que recupere a consciência. O bebé de 22 meses caiu ontem, do nono andar de um prédio na freguesia de Godim, Peso da Régua, mas apesar da queda de uma altura com mais de 20 metros, escapou com vida do acidente, ao que tudo indica devido ao efeito do vento. Segundo António Fonseca, comandante dos Bombeiros Voluntários de Peso da Régua, que foram chamados às 11h43, o bebé não caiu exactamente na direcção do ponto da varanda da qual se precipitou, mas “devido ao efeito do vento, e como é um peso leve, cerca de um metro ao lado”. O desvio fez com que a criança embatesse em cima de um pequeno monte de areia que se encontra no pátio do prédio. O monte apresentava aproximadamente 20 centímetros de altura, um metro de lado, e estava coberto por um plástico. Factores que contribuíram para amortecer a queda do bebé. Segundo o relato do responsável dos bombeiros, se o menino não tivesse atingido aquela porção de areia, teria caído em cimento ou num gradeamento com bicicletas. "Foi por Deus”, comentou António Fonseca, calculando que o bebé caiu de uma altura “próxima de 30 metros, porque é um 9. º andar alto”. “A criança estava consciente, a gritar com dores, e em estado de choque”, recordou ainda. António Fonseca falou com o pai do bebé e apurou que o menino brincava com um cão, quanto tudo aconteceu. O pai encontrava-se no quarto e a mãe na cozinha e o petiz terá conseguido abrir passagem na marquise, o que lhe permitiu chegar ao limite da varanda. A seguir à queda, o menino foi transportado para o Hospital Distrital de Vila Real. Em declarações à Lusa, o chefe de equipa do serviço desta unidade de saúde, Jorge Fontes, explicou que o bebé se encontrava “estável”, apresentando um traumatismo crânio-encefálico e um traumatismo abdominal que “não inspiram cuidados” e fracturas nos membros inferiores. No entanto, o menino foi transferido durante a tarde de ontem, através de helicóptero, para o Hospital de S. João, no Porto. Segundo Jorge Fontes, se o quadro se mantiver, o bebé apenas precisará de cirurgia por parte da equipa de ortopedia.
REFERÊNCIAS:
Explosão em prédio na Charneca da Caparica faz três feridos
Uma explosão num prédio de dois pisos na Charneca da Caparica, no concelho de Almada, provocou esta manhã três feridos, um dos quais em estado grave, disse ao PÚBLICO o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Setúbal. (...)

Explosão em prédio na Charneca da Caparica faz três feridos
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-02-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: Uma explosão num prédio de dois pisos na Charneca da Caparica, no concelho de Almada, provocou esta manhã três feridos, um dos quais em estado grave, disse ao PÚBLICO o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Setúbal.
TEXTO: A explosão – que se presume que tenha tido origem numa fuga de gás –, seguida de incêndio, ocorreu poucos minutos depois das 7h desta manhã, num apartamento de um prédio situado junto à estrada da Bela Vista, em Vale Fetal, na Charneca da Caparica, e próximo do posto da Guarda Nacional Republicana (GNR). O fogo foi extinto pelas 8h30. Segundo o CDOS de Setúbal, o ferido considerado grave foi transportado directamente para o Hospital de São José, em Lisboa, com 90% do corpo queimado. Fonte do hospital disse à Lusa que o homem está internado na Unidade de Queimados com prognóstico "reservado". Inicialmente, a informação avançada pela GNR local dava conta de quatro feridos. "O prédio ficou completamente destruído e atingiu os prédios adjacentes, que ficaram com grandes danos, e veículos que estavam estacionados nas imediações", disse a mesma fonte do CDOS. Cheiro a gásA explosão verificou-se no primeiro andar direito do número 56 da estrada da Bela Vista, sendo que o ferido grave – um homem de cerca de 45 anos, proprietário da casa onde vivia sozinho – foi projectado para o exterior do edifício e foi cair sobre um telheiro que existe nas traseiras. As informações recolhidas no local indicam que o prédio tinha gás canalizado e não de botija, e que o cheiro a gás era intenso no momento da explosão. No primeiro andar esquerdo moravam seis pessoas, das quais duas eram crianças. Um homem e uma mulher que moravam nesse apartamento ficaram feridos. No rés-do-chão morava, num dos apartamentos, um rapaz de 14 anos com a mãe, e o outro era habitado por uma mulher que vivia sozinha, segundo os relatos dos moradores. Ainda não se sabe o número de edifícios danificados com a explosão, mas "houve danos em prédios bastante afastados", disse fonte da GNR. Os prédios laterais e os que ficam nas traseiras do edifício destruído têm várias janelas partidas e paredes rachadas. Elementos dos bombeiros, da Protecção Civil e da Polícia Judiciária estão no local onde foi registada a explosão. A GNR está também presente com uma equipa cinotécnica. O vereador para a Protecção Civil da Câmara Municipal de Almada, José Gonçalves, garantiu à Lusa que não existem mais vítimas nos escombros, onde já estiveram cães à procura de outros eventuais feridos. José Gonçalves adiantou também que, “à partida, existem quatro famílias com necessidade de serem realojadas”, situação para a qual a Câmara está à procura de soluções, sublinhando que “a prioridade está a ser dada às situações de emergência”. Notícia actualizada às 14h43
REFERÊNCIAS:
Entidades GNR
Auto-estradas que carregam os carros eléctricos, uma ideia electrizante
Uma equipa de investigadores da Universidade americana de Stanford concebeu um sistema de recarregamentos wireless para veículos eléctricos a ser incorporado nas próprias estradas. Desta forma os carros podem ser alimentados à medida que circulam, resolvendo o problema da falta de autonomia destes veículos. (...)

Auto-estradas que carregam os carros eléctricos, uma ideia electrizante
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-02-09 | Jornal Público
SUMÁRIO: Uma equipa de investigadores da Universidade americana de Stanford concebeu um sistema de recarregamentos wireless para veículos eléctricos a ser incorporado nas próprias estradas. Desta forma os carros podem ser alimentados à medida que circulam, resolvendo o problema da falta de autonomia destes veículos.
TEXTO: Para já este sistema ainda não saltou das simulações feitas em computador para a vida real mas o objectivo de longo prazo dos investigadores é desenvolverem uma rede de auto-estradas totalmente equipada com este sistema de bobinas que tem como finalidade recarregar os carros em pleno andamento. “O nosso objectivo é que uma pessoa possa entrar em qualquer auto-estrada e recarregar o seu carro”, explicou Shanhui Fan, um professor associado de engenharia eléctrica em Stanford. Os resultados deste estudo foram publicados no jornal Applied Physics Letters. “Uma implantação em larga escala deste sistema envolveria uma remodelação do sistema viário e até poderia ter aplicações para lá do sector dos transportes”, indicou ainda Shanhui Fan. Este sistema que permitiria que os carros fossem recarregados enquanto circulam seria a resposta ideal para o principal problema dos veículos eléctricos: a sua pouca autonomia. O carro completamente eléctrico Nissan Leaf, por exemplo, só consegue andar cerca de 160 quilómetros com um único carregamento e a sua bateria demora várias horas até ficar novamente carregada. Um sistema de “carregamento em circulação” poria fim a estas limitações. “O que torna este conceito excitante é que qualquer pessoa poderia potencialmente guiar durante um período ilimitado de tempo sem necessitar de recarregar baterias”, indicou um co-autor do estudo, Richard Sassoon, o director do Global Climate and Energy Project da Universidade de Stanford, que financiou este estudo. “Com este sistema o condutor poderá ter mais energia armazenada na sua bateria no final da viagem que no início”, disse Sassoon. Tal como é explicada na própria página de notícias da Universidade de Stanford , a transferência de energia tem por base uma tecnologia que, em inglês, dá pelo nome de magnetic resonance coupling. Duas bobinas de cobre estão feitas para ressoarem na mesma frequência - como dois copos de vinho que vibram quando uma nota específica é tocada. Uma dessas bobinas está ligada a uma corrente eléctrica que gera um campo magnético que faz com que a segunda bobina ressoe. Esta ressonância magnética resulta na transferência invisível de energia eléctrica (através de um sistema sem fios) da primeira bobina emissora - instalada na estrada - para a segunda bobina receptora - incorporada no carro. Os investigadores estão agora em fase de se certificarem que esta tecnologia não afecta pessoas, animais, outros componentes eléctricos do veículo ou mesmo cartões com bandas magnéticas - como cartões de crédito - que estejam a bordo do veículo. Alguns peritos estimam que um sistema como este poderá ser alimentado através de fontes de energia renováveis, como a energia solar, ao mesmo tempo que se reduziria em muito a emissão de CO2 para a atmosfera à medida que os carros que funcionam com combustíveis fósseis fossem sendo substituídos por veículos eléctricos.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave campo estudo
Publicação científica portuguesa triplica em dez anos
A publicação científica portuguesa, avaliada em quinquénios, triplicou em apenas uma década. Entre 2006 e 2010 publicaram-se 38.338 artigos com autores de instituições nacionais, um salto em relação às 12.693 publicações lançadas entre 1996 e 2000. (...)

Publicação científica portuguesa triplica em dez anos
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-02-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: A publicação científica portuguesa, avaliada em quinquénios, triplicou em apenas uma década. Entre 2006 e 2010 publicaram-se 38.338 artigos com autores de instituições nacionais, um salto em relação às 12.693 publicações lançadas entre 1996 e 2000.
TEXTO: Este é o dado que sobressai do novo relatório “Produção Científica portuguesa, 1981-2010. Dados Bibliométricos”, que mostra um aumento de 3421 novos artigos em comparação com o quinquénio de 2005-2009. O documento, publicado há duas semanas pelo Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais (GPEARI), sob tutela do Ministério da Educação e Ciência, reforça a ideia que a produção científica continua a aumentar, eclipsando os 1618 artigos publicados entre 1981 e 1985. A informação tem por base os dados disponibilizados pela Thomson Reuters – Essential Science Indicators, que divide a produção científica em 22 áreas científicas e agrega os dados em quinquénios para relativizar descidas ou subidas anuais abruptas que não têm significado estatístico. Os dados provisórios mostram que a Química lidera com 5427 artigos publicados no último quinquénio, seguida pela Medicina Clínica com 4389 e a Física com 3833. Embora só em uma das 22 áreas o número de artigos tenha diminuído – a Ciência Computacional –, continua a ser um desafio perceber qual a relação entre o crescendo na produção científica e a qualidade do trabalho que sai das universidades e dos institutos. “Tem havido uma melhoria significativa na quantidade da produção científica nacional ao longo dos últimos 20 anos. Por outro lado, não dispomos ainda de instrumentos que permitam aferir a respectiva melhoria qualitativa”, disse Joana Mendonça, subdirectora geral do GPEARI, ao PÚBLICO. Um dos indicadores que o relatório apresenta, é o impacto de citação mundial da área, que indica se os artigos nacionais de uma dada área são mais ou menos citados do que a média mundial. Um impacto de 1 é igual ao da média. “Vinte das áreas científicas aumentaram o seu impacto internacional, sendo que nas áreas de Ciências Agrárias, Medicina Clínica, Engenharia, Neurociências & Comportamento, Física, Ciências dos Animais e das Plantas, Ciências do Espaço e [a área] Multidisciplinar, o impacto internacional da produção científica nacional é superior ao impacto médio mundial”, disse Mendonça. Espaço é líderQuem vem em primeiro lugar no impacto de citação mundial são as Ciências Espaciais. No quinquénio de 2006-2010, só foram publicados 555 artigos nesta área, a quarta menor, (a área Multidisciplinar publicou 38 artigos, Imunologia 325 e Psicologia/Psiquiatria 507), mas o impacto foi de 2, 09. Em comparação, a área da Física, que vem em segundo lugar, tem apenas 1, 37. “Não importa o número de artigos, mas a importância que têm para a comunidade internacional”, disse Mário João Monteiro, director do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto, ao PÚBLICO. O cientista e professor defende que estes resultados são fruto de uma comunidade de cientistas jovens, que desenvolveu-se a partir de 1990 e está fortemente internacionalizada. “Quase duas centenas de investigadores tiveram que ir fazer o doutoramento lá fora, voltámos integrados em equipas internacionais. Pelo facto de estarmos a sair do zero, fizemos um curto-circuito do processo” na evolução da ciência que se faz em Portugal, interpreta o investigador, notando que este apagão não pôde ser feito da mesma forma em outras áreas, que já tinham uma tradição científica nacional. Por isso, nas Ciências Espaciais, oitenta por cento dos artigos são também assinados por autores estrangeiros. “A astronomia de qualidade tem que ser feita em consórcios, é impossível um país ter dinheiro [para este tipo de investigação]”, explicou.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave educação comunidade