EUA partem em vantagem mas Argélia tem hipóteses
EUA e Argélia defrontam-se esta tarde num cenário de tudo ou nada, já que nenhuma equipa do Grupo C está excluída à partida dos oitavos-de-final. De máquina de calcular em punho, a Argélia parte para este confronto na última posição e dependente dos acontecimentos da outra partida da derradeira ronda, entre ingleses e eslovenos. (...)

EUA partem em vantagem mas Argélia tem hipóteses
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-06-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: EUA e Argélia defrontam-se esta tarde num cenário de tudo ou nada, já que nenhuma equipa do Grupo C está excluída à partida dos oitavos-de-final. De máquina de calcular em punho, a Argélia parte para este confronto na última posição e dependente dos acontecimentos da outra partida da derradeira ronda, entre ingleses e eslovenos.
TEXTO: Menos pressionados, os EUA (que ocupam a segunda posição com os mesmos dois pontos dos ingleses, mas com mais dois golos), necessitam apenas do triunfo, mas um empate até poderá ser suficiente: desde que a equipa britânica não ganhe e, em caso de empate com a Eslovénia, não consiga anular a vantagem dos americanos. Em caso de vitória das equipas anglo-saxónicas, estes mesmos critérios são aplicáveis para a definição do primeiro e segundo lugares, já que os eslovenos (actuais líderes), desceriam para a terceira posição. "A segunda parte frente à Eslovénia foi muito positiva e vai ajudar-nos a ganhar", prevê o seleccionador Bob Bradley. Bem mais complicada é a contabilidade argelina, um dos poucos representantes africanos na prova ainda com possibilidades reais de apuramento. Os "oitavos" serão uma realidade caso a Argélia vença os norte-americanos e os ingleses não ultrapassem a Eslovénia. Outra possibilidade passará por vencer os EUA por mais de um golo e esperar o triunfo inglês sobre a Eslovénia (e caso vença por um golo de diferença, terá de esperar um triunfo britânico superior a uma bola). "Vamos tentar fazer história", atira o avançado Karim Matmour.
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Entidades EUA
Le Guen assume saída dos Camarões
O francês Paul Le Guen assumiu a saída do posto de seleccionador de futebol dos Camarões, após a terceira derrota (1-2) em outros tantos jogos do Mundial 2010, diante da Holanda. (...)

Le Guen assume saída dos Camarões
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-06-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: O francês Paul Le Guen assumiu a saída do posto de seleccionador de futebol dos Camarões, após a terceira derrota (1-2) em outros tantos jogos do Mundial 2010, diante da Holanda.
TEXTO: "Terminou a minha missão. Agora vou reflectir. O meu contrato acaba e vou parar. Deixamos este Mundial com muito a lamentar. Tínhamos muita expectativa, mas não conseguimos”, lamentou Le Guen, já falado como próximo seleccionador australiano. Para o técnico francês, que tomou conta dos “Leões Indomáveis” em Julho de 2009, “não faltou muita coisa” à equipa africana, mas “é preciso ter um grupo mais unido”, afirmou, assumindo o falhanço por não ter conseguido fazê-lo. Arjen Robben regressou, após lesão, à equipa holandesa. "É bom estar de volta. Não estou ainda a cem por cento, mas ainda faltam quatro dias para o próximo jogo e sei que vou melhorar. Estou contente”, congratulou-se Robben, que se estreou neste Mundial aos 73 minutos do jogo e rematou ao poste na jogada do segundo golo holandês. Robben confessou ter sido "duro mentalmente" e que foi "necessária muita força de vontade e trabalho" para recuperar, desejando que o "azar" dê lugar à "tranquilidade". A Holanda, vencedora do Grupo E, vai defrontar a Eslováquia - segunda classificada do Grupo F e que bateu (3-2) a ainda campeã do mundo, Itália - na segunda-feira, em Durban, nos oitavos-de-final da prova, enquanto os Camarões ficaram na última posição do agrupamento.
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Tempo Julho
Instituições isentam de propinas os melhores alunos
Ser bom aluno compensa. São muitas as instituições de ensino superior, públicas e privadas, que oferecem bolsas de mérito aos melhores alunos, seja no início do percurso, quando entram no primeiro ano da licenciatura, seja no final de cada ano lectivo, depois de conhecidos os resultados, ou no final do curso. (...)

Instituições isentam de propinas os melhores alunos
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 1.0
DATA: 2010-06-27 | Jornal Público
SUMÁRIO: Ser bom aluno compensa. São muitas as instituições de ensino superior, públicas e privadas, que oferecem bolsas de mérito aos melhores alunos, seja no início do percurso, quando entram no primeiro ano da licenciatura, seja no final de cada ano lectivo, depois de conhecidos os resultados, ou no final do curso.
TEXTO: Há quem faça mais, oferecendo um ano de propinas. A Universidade Lusófona, depois de um ano de experiência, vai dar um ano sem propinas aos estudantes que a escolham. Os alunos devem ter uma nota de admissão igual ou superior a 16 valores (escala de 0 a 20). A oferta inclui alunos de licenciatura e mestrado. Chama-se Programa Excelência. "Era importante haver um sistema que privilegiasse o esforço dos estudantes. Esta é uma forma de o factor financeiro não ser um problema", diz Manuel José Damásio, director de marketing da instituição. Não é uma forma de evitar que os alunos optem pelo público? "Sim, se virmos o privado como supletivo, que não é. Na generalidade dos cursos competimos pelos mesmos alunos, os melhores", diz Damásio. Foi em 1995 que a Universidade Católica Portuguesa (UCP) iniciou esta prática para os alunos de Gestão e Economia. A isenção de propinas começou a ser atribuída aos alunos com média de candidatura de 15 valores. Nos anos seguintes, os alunos com pelo menos 15 valores ganhavam a bolsa. Aos poucos, o prémio foi adoptado pelas outras faculdades da UCP, que, além deste, têm outros para os melhores alunos. Por exemplo, a Faculdade de Direito tem prémios oferecidos por sociedades de advogados aos melhores alunos em determinadas disciplinas; existem ainda bolsas de instituições bancárias e empresas e mesmo bolsas para os alunos de origem africana. Na UCP há ainda escolas, como o Instituto de Estudos Políticos ou a Faculdade de Ciências Humanas, que oferecem estágios, alguns remunerados. Esta é uma forma de premiar os melhores estudantes, que, depois de um ano de isenção de propinas podem, caso mantenham os seus resultados, continuar a beneficiar de uma redução, acrescenta Manuel José Damásio. Também na UCP é possível que os melhores alunos continuem a beneficiar de uma redução de propinas nos anos seguintes. Esta situação também está prevista nas instituições públicas. Desde 1998 que, no ensino público, estão previstas as bolsas de mérito para os alunos com um aproveitamento escolar "excepcional", diz a lei. Onze anos depois, Mariano Gago, ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, decidiu alargar a atribuição destas bolsas aos alunos das instituições de ensino privadas, assim como aos cursos de especialização tecnológica, embora muitas escolas já o fizessem. Por exemplo, a Universidade do Porto devolve o valor da propina paga durante o ano aos melhores alunos de cada escola. O PÚBLICO solicitou ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior dados sobre a evolução da atribuição das bolsas de mérito, que não foram facultados.
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Palavras-chave lei escola
Norte-americanos crêem que no próximo Mundial estarão "ainda mais fortes"
Chris Miller tentou e tentou mas não conseguiu comprar a camisola branca do equipamento oficial da selecção dos Estados Unidos. Esgotada. (...)

Norte-americanos crêem que no próximo Mundial estarão "ainda mais fortes"
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-06-27 | Jornal Público
SUMÁRIO: Chris Miller tentou e tentou mas não conseguiu comprar a camisola branca do equipamento oficial da selecção dos Estados Unidos. Esgotada.
TEXTO: "Já só há tamanhos de criança e só a azul", explicava este californiano radicado em Washington, que, com quase dois metros de altura, jamais poderia usar um número pequeno. Além de que ele não gosta tanto do "jersey" azul, como se diz aqui. "Nós somos uma equipa de segunda parte", garantia ele antes de o seu país ter empatado o jogo - e mais uma vez antes de começar a segunda parte do prolongamento. O inabalável optimismo americano acabaria por não durar muito: como há quatro anos, o Gana revelou-se o carrasco que matou as aspirações dos Estados Unidos. Ainda assim, houve aplausos, abraços e gritos de "USA, USA" no Slaviya, um café-restaurante-bar-lounge de inspiração balcânica no boémio e diversificado bairro de Adams Morgan, onde nunca é difícil arranjar uma mesa e que ontem estava a rebentar pelas costuras. A festa acabou por acontecer poucos metros mais a norte, nos restaurantes eritreus que partilham o mesmo passeio e onde se concentrou a diáspora africana. "Neste momento estou de coração partido, mas também muito feliz com a minha equipa", confessava Chris. "Acho que eles fizeram uma caminhada fenomenal, devemos estar orgulhosos. Desta vez não chegámos tão longe quanto queríamos, mas acredito que no próximo Mundial vamos estar ainda mais fortes", acrescentou. É impossível prever em que forma estará a selecção americana no próximo Mundial, mas é seguro dizer que contará com um forte apoio da população: nunca como agora os norte-americanos estiveram tão envolvidos e interessados num torneio de futebol, confirmando a crescente popularidade do desporto-rei num país que, democraticamente, tem o basquetebol, o beisebol, o hóquei no gelo e o futebol americano no topo das preferências dos adeptos. Numa sondagem publicada pela revista The Economist, 55 por cento dos americanos diziam não ter interesse nenhum no Mundial em curso na África do Sul. E se esse número parece revalidar a ambivalência do país em relação ao futebol, eis outro que o desmente: 21 por cento responderam que estão a seguir o torneio com muita atenção. Ou seja, reparava um especialista em sondagens, mais do dobro dos americanos que acreditam que Elvis Presley ainda está vivo!Os números das audiências televisivas são ainda mais explícitos: os "ratings" da ESPN e ABC, as cadeias televisivas com direitos de transmissão, cresceram 40 por cento em relação aos de 2006. O embate dos Estados Unidos contra a Argélia foi visto por 6, 1 milhões de telespectadores (mais 1, 1 milhões que acompanharam a transmissão online), a maior audiência de sempre para um jogo de futebol. No dia seguinte, a foto de Landon Donovan, que marcou nos descontos para garantir o apuramento do seu país para os quartos-de-final, estava na capa de todos os diários norte-americanos. E alguns comentadores mais entusiasmados compararam a importância e significado do golo de Donovan ao passeio lunar de Neil Armstrong.
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Palavras-chave direitos criança
Média de golos passa Itália 90 pela primeira vez
A média de golos do Mundial da África do Sul ultrapassou no domingo pela primeira vez a média mais baixa da história dos mundiais de futebol, registada no Itália 1990. (...)

Média de golos passa Itália 90 pela primeira vez
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.05
DATA: 2010-06-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: A média de golos do Mundial da África do Sul ultrapassou no domingo pela primeira vez a média mais baixa da história dos mundiais de futebol, registada no Itália 1990.
TEXTO: Depois de uma primeira fase com 2, 10 golos por jogo - abaixo do Mundial italiano -, os oitavos de final estão bem mais concretizadores, tendo aberto no sábado com uma média de três golos por jogo (vitória do Uruguai 2-1 sobre a Coreia do Sul e vitória do Gana 2-1 sobre os Estados Unidos, após prolongamento). No domingo a média voltou a aumentar, tendo sido registados nove golos, com cinco na vitória (4-1) da Alemanha sobre a Inglaterra e quatro no triunfo (3-1) da Argentina sobre o México. Cumpridos metade dos encontros dos oitavos-de-final, o mundial sul-africano leva 116 golos marcados em 52 jogos, o que dá uma média de 2, 23 por jogo, já superior aos 2, 21 que registados em 1990. Ao entrar na fase a eliminar as equipas parecem estar a esquecer-se dos esquemas defensivos e, contando só com os jogos dos oitavos-de-final, a média passa a ser de quase quatro golos por jogo (3, 75), tendo sido marcados 15 em quatro encontros.
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano
Adepto que invadiu balneário inglês multado em 100 dólares
O adepto que invadiu o balneário da selecção inglesa no jogo do Mundial com a Argélia (0-0) foi multado em 100 dólares (81 euros), foi hoje anunciado. (...)

Adepto que invadiu balneário inglês multado em 100 dólares
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-06-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: O adepto que invadiu o balneário da selecção inglesa no jogo do Mundial com a Argélia (0-0) foi multado em 100 dólares (81 euros), foi hoje anunciado.
TEXTO: De acordo com o Ministério Público, o julgamento também previsto para hoje do jornalista britânico Simon Wright, alegadamente cúmplice na preparação da acção do adepto, foi adiado para 7 de Julho, já que as autoridades querem aprofundar as investigações. O adepto inglês Pavlos Joseph, originário de Londres, “declarou-se culpado perante o tribunal e reconheceu que violou as regras da Federação Internacional de Futebol ao entrar numa área restrita sem acreditação”, afirmou o seu advogado, Craig Webster. Pavlos Joseph foi julgado no Tribunal Especial do Cabo, um dos 56 instituídos no país para lidarem com casos relacionados com o Campeonato do Mundo de futebol na África do Sul. “Equipa miserável”O adepto entrou na zona dos balneários após o empate a zero no Inglaterra-Argélia e, dirigindo-se a David Beckham, acusou a selecção de ser “uma equipa miserável”. Inicialmente, Pavlos Joseph tinha declarado às autoridades que chegou àquela zona depois de se ter perdido no estádio quando procurava uma casa de banho. As autoridades detiveram posteriormente o jornalista Simon Wright, do Sunday Mirror, sob a acusação de ter ajudado o adepto a esconder-se das autoridades ainda no estádio, antes de ser encontrado pela polícia num hotel da Cidade do Cabo. Acusam também Simon Wright de ter planeado a acção do adepto com a intenção de demonstrar as falhas de segurança nos estádios sul-africanos que têm acolhido os jogos do Mundial 2010.
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Palavras-chave tribunal
Nzita Tiago não aceita passagem à reforma como líder da FLEC
Na qualidade de fundador de Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC), Nzita Henriques Tiago acusou de alta traição o vice-presidente Alexandre Tati Buílo e outros três dirigentes, que revogou das suas funções, depois de eles o terem afastado da direcção efectiva. (...)

Nzita Tiago não aceita passagem à reforma como líder da FLEC
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-07-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Na qualidade de fundador de Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC), Nzita Henriques Tiago acusou de alta traição o vice-presidente Alexandre Tati Buílo e outros três dirigentes, que revogou das suas funções, depois de eles o terem afastado da direcção efectiva.
TEXTO: Num comunicado hoje enviado ao PÚBLICO, em francês, por seu neto Jean-Claude Nzita, presidente da comunidade cabindesa na Suíça, o velho político deste movimento que quer ser independente de Angola, diz ter afastado Buílo, o chefe da segurança, Moisés Carlos, o “encarregado de missões na presidência”, Veras Luemba Luís, e o chefe do Estado-Maior General, Estanislau Boma. Estas decisões, diz o comunicado do líder que este mês completa 83 anos, têm efeito a partir do dia de ontem. Segundo este texto, os novos vice-presidente, chefe do Estado-Maior e chefe da segurança serão nomeados posteriormente. Mas os comandantes das diferentes regiões militares da guerrilha devem permanecer nos seus postos até nova ordem. Ontem, o Alto Comando das Forças Armadas Cabindesas Unificadas (FACU) fez saber que decidira retirar a Nzita Henriques Tiago “todas as responsabilidade políticas no seio da FLEC”, o movimento criado em 1963 para lutar pela autodeterminação do território. Este foi mais um episódio da agitada história do movimento, que não aceita o estatuto de Cabinda como simples província de Angola. O mesmo órgão supremo militar da Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC) designou o vice-presidente Alexandre Tati Builo “para assumir todos os cargos da direcção” do grupo independentista. E adiantou que Nzita Henriques Tiago ficaria com o título honorário de “Líder Histórico, Herói Nacional e Património do Povo de Cabinda”. O comando militar afirmava que, mesmo na reforma, Tiago permaneceria “o grande timoneiro e conselheiro da FLEC”, o que pelos vistos ele não achou suficiente, a acreditar no texto hoje distribuído por seu neto. Ao longo dos anos, a FLEC tem-se dividido periodicamente em diferentes facções, que ocasionalmente se reagrupam, para depois se cindirem em outros grupos ou tendências, numa agitação permanente. Em Janeiro, elementos afectos a uma das alas do movimento independentista atacaram a selecção togolesa que ia participar em Cabinda no campeonato africano de futebol. Morreram então duas pessoas, pelo que a equipa do Togo acabou por se retirar da competição.
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano
Opinião de Bruno Prata: Directo, objectivo e incisivo como nunca - mas tardio
Carlos Queiroz foi directo, objectivo e incisivo como, provavelmente, nunca se lhe vira. (...)

Opinião de Bruno Prata: Directo, objectivo e incisivo como nunca - mas tardio
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento -0.06
DATA: 2010-07-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Carlos Queiroz foi directo, objectivo e incisivo como, provavelmente, nunca se lhe vira.
TEXTO: Deve ter sido longa e sobressaltada a noite que antecedeu a sua presença na última conversa com os jornalistas em território africano. Mas o seleccionador disse, finalmente, muito do que se impunha, numa afirmação de liderança que só peca por tardia. Queiroz nunca foi, nem será, um bom produto de marketing. Os consultores publicitários preferem alguém capaz de vender ilusões, como provou ser Scolari, que teria dito boa parte do que Queiroz disse ontem logo no final do jogo, a começar pelas referências à ilegalidade do golo de Villa e ao valor do adversário. Com outro sentido de oportunidade, Queiroz também teria dito bem mais cedo o que disse sobre os episódios com Nani, Deco, etc. ("Quando digo que um jogador está lesionado, é porque está lesionado. Não duvidem. Quando digo que um jogador está cansado, está cansado. Não brinquem com a minha honra") e teria eliminado, logo à partida, qualquer polémica desestabilizadora. Mas Queiroz começou bem ao valorizar o que foi conseguido ("Não tenho a noção de missão cumprida, mas do dever cumprido"). Não foi uma prestação empolgante, longe disso, mas não é desprestigiante acabar incluído no lote das 16 melhores equipas do mundo, demais a mais após ser eliminado pelo campeão da Europa. Há dois anos, Portugal também saiu do Europeu no primeiro jogo a eliminar, frente à Alemanha, que na final seria batida exactamente por esta máquina de jogar futebol que é a Espanha. E Queiroz disse-o de forma inteligente, sossegando os jogadores, que "têm todas as razões para estar de cabeça erguida". Mas também soube ser frontal e cáustico com o que não pode passar em claro, como foi a controversa resposta dada por Ronaldo aos jornalistas. Queiroz e Ronaldo tratam-se por tu desde os tempos de Manchester e o treinador sabe que o jogador não o quis atingir, antes foi inábil na forma como tentou fugir às perguntas. Mas face à dimensão da polémica criada, Queiroz só podia mesmo responder que "ninguém está acima da selecção", que não deixará "que um momento de frustração vá criar nuvens sobre os interesses superiores da selecção" e que "se o tamanho da camisola for pequeno de mais para algum corpo", não precisa de estar ali. Cristiano já não é nenhum menino, tem 25 anos e deve entender com humildade a mensagem (apesar dos exageros de uma imprensa internacional que já lhe chama "vendedor de champôs"). Como tem igualmente de perceber que são justas as críticas de todos os que disseram que um capitão não pode fugir dos jornalistas num momento de derrota. Todas, menos uma, porque Figo falou esquecendo-se da forma como, no Euro 2004, fugiu da equipa de quem era um dos capitães quando Scolari o substituiu no jogo com Inglaterra. No final, Scolari veio dizer que ele descera o túnel porque queria ir rezar por Portugal no balneário. Mas toda a gente percebeu que se houve alguma coisa a funcionar como súplica divina foram as mãos sem luvas de Ricardo. Foram elas que salvaram Scolari de uma mancha no seu currículo de grande condutor de homens. No campo do oportunismo cabe ainda a indirecta que Deco enviou a Queiroz. Fazê-lo na hora do abandono à selecção é tão fácil. . . Queiroz passou também uma imagem de confiança no futuro, sendo verdade que irá encarar o apuramento para o próximo Europeu com "soluções consolidadas" que não existiam quando recebeu a pesada herança do seu antecessor. Irá continuar a trabalhar num campo minado por aqueles que só não exigiriam a sua demissão caso Portugal tivesse regressado campeão do mundo. Terá ainda que se debater com a circunstância de apenas 11 dos actuais 23 convocados terem menos de 30 anos quando chegar o próximo Europeu (Coentrão será o único com menos de 25). Mas formatar novas soluções entre as quais o sucessor de Deco é, precisamente, o que mais o recomenda. Por muito que isso custe a muita gente. bprata@publico. pt
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Entidades DECO
Olegário Benquerença vai arbitrar o Uruguai-Gana
O árbitro português Olegário Benquerença foi hoje nomeado para o encontro dos quartos-de-final do Mundial 2010 entre o Uruguai e o Gana, anunciou a Federação Internacional de Futebol (FIFA). (...)

Olegário Benquerença vai arbitrar o Uruguai-Gana
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-07-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: O árbitro português Olegário Benquerença foi hoje nomeado para o encontro dos quartos-de-final do Mundial 2010 entre o Uruguai e o Gana, anunciou a Federação Internacional de Futebol (FIFA).
TEXTO: O representante da arbitragem portuguesa na África do Sul vai dirigir o seu terceiro encontro na competição, depois de actuações positivas no Japão-Camarões (Grupo E) e no Nigéria-Coreia do Sul (B), ambos da primeira fase. O encontro entre o Uruguai e o Gana realiza-se amanhã, a partir das 19h30 (hora de Lisboa, RTP1), no Estádio Soccer City, em Joanesburgo. No que respeita ao primeiro embate dos "quartos", entre a Holanda e o Brasil, que se disputa amanhã, às 15h (hora de Lisboa, RTP1), o escolhido foi o árbitro japonês Yuichi Nishimura. Ravshan Irmatov, do Uzbequistão, vai ajuizar o embate entre a Argentina e a Alemanha e Carlos Batres, da Guatemala, será o árbitro do encontro entre o Paraguai e a Espanha, ambos agendados para depois de amanhã. Lista dos árbitros para os quartos-de-final do Mundial 2010Sexta-feira, 2 de JulhoHolanda-Brasil, Yuichi Nishimura (Japão)Uruguai-Gana, Olegário Benquerença (Portugal)Sábado, 3 de JulhoArgentina-Alemanha, Ravshan Irmatov (Uzbequistão)Paraguai-Espanha, Carlos Batres (Guatemala)
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Palavras-chave japonês
Seleccionador da Coreia do Sul demite-se devido a fortes críticas
O seleccionador da Coreia do Sul, Huh Jung-moo, anunciou hoje a demissão do cargo, na sequência das fortes críticas de que foi alvo durante a participação no Mundial de futebol de 2010, na África do Sul. (...)

Seleccionador da Coreia do Sul demite-se devido a fortes críticas
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.154
DATA: 2010-07-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: O seleccionador da Coreia do Sul, Huh Jung-moo, anunciou hoje a demissão do cargo, na sequência das fortes críticas de que foi alvo durante a participação no Mundial de futebol de 2010, na África do Sul.
TEXTO: O técnico, de 55 anos, disse que a sua família "sofreu bastante" com toda a situação e que agora pretende descansar. O contrato de dois anos e meio de Huh Jung-moo terminava após o Mundial 2010 - onde os sul-coreanos foram eliminados nos oitavos-de-final, após perderem com o Uruguai (2-1). Huh sai do comando técnico apesar de o presidente da federação ter dito que pretendia mantê-lo na selecção. A equipa da Coreia do Sul conseguiu a segunda melhor participação num Mundial, tendo em conta que em 2002, na qualidade de co-anfitriã, chegou às meias-finais e terminou no 4º lugar. No torneio da África do Sul a Coreia do Sul venceu a Grécia (2-0), empatou com a Nigéria (2-2) e perdeu com a Argentina (4-1) nos jogos do seu grupo e foi eliminada pelo Uruguai nos oitavos-de-final.
REFERÊNCIAS:
Países Grécia Uruguai África do Sul Nigéria Argentina Coreia do Sul