Presidente interino da República Centro-Africana demite-se
Além de Michel Djotodia, que assumiu a presidência em Março de 2013 após um golpe, foi anunciada a saída do primeiro-ministro Nicolas Tiangaye. (...)

Presidente interino da República Centro-Africana demite-se
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 14 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20150501041100/http://www.publico.pt/1619161
SUMÁRIO: Além de Michel Djotodia, que assumiu a presidência em Março de 2013 após um golpe, foi anunciada a saída do primeiro-ministro Nicolas Tiangaye.
TEXTO: O Presidente interino da República Centro-Africana, Michel Djotodia, não resistiu à pressão internacional e acabou por anunciar a sua demissão durante uma cimeira regional extraordinária convocada para o Chade, precisamente para discutir uma fórmula que permita ultrapassar a paralisia política e encontrar uma solução para a instabilidade e violência inter-religiosa naquele país. Além da demissão de Djotodia, o primeiro líder muçulmano do país, que assumiu a presidência em Março de 2013 após um golpe da sua aliança rebelde Seleka que derrubou o anterior Governo de Bangui, foi anunciada a saída do seu primeiro-ministro, Nicolas Tiangaye. Os dois eram duramente criticados há vários meses, pela sua alegada incapacidade ou incompetência no restabelecimento da ordem na República Centro-Africana RCA). Num curto comunicado, os líderes da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC), um bloco que agrega dez países, comunicaram a “demissão do chefe de Estado interino e do primeiro-ministro [da República Centro Africana], uma decisão altamente patriótica e que se felicita para que o país possa sair da paralisia”. A cimeira, que arrancara na quinta-feira, tinha sido suspensa para que os 135 membros do Conselho Nacional de Transição, um órgão parlamentar provisório estabelecido após a deposição do Governo do antigo Presidente François Bozizé, pudessem viajar de avião até à capital do Chade, N’Djamena. O afastamento de Michel Djoboti e dos seus aliados políticos no Governo era entendido como uma “condição essencial” para o arranque de negociações com vista à reconciliação nacional e o fim das hostilidades sectárias. “Claramente, a transição [de poder na RCA] não funcionou como se esperava. As autoridades que assumiram a responsabilidade pelo processo não foram capazes de responder às necessidades e às exigências dos centro-africanos e da comunidade internacional, nomeadamente na garantia da ordem e da segurança”, referiu o Presidente do Chade, Idriss Déby. Segundo as agências, a responsabilidade de escolher um novo Governo para a República Centro-Africana recai agora sobre os legisladores do Conselho Nacional de Transição. “O Conselho Nacional de Transição deverá estabelecer rapidamente uma alternativa provisória [de Governo], com o objectivo de organizar eleições antes do fim do ano”, observou o ministro da Defesa da França, Jean-Yves Le Drian. A antiga potência colonial fez deslocar um contingente militar de 1600 homens para a sua antiga colónia: nesta sexta-feira, os soldados franceses e as tropas de uma missão da União Africana montaram guarda ao palácio presidencial em Bangui e assumiram o controlo da segurança na capital – onde a notícia da demissão de Michel Djoboti foi celebrada com tiros. Além da França e dos países vizinhos – que sentiam já o impacto da crise humanitária provocada pelos combates na RCA – também as Nações Unidas tinham feito duras críticas à aparente indiferença e passividade de Djoboti e do seu executivo perante o alastramento da violência entre milícias cristãs e rebeldes muçulmanos, que obrigou mais de um milhão de pessoas (cerca de 20% da população do país) a fugir de casa. Desde Dezembro, já morreram mais de mil pessoas em ataques motivados por rivalidades étnicas mas sobretudo por divisões inter-religiosas, suscitadas pela tomada do poder pela rebelião muçulmana, concentrada no Norte da RCA e militarmente mais poderosa. As milícias anti-balaka, hostis ao presidente interino, assumiram o combate em nome da resistência cristã.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens violência comunidade humanitária
Elias, ex-jogador do Sporting, foi alvo de racismo
O futebolista foi chamado de “macaco” por um adversário na Taça Libertadores, mas pediu para não ser apresentada queixa. (...)

Elias, ex-jogador do Sporting, foi alvo de racismo
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 14 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-04-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: O futebolista foi chamado de “macaco” por um adversário na Taça Libertadores, mas pediu para não ser apresentada queixa.
TEXTO: O médio Elias, antigo jogador do Sporting e que actualmente joga nos brasileiros do Corinthians, foi alvo de um acto racista protagonizado pelo defesa central Cristian González, do clube uruguaio Danúbio, durante um jogo da Taça dos Libertadores da América, equivalente à Liga dos Campeões na América do Sul, disputado na quarta-feira, no Itaquerão. Segundo denunciaram os colegas de equipa de Elias, este terá sido chamado de “macaco” após a falta que deu origem ao primeiro golo do emblema brasileiro. Indignado, o jogador teve que ser agarrado pelos colegas e adversários para não agredir González. Apesar da reacção, o camisola 7 do Corinthians pediu para que o clube não apresentasse queixa. A partida terminou com o triunfo do Corinthians por 4-0. Elias jogou no Sporting entre 2011 e 2013 e foi a contratação mais cara da história do clube “leonino” que, em 2011, pagou 8, 85 milhões de euros pelo brasileiro ao Atlético de Madrid. Em Abril de 2014, o Sporting vendeu os 50% dos direitos económicos do jogador que detinha por 4 milhões de euros.
REFERÊNCIAS:
Muhammadu Buhari eleito Presidente da Nigéria
Pela primeira vez, a oposição chega ao poder pela via democrática. Goodluck Jonathan e o partido que governa o país desde 1999 foram derrotados. (...)

Muhammadu Buhari eleito Presidente da Nigéria
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 14 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-05-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: Pela primeira vez, a oposição chega ao poder pela via democrática. Goodluck Jonathan e o partido que governa o país desde 1999 foram derrotados.
TEXTO: Não foi preciso esperar pelo último boletim, mas quase: depois de apurados os votos de 33 dos 36 estados e ainda da capital federal Abuja, o partido de oposição Congresso Progressista (APC, na sigla em inglês) declarou vitória nas disputadas eleições presidenciais da Nigéria, e cumprimentou o seu candidato, Muhammadu Buhari, como o novo chefe de Estado – o antigo general, que governou o país com mão de ferro, já tinha aberto uma diferença de quase três milhões de votos para o seu adversário Goodluck Jonathan, que assim falha a reeleição. E menos de uma hora mais tarde, a vitória já era oficial. A contagem definitiva, anunciada pela Reuters, atribuiu 15, 4 milhões de votos a Muhammadu Buhari, contra os 13, 3 milhões obtidos pelo Presidente candidato a um novo mandato, Goodluck Jonathan. Os resultados consagram um feito inédito na História da Nigéria: pela primeira vez, a oposição chega ao poder pela via democrática, depois da realização de eleições livres. No entanto, cumprindo a tradição, a votação foi marcada por incidentes e alegações de fraude – ainda antes do arranque da contagem, ambas as candidaturas já levantavam dúvidas sobre a legitimidade dos resultados. O APC tinha prometido cautela e moderação até ao anúncio definitivo dos resultados pela Comissão Eleitoral Independente. Na segunda-feira à noite, com três quartos dos votos contados, o partido prenunciava um resultado histórico mas evitava declarações. “Sabíamos que tínhamos os números, mas tendo em conta o Governo que temos, resolvemos esperar e certificarmo-nos que os resultados não eram manipulados”, alfinetou um dos porta-vozes da campanha de Buhari, Garba Shehu, citado pelo The New York Times. Mas quando a distância que separava os dois candidatos se tornou intransponível, a prudência foi esquecida. “É mais do que óbvio que ganhámos. Vamos para a sede do partido, onde o nosso candidato presidencial se prepara para declarar vitória”, informou o mesmo responsável, convocando os jornalistas para o quartel-general do APC em Abuja. Nessa altura, estavam contados os votos de Lagos, a maior cidade e principal entreposto comercial da Nigéria, de Kano, o segundo maior centro urbano e também de Abuja, a cidade que foi construída para albergar a capital federal do país. A apuração estava quase fechada no delta do Níger, território propício ao PDP do Presidente Goodluck Jonathan e onde a campanha de Buhari apresentou queixa por suspeita de intimidação de eleitores e fraudes na votação. O presidente da Comissão Eleitoral Independente, Attahiru Jega, admitiu que “as eleições não foram perfeitas em todo o lado, mas nas irregularidades detectadas não se encontraram razões substanciais para invalidar o resultado”. De acordo com a imprensa nigeriana, Jonathan concedeu a derrota e telefonou ao seu adversário para o felicitar pela eleição quando ainda se esperava pela contagem do estado de Borno, o coração da insurreição islamista do Boko Haram. “Ligou às cinco horas menos cinco minutos a cumprimentar Buhari pela vitória”, informou o porta-voz do APC, Lai Mohammed. O gesto, declarou, faz de Jonathan um “herói nacional”. “Havia receios de que ele não aceitasse a derrota”, lembrou. O reconhecimento dos resultados, e o comportamento democrático do Presidente, esvaziam “dramaticamente” a tensão no país – “Quem procurar fomentar a instabilidade a partir daqui, terá de o fazer em nome próprio”, frisou Mohammed. Os resultados eleitorais abrem o caminho para outra novidade na política nigeriana: o estabelecimento de um sistema bipartidário, que poderá servir de exemplo e inspiração para outros países africanos. Depois da independência, de sucessivos golpes militares e do fim do regime autocrático, em 1999, só um partido governou a Nigéria – o Partido Popular Democrático (PDP) de Goodluck Jonathan. Mas a transição do poder será um desafio, tanto para Buhari como para o PDP. O facto de o anúncio dos resultados ter motivado cânticos e dança, em vez de violência, foi apontado como um primeiro bom sinal: em 2011, a rivalidade eleitoral não terminou após a votação, e converteu-se em violência, que fez mais de 800 vítimas após a contagem. O Presidente Goodluck Jonathan, um antigo professor de zoologia com 57 anos e pouco carisma, não resistiu ao desgaste político provocado pela violência e expansão territorial do Boko Haram, à sucessão de escândalos de corrupção que afectaram o seu Governo e à crise económica decorrente da queda do preço do petróleo, a principal fonte de riqueza do país (representa 70% das receitas do Estado e corresponde a 35% do Produto Interno Bruto). Vários analistas políticos atribuem o voto na mudança mais como uma manifestação de repúdio do actual Governo do que uma preferência pelas políticas do APC ou a liderança militar de Muhammadu Buhari, descrito pelo The New York Times como um “convertido tardio” à democracia.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave violência
Pelo menos 50 mortos em várias explosões na Nigéria
Maiduguri, no nordeste do país, sofreu uma série de explosões em locais públicos. Suspeita-se de uma acção do Boko Haram. (...)

Pelo menos 50 mortos em várias explosões na Nigéria
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 14 | Sentimento -0.16
DATA: 2015-05-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: Maiduguri, no nordeste do país, sofreu uma série de explosões em locais públicos. Suspeita-se de uma acção do Boko Haram.
TEXTO: Várias explosões ocorridas no final da manhã deste sábado mataram pelo menos 50 pessoas e feriram mais de cem em Maiduguri, uma cidade no nordeste da Nigéria. Suspeita-se de uma acção do grupo radical islâmico Boko Haram, autor de vários atentados da mesma natureza nesta região do país. Não existem ainda números oficiais para os atentados e os relatos divergem. Sabe-se, contudo, que terão sido mais do que três explosões em locais diferentes. Pelo menos dois mercados foram atingidos. A BBC fala mesmo em cinco explosões ao curso de três horas – uma delas teve como alvo uma paragem de autocarros. A AFP – que fala de três explosões apenas, tal como a Aljazeera e Reuters – avança que foram até ao momento registados 58 mortos e 139 feridos. Maiduguri, a cidade atingida, é a capital da região do Borno – onde se concentram as actividades do Boko Haram – e a maior cidade do nordeste do país. Os extremistas do Boko Haram chegaram a ocupá-la em 2014. Desde então têm-se repetido os ataques do grupo à cidade. De acordo com a Aljazeera, o Boko Haram pretende fazer de Maiduguri a capital do seu autoproclamado califado. Nos últimos meses, o grupo radical tem sido expulso de algumas cidades na região do Borno, sobretudo devido a ofensivas conjuntas dos exércitos do Chade e da Nigéria. O exército chadiano, considerado o melhor preparado na região, tem sido avançado como uma peça fundamental nestas ofensivas.
REFERÊNCIAS:
Tempo sábado
Nigéria reivindica morte de 300 combatentes do Boko Haram
Ofensiva levou à recuperação de 11 cidades e aldeias desde o início da semana, segundo o Exército. (...)

Nigéria reivindica morte de 300 combatentes do Boko Haram
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 14 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-05-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: Ofensiva levou à recuperação de 11 cidades e aldeias desde o início da semana, segundo o Exército.
TEXTO: O Exército nigeriano anunciou ter matado mais de 300 combatentes do Boko Haram e ter recuperado 11 cidades e aldeias desde o início da semana, entre as quais Monguno, no estado de Borno, Nordeste, tomada a 25 de Janeiro pelo grupo islamista. “Mais de 330 terroristas foram mortos e um punhado de outros foram capturados”, declarou o porta-voz do Ministério da Defesa, Chris Olukolade, citado pelas agência noticiosas. O Exército perdeu dois soldados e dez outros foram feridos, acrescentou. A operação de reconquista teve apoio aéreo. As baixas das forças militares nigerianas não foram confirmadas por qualquer fonte independente, assinala a AFP. Atentados-suicidas atribuídos a islamistas estão também a provocar inúmeros mortos. Na terça-feira morreram 36 pessoas em Yamarkumi, perto de Biu, no Nordeste, segundo fonte hospitalar. No mesmo dia, um kamikaze fez-se explodir num restaurante em Potiskum, capital económica do estado de Yobe, causando a morte de duas pessoas e ferimentos graves em treze. O Boko Haram promete impedir a realização das eleições gerais que estavam previstas para 14 de Fevereiro e foram adiadas para 28 de Março devido aos ataques do grupo islamista . “Esta eleição não se realizará mesmo que sejamos mortos. Mesmo que não estejamos vivos, Alá não a vai permitir”, disse o líder, Abubakar Shekau, num vídeo divulgado na terça-feira na rede social Twitter. O grupo islamista controla vastas áreas do Nordeste da Nigéria e estendeu os seus ataques a três países vizinhos – Camarões, Níger e Chade. Estes países mobilizaram tropas para combater o Boko Haram e o Chade interveio em solo nigeriano. No Sul do país, houve também na terça-feira um episódio de violência associado à campanha eleitoral. Uma explosão e tiros interromperam um encontro do principal partido da oposição em Okrika, cidade do estado petrolífero de Rivers. Um polícia foi morto e quatro ficaram feridos, tal como um jornalista, que foi apunhalado.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte violência social morto
Quénia bombardeia bases da Al-Shabab na Somália
Raides concentraram-se em áreas próximas da fronteira. Ataque surge em resposta ao massacre na Universidade de Garissa. (...)

Quénia bombardeia bases da Al-Shabab na Somália
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 14 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Raides concentraram-se em áreas próximas da fronteira. Ataque surge em resposta ao massacre na Universidade de Garissa.
TEXTO: A Força Aérea do Quénia bombardeou na manhã desta segunda-feira duas bases da Al-Shabab na vizinha Somália. O ataque é a primeira resposta ao massacre na Universidade de Garissa, em que foram mortas 148 pessoas. O início da operação militar foi confirmado à BBC pelo porta-voz das Forças de Defesa do Quénia, David Obonyo, mas não foram dados mais pormenores. Uma fonte militar disse à Reuters que os bombardeamentos se concentraram em duas bases ligadas ao grupo islamita, em Gondodowe e Ismail, ambos na região de Gedo, na fronteira com o Quénia. Não foi dada qualquer estimativa no que respeita ao número de baixas devido à pouca visibilidade causada pelas nuvens. É a partir das duas instalações perto da fronteira queniana que os comandos terroristas têm penetrado no país, segundo as informações recebidas pelo exército. Na quinta-feira, atiradores ligados à Al-Shabab entraram no campus da Universidade de Garissa, onde foram matando os estudantes cristãos que encontravam. O sequestro de 12 horas saldou-se pela morte de 148 pessoas e chocou o país. O incidente levantou também questões relacionadas com as condições de segurança, numa altura em que eram públicos os receios de que um ataque do género estivesse iminente. A polícia deteve cinco suspeitos de terem participado no ataque, incluindo uma pessoa que foi identificada como um dos guardas da universidade. As forças de segurança confirmaram igualmente que um dos autores do ataque – que foi abatido durante a operação policial – era um jovem licenciado em direito, filho de um governante provincial e tinha tentado viajar para a Síria, tendo acabado por se juntar à Al-Shabab. O grupo ligado à Al-Qaeda ameaçou continuar na senda dos ataques no Quénia, dizendo que vai lançar “uma guerra longa e terrível”. O Presidente do Quénia, Uhuru Kenyatta, garantiu responder ao ataque “da forma mais severa possível”. O Quénia tem uma longa história de intervenções militares no país vizinho, onde a Al-Shabab está fortemente implantada. Desde 2007 que o exército queniano participa na missão de cerca de 22 mil homens da União Africana na Somália que tem o objectivo principal de “reduzir a ameaça colocada pela Al-Shabab e outros grupos armados oposicionistas” e apoiar o Governo internacionalmente reconhecido de Mogadíscio. O grupo islamita justificou o ataque à universidade precisamente pela participação do Quénia na missão militar na Somália. A mesma justificação foi dada depois do ataque que matou 67 pessoas no Centro Comercial de Westgate, em Nairobi, em 2013. Ataques aéreos semelhantes foram realizados em Junho do último ano pelo Quénia. O correspondente da BBC em Nairobi escrevia que a crença generalizada é a de que os bombardeamentos servem apenas para mostrar à opinião pública que o Governo queniano está a tentar responder à ameaça colocada pela Al-Shabab e que os seus efeitos práticos serão muito limitados. Em 2011, o Quénia lançou a mais vasta operação militar, denominada Linda Nchi, no Sul da Somália em retaliação pelo rapto de vários turistas e trabalhadores humanitários pela Al-Shabab. Na altura, a decisão de Nairobi foi vista como “apressada” e os EUA e o Reino Unido tentaram demover o Governo queniano de intervir, receando um aumento do desejo de retaliação do grupo terrorista. Num artigo publicado no site da CNN, o professor de Segurança Internacional na Universidade de Birmingham, Stefan Wolff, notava que o confronto militar não é suficiente para conter a Al-Shabab e a sua influência na região. “Não haverá nenhuma solução duradoura para os amplos problemas de segurança da região sem um esforço abrangente e concertado para resolver os problemas de exclusão de que sofrem os cidadãos dos países ameaçados pela Al-Shabab.
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Entidades EUA
A camisola da Nigéria para o Mundial já é um sucesso
O Campeonato do Mundo de Futebol de 2018 será disputado na Rússia, entre 14 de Junho e 15 de Julho. A selecção nigeriana vai enfrentar no Grupo D a Croácia, a Islândia e a Argentina. (...)

A camisola da Nigéria para o Mundial já é um sucesso
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 14 | Sentimento 0.3
DATA: 2018-05-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Campeonato do Mundo de Futebol de 2018 será disputado na Rússia, entre 14 de Junho e 15 de Julho. A selecção nigeriana vai enfrentar no Grupo D a Croácia, a Islândia e a Argentina.
TEXTO: A camisola do equipamento oficial da selecção da Nigéria para o Campeonato do Mundo de 2018, produzido pela Nike, já teve três milhões de encomendas mesmo antes de o torneio começar, de acordo com a Federação Nigeriana de Futebol (NFF, na sigla em inglês). O número de encomendas terá sido revelado pela Nike durante uma reunião com a NFF na sede europeia da marca desportiva em Amesterdão. Porém, a Nike ainda não confirmou oficialmente este número. O equipamento da selecção nigeriana, que tem sido descrito pelos adeptos como "impressionante", estará disponível no mercado a partir desta terça-feira, segundo o site de notícias Quartz. Caso sejam vendidas, de facto, três milhões de camisolas, será batido o recorde de vendas de uma equipa africana e até mesmo de alguns dos maiores clubes de futebol do mundo. Em 2016, o Manchester United, considerado um dos três maiores clubes do mundo com base nas receitas e no número de adeptos, vendeu 2, 8 milhões de réplicas de camisolas do clube. Porém, o preço da camisola oficial da selecção nigeriana, que custa 85 dólares (72, 9 euros ao câmbio actual), faz com que esta não esteja ao alcance da maioria das pessoas naquele país que não têm capacidade financeira para a comprar. Uma grande parte das encomendas provêm de fora, de vários pontos do mundo, nomeadamente da diáspora nigeriana ou de adeptos que, podendo não ser obrigatoriamente nigerianos, apoiem essa selecção ou sejam admiradores da moda desportiva. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Já os adeptos nigerianos recorrem, muitas vezes, à contrafacção com camisolas à venda em lojas locais e online por um terço do preço. O presidente da Federação Nigeriana de Futebol, Shehu Dikko, apelou aos adeptos para não comprarem camisolas falsificadas e explicou ao site desportivo Kwese ESPN que a contrafacção tem impacto no estabelecimento de patrocínios com os fabricantes. "As pessoas que vão criticar a NFF por não conseguir um chamado acordo de grande patrocínio do equipamento são as mesmas que vão minar a nossa capacidade de o fazermos ao comprarem as camisolas contrafeitas", esclareceu. O equipamento da selecção nigeriana para o Mundial de 2018 ("Super Águias", como é conhecida a equipa) evoca aos tempos áureos do país no futebol, com um design inspirado nos equipamentos utilizados nos Jogos Olímpicos de 1996, em Atlanta, quando a Nigéria se tornou o primeiro país africano a conquistar a medalha de ouro no futebol e no Campeonato do Mundo de 1994, nos Estados Unidos, a primeira vez que o país se qualificou para a fase final da competição. A camisola principal apresenta um padrão em forma de "V" em tons de verde-claro, preto e branco. No Campeonato do Mundo de 2018, que será disputado na Rússia de 14 de Junho a 15 de Julho, a Nigéria vai enfrentar a Croácia, a Islândia e a Argentina na fase de grupos.
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano
Ministério Público abre inquérito a agressão racista no Porto
Inquérito está a correr no Departamento de Investigação e Acção Penal do Porto, confirma Procuradoria-Geral da República ao PÚBLICO. (...)

Ministério Público abre inquérito a agressão racista no Porto
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 14 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-06-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: Inquérito está a correr no Departamento de Investigação e Acção Penal do Porto, confirma Procuradoria-Geral da República ao PÚBLICO.
TEXTO: O Ministério Público abriu um processo de investigação à agressão racista a jovem colombiana de 21 anos na paragem de autocarros do Bolhão, na noite de 24 de Junho, por um segurança da empresa 2045 que fiscaliza a STCP (Sociedade de Transportes Colectivos do Porto). Depois de os partidos como PCP, PS, BE e PSD terem pedido ao Governo explicações sobre o que aconteceu, e da queixa-crime ter sido feita pela própria jovem na esquadra da PSP no dia 24, a Procuradoria-Geral da República confirmou esta tarde ao PÚBLICO que já foi aberto um inquérito. Nicol Quinayas, jovem colombiana de 21 anos de idade, que vive em Portugal desde os cinco, acusou o fiscal de a agredir brutalmente e de ter proferido insultos racistas como “Tu aqui não entras, preta de merda!" Várias testemunhas confirmam-no. Diz também que os polícias que se deslocaram à paragem de autocarros onde tudo aconteceu não a identificaram. Conta que apenas falaram com o fiscal. De facto, a PSP só elaborou o auto do acontecimento no local três dias depois. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. O segurança da empresa que faz a fiscalização dos autocarros da STCP é visto num vídeo que está a circular na Internet com os joelhos em cima do corpo da jovem, a imobilizar-lhe o braço. Há sangue no chão. Membros da Equipa de Prevenção e Reacção Imediata da PSP deslocaram-se ao local. Numa nota enviada às redacções na quinta-feira à noite, o Ministério da Administração Interna (MAI) afirmou, como tinha dito ao PÚBLICO, que a Inspecção-Geral da Administração Interna pediu à Direcção Nacional da PSP para averiguar o que se passou, através de um processo administrativo. Por sua vez, a PSP diz que foi aberto um processo de averiguação interno. O ministro da da Administração Interna, Eduardo Cabrita, diz que "não tolerará fenómenos de violência nem manifestações de cariz racista ou xenófobo".
REFERÊNCIAS:
Partidos PS PSD PCP BE
Ministério Público acusa agentes da PSP de racismo, ódio, tortura e sequestro
Em causa está a detenção de cinco jovens da Cova da Moura em 2015. MP vai acusar, no total, 18 agentes da PSP. Os arguidos encontram-se sujeitos a termo de identidade e residência. (...)

Ministério Público acusa agentes da PSP de racismo, ódio, tortura e sequestro
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 14 | Sentimento 0.0
DATA: 2017-07-17 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20170717050633/https://www.publico.pt/1778652
SUMÁRIO: Em causa está a detenção de cinco jovens da Cova da Moura em 2015. MP vai acusar, no total, 18 agentes da PSP. Os arguidos encontram-se sujeitos a termo de identidade e residência.
TEXTO: O Ministério Público (MP) acusa 18 agentes da PSP de crimes de tortura, sequestro, injúria, ofensa à integridade física qualificada. Estes crimes têm a agravante de terem sido motivados pelo ódio e pelo racismo contra seis jovens da Cova da Moura, noticia o Diário de Notícias (DN), que diz que esta é uma acusação "sem precedentes" em Portugal. A Procuradoria-Geral distrital de Lisboa divulgou um comunicado esta terça-feira com a acusação. No documento, lê-se a confirmação da acusação a 18 agentes da PSP "pela prática dos crimes de falsificação de documento agravado, denúncia caluniosa, injúria agravada, ofensa à integridade física qualificada, falsidade de testemunho, tortura e outros tratamentos cruéis, degradantes ou desumanos e sequestro agravado". Os arguidos encontram-se sujeitos a termo de identidade e residência, acrescenta a nota. "No essencial está indiciado que os agentes da PSP, em Fevereiro de 2015, com grave abuso da função e violação dos deveres que lhes competiam, fizeram constar de documentos factos que não correspondiam à verdade, praticaram actos e proferiram expressões que ofenderam o corpo e a honra dos ofendidos, prestaram declarações que igualmente não correspondiam à verdade e privaram-nos da liberdade", detalha a Procuradoria-Geral distrital de Lisboa. Ao PÚBLICO, já na manhã desta terça-feira, Flávio Almada, um dos jovens da direcção do Moinho da Juventude que foi agredido na esquadra de Alfragide, conta que ainda não teve acesso à acusação do MP. "É um bom começo, mas é preciso esperar pelo julgamento terminar", diz. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Em causa está a detenção de cinco jovens, no dia 5 de Fevereiro de 2015, quando, segundo dizem, iam tentar saber informações sobre um habitante da Cova da Moura que tinha sido preso nessa tarde no bairro. Os jovens relataram que os agentes da PSP proferiram discursos de ódio racial, enquanto os violentavam e que incluíam frases como: “Disseram que nós, africanos, temos de morrer”, “vocês têm sorte que a lei não permite, senão seriam todos executados” ou “deviam alistar-se no Estado Islâmico”. Agora, segundo o DN, e depois de uma investigação da Unidade Nacional de Contraterrorismo da Polícia Judiciária, o MP vai mesmo avançar para a acusação formal. Alguns polícias serão também visados por crimes de falsificação de relatórios, de autos de notícia e de testemunho relativamente ao mesmo caso. De entre o grupo de agentes está um chefe, e uma subcomissária que, juntamente com uma agente, são acusadas de crimes de omissão de auxílio e denúncia. Desta forma, o MP acredita que todos os presentes na esquadra na noite do sucedido participaram ou colaboraram com os crimes. Os processos contra os jovens, interpostos pela polícia, foram também arquivados. Por seu lado, a polícia, na altura, deu uma versão contraditória dos factos: acusou o jovem inicialmente preso de os atacar com pedras e aos jovens de terem tentado “invadir” a esquadra. Dois dos jovens pertencem à direcção do Moinho da Juventude, projecto comunitário que existe há 30 anos na Cova da Moura e já recebeu diversos prémios como o de Direitos Humanos da Assembleia da República.
REFERÊNCIAS:
Entidades PSP
Documentários do PÚBLICO sobre racismo na corrida ao prémio Gabriel Garcia Marquez
Joana Gorjão Henriques, Frederico Batista e Sibila Lind são nomeados na categoria Imagem. (...)

Documentários do PÚBLICO sobre racismo na corrida ao prémio Gabriel Garcia Marquez
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 14 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-10-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: Joana Gorjão Henriques, Frederico Batista e Sibila Lind são nomeados na categoria Imagem.
TEXTO: Os documentários feitos para a série Racismo à Portuguesa publicados pelo PÚBLICO são candidatos ao Prémio de Jornalismo Gabriel García Márquez, na categoria Imagem. O júri avaliou trabalhos de 24 países ibero-americanos e nomeou, entre outros trabalhos, os documentários da jornalista Joana Gorjão Henriques e do jornalistas multimédia, Frederico Batista, nos quais colaborou também a jornalista multimédia Sibila Lind. Os nomeados portugueses têm como concorrentes trabalhos de jornalistas espanhóis, brasileiros e colombianos, publicados em órgãos de comunicação tão diversos como New York Times, Globo News, AFP, 5W, Revista Anfibia, O Globo, Pacifista e Agência Pública. O trabalho Racismo à Portuguesa é a segunda parte da série Racismo em Português. Neste segundo trabalho, os jornalistas olharam para as desigualdades ao nível da habitação, do emprego ou da educação. Entre os nomeados está também o trabalho do jornalista português Ricardo J. Rodrigues, com um trabalho publicado na Notícias Magazine. Está nomeado na categoria Texto. Nesta sexta edição do Prémio de Jornalismo Gabriel García Márquez (ou Prémio Gabo, nome pelo qual o jornalista e escritor colombiano era conhecido entre amigos) estiveram a concurso 1714 trabalhos, de entre os quais foram nomeados 40 trabalhos – dez para cada uma das quatro categorias: Imagem, Texto, Cobertura e Inovação. Os vencedores serão anunciados a 4 de Outubro, durante o Festival Gabo, numa cerimónia em Medellín, Colômbia. De entre os dez nomeados em cada categoria serão escolhidos três finalistas. Cada um destes recebe cerca de 1700 euros como prémio (seis milhões de pesos colombianos). Os vencedores recebem cerca de 9300 euros (aproximadamente 33 milhões de pesos colombianos). A lista completa de nomeados está disponível na página do concurso. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. A série Racismo à Portuguesa está também nomeada para o Prémio de Jornalismo Direitos Humanos & Integração, cujos finalistas foram igualmente conhecidos nesta quinta-feira. Para além dela, constam mais três trabalhos do PÚBLICO: Crianças sem documentos e com “a vida em suspenso” de Joana Gorjão-Henriques, A vida normal dos Cottim, uma família com a voz nas mãos da jornalista Mariana Correia Pinto e do fotojornalista Manuel Roberto, todos na categoria Imprensa Escrita e O Mundo de Jó, por Sibila Lind, na categoria Multimédia. O Prémio de Jornalismo Direitos Humanos & Integração é atribuído em conjunto pela UNESCO e pela Secretaria Geral da Presidência do Conselho de Ministros. O melhor trabalho recebe um prémio no valor de 10 mil euros.
REFERÊNCIAS:
Entidades UNESCO