Dez mortos em ataque da milícia terrorista Al-Shabab ao Parlamento da Somália
Grupo ligado à Al-Qaeda tem aumentado os atentados em Mogadíscio - diz que o edifício é um alvo militar. (...)

Dez mortos em ataque da milícia terrorista Al-Shabab ao Parlamento da Somália
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 14 | Sentimento -0.1
DATA: 2014-05-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: Grupo ligado à Al-Qaeda tem aumentado os atentados em Mogadíscio - diz que o edifício é um alvo militar.
TEXTO: Pelo menos dez pessoas morreram ontem devido à explosão de dois carros armadilhados nas proximidades do Parlamento de Mogadíscio, a capital da Somália. Os atentados foram reivindicados pela milícia terrorista islâmica Al-Shabab, cujos homens atacaram de seguida o edifício — os combates, entre os islamistas e a polícia somali auxiliada por tropas da União Africana, prosseguiam ao início da noite. “Somos os responsáveis pelo ataque suicida, pelas explosões e pela troca de tiros no interior do chamado Parlamento somali — e os combates prosseguem lá dentro”, disse à agência Reuters o porta-voz da Al-Shabab para as operações militares, Sheik Abdiasis Abu Musab. Na altura dos ataques, decorria no Parlamento uma sessão plenária. “Os deputados e outros funcionários foram resgatados assim que o [primeiro] carro explodiu. Mas os terroristas continuam a disparar a partir de uma mesquita localizada nas proximidades”, disse o coronel Farah Hussein. “O inimigo tem acesso a todos os lugares”, disse à Associated Press o deputado Mohamed Nor, criticando o Exército pela sua incapacidade de proteger o Parlamento. Um porta-voz da Al-Shabab disse à AFP que o Parlamento é um alvo militar. “Este pseudo-parlamento é considerado por nós uma zona militar. Os nossos combatentes estão a realizar uma operação sagrada”. As autoridades somalis têm lutado contra a milícia Al-Shabab, tendo conseguido expulsá-las da capital, Mogadíscio, em 2011. Ainda assim, a organização, que tem ligações à rede terrorista Al-Qaeda, continua a controlar várias zonas rurais do país e a fazer incursões constantes na capital. Os ataques da Al-Shabab têm aumentado de frequência nos últimos tempos — em Fevereiro, o palácio presidencial foi atacado seguindo o mesmo método utilizado no ataque de ontem, com explosões de carros armadilhados e entrada de homens armados no edifício; no mesmo mês, pelo menos seis pessoas foram mortas na explosão de um carro armadilhado contra uma caravana das Nações Unidas — outro alvo preferencial da Al-Shabab — à entrada do aeroporto de Mogadíscio. A Somália vive uma guerra interna que opõe o Exército e a milícia Al-Shabab. O país esteve duas décadas sem uma representação parlamentar contínua, desde o colapso do Governo, em 1992. O Parlamento Federal da Somália foi formado em Agosto de 2012, como parte do processo de transição no país. No país está uma missão da União Africana (a Amisom) que é uma força de paz mas com capacidade de intervenção. Nos últimos três anos esta missão fez alguns progressos, expulsando a Al-Shabab de posições que ainda controlava em Mogadíscio e reconquistando outras grandes cidades que estavam sob o controlo da milícia, como Kismayo e Baidoa.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens guerra ataque
Resposta a insulto racista? Dani Alves comeu banana atirada da bancada
O defesa brasileiro Dani Alves comeu no domingo uma parte de uma banana que lhe foi atirada das bancadas, quando marcava um canto durante a vitória por 3-2 do FC Barcelona em Villarreal, na 35. ª jornada da Liga espanhola de futebol. Quando os adeptos lhe atiraram uma banana, num acto tido como racista, Alves apanhou-a do chão e deu uma dentada antes de prosseguir a marcação do canto. “Reação completamente brilhante de Alves. Tratou da ofensa racista com total desdém”, escreveu no Twitter o antigo internacional inglês Gary Lineker, que jogou pelo FC Barcelona. Dani Alves recebeu também o apoio do colega de equipa... (etc.)

Resposta a insulto racista? Dani Alves comeu banana atirada da bancada
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 14 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-04-28 | Jornal Público
TEXTO: O defesa brasileiro Dani Alves comeu no domingo uma parte de uma banana que lhe foi atirada das bancadas, quando marcava um canto durante a vitória por 3-2 do FC Barcelona em Villarreal, na 35. ª jornada da Liga espanhola de futebol. Quando os adeptos lhe atiraram uma banana, num acto tido como racista, Alves apanhou-a do chão e deu uma dentada antes de prosseguir a marcação do canto. “Reação completamente brilhante de Alves. Tratou da ofensa racista com total desdém”, escreveu no Twitter o antigo internacional inglês Gary Lineker, que jogou pelo FC Barcelona. Dani Alves recebeu também o apoio do colega de equipa Neymar: "Somos todos iguais, somos todos macacos. Racismo não", escreveu o compatriota no Twitter. “Há que brincar com estes atrasados. Já estou em Espanha há 11 anos”, disse Dani Alves, no final do encontro. O próprio jogador brincou no vídeo com a situação, publicando o vídeo e comentando: “O meu pai sempre me disse: ‘Meu pai sempre me falava: filho come banana que evita cãibra’. ”O episódio de domingo já gerou uma onda de solidariedade nas redes sociais.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filho racismo racista
LA Clippers perdem após escândalo racista
Um fim-de-semana turbulento agravou-se no domingo para os Los Angeles Clippers, que perderam com os Golden State Warriors, por 118-97, ficando empatados nos play-offs da NBA (2-2). A eliminatória regressa agora para Los Angeles para o quinto jogo, na terça-feira, sem qualquer informação até o momento sobre a presença do dono da equipa, Donald Sterling, após a divulgação de um áudio com declarações racistas que seriam do dirigente desportivo. Sterling não compareceu à partida de domingo. O escândalo rebentou quando o site TMZ divulgou o áudio de uma suposta conversa de Sterling com sua namorada - conhecida apenas ... (etc.)

LA Clippers perdem após escândalo racista
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 14 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-04-28 | Jornal Público
TEXTO: Um fim-de-semana turbulento agravou-se no domingo para os Los Angeles Clippers, que perderam com os Golden State Warriors, por 118-97, ficando empatados nos play-offs da NBA (2-2). A eliminatória regressa agora para Los Angeles para o quinto jogo, na terça-feira, sem qualquer informação até o momento sobre a presença do dono da equipa, Donald Sterling, após a divulgação de um áudio com declarações racistas que seriam do dirigente desportivo. Sterling não compareceu à partida de domingo. O escândalo rebentou quando o site TMZ divulgou o áudio de uma suposta conversa de Sterling com sua namorada - conhecida apenas pela inicial V e o sobrenome Stiviano e que, aliás, é descendente de negros e mexicanos. O dirigente terá sido ouvido a criticar V. Stiviano por publicar uma foto dela ao lado do lendário Magic Johnson na rede social Instagram. "Chateia-me que queiras mostrar a tua associação a negros. Tens mesmo de o fazer", diz a voz atribuída a Sterling no áudio. "Podes 'dormir' com eles [os negros], podes levá-los para casa, fazer o que quiseres. Só estou a pedir-te para não fazeres publicidade disso e não os trazer para os meus jogos", acrescenta. "Nos teus Instagrams nojentos, não precisas de aparecer ao lado de negros", completa. Vários ex-jogadores e actuais estrelas exigiram duras sanções da NBA contra o proprietário mais antigo da Liga, até porque esta não é a primeira polémica protagonizada por Sterling. Ele é presidente do Clippers desde 1981. O presidente americano, Barack Obama, qualificou o dono dos Los Angeles Clippers como ignorante. "Não acho que deva interpretar essas declarações. Elas falam por si só", afirmou Obama, de Kuala Lumpur, onde o primeiro Presidente negro dos Estados Unidos está em visita oficial.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave negro social
Como ajudar a Somália?
A pior seca dos últimos 60 anos está a deixar em risco cerca de 12 milhões de pessoas no Corno de África. Na Somália, mais de 3000 pessoas atravessam todos os dias a fronteira para a Etiópia ou o Quénia, em busca de ajuda. As Nações Unidas declararam formalmente a existência de fome em duas regiões do Sul do país. É uma corrida contra o tempo, a mais grave tragédia humanitária no mundo, garante o Alto Comissariado da ONU para os refugiados. Várias organizações lançaram campanhas, em todo o mundo. Eis como pode ajudar: (...)

Como ajudar a Somália?
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 9 Africanos Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-07-21 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20110721150803/http://www.publico.pt/Mundo/como-ajudar-a-somalia_1503980
SUMÁRIO: A pior seca dos últimos 60 anos está a deixar em risco cerca de 12 milhões de pessoas no Corno de África. Na Somália, mais de 3000 pessoas atravessam todos os dias a fronteira para a Etiópia ou o Quénia, em busca de ajuda. As Nações Unidas declararam formalmente a existência de fome em duas regiões do Sul do país. É uma corrida contra o tempo, a mais grave tragédia humanitária no mundo, garante o Alto Comissariado da ONU para os refugiados. Várias organizações lançaram campanhas, em todo o mundo. Eis como pode ajudar:
TEXTO: - A Unicef em Portugal (www. unicef. pt) está a recolher fundos, os donativos podem ser feitos no site ou nas caixas multibanco. Selecciona-se “Transferências”, depois “Ser solidário” e finalmente “Unicef”. Para efeitos fiscais, escolhe-se depois a opção “Factura” e introduz-se o número de contribuinte. Também podem ser enviados cheques para a morada Comité Português para a UNICEF, Av. António Augusto de Aguiar, 21 - 3º Esquerdo 1069-115 Lisboa. Também é possível contribuir por telefone, através do número 760 501 501, chamada de valor acrescentado que custa 60 cêntimos. Ou fazer depósitos para a conta no banco Millenium BCP (NIB 0033 0000 5013 1901 2290 5)- O Comité Internacional da Cruz Vermelha também tem uma página na Internet dedicada à Somália onde se podem efectuar donativos (http://www. icrc. org/eng/where-we-work/africa/somalia/index. jsp)- O Alto Comissariado das Nações Unidas para os refugiados lançou, também na Internet, uma campanha para ajudar a Somália, à qual se pode aceder em http://www. unhcr. org/emergency/somalia/- O Programa Alimentar Mundial está a efectuar recolha de donativos para ajudar as vítimas da seca no Corno de África em http://www. wfp. org/crisis/horn-of-africa- A Oxfam (http://www. oxfam. org/eastafrica) também está a aceitar donativos para as vítimas da fome. - A Care lançou a sua campanha na página http://www. care. org/index. asp- Os Médicos sem Fronteiras recolhem também donativos em https://www. doctorswithoutborders. org/donate/
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave fome
ONU alerta: fome na Somália vai agravar até ao fim do ano
A crise alimentar no Corno de África vai continuar até ao final do ano e para a enfrentar é necessário mais dinheiro. Num relatório divulgado ontem, a agência da ONU que coordena a ajuda humanitária, a OCHA, sublinha que na Somália a fome vai piorar e que o envio de alimentos tem que continuar. (...)

ONU alerta: fome na Somália vai agravar até ao fim do ano
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 Animais Pontuação: 2 Africanos Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-07-29 | Jornal Público
SUMÁRIO: A crise alimentar no Corno de África vai continuar até ao final do ano e para a enfrentar é necessário mais dinheiro. Num relatório divulgado ontem, a agência da ONU que coordena a ajuda humanitária, a OCHA, sublinha que na Somália a fome vai piorar e que o envio de alimentos tem que continuar.
TEXTO: “Toda a região Sul vai sucumbir à fome”, diz o documento da OCHA, citada pela Reuters. É feito um apelo ao aumento dos donativos em mais 1400 milhões de dólares porque é preciso custear uma crise humanitária que “vai estar sempre em crescendo nos próximos quatro meses”. Segundo a ONU, nos meses de Agosto e Setembro é provável que faltem alimentos nos campos de refugiados. “As zonas identificadas como de maior risco nos próximos seis meses são o Sul e o Centro da Somália, o Sul e o Leste da Etiópia e os campos de refugiados no Djibuti, Quénia e Etiópia”, diz o documento. Etiópia e Quénia, prossegue a OCHA, deverão começar a sair do alerta vermelho perto do fim do ano. Na Somália — cujo Centro e Sul está debaixo do controlo da al-Shabab, organização islamista ligada à Al-Qaeda — não existe esse momento de recuperação devido aos “elevadíssimos níveis de subnutrição, às péssimas condições para o pastoreio e às colheitas, que estão muito abaixo do considerado normal”. O dramatismo que se vive na Somália — a al-Shabab não permite a entrada de ajuda humanitária nos territórios que controla — tem desviado os olhares dos outros países do Corno de África afectados pela fome. No Quénia, têm-se registado lutas violentas entre tribos fronteiriças (quenianas e somalis) e clãs da mesma tribo pela posse dos poucos recursos. No Nordeste do Quénia, habitado pelos turkana (nómadas pastores que dão nome à sua região), a Reuters dá conta de tiroteios iniciados devido ao roubo (ou tentativa de roubo) do gado ainda vivo. A maior parte dos turkana não usa moeda nem faz troca de produtos, alimentando-se de leite, sangue dos animais e frutos selvagens. “Perdemos muita gente nos últimos meses, muitas crianças e muitos idosos. Não os contamos porque a morte deles é uma vergonha para a nossa comunidade”, disse à Reuters o chefe da comunidade de Naporoto, que recusou dizer o seu nome.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU
Primeira ajuda humanitária para as vítimas da seca entrou na Somália
As Nações Unidas conseguiram fazer passar um primeiro combóio com ajuda humanitária para a região da Somália mais afectada pela seca e a fome, depois de receber autorização da guerrilha islâmica Al-Shabab, que controla o centro e o sul do país. (...)

Primeira ajuda humanitária para as vítimas da seca entrou na Somália
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 Africanos Pontuação: 12 | Sentimento 0.25
DATA: 2011-07-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: As Nações Unidas conseguiram fazer passar um primeiro combóio com ajuda humanitária para a região da Somália mais afectada pela seca e a fome, depois de receber autorização da guerrilha islâmica Al-Shabab, que controla o centro e o sul do país.
TEXTO: No início do mês, a guerrilha, que pertence à rede da Al Qaeda, apelara à ajuda de organizações muçulmanas e não muçulmanas. Porém, mantivera a poibição, que já dura há um ano, de entrada de qualquer tipo de auxílio no seu território. Levantaram agora essa proibição por dez dias. "Eles garantiram-nos que poderiamos chegar às pessoas que precisam mais de ajuda", disse à BBC online Rozanne Chorlton, da UNICEF, a agência das Nações Unidas para as crianças. Esta responsável garantiu que a UNICEF não fez qualquer pagamento às forças islamistas para entrar na região e disse esperar que surgissem outras autorizações no futuro. Segundo o Somalia Report, um site que tem denunciado a situação humanitária devido à seca e à guerra, a autorização para a entrada de ajuda da ONU é "uma tentativa da Al-Shabab de ganhar popularidade entre os somalis". Porém, a situação que se vive no país é crítica. Segundo as Nações Unidas, há nove milhões de somalis em situação de "emergência humanitária" e, só em Junho, 54 mil somalis abandonaram o país, refugiando-se no Quénia e na Etiópia, esta também a braços com a que é já a maior seca no Corno de África em 60 anos e que está a afectar dez milhões de pessoas. O grupo Al Shabab pretende derrubar o governo de transição do país, que tem o apoio da comunidade internacional, e instaurar um Estado muçulmano de corte wahhabita. O grupo domina um vasto território, o que tem impedido o auxílio internacional. Ainda ontem ao fim do dia, o Reino Unido anunciou um pacote de 52. 5 milhões de libras de ajuda à Somália, porém o Governo de Londres não negoceia com a Al Shabab, o que impede progressos no auxílio à população nos territórios que esta ocupa. O ministro da ajuda externa britânico, Andrew Mitchell, que está de visita ao campo de refugiados de Dadaab, no Quénia, confirmou isso mesmo: "Simplesmente não negociamos com eles". Ali, chegam em média, por dia, 1400 refugiados. "Mas temos que encontrar uma forma de fazer chegar as provisões que podem salvar vidas", acrescentou Mitchell.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU
Programa Alimentar Mundial inicia ponte aérea para levar ajuda à Somália
O Programa Alimentar Mundial (PAM) vai enviar alimentos por via aérea para a Somália, anunciou a directora da agência das Nações Unidas, Josette Sheeran. (...)

Programa Alimentar Mundial inicia ponte aérea para levar ajuda à Somália
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 Africanos Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-07-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Programa Alimentar Mundial (PAM) vai enviar alimentos por via aérea para a Somália, anunciou a directora da agência das Nações Unidas, Josette Sheeran.
TEXTO: Este vai ser o primeiro transporte aéreo de comida desde que as Nações Unidos declararam a fome em duas áreas da Somália, na semana passada. O ministro dos Negócios Estrangeiros somali, Mohamed Ibrahim, alertou durante o encontro de emergência em Roma que mais de 3, 5 milhões de pessoas “podem morrer de fome” no seu país. Um porta-voz do PAM na capital queniana Nairobi, David Orr, declarou à AFP que o avião deverá partir ao meio-dia. “Se não for hoje será na quarta-feira”, assegurou. O avião vai transportar 14 toneladas de alimentos altamente nutritivos, utilizados nos tratamentos contra a desnutrição infantil. Estão planeados outros voos para Mogadíscio nos próximos dias e também para outras cidades etíope de Dolo e queniana de Wajir, junto à fronteira com a Somália. Os islamistas, que controlam a maior parte da Somália, proibiram a entrada do PAM nas suas áreas. As milícias Al-Shabab, que terão ligações à al-Qaeda, acusaram as organizações de terem um cariz político e por isso interditam a passagem nos territórios que controlam. Josette Sheeran afirmou que a ajuda alimentar será enviada para a capital, Mogadíscio, onde o governo interino, apoiado por uma força de manutenção de paz da União Africana, controla apenas algumas partes da cidade. Sheeran também esteve presente na reunião de Roma, depois de ter visitado a capital somali e o campo de refugiados de Dadaab, no Quénia. “Vimos crianças chegarem tão fracas que muitas delas estavam num grave estado de malnutrição e com poucas possibilidades – menos de 40 por cento - de sobreviverem”, relatou a líder do Programa Alimentar Mundial. “Estamos a falar de vidas que têm de ser preservadas, e não de política. ” Dezenas de milhares de somalis têm fugido das áreas das Al-Shabab para Mogadíscio ou para os países vizinhos como o Quénia e a Etiópia, à procura de comida. Porém, o ministro dos Negócios Estrangeiros somali adiantou que as zonas com maiores necessidades são as controladas pelas milícias. O director da organização humanitária internacional Goal, John O’Shean, disse à BBC que a resposta das Nações Unidas à crise política na Somália apenas a agravou. O’Shean considera que o Conselho de Segurança deveria ter enviado forças de manutenção da paz para pôr fim aos conflitos na Somália que duram há anos. No entanto, no país estão apenas cerca de 9200 soldados da União Africana, quando estavam previstos 20 mil, todos em Mogadíscio. O ministro da Agricultura francês, Bruno Le Maire, explicou no encontro que teve lugar na sede em Roma da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) que o mundo “falhou na garantia da segurança alimentar. ”“Se não tomarmos as medidas certas, a fome vai ser o escândalo do século”, disse Le Maire, citado pela AFP. Entretanto, o Banco Mundial já adiantou a entrega de 350 milhões de euros para ajudar a combater a crise na Somália e serão distribuídos cerca de oito milhões para assistência imediata nas zonas mais críticas. O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pediu aos países doadores que fornecessem 1100 milhões de euros adicionais, e uma conferência de doadores vai realizar-se na amanhã em Nairobi, capital do Quénia.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave campo fome ajuda alimentos humanitária infantil
Fome declarada em três novas regiões da Somália
Três novas regiões da Somália, incluindo zonas da capital, Mogadíscio, foram declaradas em estado de fome, o último grau da emergência alimentar, anunciou a ONU. A pior seca dos últimos 60 anos está a afectar cerca de 11 milhões de pessoas. (...)

Fome declarada em três novas regiões da Somália
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 Africanos Pontuação: 12 | Sentimento 0.136
DATA: 2011-08-03 | Jornal Público
SUMÁRIO: Três novas regiões da Somália, incluindo zonas da capital, Mogadíscio, foram declaradas em estado de fome, o último grau da emergência alimentar, anunciou a ONU. A pior seca dos últimos 60 anos está a afectar cerca de 11 milhões de pessoas.
TEXTO: As zonas de Balcad e Cadale, no Sul do país, e partes de Mogadíscio, juntam-se assim a Bakool e Lower Shabelle, que já tinham sido declaradas em estado de fome a 20 de Julho. A propagação da crise alimentar já era esperada, e a fome “deverá disseminar-se por todo o Sul do país nas próximas quatro a seis semanas”, adiantou a unidade de análise para a segurança alimentar das Nações Unidas. A crise deverá prolongar-se pelo menos até Dezembro, considera a ONU, altura em que é aguardado o regresso das chuvas. A fome está a atingir o Corno de África, com cerca de 3000 somalis a procurarem ajuda nos campos de refugiados do Quénia ou da Etiópia em cada dia que passa. A emergência humanitária persiste em todas as regiões do Sul da Somália, onde já morreram dezenas de milhares de pessoas, segundo a ONU. E a disponibilização da ajuda tem sido dificultada pela milícia fundamentalista islâmica Al-Shabab, com ligações à Al-Qaeda, que tem impossibilidade a actuação das organizações humanitárias. Mais de três milhões de somalis, cerca de metade da população do país, precisam de ajuda urgente para sobreviver. “A situação actual representa a mais grave crise humanitária do mundo e a pior crise de segurança alimentar desde a fome de 1991-92 na Somália”, adianta a ONU. Centenas de milhares de pessoas tinham acorrido nos últimos dias às regiões onde agora foi declarada fome, à procura de ajuda. Muitos tentaram chegar aos campos de refugiados junto à capital, onde a fome foi agora declarada, nos distritos de Balaad e Adale, adiantou a AFP. “Apesar da atenção dada a esta situação nas últimas semanas, a resposta humanitária que tem sido dada é desadequada, em parte devido às restrições de acesso mas também devido ao financiamento insuficiente”, adiantou a ONU em comunicado. “Na sequência disso, a fome pode agora estender-se a todas as regiões do Sul da Somália. ”
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU
Vários mortos num tiroteio em campo de refugiados na Somália
Um tiroteio entre pessoas que escoltavam uma caravana do Programa Alimentar Mundial e um grupo de homens armados causou vários mortos no campo de refugiados de Badbaado, em Mogadíscio, a capital da Somália, onde estão instaladas cerca de 30 mil pessoas que fugiram à fome causada pela pior seca dos últimos 60 anos. (...)

Vários mortos num tiroteio em campo de refugiados na Somália
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 16 Africanos Pontuação: 12 | Sentimento -0.1
DATA: 2011-08-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um tiroteio entre pessoas que escoltavam uma caravana do Programa Alimentar Mundial e um grupo de homens armados causou vários mortos no campo de refugiados de Badbaado, em Mogadíscio, a capital da Somália, onde estão instaladas cerca de 30 mil pessoas que fugiram à fome causada pela pior seca dos últimos 60 anos.
TEXTO: Ao início da tarde desta sexta-feira não era ainda claro o que tinha acontecido. Um dos refugiados, Aden Kusow, contou à Reuters que “pelo menos dez pessoas morreram e 15 outras ficaram feridas”. Sete das vítimas dos disparos terão morrido dentro do campo e outras três no exterior, “grande parte refugiados”. Segundo a AFP, morreram cinco refugiados. A caravana do Programa Alimentar Mundial que levava ajuda humanitária para o campo foi atacada por homens armados e fardados, que terão pretendido saquear a comida. Um dos motoristas da caravana, Abdikadir Mohamed, contou à AFP que “muitas pessoas correram para se proteger quando começou a troca de tiros entre a escolta de segurança [que acompanhava a caravana do Programa Alimentar Mundial] e os atacantes”. O Programa Alimentar Mundial diz ter 290 toneladas de milho disponíveis para distribuir no local e confirmou o incidente. Uma testemunha contou à Reuters que viu um soldado morto quando fugiu com os seus três filhos do local do tiroteio. E Ali Isa, que trabalha para uma organização não governamental parceira do PAM, confirmou à AFP que “a ajuda alimentar foi toda roubada e houve vítimas”. Explicou que se tratava de uma caravana de dez camiões com 300 toneladas de ajuda que iriam ser distribuídas no campo de refugiados. Na Somália há cerca de 3, 7 milhões de pessoas em risco devido à fome, grande parte no Sul do país. A crise alimentar no Corno de África está a afectar cerca de 12 milhões de pessoas. Aos campos em redor da capital somali chegaram cerca de 100 mil pessoas nos últimos dois meses, e o número aumenta a cada dia que passa. Muitas fizeram centenas de quilómetros e enfrentaram a ameaça da milícia Al-Shabaab, com ligações à Al-Qaeda, que controla parte da capital e do Sul da Somália. O primeiro-ministro do fragilizado Governo somali, Abdiweli Mohamed Ali, visitou o campo e prometeu tomar medidas “contra os responsáveis por este caos”. Mas nesta situação de emergência humanitária o trabalho das organizações de apoio torna-se cada vez mais arriscado. Sacdia Kassim, que trabalha numa organização parceira do Programa Alimentar Mundial, disse à Reuters que o roubo de comida tem-se tornado recorrente em Mogadíscio. “Muitas vezes vemos as forças governamentais ou os residentes a saquear comida que é para os refugiados”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens campo fome ajuda humanitária morto
Menina de dez anos morre na Somália após mutilação genital
Jovem morreu na sequência de uma hemorragia. A Somália tem uma das taxas mais altas desta prática que não é punida criminalmente no país. (...)

Menina de dez anos morre na Somália após mutilação genital
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 9 Africanos Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-07-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: Jovem morreu na sequência de uma hemorragia. A Somália tem uma das taxas mais altas desta prática que não é punida criminalmente no país.
TEXTO: Uma criança de dez anos morreu após uma mutilação genital feminina na Somália, o país que tem uma das taxas mais altas desta prática. A jovem foi levada pela mãe a uma circuncisadora tradicional no dia 14 e morreu dois dias depois no hospital devido a uma hemorragia. “Suspeita-se de que a circuncisadora lhe tenha cortado uma veia importante”, disse Hawa Aden Mohamed, que dirige um grupo local de mulheres, o Galkayo Education Center for Peace and Development (GECPD). "A mulher que fez a operação não foi detida mas, mesmo que fosse, não há lei que assegure que seria punida pelo acto. Este é apenas um dos casos diários que acontecem na Somália”, afirmou. Cerca de 200 milhões de raparigas e mulheres no mundo passaram pela mutilação genital feminina, o que envolve a remoção parcial ou total da genitália e pode causar uma série de problemas de saúde, dizem as Nações Unidas. A Somália tem uma das taxas mais altas desta prática, com 98% das mulheres entre os 15 e 49 anos a serem sujeitas a este ritual. Muitos dos circuncisadores tradicionais usam facas ou lâminas não esterilizadas. Apesar de ser proibida pela Constituição da Somália – um país assolado por décadas de guerra civil –, os esforços para aprovar legislação que puna os que a praticam têm sido boicotados pelos parlamentares, com medo de perderem votos. Os activistas dizem que há muito trabalho a ser feito para dar a conhecer as consequências da mutilação genital feminina e criminalizar o acto pode ser um dissuasor forte. “Os lobistas da mutilação genital feminina muitas vezes insistem numa visão sem sentido de que não tem consequências para a saúde mas isso é completamente falso”, disse Brendan Wynne da Donor Direct Action, um dos grupos que ajudam as associações locais. “Não temos mais tempo para qualquer debate sobre os malefícios da mutilação genital feminina e este caso, como outros, prova-o. A mutilação genital feminina só terminará quando os governos tomarem medidas fortes para proteger as raparigas em risco”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave guerra lei mulher criança medo mulheres feminina