Agressão no Porto: ministro diz que não tolera racismo
A PSP demorou três dias a elaborar o auto. Partidos questionaram Governo. MAI respondeu que IGAI abriu um processo administrativo para averiguar o que se passou. (...)

Agressão no Porto: ministro diz que não tolera racismo
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 14 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-07-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: A PSP demorou três dias a elaborar o auto. Partidos questionaram Governo. MAI respondeu que IGAI abriu um processo administrativo para averiguar o que se passou.
TEXTO: O ministro da da Administração Interna, Eduardo Cabrita, diz que "não tolerará fenómenos de violência nem manifestações de cariz racista ou xenófobo". Numa nota enviada às redacções na quinta-feira à noite, o Ministério da Administração Interna (MAI) afirma ainda, como tinha dito ao PÚBLICO, que a Inspecção-Geral da Administração Interna pediu à Direcção Nacional da PSP para averiguar o que se passou, através de um processo administrativo. Por sua vez, a PSP diz que foi aberto um processo de averiguação interno. A reacção do MAI acontece no dia seguinte à mediatização do caso de Nicol Quinayas, a jovem que se queixa de ter sido agredida por um segurança da empresa 2045 na madrugada de 24 de Junho. A actuação da PSP no local foi questionada por vários partidos políticos. PS, PCP e BE enviaram requerimentos ao Governo, interpelando também o Ministério da Administração Interna (MAI), em que questionam a actuação daquela força policial. Querem saber se a PSP tomou todas as diligências, identificando vítimas e testemunhas. “Que medidas vai tomar para combater a xenofobia e racismo nas empresas de segurança e nas forças de segurança?” — questiona ainda o PCP. Já o PSD considera que a situação constitui “um alerta” para que rapidamente seja aprovada nova legislação sobre segurança privada. Os membros da Equipa de Prevenção e Reacção Imediata da PSP que se deslocaram ao local naquela madrugada, perto da paragem de autocarro do Bolhão, no Porto, só fizeram a participação da ocorrência três dias depois — anteontem. O segurança da empresa que faz a fiscalização dos autocarros da STCP — Sociedade de Transportes Colectivos do Porto é visto num vídeo que está a circular na Internet com os joelhos em cima do corpo da jovem, a imobilizar-lhe o braço. Há sangue no chão. A Direcção Nacional da PSP confirmou ao PÚBLICO que a data do auto que foi elaborado é de 27 de Junho, quando os factos ocorreram na madrugada de 24 de Junho. Mas não quis tecer comentários. A ocorrência terá que ser investigada pelo Ministério Público, que ainda não afirmou se já abriu um processo. A jovem colombiana de 21 anos de idade, que vive em Portugal desde os cinco, acusou o fiscal de a agredir brutalmente e de ter proferido insultos racistas. Diz também que os polícias que se deslocaram à paragem de autocarros onde tudo aconteceu não a identificaram. Conta que apenas falaram com o fiscal. Até ontem de manhã, a PSP garantia que tinha identificado todos os intervenientes na altura. Tendo o auto sido escrito a 27 de Junho, isso permitiu a quem o escreveu ter ido buscar a informação e dados à queixa elaborada por Nicol, já no dia 24, pelas 20h, numa esquadra. No auto da PSP o fiscal está identificado, mas não o está na queixa de Nicol. Hugo Palma, das relações públicas da PSP, esclareceu ao PÚBLICO que este é um crime semipúblico, que depende de queixa e que, em teoria, a PSP tem dez dias para fazer a participação ao Ministério Público. Contudo, diz, o normal é o auto ser elaborado nas horas seguintes aos factos que relata. Fonte da PSP refere, por outro lado, que três dias é, de facto, “muito tempo”. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. A empresa de comunicação da STCP, a Cunha e Vaz, sublinha que “a STCP está manifestamente contra todas as formas de discriminação” e que informou a 2045 de que aquele funcionário não prestará mais funções na empresa de transportes. Está em curso um processo de averiguação, no âmbito do qual irá ouvir todas as partes, inclusivamente o funcionário. “A empresa vai tomar medidas para que isto seja algo excepcional”, disse António Cunha Vaz. Entretanto, a Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial diz ter tomado as diligências adequadas, e uma vez que os factos “têm indícios susceptíveis de prática de ilícitos criminais”, o caso será remetido ao Ministério Público.
REFERÊNCIAS:
Partidos PS PSD PCP BE
Soldado francês morto na Somália, refém poderá ter sido abatido
Operação militar francesa para recuperar refém preso desde 2009 falhou. (...)

Soldado francês morto na Somália, refém poderá ter sido abatido
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 14 | Sentimento -0.1
DATA: 2013-01-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: Operação militar francesa para recuperar refém preso desde 2009 falhou.
TEXTO: O ministro da Defesa de França confirmou neste sábado que um soldados e 17 terroristas morreram na Somália na sequência de uma operação militar para libertar um refém. Teme-se que o refém tenha morrido também. O francês Denis Allex, que estava refém na Somália desde que foi capturado pela milícia islamista Shebab em Julho de 2009, poderá ter sido abatido pelos sequestradores durante uma operação conduzida pela Direcção-Geral da Segurança Exterior (DGSE) durante a noite de sexta-feira para sábado. A missão aconteceu em Bula Marir, uma cidade a 120 quilómetros da capital do país. Desde 2009, Denis Allex já tinha aparecido em dois vídeos publicados em sites islamistas que pediam às autoridades francesas que deixassem de apoiar o governo somali. De acordo com um comunicado do ministro da Defesa, as forças francesas encontraram uma forte resistência durante a operação, e os combates foram muito violentos. A mesma nota recorda que Denis Allex, também agente da DGSE, tinha sido capturado em Mogadíscio durante uma “missão oficial de assistência” ao governo de transição. “Perante a intransigência dos terroristas, que recusaram durante três anos e meio qualquer negociação, e que retiveram Denis Allex em condições sub-humanas, uma operação foi planeada e colocada em marcha”, explica o ministro. E acrescenta que “as famílias das vítimas já foram informadas”, lamentando o desfecho e louvando o serviço desempenhado pelas vítimas. O ministro afirmou, incialmente, que o refém tinha sido morto, mas as autoridades francesas vieram depois corrigir dizendo que terá sido provavelmente abatido, mas que não há ainda certeza. Os islamistas já desmentiram algumas destas informações, assegurando que o refém ainda está vivo e que conseguiram também capturar um soldado, assim como deixaram muitos outros mortos ou feridos. E ameaçaram a França com “consequências amargas” perante a ofensiva desencadeada. “No final, serão os cidadãos franceses que provarão inevitavelmente as consequências amargas da atitude inconsequente do seu governo perante os reféns”, diz uma nota da milícia enviada à AFP. Há outros oito reféns franceses na Somália. Notícia actualizada para dar conta da mudança na comunicação das autoridades francesas, dizendo que o refém terá provavelmente sido abatido pelos seus captores
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morto
Islamistas da Somália anunciam execução de refém francês
As mílicias shebab dizem ter provas áudio e vídeo da morte de Denis Allex. Paris acusa os raptores de "manipulação mediática" por considerar que o refém já estava morto desde sábado (...)

Islamistas da Somália anunciam execução de refém francês
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 14 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-01-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: As mílicias shebab dizem ter provas áudio e vídeo da morte de Denis Allex. Paris acusa os raptores de "manipulação mediática" por considerar que o refém já estava morto desde sábado
TEXTO: Os islamistas da Somália anunciaram nesta quinta-feira ter executado o refém francês Denis Allex, dado como morto pela França depois de uma operação de resgate falhada de comandos franceses que não conseguiram a sua libertação no passado sábado. “Às 16h30 GMT, de quarta-feira, 16 de Janeiro de 2013, Denis Allex foi executado”, anuncia uma mensagem das milícias shebab, colocada quinta-feira na sua do Twitter e autenticada ao telefone pela AFP junto de um responsável do movimento islamista. O refém terá sido executado em Bulomarer, localidade do sul da Somália, segundo o mesmo responsável que não se quis identificar. Foi nesta mesma localidade que cerca de 50 comandos do exécito francês tentaram, em vão, uma operação para libertar Denis Allex na noite de sexta para sábado. “Existem documentos áudio e vídeo que serão tornados públicos quando nós decidirmos”, acrescentou a fonte islamista quando interrogado sobre a existência de provas da veracidade da execução anunciada. As shebab tinham anunciado quarta-feira ter “decidido por unanimidade” executar o seu refém, sendo acusadas pelas autoridades francesas de estarem a conduzir uma “manipulação mediática”. Ao longo dos últimos dias, Paris repetiu a sua convicção de que Denis Allex já teria sido “executado” durante a operação de resgate falhada. Denis Allex – muito provavelmente um nome de código – era uma agente dos serviços secretos franceses. Foi raptado em Julho de 2009 na capital da Somália, Mogadíscio, onde oficialmente estava em missão para formar elementos da polícia e da guarda presidencial somali.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morto
UEFA encoraja árbitros a interromper jogos em caso de racismo
Organismo que tutela o futebol europeu lança programa para combater manipulação de resultados. (...)

UEFA encoraja árbitros a interromper jogos em caso de racismo
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 14 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-03-29 | Jornal Público
SUMÁRIO: Organismo que tutela o futebol europeu lança programa para combater manipulação de resultados.
TEXTO: O Comité Executivo da UEFA intensificou a luta contra os actos de racismo e de discriminação, ao aprovar a resolução apresentada dia 27 de Março pelo Conselho de Estratégia do Futebol Profissional Europeu. O conselho, que engloba o conjunto das federações nacionais, dos clubes (ECA), das ligas (EPFL) e dos jogadores (FIFPro), na Europa, toma neste novo parecer uma posição de “tolerância zero” em relação a comportamentos racistas no futebol. Embora considere que as medidas que foram tomadas no âmbito da educação e da prevenção tenham obtido bons resultados, o conselho propôs que as federações e as ligas possam emitir sanções mais pesadas no combate aos “recorrentes incidentes de racismo”. Na nova resolução, aprovada nesta quinta-feira em Sófia (Bulgária), é recomendado aos árbitros europeus que interrompam todos os jogos em que se verifique este tipo de actos discriminatórios. Aos jogadores e treinadores, “os que mais influência têm sobre quem comete actos racistas”, segundo o conselho, é-lhes pedido também que “denunciem qualquer caso, mesmo que tenham de criticar os seus próprios adeptos ou jogadores”. Prevenir manipulação de resultadosO Comité Executivo da UEFA também ratificou o programa de acção para garantir a integridade do futebol profissional e prevenir a manipulação de resultados no desporto. O projecto, que foi anunciado pela Associação Europeia das Ligas de Futebol Profissional (EPFL) em conjunto com a organização Transparência Internacional (TI) na quarta-feira, contém um código de conduta e tem como objectivo desenvolver programas de educação e sensibilização, de modo a garantir a imparcialidade desportiva e evitar a corrupção, sobretudo devido ao aumento exponencial das apostas desportivas. “A família do futebol europeu decidiu unir forças para combater a ameaça de viciação de resultados, reconhecendo o risco que representa para o futebol e para o desporto em todo o mundo”, sublinhou a UEFA, em comunicado. O programa, que se vai estender a toda a Europa e englobar jovens jogadores de futebol, profissionais e árbitros, pretende ainda cooperar com todas as entidades e adoptar uma política rígida contra a viciação de resultados.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave educação racismo discriminação
Oprah diz que foi alvo de racismo em loja de luxo na Suíça
Proprietária da loja onde ocorreu incidente diz que tudo não passou de um mal-entendido. (...)

Oprah diz que foi alvo de racismo em loja de luxo na Suíça
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 14 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-08-09 | Jornal Público
SUMÁRIO: Proprietária da loja onde ocorreu incidente diz que tudo não passou de um mal-entendido.
TEXTO: “Você não tem dinheiro para pagar isso”. Esta terá sido a resposta dada pela funcionária de uma loja de artigos de luxo na Suíça a Oprah Winfrey, quando terá pedido para ver uma mala no valor de 28. 450 euros. A norte-americana considera ter sido alvo de racismo, uma acusação negada pela proprietária da loja, que defende que tudo não passou de um mal-entendido. Oprah, 59 anos, revelou o incidente durante uma entrevista ao programa “Entertainment Tonight”, da CBS. A norte-americana contou que esteve em Julho, em Zurique, para o casamento da sua amiga de longa data Tina Turner. Durante a estadia, a antiga apresentadora, agora directora da sua própria estação televisiva, visitou algumas lojas, entre elas a Trois Pommes. Pediu para ver uma mala em pele de crocodilo, no valor de 35 mil francos suíços, e terá sido nessa altura que obteve a resposta que considerou ofensiva e que tinha como base o facto de ser negra. Para a proprietária da loja, Trudie Goetz, “este foi um típico mal-entendido” e pediu desculpa. Em declarações à Reuters, a empresária explicou que se quis mostrar a Oprah que havia a mesma mala noutros materiais, o que, na sua opinião, terá dado a impressão de que a funcionária não queria vender-lhe o produto. “É claro que esse não foi o caso. Quem é que não quer vender uma mala de 35 mil francos suíços?”, argumentou Trudie Goetz. Segundo a empresária, a funcionária em causa é italiana, fala Inglês “mas não tão bem como a sua língua materna”. “Foi de facto um mal-entendido”, reforçou. O gabinete de turismo suíço já veio lamentar o sucedido e sublinhar que nunca é positivo quando os seus convidados “se sentem ofendidos”. Numa mensagem publicada no Twitter, o mesmo gabinete considerou que a funcionária “actuou de forma terrivelmente errada”. Segundo a revista Forbes, Oprah ganhou no último ano cerca de 77 milhões de dólares (57 milhões de euros) e é a 13ª mulher mais poderosa do mundo, numa lista liderada pela chanceler alemã Angela Merkel.
REFERÊNCIAS:
Ataque islamista a residência universitária faz 40 mortos na Nigéria
Estabelecimentos de ensino e outros alvos civis têm sido visados por acções do grupo islamista Boko Haram, em resposta a uma ofensiva militar. (...)

Ataque islamista a residência universitária faz 40 mortos na Nigéria
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 14 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-09-29 | Jornal Público
SUMÁRIO: Estabelecimentos de ensino e outros alvos civis têm sido visados por acções do grupo islamista Boko Haram, em resposta a uma ofensiva militar.
TEXTO: Homens armados mataram, na madrugada deste domingo, pelo menos 40 estudantes, num ataque a uma residência universitária, no nordeste da Nigéria. O ataque foi atribuído pelo porta-voz militar do estado de Yobe, Lazarus Eli, “aos terroristas do Boko Haram”. Estabelecimentos de ensino e outros alvos civis têm sido visados por acções do grupo islamista Boko Haram, em resposta a uma ofensiva militar. O ataque à Faculdade de Agricultura de Gubja , cidade de uma zona rural, 50 quilómetros a Sul de Damataru, a capital do estado de Yobe, ocorreu enquanto os estudantes dormiam. Uma testemunha quantificou à Reuters em 40 o número de cadáveres - na maior parte de jovens - transportados para o principal hospital de Yobe. O nordeste da Nigéria tem sido, nos últimos meses, palco de violentos ataques contra estudantes, todos imputados ao Boko Haram. O mais mortífero ocorreu em Julho, na cidade de Mamudo, quando atacantes lançaram granadas e dispararam em dormitórios, matando pelo menos 41 pessoas, principalmente estudantes. Há pouco mais de uma semana, elementos do grupo islamista disfarçados de soldados mataram pelo menos 142 pessoas (159, noutras versões) na cidade de Benisheik, estado de Borno. Milhares de pessoas – 3600, segundo a organização não-governamental Humans Right watch – foram mortas desde que o Boko Haram entrou em guerra com o Estado, em 2009, transformando-se de movimento religioso opositor da cultura ocidental em milícia armada associada à rede Al Qaeda. O Boko Haram e outros grupos islamistas, como o Ansaru, igualmente associado à Al-Qaeda, tornaram-se a maior ameaça à estabilidade da Nigéria – segunda maior economia de África e principal produtor de petróleo do continente. O Presidente Goodluck Jonathan declarou em Maio a situação de emergência em três estados do noroeste, incluindo Yobe, e ordenou uma ofensiva militar contra o Boko Haram. Depois de uma aparente falta de reacção inicial, com os islamistas a abandonarem algumas das suas bases, começaram os ataques a escolas, que vêem como veículo da educação e cultura ocidental, e contra as forças de segurança e civis que as apoiam.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens guerra cultura educação ataque
Líder da pirataria da Somália detido em Bruxelas
Abdi Hassan foi responsável por alguns dos sequestros mais impressionantes no Corno de África. Não são conhecidas as razões que o levaram a deslocar-se à Bélgica. (...)

Líder da pirataria da Somália detido em Bruxelas
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 14 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-10-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: Abdi Hassan foi responsável por alguns dos sequestros mais impressionantes no Corno de África. Não são conhecidas as razões que o levaram a deslocar-se à Bélgica.
TEXTO: Mohamed Abdi Hassan, considerado o chefe número um da pirataria na Somália, foi detido este fim-de-semana no aeroporto de Bruxelas, de acordo com o diário De Standaard, e levado para Bruges, onde se encontra detido à espera de julgamento. Também conhecido como “Boca Grande”, Afweynei, em somali, Hassan é suspeito do sequestro do navio belga Pompei, em 2009, e foi descrito pelas Nações Unidas “como um dos líderes mais notórios e influentes” da pirataria no Corno de África. Segundo a AFP, nenhuma fonte judicial confirmou a detenção, mas o procurador-geral federal vai dar uma conferência de imprensa durante o dia de hoje. Abdi Hassan aterrou em Bruxelas num voo proveniente de Nairobi, no Quénia, mas as razões da sua viagem ainda não são conhecidas. Em 2009, o navio belga Pompei, com dez tripulantes a bordo, esteve cativo durante 70 dias. A Abdi Hassan são também atribuídos os assaltos ao Faina, um navio de transporte militar ucraniano, libertado ao fim de 134 dias, e ao Sirius Star, um petroleiro saudita com bandeira liberiana, ambos em 2008. Os dois assaltos terão rendido ao grupo de piratas vários milhões de dólares. Recentemente, Abdi Hassan anunciou que queria retirar-se da pirataria e dedicar-se à política, de acordo com El Mundo.
REFERÊNCIAS:
Cidades Bruxelas Nairobi
Dani Alves comeu o racismo
Solidariedade nas redes sociais com futebolista do Barcelona. (...)

Dani Alves comeu o racismo
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 14 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-04-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: Solidariedade nas redes sociais com futebolista do Barcelona.
TEXTO: A partida não foi interrompida nem os jogadores se retiraram do relvado. Foi um episódio tão rápido que até é possível haver quem não tenha dado por ele. Mas o gesto de Dani Alves foi a mais expressiva resposta ao racismo: o internacional brasileiro viu ser-lhe arremessada uma banana, quando ia marcar um pontapé de canto durante o Villarreal-Barcelona, mas em vez de dar importância ao facto, pegou nela, comeu-a e continuou como se nada tivesse acontecido. A atitude de Dani Alves tem sido bastante elogiada e nas redes sociais sucedem-se as demonstrações de solidariedade, sob a hashtag #somostodosmacacos. Em comunicado, o Villarreal lamentou e repudiou “profundamente” o incidente. “Graças às forças de segurança e à inestimável colaboração dos exemplares adeptos amarillos, o clube já conseguiu identificar o autor e decidiu retirar-lhe o bilhete de época e vedar-lhe o acesso ao estádio El Madrigal para sempre”. “Somos todos iguais, somos todos macacos. Racismo não!”, escreveu Neymar, companheiro de equipa de Dani Alves, na rede social Instagram – juntamente com uma fotografia de si próprio com o filho, cada um a segurar uma banana: Neymar um fruto, o filho um peluche. Thaíssa Carvalho, a namorada de Dani Alves, também publicou uma foto no Instagram: “Eu e a minha família”, podia ler-se como legenda a uma imagem onde se vê quase duas dezenas de pessoas com bananas. “Admirável como sempre! Orgulho! Porém é muito triste ver que nos dias de hoje isso ainda acontece”, acrescentou a actriz brasileira. Nas redes sociais sucedem-se fotos semelhantes, de pessoas com bananas, numa manifestação de solidariedade para com Dani Alves e de repúdio ao racismo. “Uma banana para o racismo! Infelizmente, esse não é um problema que se restringe apenas a Espanha. É um mal que mancha o desporto e a sociedade em geral em todo o mundo. Essa banana, que quase foi desperdiçada, poderia amenizar a fome de alguma criança na África ou em qualquer outro canto do mundo – inclusive no Brasil”, escreveu o avançado internacional brasileiro Fred. “O meu aplauso para o seu talento e sensibilidade. Preconceito é para os fracos, sem fé, sem alegria”, escreveu Ivete Sangalo. Três dos companheiros de Dani Alves na selecção brasileira que actuam no Chelsea também se associaram ao defesa do Barcelona: “O racismo tem que acabar!”, reivindicaram David Luiz, Oscar e Willian. A própria Presidente Dilma Rousseff manifestou-se sobre o incidente, através do Twitter: “O jogador Dani Alves deu uma resposta ousada e forte ao racismo no desporto. Diante de uma atitude que infelizmente tem-se tornado comum nos estádios, Dani Alves teve atitude”, podia ler-se. “Em seu apoio, Neymar lançou a campanha #somostodosmacacos para mostrar que temos todos a mesma origem e que nada nos difere, a não ser nossa tolerância com o outro”, acrescentou a Presidente brasileira, concluindo com um apelo contra o racismo no Mundial 2014, organizado pelo Brasil: “Vamos mostrar que a nossa força, no futebol e na vida, vem da nossa diversidade étnica e dela nos orgulhamos”. O primeiro-ministro italiano Matteo Renzi e o seleccionador da squadra azzurra Cesare Prandelli também se associaram à campanha, dividindo uma banana. Em Itália o problema do racismo no futebol também se faz sentir: há um ano os jogadores do AC Milan abandonaram o relvado durante um jogo particular, em protesto contra os cânticos racistas entoados por alguns elementos do público. E Mario Balotelli também foi visado por insultos quando se estreou pela selecção italiana, com alguns sectores de adeptos mais radicais a defenderem que não existem italianos negros. Para além da atitude em si, Dani Alves também desvalorizou o gesto racista no final do encontro: “Há que lidar assim com isto. Não vamos mudar, já levo 11 anos disto em Espanha e é preciso rirmo-nos destes atrasados”, vincou o internacional brasileiro. O Barcelona manifestou “apoio total e solidariedade” a Dani Alves. O incidente com Dani Alves surge dois meses depois de outro que visou Tinga, médio do Cruzeiro que representou o Sporting entre 2003 e 2005. O futebolista foi alvo de actos racistas por parte dos adeptos peruanos do Real Garcilaso, numa partida da Taça dos Libertadores, em Fevereiro. “Eu queria não ganhar todos os títulos da minha carreira e ganhar o título contra o preconceito, contra esses actos racistas. Trocaria por um mundo com igualdade entre todas as raças e classes”, disse Tinga na altura.
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Palavras-chave filho fome racismo social criança igualdade racista
Nelson Évora acusa discoteca de racismo
Estabelecimento nega discriminação de grupo de atletas. (...)

Nelson Évora acusa discoteca de racismo
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DATA: 2014-04-29 | Jornal Público
SUMÁRIO: Estabelecimento nega discriminação de grupo de atletas.
TEXTO: A eloquente e desarmante atitude com que Dani Alves respondeu a um incidente racista, durante o Villarreal-Barcelona do fim-de-semana, desencadeou uma onda de solidariedade internacional. E também provocou ondas em Portugal: o atleta português Nelson Évora denunciou na rede social Facebook ter sido vítima de um acto racista, há alguns dias numa discoteca de Lisboa. “Na noite de 19 de Abril os meus amigos fizeram-me uma surpresa e levaram-me para a discoteca Urban Beach. Éramos um grupo de 16 pessoas com mesas pré-reservadas e não é que somos surpreendidos pelos responsáveis daquele espaço público. Porquê? ‘Demasiados pretos no grupo!!!’”, publicou o campeão olímpico (em Pequim 2008) e campeão mundial (Osaka 2007) do triplo salto, juntamente com uma fotografia na qual segurava uma banana, já um símbolo do combate ao racismo na sequência da campanha #somostodosmacacos, lançada por Neymar no Twitter. “Estarei a exagerar ou foi mesmo racismo?”, questionava ainda Nelson Évora, acrescentando que “mais de metade” do grupo era formado por atletas que representam Portugal internacionalmente, como Francis Obikwelu, Naide Gomes, Carla Tavares, Susana Costa e Rasul Dabó. O presidente do conselho de administração do Grupo K, proprietário da discoteca Urban Beach, negou à agência Lusa que tenha havido qualquer acto racista para com atletas, nomeadamente Nelson Évora. “Falei com as pessoas que estavam nessa noite na porta, informei-me para saber realmente o que tinha acontecido, se [as acusações] teriam algum fundamento ou não e foi-me dito que não”, afirmou Paulo Dâmaso. Segundo o mesmo responsável, o porteiro da discoteca não permitiu que o grupo entrasse porque “havia uma ou duas pessoas que estavam desenquadradas em termos do ambiente que é normal no Urban Beach”, ou seja, não corresponderiam ao dress code exigido. O responsável pelo Grupo K garantiu que Nelson Évora nunca fez uma reclamação formal, nem na noite dos acontecimentos nem depois, e estranhou que o venha fazer agora, acrescentando que o atleta poderia ter pedido o livro de reclamações ou chamar o gerente e que, caso o funcionário tivesse dito aquela frase, a empresa abriria um processo disciplinar.
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Palavras-chave racismo social racista
Diop “dançou” contra o racismo
Farto de ouvir gritos de macacos nas bancadas, jogador do Levante decidiu reagir. (...)

Diop “dançou” contra o racismo
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 14 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: Farto de ouvir gritos de macacos nas bancadas, jogador do Levante decidiu reagir.
TEXTO: À primeira vista poderá ter parecido uma provocação, mas a “dança” de Pape Diop em frente aos adeptos do Atlético de Madrid, depois da vitória do Levante neste domingo, foi mais um grito de revolta. “Chamaram-me macaco e eu dancei e imitei um macaco”, explicou o médio senegalês. “Não tenho nada contra os adeptos do Atlético, é apenas uma parte dos adeptos. Fazem-me isso em muitos estádios”, contou Diop, citado pelo El País. Tudo aconteceu nos instantes finais da partida de domingo. Diop preparava-se para marcar um pontapé de canto, mas o árbitro deu por encerrado o encontro. O senegalês atira a bola para o ar e começa a dançar perto da bancada onde se encontravam os adeptos colchoneros. De seguida, alguns jogadores do Atlético vieram impedir Diop de continuar a provocação e acabaram por ser Diego Costa e Simeone a acalmar o jogador do Levante. “Não sei se é racismo ou falta de respeito, mas isto tem de acabar”, disse Pape Diop. Na última jornada, o jogador do Barcelona, Dani Alves, quis demonstrar a sua condenação do racismo no futebol e comeu uma banana que lhe foi atirada durante o jogo frente ao Villarreal. O gesto deu início a uma campanha de consciencialização a nível mundial durante a última semana.
REFERÊNCIAS: