Estreante português afasta Kelly Slater da etapa lusa do circuito mundial de surf
Frederico Morais “no céu” após eliminar o veterano norte-americano, 11 vezes campeão mundial de surf. (...)

Estreante português afasta Kelly Slater da etapa lusa do circuito mundial de surf
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-10-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: Frederico Morais “no céu” após eliminar o veterano norte-americano, 11 vezes campeão mundial de surf.
TEXTO: O wildcard português Frederico Morais eliminou nesta segunda-feira o norte-americano Kelly Slater, 11 vezes campeão do Mundo de surf, na segunda ronda da etapa portuguesa do circuito mundial, em Peniche. "Kikas” qualificou-se para a terceira eliminatória, ao conquistar 12, 34 pontos (6, 67 e 5, 67), mais 2, 21 do que Slater, segundo no ranking mundial, que contabilizou 10, 13 (5, 43 e 4, 70) no segundo heat da repescagem do Rip Curl Pro Portugal by Moche, que hoje foi retomado, na praia de Supertubos, após quatro dias de espera. E não escondeu a sua satisfação com o resultado alcançado. “As melhores ondas que fazemos na vida são aquelas que acabamos e não nos lembramos do que fizemos. Acho que este heat foi um bocado assim, estou no céu, tenho de aproveitar e concentrar-me nos próximos heats”, disse o surfista de Cascais, de 21 anos, após eliminar Slater. Com este triunfo, Frederico Morais, conhecido no meio por “Kikas”, tornou-se no quarto português a vencer o veterano norte-americano, de 41 anos: “Ainda ontem [no domingo] me disseram isso, que o `Bubas´ [Bruno Charneca], o Ruben [Gonzalez] e o `Saca´ [Tiago Pires] já ganharam e eu hoje também ganhei. ”“Kikas” considerou a vitória especial por ocorrer na sua estreia em provas do circuito, no qual entrou graças a um wildcard, mas ainda mais por ser "em casa”. “Entra para o `top-2´ [dos melhores momentos da vida], de certeza absoluta. Foi um grande momento. Acho que só em França tinha disputado um heat com a praia tão cheia. Ter aqui o público português, o meu treinador, a minha família e os meus amigos é uma coisa inacreditável”, admitiu. “Eu sabia o que queria, não ia para dentro de água para perder, queria ganhar e dar um bom show de surf. Fui com a determinação de mostrar aos portugueses que podia passar e consegui. É óptimo [estar no céu], mas agora tenho de pôr os pés na terra e acreditar no round três. É esse o meu foco agora”, disse ainda. Na primeira bateria do dia, o outro português em prova, o também wildcard Francisco Alves, foi derrotado pelo australiano Mick Fanning, campeão do Mundo em 2007 e 2009 e actual líder do circuito. Fanning somou 13 pontos (sete e seis), contra os 8, 93 (4, 5 e 4, 43) do surfista português, e pode sagrar-se campeão em Portugal, se vencer o Rip Curl Pro by Moche e beneficiar de resultados menos bons de alguns dos seus principais adversários directos. Após as eliminatórias de hoje, “Kikas” e Fanning juntaram-se aos australianos Jacob Willcox — o wildcard que tinha relegado Slater para a repescagem —, Julian Wilson, vencedor em Peniche em 2012, Joel Parkinson, actual campeão do Mundo, Taj Burrow, Matt Wilkinson, Josh Kerr, Kai Otton, aos havaianos Sebastian Zietz e John John Florence, ao sul-africano Jordy Smith, ao brasileiro Filipe Toledo e ao norte-americano Nat Young.
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano
Fungo que está a matar os anfíbios inibe a sua resposta imunitária
Estudo revela que fungo não só diminuiu produção de linfócitos como também os mata. (...)

Fungo que está a matar os anfíbios inibe a sua resposta imunitária
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-10-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: Estudo revela que fungo não só diminuiu produção de linfócitos como também os mata.
TEXTO: O fungo Batrachochytrium dendrobatidis é responsável pela quitridiomicose, doença tida como uma das principais causas de declínio das populações de anfíbios em todo o mundo. O grupo a que pertence este fungo, o filo quitridiomicota, está entre os mais antigos grupos de fungos conhecidos. É geralmente representado por fungos saprófitos (que se alimentam de matéria morta) e alguns parasitas de plantas e invertebrados, mas o Batrachochytrium dendrobatidis é o único que parasita vertebrados, especificamente anfíbios. Vários estudos têm procurado descobrir de que forma actua a infecção. Na revista Science desta sexta-feira, a equipa de Scott Fites e Jeremy Ramsey, da Universidade de Vanderbilt, em Nashville (EUA), conclui que como este fungo afecta o sistema imunitário. O estudo pretende perceber como é que o Batrachochytrium dendrobatidis inibe a resposta imunitária nos organismos. “Os anfíbios têm um sistema imunitário complexo, quase tão complexo como o dos humanos, portanto deviam conseguir detectar e eliminar o fungo”, afirma a imunologista Louise Rollins-Smith, também investigadora nesta equipa, citada num comunicado de imprensa. De facto, os macrófagos e neutrófilos, responsáveis por “comer” os agentes infecciosos, continuam a funcionar, mas os linfócitos, responsáveis por detectá-los e eliminá-los, são inibidos. A infecção por B. dendrobatidis ocorre nas células da camada superior da pele dos anfíbios, onde se localiza a maior parte da queratina, proteína responsável por tornar a pele mais resistente e por formar pêlos e penas, em mamíferos e aves, respectivamente. Este fungo citríco altera a produção de queratina, tornando a pele mais grossa: compromete as trocas gasosas (respiração cutânea característica nos anfíbios), levando à morte por asfixia, e dificulta a absorção de minerais, que pode levar a um colapso cardíaco. Normalmente, depois de uma infecção, o organismo produz uma resposta imunitária, mas nos casos de infecção com B. dendrobatidis não há activação da resposta, não há produção de linfócitos, ou a sua proliferação é inibida. Os líquidos extracelulares produzidos pelo fungo têm o mesmo efeito, mesmo na ausência das células que os produziram. Mostrou-se, também, que o fungo tem influência na morte prematura das células. Por outro lado, ensaios com os esporos do fungo mostraram que estes não causam infecção. Há já alguns tratamentos contra a quitridiomicose, usando, por exemplo, antifúngicos, mas não tornam os animais imunes à doença e assim que forem libertados na natureza poderão voltar a ficar infectados. Existem também algumas espécies que são vistas como resistentes à infecção, o que as torna vectores privilegiados para sua disseminação. A rã-de-unhas-africana (Xenopus laevis) e a rã-touro-americana (Lithobates catesbeianus) são, neste momento, consideradas responsáveis pela dispersão da doença, porque nos anos de 1950 eram usados em laboratórios de todo o mundo como “testes de gravidez”. Em laboratório experimentou inibir-se a acção do fungo pelo calor, com ácidos e com enzimas capazes de destruir as proteínas da parede celular, mas nenhum método obteve resultados positivos. Só a utilização de químicos que interferem na construção das paredes celulares das células do fungo conseguiram reduzir a sua acção nefasta no sistema imunitário, evidenciando que o agente tóxico estaria na parede celular. Por outro lado, o B. dendrobatidis mostrou-se eficaz no controlo do crescimento e na morte de células cancerosas humanas e células do ovário de rato. Este artigo serve assim dois propósitos, um caminho a seguir na identificação dos agentes responsáveis pela inibição do sistema imunitário dos anfíbios e uma nova possibilidade para a criação de agentes capazes de destruir infecções tumorais, conforme refere o comunicado.
REFERÊNCIAS:
Humanos primitivos pertenciam todos à mesma espécie, afirmam cientistas
Análise de cinco crânios com 1,8 milhões de anos encontrados no Cáucaso sugere que os primeiros homens primitivos que saíram de África pertenciam todos a uma única espécie. Ideia ainda controversa. (...)

Humanos primitivos pertenciam todos à mesma espécie, afirmam cientistas
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.05
DATA: 2013-10-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: Análise de cinco crânios com 1,8 milhões de anos encontrados no Cáucaso sugere que os primeiros homens primitivos que saíram de África pertenciam todos a uma única espécie. Ideia ainda controversa.
TEXTO: E se em vez de serem todos de espécies diferentes, os diversos homens primitivos cujos fósseis têm sido encontrados ao longo dos anos em diversos locais — Homo habilis, Homo rudolfensins, Homo erectus e outros — fossem todos membros de uma única e mesma espécie de humanos e as suas diferenças físicas apenas reflectissem a normal variabilidade entre indivíduos dessa espécie? Os autores de um novo estudo comparativo de crânios fósseis humanos encontrados no Cáucaso, e publicado esta sexta-feira na revista Science, afirmam que é precisamente isso que os seus resultados sugerem. A peça-chave do trabalho desenvolvido nos últimos oito anos por David Lordkipanidze, director do Museu Nacional da Geórgia, e uma equipa internacional de colegas, é um crânio — designado Crânio 5 — com quase 1, 8 milhões de anos. O seu maxilar inferior foi encontrado em 2000 na escavação arqueológica de Dmanisi (a uns 100 quilómetros de Tbilisi, a capital da Geórgia) — e o resto do seu rosto e cabeça em 2005. “O Crânio 5 é um achado extraordinário”, explicou em conferência de imprensa telefónica a co-autora Marcia Ponce de León, da Universidade de Zurique (Suíça). “É o crânio fóssil mais completo de sempre de um adulto do género Homo. Encontra-se num estado de conservação perfeito (. . . ) e [a segunda peça] foi encontrada cinco anos depois do maxilar a menos de dois metros de distância [da primeira]. ”Acontece que o Crânio 5 não era de todo o que os cientistas esperavam, visto o carácter maciço do maxilar previamente desenterrado. Estavam à espera de um crânio de grande tamanho, mas depararam-se, pelo contrário, com uma caixa craniana pequena por cima de um grande rosto, numa combinação de traços morfológicos nunca antes observada num homem primitivo. Crânio 5 e irmãosTambém em Dmanisi foram encontrados, ao longo dos anos, mais quatro crânios (apenas um sem maxilar inferior), algumas ferramentas de pedra e ossos fossilizados de animais — achados que, segundo estudos anteriores, são vestígios deixados por um grupo de humanos que viveu no mesmo sítio ao mesmo tempo. “O tempo que demorou a formação geológica do local foi bastante breve, o que permite concluir que a sedimentação de todos os ossos [de homens primitivos] aconteceu em simultâneo”, explicou Lordkipanidze. “Dmanisi é como uma cápsula do tempo que preservou um ecossistema de há 1, 8 milhões de anos. ”Os crânios de Dmanisi permitem realizar análises comparativas que até aqui não eram possíveis. E de facto, perante a descoberta do resto do Crânio 5 e da sua inédita anatomia, tornou-se necessário explicar as diferenças físicas patentes entre os cinco crânios humanos daquele sítio paleontológico, que fazem com que alguns deles sejam mais bem classificados como Homo habilis e outros como Homo erectus. Poderiam estes homens primitivos, que ao que tudo indica faziam parte da mesma comunidade, ter pertencido a várias espécies diferentes de humanos? “Sabíamos que vieram do mesmo local e do mesmo período geológico; podiam portanto representar uma única população de uma única espécie”, salientou Christoph Zollikofer, um outro co-autor, também da Universidade de Zurique. Para determinar qual destas duas possibilidades — uma ou várias espécies — era a mais provável e, em particular, se era possível que o nível de variação observado naqueles fósseis se verificasse no seio de uma única espécie, os cientistas recorreram a métodos de morfometria 3D computadorizada. Por outro lado, para garantirem a compatibilidade dos novos resultados com estudos comparativos anteriores, também aplicaram métodos mais tradicionais de comparação de características morfológicas. Diferentes mas iguaisConclusão: “A nossa análise estatística mostra que os padrões e a magnitude da variabilidade dos crânios de Dmanisi são semelhantes aos das populações de espécies modernas”, disse Zollikofer. “Embora os cinco indivíduos de Dmanisi sejam claramente diferentes uns dos outros, não são mais diferentes entre eles do que cinco humanos modernos ou cinco chimpanzés numa dada população. ” Ou seja, “a diversidade no interior de uma espécie é a regra e não a excepção”. Os cientistas decidiram designar essa potencial única espécie pelo nome Homo erectus, por ser a mais bem documentada e consensual de todas as espécies de homens primitivos cujos fósseis se conhecem. Os novos resultados poderão ter implicações em termos da classificação das espécies de hominídeos que viviam em África e saíram de lá há cerca de dois milhões de anos, espalhando-se pela Europa e a Ásia fora, especulam os cientistas. “Há duas maneiras de interpretar a diversidade dos hominídeos fósseis”, explicou Zollikofer. “A primeira é que apenas existiu uma linhagem de homens primitivos; a segunda é que houve múltiplas linhagens coexistentes. ”“Se a caixa craniana e a face do Crânio 5 tivessem sido encontradas separadamente em locais diferentes de África, poderiam ter sido atribuídas a duas espécies diferentes”, acrescentou. Mas visto que os fósseis de Dmanisi provêm indubitavelmente do mesmo ponto no tempo e no espaço — e que parecem ter todos pertencido a uma única espécie de homens primitivos —, o mesmo poderá ter acontecido em África. A conclusão não convence toda a gente. Enquanto um paleontólogo citado num artigo jornalístico (também publicado na Science, da autoria de Ann Gibbons) recusa liminarmente a ideia de que todos os fósseis africanos possam ter sido Homo erectus, um outro é da opinião que o Crânio 5 parece um Homo habilis. E um terceiro faz notar que a ideia está fazer o efeito de uma pequena bomba na comunidade dos especialistas.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens humanos homem comunidade género estudo espécie
“O passado é história, o futuro é a vitória” é a frase da selecção no Brasil
Com mais de um milhão de votos, as frases que estarão inscritas nos autocarros de cada uma das selecções para o Mundial 2014 já foram escolhidas. (...)

“O passado é história, o futuro é a vitória” é a frase da selecção no Brasil
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Africanos Pontuação: 2 | Sentimento -0.12
DATA: 2014-05-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: Com mais de um milhão de votos, as frases que estarão inscritas nos autocarros de cada uma das selecções para o Mundial 2014 já foram escolhidas.
TEXTO: “O passado é história, o futuro é a vitória” foi a frase escolhida pelos utilizadores do site da FIFA para estar escrita no autocarro da selecção portuguesa, durante o Mundial 2014. Esta frase foi a mais votada sobre as outras duas possibilidades colocadas a votação, em Abril: “Aqui vai uma selecção que orgulha uma nação. Força Portugal!” e “Muito mais que futebol, uma paixão!”. Cada selecção do Campeonato do Mundo tinha três possíveis slogans e coube ao público votar na que gostava mais. Entre uma lista total de 96 frases, mais de um milhão de pessoas seleccionou a frase que melhor representa a sua equipa. “Preparem-se” O hexa está chegando!” vai estar no autocarro que irá transportar a selecção anfitriã do Mundial 2014: o Brasil, comandado por Scolari, antigo seleccionador de Portugal. Para a primeira adversária da selecção portuguesa no grupo G do Campeonato do Mundo, a Alemanha, foi seleccionada a frase “Um país, uma equipa, um sonho”, enquanto os Estados Unidos, outro dos opositores nacionais, foi escolhida a frase “Unidos pela equipa, guiados pela paixão”. A “estrela negra” da bandeira do Gana, terceiro e último adversário da equipa das quinas no agrupamento, é a protagonista da frase: “Estrelas negras, aqui para iluminar o Brasil”. Buscando as suas origens históricas, o Irão (treinado pelo português Carlos Queiroz) teve como inspiração o lema “Honra da Pérsia”, enquanto a Grécia, do treinador Fernando Santos, terá como frase “Heróis jogam como gregos”. Aqui fica a lista das 32 frases escolhidas para estarem inscritas nos autocarros de cada equipa do Mundial 2014:Alemanha: “Uma nação, uma equipa, um sonho!”Algéria: “Guerreiros do deserto no Brasil”Argentina: “Não somos uma equipa, somos um país”Austrália: "Socceroos: A traçar o caminho para a História!”Bélgica: “Esperem o impossível!”Bósnia: “Dragões no coração, dragões no campo!”Brasil: “Preparem-se! O Hexa está chegando!”Camarões: “Um leão continua um leão”Chile: “Chi, Chi, Chi, Le, Le, Le! Viva o Chile!”Colômbia: “Aqui não viaja uma equipa, viaja um país!”Costa Rica: “A minha paixão é o futebol, a minha força é a minha gente, o meu orgulho é a Costa Rica. ”Coreia do Sul: “Aproveitem, reds!”Costa do Marfim: “Os elefantes à conquista do Brasil!”Croácia: “Com fogo nos nossos corações, pela Croácia todos unidos!”Equador: “Um compromisso, uma paixão, apenas um coração, isto é para ti Equador!”Espanha: “No nosso coração, a paixão de um campeão”Estados Unidos da América: “Unidos pela equipa, guiados pela paixão”França: “Impossível não é uma palavra francesa. ”Gana: “Estrelas negras: aqui para iluminar o Brasil!”Grécia: “Os heróis jogam como gregos”Holanda: “Homens de verdade vestem-se de laranja”Honduras: “Somos um país, uma nação, cinco estrelas de coração”Inglaterra: “O sonho de uma equipa, o bater do coração de milhões!”Irão: “Honra da Pérsia”Itália: “Vamos pintar o sonho do Mundial de azul”Japão: “Samurai, chegou a hora de lutar!”México: “Sempre unidos…sempre Aztecas!”Nigéria: “Apenas unidos conseguimos vencer”Portugal: “O passado é história, o futuro é a vitória”Rússia: “Ninguém nos consegue apanhar!”Suíça: “End Station: 13. 07. 2014 Maracanã!”Uruguai: “Três milhões de sonhos…Vamos Uruguai!”Texto editado por Jorge Miguel Matias
REFERÊNCIAS:
Walter Alvarez: Ciência moderna nasceu com os Descobrimentos portugueses, antes de Copérnico e Galileu
O geólogo, que em 1980 revolucionou a ciência ao descobrir que os dinossauros tinham sido extintos pelo impacto de um asteróide, acredita hoje que a ciência moderna nasceu em Portugal. Na conferência que dá esta quinta-feira à tarde no Porto, na Fundação de Serralves, explica porquê. (...)

Walter Alvarez: Ciência moderna nasceu com os Descobrimentos portugueses, antes de Copérnico e Galileu
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.2
DATA: 2014-05-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: O geólogo, que em 1980 revolucionou a ciência ao descobrir que os dinossauros tinham sido extintos pelo impacto de um asteróide, acredita hoje que a ciência moderna nasceu em Portugal. Na conferência que dá esta quinta-feira à tarde no Porto, na Fundação de Serralves, explica porquê.
TEXTO: Ao propor, em 1980, que o desaparecimento dos dinossauros, há 66 milhões anos, foi acompanhado pela extinção de muitas outras espécies e se ficou a dever ao impacto de um asteróide, o geólogo norte-americano Walter Alvarez tornou-se um desses raros cientistas que alteraram radicalmente a nossa visão do passado. O cientista está no Porto e dará na tarde desta quinta-feira, no Auditório da Fundação de Serralves, pelas 17h30, uma conferência intitulada O Estudo da Grande História – Supercontinentes, e como Portugal Inventou a Ciência. A sessão, que incluirá também o lançamento da edição portuguesa do seu livro As Montanhas de São Francisco – À Descoberta dos Eventos Geológicos que Moldaram a Terra, um relato das suas investigações geológicas nos Apeninos italianos, é co-promovida pelo Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto, dirigido pelo biólogo Nuno Ferrand de Almeida, a quem se deve a tradução deste livro de Alvarez. Professor na Universidade de Berkeley, na Califórnia, onde ensina Grande História, uma nova abordagem que procura quebrar barreiras disciplinares e propor uma narrativa coerente de todo o passado do planeta e do Universo, Walter Alvarez (deve o apelido espanhol aos seus antepassados asturianos) vai tentar demonstrar hoje em Serralves por que é que acredita que a ciência moderna nasceu em Portugal, com os Descobrimentos, e não com Copérnico ou Galileu, como geralmente se aceita. Nesta entrevista, avança alguns argumentos. O título da conferência que vai apresentar em Serralves é O Estudo da Grande História – Supercontinentes, e como Portugal Inventou a Ciência. Presumo que a última parte se refira aos Descobrimentos, mas acha mesmo que marcam o início da ciência ou está a forçar o argumento para ser simpático?Normalmente, as pessoas acham que a ciência moderna começou com Copérnico e Galileu, com Kepler e Newton. O cientista português Henrique Leitão e eu temos trabalhado juntos a partir da ideia de que talvez Portugal tenha sido o lugar onde a ciência moderna se iniciou. Escrevi com o Henrique – ele é um historiador da ciência, mas também um físico – um artigo razoavelmente extenso a defender essa perspectiva. Uma hipótese séria, portanto?Absolutamente. Não estou a brincar. Quer que o convença?Faça o favor. Numa revolução científica, e acho que os Descobrimentos foram uma genuína revolução científica, o que acontece é que alguns conceitos antigos se mostram errados e entra em cena um novo conceito. Darwin fez isso ao perceber que as espécies se formam por selecção natural, e Einstein também o fez, mostrando que Newton só tinha razão parcial e que a sua teoria não funciona quando lidamos com objectos que se movem mesmo muito depressa. No meu campo, o da geologia, tivemos duas revoluções científicas nos últimos 30 ou 40 anos. Com a tectónica de placas provou-se que os continentes se movem, e isso leva-nos aos tais supercontinentes de que falarei na conferência: agora os continentes estão aqui e ali, mas há 200 milhões de anos, o que até nem é assim tanto tempo, estavam todos juntos num supercontinente……mas voltando aos Descobrimentos, que conceitos é que as expedições atlânticas vieram pôr em causa ?Numa revolução científica, as ideiam mudam, e foi isso o que aconteceu em Portugal nos séculos XV e XVI. Antes dos navegadores portugueses, os europeus recuavam a Cláudio Ptolomeu e pensavam que o Oceano Índico era completamente fechado, como um lago enorme, ao qual não se podia chegar navegando. Os portugueses mostraram que era possível atingi-lo por mar contornando a costa africana. Ou seja, todos os mapas baseados em Ptolomeu estavam simplesmente errados. Como geólogo, interessa-me a Terra, e isto era uma grande descoberta acerca da Terra. Numa revolução científica também se desenvolvem novos instrumentos e técnicas, e foi o que os portugueses fizeram, com as caravelas e outros barcos, ou com a invenção do astrolábio. E quer outro argumento? Todas as ciências têm uma base matemática forte, e no tempo dos Descobrimentos existiu um grande matemático, Pedro Nunes. Temos cartas de matemáticos ingleses da época que dizem que ele é o maior matemático vivo. O que Nunes fez foi calcular como se pode navegar no mar alto, no Atlântico. No Mediterrâneo era fácil, ninguém se perdia. Só Ulisses é que andou lá perdido uns 20 anos. . . Há pouco dizia que viveu duas revoluções científicas na geologia…Tive essa felicidade. A primeira foi a tectónica de placas, a outra teve a ver com impactos e extinções em massa. O que acontece numa revolução científica é que é tudo tão emocionante que mal se consegue suportar a excitação. As pessoas aprendem coisas novas e não conseguem esperar para partilhar o que descobriram. Há uma atmosfera eléctrica nos encontros científicos. Henrique Leitão convenceu-me de que foi isso que aconteceu em Portugal durante os Descobrimentos. Estive nos Jerónimos e vi aqueles extraordinários motivos decorativos, com animais, pássaros, cordas, esferas armilares. Deve ter sido tudo tão emocionante, sobretudo depois de uma Idade Média em que as coisas mudaram pouco e devagar. Estou convencido de que foi mesmo uma revolução científica, e como geólogo gosto de pensar que foi uma revolução geológica que inaugurou a ciência.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave campo estudo extinção desaparecimento
INEM tem equipas específicas e material de protecção elevado
Três hospitais portugueses receberão eventuais casos suspeitos de infecção pelo vírus do ébola que cheguem ao país. (...)

INEM tem equipas específicas e material de protecção elevado
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.08
DATA: 2014-08-08 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20140808170403/http://www.publico.pt/1665840
SUMÁRIO: Três hospitais portugueses receberão eventuais casos suspeitos de infecção pelo vírus do ébola que cheguem ao país.
TEXTO: O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) tem equipas específicas e material com um grau de protecção elevado para actuar no socorro e transporte de casos suspeitos de infecção pelo vírus do ébola até aos hospitais de referência. Sempre que este instituto for chamado a socorrer um indivíduo suspeito de estar infectado com o vírus do ébola, serão equipas especializadas a actuar, que receberam uma formação específica, disse fonte do INEM à agência Lusa. Na última quinta-feira, todos os colaboradores do INEM receberam novamente informação sobre o vírus do ébola — que levou esta sexta-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS) a decretar o estado de “emergência de saúde pública de âmbito internacional” —, nomeadamente sobre os sinais e sintomas que a infecção provoca, bem como as formas de actuar. Além da constituição de equipas especializadas e da formação específica, o INEM adquiriu material com um grau de protecção superior, que será usado em casos suspeitos de infecção. O INEM actuará no socorro a casos suspeitos e no seu transporte para os hospitais definidos para atender estes casos, que em Lisboa é o Curry Cabral e o Dona Estefânia e, no Porto, o São João. Carlos Alves, infecciologista e coordenador da Unidade de Prevenção e Controlo de Infecção do Hospital de São João, disse à Lusa que o facto de a OMS ter decretado o estado de emergência mundial de saúde pública não obriga a alterações dos procedimentos daquela unidade hospitalar. “O nosso plano estava estabelecido, continua com os mesmos parâmetros para responder a casos suspeitos ou de doença”, disse o infecciologista de um dos três hospitais de referência em Portugal. Desde Março que o Hospital de São João tem vindo a preparar-se para responder a uma eventual procura de casos suspeitos ou de doença, tendo adquirido para tal algum material de protecção. Carlos Alves considera que o hospital está preparado para responder a eventuais casos suspeitos ou de doença pelo vírus do ébola, nomeadamente ao nível do tratamento de suporte que pode ser oferecido a estes doentes e que pode “fazer a diferença entre a vida e a morte”. “Infelizmente não há um medicamento específico para a doença”, lamentou. Para este infecciologista, a declaração de estado de emergência mundial de saúde pública pela OMS significa que quem está no terreno vai dando indicações de que há a probabilidade dos casos aumentarem. Neste surto, que é o pior de sempre do vírus do ébola desde a sua detecção, em 1976, a epidemia já matou 932 pessoas e infectou mais de 1700 nos quatro países atingidos – Libéria, Serra Leoa, Guiné-Conacri e Nigéria. O surto começou em Dezembro de 2013 na Guiné-Conacri, espalhando-se depois para os outros países africanos. O vírus transmite-se por contacto directo com o sangue, líquidos ou tecidos de pessoas ou animais infectados.
REFERÊNCIAS:
Entidades OMS
Centenas de quilos de cocaína sobrevoam todos os dias o Atlântico rumo a Portugal
Num mês a Polícia Judiciária deteve em Lisboa 18 "correios" de droga. As rotas dos traficantes estão a alterar-se, mas os aeroportos nacionais continuam a ser a principal porta de entrada. (...)

Centenas de quilos de cocaína sobrevoam todos os dias o Atlântico rumo a Portugal
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.8
DATA: 2010-04-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Num mês a Polícia Judiciária deteve em Lisboa 18 "correios" de droga. As rotas dos traficantes estão a alterar-se, mas os aeroportos nacionais continuam a ser a principal porta de entrada.
TEXTO: Fazer chegar à Europa centenas ou mesmo toneladas de cocaína a bordo de navios parece estar a cair em desuso. A tendência actual, recuperando, mas em grande escala, uma actividade que há muitos anos parecia ter sido abandonada, é utilizar passageiros de linhas aéreas que carregam no organismo entre 500 gramas a dois quilos de droga. Por vezes, para efectuarem um percurso entre Lisboa e São Paulo, passam por locais tão improváveis como Amesterdão ou Lima. Só no espaço de um mês, no Aeroporto da Portela, foram detidos 18 destes "correios" e apreendidos mais de 15 quilos de estupefaciente. "Há informação quase diária de portugueses detidos nos diversos aeroportos europeus, mas também no Peru, no Brasil, na Colômbia ou na Venezuela", explica um dos investigadores da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes (UNCTE) da Polícia Judiciária (PJ) contactado pelo PÚBLICO. Essas pessoas, adianta o mesmo responsável, são pagas em quantias que variam consoante a quantidade que transportam e o risco que enfrentam. Quanto recebe um "correio"? São sempre valores muito distantes daqueles que poderá render meio quilo de cocaína nas ruas de uma qualquer cidade europeia, mesmo que as estruturas dos traficantes sejam obrigadas a pagar diversas viagens de avião, que podem incluir três continentes (Europa/América do Sul/África), alojamentos, refeições e pagamento pelo transporte. "Mulas" ou "cagões"Por trás dos grupos de "correios", que nos meios policiais também são conhecidos por "mulas" ou "cagões", estão quase sempre estruturas de traficantes com elevados níveis de sofisticação. Essas estruturas, de acordo com o que a UNCTE tem vindo a desvendar, são muitas vezes constituídas por nigerianos. "Têm [os nigerianos] grupos em todo o lado. Em Portugal, em Espanha, na Europa inteira. Mas também no Brasil, no Peru, na Colômbia e na Venezuela. Onde chega ou de onde parte um "correio" há, de certeza, alguém da estrutura à sua espera e a encaminhá-lo", diz um investigador. A utilização de africanos como "correios" é outro dos fenómenos em crescendo. A PJ, tal como as restantes polícias de investigação criminal europeias e sul-americanas, têm vindo a identificar, sobretudo, guineenses, mas também muitos marfinenses e marroquinos. Muitas destas pessoas apenas falam os dialectos locais dos seus países ou uma só língua. Ainda assim são utilizados em novas e diversificadas rotas, que os levam a Amesterdão, a Frankfurt, a Lima ou a São Paulo. "Há muitos provenientes do Brasil e que são detectados em trânsito em Lisboa e cujo destino final é Marrocos, a Guiné ou a Costa do Marfim. Porquê? Esse ainda é um enigma. Faz parte do acordo [com a estrutura dos traficantes]? Talvez. . . ", referem os polícias. Por outro lado, o facto de não dominarem a língua de determinados países pode ser tido como um trunfo por parte dos traficantes, que ficam assim menos expostos quando uma das suas "mulas" é presa. A prisão de alguém que transporta droga no organismo (também há, mas numa escala bem mais reduzida, aqueles que a transportam em cintas especiais em redor do corpo ou na bagagem) leva, ainda assim, a abrir portas aos investigadores. No caso recente das investigações portuguesas as diligências posteriores à detenção dos "correios" levaram a PJ a mais cinco pessoas directamente relacionadas com o tráfico. Um "correio" é, normalmente, uma pessoa nova (os últimos 18 detidos em Portugal têm entre 27 e 48 anos, sendo dominante o grupo compreendido entre os 30 e os 35), a quem a organização paga o passaporte (quase sempre são apreendidos documentos novos) e as viagens e que é submetido a testes de credibilidade. São quase sempre homens (nos últimos detectados em Lisboa apenas existia uma mulher) e muitos deles são desempregados. É muito raro encontrar um reincidente. Na melhor das hipóteses uma pessoa consegue transportar no organismo até dois quilos de droga. Portugal, dizem os investigadores policiais, é quase sempre um lugar de passagem da cocaína, a qual tem como destino final a Espanha e outros países ocidentais. A maior parte dos "correios" que têm vindo a ser detidos recolhe a cocaína em São Paulo. Ao todo, só deste destino, chegam cerca de 500 pessoas diariamente. Tendo ainda em conta que a transportadora portuguesa é a que mais ligações e melhores relações possui com o Brasil e alguns dos países africanos referenciados no tráfico, é então fácil de explicar o porquê de ser em Lisboa que mais detenções de "correios" se realizam. O retomar das rotas aéreas por parte das organizações de tráfico de cocaína tem pouco mais de dois anos. Pode explicar-se, dizem os investigadores, pelo reforço da vigilância nas rotas marítimas. Porquê arriscar a utilização diária de dezenas de "correios" nos voos intercontinentais em vez de um contentor dissimulado num navio? "Pelos vistos, as rotas aéreas, com a utilização das "mulas" que transportam centenas de quilos de cocaína, garantem aos fornecedores (colombianos, na maioria dos casos) os lucros desejados", diz a polícia.
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Entidades PJ
Deco responde a Mourinho: "Temos o direito de sonhar"
José Mourinho, treinador do Inter, disse que Portugal nem com Ronaldo a mil à hora tem possibilidades de vencer o Mundial deste ano. À chegada ao estágio na Covilhã, Deco disse respeitar a opinião do seu ex-técnico, mas discorda das palavras de Mourinho. (...)

Deco responde a Mourinho: "Temos o direito de sonhar"
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.017
DATA: 2010-05-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: José Mourinho, treinador do Inter, disse que Portugal nem com Ronaldo a mil à hora tem possibilidades de vencer o Mundial deste ano. À chegada ao estágio na Covilhã, Deco disse respeitar a opinião do seu ex-técnico, mas discorda das palavras de Mourinho.
TEXTO: “É uma opinião que tem de ser respeitada”, disse o médio do Chelsea, que se juntou esta manhã à selecção. “Temos de fazer o nosso trabalho”, afirmou o luso-brasileiro, reconhecendo que a selecção só pode vencer o Mundial se “estiver muito bem e fizer jogos fantásticos”: “Mas temos capacidade para sonhar e o direito a sonhar com isso. ”Serão as palavras de Mourinho uma forma de motivar os jogadores? “Ele é especialista nisso e tenho a certeza que está a torcer por Portugal”, respondeu Deco, que evitou grandes comentários sobre as críticas de Mourinho à naturalização de brasileiros por outras selecções. “Mourinho e as outras pessoas são livres de expressar o que pensam”, respondeu o jogador nascido em São Bernardo do Campo. “Tenho a minha história em Portugal e toda a gente sabe quais são os meus motivos. ”"Temos mais soluções e qualidade"O médio do Chelsea comparou ainda esta selecção com a que há quatro anos chegou ao quarto lugar na Alemanha. “Temos mais soluções e qualidade. A outra tinha mais experiência. As duas são boas. ”Olhando para a fase de grupos, Deco vê o embate com a Costa do Marfim como o “jogo chave”, concordando que, “pelos nomes”, trata-se da melhor selecção africana. Por isso, o médio define como objectivo principal “passar a primeira fase”: “A partir daí, tudo pode acontecer”, explicou o médio do Chelsea, considerando que seria uma “decepção” ser eliminado logo na fase de grupos. Nas palavras aos jornalistas, Deco revelou sentir-se bem, apesar de não ter participado nos últimos jogos do Chelsea, e reafirmou a intenção de abandonar a selecção após o Mundial deste ano.
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Entidades DECO
Ricardo Carvalho: selecção tem de "melhorar obrigatoriamente"
O central Ricardo Carvalho vai estar pela quarta vez numa grande competição internacional e admitiu nesta sexta-feira que a selecção portuguesa de 2006 foi a mais forte em que esteve. E defendeu que a actual tem de "melhorar obrigatoriamente". (...)

Ricardo Carvalho: selecção tem de "melhorar obrigatoriamente"
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-05-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: O central Ricardo Carvalho vai estar pela quarta vez numa grande competição internacional e admitiu nesta sexta-feira que a selecção portuguesa de 2006 foi a mais forte em que esteve. E defendeu que a actual tem de "melhorar obrigatoriamente".
TEXTO: O ano de “2004 foi fantástico. A maior parte dos jogadores era nova, eu próprio era mais novo, e fizemos um bom trabalho. Foi empolgante depois do primeiro jogo. Mas a mais forte de todas foi a de 2006, porque tínhamos referências importantes que vinham de alguns anos e tínhamos jogadores mais jovens e irreverentes”, disse o central do Chelsea, em conferência de imprensa. Ricardo Carvalho reconheceu ainda que a selecção portuguesa não está tão bem como devia. “Não fizemos uma boa campanha no apuramento e com Cabo Verde podíamos ter feito melhor. Há que melhorar. Olhando para trás, tivemos bons jogos, mas houve outros em que podíamos ter feito melhor. Temos de melhorar obrigatoriamente”, admitiu o jogador do Chelsea. Para o central, o Brasil é “teoricamente a equipa mais forte”: “A outra vaga será entre nós e Costa do Marfim. Se começarmos bem, temos mais hipóteses”, disse o português, considerando “importantíssimo” o primeiro jogo do Mundial, frente à formação africana. "Temos jogadores que fazem a diferença na frente"Ricardo Carvalho mostrou-se ainda satisfeito pelo facto de Portugal não sofrer golos há sete jogos, mas também reconheceu que no ataque há que melhorar: “Temos jogadores que fazem a diferença na frente, mas infelizmente não temos criado tantas oportunidades como podemos. ”No plano pessoal, Ricardo Carvalho chega ao Mundial, depois de uma lesão no tornozelo direito, que o afastou dos relvados durante dois meses. O central revelou que no jogo com Cabo Verde ainda sentiu “algumas restrições no tornozelo”, mas acrescentou que está a fazer trabalho específico e se está a sentir melhor. “Se continuar a melhorar, para a semana devo estar a 100 por cento”, disse, sublinhando que está a recuperar “o tempo perdido nos últimos dois meses”. O central do Chelsea foi ainda confrontado com a boa exibição de Fábio Coentrão frente a Cabo Verde. “No jogo de preparação com Cabo Verde foi dos melhores”, afirmou Ricardo Carvalho, concordando que o benfiquista tem possibilidades de ser titular. “Evoluiu bastante, porque defesa-esquerdo não é a sua posição de raiz. É um valor seguro da selecção”, considerou. Ricardo Carvalho, por outro lado, recusou confirmar a notícia do jornal O Jogo, que hoje adianta que cada jogador receberá 340 mil euros caso Portugal vença o Mundial. “Perguntem aos dirigentes da federação”, respondeu ainda o defesa. Tiago integrado e Pepe ausenteApós a conferência de imprensa, os jogadores portugueses iniciaram o treino, o único agendado para o dia de hoje na Covilhã, com o médio Tiago a realizar com os restantes companheiros o aquecimento. Mas, nos primeiros 15 minutos de treino abertos à comunicação social, o central Pepe não esteve presente no relvado do Complexo Desportivo da Covilhã. Notícia actualizada às 12h32
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Palavras-chave ataque social marfim
"Vou marcar golos e ajudar Portugal a vencer jogos"
Na única entrevista a um órgão de comunicação social português, Ronaldo diz que a selecção estará a postos quando começar o Mundial. (...)

"Vou marcar golos e ajudar Portugal a vencer jogos"
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.8
DATA: 2010-05-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: Na única entrevista a um órgão de comunicação social português, Ronaldo diz que a selecção estará a postos quando começar o Mundial.
TEXTO: Ronaldo deixa, mais do que uma promessa, uma garantia aos adeptos portugueses, a 12 dias do arranque do Campeonato do Mundo de Futebol: "Tenho a certeza: vou marcar golos e ajudar Portugal a vencer jogos. " Na única entrevista concedida (por e-mail) a um órgão de comunicação social português antes do arranque da prova na África do Sul, o capitão da selecção portuguesa diz ter a consciência de que Portugal ficou no grupo mais difícil e, até por isso, "importa ganhar o primeiro jogo com a Costa do Marfim". O objectivo, diz, é "ir o mais longe possível", talvez mesmo "chegar às meias-finais". "E, se chegarmos às meias-finais, quem sabe se não estaremos na final?", interroga-se Ronaldo, que garante continuar a arrepiar-se sempre que ouve o hino nacional. O jogador do Real Madrid não está preocupado com o sistema táctico que irá ser utilizado por Carlos Queiroz, nem com os parceiros que o seleccionador nacional irá escolher para jogar a seu lado. Porque lhe é indiferente a posição em que irá ser utilizado e porque garante confiar em todos os companheiros. Cristiano aborda ainda o seu ano de estreia na Liga de Espanha, reconhecendo sentir-se "frustrado e muito triste" por o Real Madrid não ter vencido nenhuma competição, situação que, de resto, o faz recordar os primeiros anos em Inglaterra. "Mas daqui a um ano a história será diferente", promete. Não está arrependido de ter trocado o Manchester United pelo Real Madrid, embora confesse ter saudades da cidade inglesa, onde, durante seis anos, cresceu, amadureceu e foi feliz. A comparação com o argentino Leonel Messi foi contornada com elegância, aproveitando a circunstância para elogiar a qualidade do futebol do Barcelona. Reconhece que os ambientes adversos o motivam e continua a sonhar ser pai, talvez mesmo antes de se casar. Depois de um apuramento complicado, os portugueses não estão muito optimistas relativamente à participação de Portugal no Mundial. O que lhes pode prometer?Trabalho, muito trabalho, dedicação, concentração e também optimismo. Vamos demonstrar que somos uma grande equipa. Portugal está no mesmo grupo do Brasil, um dos principais candidatos ao título mundial, e da Costa do Marfim, vista como a selecção africana mais forte. O que terá de fazer para não correr riscos de falhar o apuramento para a segunda fase?Considero que ficámos no grupo mais difícil, mas quanto a isso nada há a fazer. Na minha opinião, o jogo com a Costa do Marfim, por ser o primeiro, vai ser crucial. Temos um único objectivo: vencer para entrarmos bem na prova. Não será fácil, todos nós o sabemos, mas temos todas as condições para seguir em frente. E, se ultrapassarmos a fase de grupos - como acredito que irá acontecer -, 50 por cento do objectivo estará cumprido. Depois veremos até onde poderemos chegar, pensando sempre jogo a jogo, mantendo-nos fortes, coesos e concentrados. O grupo está motivado e isso é muito importante. Importante é ter um colectivo muito forte. Uma das situações mais insólitas na fase de apuramento foi o facto de o Cristiano não ter marcado nenhum golo. Como explica isso? Acha que na África do Sul estará em condições de apresentar uma produção mais fecunda?Não acho, tenho a certeza: vou marcar golos e ajudar Portugal a vencer jogos. Como reage quando lê ou ouve que rende mais nos clubes do que na selecção?Respeito, mas não concordo. Mas o que significa verdadeiramente para si jogar na selecção?Um imenso orgulho, que ainda não consigo descrever, e uma grande honra. É o meu país, é a minha nação, é a minha pátria que estou a representar. Continuo a arrepiar-me sempre que ouço o hino e tenho a certeza de que irá continuar a ser assim. Ficou surpreendido com a lista de 24 jogadores convocados por Carlos Queiroz?Não. Acho que temos todos de respeitar as escolhas do treinador e, na minha opinião, foram as melhores opções. Mas todos sabem que em cada um de nós há um treinador, que mudaria sempre um ou outro jogador. Com todo o respeito por aqueles que ficaram de fora deste grupo, acho que foram as melhores opções. Prefere jogar nas alas ou no meio, como poderá acontecer quando Portugal utilizar o sistema alternativo (4x4x2 losango) introduzido por Queiroz? Entende-se bem como Liedson?Prefiro jogar em qualquer lado. Não importa a posição, importa o rendimento, importa a contribuição para as vitórias, as assistências, os golos. Entendo-me bem com o Liedson, com o Hugo Almeida, com o Simão, com o Nani. Com todos. Acha que a mudança táctica poderá trazer-nos vantagens e tornar a selecção nacional mais equilibrada?Estamos a definir a nossa identidade e a trabalhar em função dos jogadores que temos. Quando começar o Mundial, estaremos preparados para encarar os jogos com competitividade, concentração e ambição, independentemente das variações tácticas que possam ser introduzidas. É com essa perspectiva que estamos a trabalhar na Covilhã. O que seria para si uma boa participação de Portugal no Mundial?Ir o mais longe possível. Talvez chegar a uma meia-final. E, se chegarmos às meias-finais, quem sabe se não estaremos na final?
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave concentração social marfim