Jejum de conquilha acaba mas agora o perigo vem do mexilhão
Foram perguntas e negativas recorrentes, desde o início de Julho, nos fins de tarde nas esplanadas do Algarve: "Há conquilhas?... Não!" A maioria não queria saber a razão, e também poucos empregados o sabiam justificar, mesmo que aquele jejum já durasse há quase dois meses. O acto imediato era pedir amêijoas, em substituição, ainda que petisco mais fino, mas também bem mais caro. Que, por acréscimo, pede a troca da cerveja por um branco bem fresco, o que onera ainda mais a refeição. Foi assim que aconteceu até sexta-feira, altura do levantamento da interdição de apanha e comercialização do "tremoço do mar". (...)

Jejum de conquilha acaba mas agora o perigo vem do mexilhão
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.2
DATA: 2011-08-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: Foram perguntas e negativas recorrentes, desde o início de Julho, nos fins de tarde nas esplanadas do Algarve: "Há conquilhas?... Não!" A maioria não queria saber a razão, e também poucos empregados o sabiam justificar, mesmo que aquele jejum já durasse há quase dois meses. O acto imediato era pedir amêijoas, em substituição, ainda que petisco mais fino, mas também bem mais caro. Que, por acréscimo, pede a troca da cerveja por um branco bem fresco, o que onera ainda mais a refeição. Foi assim que aconteceu até sexta-feira, altura do levantamento da interdição de apanha e comercialização do "tremoço do mar".
TEXTO: A culpa foi de uma biotoxina (DSP-Diarrheic Shellfish Poisoning/Toxina Diarreica de Frutos do Mar) gerada por fitoplâncton, microalga que contaminou o bivalve. Que não mata, mas que pode debilitar seriamente quem o consuma. Neste caso, e consoante a quantidade ingerida, pode provocar diarreias, vómitos, dores abdominais, fraqueza muscular e cefaleias durante dois a três dias. Agora é o mexilhão que está sob restrições, pelas mesmas razões, no Sotavento algarvio, entre Olhão e Faro, mas também na ria de Aveiro. A ria de Aveiro, de acordo com dois investigadores do Laboratório do Centro Regional de Investigação Pesqueira do Centro (Aveiro) e do Instituto de Investigação das Pescas e do Mar (Ipimar), "é das zonas mais afectadas do país", mas, "na costa sudoeste e sul, a conquilha é o principal vector de DSP oriundo do litoral costeiro, enquanto os bivalves dos estuários e lagoas apresentam geralmente um risco baixo. " No estuário do Mondego, o problema afecta a lambujinha, também contaminada por toxina, mas a PSP (Paralytic Shellfish Poisoning/Toxina Paralisante de Frutos do Mar), alerta o Ipimar na sua página na Internet. Aquela biotoxina pode causar morte por asfixia, ao afectar a musculatura do tórax. Trata-se de um risco para a saúde pública, mas que dificilmente chega ao conhecimento dos consumidores, que se não procuram a informação, esta também não lhes chega de forma clara ou inequívoca. Ao Ipimar cabe a colheita e análise das amostras das espécies, que, em caso de risco, alerta as autoridades marítimas. O passo seguinte é a colocação de edital nas capitanias com o anúncio de proibição de apanha e comercialização dos bivalves afectados por biotoxinas. Os profissionais da pesca têm a obrigação de sabê-lo, mas banhistas e turistas, ou simplesmente a população local, não cuidam de o saber. E se não procuram, também não lhes chega. E vai de as apanhar na praia, durante a maré baixa. Servirão de aperitivo para o jantar. Alertas e coimasÀ Polícia Marítima cabe a vigilância desta prática, de lazer, pelo que não reprime, mas informa, quando para isso dispõe de efectivos. Já os pescadores - os embarcados, com a arte da ganchorra, ou os apeados, com o aparelho de arco - que não respeitem a proibição de apanha são admoestados com coimas. Há quem tenha licença para a apanha, mas muitos outros, centenas mesmo, exercem a actividade na ilegalidade. Dizem que é a única forma de sustento familiar. Proveitosa é, mas muito mais para os restaurantes. Um destes mariscadores, que pediu para não ser identificado, diz que tem vários clientes (restaurantes) que lhe pagam à volta de 15 euros o quilograma, mas que depois vendem cada dose (cerca de 200 gramas) a oito euros. "Isto dá muito trabalho, é duro, e depois é preciso fazer a escolha", explica. A escolha é separar a conquilha, à mão ou com uma peneira de rede, de todo o cascalho que entra para o saco. A empregada do snack-bar na marginal de Cabanas, vila piscatória e de veraneio do concelho de Tavira, igualmente muito procurada para tais petiscos, admite não saber qual a razão para jejum tão prolongado, mas arrisca uma possível explicação de que se trata do defeso da espécie. Era quinta-feira, um dia antes da data de levantamento da interdição: "Sabe, estão pequenitas, por isso não se apanha. " A maioria dos proprietários não se arrisca a comercializar em período de restrição, não só pela coima a que ficariam sujeitos, mas também pelo risco de saúde que dali poderia advir para o cliente. E a algum processo em tribunal. Situação normal"Não tenho conhecimento, até agora, de algum problema grave que esteja associado a consumo de bivalves cuja apanha esteja proibida", afirma Lurdes Guerreiro, directora executiva do Agrupamento de Centros de Saúde do sotavento, que associa as unidades de saúde de Tavira, Castro Marim, Alcoutim e Vila Real de Santo António.
REFERÊNCIAS:
Entidades PSP
Clima nos Açores aproxima-se das características mediterrânicas
O clima dos Açores encontra-se numa transição de temperado marítimo para próximo do mediterrânico, explicou hoje Eduardo Brito Azevedo, do Centro de Clima, Meteorologia e Mudanças Globais (CLIMAAT) da Universidade dos Açores. (...)

Clima nos Açores aproxima-se das características mediterrânicas
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DATA: 2011-08-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: O clima dos Açores encontra-se numa transição de temperado marítimo para próximo do mediterrânico, explicou hoje Eduardo Brito Azevedo, do Centro de Clima, Meteorologia e Mudanças Globais (CLIMAAT) da Universidade dos Açores.
TEXTO: “Podemos estar a assistir à transição para um incremento de um clima mediterrânico, que se caracteriza por menos chuva no verão, por exemplo, o que se pode acentuar na próxima década”, afirmou o investigador, acrescentando, no entanto, que “isto não é uma previsão mas um cenário”, realçou o investigador. Eduardo Brito Azevedo, que falava aos jornalistas no final de uma visita de deputados regionais do PSD às instalações do CLIMAAT, salientou que “quem faz política, tem de estar preparado para esta situação”. Numa altura em que o setor agrícola dos Açores atravessa dificuldades devido à seca que se faz sentir, Eduardo Brito Azevedo salientou que “o clima que caracterizava o arquipélago dos Açores, com chuvas mais regulares por períodos mais pequenos de pluviosidade, pode estar em causa no futuro com chuvas mais dispersas no tempo, por períodos e intensidade mais longa”. “Isto faz com que muita dessa água se perca para o mar o que põe em causa os recursos hidrológicos uma vez que os terrenos não conseguem absorver tal quantidade de água”, acrescentou. Por seu lado, o deputado regional do PSD/Açores António Ventura frisou que “sem água não é possível sustentar a agricultura”, defendendo “a implementação de medidas que ajustem a actividade agrícola à imponderabilidade do clima”. “Como solução, defendemos uma aproximação da política à investigação e experimentação para encontrar novas espécies de cultivo de milho ou gramíneas e leguminosas que constituam pastagens mais resistentes à ausência de precipitação”, afirmou. Para António Ventura, estas medidas permitiriam “evitar o grande perigo que é a dependência alimentar animal e, por consequência, humana”, procurando por isso “basear a alimentação na produção local”. O deputado social-democrata açoriano considerou ainda “fundamental” a criação de um serviço agrometeorológico, para permitir que os agricultores possam ter informação que os ajude na tomada de decisões. “Esse serviço permitiria aos agricultores saber quando colher ou semear, que são hoje trabalhos de grande incerteza na vida de uma exploração agrícola”, disse. Por outro lado, defendeu a “elaboração de um plano ou um programa de restabelecimento da produtividade das pastagens que estão altamente degradadas e a tornar-se altamente improdutivas”. “Se até ao final de Setembro persistir a falta de chuva não há pastagem que consiga repor a sua flora para alimentação animal com a mesma energia que detinha”, frisou António Ventura.
REFERÊNCIAS:
Partidos PSD
Já sabemos o segredo da “loirinha”
Durante cinco séculos, o segredo da fermentação das cervejas de tipo lager, geralmente claras, resistiu às investidas de quem que o tentava desvendar. Tudo o que se sabia até agora é que, nas caves e nos mosteiros da Bavaria, na actual Alemanha, onde os mestres cervejeiros guardavam as bebidas, uma nova levedura se tinha fundido por acaso com a espécie utilizada há milhares de anos na produção de cerveja e daí resultou uma cerveja mais clara, leve e fermentada a temperaturas baixas. (...)

Já sabemos o segredo da “loirinha”
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento -0.2
DATA: 2011-08-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: Durante cinco séculos, o segredo da fermentação das cervejas de tipo lager, geralmente claras, resistiu às investidas de quem que o tentava desvendar. Tudo o que se sabia até agora é que, nas caves e nos mosteiros da Bavaria, na actual Alemanha, onde os mestres cervejeiros guardavam as bebidas, uma nova levedura se tinha fundido por acaso com a espécie utilizada há milhares de anos na produção de cerveja e daí resultou uma cerveja mais clara, leve e fermentada a temperaturas baixas.
TEXTO: Que levedura era essa foi agora revelado por cientistas portugueses, argentinos e norte-americanos, na revista Proceedings of the National Academy of Sciences. Ao fim de seis anos de investigação, a equipa descobriu que o antepassado selvagem da levedura da cerveja lager ainda vive nas florestas da Patagónia. Portanto, no século XV, quando os europeus começaram a transportar pessoas e mercadorias de um lado para o outro, através do Atlântico, uma espécie de levedura da América do Sul viajou milhares de quilómetros, quem sabe se num pedaço de madeira ou no estômago de uma mosca-da-fruta, e acabou por ir parar às caves e mosteiros da Europa Central. Ao fundir-se com a levedura até aí usada, numa feliz coincidência que muitos agradecem hoje, deu origem a um híbrido, que permitiu a fermentação da cerveja a temperaturas baixas. “Os cientistas sabem, desde há muito, que a levedura cervejeira é um híbrido que resultou da fusão de duas espécies de levedura. No entanto, apenas uma delas era conhecida – a Saccharomyces cerevisiae, que há milhares de anos produz o vinho, leveda a massa de pão e fermenta a cerveja ale”, explicou o microbiólogo José Paulo Sampaio, do Centro de Recursos Microbiológicos da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, citado pela agência Lusa. “A segunda espécie, responsável por um conjunto de características que permitem a fermentação a baixas temperaturas, permaneceu durante décadas um enigma, porque aparentava ser claramente distinta das mais de mil espécies de leveduras conhecidas”, acrescentou o cientista. “A fusão destas duas leveduras, evolutivamente estão tão separadas como o homem e a galinha, terá ocorrido nos fermentadores de cerveja lager, num processo de selecção artificial promovido pelos mestres cervejeiros”, referiu ainda José Paulo Sampaio, que liderou a equipa. “Ao longo da história fomos domesticando plantas, como o trigo e o milho, e animais, como o boi e o cavalo. O mesmo aconteceu com os micróbios: neste caso, se entendermos como decorreu o processo de domesticação, e avaliando as diferenças entre o micróbio selvagem e o micróbio domesticado, podemos perceber melhor a natureza das alterações associadas à domesticação e usar esse conhecimento para melhorar ou diversificar os alimentos produzidos por microrganismos”, acrescentou o investigador. “A lager surgiu na Bavaria no século XV, no final do século XIX já era muito apreciada e tornou-se, desde então, na técnica mais popular de produção de bebidas alcoólicas, com mais de 250 mil milhões de dólares [173 mil milhões de euros] de vendas globais em 2008”, refere o artigo que, entre os portugueses, é ainda assinado por Elisabete Valério e Carla Gonçalves, também do Centro de Recursos Microbiológicos. A nova espécie de levedura, que a equipa baptizou com o nome científico Saccharomyces eubayanus, nunca foi encontrada noutra região da Terra além da Patagónia. “Há décadas que se anda à procura desta coisa. E agora encontrámo-la”, realçou, por sua vez, um dos autores norte-americanos do estudo, o geneticista Chris Todd Hittinger, da Universidade Wisconsin-Madison. “É claramente a espécie perdida”, disse, citado num comunicado da universidade. Se esta levedura existe noutra região na natureza, ainda ninguém a encontrou. Agora, que se conhece a verdadeira identidade genética por detrás da cerveja saboreada por tantos, por cá com a alcunha de “loirinha”, os cientistas querem perceber o caminho feito por esta levedura há 500 anos. Vai uma cerveja fresquinha?
REFERÊNCIAS:
Há 8,7 milhões de espécies na Terra, a maioria por descobrir
O planeta Terra terá 8,7 milhões de espécies, das quais 2,2 milhões vivem nos oceanos, mas a grande maioria ainda está por descobrir, descrever e catalogar, conclui um estudo publicado nesta terça-feira na revista online Public Library of Science Biology (PLoS Biology). (...)

Há 8,7 milhões de espécies na Terra, a maioria por descobrir
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DATA: 2011-08-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: O planeta Terra terá 8,7 milhões de espécies, das quais 2,2 milhões vivem nos oceanos, mas a grande maioria ainda está por descobrir, descrever e catalogar, conclui um estudo publicado nesta terça-feira na revista online Public Library of Science Biology (PLoS Biology).
TEXTO: A nova estimativa das espécies foi feita pelos cientistas que integraram um projecto de dez anos do Censos da Vida Marinha e baseia-se numa técnica de análise que permite uma estimativa mais precisa. Antes, apontava-se que o número de espécies existentes se situava entre os três e os 100 milhões. “A questão de quantas espécies existem intrigou os cientistas desde há vários séculos e a resposta é agora particularmente importante porque as várias actividades humanas estão a acelerar as extinções”, disse em comunicado Camilo Mora, da Universidade de Dalhouise, no Canadá, um dos autores do estudo. “Muitas espécies podem desaparecer antes mesmo de sabermos da sua existência, da função nos ecossistemas ou da potencial contribuição para melhorar o bem-estar humano”. Para chegarem a este número, os investigadores olharam para a árvore da vida, que faz agrupamentos artificiais cada vez maiores e mais gerais das espécies. Os humanos pertencem à espécie Homo sapiens, ao género Homo, à família dos hominídeos (como o chimpanzé), à ordem dos primatas (juntamente com o lémure), à classe dos mamíferos (onde se inclui por exemplo o gato), ao filo dos cordados (que inclui peixes, aves ou répteis) e, finalmente, ao reino dos animais, como as formigas, as anémonas e as lombrigas. Cada espécie é ordenada desta maneira. Por isso, desde que o naturalista sueco Carl Lineu começou a sistematizar a vida natural, no século XVIII, a ciência construiu uma árvore da vida para os animais, que inclui um reino, 32 filos, 90 classes, 493 ordens, 5403 famílias e 94. 240 géneros. As espécies até agora descobertas são 953. 434. Mas, quando a equipa do Canadá desenhou um gráfico com o número de cada nível da árvore, verificaram que se formava uma curva bem desenhada que previa a existência de 7, 77 milhões de espécies de animais. Foi assim que chegaram ao número total de espécies, depois de aplicarem a mesma estimativa a todas os reinos da vida, o que inclui, entre outros, plantas e fungos. Ao todo, 91 por cento das espécies que povoam os oceanos e 86 por cento das que estão em terra ainda são desconhecidas. Ou seja, já estão catalogados 1, 32 milhões de espécies. As estimativas obtidas em relação às bactérias e aos protozoários não são tão seguras. “Se não soubermos qual o número de pessoas de uma nação, como poderemos planear o futuro?”, questionou Boris Worm, outro membro da equipa, também da Universidade de Dalhousie, comparando o problema com a biodiversidade. “A humanidade comprometeu-se a salvar as espécies da extinção, mas até agora tínhamos apenas uma pequena ideia de quantas existem”, acrescenta. Boris Worm refere que a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza, recentemente actualizada, aponta para 59. 508 espécies, das quais 19. 625 estão classificadas como ameaçadas, ou seja, menos de um por cento das espécies de todo o mundo. O estudo sugere ainda que com as técnicas tradicionais para descobrir e descrever espécies só daqui a 1200 anos, através do trabalho de 300 mil especialistas, e gastando 364 mil milhões de dólares (252 mil milhões de euros) é que as 8, 7 milhões de espécies entrariam no catálogo da vida. No entanto, os cientistas notam que as novas técnicas de ADN vão reduzir certamente o custo e o tempo desta empreitada.
REFERÊNCIAS:
BE quer criar “imposto de solidariedade” sobre fortunas acima de dois milhões
O BE apresentou hoje um projecto de lei para a criação de um “imposto de solidariedade sobre as grandes fortunas”, incidindo no património global acima de dois milhões de euros. (...)

BE quer criar “imposto de solidariedade” sobre fortunas acima de dois milhões
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DATA: 2011-08-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: O BE apresentou hoje um projecto de lei para a criação de um “imposto de solidariedade sobre as grandes fortunas”, incidindo no património global acima de dois milhões de euros.
TEXTO: O imposto incidirá, segundo a proposta do Bloco, sobre valores mobiliários, incluindo partes sociais (quotas, acções ou obrigações), créditos, instrumentos de poupança, propriedade imobiliária (terrenos e imóveis), meios de transporte, cavalos, gado, ouro, prata, metais e pedras preciosas, entre outro património. O imposto, a título permanente, pretende corrigir o “défice fiscal em Portugal dos mais abastados”, apontou o deputado bloquista Luís Fazenda, defendendo que uma “relativa equidade fiscal” só será alcançada com uma combinação de medidas, que incluem também a taxação das mais-valias bolsistas e o combate a uma “evasão fiscal organizada” do sector financeiro. “Tudo isso em conjunto é que poderá, finalmente, trazer uma relativa equidade fiscal: a combinação da existência de um imposto sobre as grandes fortunas, taxas adequadas de IRS, o englobamento para efeitos de IRS de todos os rendimentos, eliminando taxas liberatórias, e o imposto sobre as mais-valias bolsistas para as empresas e SGPS”, expôs, em conferência de imprensa. O projecto de lei foi entregue hoje no gabinete da Assembleia e as restantes medidas serão apresentadas em sede de discussão do Orçamento do Estado. “É preciso começar, o sinal político é começar”, afirmou, considerando este imposto “prudente”. De fora, ficam, por exemplo, as colecções de arte, sublinhou, em conferência de imprensa, Luís Fazenda, que considerou que este imposto “não castiga nem a classe média nem valores patrimoniais já relativamente elevados”. “Não afecta nada daquilo que poderia eventualmente cair na alçada da acusação de um excesso fiscal ou de um confisco sobre grandes fortunas”, argumentou. Luís Fazenda não apresentou nenhuma estimativa sobre o que o Estado poderá arrecadar, porque “não há experiência em Portugal de avaliação de património”. “De algum modo, é um imposto experimental”, afirmou. “Vamos ver, ao longo de vários exercícios, como é que pode avaliar-se realmente o património imobiliário e mobiliário que está sedeado em Portugal, de residentes e de não residentes, a partir de dois milhões de euros”, disse.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave lei
"Juramaia sinensis" é o mais antigo fóssil de mamífero com placenta
Tinha apenas 15 a 17 gramas, viveu há 160 milhões de anos e era muito parecido com os murganhos de hoje. Eis o fóssil mais antigo de um mamífero placentário, que foi descoberto na Província de Liaoning, na China, e é revelado ao mundo na última edição da revista “Nature”. (...)

"Juramaia sinensis" é o mais antigo fóssil de mamífero com placenta
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DATA: 2011-08-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: Tinha apenas 15 a 17 gramas, viveu há 160 milhões de anos e era muito parecido com os murganhos de hoje. Eis o fóssil mais antigo de um mamífero placentário, que foi descoberto na Província de Liaoning, na China, e é revelado ao mundo na última edição da revista “Nature”.
TEXTO: A equipa do paleontólogo Zhe-Xi Luo, do Museu de História Natural Carnegie, em Pittsburgh, nos Estados Unidos, deu ao animal o nome científico “Juramaia sinensis”, que significa “mãe jurássica da China”. Esta descoberta revela que a separação entre os mamíferos placentários e os metatérios, que têm nos mamíferos marsupiais os seus descendentes actuais, ocorreu 35 milhões de anos mais cedo do que se pensava até agora. O “Juramaia sinensis” retira assim o recorde do mamífero com placenta mais antigo ao “Eomaia”, com 125 milhões de anos, descrito em 2002 também por Zhe-Xi e John Wible, igualmente do Museu de História Natural Carnegie. Em Portugal, nas minas da Guimarota, perto de Leiria, encontrou-se, em 1976, o primeiro esqueleto de um mamífero do Jurássico, também do tamanho de um ratinho, o que as tornou desde então mundialmente conhecidas. “Com 160 milhões de anos, o ‘Juramaia’ é a tia-bisavó ou a bisavó de todos os mamíferos placentários que prosperam hoje”, realçou Zhe-Xi, num comunicado do museu. Além do crânio ou da impressão dos pêlos, o novo fóssil preservou aspectos importantes que permitiram à equipa perceber que estava na presença de um mamífero com placenta (ou eutério). É o caso dos dentes e das garras das patas dianteiras. “Os dentes do ‘Juramaia’ têm todas as características típicas nos dentes dos eutérios. Especificamente, os eutérios têm três molares e cinco pré-molares, o que contrasta com os metatérios, caracterizados por quatro molares e três pré-molares”, explicou Zhe-Xi, citado pela BBC online. “Além disso, os ossos das patas da frente e dos pulsos têm características dos eutérios e não apresentam nenhuma dos metatérios. ” Cerca de 90 por cento dos mamíferos da Terra têm placenta, pelo que a descoberta do seu antepassado mais antigo até agora é mais uma peça para compreender a história da sua evolução. Ou os seus modos de vida iniciais: neste caso, o “Juramaia” gostava muito de trepar às árvores. “A estrutura das suas mãos sugere que era capaz de trepar. Por isso, interpretamo-lo como mamífero insectívoro trepador de árvores que caçava insectos para viver”, refere Zhe-Xi.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave animal
Mariano Rajoy pede repartição de esforços com justiça e equidade
Mariano Rajoy, líder do Partido Popular (PP) espanhol, considerou nesta quinta-feira que a justiça e a equidade são fundamentais para que os cidadãos compreendam os sacrifícios que lhes são pedidos para vencer a crise. (...)

Mariano Rajoy pede repartição de esforços com justiça e equidade
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DATA: 2011-09-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: Mariano Rajoy, líder do Partido Popular (PP) espanhol, considerou nesta quinta-feira que a justiça e a equidade são fundamentais para que os cidadãos compreendam os sacrifícios que lhes são pedidos para vencer a crise.
TEXTO: O líder do principal partido da oposição espanhola, que participou na Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide, considerou também fundamental explicar as medidas de uma forma verdadeira e que essas conduzam a um futuro melhor. “São exigidos grandes esforços a curto prazo. Sociedades maduras como as nossas podem aceitá-los – já os aceitaram noutros momentos – se se cumprirem três requisitos: o primeiro, que lhes sejam explicados de uma forma verdadeira; segundo, que conduzam a um futuro melhor, de acordo com um plano que as pessoas possam perceber e partilhar; terceiro, mas não menos importante, que esses esforços sejam repartidos com justiça e equidade”, afirmou Rajoy, ao longo de um discurso de meia hora que foi muito aplaudido pelos jovens alunos da universidade social-democrata. Numa intervenção que considerou ser “uma reflexão sobre os desafios que Portugal e Espanha têm pela frente”, Mariano Rajoy, que disputa eleições para o Governo de Espanha em Novembro próximo, também trazia palavras duras para os socialistas espanhóis e portugueses. “Qual foi o legado que os governos socialistas nos deixaram aos nossos países ao longo destes anos? (…) A resposta é simples: estancamento da economia, alto endividamento, perda de competitividade e, o principal e mais doloroso, um desemprego insuportável ”, afirmou. O resultado das governações socialistas levou também a que, acrescentou, “a atenção das instituições financeiras e dos mercados se fixassem, entre outros, nos nossos países”: “E vocês conhecem bem a severidade das medidas que tiveram de adoptar, no acordo com a União Europeia e com o Fundo Monetário Internacional, com o objectivo de combater o rombo na economia. ”Para o líder do PP espanhol, os socialistas “negaram a crise desde o princípio” e, “quando não puderam negar a evidência, banalizaram-na como se se tratasse de um mal-estar leve e passeiro”. Unidade europeiaRajoy centrou igualmente muito do seu discurso na unidade europeia, afirmando que, “numa altura em que no mundo civilizado pesam cada vez mais os grandes blocos económicos”, a Europa “não pode perder dimensão e perder a força”. “Para isso é preciso avançar decididamente para a governação europeia, perseguindo três objectivos: a competitividade, a coordenação e a solidariedade. Precisamos de mais Europa e não menos. Mais coordenação e não menos. Mais união política e não menos”, acrescentou. E ao nível comunitário, Rajoy lembrou que são muitas as áreas em que coincidem as prioridades dos dois países, destacando agricultura e pescas: “Ambos os sectores vivem momentos cruciais. Refiro-me às reformas que se preparam na Política Agrícola Comum e na Política de Pescas Comum. Temos de procurar que os interesses dos dois países sejam tidos em conta. ”Rajoy assegurou ainda que, se ganhar as eleições de Novembro, bater-se-á para que a Cimeiras Ibéricas voltem a ser anuais, salientando por diversas vezes a necessidade e importância de Portugal e Espanha trabalharem em conjunto e não de costas voltadas. “Falo em algo mais do que fixarmos uma meta, de algo mais do que chegarmos ao mesmo sítio. Falo de caminhar juntos, de repartir esforços, ajudas e sonhos, para chegar antes e chegar melhor. ”O ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, e o secretário-geral do PSD, José Matos Rosa, acompanharam Mariano Rajoy à Universidade de Verão do PSD, que se prolonga até domingo. Notícia actualizada às 19h52
REFERÊNCIAS:
Partidos PSD
Manifestação de extrema-direita em Londres origina 60 detidos
Sessenta pessoas foram detidas em consequência de uma manifestação do grupo de extrema-direita English Defence League (EDL). Os manifestantes - que contestam o extremismo islâmico em solo inglês - envolveram-se em confrontos com as autoridades. (...)

Manifestação de extrema-direita em Londres origina 60 detidos
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DATA: 2011-09-04 | Jornal Público
SUMÁRIO: Sessenta pessoas foram detidas em consequência de uma manifestação do grupo de extrema-direita English Defence League (EDL). Os manifestantes - que contestam o extremismo islâmico em solo inglês - envolveram-se em confrontos com as autoridades.
TEXTO: A manifestação aconteceu apesar de uma proibição de realização de protestos naquela área. A polícia estima que cerca de mil apoiantes da EDL estiveram presentes, bem como cerca de 1500 contra-manifestantes. Cerca de 3000 agentes de polícia tentaram manter o controlo. Os membros da EDL concentraram-se junto à estação de metro de Aldgate, ao passo que os contra-manifestantes se concentraram em Whitechapel Road, relativamente perto de Aldgate. Ainda durante os protestos, 16 pessoas foram imediatamente detidas, por ofensas à autoridade, violência, desordem e embriaguez. Posteriormente foram detidas outras 44 pessoas, em confrontos ocorridos à porta da estação de metro de Stepney Green. A manifestação acabou por dispersar depois de os manifestantes terem sido conduzidos à zona de Tower Bridge. Aos agentes de Londres juntaram-se colegas de todo o Reino Unido e foram igualmente usados cães-polícia. O fundador da EDL, Stephen Lennon, de 28 anos, violou as suas condições de fiança ao estar presente na manifestação, mas não foi um dos detidos, indica a BBC.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave violência cães
Um assassínio doce, por Todd Solondz
Sem pedofilia, sem masturbação, sem violação. Mas em tudo o resto um filme de Todd Solondz. Destruindo, com doçura, a comédia americana que celebra o "macho criança". (...)

Um assassínio doce, por Todd Solondz
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.35
DATA: 2011-09-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: Sem pedofilia, sem masturbação, sem violação. Mas em tudo o resto um filme de Todd Solondz. Destruindo, com doçura, a comédia americana que celebra o "macho criança".
TEXTO: "Dark Horse": é o cavalo que corre de fora, o outsider que pode vencer. E que provavelmente não vencerá. Abe (Jordan Gelber) é um dark horse, isso os pais (Mia Farrow e Christopher Walken) já o sabem, mesmo se na banda sonora da sua vida os refrões incentivam: "Reach out for more". Homem feito, continua agarrado ao cubo mágico e às colecções de infância. Sinal de que foi a infância que o coleccionou. Miranda (Selma Blair) está agarrada aos antidepressivos. Chegará o dia em que vai decidir desistir da esperança e do amor-próprio (e da carreira literária) e aceitar a proposta de Abe: casamento e filhos. Olhemos para a máscara de apatia de Miranda e para o incompreensível optimismo de Abe: podiam ser mais Todd Solondz? Não. Leia mais no PÚBLICO e na edição online exclusiva para assinantes até 10 de Setembro.
REFERÊNCIAS:
Fogos florestais devastam casas e causam duas mortes no Texas
A região do Texas foi devastada, segunda-feira, por 60 incêndios florestais, alimentados pelos ventos fortes causados pela tempestade tropical Lee, destruindo casas e matando pelo menos duas pessoas. (...)

Fogos florestais devastam casas e causam duas mortes no Texas
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-09-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: A região do Texas foi devastada, segunda-feira, por 60 incêndios florestais, alimentados pelos ventos fortes causados pela tempestade tropical Lee, destruindo casas e matando pelo menos duas pessoas.
TEXTO: As autoridades de Gregg County, no Nordeste do Texas, disseram que uma jovem de 20 anos e a filha de 18 meses morreram, no domingo, ao ficarem encurraladas pelas chamas dentro do carro. O Serviço Florestal do Texas estima que pelo menos 500 casas terão ficado destruídas. O governador do estado, Rick Perry - que está na corrida para a candidatura a Presidente dos EUA pelo Partido Republicano - cancelou a sua comparência a um fórum dos candidatos na Carolina do Sul para regressar a Austin. “Já vi muitos incêndios horríveis durante a minha vida, mas este é o pior. Apercebemo-nos da dimensão da devastação, quando a presenciamos em primeira mão”, disse Perry numa entrevista, citada pela Reuters. “Não estou atento à política neste momento. Existem casas e vidas em perigo, e isso é muito mais importante”, acrescentou. “Nunca vi uma época de incêndios como esta. Perdemos mais de 3, 5 milhões de hectares em incêndios, o que é uma área superior ao estado do Connecticut. Temos um longo caminho pela frente até conseguirmos controlar a situação”. Rick Perry pediu também às pessoas para que obedecessem às ordens de evacuação e para que não ficassem em casa se a electricidade acabasse. “Compreendo que perder o nosso lar ou os bens de uma vida inteira seja terrivelmente difícil, mas não coloquem a vossa vida em risco”, apelou o governador. Mais de 1, 5 milhões de hectares arderam devido a incêndios florestais desde Novembro, alimentados por uma seca contínua que tem dado enormes prejuízos à indústria agrícola e que parece não ter um fim à vista. Só no domingo, o Serviço Florestal do estado respondeu a 63 avisos de incêndios, incluindo 22 de grande dimensão, num espaço de mais de 13 mil hectares. As autoridades dizem que o mais grave é o de Bastrop County, que cobre uma área de 26 quilómetros. Segundo as autoridades, o fogo “cresceu consideravelmente” na segunda-feira, destruindo 10 mil hectares. O Serviço Florestal adiantou também que dezenas de aviões estavam a ajudar a combater os incêndios. Na área de Steiner Ranch, em Austin, um fogo isolado levou à evacuação de 1000 casas. Uma mulher procurava desesperadamente pelo cão perdido através da parede fina de fumo negro. “Estava apenas a conduzir pela vizinhança. Estou grávida de cinco meses, estava a inalar fumo e a entrar em pânico”, contou. “Olhei para a minha direita e estava tudo a arder, tudo destruído. ” O Texas está a sofrer a pior seca de sempre desde 1950.
REFERÊNCIAS: