Pescador desaparecido no mar ao largo da Figueira da Foz
Homem tem 28 anos e a embarcação está registada na Póvoa de Varzim. (...)

Pescador desaparecido no mar ao largo da Figueira da Foz
MINORIA(S): Animais Pontuação: 9 | Sentimento -0.2
DATA: 2013-08-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Homem tem 28 anos e a embarcação está registada na Póvoa de Varzim.
TEXTO: Um pescador de uma embarcação de pesca da Póvoa de Varzim está desaparecido no mar, ao largo da Figueira da Foz, estando a ser efectuadas buscas para o encontrar, disse fonte da autoridade marítima. O alerta para a queda de um homem ao mar foi dado cerca das 12h45 desta segunda-feira pela embarcação Jesus dos Navegantes que navegava, na ocasião, a cerca de dez quilómetros a oeste da praia da Costa de Lavos, zona onde decorrem as buscas. “O mestre da embarcação contactou a autoridade marítima a dizer que tinha caído um homem ao mar e que só se apercebeu cerca de dez minutos depois da queda”, disse à agência Lusa Rui Amado, comandante do Porto da Figueira da Foz. O comandante adiantou que o pescador desaparecido tem 28 anos e que o barco de pesca, apesar de registado na Póvoa de Varzim, faz habitualmente “porto” na Figueira da Foz. As buscas estão a decorrer com recurso a duas embarcações semi-rígidas das capitanias da Figueira da Foz e Nazaré, um helicóptero RH 101 da Marinha e à própria embarcação de pesca.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homem
Pescador desaparecido em naufrágio ao largo da Costa de Caparica
Embarcação tinha cinco tripulantes mas quatro conseguiram salvar-se. (...)

Pescador desaparecido em naufrágio ao largo da Costa de Caparica
MINORIA(S): Animais Pontuação: 9 | Sentimento -0.2
DATA: 2013-08-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: Embarcação tinha cinco tripulantes mas quatro conseguiram salvar-se.
TEXTO: Um barco de pesca naufragou na sexta-feira à noite perto da praia da Fonte da Telha, na Costa de Caparica, Almada, com cinco tripulantes. Quatro foram resgatados mas um está desaparecido. Inicialmente, fonte do Comando Nacional de Operações de Socorro da Protecção Civil disse à Lusa que seguiam dez pescadores a bordo do barco Iuri. No entanto, fonte oficial da Marinha esclareceu que eram cinco os tripulantes e que as buscas para localizar o pescador desaparecido prosseguiam ao início da madrugada. O naufrágio ocorreu por volta das 22h22 perto da praia da Fonte da Telha e envolveu um barco de arte xávega. Segundo a Marinha, dos quatro pescadores a salvo, dois nadaram para terra e os outros foram resgatados por outras embarcações de arte xávega que se encontravam a operar no local. A embarcação afundou quando se encontrava a dois quilómetros a oeste da praia da Bela Vista, na zona da Fonte da Telha. Foram accionados para as buscas um helicóptero da Força Aérea, uma lancha da Marinha, uma lancha do Instituto de Socorros a Náufragos e uma outra da Polícia Marítima, além de uma moto de água do concessionário da praia da Fonte da Telha e outras embarcações de pesca. Em declarações à TSF esta manhã, o adjunto do capitão do Porto de Lisboa disse que a embarcação e as redes de pesca foram recuperadas durante a noite. Continuam as buscas pelo pescador, que vão ser reforçadas em terra por elementos da Protecção Civil e dos bombeiros.
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Tempo sexta-feira
Microalga "protege" antiga reserva natural das Selvagens das incursões de pescadores espanhóis
Ilhas ou rochedos, as Selvagens? "Rochedos? Eu pago IMI da casa que tenho na Selvagem Grande", diz o médico e ornitólogo Francis Zino. Ironicamente, tem sido um vegetal tóxico a principal defesa da reserva natural contra incursões espanholas. (...)

Microalga "protege" antiga reserva natural das Selvagens das incursões de pescadores espanhóis
MINORIA(S): Animais Pontuação: 9 | Sentimento 0.05
DATA: 2013-09-09 | Jornal Público
SUMÁRIO: Ilhas ou rochedos, as Selvagens? "Rochedos? Eu pago IMI da casa que tenho na Selvagem Grande", diz o médico e ornitólogo Francis Zino. Ironicamente, tem sido um vegetal tóxico a principal defesa da reserva natural contra incursões espanholas.
TEXTO: O surgimento de uma microalga tóxica tem-se tornado mais eficaz na protecção da reserva natural das ilhas Selvagens, relativamente às ilegais incursões de embarcações provenientes das Canárias, do que a fiscalização portuguesa ou o controlo das autoridades espanholas, a evidenciar certo laxismo eventualmente propositado. Também na opinião de Francis Zino, proprietário da única casa privada existente naquelas ilhas, "a grande salvação da reserva é, neste momento, uma microalga que produz uma neurotoxina chamada ciguatera, provocando distúrbios gastrointestinais e neurológicos a quem consome o peixe costeiro das Selvagens". Devido à microalga, da espécie Gambierdiscus toxicus, foi decretada pelo Comando Naval da Madeira a proibição de pesca, por tempo indeterminado e até ao apuramento do resultado das análises do Instituto de Pesquisa e Investigação Marítima (Ipimar). A interdição "circunscreve-se apenas às ilhas Selvagens, desde a linha de costa até à batimétrica dos 200 metros de profundidade". Até 2004, as intoxicações por ciguatera registadas em países europeus derivavam de viagens prévias a zonas de risco, como ilhas das Caraíbas ou dos oceanos Índico e Pacífico. Mas naquele ano peixe contaminado com toxinas ciguatéricas foi capturado pela primeira vez nas Canárias. A recorrência do fenómeno só viria a ocorrer mais a norte, nas ilhas Selvagens, quatro anos depois, levando então ao estabelecimento de limites de captura para certas espécies de peixes. Mais no PÚBLICO desta segunda-feira e na edição online exclusiva para assinantes.
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Palavras-chave espécie
Pescadores desaparecidos ainda por encontrar na Figueira
Buscas foram retomadas este domingo. Embarcação naufragada está a 200 metros da saída do porto. (...)

Pescadores desaparecidos ainda por encontrar na Figueira
MINORIA(S): Animais Pontuação: 9 | Sentimento -0.2
DATA: 2013-10-27 | Jornal Público
SUMÁRIO: Buscas foram retomadas este domingo. Embarcação naufragada está a 200 metros da saída do porto.
TEXTO: As buscas para encontrar dois desaparecidos da embarcação naufragada na sexta-feira, próximo da Figueira da Foz, foram retomadas às 7h48 deste domingo, de acordo com a informação disponível na página da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC). A embarcação naufragou na sexta-feira ao fim da tarde à saída da barra da Figueira da Foz, tendo sido resgatados cinco dois oito tripulantes, um dos quais viria a morrer. O corpo de um dos três desaparecidos no naufrágio da embarcação Jesus dos Navegantes foi recuperado no sábado pelo helicóptero da Força Aérea, e o ferido mais grave morreu, cerca das 13h00, nos Hospitais da Universidade de Coimbra. A embarcação está próxima do local onde naufragou, 200 metros a sul da saída da barra, a cerca de 11 metros de profundidade, disse à agência Lusa o comandante do porto da Figueira da Foz, Rui Amado. Este responsável indicou, ainda, que ao longo do dia de sábado foram encontrados a oeste do Cabo Mondego (a norte da zona do naufrágio), o casario da embarcação (parte de cima), extintores, sacos de roupa, sacos de comida, entre outros destroços. Sobre o dispositivo das buscas, disse que no mar esteve um salva-vidas da Marinha (Instituto de Socorros a Náufragos), um helicóptero da Força Aérea Portuguesa, que localizou e resgatou o corpo e localizou o casco do navio, e a corveta Baptista de Andrade (com uma tripulação de 70 homens). Em terra, estiveram meios da Polícia Marítima, dos bombeiros municipais da Figueira da Foz e da Cruz Vermelha Portuguesa. O acidente deu-se por volta das 18h20 de sexta-feira. Cinco dos pescadores foram resgatados com vida após o acidente. O mestre da embarcação, Francisco Fortunato, de 40 anos, foi um deles, juntamente com Eurico João, de 26 anos, Francisco Ferreira, de 31, António Reijão, de 41 e Luís Santos, de 48 anos. Luís Santos, que estava em estado crítico quando foi encontrado, acabou por morrer por volta das 13h00 de sábado no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Um dos três pescadores que faltava resgatar foi encontrado no sábado sem vida a três quilómetros da praia do Cabedelo. O seu corpo foi retirado das águas por um helicóptero da Força Aérea. A forma como a barra do porto da Figueira da Foz foi construída pode ter contribuído para o naufrágio da Jesus dos Navegantes. Essa é a tese do mestre José Festas, presidente da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar. “Este barco foi engolido de lado”, diz José Festas, um antigo pescador que, como pertence à comunidade piscatória de Caxinas, zona de onde são originárias as vítimas do acidente. “Desde há dois anos e meio a três anos que isto está sempre a acontecer na Figueira da Foz”, refere.
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Palavras-chave homens comunidade corpo
Ordem quer saber se ministério vai recolher "galinhas, ovos e couves" dados aos médicos
Responsáveis da Ordem dos Médicos criticam proposta de novo código de ética que prevê que presentes sejam encaminhados para instituições de solidariedade. (...)

Ordem quer saber se ministério vai recolher "galinhas, ovos e couves" dados aos médicos
MINORIA(S): Animais Pontuação: 9 | Sentimento 0.2
DATA: 2014-05-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: Responsáveis da Ordem dos Médicos criticam proposta de novo código de ética que prevê que presentes sejam encaminhados para instituições de solidariedade.
TEXTO: O Ministério da Saúde “vai instituir um sistema nacional de recolha de livros, de esferográficas, de galinhas, de ovos e de couves?!”, pergunta o bastonário da Ordem dos Médicos (OM), José Manuel Silva, numa reacção agastada ao novo Código de Ética que está a ser preparado pela tutela. Numa nota publicada no site da da OM, o bastonário considera que o ministério "não sabe o que é Ética". O novo código prevê que os funcionários do Serviço Nacional de Saúde (SNS) passem a encaminhar qualquer presente que recebam para a Secretaria-Geral do ministério, ofertas que depois serão doadas a instituições de solidariedade. Esta medida está prevista num projecto de despacho sobre a obrigatoriedade de códigos de ética em todas as instituições do SNS que deu entretanto origem a um parecer do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida. As notícias sobre o projecto de novo código provocaram reacções de indignação em bloco. Além do bastonário, também os responsáveis das secções regionais do Norte e do Centro da da Ordem dos Médicos contestaram o projecto com veemência. “Combater a corrupção e os conflitos de interesse e defender os direitos dos doentes não passa por montar um sistema nacional de recolha de livros, vinhos, esferográficas, presuntos, galinhas, chocolates, ovos, tomates, batatas, couves, chouriços, azeite, azeitonas, cerejas…. . Ridículo, patético e esclarecedor”, classificou o Conselho Regional do Norte da OM num comunicado em que questiona a razão de ser de um “código de ética apenas para a saúde”. Já o presidente da Secção regional do Centro da OM, Carlos Cortes, acusou o ministro da Saúde de “falta de ética”, por ter elaborado uma proposta “que diz respeito a todos os profissionais do sector sem que os mesmos tenham sido ouvidos”. Defendendo que "o Ministério da Saúde não sabe o que é Ética”, José Manuel Silva pergunta ainda se este “código” “vai ser extensível aos partidos políticos e aos seu obscuro financiamento e claros conflitos de interesses, aos autarcas, a todo o serviço público”. Regresso da lei da rolhaOs responsáveis da Ordem dos Médicos põem também em causa outro ponto previsto na proposta - o de que os colaboradores cumpram “sigilo absoluto” sempre que uma informação possa “afectar ou colocar em causa” o interesse da organização em que trabalham. A proposta estipula que, à excepção dos casos autorizados, “os colaboradores e demais agentes devem abster-se de emitir declarações públicas, por sua iniciativa ou mediante solicitação de terceiros, nomeadamente quando possa pôr em causa a imagem do serviço ou organismo, em especial fazendo uso dos meios da comunicação social”. “Os Códigos de Ética não podem ser impostos de cima para baixo nem governamentalizados”, defende, a propósito, o bastonário José Manuel Silva, para quem este projecto “mistura a defesa da transparência com a lei da rolha”. Também Carlos Cortes critica o “retomar da lei da rolha”, à semelhança da OM/Norte, que manifesta o seu “direito à indignação e revolta contra aquilo que aparenta ser mais um atentado à dignidade dos médicos e restantes profissionais do SNS”. O ministério de Paulo Macedo já tinha limitado os bens que os médicos e organizações podiam receber por parte da indústria farmacêutica, obrigando a que a partir de determinado valor fossem declarados numa base de dados alojada no site da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed). Agora, a ideia é vedar a possibilidade de qualquer funcionário ficar com um presente, “independentemente do vínculo ou posição hierárquica” que ocupe. “Os colaboradores não podem solicitar ou aceitar, directa ou indirectamente, dádivas e gratificações, em virtude do exercício das suas funções, nos termos legalmente previstos”, lê-se no projecto, que acrescenta que “todas as ofertas de bens recebidas em virtude das funções desempenhadas devem ser registadas e entregues à Secretaria-Geral do Ministério da Saúde”. O bem deverá, depois, reverter para instituições de solidariedade com o objectivo de combater a “corrupção, informalidade e posições dominantes”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos lei social
Brasil tem 1051 animais ameaçados mas a baleia jubarte já não está na lista
Novo levantamento da fauna brasileira traça um quadro mais completo das espécies em risco de extinção. (...)

Brasil tem 1051 animais ameaçados mas a baleia jubarte já não está na lista
MINORIA(S): Animais Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: Novo levantamento da fauna brasileira traça um quadro mais completo das espécies em risco de extinção.
TEXTO: Em 1980, apenas 500 visitavam as águas do litoral do Brasil. Agora, com mais de 15. 000 indivíduos, a baleia jubarte – também conhecida como baleia-corcunda ou baleia-de-bossa – vai deixar de constar da lista de espécies ameaçadas de extinção no território brasileiro. A espécie (Megaptera novaeangliae) é uma das 77 que melhoraram o seu estado de conservação a ponto de deixarem de ser consideradas ameaçadas. É a boa notícia de um vasto levantamento sobre a situação da fauna brasileira feito pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, uma organização vinculada ao Ministério do Meio Ambiente. O reverso da medalha é que houve mais entradas do que saídas na lista de espécies ameaçadas, que vai passar a ter 1051 animais, ao invés dos 627 até agora. O trabalho levou quatro anos a ficar concluído, envolvendo 929 especialistas e 188 instituições. No total, foram avaliadas 7648 espécies de animais, sobretudo vertebrados – 74% dos que existem no país. O levantamento anterior, feito em 2002, tinha avaliado apenas 1400 espécies, sobretudo aquelas que já se sabia que poderiam estar numa situação mais desfavorável. Dessas, 126 melhoraram o seu estatuto de conservação – 77 das quais deixaram de estar ameaçadas – e 121 pioraram. Com mais espécies sob mira, é natural que a lista das ameaçadas tenha se alargado. “Aumentou porque o universo é agora cinco vezes maior do que antes”, disse ao PÚBLICO Ugo Vercillo, coordenador da área de conservação no Instituto Chico Mendes. Vercillo afirma que, das novas espécies ameaçadas, 73% já são alvo de medidas de conservação. A prioridade vai para as restantes e para as que já tinham sido avaliadas e estão hoje pior do que em 2002. “Temos de olhar de imediato para as 121 espécies que pioraram e para as 282 que não tem regime de protecção”, afirma Ugo Vercillo. Na apresentação dos resultados do estudo, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, anunciou um plano de acção para uma destas espécies – o tatu-bola (Tolypeutes tricinctus), que é a mascote do Mundial de Futebol de 2014, mas que passou de “vulnerável” para “em perigo”, segundo a escala de risco da União Internacional para a Conservação da Natureza. A lista dos 77 animais que deixaram a lista das espécies ameaçadas inclui 21 peixes, 15 aves, 14 mamíferos, quatro anfíbios, um réptil e 22 invertebrados. São quase todas espécies endémicas, ou seja, que só existem no Brasil e em mais lugar nenhum. Muitas beneficiaram de acções de conservação levadas a cabo nos últimos anos, como o aumento do número de áreas protegidas no Brasil. Só na Amazónia, cerca de 24 milhões de hectares – quase três vezes a área de Portugal continental – foram classificados desde 2002. Com isso, duas espécies do macaco uacari (Cacajao calvus calvus e Cacajao calvus novaesi) já não são consideradas em perigo. O Governo brasileiro anunciou quarta-feira que vai reservar mais 477 milhões de reais (158 milhões de euros) para apoiar as áreas protegidas da Amazónia nos próximos 25 anos. Outro exemplo, explica Ugo Vercillo, é o de um peixe conhecido como grama (Gramma brasiliensis). Pescado abusivamente para venda como peixe ornamental, esteve perto de desaparecer. Mas recuperou desde que foi proibida a sua comercialização há cerca de dez anos. A baleia jubarte tem outra história. Existe em todo o mundo, vivendo a maior parte do ano nos mares polares mas migrando para áreas mais próximas da linha do equador para se reproduzir. No Brasil, surgem durante o Inverno. Tal como outras baleias, a espécie foi alvo da caça indiscriminada ao longo do século XX, até à moratória internacional adoptada em 1986 pela Comissão Baleeira Internacional. Mas, segundo Ugo Verillo, outras medidas ajudaram a recuperar o número de baleias que visitam as águas brasileiras, como a sua monitorização, as restrições à circulação de embarcações e à realização de levantamentos sísmicos, e a classificação de toda a Zona Económica Exclusiva do Brasil como um santuário para as baleias. “Não se pode molestar, não se pode matar”, afirma.
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Banca portuguesa fica com fábrica da Pescanova em Mira
A CGD, o BES e BPI são os três maiores credores portugueses da empresa galega, com uma exposição perto de 300 milhões de euros. (...)

Banca portuguesa fica com fábrica da Pescanova em Mira
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DATA: 2014-06-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: A CGD, o BES e BPI são os três maiores credores portugueses da empresa galega, com uma exposição perto de 300 milhões de euros.
TEXTO: A banca portuguesa ficou com os activos da filial portuguesa da Pescanova, escreve neste domingo o jornal El Mundo. O principal destes activos é a fábrica de aquicultura em Mira, que foi inaugurada em 2009. Segundo o diário espanhol, o acordo terá sido alcançado no âmbito do processo de recuperação da empresa, que foi aprovado no início de Maio (depois de a Pescanova ter formalizado em Abril o pedido de protecção de credores) e no qual os principais credores aprovaram o perdão de cerca de 60% da dívida, da qual ainda restam 1000 milhões de euros. O El Mundo não revela qual dos grandes credores portugueses da empresa espanhola - CGD, BES e BPI – terá ficado com a fábrica da Acuinova, destinada à produção de pregado. No conjunto, a exposição dos três bancos ao grupo galego rondará os 300 milhões de euros, de acordo com números já publicados na imprensa espanhola. Como o PÚBLICO noticiou, em Maio do ano passado, a dívida do grupo à CGD ascendia a 120 milhões de euros (concedidos essencialmente pela subsidiária espanhola da CGD, o Banco Caixa Geral). Nem o BES, nem o BPI divulgaram os montantes em dívida, mas ambos reconheceram em 2013 ter feito provisões relacionadas com créditos da Pescanova (de 35 milhões de euros, no caso do BPI). Além dos activos portugueses, a empresa galega teve também de abrir mão das unidades do Chile – onde a sua subsidiária está em processo de insolvência – e enfrenta agora um complexo processo de reestruturação interna, escreve o El Mundo. O plano de recuperação aprovado no mês passado por mais de 70% dos credores prevê que os principais, como os bancos Sabadell, Popular e CaixaBank, passem a ser os accionistas maioritários da Pescanova, que lhes deve cerca de 600 milhões de euros, segundo noticiou no início de Maio o jornal Cinco Dias. A fábrica da Acuinova, que no site da Pescanova Portugal é descrita como “a maior unidade do mundo para a criação de pregado em aquicultura”, com capacidade de produzir cerca de sete mil toneladas por ano e tendo representado um investimento inicial de 140 milhões de euros, nunca foi consensual. Quando foi anunciado o investimento, no Governo de José Sócrates, chegou a apontar-se para a criação de 300 empregos, mas o número ficou-se por cerca de metade. Já em Janeiro de 2013, pouco antes de se terem tornado evidentes as irregularidades nas contas e a situação de pré-falência da empresa, a unidade fabril portuguesa era dada como estando numa lista de activos não estratégicos, considerando-se que desde a sua inauguração, em 2009, só representou prejuízo para o grupo. Muitas das irregularidades contabilísticas detectadas destinaram-se mesmo a mascarar os resultados negativos do negócio de aquicultura, que em Portugal terão sido de pelo menos 70 milhões de euros. À ocultação de prejuízos somaram-se também as acusações de ilicitudes de mercado cometidas pela anterior administração da empresa, que era liderada por Manuel Fernández, o herdeiro do grupo galego, que reduziu para metade, e com lucro, a sua posição accionista na empresa antes de a situação financeira se ter tornado pública e de a Pescanova ter começado a perder valor de mercado.
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Tempo Maio Janeiro Abril
Pasta da Colgate contém substância associada a cancro em animais mas cumpre regras europeias
O triclosan é um antibacteriano presente em medicamentos ou cosméticos. Infarmed não recebeu indicações de que o Colgate Total tem concentrações superiores ao permitido legalmente. (...)

Pasta da Colgate contém substância associada a cancro em animais mas cumpre regras europeias
MINORIA(S): Animais Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-08-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: O triclosan é um antibacteriano presente em medicamentos ou cosméticos. Infarmed não recebeu indicações de que o Colgate Total tem concentrações superiores ao permitido legalmente.
TEXTO: A pasta dentífrica Colgate Total contém, entre outras substâncias, o triclosan, um agente anti-séptico utilizado contra bactérias e que pode ser encontrado em medicamentos, desodorizantes ou cosméticos. Estudos norte-americanos revelam agora que a utilização do triclosan foi associada ao aparecimento de doenças cancerígenas em animais. Apesar da existência de triclosan na pasta de dentes, a concentração da substância cumpre as normas da União Europeia. Os estudos são citados pela Bloomberg. Segundo o site de notícias, foi estabelecida uma ligação entre o triclosan e cancros detectados em animais, estando os reguladores do sector nos Estados Unidos a rever a segurança da substância nos seus vários usos. O PÚBLICO contactou a filial da Colgate-Palmolive em Portugal, que remeteu mais esclarecimentos para um comunicado da empresa a divulgar ainda esta quarta-feira. Mas a companhia fez saber através dos seus escritórios em Nova Iorque que o Colgate Total é seguro e sublinha que o produto recebeu a aprovação da Food and Drug Administration (FDA, agência federal americana reguladora dos medicamentos), em 1997. No entanto, surgem agora dúvidas sobre a segurança da pasta de dentes. A pedido da Bloomberg, três cientistas analisaram estudos recentes sobre o uso de triclosan. Nos estudos é indicado que foram registadas malformações em fetos em ratos de laboratório, o que representa alterações na função hormonal. Estes dados não foram levados em conta pela Colgate. Os seres humanos são expostos diariamente a vários químicos que podem ter efeitos no corpo humano, o que torna praticamente impossível que uma determinada substância seja relacionada com uma doença, segundo o professor de Biologia na Universidade de Massachusetts, Thomas Zoeller, ouvido pela Bloomberg. Mas o professor alerta: “Quando temos estudos feitos em animais que sugerem o contrário, penso que estamos a assumir um grande risco”. A Colgate argumenta, por seu lado, que a eficácia e segurança do seu produto têm como base 80 estudos clínicos realizados a 19 mil pessoas, cujos resultados são anualmente entregues à FDA. Alguns produtos de cuidado oral, entre pastas de dentes e elixires orais, não têm o triclosan na sua composição. É o caso dos produtos da Procter & Gamble ou da GlaxoSmithLine, segundo garantias dadas pelas próprias empresas. Num dos casos a decisão de retirar a substância foi devido às preocupações de alguns consumidores quanto ao impacto que esta tem no ambiente. Nos Estados Unidos, a FDA informa no seu site que o triclosan “não é actualmente conhecido como sendo perigoso para os humanos”. Mas a agência indica que “vários estudos científicos foram publicados, desde a última vez que a FDA reviu a substância, que merecem ser analisados”. A FDA cita, nomeadamente, estudos que mostraram efeitos nocivos em animais, mas sublinha que esses efeitos “nem sempre predizem efeitos nos humanos”. A agência fala ainda na possibilidade de o triclosan tornar as bactérias resistentes aos antibióticos. “A FDA não tem, neste momento, provas suficientes sobre segurança para recomendar ao consumidor que altere o uso de produtos que contêm triclosan”. UE exige limites máximos de concentração do triclosanNa União Europeia, em 2010, a substância foi proibida na composição de materiais que estivessem em contacto com alimentos. Em Abril deste ano, Bruxelas restringiu a utilização de triclosan em cosméticos. Assim, é apenas permitida a sua presença com um máximo de concentração de 0, 2% em elixires orais e de 0, 3% em pastas dentífricas, sabonetes e pós faciais. Segundo a página da Colgate, o Colgate Total tem como ingredientes activos na sua composição 0, 300% de triclosan. “Mesmo em casos de exposição prolongada, não são esperados efeitos adversos sérios a partir do triclosan”, indica a marca na informação sobre o produto. Com base nos dados da empresa, o Colgate Total respeitas as regras europeias para a presença do triclosan. A Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) confirmou, entretanto, em comunicado, que, até ao momento, não recebeu “qualquer alerta formal sobre a existência de produtos da marca Colgate Total com concentrações de triclosan superiores ao permitido legalmente”, através do Sistema Comunitário de Troca Rápida de Informações. O Infarmed cita o Comité da Segurança dos Consumidores da Comissão Europeia para explicar que a legislação europeia relativa aos produtos cosméticos "especifica uma concentração máxima de 0, 3% em relação à utilização de triclosan como conservante". Este "valor é considerado seguro" em pastas dentífricas, sabonetes de mãos, sabonetes corporais/geles de banho, desodorizantes, pós faciais e cremes correctores. "Desta forma uma pasta de dentes para ser disponibilizada no mercado europeu poderá apresentar a substância triclosan numa concentração máxima de 0. 3%", sublinha a nota. Notícia actualizada às 15h45: Acrescenta declaração do Infarmed sobre uso do troclosan.
REFERÊNCIAS:
Entidades UE
Reportagem: O pastor que não troca as ovelhas por Cristiano Ronaldo
Olha-se para baixo e vê-se a Covilhã, cidade que tem crescido. Vislumbram-se as casas, as lojas, a indústria, sabe-se que por ali também há uma universidade. E o hospital. E gente: cerca de 30 mil pessoas na cidade, mais de 50 mil no concelho. Mas cá em cima é outro cenário. Nas Penhas da Saúde, o tempo parece decorrer de outra forma. Já não ao sabor do relógio, mas do sol. É assim que Pedro, pastor, mede os dias. (...)

Reportagem: O pastor que não troca as ovelhas por Cristiano Ronaldo
MINORIA(S): Animais Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-05-29 | Jornal Público
SUMÁRIO: Olha-se para baixo e vê-se a Covilhã, cidade que tem crescido. Vislumbram-se as casas, as lojas, a indústria, sabe-se que por ali também há uma universidade. E o hospital. E gente: cerca de 30 mil pessoas na cidade, mais de 50 mil no concelho. Mas cá em cima é outro cenário. Nas Penhas da Saúde, o tempo parece decorrer de outra forma. Já não ao sabor do relógio, mas do sol. É assim que Pedro, pastor, mede os dias.
TEXTO: Nas traseiras do Hotel Serra da Estrela, a 1550 metros de altitude, onde dormem os jogadores da selecção nacional, Pedro Lourenço toma conta do rebanho: 200 animais, entre ovelhas e cabras. Não lhe faz grande diferença que ali ao lado estejam os craques que vão ao Mundial defender o nome de Portugal. "É igual que estejam cá ou não. A mim não me dão lucro nenhum", responde o pastor, cajado na mão e sacola ao ombro - é no saco que traz a merenda, "pão e conduto", que é como quem diz pão e alguma coisa para acompanhar. Pedro nasceu e ainda mora em Cortes do Meio, uma freguesia da Covilhã, já a caminho da Torre, o ponto mais alto do continente. Trabalhou na construção civil e há cinco anos que é pastor. "Gosto de andar ao ar livre", conta este homem, de 39 anos. As ovelhas e as cabras agitam-se pela presença de estranhos (os jornalistas) e Pedro vai contando que sabe quem são os jogadores, porque conhece-os da televisão. Mas não tenta vê-los ao vivo, porque os seguranças ali ao lado "não deixam". Gosta de ver Cristiano Ronaldo jogar, embora diga que "já tem um bocado de manias". "Mas é bom profissional", acrescenta o pastor. Pedro tem pouco tempo para perguntas, porque o rebanho lhe foge monte abaixo e também não tem um jogador preferido. "Sei lá, eles são todos bons quando querem. Quando não querem, são uns lambões, não trabalham. "O pastor sabe alguma coisa de futebol. É do Benfica, mas não perde "tempo a ver jogos". Com o Mundial é a mesma coisa. "Não tenho vagar para ver o Mundial", diz Pedro, cujo dia com o rebanho começa às sete da manhã e só acaba às "oito ou nove da noite". O tempo não chega para largar os animais e se sentar a ver jogos do Mundial. E, além disso, o pastor não troca o rebanho por Cristiano Ronaldo e companhia: "Gosto mais de ovelhas do que de futebol. "
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Partidos LIVRE
Sabugal: Capeia arraiana classificada como “património cultural” de interesse municipal
A Assembleia Municipal do Sabugal deliberou, por unanimidade, classificar a capeia arraiana, tourada que inclui a lide dos touros com recurso ao forcão, como “património cultural imaterial de interesse municipal”, anunciou hoje a autarquia. (...)

Sabugal: Capeia arraiana classificada como “património cultural” de interesse municipal
MINORIA(S): Animais Pontuação: 9 | Sentimento 0.1
DATA: 2010-09-29 | Jornal Público
SUMÁRIO: A Assembleia Municipal do Sabugal deliberou, por unanimidade, classificar a capeia arraiana, tourada que inclui a lide dos touros com recurso ao forcão, como “património cultural imaterial de interesse municipal”, anunciou hoje a autarquia.
TEXTO: Segundo o presidente da Câmara, António Robalo, a decisão “é mais um passo na metodologia a seguir com o objectivo de classificar a capeia arraiana como Património da Humanidade” junto da UNESCO. O autarca referiu que com a candidatura, que a partir de agora vai ser preparada, a autarquia pretende “assegurar a preservação e promoção desta manifestação de cultura tradicional” daquele concelho do distrito da Guarda, que faz fronteira com Espanha. As touradas tradicionais da zona do Sabugal, conhecidas por capeias arraianas, têm a particularidade de incluir a lide dos touros com recurso ao forcão - uma estrutura de madeira feita à base de carvalho, em forma de triângulo, no interior da qual se colocam cerca de trinta homens que enfrentam o touro em praças improvisadas nos largos das localidades - e atraem milhares de pessoas até à região fronteiriça. O forcão tem por objectivo “cansar” o touro para que, posteriormente, os homens mais corajosos o possam agarrar. “É competência da Câmara Municipal a protecção legal dos bens com valor cultural de interesse municipal. A capeia arraiana é um bem cultural imaterial de inegável e inquestionável valor patrimonial”, justifica a autarquia do Sabugal. O presidente da Câmara reconheceu que com a decisão tomada por unanimidade na última Assembleia Municipal “ganha maior legitimidade o pedido de inventariação da capeia arraiana como património cultural imaterial, que está a ser elaborado para ser apresentado ao Instituto dos Museus e da Conservação”. Segundo o autarca, “há todo um trabalho de recolha, de pesquisa, de juntar textos e elementos importantes para esta classificação”. António Robalo adiantou que os procedimentos relativos ao pedido de inventariação da capeia arraiana como património cultural imaterial serão conduzidos pelo gabinete da presidência da Câmara, sob a coordenação de Norberto de Oliveira Manso (antropólogo), admitindo que “o trabalho possa estar praticamente concluído” no próximo Verão. No âmbito da preparação da candidatura, a autarquia irá promover, em 2011, umas jornadas sobre a capeia arraiana, altura em que também apresentará o trabalho vencedor do “Prémio Municipal de Trabalhos de Investigação sobre a Capeia Arraiana”, no valor de mil euros.
REFERÊNCIAS:
Entidades UNESCO