"A Câmara da Amadora trata-nos como se fôssemos cães vadios"
Eram 8h da manhã de ontem quando o Bairro de Santa Filomena, na Amadora, ficou cercado de polícias. Quando chegaram, desligaram a água e a luz numa tentativa de fazer com que as pessoas saíssem de casa. Os habitantes pressentiram o que vinha aí. "Percebi logo que eles iam demolir as nossas casas", disse um morador. Mas pouco quis falar. "Estou demasiado cansado", comentou. Com vídeo (...)

"A Câmara da Amadora trata-nos como se fôssemos cães vadios"
MINORIA(S): Animais Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-07-27 | Jornal Público
SUMÁRIO: Eram 8h da manhã de ontem quando o Bairro de Santa Filomena, na Amadora, ficou cercado de polícias. Quando chegaram, desligaram a água e a luz numa tentativa de fazer com que as pessoas saíssem de casa. Os habitantes pressentiram o que vinha aí. "Percebi logo que eles iam demolir as nossas casas", disse um morador. Mas pouco quis falar. "Estou demasiado cansado", comentou. Com vídeo
TEXTO: Cansaço. Essa é a condição deste e de outros. Os habitantes tinham a indicação de que se saíssem do bairro não podiam voltar e, por isso, permaneceram junto às suas casas. "Este é um cenário de guerra", afirmou um morador, entre lágrimas. Desde entulhos a móveis partidos, ao pó que pairava no ar, o Bairro de Santa Filomena está a ficar reduzido "a lixo", dizem os habitantes. O problema da maioria das pessoas é que vive no bairro há pouco tempo, ou pelo menos, depois de 1993, altura em que foi feito um recenseamento nos vários bairros da Amadora. Segundo esse levantamento, 562 agregados familiares, residentes em 442 habitações precárias, iriam necessitar de realojamento. No total, seriam 1945 pessoas que teriam de sair. Mas o recenseamento que serve de base ao Programa Especial de Realojamento (PER) foi feito há 20 anos e muitas das pessoas que agora vivem em Santa Filomena ainda não residiam no bairro em 1993. Por não estarem incluídas nesse levantamento, agora não têm direito a ser realojadas ao abrigo daquele programa. "Como não tenho direito ao PER, tenho que procurar casa por minha conta", afirma José Fernandes, residente no bairro desde 1995. Desempregado e a receber um subsídio de invalidez de 74, 99 euros, admite que nem o dinheiro que a mulher ganha, cerca de 200 euros por mês, dá para arrendar uma casa. Não sabe o que vai fazer, mas tudo o que exige é respeito. "Esta situação é desumana. Já sabemos que não vamos morar de graça, mas queremos que a câmara nos arranje uma casa que possamos pagar consoante o nosso rendimento", continua. Atrás de José Fernandes erguia-se uma faixa onde se podia ler: "Todos têm direito a habitação adequada de acordo com o rendimento". Outra solução proposta pela autarquia passa por dar dinheiro aos moradores para voltarem para os países onde nasceram. "Nós vamos voltar quando quisermos. Estamos aqui há muitos anos e temos documentos, não somos clandestinos", diz Teófilo, morador no Bairro de Santa Filomena há 15 anos. "A Câmara da Amadora trata-nos como se fôssemos cães vadios", protesta. Viver com outras famíliasQuem está integrado no PER também não vê a situação com bons olhos. Eliseu mora naquele bairro há mais de 37 anos. Sabe que a sua casa vai ser demolida e a solução apresentada pela câmara não lhe parece a mais correcta, ou, como diz, "a mais justa". "Vamos ficar numa casa onde vão estar a viver quatro famílias. A minha e a dos meus irmãos todos. A câmara não apresenta outra hipótese nem vai ponderar sobre isso", afirmou. O Colectivo pelo Direito à Habitação e à Cidade (Habita) esteve o dia todo a acompanhar a demolição das casas, juntamente com os moradores. Ao longo dos últimos meses tem lutado contra esta situação e no passado dia 17 entregou uma queixa às Nações Unidas contra "os abusos aos direitos humanos" por parte da Câmara da Amadora, referindo-se ao desmantelamento do bairro. Morgane Masterman, membro da Habita, afirmou que a associação vai ter que se reunir para tomar medidas. "Apresentámos queixas a instituições nacionais e internacionais, ao provedor de Justiça e várias organizações reconheceram a legitimidade da queixa e entraram em contacto com o Governo português para suspender a demolição. Mas é o que se está a ver", reclama. "Isto é uma vergonha. A câmara apoia-se em leis e recenseamentos de há 20 anos e não actualiza os dados", continua. Até meio da tarde de ontem, foram demolidas quatro casas, mas a intenção era demolir mais. Segundo a PSP, o número previsto era 18, mas não se sabia se seria alcançado até ao fim do dia. A subcomissária Carla Duarte, porta-voz do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, adiantou que, durante a manhã, não houve "qualquer situação anormal". À tarde, os ânimos permaneciam calmos. A polícia esteve a acompanhar a demolição e vai continuar no terreno quando as outras casas forem demolidas, para tentar evitar desacatos.
REFERÊNCIAS:
Entidades PSP
Mulher de 33 anos encontrada num estado “quase animal” no Alentejo
Directora do Centro Distrital de Beja da Segurança Social chocada com o caso. (...)

Mulher de 33 anos encontrada num estado “quase animal” no Alentejo
MINORIA(S): Animais Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-12-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: Directora do Centro Distrital de Beja da Segurança Social chocada com o caso.
TEXTO: Uma mulher, de 33 anos, que vivia “completamente isolada do mundo” desde os 10 anos, foi encontrada num estado “quase animal” num monte isolado do concelho alentejano de Serpa, onde residia com os pais idosos e uma irmã. “Em pleno século XXI, é uma situação chocante. Só vendo mesmo o rosto e o comportamento dela. Não dá para descrever”, disse esta sexta-feira à agência Lusa a directora do Centro Distrital de Beja da Segurança Social, Helena Barreto. A responsável contou que teve conhecimento do caso através do presidente da Junta de Freguesia de Vale de Vargo (Serpa), onde vivia a mulher, num monte isolado, durante uma visita que efectuou, no passado dia 23 de Novembro, a uma instituição daquela aldeia. No mesmo dia, Helena Barreto, acompanhada de técnicas da Segurança Social, o presidente da Junta de Freguesia de Vale de Vargo, Francisco Godinho, e o director do Centro Social e Paroquial de Brinches (Serpa), Nuno Sousa, deslocou-se ao monte isolado. Ao chegar ao monte, Helena Barreto deparou-se com um casal de idosos de fracos recursos económicos e que vivia com duas filhas, uma de 33 anos, a mulher em causa, e outra de 43, numa casa com “um espaço muito pequeno”. A mulher, que tem “comportamentos desajustados à idade e dificuldades em comunicar” e “come com as mãos”, foi encontrada no “espaço muito pequeno” da casa num estado “quase animal”, contou Helena Barreto. Segundo a responsável, a mulher frequentou a escola até à antiga 4. ª classe, ou seja, até aos 10 anos, e, desde esta idade, “parou no tempo, não teve qualquer contacto com o exterior” e viveu na casa com os pais e a irmã e “completamente isolada do mundo”. “Disse-lhe: 'Eu vou tentar tirar-te daqui. Não sei muito bem quando, mas vou tentar tirar-te daqui'”, contou Helena Barreto, referindo que a mulher, em reacção, bateu palmas, baixou a cabeça e disse-lhe: “Agora, agora”. “De imediato”, Helena Barreto e as pessoas que a acompanhavam falaram com o pai da mulher, o qual autorizou a ida da filha para o Centro Social e Paroquial de Brinches, onde vive desde 23 de Novembro. Actualmente, a mulher “está estabilizada e já comunica melhor”, mas ainda “come com as mãos” e está a ser avaliada por técnicos para se perceber se tem alguma deficiência ou se o seu comportamento decorre dos anos de isolamento, disse Helena Barreto. “O pai acha que a filha tem alguma deficiência” e, por isso, “não estava em condições de viver sozinha e de ter alguma autonomia e, para a proteger, decidiu mantê-la isolada em casa”, contou Helena Barreto. Segundo a responsável, a irmã manteve-se a viver com os pais e a Segurança Social está a tentar retirar da casa e alojar numa instituição a mãe, que já sofreu um acidente vascular cerebral (AVC). Helena Barreto espera que não existam mais casos do género “encapotados” no distrito de Beja e apelou a quem tiver conhecimento de algum caso semelhante para o comunicar às forças de segurança e à Segurança Social para se poder intervir.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filha escola mulher social género animal
Pescador desaparecido no Algarve
Homem terá sido levado pelo mar na praia da Carrapateira. (...)

Pescador desaparecido no Algarve
MINORIA(S): Animais Pontuação: 9 | Sentimento -0.2
DATA: 2012-12-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: Homem terá sido levado pelo mar na praia da Carrapateira.
TEXTO: Um pescador está desaparecido desde manhã deste domingo depois de ter sido levado pelo mar na praia da Carrapateira, em Aljezur, no Algarve, disse fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro. O alerta chegou ao CDOS através de populares pelas 06h11, disse a mesma fonte. Quatro bombeiros estão no local desde então em buscas, adianta a página Internet da Proteção Civil. Um helicóptero da Força Aérea foi deslocado para ajudar nas buscas, avança a Rádio Renascença. As operações de busca estão a ser coordenadas pela Polícia Marítima de Lagos e estão também no local os bombeiros, a GNR e a Autoridade Marítima.
REFERÊNCIAS:
Entidades GNR
Abate do cão que matou criança em Beja nas mãos do Ministério Público
Ordem de abate, se avançar, está dependente do desenvolvimento do inquérito aberto sobre o caso. (...)

Abate do cão que matou criança em Beja nas mãos do Ministério Público
MINORIA(S): Animais Pontuação: 9 | Sentimento -0.1
DATA: 2013-01-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: Ordem de abate, se avançar, está dependente do desenvolvimento do inquérito aberto sobre o caso.
TEXTO: O abate do cão que mordeu um menino de 18 meses no domingo, em Beja, e que acabou por morrer no hospital na terça-feira, está dependente da ordem do Ministério Público enquanto decorrer o inquérito sobre o caso. O animal foi recolhido na segunda-feira para o canil/gatil intermunicipal da Resialentejo (CAGIA), situado perto de Beja. Como determina a lei nestes casos, o cão, de nove anos, está isolado e em observação numa box do canil durante oito dias, após o quais seria abatido, segundo decisão da veterinária municipal. No entanto, uma vez que o Ministério Público decidiu abrir um inquérito sobre o caso que culminou na morte da criança, o abate do cão está, para já, suspenso enquanto decorrem as investigações, apurou o PÚBLICO junto de fonte ligada ao processo. O PÚBLICO contactou a Procuradoria-Geral da República (PGR), que se escusou a adiantar mais esclarecimentos. "O inquérito encontra-se em segredo de justiça, pelo que, neste momento, não poderá ser prestada qualquer informação", afirmou a PGR. Numa nota publicada nesta sexta-feira, na sua página do Facebook, o canil informa apenas que o cão "deverá continuar recolhido" nas suas instalações, "até que, no presente processo, seja tomada decisão sobre o seu destino". E acrescenta: "Uma vez que o Zico não pode, de momento, ser adoptado, apelamos à adopção de todos os outros animais que se encontram no CAGIA à espera de serem 'salvos', e que merecem um tratamento e um empenho da parte de todos igual ao que tem sido dado ao Zico". Desde segunda-feira, dia em que a veterinária municipal de Beja, Linda Rosa, se deslocou à casa onde a criança vivia com a família e o cão para recolher o animal, gerou-se na Internet uma onda de protestos contra o abate. Numa petição online, que nesta sexta-feira já tinha mais de 30 mil assinaturas, os subscritores pedem uma segunda oportunidade para o Zico, cão arraçado de pit bull, uma raça considerada potencialmente perigosa. Nesta sexta-feira, começou a circular outra petição que pede exactamente o contrário: "É inadmissível dar uma segunda oportunidade a um cão que matou uma criança com 18 meses", escreve o autor. "Não, vamos abatê-lo, como sempre fizemos a cães que têm este tipo de comportamento intolerável", sublinha.
REFERÊNCIAS:
Governo brasileiro quer fazer um inventário das árvores da Amazónia
Projecto de quatro anos vai avaliar a biodiversidade da floresta tropical. Os cientistas vão ainda avaliar as áreas degradadas e as espécies em vias de extinção. (...)

Governo brasileiro quer fazer um inventário das árvores da Amazónia
MINORIA(S): Animais Pontuação: 9 | Sentimento 0.2
DATA: 2013-01-29 | Jornal Público
SUMÁRIO: Projecto de quatro anos vai avaliar a biodiversidade da floresta tropical. Os cientistas vão ainda avaliar as áreas degradadas e as espécies em vias de extinção.
TEXTO: O Governo brasileiro prepara um inventário minucioso das árvores da Amazónia, uma das maiores florestas tropicais do planeta. O objectivo é fazer um levantamento das suas riquezas, mas também avaliar a qualidade das florestas e das áreas degradadas, informou na sexta-feira o Ministério do Meio Ambiente. O inventário, que será feito durante quatro anos, inclui as espécies de árvores da Amazónia, o que "nos permitirá ter um panorama amplo de qualidade e as condições do que se conhece como cobertura florestal" e ajudará a "melhorar a implementação de políticas públicas", informa o ministério. "Vamos conhecer a selva por dentro", disse o director do serviço florestal, António Carlos Hummel. O último inventário florestal do país foi realizado na década de 1970. "Saberemos que tipo de florestas temos, a sua qualidade, descobriremos espécies, saberemos mais sobre as espécies em vias de extinção", afirma a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, citada pela estatal Agência Brasil. Os resultados deste inventários serão publicados anualmente. Entre Agosto de 2011 e Julho de 2012, a superfície desmatada da Amazónia foi de 4656 quilómetros quadrados, a menor desde que existem registros oficiais. Esta área é 27% menor em relação aos 12 meses anteriores. O Brasil, um dos maiores responsáveis pelo aquecimento global devido à destruição das suas florestas, comprometeu-se em 2009 a reduzir o desmatamento da Amazónia em 80% até 2020, quando a destruição da floresta não deve superar os 3925 quilómetros quadrados. No entanto, nos últimos meses de 2012 o desmatamento da floresta poderá ter aumentado, indica a Reuters citando um relatório do Imazon, uma instituição brasileira que monitoriza o desmatamento através de imagens de satélite.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave extinção
Há carne de vaca picada à venda em Portugal sem condições, diz a Deco
Estudo em 34 talhos de Lisboa e Porto revela uso de “aditivos enganosos”, e “panorama abundante de microrganismos, alguns potencialmente patogénicos”. ASAE garante que existe controlo e fiscalização. (...)

Há carne de vaca picada à venda em Portugal sem condições, diz a Deco
MINORIA(S): Animais Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-02-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: Estudo em 34 talhos de Lisboa e Porto revela uso de “aditivos enganosos”, e “panorama abundante de microrganismos, alguns potencialmente patogénicos”. ASAE garante que existe controlo e fiscalização.
TEXTO: Carne contaminada com salmonela, listeria e outros micro-organismos, carregada de conservantes proibidos, e colocada à venda a temperaturas muito superiores ao estabelecido por lei: um estudo da DecoProteste em 34 talhos na zona da Grande Lisboa e do Grande Porto revelou resultados “alarmantes”. A carne picada que se encontra à venda representa um perigo para a saúde pública, alerta a associação de defesa do consumidor. “A fiscalização falhou”, denuncia a Deco, numa crítica à actuação da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE). “Os nossos resultados mostram que a fiscalização tem sido pouco eficaz”, declarou ao PÚBLICO, Nuno Lima Dias, técnico da associação e um dos responsáveis pelo estudo. “Esta questão é bem mais grave do que a presença de carne de cavalo em produtos alimentares, que não representa um perigo para a saúde”. O inspector-geral da ASAE, António Nunes, disse ao PÚBLICO não reconhecer a crítica e garantiu “a carne e os produtos transformados à base de carne são sistematicamente avaliados”. A ASAE, afirma o responsável, tem uma especial preocupação com a carne transformada. António Nunes diz que não se pronuncia sobre o estudo da Deco por não o conhecer, mas considera uma amostra de 34 talhos pouco representativa. “Temos várias operações por ano, vamos a vários locais e já temos feito várias apreensões e suspensões”, afirma, não partilhando, contudo, da visão da Deco sobre uma situação de incumprimento generalizado no sector. Nos últimos quatro anos, a ASAE fiscalizou 4230 estabelecimentos ligados à venda e preparação de produtos à base de carne, instaurou 818 processos por contra-ordenação e 91 processos crime, o que corresponde a uma taxa de incumprimento de 21%, indicam dados oficiais. Em 2012 foram colhidas 209 amostras, correspondendo a 173 produtos à base de carne, 18 de carne fresca e 18 de carne picada, e foram detectadas 20 amostas não conformes. O mais preocupante no estudo da Deco é, para Nuno Lima Dias, a quantidade de sulfitos encontrados – estes conservantes que são inibidores de microorganismos, dão uma aparência de frescos a produtos que não o estão e foram detectados (em alguns casos em elevadas quantidades) em 60 % das amostras de carne picada recolhidas. “Os sulfitos evitam, por exemplo, que a carne escureça”, explica. E não tem dúvidas de que representam um sério perigo para a saúde pública, podendo causar dores de cabeça, náuseas, problemas cutâneos ou digestivos, e, em alguns casos, crises de asma. O técnico da Deco lembra que a legislação obriga a identificar claramente a existência de sulfitos nos produtos em que estes estão autorizados, como acontece com o vinho. E nesses casos é obrigatório fazê-lo a partir de 10 miligramas de sulfitos por quilo ou litro. “Encontrámos na carne picada valores 100 ou 150 vezes superiores”Muito grave também, para a Deco, é o facto de na maioria dos estabelecimentos visitados a carne estar a temperaturas muito acima dos 2º C previstos pela lei. Só oito talhos respeitavam a legislação – os 26 restantes tinham temperaturas muito superiores (4, 6ºC em média em Lisboa, 6, 3ºC no Porto), embora os expositores indicassem temperaturas muito inferiores. Para além da salmonella (encontrada em 25% das amostas) e da listeria monocytogenes (em 35%), foram detectados na carne picada indicadores de contaminação fecal como o E. coli, e “elevado número de bactérias”. Um “panorama abundante de microrganismos, alguns potencialmente patogénicos” que leva a Deco aconselha os consumidores a só comprarem carne picada no momento e a cozinhá-la muito bem. No que diz respeito à composição foi identificado elevado teor de gordura e de colagénio (tecido conjuntivo, tendões, etc, com fraco valor alimentar). Perante os resultados, a associação de defesa do consumidor exige que o Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território proíba a venda de carne previamente picada a granel, autorizando apenas a venda de carne picada à vista a pedido do consumidor.
REFERÊNCIAS:
Pescanova apresenta pré-concurso de credores para impedir pedidos de insolvência
Bolsa de Madrid suspendeu negociação das acções da empresa depois desta ter adiado a apresentação de resultados de 2012. (...)

Pescanova apresenta pré-concurso de credores para impedir pedidos de insolvência
MINORIA(S): Animais Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-03-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Bolsa de Madrid suspendeu negociação das acções da empresa depois desta ter adiado a apresentação de resultados de 2012.
TEXTO: A empresa espanhola Pescanova apresentou nesta sexta-feira o pré-concurso de credores, com vista a evitar que um credor solicite a insolvência da empresa, informou o grupo num curto comunicado remetido à Comissão Nacional de Mercado de Valores (CNMV) espanhola. Fontes judiciais explicam que o pré-concurso foi apresentado em Pontevedra (Galiza) e será transferido agora para os tribunais galegos. Normalmente os concursos voluntários de credores são apresentados pelas próprias empresas para evitar que qualquer dos credores solicite a insolvência, o que, a ocorrer, dificultaria a margem de manobra na gestão da crise da empresa. Neste caso, o presidente da Pescanova, Manuel Fernández de Sousa Faro, explica que a empresa “apresentou a comunicação prevista no artigo 5 da Lei Concursal para a renegociação da sua dívida”. Esse artigo refere especificamente que “o devedor pode por em conhecimento de um tribunal competente para a declaração de um concurso que iniciou negociações para alcançar um acordo de refinanciamento ou para obter adesões a uma proposta antecipada de convénio nos termos previstos na lei”. O comunicado surge horas depois da bolsa madrilena ter suspendido preventivamente a negociação das acções da Pescanova depois da empresa adiar a apresentação de resultados referentes a 2012 até conhecer as condições relativas a duas operações em curso. A Lusa tentou obter uma explicação adicional da Pescanova, mas, até ao momento, não foi possível. Num primeiro comunicado remetido à Comissão Nacional de Mercado de Valores (CNMV) a Pescanova explica que só apresentará as contas quando ocorra “com cariz iminente”, uma de duas condições. Nomeadamente a “certeza da venda de certos activos da actividade de cultivo de salmão, reclassificados para a venda” ou a “renegociação da dívida através do início de um procedimento estabelecido no artigo 5 da Lei Concursal”. Em resposta ao comunicado da Pescanova, a CNMV decidiu suspender a negociação dos seus títulos “por ocorrerem circunstâncias que podem perturbar o normal funcionamento das operações sobre o valor”. Fontes citadas pela imprensa económica espanhola indicam que a empresa estará há já três semanas sem pagar aos seus bancos credores, entre os quais o BNP, Deutsche Bank e RBS. Um dos dez maiores grupos da indústria pesqueira mundial, o grupo Pescanova tem uma forte presença em Portugal onde em Junho de 2009, em Mira, inaugurou a Acuinova, a maior unidade do mundo para a criação do pregado em aquicultura. O investimento inicial nesse projecto foi de 140 milhões de euros. Nos resultados referentes ao terceiro trimestre de 2012, últimos divulgados pela empresa, a Pescanova registou lucros líquidos de 24, 9 milhões de euros, mais 2, 2% que no mesmo período do ano passado. A facturação cresceu 8, 9% sendo que o crescimento fora do mercado espanhol foi de 14% e a empresa acumulava um passivo de 1522 milhões de euros no final de Setembro, dos quais 459 milhões de euros correspondem a credores comerciais.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave lei tribunal
Nove animais selvagens devolvidos à natureza na Região Centro
Animais vão ser libertados nos concelhos de Manteigas, Gouveia, Seia e Coimbra. (...)

Nove animais selvagens devolvidos à natureza na Região Centro
MINORIA(S): Animais Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-03-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: Animais vão ser libertados nos concelhos de Manteigas, Gouveia, Seia e Coimbra.
TEXTO: O Centro de Ecologia, Recuperação e Vigilância de Animais Selvagens (CERVAS) vai devolver à natureza oito aves e um mamífero em quatro concelhos da Região Centro, entre quinta-feira e 5 de Abril. Vão ser devolvidos ao seu habitat natural, nos concelhos de Manteigas, Gouveia, Seia e Coimbra, cinco águias-de-asa-redonda, uma gineta, um peneireiro-vulgar, uma coruja-do-mato e um milhafre-preto, que têm estado em recuperação no centro, instalado em Gouveia. “Na maior parte dos casos, [os animais] foram encontrados, feridos, por particulares, nos campos ou próximo de suas casas, e foram entregues ao Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente da GNR e a uma área protegida, que depois os levaram ao CERVAS”, contou à Lusa Ricardo Brandão, coordenador do centro. Os animais selvagens entraram no CERVAS “no final de 2012 e início de 2013”, sendo agora libertados após a passagem dos meses mais frios, “para facilitar o regresso à vida normal”. População está convidada A maior parte das acções de devolução dos animais selvagens à natureza é organizada em parceria com autarquias, no âmbito da celebração do Dia da Floresta ou da Semana da Floresta. Como acontece habitualmente, “todas as acções são abertas à participação da população, com particular destaque para as escolas”, assinala o coordenador do centro. A primeira iniciativa realiza-se pelas 10h de quinta-feira, em Manteigas, com a devolução à natureza de uma águia-de-asa-redonda, seguindo-se Gouveia, no sábado, pelas 18h, com a libertação de uma gineta (mamífero carnívoro). No dia 26 de Março (terça-feira) realizam-se duas actividades no concelho de Seia, uma em Valezim, pelas 15h (devolução de um peneireiro-vulgar), e outra em São Romão, às 17h (libertação de uma coruja-do-mato). No dia 2 de Abril, às 10h30, será libertada uma águia-de-asa-redonda em Gouveia. No dia seguinte haverá acções em Vila Nova de Tazem (Gouveia), pelas 10h30, para devolução à natureza de uma águia-de-asa-redonda e em Coimbra, às 16h30, na Escola Universitária Vasco da Gama, para libertação de um milhafre-preto. A jornada do CERVAS termina no concelho de Gouveia, com a libertação de duas águias-de-asa-redonda, uma pelas 15h30 do dia 4 de Abril, no Curral do Negro, e outra às 12h do dia seguinte, em Moimenta da Serra. O CERVAS é uma estrutura que pertence ao Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade e ao Parque Natural da Serra da Estrela, que se encontra actualmente sob a gestão da Associação Aldeia. O centro tem como objectivos detectar e solucionar diversos problemas associados à conservação e gestão das populações de animais selvagens e dos seus habitats.
REFERÊNCIAS:
Tempos de vacas magras para a criadora do FarmVille
Zynga mudou de director executivo e tem em curso um processo de despedimentos para tentar pôr a casa em ordem. (...)

Tempos de vacas magras para a criadora do FarmVille
MINORIA(S): Animais Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-07-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: Zynga mudou de director executivo e tem em curso um processo de despedimentos para tentar pôr a casa em ordem.
TEXTO: Longe vão os tempos em que muitos utilizadores do Facebook passavam horas a cuidar de quintas virtuais e em que os restantes eram bombardeados com mensagens sobre vacas cor-de-rosa. A popularidade dos jogos da americana Zynga, de que o FarmVille e o MafiaWars são provavelmente os mais conhecidos em Portugal, tem estado em queda. Num ano, perderam 39% dos utilizadores activos, dentro e fora do Facebook. A Zynga apresentou nesta semana resultados pouco animadores. As receitas no segundo trimestre do ano caíram 31%, para os 231 milhões de dólares (174 milhões de euros), face ao trimestre homólogo de 2012. Os prejuízos foram de 15, 8 milhões de dólares, uma melhoria face aos 22, 8 milhões de dólares de perdas do ano anterior. A empresa espera prejuízos entre os 14 e os 34 milhões de dólares no trimestre em curso. Qualquer que seja a métrica para medir os utilizadores, o desempenho foi negativo, com perda de jogadores nas plataformas móveis, no Facebook e nos sites próprios. De acordo com os números do relatório trimestral, 187 milhões de pessoas jogaram títulos da Zynga pelo menos uma vez por mês no trimestre passado. Eram 306 milhões no segundo trimestre de 2012. Os últimos meses têm sido agitados para a empresa, que está a tentar pôr a casa em ordem. No início do mês, o fundador Mark Pincus anunciou que seria substituído no cargo de director executivo pelo presidente da divisão de entretenimento da Microsoft (responsável pela consola Xbox), Don Mattrick. Pincus continuará no conselho de administração e terá ainda o cargo de director de produtos. A empresa tem em curso um corte de 520 funcionários, correspondentes a 18% da força de trabalho. Também anunciou que iria desistir da ideia de jogos que envolvem dinheiro real (essencialmente, jogos de apostas online), uma actividade para a qual tinha pedido uma licença nos EUA, embora tenha ressalvado que está a estudar esta possibilidade no Reino Unido. A Zynga faz dinheiro sobretudo a vender itens virtuais dentro dos jogos, com 12% das receitas a serem geradas com publicidade. A estratégia passa agora por investir nas plataformas móveis, onde estão 57 milhões dos jogadores da Zynga. No último trimestre, foram lançados seis jogos, cinco dos quais para aquele tipo de dispositivos. Na sexta-feira, o dia seguinte à apresentação de resultados, as acções da Zynga no Nasdaq caíram 14%, para os 3, 01 dólares, um terço do preço da estreia em bolsa, em Dezembro de 2011.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Regras mais apertadas para donos e criadores de cães perigosos
A nova legislação entra em vigor hoje. (...)

Regras mais apertadas para donos e criadores de cães perigosos
MINORIA(S): Animais Pontuação: 9 | Sentimento -0.6
DATA: 2013-08-03 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20130803160309/http://www.publico.pt/1602136
SUMÁRIO: A nova legislação entra em vigor hoje.
TEXTO: Os donos e criadores de cães perigosos vão ter regras mais apertadas a partir deste sábado com a entrada em vigor da nova legislação, que endurece as penas para os infratores e obriga a uma formação específica. O novo regime jurídico da criação, reprodução e detenção de animais perigosos e potencialmente perigosos, enquanto animais de companhia, passa a punir com uma multa ou pena de prisão até um ano as pessoas que, sob efeito de álcool ou drogas, circulem na rua com animais perigosos. O decreto-lei estabelece que, “quem circular na via pública, em lugares públicos ou em partes comuns de prédios urbanos, com animal perigosos ou potencialmente perigoso, registando uma taxa de álcool no sangue igual ou superior a 1, 2 gramas por litro, é punido com pena de prisão até um ano ou com pena de multa até 360 dias”. Na mesma pena incorre também quem circular sob a influência de drogas, refere a legislação, que aplica um regime idêntico ao que está em vigor para os condutores de automóveis. As novas regras estabelecem igualmente uma pena de prisão até três anos ou multa para quem promover ou organizar luta entre estes animais, além de ampliar os limites mínimos e máximos das coimas, passando de 750 euros a cinco mil euros, nos casos da falta de licença, circulação de animais perigosos, por menores de 16 anos, e falta de treino dos cães. A lei que hoje entra em vigor obriga também os candidatos a donos a comprovarem a sua formação para a posse de cães perigosos, além de não poderem ter cadastro e de ser obrigatória a emissão de uma licença pela junta de freguesia. Os donos de cães perigosos ficam igualmente “obrigados a iniciar o treino desses animais, com vista à sua socialização e obediência, entre os seis e os 12 meses de idade, de modo a potenciar o sucesso de um treino que já hoje é obrigatório”. A nova legislação obriga ainda que todos os animais perigosos nascidos antes de julho de 2004 sejam registados numa base de dados, que vai passar a ser acessível às forças de segurança.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave lei prisão cães animal