Seguro tem “programa único” para Portugal e Europa
Líder do PS promete “trabalhar” para que se possa trabalhar onde se gosta. Seguro juntou-se à campanha logo de manhã, mas apenas na Figueira da Foz o conseguiu fazer. A chuva fez cancelar uma visita à feira de Soure. (...)

Seguro tem “programa único” para Portugal e Europa
MINORIA(S): Animais Pontuação: 7 | Sentimento 0.375
DATA: 2014-05-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Líder do PS promete “trabalhar” para que se possa trabalhar onde se gosta. Seguro juntou-se à campanha logo de manhã, mas apenas na Figueira da Foz o conseguiu fazer. A chuva fez cancelar uma visita à feira de Soure.
TEXTO: “Sem contacto com os problemas reais dos cidadãos, a política não faz sentido. " A frase, proferida por António José Seguro à chegada à Figueira da Foz deu o mote à sua passagem pela lota. De cada vez que encontrava um pescador, o secretário-geral do PS perguntava pela faina. “Foi fraco”, respondeu a maioria dos interpelados. Como o operário transformado em pescador devido à crise. À entrada de um café, um homem de 27 anos explicava a Seguro que os dois anos de mar tinham sido antecedidos por um trabalho na CELPI, a fábrica de celulose. “Eu gostava era de trabalhar na fábrica onde estava”, reconheceu. Ao lado estava o primo, que ao acabar de estudar fôra também parar às traineiras. “Vamos trabalhar para que as pessoas possam trabalhar onde gostarem”, garantiu Seguro ao pescador. E explicou como: "O PS tem um programa de reindustrialização do país denominado 4. 0. Esse nosso programa abrange todos os sectores de atividade. Queremos criar mais oportunidades de trabalho", acrescentou o líder do PS. O “contacto” prosseguiu na lota da Figueira, apesar do número reduzido de trabalhadores. O secretário-geral não desperdiçou nenhuma oportunidade para se chegar às pessoas. Francisco Assis seguia atrás, mais discreto. No final da visita, o cabeça de lista reagiu aos ataques de Paulo Rangel, que pedira o voto na Coligação como uma “vacina” para o despesismo socialista: “Esse tipo de discussão é do mais inútil que pode haver. Paulo Rangel tem vindo a construir uma teoria muito falaciosa acerca do estado do país, do que se passou no país, mas acho que já ninguém está disposto a ouvi-lo. "O contacto com as pessoas ficou por aí, já que o mau tempo atrapalhou a campanha em Soure. Quando a comitiva chegou à localidade, já a feira que pretendiam visitar estava praticamente desmontada. "Programa único” para Portugal e Europa“É para que os portugueses saibam ao que vão”. Foi assim que o secretário-geral do PS justificou esta segunda-feira em Soure a razão pela qual apresentou as linhas orientadoras do seu programa de Governo a uma semana das europeias. António José Seguro assegurou que o programa que tem para Portugal é o programa que tem para o país, uma vez que as duas esferas “têm de estar articuladas”. “Não há um programa para Portugal e um programa para a Europa. Há um programa único do PS”, acrescentou, num almoço com cerca de 300 apoiantes. O líder socialista centrou o seu discurso na Europa e na necessidade de crescimento económico. Tal como Francisco Assis, que considerou um “aviltamento” a Portugal as notícias que deram conta que a Comissão Europeia ameaçava com um segundo resgate, caso o país não fosse capaz de cumprir a meta dos 2, 5% do défice. O cabeça de lista acusou o Governo de ser responsável pela situação. “Eu tenho as maiores dúvidas que a Comissão Europeia se dirigisse nestes termos ao Governo alemão ou ao Governo francês”, afirmou Assis. A razão, rematou, foi porque Passos Coelho “não foi capaz de se dar ao respeito”. O almoço foi a segunda iniciativa do dia, depois da visita à feira de Soure ter sido cancelada devido ao mau tempo, o que impediu um maior “contacto com as pessoas” com que Seguro pretendia marcar o dia da campanha. O que segundo Mário Jorge Nunes, presidente da câmara de Soure, até nem era um problema: “Podem não ser os mais mediáticos, os mais cativantes [Seguro e Assis], mas são os mais sérios. ”
REFERÊNCIAS:
Costa foi a Matosinhos pescar apoios para candidatura à liderança do PS
Presidente da Câmara de Lisboa almoçou com António Parada e reuniu-se à noite com apoiantes do distrito do Porto. (...)

Costa foi a Matosinhos pescar apoios para candidatura à liderança do PS
MINORIA(S): Animais Pontuação: 7 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-06-04 | Jornal Público
SUMÁRIO: Presidente da Câmara de Lisboa almoçou com António Parada e reuniu-se à noite com apoiantes do distrito do Porto.
TEXTO: António Costa deu nesta terça-feira um salto ao Norte para alargar a sua rede de apoios. O presidente da Câmara de Lisboa foi a Matosinhos, que já foi um bastião do PS, mas que nas autárquicas de Setembro infligiu uma derrota pesada ao partido que preferiu candidatar o ex-líder da concelhia, António Parada, em detrimento de Guilherme Pinto, que se recandidatou como independente e obteve maioria absoluta. Acompanhado por elementos do seu núcelo duro, António Costa foi almoçar justamente com António Parada. O encontro não era para ser público, mas a presença de Costa não passou despercebida entre os clientes do restaurante e houve mesmo quem o abordasse, dizendo-lhe: “Não sou socialista, mas estamos à sua espera”. Costa agradeceu e tratou de convencer Parada a juntar-se à sua candidatura à liderança do partido. Em Matosinhos, António Costa não terá a vida muito complicada em termos de apoios: há muitos socialistas que responsabilizam o secretário-geral pela derrota nas autárquicas e Guilherme Pinto, que goza de grande notoriedade no concelho e estará magoado com Seguro - desfiliou-se do PS -, poderá querer “ajudar” Costa a derrubar o actual líder do PS. À noite, os apoiantes de António Costa do distrito do Porto reuniram-se numa sala fechada a sete chaves para discutir a estratégia do candidato à liderança do partido que, ao que tudo indica, deverá apresentar esta sexta-feira as linhas do seu programa para o PS. A reunião das federações distritais que chegou a estar prevista para esta terça-feira, em Leiria, acabou por não se realizar, vingando, assim, a proposta do secretário nacional, Miguel Laranjeiro, de reunir os líderes federativos ao fim da tarde de amanhã, na sede nacional do PS. Junto de algumas distritais existe um grande desconforto pelo facto de António José Seguro não ter mostrado abertura para avançar para eleições directas e convocar um congresso electivo. Fontes socialistas disseram ao PÚBLICO que Seguro garantiu aos presidentes das federações o prolongamento, até depois das legislativas de 2015, dos seus mandatos, apesar de estes, estatutariamente, terminarem este mês. Com a convocação de eleições agora, alguns líderes das distritais (Castelo Branco, Oeste, Guarda, Leiria, e Vila Real) terão de sair em breve, por estarem impedidos de se recandidatar, uma vez que já cumpriram três mandatos. Uma semana após António Costa ter anunciado a sua disponibilidade para disputar a liderança do PS a António José Seguro, deitam-se contas a quem está com quem e, de acordo com várias fontes socialistas, a correlação de forças parece favorecer o presidente da Câmara de Lisboa. Há distritais cujos presidentes estão com Seguro, como Porto, Faro, Braga, Porto, Santarém ou Bragança, mas a maioria parece preferir ver Costa a dirigir o partido. Entre estas estão Lisboa, Castelo Branco, Évora e Portalegre, por exemplo.
REFERÊNCIAS:
Partidos PS
Cientistas portugueses querem fazer das corvinas o salmão dos países do Sul
Na Estação Piloto de Piscicultura de Olhão, os biólogos estudam a forma de produzir mais corvinas com menores custos em aquacultura. Acompanhámos uma das viagens dos peixes até ao mar. (...)

Cientistas portugueses querem fazer das corvinas o salmão dos países do Sul
MINORIA(S): Animais Pontuação: 7 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-07-27 | Jornal Público
SUMÁRIO: Na Estação Piloto de Piscicultura de Olhão, os biólogos estudam a forma de produzir mais corvinas com menores custos em aquacultura. Acompanhámos uma das viagens dos peixes até ao mar.
TEXTO: O sol já brilha lá alto, o dia ainda mal começou mas o trabalho já vai avançado na Estação Piloto de Piscicultura de Olhão (EPPO), situada no Parque Natural da Ria Formosa. Dentro deste enorme edifício branco, muitos tanques redondos e rectangulares são a casa de corvinas, sargos, linguados e tantos outros peixes, enquanto no chão há poças de água. As salas de testes ficam perto: uma até tem microalgas verdes, vermelhas e amarelas suspensas em grandes sacos de plástico. Por toda a parte, há tubos e cabos e as temperaturas variam tanto que depressa faz frio como calor. Já lá fora, mais de uma dezena de pessoas, algumas equipadas com galochas e fatos de borracha verdes, iniciaram os seus trabalhos por volta das seis da manhã. Cerca de duas horas depois, das 8000 corvinas que estavam a ser transportadas para uma jaula, localizada a 2, 5 milhas da costa, já poucas restam nos tanques da estação piloto. É um trabalho de equipa. Dentro de outros tanques, quatro pessoas apanham os peixes com uma rede e depois colocam-nos em baldes. Os que ficam presos nos buracos das redes rapidamente se soltam. Os baldes vão passando para outras mãos, também já cansadas e suadas àquela hora da manhã. As corvinas saltitam, algumas chegam a cair para o chão e há salpicos de água por toda a parte. Estão a ser levadas para um camião, e aí colocadas noutros tanques. O biólogo Pedro Pousão, coordenador da EPPO, vai relatando o que se está a fazer e, ao mesmo tempo, regista a azáfama com a sua máquina fotográfica. Desde que começaram estas experiências, esta já é a sétima vez que vão ao mar levar corvinas. No total, já transportaram para a jaula cerca de 60. 000. “As corvinas vão para a jaula quando têm cerca de 15 ou 20 gramas, um tamanho em que já não saem de lá. Estamos a falar de um animal aí com 20 centímetros”, explica Pedro Pousão. “Ficam na jaula até terem um tamanho comercial, que depois podemos escolher se será de um ou dois quilos. ”Com as corvinas, tudo começou de forma sistemática em 2010 na estação piloto, que pertence ao Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). A estação tinha sido criada nove anos antes para investigação em aquacultura (ou piscicultura) e as primeiras corvinas ainda nasceram em 2009. A ideia subjacente a este projecto resume-se assim: as corvinas podem vir a ser o salmão dos países do Sul. “Começámos a trabalhar nas corvinas devagarinho em 2007 ou 2008”, diz Pedro Pousão. Nesta altura, começaram com reprodutores selvagens, corvinas que foram apanhadas numa armação de atuns. Mais tarde, os investigadores foram também criando os seus próprios reprodutores e reproduzindo animais para poderem fazer vários testes a uma escala piloto, ou seja, pré-industrial. “Fazemos estudos a nível da reprodução para ter a melhor qualidade e quantidade de ovos e ter animais o mais saudáveis possível. Estudamos todos os processos de crescimento”, conta o investigador, mencionando que para além destes ensaios, são feitos outros para ver o efeito da nutrição no crescimento dos animais. “De forma simplista, o processo, desde a reprodução até à jaula, é de engorda. O animal reproduz-se, fazemo-lo crescer, engordamo-lo e, quando tem certo tamanho, metemo-lo na jaula”, explica Pedro Pousão, referindo que o trabalho da sua equipa não se resume só a esta tarefa. “Usamos os juvenis todos que temos aqui em vários processos diferentes, o procedimento na jaula é só um deles. ”O objectivo principal de todo este trabalho é obter números. É necessário saber quanto tempo os animais demoraram a crescer, quantos é que sobrevivem, quanto tempo demoram a atingir o tamanho comercial e de que forma tudo isto se traduz em custos. “Esses números são fundamentais para fazer modelos económicos”, conta Pedro Pousão. “A ideia é poder responder aos produtores quando cá vêm e fazem perguntas. Não pode dizer-lhes: ‘Isso não sei’”. Um dia de jejumTransferidos todos os peixes para outros tanques no camião, é altura de iniciar a viagem até ao porto de Olhão. Tanto por terra como por mar, é sempre preciso assegurar o fornecimento de oxigénio às corvinas e, durante todo o transporte, os níveis vão sendo medidos na água. As garrafas de oxigénio já estão ferrugentas, talvez de tanto uso. Além deste cuidado, há outros a ter: primeiramente, os peixes têm de estar em jejum, neste caso 24 horas (a duração depende, por exemplo, da temperatura da água). Assim, os animais não produzem excreções e não poluem a água. Há ainda que determinar quantos peixes e quantos quilos em cada metro cúbico se podem transportar. “Ontem às oito e meia da noite, ainda se faziam aqui contas de quantos peixes podiam ir”, conta o investigador.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave animal
Entrevista: Toda a verdade sobre os gatos, o cão, o Pooh, e o Pina
Pina é o tipo de homem que diz ao mesmo tempo coisas como: "Somos matérias de estrelas. Tenho um poema chamado Matéria de Estrelas; e oferece um doce: 'Não quer tomar nada? Um bolo da minha sogra, bolo da mamã." (...)

Entrevista: Toda a verdade sobre os gatos, o cão, o Pooh, e o Pina
MINORIA(S): Animais Pontuação: 7 | Sentimento 0.2
DATA: 2011-05-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: Pina é o tipo de homem que diz ao mesmo tempo coisas como: "Somos matérias de estrelas. Tenho um poema chamado Matéria de Estrelas; e oferece um doce: 'Não quer tomar nada? Um bolo da minha sogra, bolo da mamã."
TEXTO: Cita T. S. Eliot e mostra fotografias antigas. Aponta para o casaquinho à grilo que usou num Carnaval e explica que religião e religare vêm do mesmo. Para Manuel António Pina, isto anda mesmo tudo ligado. A comida que se come, a morte que se inflige às bactérias com o antibiótico, o tauismo do Winnie The Pooh, a empregada de língua afiada que faz parte da família há 20 anos. "Ler, como diz o Borges, é uma forma de felicidade. " Quando era pequeno, os outros miúdos faziam música, cantavam. Ele lia e escrevia versos. Tem uma fixação no Winnie The Pooh. . . É um dos meus livros de referência. Nós somos o que lemos, e eu, não sei se sou alguma coisa ao Winnie The Pooh, mas gostava de ser. . . Ao [ Jorge Luís] Borges, perguntaram assim: "Quem é afinal Borges?"; ele começou a responder como os futebolistas, na terceira pessoa, "Borges não existe" [risos]; depois passou para a primeira pessoa do singular: "Sou todos os livros que li, todas as pessoas que conheci, todos os lugares que visitei, todas as pessoas que amei. " É verdade - agora digo eu. Como se deu o encontro com o Winnie The Pooh, de Milne?Descobri-o tarde, era um jovem adulto. Em casa dos meus pais havia poucos livros. O primeiro que li, tinha uns oito ou nove anos, emocionoume imenso. Foi A Vida Sexual, do Egas Moniz. Comecei a ler livros por causa das bibliotecas da Gulbenkian que apareciam lá na terra. Como o apresentaria? É improvável que um encontro com uma figura da infância se dê na idade adulta. . . E de uma forma muito forte. É um ursinho com muito pouco miolo, que tem uma relação com o mundo e consigo dominada por uma nonchalance e pela bondade - que é a grande qualidade humana. É muito medroso, mas tem aventuras de grande coragem. Há uma nonchalance que há, ou que gostaria que houvesse em mim, ou que procuro que haja em mim, [um desejo de] deixar-me atravessar pelas coisas. O ursinho é uma imagem de um universo perdido, de um mito, de um passado dourado - que nunca existiu. É uma espécie de reencontro com a infância. E esse reencontro é uma necessidade natural em sociedades urbanas como as nossas, muito agressivas, competitivas e pouco espontâneas. É natural que em silêncio, na solidão, sintamos essa melancolia da infância. Era à voz da infância que eu queria chegar, cruzando o Pooh com o título Um Sítio onde Pousar a Cabeça (1991). O Pooh simboliza o espaço mitificado da infância? Onde tudo era puro e onde podemos, pelo menos na memória, pousar a cabeça. O ursinho não é propriamente puro, é espontâneo; tem uma relação directa e imediata com as coisas e com a palavra. Seduz-me a sua relação com as palavras, que é simultaneamente de inocência e de malícia. E seduz-me a capacidade formidável que têm as palavras de fazer sentido e de produzir sentido. A palavra "criar", pelo menos em termos fonéticos, tem muito que ver com a criança; criança também é aquele que está em criação. No Pooh tudo é feito através do discurso. E que tem isto a ver com os seus livros?Escrevo o livro comigo mesmo, com o meu sangue, com a minha vida, com a minha memória. A minha escrita tem muitas alusões, frases. Tenho a cabeça cheia de frases!, do Eliot, do Rilke, do Alexandre O'Neil, do Ruy Belo e do Winnie The Pooh; para além de outras que não reconheço, e que se calhar são as mais importantes ou significativas. Quando falo na minha poesia do que está atrás dos cortinados, o que está debaixo da cama, esses medos infantis, tenho no horizonte relações com esses poemas do Milne. O primeiro espaço da sua infância foi o Sabugal.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte criança espécie sexual
Série Mar Português: pesca, um mar de oportunidades perdidas
Desde o início dos anos 1990 que a frota portuguesa perde dimensão. Só entre 1993 e 2011, foi reduzida em um terço e todos os anos a receita de Bruxelas é cortar nas quantidades de apanha.... (etc.)

Série Mar Português: pesca, um mar de oportunidades perdidas
MINORIA(S): Animais Pontuação: 7 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
TEXTO: Desde o início dos anos 1990 que a frota portuguesa perde dimensão. Só entre 1993 e 2011, foi reduzida em um terço e todos os anos a receita de Bruxelas é cortar nas quantidades de apanha.
REFERÊNCIAS:
Cidades Bruxelas
Em Milfontes os caçadores gostam de Hongo
Desde que o fotografaram em Maio de 2013, os caçadores do Clube de Tiro de Milfontes nunca deixaram de ver em Hongo um amigo. O lince veio de Espanha, atravessou Portugal da fronteira à costa e instalou-se ali, onde foi captado por uma câmara montada num cevadouro para javalis. Em todos os aspectos, o episódio foi surpreendente. Não se esperava ver aquele animal naquela zona, tão longe de onde tinha sido libertado na natureza. E há mais de duas décadas que não se tinha uma confirmação visual de um lince ibérico no país. Desde então, o lince tem sido fotografado e filmado na região. A última imagem foi captada dia... (etc.)

Em Milfontes os caçadores gostam de Hongo
MINORIA(S): Animais Pontuação: 7 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20150501195028/http://www.publico.pt/1679491
TEXTO: Desde que o fotografaram em Maio de 2013, os caçadores do Clube de Tiro de Milfontes nunca deixaram de ver em Hongo um amigo. O lince veio de Espanha, atravessou Portugal da fronteira à costa e instalou-se ali, onde foi captado por uma câmara montada num cevadouro para javalis. Em todos os aspectos, o episódio foi surpreendente. Não se esperava ver aquele animal naquela zona, tão longe de onde tinha sido libertado na natureza. E há mais de duas décadas que não se tinha uma confirmação visual de um lince ibérico no país. Desde então, o lince tem sido fotografado e filmado na região. A última imagem foi captada dia 29 de Agosto. Mas os caçadores estão convencidos de que o animal continua por lá. “Para nós é positivo. É um predador como nós, caçadores”, diz António Inácio, o presidente do Clube de Tiro e Caça de Vila Nova de Milfontes. O lince, ao contrário do que se poderia supor, estará a ter um efeito positivo sobre a população de coelhos. “Os predadores abatem os mais fracos e incapazes. Se sobreviverem os mais fortes, então estão a ajudar a preservar as espécies”, explica António Inácio. Entre as organizações nacionais de caçadores, tem havido alguma divisão quanto à reintrodução do lince. A Associação Nacional de Proprietários Rurais, Gestão Cinegética e Biodiversidade, que representa os proprietários de zonas de caça, juntou-se logo ao pacto pelo lince ibérico lançado este ano pelo Ministério do Ambiente e que envolve inúmeras organizações. A Confederação Nacional dos Caçadores Portugueses fê-lo mais tarde, mas a Federação Portuguesa de Caça até agora não aderiu. Em Milfontes, tem havido uma convivência pacífica. António Inácio relata que na zona de caça associativa sob responsabilidade do Clube de Tiro a gestão tem sido normal, respeitando os limites de animais a abater, fazendo sementeiras para melhorar o habitat do coelho e realizando outras medidas. “A gestão principal é não fazer asneiras”, afirma. Até agora, Hongo parece estar grato. “Temos muito gosto em ter cá o lince”, conclui António Inácio. “É um caçador como nós. Só não paga é quotas”.
REFERÊNCIAS:
Uma barragem no Algarve salvou a campanha da Malcata
Foi a maior campanha de sempre pela defesa de uma espécie animal no país. E tudo começou por causa de uma árvore. Não era ainda tanto o eucalipto, mas sim a pseudotsuga, uma conífera exótica que iria ser plantada em massa na Serra da Malcata no final dos anos 1970, para a produção de pasta de papel. Alarmado com a potencial destruição do habitat do lince ibérico – que ainda vivia na região –, o biólogo Luís Palma, técnico florestal no então Serviço Nacional de Caça, alertou a sua chefia. “Primeiro tentámos resolver o problema pela via institucional”, recorda. Falaram com os promotores do projecto, tentaram um com... (etc.)

Uma barragem no Algarve salvou a campanha da Malcata
MINORIA(S): Animais Pontuação: 7 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20150501195028/http://www.publico.pt/1679489
TEXTO: Foi a maior campanha de sempre pela defesa de uma espécie animal no país. E tudo começou por causa de uma árvore. Não era ainda tanto o eucalipto, mas sim a pseudotsuga, uma conífera exótica que iria ser plantada em massa na Serra da Malcata no final dos anos 1970, para a produção de pasta de papel. Alarmado com a potencial destruição do habitat do lince ibérico – que ainda vivia na região –, o biólogo Luís Palma, técnico florestal no então Serviço Nacional de Caça, alertou a sua chefia. “Primeiro tentámos resolver o problema pela via institucional”, recorda. Falaram com os promotores do projecto, tentaram um compromisso, mas sem sucesso. A florestação prosseguiu. Luís Palma acabou por ir bater à porta da Liga para a Protecção da Natureza (LPN), a histórica associação ambientalista criada em 1948. E dessa iniciativa nasceu a campanha “Salvemos o lince e a serra da Malcata”, que marcou o ano de 1979 e subsiste até hoje como um marco na história ambiental do país. O método seria um abaixo-assinado. A associação tinha poucos recursos, mas conseguiu mobilizar a própria máquina da administração central, que se juntou à luta. O Serviço Nacional de Parques, Reservas e Património Paisagístico pagou a elaboração e impressão de um cartaz icónico, com a face de um lince e os dizeres da campanha. “Enviámos para as escolas e, para a nossa surpresa, começamos a receber imensas assinaturas, com as folhas originais já fotocopiadas”, lembra Jorge Palmeirim, biólogo que na altura estava na direcção da LPN. “Muitos professores nem sabiam que havia linces em Portugal”, completa. No final, o abaixo-assinado foi subscrito por cerca de 60 mil pessoas. Nunca tinha havido tamanha mobilização popular por uma causa ambiental. O movimento acabou por dar resultado. O projecto de florestação foi travado, fez-se um acordo para compensar os promotores com terrenos perto de Sines, a serra da Malcata foi classificada como reserva natural e o lince tinha tudo para viver em paz e saúde na região. Mas isto não aconteceu. Duas doenças, a mixomatose e a hemorrágica viral , arrasaram em vagas sucessivas as populações de coelhos bravos e o lince desapareceu não só da Malcata, como de todo o país. Durante vinte anos, não houve políticas eficazes para trazê-lo de volta, até que o projecto de uma barragem, no início da década passada, ameaçou destruir mais uma zona de habitat do lince, em Odelouca, na serra algarvia. A barragem de Odelouca estimulou uma guerra de trincheiras entre ambientalistas, que queriam travar o projecto, o Governo, que era o dono da obra, e a Comissão Europeia, que iria financiá-la. A obra chegou a estar suspensa e só foi adiante depois de várias alterações no projecto e de uma medida de compensação central: a construção de um centro de reprodução do lince ibérico, de onde vem Jacarandá, um dos linces que serão libertados esta terça-feira na zona de Mértola. Na prática, foi preciso destruir uma zona de alta importância para os linces para os ter de volta. “Infelizmente, isto não é prova de maior eficácia das políticas de conservação”, avalia Jorge Palmeirim. “É lamentável, mas apesar de tudo é positivo. Dificilmente iríamos no curto prazo ter animais para fazer o repovoamento em Portugal”, completa. Por mais decisivo que tenha sido, o paradoxal empurrão da barragem de Odelouca talvez não tivesse existido sem o trabalho prévio da campanha da Malcata em 1979. “Foi o ponto de viragem por parte da sociedade no reconhecimento da importância da conservação da natureza em Portugal”, diz Jorge Palmeirim.
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Palavras-chave guerra espécie animal
Assunção Cristas assume divergências com Espanha sobre divisão da sardinha
A ministra do Mar Assunção Cristas assumiu nesta terça-feira que Portugal e Espanha “têm abordagens diferentes” sobre os critérios de repartição das quotas de sardinha, com base no histórico de capturas, e sublinhou que é preciso “continuar a dialogar”. A quota de sardinha, que é gerida pelos dois países ibéricos, tem sido dividida informalmente, cabendo a Portugal cerca de 70% da pesca e a Espanha os restantes 30, mas o Governo espanhol negou no sábado que exista qualquer chave de repartição acordada entre os dois países. “É um tema que tem sido objecto de muitas conversas políticas e técnicas, mas em que Portug... (etc.)

Assunção Cristas assume divergências com Espanha sobre divisão da sardinha
MINORIA(S): Animais Pontuação: 7 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-04-14 | Jornal Público
TEXTO: A ministra do Mar Assunção Cristas assumiu nesta terça-feira que Portugal e Espanha “têm abordagens diferentes” sobre os critérios de repartição das quotas de sardinha, com base no histórico de capturas, e sublinhou que é preciso “continuar a dialogar”. A quota de sardinha, que é gerida pelos dois países ibéricos, tem sido dividida informalmente, cabendo a Portugal cerca de 70% da pesca e a Espanha os restantes 30, mas o Governo espanhol negou no sábado que exista qualquer chave de repartição acordada entre os dois países. “É um tema que tem sido objecto de muitas conversas políticas e técnicas, mas em que Portugal e Espanha não partilham o mesmo ponto de vista. Nós entendemos que se deve aplicar o histórico dos anos mais recentes”, defendeu a ministra durante uma viagem a bordo do navio “Noruega” que está a preparar uma nova campanha científica para avaliar o stock da sardinha. Assunção Cristas notou que “se esta pescaria fosse decidida em Bruxelas esse seria o critério que seria utilizado”, mas acrescentou que nenhum dos dois países tem interesse em que sejam as instâncias comunitárias a passar a decidir sobre a sardinha já que a quota poderia ir ao encontro das pretensões portuguesas, mas seria possivelmente ainda mais restrita. “Portanto temos continuado a dialogar para chegar a um critério que seja aceitável pelos dois países”, destacou. Segundo a ministra da Agricultura e Mar, o que está em causa é a série temporal a usar, já que Espanha prefere olhar para os anos mais antigos e Portugal para os mais recentes. “Quando há menos sardinha para repartir entre os dois países é muito mais difícil que o critério venha a ser aceite de forma consensual. Como Espanha entende não aceitar este critério e nós não entendemos, neste momento, que devamos ceder nesta nossa posição continuamos a trabalhar a nível técnico e a concertar-nos de forma mais informal”, cumprindo os históricos de captura que tem sido repartidos entre os dois países. “A nossa posição é que os 70/30 é uma boa repartição e achamos que temos base para sustentar essa posição”, vincou a responsável da pasta do Mar. Sem acordo escrito, o que acontece é que “informalmente os dois países dão indicações conservadoras aos seus pescadores, de maneira a, que em conjunto, não se exceda aquilo que está previsto”, explicou, exemplificando com a suspensão da pesca decidida no ano passado pelos dois países, na mesma altura, tal como o período de defeso biológico. Existem, neste momento, no mar português entre 150 a 180 mil toneladas de sardinha, mas já foram 500 mil, causando um problema “evidente” para os pescadores e para a indústria conserveira, disse Assunção Cristas. “Todos nós queremos que a situação melhore, mas temos de agir com muita cautela, em conjunto com Espanha, porque se não nos conseguirmos articular, então Bruxelas impõe-nos uma quota e essa quota pode ser bem pior do que a que temos neste momento”, alertou. O Governo espanhol esclareceu, no sábado, que não existe qualquer acordo de repartição de quotas de apanha de sardinha entre Portugal e Espanha, depois de algumas associações de pescadores portugueses, acusarem Madrid de querer "adulterar" a chave de repartição da pesca da sardinha, para poder pescar mais do que antes. "Merece a pena destacar que actualmente não existe qualquer acordo de repartição da quota entre Portugal e Espanha, uma vez que também não existe uma quota como tal. O que existe actualmente é um acordo entre Espanha e Portugal sobre o estabelecimento de uma regra de exploração, que dá como resultado uma quota anual para ambos os países de 19. 050 toneladas", disse à Lusa uma fonte do ministério da Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente de EspanhaOs pescadores portugueses basearam as suas preocupações no plano espanhol de gestão da sardinha, que permite aos pescadores espanhóis capturar até um máximo de 1. 000 toneladas mensais daquela espécie. Caso capturassem mil toneladas por mês até ao final do ano, acusam os pescadores nacionais, os espanhóis ultrapassariam as 6 mil toneladas que lhes caberia este ano, segundo a chave de repartição 70/30. O Governo de Espanha contrapôs que fixou o limite de mil toneladas/mês "para permitir a actividade durante todo o ano, evitando maiores consumos que poderiam levar ao encerramento prematuro da pesca da sardinha, como aconteceu no ano passado".
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave espécie
Alterações climáticas ameaçam organismos marinhos do Antárctico
Uma equipa de 11 cientistas de nove países afirma que as alterações climáticas podem afectar grande parte do Antárctico, tornando-se a sua acidificação num dos maiores problemas para os organismos marinhos que ali vivem. “No futuro, devido às alterações climáticas, a acidificação do Oceano Antárctico poderá tornar-se num dos maiores problemas para os organismos marinhos que lá vivem”, alerta um estudo internacional, desenvolvido por especialistas de diversos países, entre os quais Portugal, afirma a Universidade de Coimbra (UC), numa nota divulgada nesta quarta-feira. A investigação, cujos resultados foram public... (etc.)

Alterações climáticas ameaçam organismos marinhos do Antárctico
MINORIA(S): Animais Pontuação: 7 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
TEXTO: Uma equipa de 11 cientistas de nove países afirma que as alterações climáticas podem afectar grande parte do Antárctico, tornando-se a sua acidificação num dos maiores problemas para os organismos marinhos que ali vivem. “No futuro, devido às alterações climáticas, a acidificação do Oceano Antárctico poderá tornar-se num dos maiores problemas para os organismos marinhos que lá vivem”, alerta um estudo internacional, desenvolvido por especialistas de diversos países, entre os quais Portugal, afirma a Universidade de Coimbra (UC), numa nota divulgada nesta quarta-feira. A investigação, cujos resultados foram publicados na revista científica Global Change Biology, visou “avaliar e quantificar” as alterações na Antárctida, “uma das regiões do planeta que tem mostrado sinais de mudanças ambientais bastante rápidas e profundas”. Grande parte do Oceano Antárctico “vai ser afectada por processos associados às alterações climáticas” e as áreas atingidas “vão ser maiores do que as observadas no passado”, sustentam os especialistas. A pesquisa revela também que “os factores ambientais que causam stress ao ecossistema marinho do Oceano Antárctico poderão chegar a 86%” de todo o oceano, acrescenta a UC. “Este foi o primeiro estudo a quantificar os múltiplos factores ambientais que afectam o Oceano Antárctico como um todo e a indicar quais as áreas que poderão ser mais atingidas no futuro”, salienta José Xavier, do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente da UC e único cientista português envolvido na investigação. “As regiões costeiras junto ao continente, e particularmente a Península Antárctica, vão ser as regiões mais afectadas por múltiplos stresses ambientais", como, por exemplo, degelo, aumento da temperatura e diminuição do gelo marinho, salienta José Xavier. O “maior desafio futuro será avaliar os efeitos destes factores ambientais na vida dos animais, e em toda a cadeia alimentar, que vivem no Oceano Antárctico e qual a severidade desses factores nas diferentes regiões deste oceano”, alerta o cientista marinho, adiantando que os especialistas estão agora a trabalhar nesse sentido. Além de José Xavier, participam no estudo investigadores de Alemanha, Argentina, Canadá, Espanha, Estados Unidos da América, França, Nova Zelândia e Reino Unido.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave estudo
Guiné-Bissau: fintar o destino
A Guiné-Bissau arrisca-se, como sempre, a fintar o destino. Quarenta anos depois de se tornar independente, trilha um dos momentos mais difíceis da sua história, marcada por golpes de Estado, guerra civil de 7 de Junho, ajustes de contas, corrupção, degradação do sistema de saúde e do ensino, salários em atraso na função pública, jovens desempregados e ruas às escuras. Das valas comuns de Cumere, em finais dos anos 70, passando pelo golpe de estado em 1980, liderado por Nino Vieira, do caso 17 de Outubro que acabou na morte de Paulo Correia, de Viriato Pã e outros oficiais, o golpe de 12 de Abril de 2012, tudo is... (etc.)

Guiné-Bissau: fintar o destino
MINORIA(S): Animais Pontuação: 7 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
TEXTO: A Guiné-Bissau arrisca-se, como sempre, a fintar o destino. Quarenta anos depois de se tornar independente, trilha um dos momentos mais difíceis da sua história, marcada por golpes de Estado, guerra civil de 7 de Junho, ajustes de contas, corrupção, degradação do sistema de saúde e do ensino, salários em atraso na função pública, jovens desempregados e ruas às escuras. Das valas comuns de Cumere, em finais dos anos 70, passando pelo golpe de estado em 1980, liderado por Nino Vieira, do caso 17 de Outubro que acabou na morte de Paulo Correia, de Viriato Pã e outros oficiais, o golpe de 12 de Abril de 2012, tudo isto faz da Guiné refém do seu destino. A corrupção, a impunidade, o sentimento dum “Estado falhado”, o tribalismo, a corrida para a riqueza fácil minam o sonho de Amílcar Cabral e dos combatentes que deram a vida para um dia a Guiné ser livre. A corrupção não só pegou moda como se tornou um meio de sobrevivência. Trata-se de um fenómeno transversal à sociedade guineense, desde o cidadão comum até ao topo das figuras políticas. O negócio de bauxite e o futuro porto das águas profundas de Buba têm que passar pelos critérios de transparência, sob pena de servirem apenas os interesses de certa elite. O abate indiscriminado de árvores para a extracção de madeira e das areias cristalinas da praia de Varela renderam milhões de euros, mas ninguém sabe onde é que foi investido este dinheiro. O país não dispõe de navios e aviões para fazer a patrulha da costa marítima da nossa zona exclusiva. Mas só com a pesca industrial, caso fosse bem controlada e gerida, a Guiné-Bissau seria capaz de financiar, através das licenças aos grandes armadores de pesca, cerca de 40 por cento do seu Orçamento do Estado. Vivendo, como vive, mergulhada num caos, a Guiné-Bissau continua a acreditar que ainda é possível. Assim sendo, os guineenses escolheram mais uma vez José Mario e Domingos Simões, respectivamente chefe de Estado e primeiro-ministro, pondo nas suas mãos o seu destino. Um piloto e co-piloto ao leme num navio à deriva e que já vinha metendo água, longe do destino e em risco de naufrágio. Mas onde cada passageiro não pode ficar de braços cruzados a ver o que vai acontecer. . . porque não há milagres. Fala-se na mudança de mentalidade, na justiça, na estabilidade, na paz, no respeito pela coisa pública, no bem-estar, mas tudo isso depende de todos os guineenses, com o Presidente e o primeiro-ministro à cabeça. Jornalista guineense
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE