Furto de pombos-correios lançam suspeitas sobre torneios de tiro
Desde o Verão do ano passado que os pombais do Baixo Alentejo estão na mira de assaltantes, que levam as aves que se destacam pela sua qualidade, sobretudo como reprodutoras. (...)

Furto de pombos-correios lançam suspeitas sobre torneios de tiro
MINORIA(S): Animais Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-03 | Jornal Público
SUMÁRIO: Desde o Verão do ano passado que os pombais do Baixo Alentejo estão na mira de assaltantes, que levam as aves que se destacam pela sua qualidade, sobretudo como reprodutoras.
TEXTO: Furtar pombos-correios nos pombais do Alentejo para os vender em campos de treino de caçadores que recorrem às aves para aperfeiçoar a pontaria parece ser a motivação dos assaltantes que têm andado a fazer desaparecer estes animais, acusa Rogério Ricardo, vice-presidente da Associação de Columbófilos do Baixo Alentejo (ACBA). O dirigente associativo insurge-se contra a falta de fiscalização, permitindo assim que entre os pombos vulgares que servem de alvo aos caçadores “possam estar pombos-correios” a quem são cortadas “as anilhas e as penas da cauda e que são vendidos para serem largados nos campos de tiro aos pombos”. Rogério Ricardo critica o sacrifício de exemplares que são bons reprodutores ou que se destacam pela boa linhagem. “Só por maldade é que se podem abater pombos que se notabilizam pela sua qualidade”, sublinhou, realçando ainda o interesse dos assaltantes em furtar aves reconhecidas como boas reprodutoras para com elas criar colónias de criação de pombos. Seja qual for a motivação para os furtos que ocorrem desde o último Verão em vários concelhos da região, mas com maior incidência em Almodôvar e Beja, os columbófilos baixo-alentejanos estão preocupados com o furto dos melhores pombos, aqueles que ganham prémios, o que redunda num enorme prejuízo para quem tem na criação e na competição o seu hobby. Em Almodôvar, os furtos incidem sobre pombos “com tonalidades vermelhas e brancas” enquanto “os pedrados e azuis são poupados”, assinala o dirigente da ACBA. Em Beja, houve assaltos recentes a dois pombais localizados na “Aldeia Columbófila”, nos arredores da cidade, e num local isolado. Este último tem oito instalações para pombos, tendo sido assaltado durante a noite depois de ter sido cortada a rede que cerca o espaço e arrombados dois pombais. De um foram levados 70 pombos reprodutores e no outro mais sete. O subintendente da PSP de Beja, Nuno Poiares , confirmou ao PÚBLICO que destas duas ocorrências resultaram dois autos de notícia e a abertura de processos-crime que estão a decorrer. Confrontado com a denúncia dos criadores de pombos, Jacinto Amaro, presidente da Federação Portuguesa de Caça, afirmou que “é a primeira vez” que houve falar em roubo desta espécie de aves para serem abatidas em sessões de treino de caçadores. O dirigente associativo faz um “desmentido categórico” de um tal procedimento, que diz ser infundado, embora admita que possa haver casos pontuais de pombos-correios que, após competições, recolhem exaustos a pombais das explorações agrícolas e acabam por se adaptar acabando por serem depois enviados juntamente com os pombos vulgares para torneios de tiro ao voo. Mas no caso de haver algum caçador que receba pombos-correio para os lançar em torneios de tiro ao pombo ou em treino de tiro de caçadores, este “deve ser punido” por uma acção que considera ser “crime”. Rita Silva, presidente da Associação Animal, disse ao PÚBLICO que não tem conhecimento da largada de pombos-correios em campos de tiro para treinar a eficácia dos caçadores, mas sabe da utilização de uma espécie de pombo chamado zurita “muito apreciado” pelos praticantes do “tiro aos pombos”. Criados em cativeiro às centenas de milhares em Espanha, estes pombos são importados para Portugal para serem usados como alvos em provas de tiro. Por cada dia de prova, “cerca de 2500 pombos são mortos” em média, tendo cada atirador “direito” a abater sete pombos. Durante o 5. º Campeonato Mundial de Tiro ao Pombo, realizado em Portugal em 2011, a Associação Animal admite que terão sido abatidos “cerca de 20 mil animais”. Este número “deixa de fora os muitos milhares de pombos” que são usados em treinos e que não são contabilizados. O facto de estes serem pombos mais pequenos do que os pombos comuns “constitui um especial desafio à habilidade dos atiradores”, realça Rita Silva, descrevendo o que acontece a estes animais desde que saem dos pombais em Espanha onde são criados em cativeiro: “Depois de uma prolongada viagem até o campo de tiro – durante a qual não comem nem bebem – os pombos chegam já cansados, debilitados e sob grande stress". Nos campos de tiro, são mantidos em gaiolas, novamente sem alimentação e água, até serem utilizados nas provas. São-lhes arrancadas as penas da cauda – as guia, que usam para orientar o seu voo – o que, cumulativamente com o stress e o cansaço, lhes provoca sofrimento físico. "O objectivo desta dolorosa mutilação é fazer com que os pombos tenham um voo irregular, de modo a que seja mais difícil para os atiradores fazerem um tiro certeiro", acrescenta.
REFERÊNCIAS:
No exame do 6.º ano houve pouca gramática e isso foi um alívio para os alunos
Cerca de 110 mil alunos do 6.º ano fizeram esta segunda-feira a prova nacional de Português. Se no 4.º ano as plantas dominaram a prova, no 6.º os protagonistas foram os animais. (...)

No exame do 6.º ano houve pouca gramática e isso foi um alívio para os alunos
MINORIA(S): Animais Pontuação: 5 | Sentimento -0.18
DATA: 2014-05-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Cerca de 110 mil alunos do 6.º ano fizeram esta segunda-feira a prova nacional de Português. Se no 4.º ano as plantas dominaram a prova, no 6.º os protagonistas foram os animais.
TEXTO: “Ah, ela vem sorridente”, diz, mais descansada, a mãe de Adelina. Vê a filha sair do portão da escola André Soares, em Braga, com cara de satisfação e pode finalmente deixar cair a preocupação com que a esperou na última meia hora. A estudante usou até ao fim os trinta minutos suplementares que tinha disponíveis para terminar o exame de Português do 6º ano. O “atraso” preocupou a mãe, mas não a filha, que garante não se ter sentido nervosa com a prova nacional. Adelina até acha que o exame que ela e outros 100 mil estudantes do 6º ano fizeram esta segunda-feira teve efeitos positivos durante o ano lectivo: “Nos testes ao longo do ano sentimo-nos menos nervosos, porque sabemos que os exames vão ser mais exigentes. Isso acaba por ajudar a que tudo corra melhor”. Quando encontrou a mãe estava satisfeita com a forma como correu a prova nacional, que considera ter sido “mais fácil do que aquilo para que estava preparada”. A percepção de que a prova era acessível é comum entre os vários colegas da escola. Há também unanimidade na explicação: a prova deste ano tinha poucas perguntas de gramática. É isso que sublinha Pedro Daniel, por exemplo. “A gramática é o mais difícil, mas tinha pouca coisa e acabou por tornar a prova menos complicada”, diz. A meia hora suplementar que os estudantes podiam usar para acabar o exame não foi usada pela maioria dos alunos da escola André Soares. Para José Pedro esse é mais um sinal de que a prova “foi fácil”: “Até tive tempo para copiar as perguntas para logo à noite ir ao site do Gave confirmar as respostas”. Está confiante de que vai tirar boa nota e conseguir manter o nível 4 na disciplina. Ainda assim, confessa que o primeiro impacto quando a campainha tocou e recebeu o enunciado, foi difícil. “Eram 16 páginas de teste. Quando peguei naquilo fiquei assustado, mas a maioria eram perguntas de escolha múltipla e tinha muito espaço em branco para a composição”. Cumprir com os critérios do texto era algo que preocupava Tiago, mas conseguiu explorar em 200 palavras a ideia de um clube de amigos de animais que era pedida. À porta da escola, tinha o pai à sua espera. Mário Lopes está emigrado em França, mas prolongou a estadia em Portugal para passar o fim-de-semana com a família e aproveitou para ir levar e buscar o filho ao exame. Regressado a Braga em Janeiro, depois de quase quatro anos na escola francesa, está “a tentar recuperar” das dificuldades com explicações. “Estava cheio de dores de barriga”, conta o pai. “Agora já estou calmo”, responde o filho quando sai do portão da escola. Adequar-se ao português da escola, corrigindo os erros da língua oral e da estadia em França, era a prioridade deste aluno. A obrigatoriedade de ser usada a nova grafia saída do Acordo Ortográfico – e que levou um grupo de cidadãos a apresentar uma providência cautelar, tentando evitar a sua aplicação nos exames deste ano, intenção recusada pelo Supremo Tribunal Administrativo – não o preocupava. Aliás, a maioria dos estudantes nem se lembrava desse pormenor no final do exame. O grande medo de Isabella também tinha alguma coisa a ver com a língua. Chegou há um ano do Brasil e conhece um português bastante diferente. Na prova, teve que se concentrar a dobrar está confiante numa nota positiva a Português. “A Matemática é que quase de certeza que não”, desabafa. À porta da escola, há autocolantes colados nos postes de iluminação oferecendo explicações de matemática individualizadas a 5 euros a hora. E, poucos minutos depois do primeiro exame do ano, as cabeças dos estudantes começavam já a apontar para a prova que vem a seguir, já na quarta-feira.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filha escola filho tribunal medo
O top 10 das espécies descobertas em 2013
Foram descobertas 18.000 novas espécies no ano passado. Dez delas foram escolhidas para uma lista que chama a atenção para os problemas da biodiversidade, incluindo vários animais, uma árvore, um fungo e uma bactéria. Embora muitas espécies estejam a extinguir-se, a natureza continua a surpreender-nos. (...)

O top 10 das espécies descobertas em 2013
MINORIA(S): Animais Pontuação: 5 | Sentimento 0.5
DATA: 2014-05-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: Foram descobertas 18.000 novas espécies no ano passado. Dez delas foram escolhidas para uma lista que chama a atenção para os problemas da biodiversidade, incluindo vários animais, uma árvore, um fungo e uma bactéria. Embora muitas espécies estejam a extinguir-se, a natureza continua a surpreender-nos.
TEXTO: Um mamífero, uma árvore de 12 metros ou um gastrópode que vive numa gruta – estas são três das 18. 000 espécies descobertas em 2013. O Instituto Internacional para a Exploração de Espécies, nos Estados Unidos, escolheu dez delas para nesta sexta-feira marcar o dia de aniversário de Lineu, naturalista sueco nascido a 23 de Maio de 1707 e pai da taxonomia, a disciplina que ajuda os biólogos a catalogar os seres vivos. “Um mamífero e uma árvore confirmam que as espécies à espera de ser descobertas não pertencem só à escala microscópica”, diz Antonio Valdecasas, zoólogo do Museu Nacional de Ciências Naturais em Madrid, que dirigiu o comité de peritos internacionais que seleccionou esta lista. Conhecem-se dois milhões de espécies e estima-se que outros dez milhões estejam por descobrir. Muitas desaparecerão antes disso, vítimas da actividade humana que está a destruir a biodiversidade. Mas outras continuarão a espantar-nos, tal como fazem estes dez recém-chegados ao nosso mundo. 1. Um mamífero escondido nas árvoresHá 35 anos que os biólogos não descobriam um mamífero da ordem dos Carnivora. Mas o olinguito (Bassaricyon neblina) estava escondido em colecções naturais. Kristofer Helgen, conservador do Museu Nacional de História Natural da Instituição Smithsonian, na cidade de Washington, liderava um estudo de revisão do género Bassaricyon (pequenos mamíferos chamados olingos, da América Central e do Sul, parentes do guaxinim e do quati) quando deu com peles e ossos de indivíduos nas gavetas de museus, recolhidos no início de século XX. A dimensão e o tamanho dos dentes não batiam certo com as espécies conhecidas de Bassaricyon. “As peles eram de um vermelho intenso e, quando olhei para os crânios, não reconheci a anatomia. Era diferente de todos os animais semelhantes que já tinha visto e de imediato pensei que poderia ser uma espécie nova para a ciência”, recordava Kristofer Helgen à BBC online na altura do anúncio. O mistério levou a equipa ao Norte da cordilheira dos Andes, onde acabou por descobrir indivíduos vivos da nova espécie. O olinguito é o mais pequeno dos Bassaricyon, tem 900 gramas, uma pele castanha-alaranjada, alimenta-se de frutos, é nocturno e vive nas árvores das florestas da Colômbia e do Equador, entre os 1500 e 2750 metros de altitude. Cerca de 42% do habitat do olinguito já desapareceu. 2. Um dragoeiro de 12 metrosComo é que uma árvore de 12 metros passa despercebida tanto tempo? Não passa, a nova espécie de dragoeiro (Dracaena kaweesakii), da Tailândia, é plantada nos templos budistas e tem, consoante a região, nomes comuns como chan nuu, chan pa krai e chan ku on. Existe em florestas que crescem em substratos calcários, como se vê em baixo (na fotografia cujos créditos são de Warakorn Kasempankul e Parinya Siriponamat) nas províncias de Lopburi e Loei, no Centro e Norte da Tailândia. Há, contudo, descrições de árvores na Birmânia, que no entanto ninguém conseguiu ainda confirmar. Este novo dragoeiro, identificado agora por Paul Wilkin, dos Jardins Kew, no Reino Unido, e colegas, é caracterizado pelos muitos ramos que tem, pelas folhas em formato de espada com extremidades brancas e as flores são cremes. Pensa-se que existam apenas 2500 indivíduos. Uma população tão pequena e a extracção de calcário na região onde a espécie cresce estão a colocar o novo dragoeiro em perigo de extinção. 3. Uma anémona-do-mar de cabeça para baixoNa região da Antárctida Ocidental, a 270 metros de profundidade no Mar de Ross, encontraram-se pequenas anémonas-do-mar presas ao gelo, de cabeça para baixo. A descoberta da Edwardsiella andrillae foi um acaso. Um robô aquático munido de câmara, da equipa internacional do Programa de Perfuração Geológica da Antárctida (Andrill), deparou-se com milhares e milhares das pequenas anémonas. O robô estava a ser usado no estudo das correntes marinhas, quando “olhou” para cima e viu os pequenos animais. As anémonas foram estudadas por Marymegan Daly, da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos. Com menos de dez centímetros quando são esticadas, as anémonas têm 20 a 24 tentáculos (um interior com oito e outro exterior com 12 a 16 tentáculos). Pensa-se que se alimentam de plâncton, mas ninguém sabe como é que ficam enterradas ou presas ao gelo, nem como sobrevivem a temperaturas tão baixas. Estes são alguns mistérios que os cientistas esperam descortinar no futuro. 4. Crustáceo fantasmagórico do PacíficoTransparente, esguio, com longos membros chamados gnatopódes e apenas 3, 3 milímetros (no caso dos machos, as fêmeas têm 2, 1 milímetros), este novo crustáceo marinho tem algo de “fantasmagórico”, como diz Antonio Valdecasas. O Liropus minusculus foi descoberto numa gruta na ilha de Santa Catalina, ao largo da costa da Califórnia, nos Estados Unidos. “Esta nova espécie apresenta diferenças relativamente a outros exemplares do mesmo género, tanto nas protuberâncias dorsais, assim como nas patas, nas pinças e no abdómen”, explica o investigador espanhol José Manuel Guerra Garcia, da Universidade de Sevilha, que descobriu este crustáceo. Há outras espécies do género Liropus no Atlântico e no mar Mediterrânico.
REFERÊNCIAS:
Mais um estudo revela por que comer um bife faz mal ao planeta
Investigadores comparam impacto de vários produtos de origem animal com base em dados concretos da realidade norte-americana. (...)

Mais um estudo revela por que comer um bife faz mal ao planeta
MINORIA(S): Animais Pontuação: 5 | Sentimento -0.69
DATA: 2014-07-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: Investigadores comparam impacto de vários produtos de origem animal com base em dados concretos da realidade norte-americana.
TEXTO: Já se sabia que comer um bife é um castigo aplicado ao planeta. Mas um novo estudo agora publicado deixa ainda mais claro que a carne de vaca é o alimento de origem animal com mais impacto sobre o ambiente. Requer 28 vezes mais terra, 11 vezes mais água, seis vezes mais fertilizantes e emite cinco vezes mais gases com efeito de estufa do que as carnes de porco e de aves, os lacticínios e os ovos. “A clara mensagem é a de que a carne de vaca é de longe a categoria animal menos eficiente ambientalmente nas quatro métricas consideradas”, concluem quatro investigadores dos Estados Unidos e de Israel, num artigo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Science. Os investigadores basearam-se em dados entre 2000 e 2010 sobre áreas cultivadas, água de rega e uso de fertilizantes nos Estados Unidos. Também utilizaram dados sobre as emissões de gases com efeito de estufa, derivadas de análises de ciclo de vida – em que tudo o que é necessário para fazer um animal crescer é tido em conta. O estudo avaliou o impacto da carne de vaca, de porco e de aves, e também dos lacticínios e dos ovos, que juntos representam 96% do consumo norte-americano de calorias de origem animal. Os peixes ficaram de fora porque pesam muito pouco nos hábitos alimentares do país – apenas dois por cento da energia de origem animal – e porque não havia dados suficientes. Para produzir aquelas categorias de alimentos de origem animal, são necessários 3, 7 milhões de quilómetros quadrados – mais de 40 vezes a área de Portugal – em culturas agrícolas e pastos. Também são consumidos 45 mil milhões de metros cúbicos de água, o que equivale ao consumo doméstico norte-americano, e seis milhões de toneladas de fertilizantes – metade do total nacional. As emissões de gases com efeito de estufa equivalem a 300 milhões de toneladas de CO2 – cinco por cento do total dos Estados Unidos e quatro vezes as emissões de Portugal. Com muita massa e muito pouca eficiência alimentar, o gado bovino destaca-se claramente em primeiro plano. Para cada caloria contida num bife, são necessárias cerca de 35 calorias de pastagens e rações. Todas as outras categorias de produtos estão próximas ou abaixo da taxa de conversão usual entre dois elos da cadeia alimentar, que é de dez para um. Os investigadores dizem que, embora o estudo seja baseado em dados dos Estados Unidos, as suas conclusões reforçam as preocupações quanto à exportação de hábitos alimentares para outros países, em especial a China e a Índia, os mais populosos do mundo. “Os nossos resultados podem ajudar a iluminar os caminhos que medidas legislativas correctivas podem tomar”, escrevem.
REFERÊNCIAS:
Dinossauros encolheram ao longo de 50 milhões de anos e tornaram-se aves
Estudo analisou a evolução de 1549 características anatómicas em 120 espécies de dinossauros carnívoros e concluiu que o aparecimento das aves foi fruto de uma impressionante evolução numa única direcção. (...)

Dinossauros encolheram ao longo de 50 milhões de anos e tornaram-se aves
MINORIA(S): Animais Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-08-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Estudo analisou a evolução de 1549 características anatómicas em 120 espécies de dinossauros carnívoros e concluiu que o aparecimento das aves foi fruto de uma impressionante evolução numa única direcção.
TEXTO: Um dia, uma linhagem de répteis encolheu de tamanho, viu que era possível subir às árvores e acabou a voar. Pode-se resumir assim o aparecimento das aves, há cerca de 150 milhões de anos, nos jardins do Jurássico, quando o mundo era dominado pelos dinossauros. Uma equipa de cientistas analisou características anatómicas nos terópodes, os dinossauros carnívoros bípedes cujo representante mais emblemático é o Tyrannosaurus rex, e concluiu que houve uma linhagem que não parou de diminuir. Em cerca de 50 milhões de anos, um animal com uma massa média de 163 quilos deu lugar ao Archaeopteryx, que viveu há 150 milhões de anos, por muitos considerada a primeira ave, com apenas 800 gramas, era 12 vezes mais pequeno do que o seu antepassado. O artigo, publicado hoje na revista Science, conclui que o processo evolutivo que deu origem às aves foi 150 vezes mais rápido do que o normal. “Não há outro grupo de dinossauro que sofreu um período tão longo e de tão extensa miniaturização”, explicou Michael Lee, da Universidade de Adelaide, na Austrália, ao PÚBLICO. O investigador é um dos autores do projecto, a equipa recorreu a ferramentas estatísticas desenvolvidas pelos geneticistas para estudar a evolução molecular dos vírus na década passada. No caso dos dinossauros, os cientistas analisaram 1549 características no esqueleto dos fósseis de 120 espécies de terópodes. Há várias características anatómicas que separam as aves dos dinossauros e apareceram durante este período como a fúrcula, o osso em forma de forquilha que resulta da fusão das clavículas, um esqueleto oco, membros superiores maiores, ou penas complexas. Além destas, muitas outras características anatómicas foram consideradas e contabilizadas nas 120 espécies. A partir desta sopa de informação, e usando os métodos estatísticos da genética molecular, a equipa construiu uma árvore evolutiva dos terópodes e aves que começou há 240 milhões de anos, ainda no Triássico, e terminou há menos de 80 milhões de anos, em pleno Cretácico, o último período da era dos dinossauros que viram o seu ocaso há 65 milhões de anos. Os investigadores estimaram o grau de parentesco entre as espécies, os períodos temporais entre as separações evolutivas das espécies e a rapidez com que a evolução foi acontecendo nas linhagens. A equipa descobriu que a linhagem onde as aves apareceram era a mais rápida a evoluir. “As aves apareceram dos dinossauros que tinham uma ‘maior capacidade de evoluir’”, defendeu Michael Lee. Por outro lado, cada linhagem que se foi separando e foi evoluindo até aparecerem as aves foi diminuindo de tamanho. “A mudança de um dinossauro do tamanho de um cavalo para uma ave do tamanho de uma galinha durante 50 milhões de anos é impressionante, mas está completamente dentro das balizas da evolução normal. Afinal, o antepassado de todos os mamíferos placentários, do tamanho de um rato, evoluiu para a baleia-azul com 100 toneladas, em menos de 70 milhões de anos”, diz o cientista. “Porém, o mais impressionante foi a consistência da mudança de tamanho durante a transição de dinossauro para ave — cada dinossauro que aparecia era mais pequeno do que o seu antepassado. A linhagem foi continuamente testando os limites da vida em corpos cada vez mais pequenos. ”É difícil olhar para uma sequência de características que foram aparecendo e produziram uma ave. As penas, por exemplo, apareceram muito antes de funcionarem para o voo, como ornamento para atrair parceiros sexuais. Mais tarde, à medida que o tamanho dos dinossauros foi diminuindo, as penas tornaram-se importantes para isolar e aquecer estes répteis. Só depois é que surgiram as penas mais complexas e importantes para o voo. Salto para as árvoresMas uma mudança de nicho ecológico pode estar por trás desta evolução. “Um motor essencial poderá ter sido quando se deu o movimento para as árvores, talvez para escapar dos predadores ou para explorar novos recursos alimentares”, escreve Michael Benton, da Universidade de Bristol, Reino Unido, num artigo de análise da revista Science que acompanha o novo estudo. Nas árvores, características destes animais como os olhos grandes para uma visão tridimensional, um cérebro maior, ou membros superiores mais alongados com uma superfície de voo expandida, terão permitido saltos de árvore em árvore cada vez mais arriscados, explica Michael Benton. Mas esta mudança só foi possível por haver um espaço que ainda não tinha sido aproveitado pelos vertebrados. “Acho que o nicho ecológico para os pássaros (animais voadores que vivem nas árvores) existiu desde que os dinossauros apareceram, mas os dinossauros demoraram muito tempo a encontrá-lo”, defende por sua vez Michael Lee. “Originalmente, eram demasiado grandes para explorar um estilo de vida arbóreo e aéreo, e demorou algum tempo até que uma linhagem tenha evoluído gradualmente para ser suficientemente pequena. ”
REFERÊNCIAS:
Grande Barreira de Coral em grande risco apesar de esforços de conservação
Relatório apresentado pelo governo australiano sublinha risco que apresentam as alterações climáticas, a pesca e o desenvolvimento costeiro. (...)

Grande Barreira de Coral em grande risco apesar de esforços de conservação
MINORIA(S): Animais Pontuação: 5 | Sentimento 0.8
DATA: 2014-08-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: Relatório apresentado pelo governo australiano sublinha risco que apresentam as alterações climáticas, a pesca e o desenvolvimento costeiro.
TEXTO: Nos últimos cinco anos foram dados passos no sentido de proteger a Grande Barreira de Coral, na Austrália. Apesar dos investimentos feitos na sua conservação, estes não terão sido suficientes para retirar aquele que é um património da Humanidade de uma situação de grande risco. O último relatório sobre a região revela um balanço muito negativo. “Mesmo com as recentes iniciativas de gestão para reduzir as ameaças e melhorar a resiliência, a perspectiva geral para a Grande Barreira de Coral é pobre, piorou desde 2009 e espera-se que venha a deteriorar-se ainda mais no futuro”, indica o relatório de 2014 sobre a região, apresentado na terça-feira pelo governo australiano, e que faz uma comparação com dados recolhidos em 2009. O documento admite que a Grande Barreira de Coral, como um todo, “mantém as qualidades que contribuem para o seu valor universal excepcional” e que avaliações à biodiversidade e aos ecossistemas mostram que o “terço Norte da região tem água de boa qualidade e o seu ecossistema está em boas condições”. Por outro lado, os habitats-chave, espécies e processos ecossistémicos em áreas costeiras do Centro e Sul continuaram a deteriorar-se a partir dos efeitos cumulativos de impactos. O relatório dá o exemplo do dudongo, um mamífero herbívoro aquático, cujo número já estava em níveis muito baixos em comparação com um século atrás, diminuiu ainda. O ecossistema da Grande Barreira de Coral está em “sério risco”, sublinha o documento. As maiores ameaças resultam das alterações climáticas, da má qualidade da água vinda de escoamento terrestre, dos impactos do desenvolvimento costeiro e da pesca. Estas são as conclusões. O aumento da temperatura do mar, a alteração dos padrões do clima, a acidificação dos oceanos e o aumento do nível das águas do mar são as principais ameaças quanto às alterações climáticas. “O risco tende a aumentar no futuro, devido a trajectórias das emissões de gases com efeito de estufa e a uma alteração futura inevitável bloqueada por emissões anteriores”, observa o relatório. O desenvolvimento costeiro representa outro grande risco para a Grande Barreira de Coral, nomeadamente através das alterações dos habitats costeiros e construção de barreiras artificiais. A pesca ilegal, a captura acidental de espécies protegidas e os efeitos da sua devolução ao mar representam outros factores de elevado ou muito elevado risco. Pela primeira vez, o relatório sobre a Grande Barreira de Coral pronuncia-se sobre os valores patrimoniais, como embarcações naufragadas ou locais arqueológicos. A realidade actual daquela zona australiana e património da Humanidade mostra que as ameaças ao ecossistema associadas às alterações climáticas apresentam um risco grave, “particularmente no valor universal notável da propriedade”. O ministro australiano do Ambiente já comentou o relatório. "Estes relatórios reforçam que não há soluções rápidas e que levará tempo a alterar a saúde geral do recife com o esforço concertado do governo, indústrias e comunidades”, sustentou Greg Hunt num comunicado citado pela BBC. Segundo o ministro, cerca de 180 milhões de dólares australianos (125 milhões de euros) têm sido investidos anualmente na Grande Barreira de Coral para diminuir as ameaças que continua a sofrer. “Estamos absolutamente empenhados em proteger e melhorar a saúde desta maravilha icónica natural para que possa ser apreciada pelas gerações futuras”, assegurou Hunt. A Grande Barreira de Coral ocupa uma área de mais de 344 mil quilómetros quadrados, com uma largura que oscila entre os 60 e os 250 quilómetros, e representa o maior ecossistema de coral do mundo. A profundidade das águas varia entre os 35 e os 2000 metros. No recife existem 1625 espécies de peixe, 215 de pássaros, 30 de baleias e golfinhos e 133 de tubarões e raias.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave ilegal
Proprietário de rottweillers condenado a pena suspensa por homicídio de mulher em Sintra
O proprietário dos quatro cães de raça rottweiler suspeitos de terem morto uma mulher na Várzea de Sintra, em 2007, foi hoje condenado a um ano e meio de prisão, com pena suspensa, e a pagar 125 mil euros de indemnização. (...)

Proprietário de rottweillers condenado a pena suspensa por homicídio de mulher em Sintra
MINORIA(S): Animais Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-04-08 | Jornal Público
SUMÁRIO: O proprietário dos quatro cães de raça rottweiler suspeitos de terem morto uma mulher na Várzea de Sintra, em 2007, foi hoje condenado a um ano e meio de prisão, com pena suspensa, e a pagar 125 mil euros de indemnização.
TEXTO: Durante a leitura da sentença, a juíza do tribunal de Sintra considerou provado o crime de homicídio por negligência, considerando que Orlando Duarte não actuou “em conformidade com o dever de cuidado”, não adoptando “os cuidados necessários que estavam ao seu alcance” para impedir a fuga dos animais da sua propriedade. “Este crime de homicídio negligente aconteceu porque os quatro cães atacaram uma senhora. Sabia do estado da sua rede e calculava que os animais poderiam fugir para o exterior e que se tratavam de animais muito perigosos. Devia tê-los mantido presos e conservado a rede”, disse a juiza. O tribunal de Sintra condenou Orlando Duarte a um ano e seis meses de prisão, com pena suspensa, e ao pagamento de 125 mil euros a título indemnizatório - parte desse valor será suportado pela seguradora de um dos animais, em 50 mil euros - ao viúvo da vítima mortal, Fernando Correia. O arguido e a mulher, Patricia Duarte, são ainda obrigados ao pagamento de 1700 euros de coimas relativas à falta de licença de três dos cães, à falta de seguro de responsabilidade civil, e ausência de condições do alojamento dos animais de raça potencialmente perigosa. Os factos remontam a 21 de Março de 2007, quando Vira Chudenko, de 59 anos, se deslocava, cerca das 07h00, para o local de trabalho quando terá sido atacada por cães, vindo a falecer devido aos ferimentos. Orlando Duarte, o proprietário de quatro cães de raça rottweiler que terão fugido da sua propriedade na noite anterior aos factos e que terão sido os causadores dos ferimentos que levaram à morte da mulher, era acusado pelo Ministério Público de homicídio por negligência.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime morte homicídio tribunal mulher prisão cães raça
Queiroz admite que vai dar minutos a Pepe frente a Moçambique
O seleccionador nacional disse que vai dar minutos a Pepe no jogo com Moçambique e vincou que a eventual ausência de Drogba “não muda nada” na preparação da partida com a Costa do Marfim. (...)

Queiroz admite que vai dar minutos a Pepe frente a Moçambique
MINORIA(S): Animais Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-06-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: O seleccionador nacional disse que vai dar minutos a Pepe no jogo com Moçambique e vincou que a eventual ausência de Drogba “não muda nada” na preparação da partida com a Costa do Marfim.
TEXTO: “Hoje e sempre, a preocupação é que os jogadores não se aleijem, mais ainda a tão pouco tempo do início da competição”, afirmou Carlos Queiroz, antevendo o jogo de preparação frente a Moçambique, amanhã. “Pepe certamente que vai jogar, estamos a contar com ele para jogar um bom par de minutos”, acrescentou o técnico. Quanto ao encontro com Moçambique, Carlos Queiroz disse que se trata de “mais um jogo de preparação”. “Queremos fazer uma boa exibição. Estamos num período de adaptação a um ambiente completamente diferente”, frisou. O seleccionador nacional, nascido em Moçambique, admitiu que o jogo “é especial por ser com Moçambique, não contra”, e realçou que a partida faz parte de uma estratégia de aproximação aos adeptos. Queiroz refutou ainda a ideia que o encontro frente a Moçambique seja uma espécie de ensaio geral para o primeiro jogo da selecção portuguesa no Mundial, frente à Costa do Marfim: “Não é um ensaio geral, é mais um treino, um jogo de preparação”. Questionado sobre a eventual ausência de Drogba nessa primeira partida, Queiroz sublinhou que tal “não muda nada” na preparação do encontro. “Só estou preocupado com a equipa portuguesa”, reiterou. Quanto ao trabalho que o ex-treinador do Benfica Toni está a fazer para a Federação da Costa do Marfim, na observação dos adversários (nos quais se inclui Portugal), Queiroz preferiu desvalorizar a questão. “Ele é um profissional a exercer as suas funções. Eu também já trabalhei em três selecções. Ele conhece bem a equipa portuguesa mas nós também conhecemos a selecção marfinense”, concluiu.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave espécie marfim
Ambientalistas lançam site para ajudar ao consumo sustentável de peixe
Antes de comprar peixe, pare, escute e escolha. A sugestão é de um site na Internet que é hoje lançado pela Liga para a Protecção da Natureza (LPN), destinado a promover a consumo sustentável de pescado. (...)

Ambientalistas lançam site para ajudar ao consumo sustentável de peixe
MINORIA(S): Animais Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-06-08 | Jornal Público
SUMÁRIO: Antes de comprar peixe, pare, escute e escolha. A sugestão é de um site na Internet que é hoje lançado pela Liga para a Protecção da Natureza (LPN), destinado a promover a consumo sustentável de pescado.
TEXTO: O site (www. quepeixecomer. lpn. pt) contém informação sobre vinte espécies, escolhidas entre as que mais se vêem no prato dos portugueses ou as que maior valor comercial possuem. Lá estão a sardinha, o bacalhau, o carapau, a pescada, o peixe-espada preto, as gambas, as lulas. E também o polvo, atum, cantarilho, goraz, cherne, linguado, lagostim, cavala, choco, robalho, faneca, raia e safio. Para cada espécie, há uma ficha com dados variados. Um dos objectivos é informar o cidadão sobre como é pescado o peixe que se quer comprar, e em que situação se encontram os seus stocks. Hoje, tudo o que se consegue saber pela rotulagem obrigatória é o nome comercial do peixe, se é capturado ou de aquacultura e a sua procedência. "Não é suficiente para uma escolha sustentável", afirma Constança Belchior, da LPN. Não é a única iniciativa do género. A Greenpeace já mantém um site com uma "lista vermelha" de 15 espécies marinhas que, segundo a organização ambientalista, deviam ser banidas dos supermercados. Algumas coincidem com a lista da LPN, como o bacalhau, o atum, a pescada, o linguado e a raia. A diferença é que a LPN não propõe liminarmente que se deixe de consumir as espécies que estão no seu site. Pelo contrário, algumas, como as sardinhas, estão bem de saúde e recomendam-se. Outras podem estar a ser capturadas com métodos insustentáveis em outras partes da Europa, mas não em Portugal, como o peixe-espada preto. Por outro lado, a LPN não preconiza que não se coma menos peixe, a não ser para algumas espécies que estejam em risco. "Não se trata de comer menos, mas sim de comer mais diversificado", diz Constança Belchior. Afinal, cerca de 200 espécies de peixes, crustáceos e moluscos são capturadas em Portugal, mas o conjunto das que mais aparecem no prato é muito menor. O lançamento do site coincide com a Semana Europeia do Peixe, lançada pela Ocean2012, uma coligação de 70 organizações - entre elas a LPN - dedicada a tornar a política europeia das pescas sustentável. A Ocean2012 está a promover uma petição, a ser entregue à Comissão Europeia, reivindicando que a Política Comum das Pescas, que será reformulada até 2012, tenha a sustentabilidade como o seu principal pilar.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave género espécie
A história diz que uma das alas da selecção será entregue a Simão
Extremo do Atlético Madrid, que fez 17 dos 22 jogos com Queiroz, admite que ficará "triste" se não alinhar de início frente à Costa do Marfim (...)

A história diz que uma das alas da selecção será entregue a Simão
MINORIA(S): Animais Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-06-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: Extremo do Atlético Madrid, que fez 17 dos 22 jogos com Queiroz, admite que ficará "triste" se não alinhar de início frente à Costa do Marfim
TEXTO: No primeiro jogo de Carlos Queiroz ao leme da selecção nacional, Simão Sabrosa fez um golo. No segundo jogo de Carlos Queiroz ao leme da selecção, Simão Sabrosa fez outro golo. No terceiro, Portugal perderia frente à Dinamarca (2-3) num dos encontros mais ingratos da caminhada rumo ao Mundial 2010. Simão não marcou. E falharia as duas partidas seguintes, mas por lesão. Recuperaria terreno mais tarde, até amealhar um total de 17 dos 22 jogos da era Queiroz até à data. Simão deve ser titular frente à Costa do Marfim? "De início, falava-se se jogava eu ou o Nani, mas estamos cá 23 jogadores. Nada confirma que eu seja titular. Há jogadores que têm muita qualidade e podem actuar na minha posição. Ter experiência e mais internacionalizações não quer dizer que tenha obrigatoriamente de ser titular. Vamos esperar para ver o que vai acontecer", respondeu o jogador, na conferência de imprensa de ontem. Os números mostram que, se acontecer o que tem acontecido até aqui, o mais internacional dos jogadores portugueses deverá alinhar de início na terça-feira. Queiroz só abdicou de o utilizar por cinco vezes desde que tomou conta da selecção, duas delas por indisponibilidade de Simão - a lesão no joelho direito contraída frente ao Getafe não lhe permitiu enfrentar a primeira jornada dupla da fase de qualificação, frente à Suécia e à Albânia. O extremo que venceu a Liga Europa mas falhou o triunfo na Taça do Rei antes de integrar o estágio na Covilhã foi titular em 14 desses 17 jogos, embora tenha sido substituído em 12 deles. Ainda assim, assumiu um papel essencial no apuramento para a África do Sul, ao apontar quatro golos (dois à Hungria e dois à selecção de Malta) - marcou mais dois na era Queiroz, se contarmos com as partidas de carácter particular. Com Nani fora das opções, a principal preocupação de Simão - que desde o início do estágio ainda não atingiu os níveis de outros tempos - na luta pela titularidade deverá ser Danny, que foi um dos melhores em campo no recente jogo frente a Moçambique. "[Nani] Seria certamente uma concorrência saudável. Infelizmente não pode estar connosco. Estava num momento fantástico, iria ser muito importante para nós", comentou o extremo, a propósito. Ele, que se sente "bem física e animicamente", garante que está preparado para o que der e vier, mas não esconde alguma angústia se, no momento da divulgação do "onze" que vai defrontar a Costa do Marfim, não ouvir o seu nome: "Não seria caso de desilusão, mas talvez tristeza, se não fosse titular. Mas será sempre uma decisão do treinador. "E se essa decisão for de encontro ao passado recente, é mais provável que seja Danny a segunda opção e Simão a primeira, na habitual lógica do 4-3-3 de Queiroz. Ainda que, nas duas vezes em que se cruzaram nas substituições, estejam em pé de igualdade: o jogador do Zenit partiu do banco frente à Dinamarca (entrou aos 72") e deixou o relvado frente à África do Sul (57"), num jogo particular.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave campo igualdade marfim