Condições para a saída de Gbagbo ainda estão em aberto
O Presidente cessante da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, recusou nas últimas horas aceitar a derrota e, neste momento, França ainda continua a tentar negociar as “condições” da sua partida. (...)

Condições para a saída de Gbagbo ainda estão em aberto
MINORIA(S): Animais Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-04-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Presidente cessante da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, recusou nas últimas horas aceitar a derrota e, neste momento, França ainda continua a tentar negociar as “condições” da sua partida.
TEXTO: O chefe da diplomacia francesa, Alain Juppé, disse nas últimas horas à rádio France Info que estas “condições” da partida de Gbagbo, debilitado militar e politicamente, são “a única coisa que falta negociar”. Juppé chegou a dizer, a meio da tarde de ontem, que o seu país estava “a dois dedos” de convencer o Presidente cessante da Costa do Marfim a deixar o poder, mas quando se esperava o anúncio da sua queda, Laurent Gbagbo insistiu na posição que mantém há quatro meses e afirmou que não reconhece o triunfo do seu rival, Alassane Ouattara, nas eleições presidenciais de Novembro, uma exigência da ONU e da França. “Nós pedimos à ONU que garanta a sua integridade física, bem como a da sua família (. . . ) e que organize condições para a sua saída. É a única coisa que falta negociar”, declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros. Interrogado acerca de um eventual exílio na Mauritânia, Juppé respondeu: “Não tenho indicações nesse sentido”. “Espero que a persuasão baste e que se evitem as operações militares”, acrescentou o governante, denunciando uma “teimosia absurda”. “Gbagbo já não tem nenhuma opção, to o seu mundo caiu”, indicou ainda o ministro dos Negócios Estrangeiros. “Vamos continuar com a ONU, que está a liderar as pressões para que ele aceite reconhecer a realidade (. . . ) É a ONU que negoceia e que lhe pede para respeitar as resoluções do Conselho de Segurança, ou seja, que admita a sua derrota”, disse. Acerca da questão de saber se Gbagbo irá ou não enfrentar os tribunais internacionais, Alain Juppé respondeu: “Apenas o Tribunal Penal Internacional poderá tomar essas decisões”. Por seu lado, o chefe de Estado-maior do Exército francês, o almirante Edouard Guillaud, afirmou à rádio Europe 1 que Gbagbo “não tem outra escolha” que não seja a rendição e a saída do país. Notícia actualizada às 09h05
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU
Laurent Gbagbo cercado pelo assalto final das forças rivais
O Presidente cessante da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, está na residência presidencial cercado pelas forças rivais, que lhe lançaram um último assalto. Alassane Ouattara, reconhecido internacionalmente como o novo chefe de Estado, terá dado ordens para que Gbagbo não seja abatido. (...)

Laurent Gbagbo cercado pelo assalto final das forças rivais
MINORIA(S): Animais Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-04-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Presidente cessante da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, está na residência presidencial cercado pelas forças rivais, que lhe lançaram um último assalto. Alassane Ouattara, reconhecido internacionalmente como o novo chefe de Estado, terá dado ordens para que Gbagbo não seja abatido.
TEXTO: “Vamos tirar Laurent Gbagbo do seu trono e entregá-lo à vontade do Presidente da República”, disse à AFP Sidiki Konaté, porta-voz do primeiro-ministro de Ouattara, Guillaume Soro. Uma fonte do Governo francês – que estava a tentar negociar as condições da partida do antigo líder – adiantou que “o Presidente Ouattara considera que as conversações para obter a rendição de Gbagbo já duram há muito. Por isso decidiu intervir militarmente para tentar resolver o problema, ou seja, capturar Gbagbo com vida”. Os disparos de armamento pesado começaram a ser ouvidos perto da residência em Abidjan no início da manhã, depois de um dia de intensas mas infrutíferas negociações. “Eu não sou um kamikaze, eu amo a vida”, disse Gbagbo na terça-feira a um jornalista francês. “A minha voz não é uma voz de mártir, não procuro a morte, mas se ela vier, virá. ”O chefe da diplomacia francesa, Alain Juppé, disse à rádio France Info que as “condições” da partida de Gbagbo, debilitado militar e politicamente, são “a única coisa que falta negociar”. Juppé chegou a dizer, a meio da tarde de ontem, que o seu país estava “a dois dedos” de convencer o Presidente cessante da Costa do Marfim a deixar o poder, mas quando se esperava o anúncio da sua queda, Laurent Gbagbo insistiu na posição que mantém há quatro meses: afirmou que não reconhece o triunfo do seu rival, nas eleições presidenciais de Novembro, uma exigência da ONU e da França. “Nós pedimos à ONU que garanta a sua integridade física, bem como a da sua família (. . . ) e que organize condições para a sua saída. É a única coisa que falta negociar”, declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros. Interrogado acerca de um eventual exílio na Mauritânia, Juppé respondeu: “Não tenho indicações nesse sentido”. “Espero que a persuasão baste e que se evitem as operações militares”, acrescentou o governante, denunciando uma “teimosia absurda”. “Gbagbo já não tem nenhuma opção, todo o seu mundo caiu”, adiantou. “Vamos continuar com a ONU, que está a liderar as pressões para que ele aceite reconhecer a realidade (. . . ) É a ONU que negoceia e que lhe pede para respeitar as resoluções do Conselho de Segurança, ou seja, que admita a sua derrota”, disse ainda o chefe da diplomacia de Paris. Acerca da questão de saber se Gbagbo irá ou não enfrentar os tribunais internacionais, Alain Juppé respondeu: “Apenas o Tribunal Penal Internacional poderá tomar essas decisões”. Por seu lado, o chefe de Estado-maior do Exército francês, o almirante Edouard Guillaud, afirmou à rádio Europe 1 que Gbagbo “não tem outra escolha” que não seja a rendição e a saída do país.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU
Mantém-se cerco armado à residência de Gbagbo
As forças leais ao Presidente eleito da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, mantêm hoje um cerco irredutível em volta da residência do chefe de Estado cessante, Laurent Gbagbo, o qual recusa entregar o poder mesmo após a intervenção no país da missão mandatada pelas Nações Unidas para proteger a população civil. (...)

Mantém-se cerco armado à residência de Gbagbo
MINORIA(S): Animais Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-04-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: As forças leais ao Presidente eleito da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, mantêm hoje um cerco irredutível em volta da residência do chefe de Estado cessante, Laurent Gbagbo, o qual recusa entregar o poder mesmo após a intervenção no país da missão mandatada pelas Nações Unidas para proteger a população civil.
TEXTO: Depois da tentativa falhada, ontem pela manhã, das tropas de Ouattara para retirar o predecessor do seu bunker subterrâneo –, encontrando ali forte resistência da Guarda Republicana que protege Gbagbo – soldados franceses viram-se forçados a entrar em campo, tendo mesmo trocado tiros com as tropas do Presidente cessante, para resgatar o embaixador japonês, Okamura Yoshifumi, cuja casa nas imediações da residência oficial de Gbagbo fora invadida por homens armados. Durante o resgate, tropas francesas destruíram veículos militares do contingente leal a Gbagbo, foi entretanto confirmado pelo porta-voz das forças armadas de França, Thierry Burkhard. Segundo avaliação feita esta manhã pelo ministro da Defesa francês, Gerard Longuet, o Presidente cessante da Costa do Marfim possui apenas “uns poucos mil homens” a defendê-lo em Abidjan, 200 dos quais junto à sua residência. O embaixador, em declarações à agência noticiosa francesa AFP, descreveu que a sua casa fora ocupada por “mercenários” durante mais de cinco horas, os quais dispararam rockets e lança granadas daquele local e mantiveram uma barragem de tiros de metralhadora para o exterior, enquanto Yoshifumi e outros sete funcionários da missão diplomática japonesa se mantinham protegidos numa outra divisão. Após o resgate, feito por helicóptero, foi constatado que quatro trabalhadores da residência, incluindo seguranças e o jardineiro, tinham desaparecido. O embaixador contou ainda que havia “muito sangue” na casa da embaixada japonesa. Gbagbo permanece intransigente, recusando-se a entregar o poder depois de ter perdido para Ouattara as eleições de Novembro passado, cujos resultados receberam a aprovação de validade das Nações Unidas. Um dos conselheiros do Presidente cessante, que se encontra em Paris, afirmou esta manhã a agência britânica Reuters que a residência presidencial tinha sido alvo de “um novo ataque” já noite avançada de ontem em Abidjan pelas forças de Ouattara “apoiadas por helicópteros” franceses e das Nações Unidas. A França – que tem tropas no país, a par dos capacetes azuis da ONU, desde a guerra civil há mais de uma década na Costa do Marfim – tem vindo sempre a manter a posição de que não ajudará as forças de Ouattara a expulsar Gbagbo da residência presidencial. Segundo Paris, a operação de ontem à noite no terreno visou tão só resgatar o embaixador japonês e foi feita a pedido de Tóquio e das Nações Unidas. Sob o mandato 1975 das Nações Unidas, para tomar “as medidas necessárias à protecção dos civis”, helicópteros franceses bombardearam na segunda-feira locais militares em Abidjan, incluindo dentro do complexo presidencial. As forças leais a Gbagbo são acusadas de atacar com armamento pesado capacetes azuis da ONU e áreas civis da cidade, onde se localizam os bastiões eleitorais do seu rival. As forças de Outtara tinham tentado na manhã de ontem forçar a saída de Gbagbo do complexo presidencial, que se situa no bairro rico de Cocody, na capital, depois de terem falhado negociações mediadas pela ONU e França para assegurar uma partida pacífica do Presidente cessante. Encontraram pela frente, porém, uma resistência armada fortíssima da Guarda Republicana e milicianos fiéis a Gbagbo, batalhando a uns 150 metros de distância dos portões da residência. Numa entrevista a uma rádio francesa, ainda ontem, Gbagbo reiterou que não pretende abandonar o poder e negou estar escondido no bunker. “Estou na residência, na residência do Presidente da Republica”, afirmou. Notícia actualizada às 11h30
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU
Cobra desaparecida em Nova Iorque ficou tão famosa que já tem nome: Mia
Nova Iorque está a transformar a cobra egípcia que desapareceu no final de Março do jardim zoológico do Bronx num animal de estimação. O medo do veneno mortal, que destrói os tecidos nervosos e é fatal para qualquer ser humano em 15 minutos, deu lugar a uma animada discussão sobre o nome a dar à cobra: o escolhido foi Mia. (...)

Cobra desaparecida em Nova Iorque ficou tão famosa que já tem nome: Mia
MINORIA(S): Animais Pontuação: 5 | Sentimento 0.145
DATA: 2011-04-08 | Jornal Público
SUMÁRIO: Nova Iorque está a transformar a cobra egípcia que desapareceu no final de Março do jardim zoológico do Bronx num animal de estimação. O medo do veneno mortal, que destrói os tecidos nervosos e é fatal para qualquer ser humano em 15 minutos, deu lugar a uma animada discussão sobre o nome a dar à cobra: o escolhido foi Mia.
TEXTO: A cobra já foi encontrada e devolvida ao cativeiro, mas a Sociedade de Conservação da Vida Selvagem, que dirige o zoo, quis tirá-la do anonimato. Pediu ao público que enviasse propostas de nomes e recebeu mais de 33 mil. Acabou por submeter cinco a votação, na edição online do tablóide nova-iorquino Daily News. Mia foi o nome eleito por 27 por cento dos cerca de 60 mil votantes. O nome tem por base o mesmo acrónimo que carimbou a personagem que Chuck Norris levou para a selva vietnamita de 1984 – M. I. A. , “missing in action” (desaparecido em combate). Embora o título apareça aqui subvertido: M. I. A. costuma ser utilizado para designar prisioneiros de guerra; neste caso, a cobra do Bronx experimentou mais um acto de libertação. Mia conseguiu escapar a 25 de Março e foi encontrada seis dias depois num canto escuro da casa dos répteis. Nem chegou a sair do edifício. Este tipo de cobras – que tem nos terrenos desérticos de África o seu habitat natural – opta por esconder-se em espaços fechados e evita zonas abertas. O que não ajudou nas buscas: em Nova Iorque não faltam lugares esconsos. Em 2006, o desaparecimento de uma cobra da mesma espécie obrigou a evacuar uma casa em Toronto durante seis meses. Foi o tempo necessário para recuperar o animal, mesmo sabendo em que casa se encontrava. A cobra refugiava-se nas partes ocas das paredes, dificultando muito a sua captura. Mia desapareceu durante seis dias. Se a realidade tivesse imitado o cinema (o coronel Braddock de Chuck Norris esteve sete anos sumido), a ideia de que uma cobra que pode crescer até aos 2, 4 metros, munida de um veneno letal, seria suficiente para tolher qualquer nova-iorquino. Como a cobra, ainda com cerca de 50 centímetros, já foi capturada, os momentos de boa disposição abundam. Quando não é a escolha do nome (as outras possibilidades votadas eram Subira, Amaunet, Cleópatra e Agnes), a famosa cobra serve de entretenimento através do Twitter. Isto porque alguém criou uma conta nesta rede e, fingindo ser a cobra desaparecida, foi relatando a sua escapada pela Big Apple. É um sucesso com mais de 240 mil seguidores que se mantém activo.
REFERÊNCIAS:
Laurent Gbagbo foi detido na sua residência em Abidjan
O Presidente cessante da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, foi detido esta tarde no interior da sua residência oficial, em Cocody, na capital, Abidjan, foi confirmado pelo embaixador francês naquele país. (...)

Laurent Gbagbo foi detido na sua residência em Abidjan
MINORIA(S): Animais Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-04-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Presidente cessante da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, foi detido esta tarde no interior da sua residência oficial, em Cocody, na capital, Abidjan, foi confirmado pelo embaixador francês naquele país.
TEXTO: Desmentindo uma primeira informação de que Gbagbo tinha sido detido por tropas das operações especiais francesas, o chefe da missão diplomática da França em Abidjan precisou que o irredutível chefe de Estado – derrotado nas eleições de Novembro passado – foi levado pelas forças leais ao seu rival e Presidente eleito, Alassane Ouattara. Jean-Marc Simon avançou ainda que Gbagbo se encontra agora no Hotel do Golfo, quartel-general da facção de Ouattara. Esta informação foi reiterada pelo porta-voz de Ouattara à agência noticiosa francesa AFP, insistindo que foram elementos das Forças Republicanas da Costa do Marfim (FRCM, pró-Ouattara) que detiveram Gbagbo e a sua mulher, Simone, na residência oficial na capital, e negando que tenham entrado no local quaisquer elementos militares franceses. Segundo Anne Ouloto, Gbagbo e a mulher, e ainda o filho do primeiro casamento do Presidente cessante, Michel, estão no Hotel do Golfo desde as 13h00 (locais, mais uma hora em Lisboa). Pouco antes, um responsável do Ministério da Defesa francês, afirmara que a detenção tinha sido feita pelas forças do Presidente eleito com o apoio de capacetes azuis das Nações Unidas e tropas francesas. O representante de Gbagbo em Paris, Alain Toussaint, insistia porém que a detenção tinha sido feita por soldados franceses e das Nações Unidas, que depois entregaram o chefe de Estado às forças de Ouattara. Fonte das Nações Unidas veio indicar, entretanto, que Gbagbo se "rendeu" às forças de Ouattara. "A missão da ONU na Costa do Marfim confirmou-nos que o antigo Presidente Laurent Gbagbo se rendeu às forças de Alassane Ouattara e está neste momento sob a sua custódia", afirmou porta-voz da ONU, Farhan Haq, detalhando que a UNOCI está a "prestar segurança e protecção [a Gbagbo] de acordo com o seu mandato". O embaixador da Costa do Marfim nas Nações Unidas, Youssoufou Bamba, asseverou que Gbagbo se encontra "de boa saúde" e que será levado à justiça "para ser julgado". Bamba afirmou ainda não poder dizer exactamente que tribunal irá julgar o antigo Presidente, o qual disse estar "num lugar seguro" sem precisar qual. Desde as primeiras horas da manhã de hoje, ao 12º dia da chamada batalha por Abidjan, uma coluna de mais de 30 veículos armados franceses avançava em direcção à residência de Gbagbo na capital, pela primeira vez em apoio aos raides aéreos das Nações Unidas, face a intransigência do chefe de Estado em ceder o poder a Ouattara. “Os tanques estão a avançar com soldados [franceses] atrás e o apoio aéreo de helicópteros. Podem ouvir-se os disparos de espingardas automáticas”, descreveu um residente de uma das avenidas do bairro de Cocody, citado pela agência noticiosa britânica Reuters. De acordo com este testemunho, as tropas terrestres francesas – que se encontravam numa base do sul do país – seguiam em direcção da residência de Gbagbo, duramente bombardeada na véspera pelos raides aéreos da França e Nações Unidas, sob mandato emitido há semana e meia pelo Conselho de Segurança para “proteger vidas civis”. A operação foi confirmada por um dos comandantes da base francesa – país que tem cerca de 1600 tropas no país, a par dos capacetes azuis da ONU, desde a guerra civil há mais de uma década. “Estamos armados e prontos para o combate. A missão está em curso e o objectivo é garantir que se evita um derramamento de sangue”, precisou o porta-voz da missão francesa na Costa do Marfim, Frederick Daguillon, citado pela AFP. Desde a tarde de ontem e ao longo de toda a noite e madrugada, a casa de Gbagbo assim como o palácio presidencial foram alvos de intensos ataques por parte das forças internacionais, visando destruir o armamento pesado com que as forças leais ao Presidente cessante se continuavam a bater contra as do seu rival, reconhecido pelas Nações Unidas como o vencedor das eleições presidenciais.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU
Laurent Gbagbo detido em hotel de Abidjan
Já foram divulgadas as primeiras imagens de Laurent Gbagbo, o Presidente cessante da Costa do Marfim, que se rendeu e está detido num hotel de Abidjan sob protecção das Nações Unidas. (...)

Laurent Gbagbo detido em hotel de Abidjan
MINORIA(S): Animais Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-04-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: Já foram divulgadas as primeiras imagens de Laurent Gbagbo, o Presidente cessante da Costa do Marfim, que se rendeu e está detido num hotel de Abidjan sob protecção das Nações Unidas.
TEXTO: Gbagbo, que se encontra no Hotel do Golfo, quartel-general da facção de Ouattara, aparenta cansaço mas está bem de saúde. Com ele, igualmente detidos, estão a sua mulher Simone e o filho do primeiro casamento, Michel. O irredutível chefe de Estado – derrotado nas eleições de Novembro passado – foi detido pelas Forças Republicanas da Costa do Marfim, leais ao seu rival e Presidente eleito, Alassane Ouattara, na sua residência oficial em Abidjan. Para a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, o destino de Gbagbo envia uma “poderosa mensagem a todos os ditadores que insistem em ignorar a vontade da população expressa em eleições livres e justas”. A notícia da captura e rendição de Gbagbo foi comemorada efusivamente por todo o país, mas nem todos estão optimistas que a crise pós-eleitoral, que fez mais de mil mortos e cerca de um milhão de desalojados, esteja ultrapassada. “O mais provável é que os combates prossigam em Abidjan, em Yamoussoukoro [a capital administrativa] e em toda a região oeste do país. As forças rebeldes não são exactamente pró-Ouattara: elas são fundamentalmente anti-Gbagbo”, disse à Reuters Robert Besseling, da agência Exclusive Analysis. O especialista na Costa do Marfim diz que as dezenas de milícias organizadas na Costa do Marfim podem agora sentir-se tentadas a disputar o poder entre si. “Por exemplo, o líder dos ‘Comandos Invisíveis’, Ibrahim Coulibaly, já disse que quer concorrer à presidência”, referiu. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, acredita que a detenção de Gbagbo permitirá ultrapassar a crise política que chegou a perspectivar uma nova guerra civil na Costa do Marfim. “Este é o fim de um capítulo que nunca devia ter acontecido”, referiu. O diplomata garantiu ajuda ao Governo de Ouattara: “Obviamente terá todo o nosso apoio para restaurar a estabilidade e resolver todos os problemas humanitários e de segurança com que se debate o país”, sublinhou. Um responsável do Ministério da Defesa francês, garantiu que a detenção foi feita pelas forças do Presidente eleito com o apoio de capacetes azuis das Nações Unidas e tropas francesas. O representante de Gbagbo em Paris, Alain Toussaint, insistia porém que a detenção tinha sido feita por soldados franceses e das Nações Unidas, que depois entregaram o chefe de Estado às forças de Ouattara. Fonte das Nações Unidas veio indicar, entretanto, que Gbagbo se "rendeu" às forças de Ouattara. "A missão da ONU na Costa do Marfim confirmou-nos que o antigo Presidente Laurent Gbagbo se rendeu às forças de Alassane Ouattara e está neste momento sob a sua custódia", afirmou porta-voz da ONU, Farhan Haq, detalhando que a UNOCI está a "prestar segurança e protecção [a Gbagbo] de acordo com o seu mandato". O embaixador da Costa do Marfim nas Nações Unidas, Youssoufou Bamba, garantiu que Gbagbo se será levado à justiça "para ser julgado". Bamba afirmou ainda não poder dizer exactamente que tribunal irá julgar o antigo Presidente. Cercado e sob ataqueDesde as primeiras horas da manhã de hoje, ao 12º dia da chamada batalha por Abidjan, uma coluna de mais de 30 veículos armados franceses avançava em direcção à residência de Gbagbo na capital, pela primeira vez em apoio aos raides aéreos das Nações Unidas, face a intransigência do chefe de Estado em ceder o poder a Ouattara.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU
Louçã pede explicações sobre aumento de impostos
Numa visita hoje à Artesanal Pesca, em Sesimbra, Francisco Louçã acusou José Sócrates de "não saber bem" se o memorando assinado com a troika internacional é para cumprir. E pediu explicações ao primeiro-ministro demissionário e ao PSD e ao CDS sobre a redução da Taxa Social Única (TSU) e o eventual aumento do IVA. (...)

Louçã pede explicações sobre aumento de impostos
MINORIA(S): Animais Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-05-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: Numa visita hoje à Artesanal Pesca, em Sesimbra, Francisco Louçã acusou José Sócrates de "não saber bem" se o memorando assinado com a troika internacional é para cumprir. E pediu explicações ao primeiro-ministro demissionário e ao PSD e ao CDS sobre a redução da Taxa Social Única (TSU) e o eventual aumento do IVA.
TEXTO: O líder do Bloco de Esquerda quer saber “tim-tim por tim-tim” se o futuro Governo vai fazer um novo aumento de postos e quando. E, em caso afirmativo, como é que o Executivo vai conseguir "sustentar a Segurança Social". Louçã comentava esta manhã que foi com “alguma surpresa” que ouviu Teixeira dos Santos afirmar a necessidade de aumentar impostos sobre o consumo para compensar a redução da TSU. Mas o bloquista acusou igualmente o PS e o PSD, que têm “um imposto escondido na manga” para, em breve, apresentarem aos portugueses. Em Sesimbra, Louçã conversou com pescadores e ouviu queixas de “um sector envelhecido” e com pouca capacidade para atrair os mais jovens. Ao lado de Mariana Aiveca e Jorge Costa, cabeça de lista e número dois pelo distrito de Setúbal, respectivamente, Louçã mostrou preocupação com os 52 trabalhadores da Artesanal Pesca e sublinhou que o Bloco tem agido para preservar o sector. Afirmou ainda que é necessário reduzir a dependência do país no que toca à pesca, apostar no trabalho e defender o sector dos “jogos especulativos” que incidem sobre o aumento dos combustíveis, mesmo quando o petróleo já esteve “mais baixo”. E deixou um apelo à União Europeia, para que proteja “uma pesca sustentada", com a imposição de quotas para o sector. Depois da visita à organização de produtores de pesca, Louçã dirigiu-se para o centro de Sesimbra, onde teve um breve contacto com a população. A comitiva bloquista segue, à tarde, para o Algarve.
REFERÊNCIAS:
Partidos PS PSD
PAN classifica campanha dos "grandes" como "triste e sem conteúdo"
O Partido pelos Animais e pela Natureza (PAN) classificou hoje como “triste e sem conteúdo” a campanha eleitoral para as legislativas de 5 de Junho dos cinco partidos com assento parlamentar. (...)

PAN classifica campanha dos "grandes" como "triste e sem conteúdo"
MINORIA(S): Animais Pontuação: 5 | Sentimento -0.25
DATA: 2011-05-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Partido pelos Animais e pela Natureza (PAN) classificou hoje como “triste e sem conteúdo” a campanha eleitoral para as legislativas de 5 de Junho dos cinco partidos com assento parlamentar.
TEXTO: “Tem sido uma campanha triste sem muito conteúdo. As pessoas estariam à espera de uma discussão dos problemas reais, e o que vemos é crítica constante. É mais do mesmo”, afirmou Paula Peres, número dois da lista do PAN por Lisboa. A candidata, que durante a manhã andou em campanha na Baixa lisboeta, lamentou que os principais partidos “não se estejam a focar nas pessoas”, mas sim “na crítica política”. Paula Peres anunciou que o PAN manifestou disponibilidade para debates televisivos, nos canais generalistas, com o PCTP/MRPP, decididos sexta-feira pelo tribunal de Oeiras. “Achamos que a decisão foi justa. Só poderá ser um pouco complexo montar debates com 16 partidos”, disse Paula Peres acrescentando: “Na sexta-feira comunicámos a todas as televisões de que o PAN está disponível para debater com o PCTP/MRPP”. A candidata do mais jovem partido português, criado em Janeiro, considerou que a campanha do PAN está a “ter uma boa receptividade” e a decorrer em várias zonas do país. Paula Peres afirmou que o importante é fazer com que as pessoas percebam que o PAN “é um partido que une as causas humanista, ambientalista e animal, que considera essencial olhar para a humanidade como um todo”. Enquanto subia a rua Augusta, em Lisboa, a candidata, acompanhada por poucos apoiantes, distribuiu alguma propaganda, apesar de muitos dos transeuntes serem turistas.
REFERÊNCIAS:
Partidos PAN
ONU lança hoje catálogo com mais de um milhão de espécies
Quantas espécies de animais e plantas existem no planeta é uma pergunta ainda sem resposta. A ONU quer ajudar a resolver este “mistério” e lança hoje numa conferência sobre biodiversidade, no Quénia, aquela que diz ser a lista mais completa, com mais de 1,25 milhões de espécies. (...)

ONU lança hoje catálogo com mais de um milhão de espécies
MINORIA(S): Animais Pontuação: 5 | Sentimento 0.5
DATA: 2010-05-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Quantas espécies de animais e plantas existem no planeta é uma pergunta ainda sem resposta. A ONU quer ajudar a resolver este “mistério” e lança hoje numa conferência sobre biodiversidade, no Quénia, aquela que diz ser a lista mais completa, com mais de 1,25 milhões de espécies.
TEXTO: Actualmente, as estimativas apontam para valores que variam entre os dois milhões e os cem milhões de espécies. Mas apenas estão descobertas para a ciência 1, 9 milhões. Agora, o Catálogo da Vida 2010, reconhecido pela Convenção para a Diversidade Biológica, assume-se como a lista mais completa de sempre, com 1, 257, 735 espécies de plantas, animais, fungos e microrganismos, com um total de 2, 369. 883 nomes que lhe estão associados. Este é um trabalho coordenado por Frank Bisby, da Escola de Ciências Biológicas na Universidade britânica de Reading, e resulta do esforço de 82 organizações espalhadas por todo o mundo. “O programa do Catálogo da Vida é vital para construir o conhecimento da biodiversidade do planeta no futuro”, comentou Bisby, em comunicado. Além disso, a validação das espécies registadas “permite aos governos, agências e empresas melhorarem os seus modelos a fim de beneficiarem os recursos naturais”. Helena Freitas, bióloga do Departamento de Ciências da Vida e directora do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, explicou ao PÚBLICO que esta lista é “muito importante se pressupuser a jusante da sua constituição mecanismos de monitorização, avaliação periódica e recomendações de cariz político”. A responsável vê neste esforço de inventariação “mais um empurrão” para a criação de uma estrutura global reguladora. O documento é acessível na Internet, de forma gratuita.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave escola
Em Évora, as primeiras crias de francelho já nasceram
Caminhar em silêncio, preparar insectos e larvas, instalar ninhos, vigiar 24 horas por dia. O único centro português de reprodução em cativeiro do francelho é essencial ao regresso desta ave mundialmente ameaçada à cidade onde já foi mais numerosa do que as andorinhas. (...)

Em Évora, as primeiras crias de francelho já nasceram
MINORIA(S): Animais Pontuação: 5 | Sentimento 0.25
DATA: 2010-05-27 | Jornal Público
SUMÁRIO: Caminhar em silêncio, preparar insectos e larvas, instalar ninhos, vigiar 24 horas por dia. O único centro português de reprodução em cativeiro do francelho é essencial ao regresso desta ave mundialmente ameaçada à cidade onde já foi mais numerosa do que as andorinhas.
TEXTO: Rita Sanches diz para fecharmos a porta sem fazer barulho. Seguimos-lhe os passos e entramos num corredor com chão de cimento e folhas secas vindas das árvores do Jardim Municipal de Évora a estalar à passagem. Do lado esquerdo, separados por portas verdes, estão os 27 francelhos do Centro de Acolhimento e Recuperação de Animais Silvestres (CARAS), da Liga para a Protecção da Natureza (LPN). Nos seus ninhos já há ovos e crias. São estes animais que vão ajudar a trazer de volta a Évora uma espécie que desapareceu há quase 50 anos. Os sons dos francelhos misturam-se com o barulho das aves que cruzam os céus da cidade nesta manhã de final de Maio. Rita Sanches, 30 anos e técnica do centro desde o ano passado, pára junto a uma das portas. Pomo-nos em bicos de pés para espreitar pela rede - as aves estão em período de nidificação e não podem ser perturbadas. Ainda assim é inevitável ter a esperança de ver de perto este falcão, o mais pequeno do país, com uma envergadura entre 63 e 72 centímetros (o maior falcão que existe em Portugal é o falcão- peregrino, com uma envergadura entre 89 e 113 centímetros). Um francelho, também chamado peneireiro-das-torres (Falco naumanni), acaba por pousar na câmara de vigilância, instalada dentro do recinto. E fica ali apenas alguns segundos. A partir de agora, ver as aves implica olhar para o ecrã de um computador que mostra imagens em tempo real a partir das câmaras que vigiam os animais 24 horas por dia. Na verdade, a observação diária destas imagens faz parte da rotina do centro, mas há mais tarefas a levar a cabo para cuidar dos francelhos: 16 adultos e 11 com um ano de idade. A maioria das aves do CARAS, centro especializado em aves das estepes cerealíferas - como a abetarda, o sisão e o francelho - são irrecuperáveis. "São animais feridos que caíram dos ninhos e que recolhemos durante as acções de vigilância e monitorização das colónias em 2003 e 2004", explica Rita, olhando para o monitor do computador para acompanhar os francelhos. "Algumas das aves têm fracturas nas asas e não conseguem voar. "Rita Sanches serve as refeições três vezes por dia. Os horários - 10h00, 14h00 e 18h00 - estão escritos a marcador num quadro pendurado na parede de uma das salas do centro. Logo ali ao lado está o "supermercado": vários recipientes com ratinhos e larvas de carochas, criados no centro, e uma arca frigorífica com pintos numa caixa, importados de Espanha. Os grilos e gafanhotos são fornecidos por uma empresa da região de Lisboa. "A alimentação é introduzida por tubos para causar o mínimo de perturbação nas aves. Mas ainda assim, todos os dias temos de abrir a porta e entrar para trocar os tabuleiros. Sei que é um transtorno para as aves, mas tem de ser. " O cuidado é tanto que os técnicos do centro ainda não sabem quantas crias e ovos existem nos ninhos. "Não podemos fazer uma monitorização rigorosa, correndo o risco de perturbar os ninhos. Ainda é uma surpresa para nós. "Crias de BadajozAs surpresas com os francelhos do CARAS começaram há cerca de ano e meio, quando alguns dos casais se reproduziram em cativeiro. Ninguém estava à espera. Na primeira época de reprodução houve uma cria e na segunda, cinco. Mas estes são números muito baixos para quem quer restabelecer uma colónia de raiz. Por isso, o centro aproveitou para contactar a Defensa y Estúdio del Médio Ambiente (DEMA), associação espanhola, em Almendralejo, na província de Badajoz, que faz reprodução em cativeiro desta espécie há 18 anos. No âmbito do projecto Conservação e Restabelecimento do Francelho na região de Évora, que começou no início de Agosto de 2009, até meados de Junho deverão chegar vindas de Almendralejo cerca de 50 crias, para reforçar a colónia de Évora. "Vamos colocar as crias junto à estrutura onde estão os animais do centro [que já não podem ser devolvidos à natureza]. Eles proporcionam um "ambiente de colónia". Aquilo que pretendemos é adaptar estas crias ao local e fazer com que aprendam a caçar. "Rita Sanches vai buscar uma caixa com anilhas para explicar o que acontecerá nos próximos dias. "As aves receberam anilhas CITES [Convenção da ONU para o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas], porque vão passar a fronteira para Portugal. Quando chegarem cá, essas anilhas serão substituídas pela anilha oficial portuguesa e por uma anilha colorida para identificação à distância", explica. As aves que vierem de Espanha serão libertadas num espaço criado de propósito, por cima do edifício do CARAS. Um escadote de metal possibilita uma subida íngreme até ao "terraço" do edifício. Ali já estão colocadas caixas-ninho de cimento branco, prontas para receber as aves. Lá em baixo, numa casa paredes meias com o centro, uma senhora colhe folhas de couve no seu quintal. Já falta pouco para ser vizinha de francelhos. "As pessoas em Évora que sabem do projecto de reintrodução do francelho acham piada à ideia", conta Carlos Cruz, biólogo do núcleo da LPN nesta cidade, de binóculos pendurados ao pescoço. Acaba de chegar de uma manhã de observação de aves com escolas da região. "Acho que não vai haver oposição. Mas indiferença, talvez. "Francelhos e andorinhasHouve tempos em que os céus de Évora chegaram a ter mais francelhos do que andorinhas. É o que dizem os mais velhos, que ainda se lembram de "andar aos ninhos" nas muralhas que envolvem a cidade, conta Carlos Cruz. "Era uma característica da cidade nos anos 40 - as pessoas sabiam onde encontrar os ninhos de francelho. E havia quem comesse as aves e os seus ovos. "Hoje, a colónia mais próxima de Évora tem 42 casais e fica numa propriedade privada, a oito quilómetros do centro da cidade. Foi descoberta em 1995, quando tinha apenas cinco casais. Desde então abriu portas ao esforço de monitorização e manutenção de estruturas de nidificação. O que é certo é que, no final do século XX, a espécie estava a regredir em todo o país, à medida que desapareciam as suas áreas de alimento nos campos de cereais. A agricultura de sequeiro era substituída pela de regadio e as searas pelo olival e a vinha. Mas não só. Com a requalificação do património histórico foram tapadas as cavidades em muralhas, igrejas e outros edifícios, usadas como locais de nidificação. Nos anos 90, muitas das colónias de peneireiro no Alentejo tinham praticamente desaparecido. Mas a pouco e pouco, o território do francelho está a espalhar-se pelas planícies do Alentejo. Dos 150 casais que existiam no país na década de 90 passámos para 450 em 2006. De momento, 80 por cento da população nacional concentra-se em Castro Verde. A de Évora está a caminho de ser reestabelecida - tem garantias de acesso a campos de caça (de insectos, claro) a cerca de três quilómetros em linha recta do centro histórico. Mais do que uma conquista, este é o regresso da espécie a locais que foi obrigada a abandonar. Para o ano, o CARAS vai introduzir novidades para duplicar o número de posturas. Para isso vai ser usada uma incubadora (para eclodir os ovos) e uma nascedora (onde ficam as crias nos primeiros dois dias). "Ainda estamos a estabilizar a incubadora e a nascedora", explica Rita, com um "mira ovos" na mão. Este instrumento, que faz lembrar um pequeno telescópio com luz, serve para conseguir ver o crescimento do embrião. O projecto de dois anos, explicam Carlos Cruz e Rita Sanches, orçado em 250 mil euros - financiado em 60 por cento pelo programa InAlentejo, do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) -, tem o apoio da Câmara Municipal de Évora, da Rede Ferroviária de Alta Velocidade (Rave), de uma farmácia daquela cidade e da Junta da Extremadura. Mas o projecto pode estar "ferido", diz o biólogo. "Para fazer a diferença, é preciso manter a reprodução pelo menos durante quatro anos. O que levanta um problema. Teremos de procurar formas de prolongar o projecto por mais dois anos. "Enquanto isso, Rita Sanches vai continuar a dormir com o telemóvel ligado e a olhar pelos francelhos, 24 horas por dia. Até poderem voar com as andorinhas. No Ano Internacional da Biodiversidade, vamos publicar quinzenalmente, e até Novembro, reportagens sobre o trabalho que investigadores portugueses desenvolvem em Portugal e no estrangeiro na conservação da natureza. Os conteúdos são da inteira responsabilidade do P2.
REFERÊNCIAS: