Gado vai continuar (para já) fora do Parque Ecológico do Funchal
Câmara queria abrir zona do parque a rebanho de ovelhas, mas foi encontrada outra solução. Ambientalistas entraram com acção no tribunal e falam agora em recuo da autarquia. (...)

Gado vai continuar (para já) fora do Parque Ecológico do Funchal
MINORIA(S): Animais Pontuação: 3 | Sentimento 0.2
DATA: 2018-12-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: Câmara queria abrir zona do parque a rebanho de ovelhas, mas foi encontrada outra solução. Ambientalistas entraram com acção no tribunal e falam agora em recuo da autarquia.
TEXTO: A Associação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal, uma ONG ambiental da Madeira, interpôs esta segunda-feira uma providência cautelar contra a intenção manifestada pela autarquia em reintroduzir o pastoreio naquela área protegida. O município fez saber, entretanto, que desistiu da iniciativa anunciada também no início da semana. “A Câmara recuou, depois da nossa reacção e da providência cautelar em tribunal”, resumiu ao PÚBLICO o responsável pela associação ambientalista Raimundo Quintal, admitindo que os Amigos do Parque Ecológico estão a equacionar avançar para uma queixa criminal contra o director do departamento de Ciência e Recursos Naturais da autarquia, José Carlos Marques, por “violação clara” de instrumentos de gestão territorial. Em causa está o anúncio de que a Câmara iria autorizar, a título excepcional, no primeiro semestre do próximo ano, o pastoreio numa zona do Parque Ecológico. “Tratava-se de uma medida de excepção, para dar resposta a problemas graves [fome motivada por falta de pasto] que afectavam um rebanho”, disse José Carlos Marques ao PÚBLICO, adiantando que essa solução já não irá avançar. “Uma quinta [propriedade da Fundação Social-Democrata] abriu as portas, e como é mais perto da zona onde está o rebanho, o pastoreio será feito ali”, explicou, admitindo coontudo que esta solução – gado a pastar em zonas específicas dentro do Parque Ecológico – poderá ser utilizada no futuro. Há, argumenta o chefe do departamento de Ciência e Recursos Naturais, espaço para tudo. Para a diversidade botânica, e para o pastoreio. “Só não há é espaço para os incêndios e eles estão sempre a acontecer”, defendeu, rejeitando ter qualquer ligação com associações de criadores de gado. “É completamente falso. ”Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Raimundo Quintal diz que sim. “Esse senhor é um funcionário da Câmara, que colabora com criadores de gado”, acusa o ambientalista, insistindo que a autarquia recuou na decisão de permitir o gado na serra, depois da forte reacção da Associação e da sociedade. “Tentaram, cobardemente, fazer isto na altura do Natal pensando que ninguém iria estar atento, mas enganaram-se”, afirmou, considerando que toda esta movimentação tem objectivos eleitorais. “Andaram a prometer aos criadores que o gado ia voltar às serras. O que é um crime, porque está em causa a segurança da cidade”, continuou, apontando o dedo a Paulo Cafôfo, actual presidente da autarquia e cabeça de lista do PS às eleições regionais do próximo ano. Além da promoção de boas práticas ambientais, a Associação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal, fundada em 2002, dedica-se à conservação da biodiversidade da do parque. Todos os meses, têm o calendário preenchido com plantações de plantas, manutenção e passeios pedestres. O Parque, recorde-se, foi praticamente destruído pelo fogo, em 2010.
REFERÊNCIAS:
Partidos PS
Com Pedrógão esfumou-se o investimento na floresta. Só resta o medo
Investir na floresta em Portugal já é visto como, literalmente, queimar dinheiro. Por isso, cada vez menos o fazem. Sem investimento não há gestão, sem gestão arde cada vez mais. Uma pescadinha de rabo na boca que, a prazo, condenará metade do país a não passar de um enorme campo de matos e silvas. (...)

Com Pedrógão esfumou-se o investimento na floresta. Só resta o medo
MINORIA(S): Animais Pontuação: 3 | Sentimento 0.0
DATA: 2019-07-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: Investir na floresta em Portugal já é visto como, literalmente, queimar dinheiro. Por isso, cada vez menos o fazem. Sem investimento não há gestão, sem gestão arde cada vez mais. Uma pescadinha de rabo na boca que, a prazo, condenará metade do país a não passar de um enorme campo de matos e silvas.
TEXTO: Medo. A floresta em Portugal encheu-se de medo. Medo de investir no que pode acabar em cinzas, medo de ter árvores a rondar casas, não vá ser-se multado, medo de passar em certas zonas que podem ser armadilhas mortais, medo de se ser responsabilizado por tragédias. E este pânico geral está a tolher os movimentos ou a levar a decisões precipitadas. O sector está em suspenso enquanto o problema se agrava e aprofunda. A crise não é de hoje nem começou com o incêndio de Pedrógão Grande, que nesta segunda-feira faz dois anos e onde morreram 66 pessoas. Tem raízes complexas que não se explicam com a acusação simplista a apenas um ou outro culpado. O enredo ultrapassa espécies, alterações climáticas, abandono rural, ausência de cadastro, desordenamento. É isso tudo e muito mais.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave medo pânico
Temperaturas altas estão a afectar a qualidade do ar e da água
Os valores que indicam os níveis de qualidade do ar não estão em níveis tão alarmantes como aqueles registados em Agosto. Mesmo assim, podem ser prejudiciais à saúde humana, dos animais e plantas. Até a qualidade da água sofre com o calor. (...)

Temperaturas altas estão a afectar a qualidade do ar e da água
MINORIA(S): Animais Pontuação: 3 | Sentimento 0.16
DATA: 2018-10-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os valores que indicam os níveis de qualidade do ar não estão em níveis tão alarmantes como aqueles registados em Agosto. Mesmo assim, podem ser prejudiciais à saúde humana, dos animais e plantas. Até a qualidade da água sofre com o calor.
TEXTO: Níveis de ozono acima do desejável, poeiras no ar e pouco oxigénio na água são alguns dos danos que as temperaturas fora do normal para a época estão causar, diz Francisco Ferreira, da associação ambientalista Zero. Setembro de 2018 foi "muito provavelmente" o mês mais quente desde 1931, segundo informação disponibilizado ao PÚBLICO pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Ao PÚBLICO, o especialista da Zero explica que “apesar não haver uma ultrapassagem dos limiares que exigem informação ou alerta à população, há concentrações elevadas de ozono no ar”. Na quinta-feira, nas horas de mais calor, os níveis de ozono respirável correspondiam a 120 microgramas por metro cúbico (µg/m3) — em Agosto, nos dias mais quentes, esse valor chegou aos 240 µg/m3. “São números bastante elevados para a época do ano. ”O impacto do ozono na saúde humana verifica-se quando há uma concentração de ozono que ultrapassa precisamente os 240 microgramas por metro cúbico. A vegetação também dá sinais do excesso de ozono, mas só quando a situação se prolonga no tempo. O resultado na agricultura pode ser de perda de produtividade. Mas não é só o ozono que está a comprometer a qualidade do ar. O vento quente e o calor têm trazido partículas do Norte de África, aponta o especialista. Também não são valores como os que se registaram nos primeiros dias de Agosto, mas estão presentes em concentrações “elevadas”. Na maioria dos dias de Setembro, a concentração de oxigénio dissolvido no Rio Tejo, na zona da estação de Perais, próxima de Vila Velha de Ródão, era inferior a três miligramas por litro (mg/l) — idealmente, os níveis não devem baixar das 5 mg/l). Isto significa que há oportunidade para se desenvolverem algas. “Quanto mais quente a água, menor a quantidade de oxigénio que consegue reter” e dá-se um boom de algas, explica Francisco Ferreira. “A temperatura da água até foi mais quente na segunda quinzena. ”Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. A juntar a tudo isto, a falta de chuva “também é prejudicial”. Há “muitos bivalves e peixes em pequenas ribeiras que podem não conseguir sobreviver”. Este tempo “prejudica muito a fauna de água doce”. Pelo menos até domingo, esteve activo o Plano de Contingência de Verão e Saúde. O PÚBLICO contactou a Direcção-Geral da Saúde (DGS), que afirma que o seu prolongamento deve ser avaliado por “cada uma das Administrações Regionais de Saúde de acordo com a evolução das condições meteorológicas”. Em Agosto, nos dias mais quentes, as estimativas da DGS apontavam para mais 500 mortes do que o considerado normal para o mesmo período. Ainda assim, não é possível ter a certeza que o fenómeno foi um resultado directo do calor sentido durante esse período. Dados da plataforma de vigilância electrónica de mortalidade em tempo real (SICO/EVM), consultados às 20h de 28 de Setembro, mostram valores para o mês semelhantes aos registados nos mesmos períodos de anos passados.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave concentração
ExperimentaDesign começa hoje e pergunta-nos o que é útil e inútil
A partir de hoje, colecções particulares de diferentes pessoas vão estar espalhadas por sete museus de Lisboa, desde latas de bebidas a paus recolhidos por um cão, passando por uma série de versões do álbum “Still”, dos Joy Division. “Sidelines/Colecções Pessoais em 7 Instituições Singulares”, com curadoria da historiadora de design britânica Emily King é uma das propostas da ExperimentaDesign para durante dois meses discutirmos o útil e o inútil. Useless é, em época de crise financeira, o tema escolhido pela bienal. (...)

ExperimentaDesign começa hoje e pergunta-nos o que é útil e inútil
MINORIA(S): Animais Pontuação: 3 | Sentimento -0.1
DATA: 2011-09-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: A partir de hoje, colecções particulares de diferentes pessoas vão estar espalhadas por sete museus de Lisboa, desde latas de bebidas a paus recolhidos por um cão, passando por uma série de versões do álbum “Still”, dos Joy Division. “Sidelines/Colecções Pessoais em 7 Instituições Singulares”, com curadoria da historiadora de design britânica Emily King é uma das propostas da ExperimentaDesign para durante dois meses discutirmos o útil e o inútil. Useless é, em época de crise financeira, o tema escolhido pela bienal.
TEXTO: “Portugal, como outros países, está a atravessar um período difícil. Pareceu-me inútil começar a trazer grandes construções e colecções quando há tantas coisas fantásticas em Lisboa, que as pessoas não vêem. As pessoas não usam os recursos que têm. Pareceu-me uma contribuição mais útil para a bienal chamar a atenção para uma coisa que já lá está”, explicou ao PÚBLICO Emily King. Para ver nos museus Geológico, da Farmácia, de São Roque, do Teatro Romano, das Artes Decorativas, Arqueológico do Carmo e a Biblioteca Camões. Para lançar o debate sobre a utilidade e a inutilidade, a Experimenta convidou D. Manuel Clemente, bispo do Porto, que faz hoje a partir das 16 horas no Cinema São Jorge, a primeira das Conferências de Lisboa – que se prolongam por esta semana inaugural, sempre no São Jorge, com os designers Heather Shaw e Marcel Wanders (amanhã às 15h), a dupla coreana Sulki e Min e o português Fernando Brízio (sexta-feira, às 15h), e o norte-americano Michael Rock e o brasileiro Marcelo Rosenbaum (sábado, 15h). O curador Joseph Grima decidiu olhar para o tema da bienal noutra escala e o que nos mostra na Fundação Arpad Szènes-Vieira da Silva e na Mãe d’Água das Amoreiras é um conjunto de grandes projectos de infra-estruturas que foram abandonadas e esquecidas – construções que corresponderam a grandes sonhos da Humanidade e que, diz Grima, nos mostram que “a utilidade é muito subjectiva, e uma coisa que é útil num contexto pode ser completamente inútil noutro”. Por isso, conclui, “não podemos ter um julgamento absoluto, não sabemos como será a realidade de amanhã”. Outra figura em destaque na bienal é o designer português Fernando Brízio, cuja exposição Desenho Habitado inaugura hoje no antigo Convento da Trindade. Brízio foi convidado a mostrar o seu trabalho e o seu processo criativo, e isso levou-o a mergulhar em caixas de coisas que guardou desde que começou a trabalhar, nos anos 90. A exposição vai mostrar de que forma nasceram os objectos que Brízio quer que falem connosco e, se possível, “nos tirem o tapete”. Notícia substituída às 11h30Leia mais no PÚBLICO de hoje e na edição online exclusiva para assinantes.
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Tempo sexta-feira sábado
Das vísceras aos seios, tudo serve para transportar droga
A imagem de um bidão, devidamente fechado, contendo no interior vísceras de vaca não será o mais ardente desejo da maior parte dos mortais. Sim, da maior parte, porque há uns quantos que, à vista de tal recipiente, ultrapassam toda a repulsa e conseguem ver no interior uma fortuna incalculável. Misturados com as tripas estão alguns quilos de cocaína, que é como quem diz umas dezenas de milhares de euros. Uma fortuna nauseabunda. Cheiros e vómitos são meras miudezas para os traficantes que, quase diariamente, inventam novos métodos para transportar droga. E há-os bem originais. (...)

Das vísceras aos seios, tudo serve para transportar droga
MINORIA(S): Animais Pontuação: 3 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-11-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: A imagem de um bidão, devidamente fechado, contendo no interior vísceras de vaca não será o mais ardente desejo da maior parte dos mortais. Sim, da maior parte, porque há uns quantos que, à vista de tal recipiente, ultrapassam toda a repulsa e conseguem ver no interior uma fortuna incalculável. Misturados com as tripas estão alguns quilos de cocaína, que é como quem diz umas dezenas de milhares de euros. Uma fortuna nauseabunda. Cheiros e vómitos são meras miudezas para os traficantes que, quase diariamente, inventam novos métodos para transportar droga. E há-os bem originais.
TEXTO: O passo trémulo, mas apressado, e o olhar fugidio, mas assustadiço, traíram a mulher que naquela madrugada desembarcou no aeroporto da Portela, em Lisboa. Vinha de São Paulo, no Brasil, viagem que só por si encerra uma boa possibilidade de ser alvo de revista minuciosa no posto fronteiriço. O ar desconfiado da senhora não passou despercebido aos inspectores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras que, depois de uma primeira mirada aos documentos, quiseram espreitar bagagens. . . e mais. “Há sempre sinais. Quando alguém procura esconder qualquer coisa é quase impossível, quando interpelado, não evidenciar qualquer sinal”, conta um dos inspectores contactados. A revista à bagagem de mão deu resultado negativo, mas as bátegas de suor a formarem-se na testa e a escorrerem pelo rosto, a empaparem as mãos, os olhos, quase em desespero, a fugirem ao olhar fixo e, aparentemente, insensível do polícia, revelaram algo e acabaram por conduzir a mulher até uma sala diferente. Para uma revista corporal. “Eram uns seios postiços. Grandes e cheios de cocaína”, conta o inspector lembrando que outros colegas já encontraram fartas cabeleiras postiças impregnadas com o mesmo estupefaciente. “Os voos da América do Sul são sempre assim. Com muita gente suspeita, vinda do Brasil ou da Venezuela. Dá sempre para desconfiar quando alguém se apresenta de uma viagem de três dias, porque ninguém vai de férias para o Brasil apenas em três ou quatro dias, ou quando alguém se apresenta com umas centenas de notas novas, sejam elas dólares ou euros”, acrescenta o mesmo responsável. Alerta vermelho, “cagão” a bordoCabeleiras postiças, fundos de mala falsos, fraldas de bebé, pastas de dentes contendo droga, mamas artificiais, roupas impregnadas de estupefaciente ou tacões de sapatos que funcionam como pequenos esconderijos são quase trivialidades nas fronteiras aéreas. Tão triviais quanto os passageiros que transportam droga no organismo. Esses, não causando grande transtorno ao pessoal da alfândega, são um caso bem. . . mal cheiroso para os inspectores da Judiciária que, por norma, são quem tem de os acompanhar ao longo de todo o processo, incluindo a expulsão do estupefaciente. Na gíria policial quem transporta droga no organismo é conhecido por “mula” ou “cagão”. “São dos que mais arriscam. Arriscam ser presos e arriscam a própria vida, porque se uma das bolotas [a pequena embalagem de droga envolvida em látex, muitas vezes preservativos] rebentar e não houver possibilidade de ser socorrido de imediato, então o mais certo é ir desta para melhor”, explica um inspector da Judiciária. Para estes polícias, que possuem equipas em permanência a investigar o tráfico de droga por via aérea, “não há maior martírio” do que acompanhar quem transporta droga no estômago. “Eles ficam para ali [em Lisboa é quase sempre no Hospital de São José, mas também se recorre a outros quando o movimento é intenso] tempos a fio, por vezes mais de um dia, e nós [os polícias] a vê-los sentados no penico [o chapéu alto, um recipiente normalmente utilizado por idosos, mas também nestes affaires policiais], a vigiar. É o verdadeiro serviço de merda”, refere fonte policial. Está assim explicado o porquê destes “correios” de droga serem vulgarmente conhecidos por “cagões”. Quanto ao termo “mula”, este é mais utilizado quando, ao referirem-se à sua actividade, os polícias quererem salientar as grandes quantidades de droga que os “correios” conseguem transportar no organismo. “Por norma não transportam mais do que um quilo, mas já ouvi falar de um tipo que tinha mais de dois. Uma ‘mula’ dessas, com dois quilos de coca na pança, deve dar bom rendimento aos traficantes, que pagam a um aquilo que, normalmente, teriam de pagar a dois”, diz ainda a mesma fonte policial. Madeiras exóticas e pedras ornamentais
REFERÊNCIAS:
Supermercados vão pagar quase sete milhões de euros de taxa alimentar
Os hiper e supermercados vão ter de desembolsar este ano 4,08 euros por cada metro quadrado que ocuparem de área comercial para financiar acções de defesa da saúde animal e de garantia de segurança dos produtos. (...)

Supermercados vão pagar quase sete milhões de euros de taxa alimentar
MINORIA(S): Animais Pontuação: 3 | Sentimento 0.1
DATA: 2012-07-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os hiper e supermercados vão ter de desembolsar este ano 4,08 euros por cada metro quadrado que ocuparem de área comercial para financiar acções de defesa da saúde animal e de garantia de segurança dos produtos.
TEXTO: Os valores da nova "taxa de segurança alimentar mais" foram hoje publicados em portaria no Diário da República, quase um mês depois de ter sido criado o Fundo Sanitário e de Segurança Alimentar. No próximo ano os valores por metro quadrado sobem para os sete euros. O montante máximo, fixo pela portaria, pode chegar aos 8 euros. Os operadores da grande distribuição já deixaram bem claro que as consequências da nova taxa serão sentidas do produtor agrícola, ao consumidor. No total, os associados da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED) abrangidos pela medida somam 1, 7 milhões de metros quadrados de área de venda. Contas feitas, terão de desembolsar este ano 6, 9 milhões de euros e 11, 9 milhões no próximo ano. Em comunicado, a APED “considera que esta taxa é inconstitucional e discriminatória para os agentes do sector” já que a área não alimentar dos estabelecimentos do comércio também é contabilizada para o cálculo do imposto a pagar. Além disso, diz a APED, a taxa “lesa a concorrência do sector pois a isenção prevista para os estabelecimentos de menor dimensão gera uma distorção no mercado, penalizando a distribuição moderna”. Assim, a associação, que representa os maiores operadores do sector (excluindo as cadeias Intermarché e E-Leclerc), admite recorrer às “instâncias competentes, quer nacionais, quer europeias”. O Governo estima arrecadar entre 12 a 13 milhões com esta medida que afecta não só estabelecimentos com mais de 2000 metros quadrados – considerados por lei grandes superfícies – mas também todos os minimercados ou supermercados que estejam integrados num grupo com uma área de venda acumulada igual ou superior a 6000 metros quadrados (excepto cooperativas). São as grandes cadeias de distribuição que o Executivo pretende abranger, em detrimento do comércio independente. Impactos no consumidorTal como o PÚBLICO já tinha adiantado a medida afecta entre 1600 a 1800 lojas e terá um impacto directo nos preços praticados no retalho alimentar. A APED já tinha admitido que a nova taxa terá um “impacto muito grande” e será repercutida em toda a cadeia de abastecimento. Também o grupo Jerónimo Martins, dono do Pingo Doce, classificou a nova contribuição de “socialmente injusta”, afirmando que “será sobre o consumidor final que esta taxa acabará por incidir também, por via indirecta”, já que “os preços não poderão deixar de reflectir o impacto económico” da iniciativa do Governo. No comunicado emitido hoje a APED considera o valor definido pela portaria “excessivo e desproporcionado”. “Esta medida vai agravar a situação difícil que o sector da distribuição moderna atravessa, que encerrou 37 lojas entre 2011 e o primeiro trimestre de 2012 e cortou 6593 postos de trabalho”, lê-se. Notícia actualizada às 12h30. Inclui reacção da APED.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave lei
As bactérias também se organizam para a guerra
Um estudo realizado com bactérias oceânicas mostrou que em termos de organização social, as bactérias não são, afinal, muito diferentes dos animais ou das plantas. Em situações de combate a populações rivais, elas também são capazes de se organizar em grupos que cooperam para derrotar o adversário. (...)

As bactérias também se organizam para a guerra
MINORIA(S): Animais Pontuação: 3 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-09-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um estudo realizado com bactérias oceânicas mostrou que em termos de organização social, as bactérias não são, afinal, muito diferentes dos animais ou das plantas. Em situações de combate a populações rivais, elas também são capazes de se organizar em grupos que cooperam para derrotar o adversário.
TEXTO: Otto Cordero, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, em Cambridge, liderou o estudo que é publicado esta quinta-feira na revista Science e que avaliou várias populações da bactéria oceânica da família Viobrionaceae (que também inclui espécies associadas à cólera). A análise ao “comportamento” destas bactérias, feita através de estudos genéticos e outros, permitiu observar que em cada um dos vários grupos havia um reduzido número de bactérias que produzia antibióticos e que todos os restantes elementos eram resistentes aos antibióticos produzidos na sua população. Assim, os antibióticos parecem funcionar como uma espécie de “arma” do grupo - e que é usada para o bem comum de toda a população nos momentos de combate com rivais – e não como um factor que beneficia apenas os elementos capazes de o produzir. Ou seja, a organização social existe aqui. “Os indivíduos que produzem o antibiótico são geneticamente diferentes dos outros e se um individuo não tem o gene, não pode produzir o antibiótico” explicou ao PÚBLICO, Helene Morlon, do Instituto Politécnico de Paris, e autora de um comentário do artigo. O antibiótico produzido tem um efeito negativo nos elementos das outras populações, mas não tem efeitos sobre os elementos da população onde ele foi produzido”, esclareceu ainda. A ideia de que os microrganismos podem ter comportamentos sociais não é nova. Eles cooperam para melhor explorar os recursos ou para, por exemplo, resistirem a ambientes stressantes. O que este estudo revela é que a cooperação entre indivíduos de uma população também existe quando se trata de competições mediadas por antibióticos. “A estrutura das populações de bactérias é muito mais forte do que se poderia pensar” conclui o artigo científico.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave social estudo espécie
Descoberto na China raro fóssil de insectos a acasalar
O comportamento sexual destes animais parece ter permanecido inalterado desde o Jurássico. (...)

Descoberto na China raro fóssil de insectos a acasalar
MINORIA(S): Animais Pontuação: 3 | Sentimento 0.3
DATA: 2013-11-08 | Jornal Público
SUMÁRIO: O comportamento sexual destes animais parece ter permanecido inalterado desde o Jurássico.
TEXTO: Os restos fossilizados de dois pequenos insectos em pleno acto sexual foram descobertos no nordeste da China. Com 165 milhões de anos, trata-se do mais antigo registo fóssil do comportamento sexual dos insectos. O fóssil mostra um casal da espécie Anthocytina perpetua, pequeno insecto que salta de planta em planta, à maneira de uma minúscula rã. Este tipo de fósseis é muito raro, o que faz com que o conhecimento actual das posições de acasalamento e a orientação dos órgãos sexuais dos primórdios da evolução destes insectos seja limitado. O acasalamento “fóssil” decorre frente a frente, com o órgão reprodutor do macho a introduzir-se na estrutura sexual da fêmea, explica em comunicado a revista Plos One, onde a descoberta foi agora publicada. “Estes dois insectos permitem-nos vislumbrar um interessante comportamento e fornecem dados importantes para perceber a posição do acasalamento e a orientação dos órgãos genitais dos insectos no Jurássico Médio”, diz Dong Ren, da Universidade Normal da Capital em Pequim (China) e autor principal do artigo, citado pelo mesmo documento. A comparação com a forma de acasalamento dos insectos actuais da mesma espécie, escrevem os cientistas, sugere que esse comportamento terá permanecido inalterado ao longo da evolução.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave espécie sexual
O túnel
Os desafios da renovação do Estado Social em período de vacas magras são enormes. Mas o pior seria deixar correr. (...)

O túnel
MINORIA(S): Animais Pontuação: 3 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-26 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20140526170256/http://www.publico.pt/politica/noticia/o-tunel-1637407
SUMÁRIO: Os desafios da renovação do Estado Social em período de vacas magras são enormes. Mas o pior seria deixar correr.
TEXTO: No momento em que escrevo, o resultado eleitoral ainda não é conhecido, mas parece vir a ocorrer uma subida do PS, simétrica de uma descida da coligação entre o PSD e o CDS. Ao contrário do que deveria acontecer, a campanha não se travou entre o governo e as oposições, mas entre o PS, praticamente só nesse combate e governo mais oposições, unidos contra o PS, como há três anos. Como se estes três anos tivessem sido um túnel em que nada aconteceu. Atacou-se o PS de Sócrates como se fosse governo e, ao sair do túnel, vai-se atacar o PS como se já tivesse voltado ao Governo. Os Portugueses não mereciam esta desastrosa campanha. Qualquer que seja a data decidida pelo Presidente para as legislativas, seja o termo do mandato parlamentar, isto é daqui a 16 meses, seja antes, temos que pensar na reconstrução. Acima de todos o Presidente, sobre quem impenderá a responsabilidade da escolha entre deixar correr prazos e crescer o bloqueio nos 20 meses que lhe faltam de mandato ou, pelo contrário, tomar a iniciativa política que deixou definitivamente de existir neste Governo. A crise pode ser atingida por uma paragem na recuperação económica, ou por uma decisão do Tribunal Constitucional a qual, recusando alguma da austeridade do Orçamento de 2014, denunciaria o erro presidencial pela ausência de acção em tempo útil. Tendo, todavia, a vantagem de ajudar a relançar o consumo e o produto, como aconteceu em 2013. Há que reconstruir a economia, roída ao osso, também pela quebra das exportações, hoje documentada e pela falta de crédito e de confiança. É a altura para recuperarmos reformas necessárias e encetarmos outras, que a actual maioria, por pusilanimidade, cobardia ou simples oportunismo, desistiu de prosseguir. Teremos que regressar a duas áreas maltratadas, até na linguagem: a chamada “reforma do estado” e a “reforma” do Estado Social. O Governo tem usado o eufemismo da primeira para mascarar a sua incapacidade política: onde está a redução do número de municípios? Onde pára a famosa fusão de ministérios e simplificação da macroestrutura? Onde ficou a redução de despesas dos gabinetes em assessores e consultorias? Onde pára a desconcentração da administração central? Onde estamos em matéria de formação do pessoal dirigente e médio da administração? Onde ficámos na desmaterialização e desburocratização? Qual a real reforma realizada nas empresas públicas de transporte urbano? Conseguimos tornar os portos mais eficientes? Que fizemos aos projectos de linhas férreas transfronteiriças? Teremos hoje justiça mais célere, mais acessível e menos dispendiosa?As respostas são pífias ou sinistras, em alguns casos. A redução do número de municípios não lentou voo, foi substituída pela das freguesias, alvo mais frágil. A fusão de ministérios caiu com o desaparecimento do cometa canadiano e a comprovação material do disparate. A redução da despesa dos gabinetes ficou pela classe económica dos ministros nos voos europeus. De assessores e consultorias, vamos reconhecendo a juventude dos recrutados, o seu débil passado técnico, e a sua ostensiva remuneração. A administração central desconcentrada perdeu poderes: na educação foram retiradas responsabilidades aos órgãos regionais, na saúde o método passou pela nomeação de medíocres, com raras excepções, na segurança social recorreu-se a uma sementeira de jovens CDS, em regime de coutada. O nível regional serve hoje apenas para oferecer nomeações partidárias, e garantir “confiança política”, ou seja, fidelidade, em vez de lealdade e competência. A formação de pessoal desapareceu por falta de meios e pela emasculação do INA. As lojas do cidadão, colocadas no limbo político, vão encerrando aos poucos, apesar de retórica recuperação de Poiares Maduro, vindo a terminar com uma prometida transformação de estações de correios em clones daquelas. Nos transportes urbanos conhece-se a concentração da estrutura governativa, os aumentos de preço ao público em altura de arrocho financeiro e a desconfiança quanto à transferência para os municípios, com medo da popularidade de António Costa em Lisboa. Nos portos, o anedotário prossegue com o cais de contentores, oscilando entre a Trafaria e o Barreiro, exigindo dragagens ciclópicas. E finalmente, quanto à justiça, enquanto na saúde se concentraram maternidades e urgências por razões de qualidade, ainda não vi tal argumento ser aduzido como razão para encerrar tribunais. Apenas cortes na despesa.
REFERÊNCIAS:
Partidos PS PSD
Evra: jogo com a Irlanda devia ter sido repetido... na PlayStation
A polémica partida entre a França e a República da Irlanda, na repescagem para o Mundial de 2010, parece ter sido reacendida. (...)

Evra: jogo com a Irlanda devia ter sido repetido... na PlayStation
MINORIA(S): Animais Pontuação: 3 | Sentimento -0.4
DATA: 2010-05-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: A polémica partida entre a França e a República da Irlanda, na repescagem para o Mundial de 2010, parece ter sido reacendida.
TEXTO: Patrice Evra, lateral-esquerdo francês, disse não concordar com as pessoas que defendiam uma nova partida frente aos irlandeses por causa da mão de Thierry Henry e afirmou que, caso houvesse um novo jogo, tinha de ser na PlayStation. “Na minha opinião, deveríamos ter jogado uma nova partida, sim. Na PlayStation", disparou o jogador do Manchester United, em conferência de imprensa. O lateral rebateu também todas as críticas que a selecção francesa tem sofrido nos últimos anos e garantiu que a França não vai à África do Sul passear, mas para vencer o segundo Mundial da história da França. "O mais importante é acreditar em nós próprios e não nas pessoas que falam que somos fracos. Ninguém quer defrontar a França. Esta equipa vai para a África para vencer ", prometeu o lateral do Manchester United.
REFERÊNCIAS:
Países França África do Sul