Hosni Mubarak: o povo venceu pela primeira vez o faraó
O historiador egípcio Muhammad ibn Iyas dizia que, em tempos de fome, os compatriotas “comiam cães e gatos mas nunca dirigiam a sua fúria contra o faraó”. A queda de Mubarak mostra que o povo perdeu o medo e venceu o “raïs”. Dezoito dias de revolução terminaram 30 anos de um poder autocrático e corrupto. Com a demissão do Presidente do Egipto – país líder da “nação árabe” –, a praça Tahrir abriu uma nova era no Médio Oriente. (...)

Hosni Mubarak: o povo venceu pela primeira vez o faraó
MINORIA(S): Animais Pontuação: 3 | Sentimento 0.25
DATA: 2011-02-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: O historiador egípcio Muhammad ibn Iyas dizia que, em tempos de fome, os compatriotas “comiam cães e gatos mas nunca dirigiam a sua fúria contra o faraó”. A queda de Mubarak mostra que o povo perdeu o medo e venceu o “raïs”. Dezoito dias de revolução terminaram 30 anos de um poder autocrático e corrupto. Com a demissão do Presidente do Egipto – país líder da “nação árabe” –, a praça Tahrir abriu uma nova era no Médio Oriente.
TEXTO: "Hosni Mubarak foi falar às crianças de uma escola primária e, depois do seu discurso, ofereceu-se para um período de perguntas. Um rapazinho chamado Ramy levantou a mão e o Presidente egípcio interpelou-o: O que queres saber? Ramy disse: Tenho quatro perguntas. Primeira: por que é que o senhor é Presidente há 29 anos? Segunda: por que é que nunca nomeou um vice-presidente? Terceira: por que é que os seus dois filhos, Gamal e Alaa, controlam a economia e a política do país? Quarta: por que é que o Egipto é um Estado miseravelmente pobre e o senhor não faz nada? Nesse preciso momento, a campainha tocou e Mubarak informou as crianças que voltaria depois do intervalo. No regresso, retomou a conversa: Ok, em que ponto estávamos? Ah, já sei. Na sessão de perguntas. Alguém quer perguntar alguma coisa? Um outro rapazinho levantou a mão. Mubarak apontou para ele e pediu-lhe que se identificasse. Eu sou Tamer, respondeu o menino. E qual é a tua pergunta, Tamer? Eu tenho seis perguntas. Primeira: por que é que o senhor é Presidente há 29 anos? Segunda: por que é que nunca nomeou um vice-presidente? Terceira: por que é que os seus dois filhos, Gamal e Alaa, controlam a economia e política do país? Quarta: por que é que o Egipto é um Estado miseravelmente pobre e o senhor não faz nada? Quinta: por que é que a campainha tocou para intervalo 20 minutos antes do que é habitual? Sexta: o que é que o senhor fez ao Ramy?" Esta velha anedota, sussurrada entre portas e relembrada por Issandr El Amarani no seu blogue The Arabist, exprime bem algumas das razões que levaram os egípcios a perder o medo e a reclamar, não em segredo mas nas ruas, o fim de um regime ditatorial que vigorava há quase três décadas. Foi a 14 de Outubro de 1981 que Hosni Mubarak, vice-presidente de Anwar el-Sadat (desde 1975), sucedeu ao “raïs” (Presidente), depois de escapar por um triz às balas que, no dia 6, mataram o seu predecessor durante um desfile militar, a que ambos assistiam, lado a lado, no Cairo. O desaparecimento do homem que pagou com a vida "a traição" do primeiro tratado de paz israelo-árabe levantou dúvidas, sobretudo entre a comunidade internacional, sobre se o Egipto ficaria à mercê da Irmandade Muçulmana de cujas fileiras emergiu o assassino, já que a liderança do país iria ser assumida por um homem desconhecido, apesar da sua imparável ascensão militar. Aprender a voar Um dos cinco filhos de um funcionário do Ministério da Justiça, Muhammad Hosni Sayyid Mubarak nasceu a 4 de Maio de 1928 em Kafr-el-Meselha, aldeia no delta do rio Nilo. Estudou, primeiro, na Academia Nacional Militar em 1949 e formou-se, depois, como piloto de caça e instrutor de voo na Academia da Força Aérea. Entre 1959 e 1961, foi para antiga União Soviética aprender a pilotar bombardeiros. Em 1966, no retorno à pátria, assumiu o comando de duas bases aéreas e, no ano seguinte, foi promovido a chefe de Estado-Maior da Força Aérea. Em 1972, já era vice-ministro da Defesa e, dois anos mais tarde, atribuíram-lhe a patente de marechal. Foi a recompensa pela participação na Guerra de Outubro ou de Yom Kippur vista pelos árabes como "a desforra" pela humilhante derrota que Israel lhes desferiu na Guerra dos Seis Dias, de 1967, durante a qual o Egipto perdeu, em seis horas, a península do Sinai. As credenciais de Mubarak entre os militares eram tão imaculadas que Sadat, o sucessor do pan-arabista Gamal Abdel Nasser, não hesitou em nomeá-lo seu "número dois", conferindo-lhe a responsabilidade de várias e importantes missões de política interna e externa. Com a morte do visionário que emocionou os israelitas ao visitar Jerusalém em 1977, Mubarak foi catapultado para a chefia do Estado, superando a longevidade do reinado de Muhammad Ali Paxá, o otomano cuja dinastia se manteve no poder até à revolução de 1952 que derrubou a monarquia.
REFERÊNCIAS:
Partidos PAN
Concentração no dia 12 marca início de meses agitados de contestação da Fenprof
Encerramento de escolas, avaliação e salários são alguns dos cavalos de batalha da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) para os próximos meses de contestação, começando com a concentração de dia 12 no Campo Pequeno, em Lisboa. (...)

Concentração no dia 12 marca início de meses agitados de contestação da Fenprof
MINORIA(S): Animais Pontuação: 3 | Sentimento 0.1
DATA: 2011-03-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: Encerramento de escolas, avaliação e salários são alguns dos cavalos de batalha da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) para os próximos meses de contestação, começando com a concentração de dia 12 no Campo Pequeno, em Lisboa.
TEXTO: O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, afirmou hoje em conferência de imprensa esperar que a concentração do Campo Pequeno seja “o primeiro dia do resto da luta” contra uma equipa ministerial que “não tem personalidade política”. “Nós hoje temos uma equipa que se limita a aplicar aquilo que são as normas que lhe são impostas pelas Finanças. Até podem ter boas ideias, mas não os deixam pô-las cá fora nem concretizá-las”, disse Mário Nogueira. Assim, no dia 12 a Fenprof espera que o Campo Pequeno marque o regresso dos professores à rua. Os encerramentos de escolas são assunto prioritário para a Fenprof, que defende que “cada vez mais têm que ser criteriosos e não aritméticos”. “Tem que se saber bem o terreno que é pisado, as distâncias, as formas de acolhimento das crianças. Há crianças de seis anos retiradas das suas terras e deixadas o dia inteiro em localidades em que não têm outra forma de estar sem ser a que a escola lhes dá”, afirmou. Mário Nogueira indicou que no dia 6 de Abril a Fenprof vai apresentar um estudo sobre “os 84 mega-agrupamentos criados este ano” e os resultados que tiveram, nomeadamente “os horários deitados abaixo e os problemas que estão a acontecer”. “Uma vez mais está-se a empenhar a educação por causa de resultados orçamentais. Pode cortar-se mas não no que tem consequências”, defendeu Mário Nogueira, indicando que a Fenprof receia que a reorganização do mapa escolar só signifique mais despedimento de professores com consequências para a qualidade do ensino. Quanto à avaliação de desempenho dos professores, Mário Nogueira afirmou que “é uma coisa verdadeiramente atroz, que não é aceitável”. “O Ministério da Educação já percebeu o conflito que se instalou nas escolas, que estão a tomar medidas para a sua suspensão”, afirmou. Mário Nogueira referiu que a avaliação, “muito burocratizada” e com poucas diferenças em relação ao contestado modelo anterior, “mete em conflito os professores” por não ser formativa e fazer com que as pessoas “não sejam cooperantes, mas concorrentes”. Quanto aos salários, a Fenprof e os seus parceiros vão avançar com “acções conservatórias”, no fundo “providências cautelares de outro tipo, posteriores aos cortes”. O secretário-geral da Fenprof afirmou que os sindicatos estão a constituir-se como “colectivos” para promover estas acções.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave escola campo concentração educação estudo
Intensos combates em Abidjan perto da residência de Laurent Gbagbo
Desde a madrugada, a principal cidade da Costa do Marfim, Abidjan, é palco de intensos combates entre as forças de Alassane Ouattara, reconhecido pela ONU como o vencedor das eleições de Novembro, e os apoiantes do Presidente cessante, Laurent Gbagbo. (...)

Intensos combates em Abidjan perto da residência de Laurent Gbagbo
MINORIA(S): Animais Pontuação: 3 | Sentimento 0.150
DATA: 2011-04-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Desde a madrugada, a principal cidade da Costa do Marfim, Abidjan, é palco de intensos combates entre as forças de Alassane Ouattara, reconhecido pela ONU como o vencedor das eleições de Novembro, e os apoiantes do Presidente cessante, Laurent Gbagbo.
TEXTO: Segundo a BBC esta manhã, testemunhas dão conta de disparos perto da casa de Laurent Gbagbo, enquanto os apoiantes de Ouattara garantem ter tomado o controlo da televisão estatal RTI, no quarto dia da ofensiva. Cerca da meia-noite, o porta-voz do Ministério da Defesa de Ouattara, o capitão Léon Kouakou Alla, confirmou à agência AFP que as suas forças tomaram a RTI. “As forças republicanas estão na RTI”, declarou. Vários habitantes contactados pela agência confirmaram o corte do sinal. “O tiroteio tem sido intenso no perímetro da residência de Gbagbo”, contou um habitante à AFP. “Isto parece o assalto final. ”Depois de, nesta quarta-feira, as Nações Unidas terem aprovado sanções contra Laurent Gbagbo e a sua mulher Simone, que ficaram com os bens congelados e impedidos de viajar, e pedido ao Presidente cessante que abandone o poder “imediatamente”, as forças leais ao Presidente eleito avançaram para Abidjan. Anteontem, antes de ser conhecida a decisão da ONU, soube-se que as forças de Ouattara conseguiram tomar a capital do país, Yamoussoukro, naquela que foi considerada uma vitória simbólica. Mas o principal objectivo é Abidjan.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU
Combates entre forças de Gbagbo e de Ouattara prosseguem nas ruas de Abidjan
Novos combates terrestres com armas pesadas prosseguem esta manhã nas ruas do bairro rico de Cocody, na capital da Costa do Marfim, Abidjan, opondo as forças leais ao chefe de Estado cessante, Laurent Gbagbo, às do Presidente eleito, Alassane Ouattara, é descrito por residentes. (...)

Combates entre forças de Gbagbo e de Ouattara prosseguem nas ruas de Abidjan
MINORIA(S): Animais Pontuação: 3 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-04-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: Novos combates terrestres com armas pesadas prosseguem esta manhã nas ruas do bairro rico de Cocody, na capital da Costa do Marfim, Abidjan, opondo as forças leais ao chefe de Estado cessante, Laurent Gbagbo, às do Presidente eleito, Alassane Ouattara, é descrito por residentes.
TEXTO: “Ouvem-se disparos de armas pesadas e rajadas de espingardas automáticas”, contou à agência noticiosa francesa AFP um habitante de Cocody pelas 6h30 (locais, mais uma hora em Lisboa). Esta mesma fonte descreve que os combates decorrem hoje já não nas imediações do complexo presidencial – onde se crê que Gbagbo se abriga – mas sim nas proximidades do edifício da televisão estatal e da Escola de Polícia, na zona norte de Cocody, outros dois “bastiões” do líder derrotado nas eleições presidenciais de 28 de Novembro passado. Estes combates seguem-se a renovados raides aéreos feitos pelas Nações Unidas e helicópteros franceses desde a tarde de ontem e pela noite e madrugada dentro, os quais tomaram por alvo a residência oficial de Gbagbo assim como o palácio presidencial. Estes novos disparos de mísseis foram justificados pela ONU com o objectivo de “neutralizar as armas pesadas” da facção do Presidente cessante, o qual se recusa a entregar o poder a Ouattara, declarado válido vencedor das eleições pelas organizações internacionais. As Nações Unidas mantêm que estas acções visam proteger os civis, tal como foram mandatadas pela resolução 1975, aprovada há semana e meia pelo Conselho de Segurança. Os raides feitos pelos aliados na semana passada forçaram as tropas leais a Gbagbo – que se estimam reunir cerca de mil homens da Guarda Republicana e milicianos – à quase rendição, mas a suspensão dos mesmos durante alguns dias acabou por permitir-lhes reunir forças antes de avançaram no terreno na capital.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU
Uma campanha a duas velocidades
O modelo de campanha que percorre o país de Norte a Sul numa espécie de volta a Portugal, e que marcou todas as eleições desde o 25 de Abril, está cada vez mais esgotado. O desinteresse dos eleitores que esbarram com as caravanas dos diferentes partidos é visível nas reportagens televisivas, nas crónicas dos jornais, podendo resumir-se tudo a um título publicado em tempos no Jornal de Notícias: “Nem os cães ladram quando a caravana passa”. (...)

Uma campanha a duas velocidades
MINORIA(S): Animais Pontuação: 3 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-05-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: O modelo de campanha que percorre o país de Norte a Sul numa espécie de volta a Portugal, e que marcou todas as eleições desde o 25 de Abril, está cada vez mais esgotado. O desinteresse dos eleitores que esbarram com as caravanas dos diferentes partidos é visível nas reportagens televisivas, nas crónicas dos jornais, podendo resumir-se tudo a um título publicado em tempos no Jornal de Notícias: “Nem os cães ladram quando a caravana passa”.
TEXTO: É evidente que os partidos se têm adaptado aos novos tempos e às novas tecnologias. Mas a volta a Portugal lá continua. Desta vez, o PÚBLICO decidiu contar os quilómetros que os candidatos irão fazer. Vamos apenas com dois dias de campanha oficial e José Sócrates e Pedro Passos Coelho já fizeram quase 1000. Jerónimo de Sousa vai nos 1500. Paulo Portas anda pelos 500. Só Francisco Louçã é que parece estar a baldar-se: até agora só fez 73 quilómetros. Das etapas já efectuadas há uma conclusão a retirar: tal como a Europa também a campanha anda a duas velocidades. Os relatos destes primeiros dias mostram que o “Paulinho das feiras” passou despercebido pela feira semanal de Mondim de Basto, o que seria inimaginável há uns tempos. Mas a falta de entusiasmo estende-se à campanha de Jerónimo de Sousa, que ontem até andou pelo antigo Alentejo vermelho, que está cada vez mais em tons rosa e laranja. E o Bloco de Esquerda também não escapou a esse desinteresse, apesar de Francisco Louçã ter calcorreado concelhos limítrofes de Lisboa, onde o BE tem a sua expressão máxima. No fundo, CDS, PCP e BE têm o mesmo problema: falta-lhes o aparelho local, os autocarros das jotas e o dinheiro de que os dois maiores partidos dispõem e que lhes tem servido para tentar demonstrar força aos eleitores. As imagens mostram sempre Sócrates e Passos Coelho em artificiais jornadas festivas nessa volta a Portugal de uma campanha a duas velocidades.
REFERÊNCIAS:
Vestido de Marilyn leiloado por 3,9 milhões de euros
É o vestido cor de marfim, esvoaçante, que Marilyn Monroe usou no filme “O pecado mora ao lado”, de 1955. Foi leiloado neste sábado e quem ficou com ele pagou 5,6 milhões de dólares (cerca de 3,9 milhões de euros). (...)

Vestido de Marilyn leiloado por 3,9 milhões de euros
MINORIA(S): Animais Pontuação: 3 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-06-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: É o vestido cor de marfim, esvoaçante, que Marilyn Monroe usou no filme “O pecado mora ao lado”, de 1955. Foi leiloado neste sábado e quem ficou com ele pagou 5,6 milhões de dólares (cerca de 3,9 milhões de euros).
TEXTO: O leilão foi realizado em Los Angeles pela Profiles in History, que já tinha considerado que este é o “vestido mais famoso da história do cinema”, e muitos se lembrarão da cena em que Marilyn Monroe, de sorriso rasgado, procura segurá-lo enquanto este esvoaça e deixa ver as suas pernas. Marilyn estava sobre um respiradouro do metro de Nova Iorque e o vento soprava o seu vestido, que agora integrava uma colecção que a actriz Debbie Reynolds, de “Serenata à Chuva”, juntou ao longo de 40 anos. Reynolds, de 79 anos tinha previsto juntar tudo num museu, o que nunca veio a concretizar-se. Neste sábado rompeu em lágrimas quando viu os vários objectos serem leiloados, contou o “Daily Telegraph”. Na colecção estava também um toucado usado por Elizabeth Taylor em “Cleópatra”, bem como um chapéu de coco de Charlie Chaplin e a guitarra que Julie Andrews tocou em “Música no Coração”, adiantou a BBC. O leilão integrava 3500 vestidos, 20. 000 fotografias, cartazes e objectos relacionados com a indústria discográfica. Inicialmente a leiloeira Profiles in History terá esperado que a venda do vestido de Marilyn alcançasse os 2 milhões de dólares, mas essa expectativa foi largamente superadas. Foi comprado por um anónimo que fez a sua licitação pelo telefone. Este foi um dos leilões mais importantes na área do cinema, desde a liquidação do acervo dos estúdios Metro GoldwynMayer e Fox, nos anos 1970. Notícia corrigida às 09h17
REFERÊNCIAS:
Tempo sábado
Ministério do Ambiente chumba uma das quatro barragens do Alto Tâmega
O Ministério do Ambiente chumbou ontem a barragem de Padroselos no rio Beça, uma das quatro barragens da Cascata do Alto Tâmega. Esse é o habitat do mexilhão de rio do Norte, espécie protegida pela legislação europeia e que chegou a ser dada como extinta em Portugal. (...)

Ministério do Ambiente chumba uma das quatro barragens do Alto Tâmega
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DATA: 2010-06-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Ministério do Ambiente chumbou ontem a barragem de Padroselos no rio Beça, uma das quatro barragens da Cascata do Alto Tâmega. Esse é o habitat do mexilhão de rio do Norte, espécie protegida pela legislação europeia e que chegou a ser dada como extinta em Portugal.
TEXTO: A Declaração de Impacte Ambiental (DIA) das barragens do Alto Tâmega, concessionadas à espanhola Iberdrola, foi assinada ontem e, segundo fonte oficial do ministério, chumbou a barragem de Padroselos, que estava previsto construir no rio Beça, no concelho de Boticas. A tutela resolveu condicionar as restantes três barragens “sem comprometer a produção hidroeléctrica anual”. O Ministério do Ambiente decidiu que o condicionamento passa também pela obrigatoriedade de serem usadas as cotas mais baixas propostas no Estudo de Impacte Ambiental (EIA). A Declaração contempla também um conjunto de medidas de compensação sócio económicas e ambientais para a zona. O mexilhão de rio do norte, Margaritifera margaritifera, é uma espécie rara protegida pela legislação nacional e europeia e que, em 1986, chegou a ser dada como extinta em Portugal. Actualmente, esta espécie existe nos rios Rabaçal, Tuela e Mente, que atravessam a parte ocidental do Parque Natural de Montesinho (PNM), e ainda no Paiva, Neiva e Cavado. No âmbito do Estudo de EIA de Padroselos, o mexilhão de rio foi também descoberto no rio Beça. A construção da barragem de Padroselos implicaria a eliminação desta colónia de bivalves e, por isso, o EIA propôs um “possível cenário alternativo do projecto”, que passava pela exclusão desta barragem do projecto. Muitos especialistas e ambientalistas defendem que a sobrevivência do mexilhão de rio do Norte era “praticamente impossível” de conciliar com a construção da barragem de Padroselos. Investigador diz que chumbo foi uma "decisão política"O investigador da Universidade de Vila Real, António Crespí, afirmou hoje que o chumbo na barragem foi apenas uma “decisão política” para compensar o “mal conduzido” processo de avaliação ambiental. “O chumbo foi uma compensação política por um processo de avaliação de impacte ambiental que foi desenvolvido muito mal desde o princípio”, afirmou o especialista da área do ambiente da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). António Crespí disse que se trata de uma espécie “extremamente importante”, principalmente porque funciona como indicador ecológico de um conjunto de inter relações complexas” que existem naquele território. No entanto, considerou “ridículo e até cómico” que se “reduza todo este processo a uma única espécie”. “Que seja uma espécie que acabe por determinar como deve ser feita esta obra, isto resulta no mínimo cómico. Estamos a falar de uma área que tem, em termos de fauna e flora, mais de dois milhares de espécies”, salientou. O investigador criticou a “falta de rigor” com que foi feita “toda a avaliação de impacte ambiental das barragens do Tâmega” e, por isso, diz que o Governo “teve que tomar a decisão de travar pelo menos um destes empreendimentos”. O Ministério do Ambiente acabou “por travar o mais óbvio”, salientou. “O problema é que o processo continua mal. O estudo foi mal feito. O Padroselos é uma forma de lavar a cara a todo um processo que, desde o princípio, foi extremamente mal conduzido”. Para o investigador, a solução ideal para o Alto Tâmega não passa por chumbar todas as barragens, até porque diz que a região está deprimida, económica e socialmente, e é uma área que não tem desenvolvimento económico e industrial. “Temos que ser sensatos e temos que intervir nesta área para criar planos de desenvolvimento sustentáveis. Só que as barragens como estão projectadas não vão gerar desenvolvimento sustentável de forma nenhuma”, frisou. O ideal seria, defendeu, “fazer o processo bem feito”. A Iberdrola já pagou ao Estado um prémio de concessão no valor de 303 milhões de euros pela exploração das barragens durante 65 anos. O empreendimento deverá ter um total de 1135 megawatts (MW) de potência e uma produção eléctrica anual de 1900 gigawatts/hora (GWh), equivalente ao consumo de um milhão de pessoas, e representa um investimento de 1700 milhões de euros. Com a emissão desta DIA fica a faltar a referente à barragem de Girabolhos, no Mondego, para a conclusão do Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico. Segundo a fonte, quando estas novas barragens estiverem concluídas, Portugal irá poupar cerca de 205, 2 milhões de euros por ano com a importação de petróleo.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave exclusão consumo estudo espécie
Eurodeputados pedem liderança da UE na protecção da biodiversidade
Os eurodeputados apelaram hoje no Parlamento Europeu que a União Europeia (UE) se assuma como líder na protecção de espécies animais e vegetais na cimeira da ONU sobre Biodiversidade no final do mês em Nagoya. (...)

Eurodeputados pedem liderança da UE na protecção da biodiversidade
MINORIA(S): Animais Pontuação: 3 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-10-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os eurodeputados apelaram hoje no Parlamento Europeu que a União Europeia (UE) se assuma como líder na protecção de espécies animais e vegetais na cimeira da ONU sobre Biodiversidade no final do mês em Nagoya.
TEXTO: A resolução - adoptada com 505 votos a favor, 22 contra e 41 abstenções – recomenda a definição de objectivos estratégicos para a UE na cimeira que decorrerá de 18 a 29 de Outubro naquela cidade japonesa. Desta cimeira deverão sair novas metas para reduzir a perda de biodiversidade até 2020 e uma “visão” para 2050. Os eurodeputados dizem-se “extremamente preocupados” pelo incumprimento da meta para 2010, ou seja, travar a perda da biodiversidade na UE. “Estamos a morder a mão que nos alimenta se não travarmos a perda da biodiversidade. A UE deve liderar a luta pela protecção da biodiversidade em Nagoya”, insistiu Jo Leinen, responsável pelo Comité do Ambiente no Parlamento Europeu. E isso, no entender dos eurodeputados, só será conseguido com o anúncio de compromissos financeiros antes de Nagoya. Tanto mais que, dizem, o financiamento mundial para a biodiversidade deve “aumentar drasticamente”. As ajudas económicas destinam-se, principalmente, a compensar as populações dos países em desenvolvimento pelo seu trabalho de conservação. “Este é um investimento necessário, tendo em conta que a perda da biodiversidade já está a custar à economia global 50 mil milhões de euros por ano, um número que deverá aumentar”, de acordo com uma nota divulgada no site do Parlamento Europeu. Segundo a resolução hoje aprovada, os objectivos para 2020 devem incluir a eliminação dos subsídios prejudiciais para a biodiversidade, redução da desflorestação, o fim de práticas pesqueiras destrutivas, a protecção de, pelo menos, 20 por cento dos mares, rios e terras e a tentativa de evitar a extinção das espécies que hoje já estão ameaçadas.
REFERÊNCIAS:
Entidades UE
Amazónia “deu” ao planeta 1200 novas espécies na última década
Entre 1999 e 2009, mais de 1200 novas espécies de plantas e animais foram encontradas na Amazónia. Feitas as contas dá uma nova espécie a cada três dias, revela um relatório da WWF divulgado hoje. (...)

Amazónia “deu” ao planeta 1200 novas espécies na última década
MINORIA(S): Animais Pontuação: 3 | Sentimento 0.068
DATA: 2010-10-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: Entre 1999 e 2009, mais de 1200 novas espécies de plantas e animais foram encontradas na Amazónia. Feitas as contas dá uma nova espécie a cada três dias, revela um relatório da WWF divulgado hoje.
TEXTO: As novas espécies incluem 637 plantas, 257 peixes, 216 anfíbios, 55 répteis, 16 aves, 39 mamíferos e centenas de novas espécies de invertebrados, segundo o relatório que faz uma compilação das descobertas "Amazon Alive!: A Decade of Discoveries 1999-2009", divulgado à margem da conferência sobre Biodiversidade, a decorrer em Nagoya, Japão. Entre esta lista de mais de 1200 espécies está a primeira nova espécie de anaconda identificada desde 1936. A Eunectes beniensis, encontrada na Bolívia, tem quatro metros de comprimento e foi inicialmente confundida com um resultado da hibridação entre as anacondas verdes e amarelas. Mas depois chegou-se à conclusão que, afinal, era uma espécie diferente. A WWF salienta como uma das espécies "mais extraordinárias" a rã Ranitomeya amazonica, por causa das suas cores. O seu habitat localiza-se perto de Iquitos, na região de Loreto, no Peru. Um membro da família dos papagaios, o Pyrilia aurantiocephala, está classificado como Quase Ameaçada, por causa da reduzida dimensão da sua população e perda de habitat. "Este relatório mostra, claramente, a incrível diversidade da vida na Amazónia", comentou Francisco Ruiz, líder da iniciativa da WWF. Além disso, também vem lembrar "o quanto ainda temos de aprender sobre esta região única e aquilo que poderemos perder se não mudarmos a forma como pensamos o desenvolvimento e promovemos a conservação a nível regional", acrescentou, em comunicado. Este tipo anúncios de identificação de novas espécies, apoiados por boas fotografias, é importante, estima Jean-Christophe Vié, do Programa para as Espécies da União Mundial de Conservação (UICN), citado pela agência de notícias AFP. Apesar disso, a mensagem que passa pode ser desvirtuada. "Existe o risco de as pessoas acharem que não é preciso preocupação, porque há sempre novas espécies a aparecer. Mas elas não aparecem, são apenas descobertas ou descritas, o que é muito diferente", alerta. De acordo com a Lista Vermelha da UICN, uma espécie de anfíbios em três, mais de uma ave em oito, mais de um de mamíferos em cinco e mais de uma espécie de conífera em quatro estão ameaçadas de extinção, à escala mundial. Ameaças aumentam para a AmazóniaA região da Amazónia alberga 600 tipos de habitats terrestres e de água doce e é a casa para dez por cento de todas as espécies conhecidas no planeta, incluindo fauna e flora endémica e ameaçada. Mais de 30 milhões de pessoas vivem e dependem dos recursos naturais da Amazónia. Mas muitas mais na América do Norte e Europa estão sob a influência climática da região. "Apesar da maioria da região da Amazónia permanecer pouco perturbada, as ameaças estão a aumentar rapidamente", nota a organização. Nos últimos 50 anos, as populações humanas causaram a destruição de, pelo menos, 17 por cento da floresta tropical da Amazónia, uma área maior do que a Venezuela ou duas vezes o tamanho da Espanha. Uma das maiores causas desta transformação é a rápida expansão dos mercados regionais e mundiais da carne, soja e biocombustíveis, aumentando a procura de solos. Estima-se que 80 por cento das áreas desflorestadas na Amazónia estejam ocupadas por pastagens para o gado, por exemplo. Ainda assim, "as florestas da Amazónia não apenas albergam a mais impressionante diversidade de vida na Terra mas também retêm entre 90 e 140 mil milhões de toneladas de dióxido de carbono", lembra a organização. O abate de "uma pequena porção de floresta e a alteração no uso do solo poderá acelerar consideravelmente o aquecimento global". "É precisa acção urgente e imediata se quisermos evitar este cenário assustador", disse Francisco Ruiz. Parte da solução, diz a WWF, está a ser debatida na conferência de Nagoya, "uma abordagem multinacional para criar um sistema de gestão eficaz e completo de áreas protegidas na região da Amazónia". Muitas das novas espécies foram encontradas na rede de áreas protegidas da Amazónia, salientou Yolanda Kakabadse, da WWF. "Este Ano Internacional da Biodiversidade é uma excelente oportunidade para os chefes de Estado ajudarem a proteger ainda mais a diversidade da Amazónia, a fim de garantir a sobrevivência das espécies que ali vivem e a disponibilização de bens e serviços ambientais de que todos beneficiamos", acrescentou Kakabadse.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave carne espécie extinção abate aves
Autoridades procuram jovem desaparecido na Costa da Caparica
Um jovem desapareceu esta tarde na praia da Cabana do Pescador, na Costa da Caparica, disse à agência Lusa fonte dos Bombeiros de Cacilhas. (...)

Autoridades procuram jovem desaparecido na Costa da Caparica
MINORIA(S): Animais Pontuação: 3 | Sentimento -0.05
DATA: 2010-06-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um jovem desapareceu esta tarde na praia da Cabana do Pescador, na Costa da Caparica, disse à agência Lusa fonte dos Bombeiros de Cacilhas.
TEXTO: De acordo com a mesma fonte, o alerta foi recebido pelas 16h00, mas ainda não existem muitos detalhes até porque, “provavelmente”, o jovem encontrava-se sozinho na praia. “A única coisa que sabemos é que desapareceu alguém na água”, referiu a mesma fonte. Contactada pela Lusa, fonte do Instituto de Socorros a Náufragos disse que os meios de salvamento estão já no local. Por seu turno, fonte da Capitania do Porto de Lisboa, disse que nenhum outro banhista havia referido o desaparecimento de algum “amigo ou familiar”. A época balnear arrancou hoje em todo o país.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave desaparecimento