valter hugo mãe foi "tsunami" que passou pela Festa Literária Internacional de Paraty
O único escritor português a participar este ano na FLIP – Festa Literária Internacional de Paraty, valter hugo mãe, emocionou e arrepiou os leitores. "Nasceu uma pop star", dizia alguém na plateia. (...)

valter hugo mãe foi "tsunami" que passou pela Festa Literária Internacional de Paraty
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.05
DATA: 2011-07-09 | Jornal Público
SUMÁRIO: O único escritor português a participar este ano na FLIP – Festa Literária Internacional de Paraty, valter hugo mãe, emocionou e arrepiou os leitores. "Nasceu uma pop star", dizia alguém na plateia.
TEXTO: O escritor português valter hugo mãe sonhou sempre vir ao Brasil e veio várias vezes. Faltava-lhe vir "como escritor, publicado e recebido". Ontem teve a sua estreia na FLIP – Festa Literária Internacional de Paraty e foi um verdadeiro maremoto. Aplaudiram-no de pé. Choraram com ele quando se emocionou ao ler uma "Carta para a FLIP", um relato sobre a sua relação como o Brasil, escrito horas antes do debate em que participou. No final, foram pedir a valter hugo mãe, o único escritor português a participar este ano na FLIP, a decorrer no Brasil até domingo, para serem fotografados ao pé dele. Algumas mulheres diziam-lhe que se não fossem casadas, casariam com ele. Uma multidão esperou na fila, que dava muitas voltas, para que ele autografasse os seus livros que já estão publicados no Brasil: "a máquina de fazer espanhóis" e "remorso de baltazar serapião". Nasceu uma "pop star". Uma leitora, à espera na fila, disse ao PÚBLICO: "fez todo o mundo chorar, adorei o carisma dele". Uma outra ali ao lado confessava: "Gostei de tudo. Ele me pegou na primeira frase dele: 'A morte deveria apagar os nossos sofrimentos'". José Saramago disse que valter hugo mãe era um "tsunami literário" quando o escritor venceu, em 2007, o prémio com o nome do Nobel português. O que se assistiu ontem na maior festa literária brasileira foi da mesma ordem de grandeza. A tarefa do escritor português não era fácil. Primeiro, porque a sua mesa estava marcada para o meio-dia, quando Paraty ainda está a acordar depois das festas e "baladas", com muita cachaça e samba que animam as noites do festival literário que recebe escritores de todo o mundo (este ano participam James Ellroy, João Ubaldo Ribeiro, Joe Sacco, David Byrne, Héctor Abad, etc). Segundo, porque teria que dividir o palco com a escritora argentina Pola Oloixarac, que foi considerada pela revista britânica Granta um dos nomes da nova geração de romancistas da língua espanhola e tem sido considerada pela comunicação social como "a musa da FLIP", graças à sua beleza e fotogenia. Ela está a lançar o romance "As Teorias Selvagens", que este mês também foi para as livrarias portuguesas. A conversa entre os dois escritores, que também leram excertos das suas obras, foi mediada pelo jornalista mexicano do The Financial Times, Ángel Gurría-Quintana, que depois de lhes pedir para falarem das suas obras, do processo de escrita, das influências recebeu perguntas do público. Uma delas pedia aos escritores para falarem da sua relação com o Brasil. E então, valter hugo mãe pediu para ler um pequeno texto, uma carta que tinha escrito para a FLIP, e que começava assim: "Quando eu tinha 8 anos veio morar para a casa ao lado da dos meus pais um casal de brasileiros com duas filhas moças. Ao chegar, o casal ofereceu uma ambulância ao quartel de bombeiros da nossa vila e toda a vila se emocionou. Foram os primeiros brasileiros que eu vi fora da tv, fora das novelas. Eu e os meus amigos fomos ao quartel dos bombeiros apreciar a ambulância nova, bem pintada, que se mostrava a todos como prova bonita da bondade de alguém. O meu pai tinha um carro pequeno, velho, difícil de levar a família inteira dentro. A ambulância era enorme, um luxo, como se fosse para transportar doentes felizes. Eu e os meus amigos ficamos estupefactamente felizes. "O autor emocionou-se ao ler o texto, o público que pagou bilhete para assistir à conversa também e assim nasceu uma pop star das letras. No final da sessão, o editor da Cosac Naify, Cassiano Elek Machado, enviou uma ordem para a editora: "Mandem imprimir mais". É que a FLIP "tem esse poder, quando um cara pega". E valter hugo mãe pegou de caras este desafio.
REFERÊNCIAS:
Morreu o músico Jorge Lima Barreto
O músico Jorge Lima Barreto, de 61 anos, morreu hoje, vítima de uma pneumonia. O músico e musicólogo, criador do grupo Telectu com Vítor Rua, estava internado há algumas semanas nos cuidados intensivos de um hospital de Lisboa. (...)

Morreu o músico Jorge Lima Barreto
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-07-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: O músico Jorge Lima Barreto, de 61 anos, morreu hoje, vítima de uma pneumonia. O músico e musicólogo, criador do grupo Telectu com Vítor Rua, estava internado há algumas semanas nos cuidados intensivos de um hospital de Lisboa.
TEXTO: O corpo de Jorge Lima Barreto estará em câmara ardente na Igreja de Santa Joana Princesa, em Lisboa, a partir das 17h de domingo. Daí seguirá, na 2ª feira, às 16h, para o crematório dos Olivais, em Lisboa. Ligado às músicas mais exploratórias, experimentais e improvisadas, a solo ou em formações como os Telectu e AnarBand, Jorge Lima Barreto, nascido em 1949, licenciou-se em História de Arte (1973) e doutorou-se em Musicologia e Teoria da Comunicação Social na Universidade Nova de Lisboa (1995), tendo desenvolvido em simultâneo à actividade de músico, produção como documentador e musicólogo, tendo editado quase uma vintena de títulos dedicados a diversas músicas, relacionando-as historicamente, como “Revolução jazz” (1972), “Jazz-Off” (1973), “Rock Trip” (1974), “Rock & Droga” (1982), “Música Minimal Repetitiva” (1990), “JazzArte” (1994), “Música e Mass Media” (1996), “Musa Lusa” (1997) ou “B-Boy” (1998). Mas foi com os Telectu, o duo de música experimental formado em 1982 com Vítor Rua (vindo da formação original dos GNR), que viria a conhecer maior projecção, tendo a dupla actuado um pouco por todo o mundo. Vindo da tradição do jazz, Jorge Lima Barreto incorporou nos Telectu uma grande variedade de elementos musicais, que iam do jazz mais livre à electrónica, passando pelo minimalismo ou pela música concreta. Ao longo de trinta anos de carreira, editaram uma volumosa discografia de mais de vinte títulos – de estúdio ou registados ao vivo – tendo colaborado com inúmeros músicos de excepção, da música improvisada ou experimental, como Elliot Sharp, Chris Cutler, Sunny Murray, Jac Berrocal ou Carlos Zíngaro. Em simultâneo, compuseram também música para teatro, vídeo-arte ou performances multimédia. Projecto singular durante muitos anos na paisagem musical portuguesa, os Telectu, pela sua natureza, sempre em conjugação com outras áreas artísticas, e pela forma como recorriam à ironia, criando situações surpreendentes, nem sempre se sentiram compreendidos no contexto português, onde as linguagens mais exploratórias são quase sempre relegadas para plano secundário. Personalidade inquieta, Jorge Lima Barreto sempre orientou a sua actividade pela procura de novas soluções interpretativas e composicionais, ao mesmo tempo que procurou estar actualizado com os desenvolvimentos tecnológicos no campo da música.
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE
Festa dos Tabuleiros leva hoje a Tomar cerca de 400 mil pessoas
Mais de 700 tabuleiros desfilam hoje pelas ruas do centro histórico de Tomar, na tradicional Festa dos Tabuleiros, iniciativa deverá atrair à cidade cerca de 400 mil pessoas. (...)

Festa dos Tabuleiros leva hoje a Tomar cerca de 400 mil pessoas
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-07-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: Mais de 700 tabuleiros desfilam hoje pelas ruas do centro histórico de Tomar, na tradicional Festa dos Tabuleiros, iniciativa deverá atrair à cidade cerca de 400 mil pessoas.
TEXTO: O cortejo principal, no qual estão representadas as 16 freguesias do concelho, sai às 16h00 da Mata Nacional dos Sete Montes, com passagem por várias ruas, incluindo a Praça da República, onde são benzidos. Depois da bênção, ainda neste local, o momento mais aguardado é o levantamento, em simultâneo, de todos os tabuleiros, ao terceiro toque do sino. Este ano a organização espera cerca de 400 mil pessoas. Para o desfile, o movimento contabiliza 704 tabuleiros, mais 57 do que em 2007, crescimento que o mordomo, João Victal, atribui “ao interesse das pessoas, à paixão pelos tabuleiros”. Cada tabuleiro, decorado com flores de papel, deve ter a altura da mulher que o leva à cabeça, sendo constituído por 30 pães e tendo no alto uma coroa com a pomba do Espírito Santo ou a Cruz de Cristo. As mulheres desfilam vestidas de branco e com uma fita de cor à cintura ou a tiracolo, a mesma cor da gravata que os respectivos acompanhantes envergam. João Victal considera que a Festa dos Tabuleiros, que classifica como “um dos maiores cartazes turísticos do país e com projecção internacional”, é também o único acontecimento no concelho que “une toda população de Tomar”. A Festa dos Tabuleiros ou Festa do Divino Espírito Santo, considerada uma das manifestações culturais e religiosas mais antigas do país, tem origem pagã relacionada com a época das colheitas, adquirindo carácter religioso na Idade Média, pela Rainha Santa Isabel, que lançou as bases da Congregação do Espírito Santo. A iniciativa termina amanhã com o cortejo do bodo, onde são distribuídos pão, vinho e carne pelos mais necessitados do concelho. Está prevista a presença do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, para assistir às festividades.
REFERÊNCIAS:
Mais de um quinto dos idosos em Portugal são pobres
A taxa de risco de pobreza para a população idosa em Portugal aumentou para 21 por cento, em 2009 comparativamente ao valor registado em 2008 (20,1 por cento), segundo os dados obtidos através do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento (EU-SILC), realizado no ano passado pelo Instituto Nacional de Estatística. (...)

Mais de um quinto dos idosos em Portugal são pobres
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.049
DATA: 2011-07-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: A taxa de risco de pobreza para a população idosa em Portugal aumentou para 21 por cento, em 2009 comparativamente ao valor registado em 2008 (20,1 por cento), segundo os dados obtidos através do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento (EU-SILC), realizado no ano passado pelo Instituto Nacional de Estatística.
TEXTO: Em 2009, a população residente em Portugal em risco de pobreza manteve-se nos 17, 9 por cento. No caso dos indivíduos com menos de 18 anos, a taxa de risco de pobreza diminuiu de 22, 9 por cento em 2008 para 22, 4 por cento em 2009O contributo das transferências sociais na diminuição da taxa de pobreza em 2009 aumentou 6, 5 pontos percentuais relativamente a 2008. Em 2009, a diferença entre o valor do limiar de pobreza e o rendimento monetário mediano dos indivíduos em risco de pobreza relativa (taxa de intensidade da pobreza) diminuiu para 22, 7 por cento face ao valor registado no ano de 2008 (23, 6 por cento). A percentagem da população residente em Portugal em privação material severa diminuiu em 2010 (9, 0 por cento) face ao ano de 2009 (9, 1 por cento). Este inquérito, realizado anualmente, aferiu através do rendimento das famílias portuguesas a taxa de risco de pobreza. Esta taxa “correspondia à proporção de habitantes com rendimentos anuais por adulto equivalente inferiores a 5. 207 euros em 2009 (cerca de 434 euros por mês) ”, lê-se no documento. Entre géneros, a taxa de risco de pobreza manteve em 2009 os resultados obtidos no ano precedente. As mulheres registaram 18. 4 por cento e os homens, 17, 9. No caso das famílias com crianças dependentes, esta taxa diminuiu de 19, 9 por cento no ano de 2008 para 19, 1 por cento em 2008. Os maiores valores da taxa de risco de pobreza verificam-se nos agregados com um adulto que vive sozinho (30, 1 por cento), nos agregados com um adulto que vive sozinho com pelo menos uma criança dependente (37, 0 por cento) e naqueles compostos por dois adultos com três ou mais crianças (33, 2 por cento). A taxa de risco de pobreza mais baixa surge nos agregados com três ou mais adultos sem crianças dependentes. Em 2009, a população desempregada em risco de pobreza era de 36, 4 por cento, bastante superior à população empregada, cujo valor se situou nos 9, 7 por cento. No mesmo ano, a taxa de risco de pobreza para a população reformada fixou-se nos 18, 5 por cento. Os resultados do inquérito para os indicadores Europa 2020 revelam que existirão 25, 3 por cento de indivíduos em risco de pobreza ou exclusão social no espaço comunitário. A Estratégia Europeia 2020 prevê a diminuição do número de pessoas de risco de pobreza ou exclusão social na União Europeia em 20 milhões até ao ano de 2020.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens exclusão social criança mulheres pobreza
Bombeiro de Grândola morreu e recém-nascido ficou ferido em acidente com ambulância
Um bombeiro de Grândola morreu hoje, após uma colisão entre a ambulância que conduzia e um veículo ligeiro. O acidente causou ferimentos em mais três pessoas, incluindo um bebé acabado de nascer. (...)

Bombeiro de Grândola morreu e recém-nascido ficou ferido em acidente com ambulância
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-07-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um bombeiro de Grândola morreu hoje, após uma colisão entre a ambulância que conduzia e um veículo ligeiro. O acidente causou ferimentos em mais três pessoas, incluindo um bebé acabado de nascer.
TEXTO: O comandante dos Bombeiros Voluntários de Grândola, Ricardo Ribeiro, adiantou ao PÚBLICO que o acidente ocorreu já depois das 3h00 em Setúbal, junto ao cruzamento do hipermercado Jumbo. A vítima mortal é um bombeiro de 57 anos, "um homem experiente, calmo, muito competente", que estava ao serviço da corporação há muitos anos. A ambulância tinha saído de Grândola pelas 2h40 e dirigia-se ao Hospital de Setúbal, com uma mulher em trabalho de parto a bordo. O veículo acabou por parar na estação de serviço de Alcácer do Sal, onde a bombeira que acompanhava a parturiente assistiu com sucesso ao nascimento de uma menina. Depois de estabilizadas a mãe e a recém-nascida, a ambulância seguiu para Setúbal, onde foi atingida de lado por um veículo ligeiro. "A ambulância rodou várias vezes e capotou", explica o comandante dos Bombeiros Voluntários de Grândola, acrescentando que as causas do acidente ainda estão por apurar. O condutor da ambulância faleceu no local e a bombeira que realizou o parto sofreu "ferimentos com alguma gravidade na cara". Segundo Ricardo Ribeiro, a bombeira de 22 anos está hospitalizada, "em estado grave, mas sem perigo de vida". Também a mãe e a menina nascida na madrugada de hoje permanecem no Hospital de Setúbal, com ferimentos ligeiros. Segundo fonte hospitalar citada pela Lusa, a mulher que deu à luz está em observação no Hospital de Setúbal, estando mãe e filha em situação estável. Ambas vão permanecer sob observação, por precaução, por pelo menos 24 horas. Cerca das 12h00, uma das duas mulheres de nacionalidade estrangeira que se encontravam na viatura ligeira já tinha tido alta e os médicos admitiam que a outra pudesse também deixar a unidade de saúde em pouco tempo. No hospital está ainda a bombeira ferida, que vai permanecer mais algum tempo em observação, embora o seu estado também não inspire cuidados. Notícia actualizada às 14h37
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filha mulher homem mulheres faleceu
As histórias da linha de comboio que sobreviveu. Duas vezes
Esta semana, a linha Porto-Vigo teve de novo a sua morte anunciada. Este sábado, o que era para ser a última viagem, tornou-se um momento de devoção às paisagens que revela e às memórias que suscita. (...)

As histórias da linha de comboio que sobreviveu. Duas vezes
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-07-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: Esta semana, a linha Porto-Vigo teve de novo a sua morte anunciada. Este sábado, o que era para ser a última viagem, tornou-se um momento de devoção às paisagens que revela e às memórias que suscita.
TEXTO: Margarida Paulino, 65 anos, chegou cedo à composição estacionada na linha 14 da estação de Campanhã, no Porto. No comboio lê-se que o destino é Vigo, mas no placar electrónico, o destino final apontado é Tui. Margarida não se deixa enganar. Já fez aquele percurso várias vezes. Ontem, levou consigo a mãe, Emília, de 89 anos, e convenceu o irmão e a cunhada, José e Rosa, a acompanhá-las, pela primeira vez, na viagem entre o Porto e Vigo. "Combinámos fazer esta viagem por ser a última. Vamos de manhã e regressamos à noite", diz. Afinal, já não foi a última. Mas Margarida manteve o passeio, apesar da chuva matinal. E, como ela, muitas outras pessoas. Às 7h55, a composição começa a afastar-se do Porto. Devagar, muito devagar, chega a Ermesinde e continua para a Trofa, Famalicão, Nine. Vai mais lenta do que o costume, porque um comboio suburbano que saiu atrasado de Campanhã tapa-lhe o caminho. A bordo é difícil visualizar os números de ocupação divulgados nos últimos dias, e que apontavam para uma média de onze passageiros pagantes por trajecto. O comboio fica cheio num instante. Entra um grupo de jovens em Ermesinde, entram mulheres de mochilas às costas, e um grupo de escuteiros já só se consegue acomodar pelo chão, quando sobe para o comboio, em Famalicão. O revisor - presença obrigatória - verificou todos os bilhetes logo à primeira paragem e confirma que o movimento é pouco usual. "Devem estar umas cem pessoas para Vigo. É mais do que o normal, apesar de o movimento ser muito inconstante e de ao fim-de-semana haver sempre mais gente", diz. A meio do trajecto, o comboio que, em menos de uma semana teve morte anunciada e voltou a renascer, vai apinhado de gente. O grupo de jovens que entrou em Ermesinde faz parte dos passageiros que está ali porque já tinha planeado ali estar, antes de se pensar que o trajecto do comboio seria interrompido. "Comprámos os bilhetes ontem [anteontem], mas mesmo depois de os comprarmos, não nos davam a certeza se ia haver comboio", diz Duarte Barros. Ao seu lado, Ricardo, explica que escolheram o comboio "por ser mais rápido, mais confortável e mais barato". Mais rápido não será - o trajecto de camioneta ronda as duas horas, enquanto esta viagem chega às três horas e meia -, mas numa camioneta, Ricardo e os colegas não poderiam circular pelo corredor a todo o momento, mudando de banco, quando, para lá de Barcelos, algumas pessoas começam a sair. Na carruagem da frente, Alexandre, de 8 anos, não se cansa das visitas à cabine do maquinista. Subiu para o comboio no Porto e vai até Vigo com os pais e a irmã de cinco anos. Quando compraram os bilhetes, na quinta-feira, a informação sobre a suspensão da linha já dera a primeira reviravolta. Memória do contrabandoNo início da semana, a CP anunciara que iria pôr um ponto final nos quatro comboios diários entre Porto e Vigo (dois em cada sentido), alegando prejuízos anuais de 232 mil euros. Os protestos no Minho e na Galiza puseram um travão nesta vontade e, na quinta-feira, a CP já admitia manter o serviço até Tui. Na sexta-feira, o anúncio de que a espanhola Renfe iria aumentar a comparticipação financeira da linha, pagando à CP 450 mil euros por ano, permitiu que tudo continuasse na mesma. Mas isso não chega, reclamaram, logo, os autarcas de Valença e de Tui. É preciso modernizar a linha e torná-la mais apelativa. Apelos que já se tinham feito ouvir em 2005, quando do primeiro anúncio falhado do fim da ligação internacional. A bordo, Mário Mesquita, reformado e entusiasta de comboios, sintetiza a sua opinião sobre o processo: "A CP não sabe o que está a fazer. " Mário não está sozinho. Leva um grupo de amigos, todos amantes do comboio, que compraram o bilhete para acompanhar o último dia do trajecto internacional, decidindo manter o passeio apesar do cancelamento do funeral.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte mulheres
Modelo demasiado magra obriga marca de roupa a retirar fotografia publicitária
A marca de roupa britânica Topshop viu-se envolvida numa polémica depois de ter publicado uma campanha publicitária com uma modelo que parece extremamente magra numa das imagens. (...)

Modelo demasiado magra obriga marca de roupa a retirar fotografia publicitária
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.4
DATA: 2011-07-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: A marca de roupa britânica Topshop viu-se envolvida numa polémica depois de ter publicado uma campanha publicitária com uma modelo que parece extremamente magra numa das imagens.
TEXTO: A celeuma foi tão grande que a Topshop se viu obrigada a retirar a fotografia da modelo, assegurando, porém, que tudo não passa de uma fotografia mal conseguida e que a modelo é saudável, não tendo qualquer problema de anorexia. A modelo em questão tem 18 anos, é australiana e chama-se Codie Young. Na imagem da polémica, para a linha Prim and Proper, a modelo aparece com grandes óculos de sol e uma silhueta que se intui demasiado magra debaixo do vestido azul que enverga. Após um coro de críticas por parte de indivíduos e associações de apoio a vítimas da anorexia nervosa, a marca de roupa viu-se obrigada a substituir a fotografia por uma outra em que a modelo já parece um pouco mais robusta. O porta-voz da Topshop, Andrew Leahy, reconheceu que a modelo parecia demasiado magra naquela fotografia em concreto, mas garantiu que Codie Young é perfeitamente saudável e que veste o número 36 (e não o 32, como alguns media tinham avançado). “O vestido que ela tinha posto era o número 38 e talvez por isso pareça mais magra do que na realidade é”, explicou Andrew Leahy. “Eu estive com ela na sessão fotográfica e ela é uma rapariga perfeitamente feliz, saudável e normal”, garantiu ainda o mesmo responsável. A própria manequim veio igualmente a público explicar que não é anoréctica e que reivindica o direito a ser “naturalmente magra” sem que seja acusada de padecer de doenças. A jovem já foi capa da edição australiana da “Vogue” e trabalhou para marcas conhecidas como a Calvin Klein, Chanel, Lanvin e a Marc Jacobs, relata o “El País”. “Sinto-me magoada com estes comentários (. . . ) É muito pouco ético que me acusem de não comer com comentários como ‘parece doente’. Sou naturalmente magra, fui assim a vida toda porque o meu pai é muito alto e a minha mãe magra”, escreveu a adolescente australiana no seu blogue pessoal. Um dos casos mais dramáticos de uma modelo que sofria de anorexia foi vivido pela francesa Isabelle Caro que chegou a pesar 31 quilos, com 1, 64 metros. Morreu da doença, em Novembro de 2010, com 28 anos. Dois meses depois, a mãe da modelo cometeu suicídio.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave suicídio adolescente doença rapariga
Governo pede a Rupert Murdoch para desistir de canal televisivo
O Governo de coligação britânico vai pedir ao barão australiano dos media, Rupert Murdoch, para desistir da compra do serviço de televisão por satélite BSkyB, um negócio de nove mil milhões de euros que já estava envolto em polémica mas que se tornou verdadeiramente tóxico depois da exposição da prática generalizada de escutas ilegais nos jornais detidos pela News International. (...)

Governo pede a Rupert Murdoch para desistir de canal televisivo
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-07-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Governo de coligação britânico vai pedir ao barão australiano dos media, Rupert Murdoch, para desistir da compra do serviço de televisão por satélite BSkyB, um negócio de nove mil milhões de euros que já estava envolto em polémica mas que se tornou verdadeiramente tóxico depois da exposição da prática generalizada de escutas ilegais nos jornais detidos pela News International.
TEXTO: O Governo garantiu o apoio político a uma moção que o líder do Partido Trabalhista, Ed Miliband, vai apresentar hoje à votação no Parlamento. O texto diz, sinteticamente, que a "câmara considera que é do interesse público que Rupert Murdoch e a News Corporation retirem a sua oferta para a aquisição da BSkyB". Espera-se que todas as forças políticas (conservadores, trabalhistas e liberais-democratas) votem a favor - a excepção será o secretário da Cultura, Jeremy Hunt, que por força do cargo terá de intervir na avaliação da proposta de Murdoch. Aliás, este responsável anunciou ontem que Rupert e James Rupert, pai e filho e, respectivamente, presidentes da News Corporation e News International (a subsidiária britânica), bem como a directora executiva Rebekah Brooks, foram intimados a depor perante o comité parlamentar de Cultura, Media e Desporto. O "veto" político ao negócio da BSkyB não tem nenhuma consequência em termos do desenrolar do processo, que depende da autorização da Comissão da Concorrência (que decidirá com base em critérios técnicos definidos na legislação relativa à concentração e pluralidade nos media). A News Corporation já detém 39 por cento da BSkyB e apenas há dois dias reformulou os termos da sua proposta para a tomada da totalidade do capital do lucrativo serviço de televisão, voltando atrás na anterior decisão de autonomizar o canal de notícias Sky News. A resolução não deixa, todavia, de ser extraordinariamente significativa, ao condensar a resistência da opinião pública: uma sondagem da YouGov publicada este fim-de-semana demonstrava que 70 por cento do público britânico está contra a venda da BSkyB a Murdoch e acha que o Governo deve impedir o negócio. É, também, uma importante vitória para Ed Miliband e o Labour, que soube explorar politicamente o caso para marcar as suas diferenças para com o primeiro-ministro, acossado pela sua proximidade a alguns dos personagens principais do escândalo. Os inquéritos parlamentares ao escândalo das escutas ilegais nos jornais de Rupert Murdoch não representam dificuldades apenas para o grupo de media. Pelos salões de Westminster passaram ontem os dirigentes de topo da Polícia Metropolitana, cujo primeiro inquérito às alegações de escutas ilegais no tablóide News of the World (NoW) foi descrito como um autêntico fiasco. "Se em Julho de 2009 soubesse o que sei hoje, teria tomado decisões diferentes. Só posso lamentar não ter feito o suficiente", desculpou-se o vice-comissário John Yates, que há dois anos considerou não haver matéria para reabrir o inquérito, apesar de uma investigação jornalística do The Guardian ter denunciado novas irregularidades. A polícia britânica é acusada não só pelo falhanço na sua investigação às ilegalidades, mas também pela "colaboração" com os jornais da News International durante anos, num esquema de corrupção que implicará dezenas de agentes e chegou a pôr em risco a própria segurança da rainha Isabel II. Em defesa do seu próprio comportamento, vários responsáveis da polícia responsabilizaram a News International pela obstrução do inquérito, repetindo que a companhia "nunca cooperou" com os investigadores no passado e só muito recentemente forneceu a documentação que constitui prova das ilegalidades agora conhecidas. "Não podemos aceitar as culpas pelas acções da News International", declarou John Yates, acrescentando ter 99 por cento de certeza de que as suas mensagens também foram interceptadas pelos investigadores privados ao serviço do NoW entre 2005 e 2006.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave cultura concentração filho rainha
Rebekah Brooks demite-se
Rupert Murdoch deixou finalmente cair a editora da News International, responsável pelo News of the World durante o tempo em que o tablóide britânico escutou ilegalmente várias personalidades e vítimas de crimes. Rebekah Brooks demite-se com efeitos imediatos à medida que o caso das escutas telefónicas cresce no Reino Unido e já assume contornos internacionais. (...)

Rebekah Brooks demite-se
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-07-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: Rupert Murdoch deixou finalmente cair a editora da News International, responsável pelo News of the World durante o tempo em que o tablóide britânico escutou ilegalmente várias personalidades e vítimas de crimes. Rebekah Brooks demite-se com efeitos imediatos à medida que o caso das escutas telefónicas cresce no Reino Unido e já assume contornos internacionais.
TEXTO: A notícia surge um dia depois de se ter sabido, no âmbito deste escândalo, que o FBI também quer perceber, 10 anos depois do 11 de Setembro, se o tablóide britânico escutou as comunicações de familiares de vítimas do atentado. Este é mais um ponto a acrescentar à crescente lista de casos envolvendo aquele jornal que Murdoch encerrou. Terão sido escutados os telemóveis dos actores Hugh Grant e Sienna Miller, de desportistas, do mayor de Londres Boris Johnson e até de Gordon Brown. Estão ainda na lista de escutas uma jovem assassinada, Milly Dowler e os pais de duas meninas também mortas, Holly Wells e Jesica Chapman, bem como familiares de vítimas dos atentados de Julho de 2007 em Londres. Apesar da primeira decisão de Rupert Murdoch, dono da News Corporation, dona do jornal, ter sido fechar aquela publicação, a editora permanecia no cargo de responsável da News International, que detém as publicações do grupo de Murdoch. Brooks afirmou já que sente “profunda responsabilidade pelo sofrimento que o escândalo está a causar às pessoas” e que só quando as notícias vieram a público soube do que se passava. Rebekah Brooks estava no grupo há 22 anos e era vista como uma editora temida na imprensa britânica. Murdoch emitiu uma nota interna a elogiar o trabalho da sua editora e a dizer que a apoia nesta decisão para limpar o nome. Tanto Rupert Murdoch como o seu filho James já se mostraram disponíveis para responder a um inquérito do Ministério Público britânico para a semana e preparam-se, este fim-de-semana, para publicar em vários títulos da imprensa britânica anúncios com um pedido de desculpa pela má conduta do News of the World. A News International já anunciou que Brooks será substituída por Tom Mockridge, que até agora era presidente da Sky Italia, cadeia televisiva italiana que pertence a Murdoch. A News Corp. detém títulos como o Sun e o Times, e as cadeias de televisão Sky e FOX, nos EUA, num dos mais fortes impérios de media do mundo. Notícia actualizada às 11h24
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Despimos a Zara – o império que veste o mundo
Em Arteixo, perto da Corunha, milhares de pessoas trabalham na sede da Inditex para que nada falhe na concepção e entrega do vestuário em 78 países. Cada montra é aqui estudada ao pormenor, tal como a exposição da roupa nas lojas. Uma viagem ao interior do maior grupo de vestuário do mundo – um império com lucros de 1,73 mil milhões de euros que detém marcas como a Zara, a Pull & Bear, Massimo Dutti, Bershka, Stradivarius, Oysho, Uterqüe, e Kiddy’s Class — numa altura em que o seu fundador, Amancio Ortega, passa a presidência para Pablo Isla. (...)

Despimos a Zara – o império que veste o mundo
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-07-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: Em Arteixo, perto da Corunha, milhares de pessoas trabalham na sede da Inditex para que nada falhe na concepção e entrega do vestuário em 78 países. Cada montra é aqui estudada ao pormenor, tal como a exposição da roupa nas lojas. Uma viagem ao interior do maior grupo de vestuário do mundo – um império com lucros de 1,73 mil milhões de euros que detém marcas como a Zara, a Pull & Bear, Massimo Dutti, Bershka, Stradivarius, Oysho, Uterqüe, e Kiddy’s Class — numa altura em que o seu fundador, Amancio Ortega, passa a presidência para Pablo Isla.
TEXTO: Esta reportagem de Luís Villalobos (texto) e Adriano Miranda (fotos), na Corunha, pode ser lida na íntegra na edição de 17 de Julho da revista Pública, que é vendida aos domingos com o jornal PÚBLICO, ou na edição digital para assinantes. Outros destaques:– A primeira transferência de um jogador português para Itália foi há 50 anos, quando um avançado da Académica foi contratado pelo “colosso” Inter de Milão. Jorge Humberto contou a Tiago Pimentel que só acreditou que era o “mago” Helenio Herrera, então treinador dos “nerazzurri”, do outro lado da linha depois de receber em casa um telegrama. – Depois de atacar a Grécia, a Irlanda e Portugal, o pânico bateu à porta da Itália. A estagnação é o principal factor de risco na economia italiana, explica Jorge Almeida Fernandes. Mas o “incêndio” foi ateado pela irresponsabilidade do primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, que criou um clima de incerteza política. Combinado com a estagnação, formou uma “tempestade perfeita”. – Em Washington, o Museu Laogai evoca os campos de trabalhos forçados na China. O fundador, Harry Wu, prisioneiro durante 19 anos, conta-nos a sua história pessoal e como conseguiu, clandestinamente, montar uma exposição que denuncia os abusos de direitos humanos no país onde nasceu. – Perder peso rapidamente sem renunciar ao prazer de comer e conseguir manter o peso ao longo da vida é a promessa da Dunkan. Esta dieta tem ganho milhões de seguidores em todo o mundo – a mais recente das quais a mãe da futura rainha de Inglaterra. A comunidade científica, lembra Maria Antónia Ascensão, não concorda e alerta para os perigos que pode provocar na saúde, a médio e longo prazo. – Os serviços secretos britânicos (MI5) têm uma ramificação juvenil. Crianças e jovens são recrutados para missões de combate ao terrorismo e ao tráfico de droga. São formados na Cherub, a academia imaginada por Robert Muchamore, autor inglês que esteve recentemente em Lisboa. Rita Pimenta “recrutou” dois leitores de 13 anos para falar com o escritor: Artur Almeida e João Pedro Lucas. – Leia ainda as crónicas de Ricardo Garcia, Paulo Moura, Daniel Sampaio, José Diogo Quintela e Rui Cardoso Martins; deliciosas receitas de frutos do mar, numa produção de Hugo Campos, e a história das garrafas de gás CoMet — objectos que ganharam prémios de design, são um exemplo de inovação nacional e de parcerias de sucesso entre universidades e empresas. Mas não existem, como refere Frederico Duarte.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos humanos rainha comunidade pânico