Intelectuais de vários quadrantes juntos contra Bolsonaro, pela democracia
“Nenhum de nós vai trocar a sua ideologia por outra qualquer, mas temos felizmente em comum a defesa da democracia e do Estado de direito e aí estamos todos juntos”, explica Freitas do Amaral. (...)

Intelectuais de vários quadrantes juntos contra Bolsonaro, pela democracia
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-10-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: “Nenhum de nós vai trocar a sua ideologia por outra qualquer, mas temos felizmente em comum a defesa da democracia e do Estado de direito e aí estamos todos juntos”, explica Freitas do Amaral.
TEXTO: Eduardo Lourenço, Freitas do Amaral, Francisco Louçã, Francisco Pinto Balsemão, Pepetela, Ricardo Araújo Pereira, José Pacheco Pereira, Boaventura Sousa Santos, Manuel Alegre, Sérgio Godinho. Estes são apenas alguns nomes de uma vasta lista de intelectuais, escritores, músicos, políticos, académicos, pessoas de vários quadrantes políticos que assinam uma curta e directa mensagem, apelando à derrota do candidato Bolsonaro, nas eleições no Brasil. No texto, Solidariedade com a democracia e com os democratas do Brasil, pode ler-se que “dentro de dias realiza-se no Brasil a segunda volta das eleições presidenciais, em que se apresenta um candidato, Jair Bolsonaro, que promove o elogio da tortura e da ditadura, que propõe a discriminação das mulheres e o desprezo pelos pobres, representando uma cultura de ódio”. A declaração acrescenta ainda: “Contra ele, quem assina este apelo manifesta a sua solidariedade com a democracia e com os direitos sociais do povo brasileiro. Temos consciência de que vivemos tempos de ameaças sinistras e riscos de regressões civilizacionais. É por isso mesmo que valorizamos o campo da liberdade e da igualdade e apelamos à derrota de Bolsonaro”. O fundador do CDS, Freitas do Amaral, diz ao PÚBLICO que não tinha qualquer razão para não assinar: “Estou de acordo com a existência do perigo. Estou de acordo com a necessidade de alertar as pessoas para esse perigo. Estou de acordo com a necessidade de nos colocarmos, todos os democratas, na primeira linha da defesa da democracia e do Estado de direito. ” Mais: “Todos estamos sujeitos a esse perigo. Ou alertamos e começamos a fabricar vacinas contra essa epidemia ou podemos cair debaixo dela, sermos esmagados por ela. ”O texto é assinado por personalidades ligadas a movimentos sociais, à academia, à política, rostos do BE, do PCP, do PS, do PSD. Exemplos: Ana Catarina Mendes, Ana Gomes, António Filipe, Carlos Coelho, Francisco Assis, Isabel Moreira, Marisa Matias, Teresa Leal Coelho, João Cravinho, Maria do Rosário Gama, Vasco Lourenço, André Freire, Fernando Rosas, Manuel Carvalho da Silva, Manuel Loff, Ricardo Paes Mamede. “Continuaremos a ser de quadrantes diferentes, nenhum de nós vai trocar a sua ideologia por outra qualquer, mas temos felizmente em comum a defesa da democracia e do Estado de direito e aí estamos todos juntos”, explica Freitas do Amaral. O professor de Direito deixa ainda o aviso: “São alertas de democratas contra os perigos que a democracia corre, por enquanto, noutros países. Esperemos que não venha a correr no nosso, mas não temos a certeza. ”Para o antigo presidente do CDS, o Brasil, que “tem a maior influência na América Latina, em toda a organização das Nações Unidas, que é muito ouvido, muito seguido”, corre “o risco forte de eleger um Presidente de extrema-direita, tipicamente fascista que, mais tarde ou mais cedo, vai pôr em perigo a democracia, o Estado de direito, e as liberdades fundamentais”. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Enquanto democrata, porém, diz-se também “preocupado” com o que o cenário político nos EUA, na Polónia, na Hungria, na Turquia, na Rússia. “É preciso, por um lado, chamar a atenção para o que se passa no Brasil e, por outro, alertar as pessoas para o que, mais ou menos na mesma altura, se está a passar no resto do mundo, quer na Europa, quer fora da Europa”, afirma, avisando que se está a assistir “à transformação de democracias em regimes neo-autoritários ou mesmo ditaduras”. Da Cultura, há subscritores como Ana Luísa Amaral, António Pedro Vasconcelos, Lídia Jorge, Maria do Céu Guerra, Pilar del Rio, Richard Zimmler, Valter Hugo Mãe.
REFERÊNCIAS:
Militares da GNR com nova função: limpeza de quartéis e repartições
A Associação Sócio-Profissional Independente da Guarda (ASPIG) denunciou nesta terça-feira, através de comunicado, que os militares da Guarda Nacional Republicana (GNR) passaram a “acumular”, por determinação superior, a tarefa de “limpadores de quartéis”. (...)

Militares da GNR com nova função: limpeza de quartéis e repartições
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.018
DATA: 2011-07-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: A Associação Sócio-Profissional Independente da Guarda (ASPIG) denunciou nesta terça-feira, através de comunicado, que os militares da Guarda Nacional Republicana (GNR) passaram a “acumular”, por determinação superior, a tarefa de “limpadores de quartéis”.
TEXTO: A ASPIG fala numa “afronta à dignidade” dos elementos da categoria profissional de guardas da GNR, que assim estão obrigados a garantir a limpeza “de centenas de quartéis e repartições” da corporação. Uma “missão humilhante”, acentua a associação, lembrando que são agentes de autoridade e de órgãos de polícia criminal. A decisão de atribuir aos guardas da GNR a limpeza dos quartéis e repartições não vem “dignificar a imagem” da corporação, por ser “vexatória” dos que nela exercem a sua actividade profissional e “ultrapassa os limites do aceitável”, salienta a ASPIG. A decisão da tutela deixa de fora as categorias profissionais de oficiais e sargentos, apesar das tão “badalas” alegações de que a “distribuição dos sacrifícios, face à severa crise, são repartidos por todos”, acentua o comunicado. José Alho, presidente da ASPIG, adiantou ao PÚBLICO, que da situação criada, resulta igualmente um “grave problema humanitário”: o Ministério da Administração Interna não accionou em devido tempo os concursos públicos para contratualizar com empresas privadas a limpeza dos cerca de 450 postos da GNR espalhados pelo país, e ainda destacamentos e outras unidades da corporação como a de Intervenção Rápida. O dirigente da ASPIG lamenta o despedimento “de um dia para outro” de quase um milhar de mulheres e alguns homens, a quem estavam atribuídos os trabalhos de limpeza das instalações da GNR, criando situações “delicadas” na vida destas pessoas. A associação diz ter alertado em devido tempo o Comando Geral para a necessidade de abrir os concursos. “Não fomos ouvidos” lamenta José Alho, e agora “temos de novo os guardas a cumprir tarefas de faxina” que estavam contempladas no antigo estatuto da GNR, mas que entretanto “foi extinto”. Enquanto não forem abertos novos concursos para assegurar a limpeza das instalações da guarda, os agentes da corporação são pressionados para proceder à limpeza. “Quem tem de limpar deixa de poder desempenhar tarefas operacionais” adverte José Alho. Notícia actualizada às 14h55: Acrescenta declarações
REFERÊNCIAS:
Entidades GNR
Decretadas nove aposentações compulsivas a procuradores em três anos
O Conselho Superior do Ministério Público (CSMP) aplicou entre 2008 e o ano passado nove penas de aposentação compulsiva, uma das penas disciplinares mais graves a que os procuradores estão sujeitos. (...)

Decretadas nove aposentações compulsivas a procuradores em três anos
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-07-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Conselho Superior do Ministério Público (CSMP) aplicou entre 2008 e o ano passado nove penas de aposentação compulsiva, uma das penas disciplinares mais graves a que os procuradores estão sujeitos.
TEXTO: O número contrasta com as sanções decretadas nos três anos anteriores (2007-2005), onde a pena mais pesada foi a inactividade. Só em 2010, segundo o relatório do CSMP agora tornado público, foram aplicadas cinco penas de aposentação compulsiva, duas das quais à mesma magistrada, o número mais elevado dos últimos seis anos. Os balanços anuais do Conselho mostram que em 2009 houve uma pena de aposentação compulsiva e no ano anterior três. O relatório do ano passado adianta ainda que foram aplicadas ao todo 31 penas disciplinares, 13 de multa e outras tantas de advertência. O número significa uma diminuição face ao ano anterior, em que foram decretadas 46 sanções. O número de penas aplicadas tem variado nos últimos anos, tendo em 2008 sido determinadas 17 e no ano anterior 11. Não é fácil desvendar os casos por detrás das penas, já que no CSMP há divergências sobre se os mesmos são públicos, mesmo após a sua conclusão. Alguns, contudo, acabam por ser do conhecimento público, como a aposentação compulsiva do procurador Almeida Pereira, responsável durante anos pelo combate ao crime violento no Departamento de Investigação e Acção Penal do Porto, que deixou prescrever vários casos e atrasou outros, tendo dado informações erradas à sua chefia sobre, pelo menos, um dos processos. A aposentação foi recentemente invalidada pelo Supremo Tribunal Administrativo, que obrigou o conselho a reanalisar este caso. Ameaças e prescriçõesOutro dos casos visa um procurador que, após uma intervenção cirúrgica ao cérebro, começou a demonstrar comportamentos estranhos, tendo sido alvo de vários processos-crime. Um relaciona-se com várias ameaças de bomba feitas pelo magistrado telefonicamente para o antigo Tribunal da Boa Hora, em Lisboa, onde trabalhava uma juíza com quem tinha mantido uma relação. Nesse caso, o procurador foi condenado, como noutros relacionados com a perseguição a uma outra juíza, com quem também manteve uma relação. A aposentação compulsiva foi decidida em Janeiro do ano passado, tendo o procurador-geral distrital do Porto votado vencido, como se pode ler num dos boletins do Conselho, por entender que devia ter sido aplicada a pena de demissão, a mais gravosa de todas. Em Setembro do ano passado foram aplicadas duas penas de aposentação compulsiva à mesma magistrada, no âmbito de dois processos disciplinares, um de 2009 e outro já aberto nesse ano. A visada era procuradora adjunta na comarca das Caldas da Rainha e terá descurado de forma grave as suas funções, atrasando muitos dos processos que tinha a seu cargo. O mesmo terá acontecido com um procurador adjunto de uma pequena comarca do distrito de Aveiro que, devido a problemas de saúde graves, terá deixado de conseguir dar resposta aos processos que tinha. Por vezes chegam ao CSMP situações caricatas, como a de um procurador que, numa fiscalização de trânsito, se terá exaltado e insultado um polícia do Seixal, que participou o caso. Nem todos os conselheiros consideraram provado que o palavrão era destinado ao agente, tendo vários defendido mesmo o arquivamento do caso, que acabou, contudo, com uma advertência ao magistrado.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime tribunal rainha perseguição
Obama tenta travar execução de cidadão mexicano
Humberto Leal Garcia nasceu no México e está no corredor da morte no Texas, acusado de violação e homicídio. Mas não lhe foi dado acesso ao consulado mexicano na altura da detenção e agora o Presidente norte-americano, Barack Obama, está a tentar suspender a aplicação da pena de morte. (...)

Obama tenta travar execução de cidadão mexicano
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.05
DATA: 2011-07-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: Humberto Leal Garcia nasceu no México e está no corredor da morte no Texas, acusado de violação e homicídio. Mas não lhe foi dado acesso ao consulado mexicano na altura da detenção e agora o Presidente norte-americano, Barack Obama, está a tentar suspender a aplicação da pena de morte.
TEXTO: A Administração norte-americana já enviou ao Supremo Tribunal um pedido para a suspensão da pena por não terem sido cumpridos os procedimentos estabelecidos na Convenção de Viena, segundo a qual os cidadãos estrangeiros devem ter acesso ao consulado do seu país depois de serem detidos. Humberto Leal Garcia nunca teve acesso aos diplomatas ou advogados do México, onde nasceu e viveu até aos dois anos. Foi condenado e, se a sentença não for adiada, está a poucas dias de ser executado. O seu caso já se arrasta desde 1994, quando foi detido e acusado de violação e homicídio de uma rapariga de 16 anos, Adra Saveda. Vivia em San Antonio, no Texas, e ao longo de todo o processo judicial nunca lhe foi dado acesso à representação diplomática do México. O facto de não se cumprir o que está estabelecido numa convenção internacional poderá causar “graves danos” aos interesses dos EUA, sublinhou o diário britânico “The Guardian”. Por isso, a Casa Branca já pediu um adiamento da aplicação da pena capital, uma suspensão até que o Congresso norte-americano aprove uma lei para evitar que Humberto Leal seja executado, tal como outros cidadãos estrangeiros a quem foi negado o acesso à representação diplomática do seu país, o que deverá acontecer ainda este ano. Os advogados de Humberto Leal Garcia, hoje com 38 anos, têm defendido que o facto de o condenado não ter tido acesso ao consulado mexicano foi determinante para a sentença, uma vez que foram prestadas declarações à polícia sem o apoio de um advogado que teria sido disponibilizado pela representação diplomática. No documento de 30 páginas que agora a Administração Obama enviou ao Supremo Tribunal a Casa Branca assume que a execução “poderá representar uma ruptura irreparável nas obrigações dos EUA quanto à legislação internacional”. E adianta: “Os interesses norte-americanos incluem proteger os norte-americanos no estrangeiro, promover a cooperação com países estrangeiros e demonstrar respeito pela legislação internacional. ”Não é a primeira vez que esta questão se coloca nos Estados Unidos. Em 2004, o Tribunal Internacional de Justiça considerou que as autoridades norte-americanas falharam quanto às suas obrigações para com 51 mexicanos condenados à morte que não tinham sido informados sobre o seu direito de contactar o consulado. O então Presidente George W. Bush concordou, e ainda que fosse a favor da aplicação da pena de morte pediu a suspensão da sentença. Mas em 2008, o Supremo Tribunal considerou que a Administração não podia forçar os estados a cumprir essa decisão, o que exigiria a aprovação pelo Congresso de uma nova legislação. Para além de Barack Obama, também os governos do Brasil, El Salvador, Honduras e Suíça pediram a suspensão execução a Humberto Leal Garcia, numa petição enviada ao governador do Texas, Rick Perry. E a alta comissária das Nações Unidas para os direitos humanos, Navy Pillay, também escreveu a Perry a pedir que substitua a pena capital por prisão perpétua.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Morreu Maria José Nogueira Pinto
Maria José Nogueira Pinto morreu nesta quarta-feira, de cancro no pâncreas, aos 59 anos. Era deputada à Assembleia da República eleita como quinta candidata na lista pelo círculo de Lisboa do PSD. (...)

Morreu Maria José Nogueira Pinto
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-07-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: Maria José Nogueira Pinto morreu nesta quarta-feira, de cancro no pâncreas, aos 59 anos. Era deputada à Assembleia da República eleita como quinta candidata na lista pelo círculo de Lisboa do PSD.
TEXTO: Embora já gravemente debilitada pela doença, participou ainda na sessão parlamentar que elegeu a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, a 21 de Junho. O corpo está em câmara ardente na capela de sua casa, ao cimo do Jardim do Campo Grande, no Lumiar, em Lisboa. Hoje, às 14h, realiza-se a última missa de corpo presente. O cortejo fúnebre parte hoje às 16h de Lisboa para a aldeia À-dos-Negros, em Óbidos, onde o funeral se realiza no cemitério local, às 18h. Nascida em Lisboa, a 23 de Março de 1952, Maria José Pinto da Cunha de Avillez Nogueira Pinto, era filha de Luís Maria de Avilez de Almeida de Melo e Castro e de Maria José de Melo Breyner Pinto da Cunha e irmã da jornalista Maria João Avillez e da especialista em moda e imagem Maria Assunção Avillez. Era casada, desde 1972, com o jurista Jaime Nogueira Pinto, que conheceu na Faculdade de Direito, e mãe de três filhos, um rapaz e duas raparigas. Jurista de formação, Maria José Nogueira Pinto destacou-se na vida política como figura de Estado e dirigente partidária. Entrou para a política pela mão de Cavaco Silva, de quem foi uma entusiasta apoiante até ao fim, tendo integrado a comissão de honra da sua recandidatura a Presidente da República, na campanha eleitoral do final do ano passado, altura em que já sabia estar doente. Foi em 1991 que Maria José Nogueira Pinto entra na política activa e logo pela porta da governação, como subsecretária de Estado da Cultura. Acaba por demitir-se em 1993, em ruptura com Pedro Santana Lopes, então secretário de Estado e por causa do conhecido “Caso da Pala do Sporting”, em que se sente desautorizada. Isto porque, depois de ela ter interditado o Estádio de Alvalade para servir de palco a concertos musicais, por insegurança da estrutura, nomeadamente da “pala” de uma bancada, Santana entra em acordo com o Clube. O Sporting compromete-se a fazer obra e os espectáculos são autorizados. Logo então se percebe que Maria José Nogueira Pinto não teme a ruptura política, preza a sua autonomia e não se submete a directivas partidárias com que não concorda. Regressa à vida civil como Consultora da Fundação Gulbenkian (1993-95) e transitando depois para presidente da Fundação para a Saúde. O regresso a uma área de actuação que conhecera entre 1988 e 1991, ao presidir à administração da Maternidade Alfredo da Costa. Passados três anos, nas legislativas de Outubro de 1995, é eleita deputada independente por Lisboa nas listas do CDS, então já liderado por Manuel Monteiro. Faz parte de um grupo de personalidades que inovam e refundam o partido. Polémica sobre o abortoÉ neste mandato parlamentar, que cumpre até 1999, que se distingue na vida parlamentar e política, sobretudo nos dois últimos anos, em que lidera a bancada do CDS. O seu estilo culto e contundente, a sua agilidade política e a forma educada mas desassombrada como dirigia o grupo parlamentar e se relacionava com os outros partidos, marcaram então os trabalhos parlamentares. Destacou-se então o protagonismo com que desempenhava o cargo e as relações que desenvolvia com todos, desde o presidente da Assembleia, António de Almeida Santos, ao líder parlamentar do PCP, Octávio Teixeira. Foi nesse mandato parlamentar que se jogou o seu maior protagonismo político. E aconteceu em torno das discussões sobre a despenalização do aborto e nomeadamente no contexto da campanha do primeiro referendo, realizado em 1998. Foi Maria José Nogueira Pinto a primeira subscritora de um projecto lei que acabou por chumbar, mas que condicionou todo o debate posterior: o projecto de lei que propunha o reconhecimento pelo Estado da Entidade Jurídica do Embrião.
REFERÊNCIAS:
Partidos PCP
Funeral de Maria José Nogueira Pinto realiza-se hoje em Óbidos
O corpo de Maria José Nogueira Pinto está em câmara ardente na capela da casa da família, no Campo Grande, até às 16h e o cortejo fúnebre segue então para À-dos-Negros, em Óbidos, onde se realiza o funeral às 18h. (...)

Funeral de Maria José Nogueira Pinto realiza-se hoje em Óbidos
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-07-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: O corpo de Maria José Nogueira Pinto está em câmara ardente na capela da casa da família, no Campo Grande, até às 16h e o cortejo fúnebre segue então para À-dos-Negros, em Óbidos, onde se realiza o funeral às 18h.
TEXTO: Maria José Nogueira Pinto morreu quarta-feira, de cancro no pâncreas, aos 59 anos. Era deputada à Assembleia da República eleita como quinta candidata na lista pelo círculo de Lisboa do PSD. Embora já gravemente debilitada pela doença, participou ainda na sessão parlamentar que elegeu a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, a 21 de Junho. mas já esteve ausente da discussão do programa do Governo. Nascida em Lisboa, a 23 de Março de 1952, Maria José Pinto da Cunha de Avillez Nogueira Pinto, era filha de Luís Maria de Avilez de Almeida de Melo e Castro e de Maria José de Melo Breyner Pinto da Cunha e irmã da jornalista Maria João Avillez e da especialista em moda e imagem Maria Assunção Avillez. Era casada, desde 1972, com o jurista Jaime Nogueira Pinto, que conheceu na Faculdade de Direito, e mãe de três filhos, um rapaz e duas raparigas. Jurista de formação, Maria José Nogueira Pinto destacou-se na vida política como figura de Estado e dirigente partidária. Entrou para a política pela mão de Cavaco Silva, de quem foi uma entusiasta apoiante até ao fim, tendo integrado a comissão de honra da sua recandidatura a Presidente da República, na campanha eleitoral do final do ano passado, altura em que já sabia estar doente. Foi em 1991 que Maria José Nogueira Pinto entra na política activa e logo pela porta da governação, como subsecretária de Estado da Cultura. Acaba por demitir-se em 1993, em ruptura com Pedro Santana Lopes, então secretário de Estado e por causa do conhecido “Caso da Pala do Sporting”, em que se sente desautorizada. Isto porque, depois de ela ter interditado o Estádio de Alvalade para servir de palco a concertos musicais, por insegurança da estrutura, nomeadamente da “pala” de uma bancada, Santana entra em acordo com o Clube. O Sporting compromete-se a fazer obra e os espectáculos são autorizados. Logo então se percebe que Maria José Nogueira Pinto não teme a ruptura política, preza a sua autonomia e não se submete a directivas partidárias com que não concorda. Regressa à vida civil como Consultora da Fundação Gulbenkian (1993-95) e transitando depois para presidente da Fundação para a Saúde. O regresso a uma área de actuação que conhecera entre 1988 e 1991, ao presidir à administração da Maternidade Alfredo da Costa. Passados três anos, nas legislativas de Outubro de 1995, é eleita deputada independente por Lisboa nas listas do CDS, então já liderado por Manuel Monteiro. Faz parte de um grupo de personalidades que inovam e refundam o partido. Polémica sobre o abortoÉ neste mandato parlamentar, que cumpre até 1999, que se distingue na vida parlamentar e política, sobretudo nos dois últimos anos, em que lidera a bancada do CDS. O seu estilo culto e contundente, a sua agilidade política e a forma educada mas desassombrada como dirigia o grupo parlamentar e se relacionava com os outros partidos, marcaram então os trabalhos parlamentares. Destacou-se então o protagonismo com que desempenhava o cargo e as relações que desenvolvia com todos, desde o presidente da Assembleia, António de Almeida Santos, ao líder parlamentar do PCP, Octávio Teixeira. Foi nesse mandato parlamentar que se jogou o seu maior protagonismo político. E aconteceu em torno das discussões sobre a despenalização do aborto e nomeadamente no contexto da campanha do primeiro referendo, realizado em 1998. Foi Maria José Nogueira Pinto a primeira subscritora de um projecto lei que acabou por chumbar, mas que condicionou todo o debate posterior: o projecto de lei que propunha o reconhecimento pelo Estado da Entidade Jurídica do Embrião.
REFERÊNCIAS:
Partidos PSD PCP
Paula Rego inaugura duas exposições na Casa das Histórias
“Oratório” e “O corpo tem mais cotovelos” são as duas exposições que abrem esta quinta-feira ao público na Casa das Historias Paula Rego, em Cascais. (...)

Paula Rego inaugura duas exposições na Casa das Histórias
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-07-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: “Oratório” e “O corpo tem mais cotovelos” são as duas exposições que abrem esta quinta-feira ao público na Casa das Historias Paula Rego, em Cascais.
TEXTO: Até ao dia 31 de Dezembro vai ser possível conhecer o percurso da pintora que apresenta mais de uma centena de obras em “O corpo tem mais cotovelos”, assim como os seus mais recentes trabalhos, inclusive uma obra inédita em Portugal, “Oratório” que incorpora elementos pouco utilizados por Paula Rego, umas esculturas em tecido e plástico. “Oratório” é o mais recente trabalho de Paula Rego, um objecto tridimensional criado a partir de um convite dirigido pelo Foundling Museum de Londres, a primeira instituição a receber crianças abandonadas naquela cidade. Com a aparência de um móvel com quase três metros de altura, a peça combina desenhos e esculturas à semelhança dos antigos oratórios portugueses. Nestas esculturas, crianças vestidas com o uniforme do Hospital Foundling, Paula Rego procurou representar a sua vulnerabilidade, abordando os temas da solidão e do abandono. Antes de chegar a Portugal, “Oratório” foi exposto pela primeira vez em Londres e integrou depois a primeira retrospectiva de Paula Rego no México e Brasil. A segunda exposição, intitulada “O corpo tem mais cotovelos”, é dedicada ap percurso de Paula Rego, exibindo mais de uma centena de obras. Entre os trabalhos expostos destacam-se alguns já muito conhecidos e emblemáticas como “Love”, “Entre as Mulheres”, “Anjo”, as séries “Misericórdia” e o “Ciclo da Virgem”. “Place”, da autoria de Victor Willing, marido da pintora, falecido em finais de oitenta, também faz parte da exposição, que tem a curadoria de Ana Ruivo, Consultora da Casa das Histórias Paula Rego. A inauguração oficial está prevista para as 18h30 desta quinta-feira e contará com a presença da pintora Paula Rego, de 76 anos.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave mulheres corpo
Cavaco e ministro da Segurança Social entre as personalidades na missa a Nogueira Pinto
O Presidente da República, Cavaco Silva, e o ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, foram duas das personalidades que esta quarta-feira compareceram, em Lisboa, à missa de corpo presente da deputada Maria José Nogueira Pinto. (...)

Cavaco e ministro da Segurança Social entre as personalidades na missa a Nogueira Pinto
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.033
DATA: 2011-07-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Presidente da República, Cavaco Silva, e o ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, foram duas das personalidades que esta quarta-feira compareceram, em Lisboa, à missa de corpo presente da deputada Maria José Nogueira Pinto.
TEXTO: O corpo de Maria José Nogueira Pinto, que morreu esta quarta-feira aos 59 anos, vítima de cancro, está em câmara ardente na sua residência, no Campo Grande, em Lisboa. O chefe de Estado e a mulher, Maria Cavaco Silva, entraram de carro na residência, sem prestar declarações, minutos antes das 22h00 horas, altura do início previsto da missa. Pouco depois, o ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, lembrava, aos jornalistas, a “mulher multifacetada, de profundas convicções, de uma entrega às causas sociais”. A ex-primeira-dama Maria Barroso recordou, “com emoção”, a “cidadã responsável”, por quem tinha “muita consideração”. Pelo portão do número 398 do Campo Grande passaram também o presidente do Tribunal de Contas, Guilherme de Oliveira Martins, os líderes parlamentares do PSD, Luís Montenegro, do PS, Maria de Belém, e do PCP, Bernardino Soares, bem como os ex-ministros Luís Amado (Negócios Estrangeiros) e Isabel Alçada (Educação), do governo de Sócrates. Também compareceram Celeste Cardona, antiga ministra da Justiça do governo PSD/CDS-PP de Durão Barroso, o deputado do PSD Miguel Frasquilho, o banqueiro Jardim Gonçalves, o ex-bastonário da Ordem dos Advogados José Miguel Júdice e os ex-ministros Miguel Beleza e Teresa Patrício Gouveia, dos governos de Cavaco Silva, . Maria José Nogueira Pinto foi deputada entre 1995 e 1999, eleita pelo CDS-PP, e depois entre 2009 até à data, mas pelo PSD. Na actual legislatura esteve presente nas duas primeiras sessões plenárias, referentes à eleição da presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, não tendo já comparecido à discussão do programa do Governo, na quinta e na sexta-feira da semana passada. Jurista de formação, foi ainda subsecretária de Estado da Cultura do XII Governo Constitucional, dirigido por Cavaco Silva, provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, membro da direcção da Maternidade Alfredo da Costa e vereadora da autarquia da capital pelas listas do CDS-PP. O funeral realiza-se na quinta-feira no cemitério das Caldas da Rainha.
REFERÊNCIAS:
Partidos PS PSD PCP
News of The World fecha depois do escândalo das escutas
O News International, grupo que detém o tablóide britânico News of The World, anunciou esta tarde que o jornal vai acabar depois do escândalo das escutas abusivas. James Murdoch, filho do magnata Rupert Murdoch, revelou que a edição do próximo domingo será a última deste jornal, justificando que o escândalo não só tirou prestígio ao jornal como a publicidade caiu. (...)

News of The World fecha depois do escândalo das escutas
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-07-08 | Jornal Público
SUMÁRIO: O News International, grupo que detém o tablóide britânico News of The World, anunciou esta tarde que o jornal vai acabar depois do escândalo das escutas abusivas. James Murdoch, filho do magnata Rupert Murdoch, revelou que a edição do próximo domingo será a última deste jornal, justificando que o escândalo não só tirou prestígio ao jornal como a publicidade caiu.
TEXTO: A notícia de que os familiares dos soldados mortos no Afeganistão e no Iarque foram vitimas de intercepção de chamadas telefónicas pelo jornal News of The World tem gerado uma onda de consternação. Ao longo do dia de hoje foram várias as manifestações de revolta no Reino Unido. “As coisas boas que o News of the World faz, ficaram manchadas com este comportamento errado. Realmente, se as recentes alegações são verdadeiras, é desumano e não tem lugar na nossa empresa”, disse em comunicado James Murdoch. O News of the World há muito que vive sob a mancha de escândalos de escutas ilegais, desde personalidades da política aos membros da família real, passando pelas celebridades. Todas estas novas suspeitas surgiram no âmbito de uma investigação reaberta em Janeiro passado pela Scotland Yard depois de vários jornais no Reino Unido terem encontrado pistas de que a intercepção telefónica era uma prática comum e regular naquele jornal, e não um caso isolado, como então foi argumentado pelos responsáveis da publicação quando o primeiro escândalo rebentou, ainda em 2005, envolvendo também o detective Mulcaire. Esta semana o assunto voltou a ser falado e o tablóide duramente criticado depois de se ter descoberto que o News of the World tinha interferido na investigação de uma menina britânica de 13 anos desaparecida e mais tarde encontrada morta. O jornal não só acedeu às chamadas telefónicas, como apagou mensagens do atendedor automático para que este não ficasse cheio e pudesse assim receber mais. Esta quinta-feira de manhã, o “The Guardian” revelou ainda que o jornal de Murdoch subornou agentes da polícia, pagando 100 mil libras. As autoridades estão agora a investigar o caso, que envolve cerca de quatro mil pessoas, e a empresa considera assim não existirem condições para continuar no activo. "Os infractores tornaram uma boa redacção em má e isto não foi assim entendido ou adequadamente seguido", continua o resposável no comunicado, explicando que depois de ponderar e consultar vários colegas séniores, fechar o jornal é a única solução possível para manter o "respeito pelo jornal". O primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou entretanto que, a par da investigação policial em curso, vai igualmente ser aberto um inquérito público a estas alegadas práticas de intercepções e escutas abusivas feitas pelo tablóide. Notícia em actualização
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morta
Alegria e apreensão na independência do Sudão do Sul
O Governo de Cartum foi o primeiro a reconhecer o novo Estado, o Sudão do Sul, um país rico em petróleo mas com quase tudo por fazer. A guerra é uma ameaça. (...)

Alegria e apreensão na independência do Sudão do Sul
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.8
DATA: 2011-07-09 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Governo de Cartum foi o primeiro a reconhecer o novo Estado, o Sudão do Sul, um país rico em petróleo mas com quase tudo por fazer. A guerra é uma ameaça.
TEXTO: Mary Nyanachok, uma estudante dos seus 18 anos, acredita que hoje vai voltar a estar com o pai, que perdeu na guerra. Sabe que não será uma reencontro físico, mas acredita que quando a bandeira do Sudão do Sul subir no mastro, e um novo país nascer, o pai "vai lá estar", num momento pelo qual deu a vida na guerra entre Norte e Sul, que fez cerca de dois milhões de mortos. Foi isso que ontem à tarde, a poucas horas do nascimento do novo país, disse na Goodnews Radio, uma estação católica de Rumbek, estado de Lakes, um dos dez do Sudão do Sul. Ela e a amiga Priscilla, Priscilla Ayen Dhieu, que chega a referir-se ao dia de hoje como o da concretização de "profecias bíblicas", esperam da independência paz, trabalho e um país onde as meninas tenham os mesmos direitos que os rapazes e possam todas ir à escola. José Vieira, missionário comboniano, que dirige a rede católica de rádios do Sudão, estava ontem à tarde em Juba, a capital do novo país, a editar o trabalho em que as duas raparigas revelam o modo como olham para o acontecimento histórico. A poucas horas da independência, contou, o ambiente era de "grande expectativa, de uma alegria transbordante, com uma carga humana muito forte". Mesmo os habitualmente sorumbáticos soldados pareciam mais simpáticos. As mulheres afadigavam-se na limpeza dos redutos à volta das casas. Muitos carros circulavam já com a bandeira do novo país presa às antenas e tejadilhos. Grupos desfilavam nas ruas a cantar danças tradicionais. Uma expressão parecia correr de boca em boca: "Feliz independência. " "A festa sente-se no ar", contou o sacerdote, 51 anos, há quatro anos e meio no Sul do Sudão, depois de oito na Etiópia e um no México. O nascimento do Sudão do Sul é o resultado do referendo de Janeiro passado, previsto nos acordos de paz de 2005, que puseram fim a cinco décadas de conflito e duas de guerra contínua. Cerca de 99 por cento dos eleitores votaram pela secessão. E ontem o agora já velho Sudão, com capital em Cartum, tomou a dianteira e quis ser o primeiro país a reconhecer o novo Estado. Mas o Sudão do Sul nasce num ambiente em que a alegria vai de braço dado com a apreensão. A indefinição do traçado fronteiriço em algumas zonas, a falta de um acordo sobre a repartição das receitas petrolíferas cuja produção se concentra maioritariamente no Sul mas são escoadas pelo Norte, a ausência de entendimento sobre estatuto dos cidadãos do Sul que residem no Norte são dossiers por resolver. A violência das últimas semanas em zonas como o disputado enclave de Abyei, onde em Janeiro não foi possível realizar o previsto referendo local sobre a pertença ao Norte ou ao Sul, e os confrontos que rebentaram no último mês no Kordofan do Sul, estado do Norte, criaram uma situação explosiva. Risco de guerra e não sóAinda que a guerra seja uma ameaça latente e permanente, analistas ouvidos pela Reuters consideram que a corrupção no Movimento de Libertação Popular do Sudão (SPLM, sigla inglesa), tal como as divisões étnicas no seu seio, são o maior obstáculo à viabilidade do novo país. "A forma como o SPLM conseguir assegurar a segurança interna e responder às expectativas que a independência traz é crucial", considera Ângelo Izama, analista de segurança regional do think-tank Kwote, do Uganda. No Sul, um verdadeiro mosaico étnico, a paz está longe de ser um dado adquirido: mais de 2360 pessoas foram mortas em disputas internas desde o início do ano.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos guerra escola violência mulheres