Kasparov arrisca cinco anos de prisão por morder polícia em Moscovo
O opositor russo e antigo campeão do mundo de xadrez, Garry Kasparov, foi interrogado esta segunda-feira em Moscovo pela polícia que o acusa de ter “mordido um polícia”, um delito que pode ser punido com cinco anos de prisão. (...)

Kasparov arrisca cinco anos de prisão por morder polícia em Moscovo
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-08-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: O opositor russo e antigo campeão do mundo de xadrez, Garry Kasparov, foi interrogado esta segunda-feira em Moscovo pela polícia que o acusa de ter “mordido um polícia”, um delito que pode ser punido com cinco anos de prisão.
TEXTO: Kasparov, de 49 anos, é acusado de ter mordido um polícia na passada sexta-feira quando foi detido em frente ao tribunal de Moscovo que condenou a dois anos de prisão três mulheres do grupo punk Pussy Riot. O opositor nega os factos e acusa a polícia de um ter detido sem motivo aparente e de o ter agredido. “Tenho pena que o polícia se tenha magoado na mão quando me bateu na cabeça”, ironizou Kasparov na sua conta do Twitter. E acrescentou que vai apresentar uma queixa por “difamação” e para protestar contra a sua detenção que considera ter sido injustificada. O interrogatório foi um primeiro passo: “De seguida, as autoridades vão decidir se abrem um processo crime contra mim”, indicou o opositor num comunicado publicado no seu site Kasparov. ru. O vice-primeiro-ministro Dmitri Rogozine parece não ter dúvidas sobre a culpabilidade do ex-jogador de xadrez. “Kasparov mordeu um polícia. Vou pedir ao ministro do interior para dar à vítima uma vacina contra a raiva”, escreveu Rogozine no Twitter. Já há pelo menos uma testemunha pronta a confirmar na justiça que Kasparov mordeu um polícia. Trata-se do dirigente de uma associação de Oficiais da Rússia, Anton Tsvetkov. Esta associação tem por missão “dar o seu apoio aos ministérios de manutenção da ordem” e participar na “educação patriótica da população”, segundo se pode ler no seu site, oficery. ru. “Eu não assisti pessoalmente à cena, mas uma das minhas assistentes que estava no exterior do tribunal ouviu um jornalista dizer que Kasparov tinha mordido um polícia. Ela não viu o incidente mas encontrou esse polícia e viu a marca da dentada. Estou disposto a testemunhar em tribunal”, disse Tsvetkov à AFP. Por seu lado, Kasparov indicou que dispõe de numerosas testemunhas e imagens vídeo que provam a sua inocência.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime tribunal educação prisão mulheres
Filhos de homens mais velhos têm mais mutações no seu genoma
Um estudo na Islândia mostra que, a cada ano que passa, os espermatozóides do pai têm, em média, mais duas mutações novas no seu genoma que transmitem aos filhos. O trabalho é publicado na revista Nature. (...)

Filhos de homens mais velhos têm mais mutações no seu genoma
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.333
DATA: 2012-08-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um estudo na Islândia mostra que, a cada ano que passa, os espermatozóides do pai têm, em média, mais duas mutações novas no seu genoma que transmitem aos filhos. O trabalho é publicado na revista Nature.
TEXTO: O reservatório do genoma está em cada pessoa na Terra. A cada geração, misturam-se cromossomas de mulheres e homens – onde estão os genes para construir um ser humano – e uma nova fornada de pessoas é concebida. Mas não sem um preço. Um estudo que analisou genomas de islandeses mostra que os filhos de homens mais velhos recebem um genoma paterno com mais mutações, que surgiram entretanto, do que os filhos de homens mais novos. Estas mutações podem estar associadas a doenças mentais, como o autismo e a esquizofrenia, defendem os autores num artigo hoje na revista Nature. A idade da reprodução é uma condicionante na mulher: está limitada a ter filhos até à menopausa e há um risco acrescido de ter crianças com deficiências depois dos 35 anos. O homem mantém-se fértil até perto do final da vida, mas há um custo. Para que todos os dias tenha espermatozóides novos, as células progenitoras dos espermatozóides têm de estar a dividir-se continuamente. Em cada divisão, todo o genoma é copiado: a célula utiliza uma enorme maquinaria para copiar, tijolo a tijolo, a molécula de ADN que forma os 23 pares de cromossomas humanos e que contêm todos os genes. A evolução arranjou muitas formas de assegurar que esta replicação do ADN fosse perfeita. Mas, de vez em quando, há tijolos que são mal copiados e, no fim, obtém-se um genoma quase igual mas com mutações. No caso das células sexuais femininas, esta divisão celular dá-se só no desenvolvimento embrionário. Quando as mulheres nascem, já têm todos os ovócitos de que precisam. A partir da puberdade, em cada mês, uma célula perde metade dos cromossomas para poder ser fecundada. Quanto mais velho for esse ovócito, maior é a probabilidade de haver alterações graves no ADN que provocam deficiências no embrião. No caso dos homens, a divisão das células que vão dar origem aos espermatozóides mantém-se e as mutações no ADN podem assim acumular-se nessas células, de uma divisão para outra. "A maioria destas mutações são neutras, algumas são nocivas e, muito raramente, uma delas é benéfica", diz Kari Stefansson, ao PÚBLICO, líder da equipa da investigação da empresa deCODE, com sede em Reiquejavique, na Islândia, que estuda o genoma humano. Estudos epidemiológicos tinham mostrado que homens que tinham filhos em idades mais avançadas transmitiam-lhes mais mutações associadas ao autismo. A equipa de Stefansson conseguiu, pela primeira vez, quantificar este aumento de mutações que eram inexistentes na geração anterior. "Existem duas mutações novas por ano, à medida que o homem envelhece", refere. A equipa estudou o genoma de 78 filhos de casais que foram pais em diferentes idades. A grande maioria destes filhos tem autismo ou esquizofrenia. Procuraram por mutações nos tijolos de ADN que não existiam nem nos pais, nem nas mães, e que por isso teriam de ter sido originadas nas células sexuais de um dos pais. Depois, identificaram se tinham ocorrido no pai ou na mãe. Descobriram que, em média, cada pessoa tem 60 mutações novas que não existiam na geração anterior. Quinze são da mãe e as restantes do pai, mas em função da sua idade. Um homem com 20 anos passa 25 mutações novas à descendência, enquanto um homem com 40 anos transmite 65. "É graças às mutações que vai surgindo nova diversidade no genoma humano e 97% dessa variação está relacionada com a idade do pai", explica o investigador. A equipa estima que apenas 10% destas mutações novas tenham efeitos negativos e verificou que algumas estão associadas à esquizofrenia ou ao autismo. Uma das mutações identificada foi no gene NRXN1 – que comanda o fabrico de uma proteína que funciona no sistema nervoso – e que foi associado à esquizofrenia. A nova mutação faz parar a produção da proteína a metade.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens humanos mulher homem estudo mulheres
Mãe terá provocado incêndio em Castro Marim que matou os dois filhos
Os elementos recolhidos pela Polícia Judiciária até esta manhã indiciam que terá sido a própria dona da casa – uma mulher de 40 anos – que terá provocado o incêndio e a explosão que a matou a ela e aos dois filhos menores, ontem em Castro Marim, no Algarve. Com vídeo (...)

Mãe terá provocado incêndio em Castro Marim que matou os dois filhos
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.15
DATA: 2012-08-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os elementos recolhidos pela Polícia Judiciária até esta manhã indiciam que terá sido a própria dona da casa – uma mulher de 40 anos – que terá provocado o incêndio e a explosão que a matou a ela e aos dois filhos menores, ontem em Castro Marim, no Algarve. Com vídeo
TEXTO: A dentista brasileira, que vivia há vários anos em Portugal com o marido e os filhos, teria antecedentes de problemas psiquiátricos e o exame pericial ao local aponta para que tenha sido alguém no interior da casa a causar o incêndio e a explosão, que ocorreu ontem pouco antes das 10h00. A habitação estava fechada e não havia quaisquer indícios de invasão. O marido da dentista não se encontrava na casa na altura do incidente, estando a trabalhar na clínica que ambos possuíam, em Vila Real de Santo António. Segundo avança o Correio da Manhã, o marido saiu de casa por volta das 8h. As crianças – um rapaz de 13 anos e uma rapariga de 11 – costumavam acordar cerca das 9h30 e terá sido por volta dessa hora que ocorreu o incêndio, seguido da explosão. Os vizinhos, que viram chamas e fumo e até ouviram gritos vindos da vivenda, ainda tentaram entrar mas não conseguiram. "Abrimos o portão do quintal e tentámos chamar pelas pessoas a ver se alguém ouvia, mas não houve qualquer resposta. Um dos vizinhos até nos disse que não deveria estar ninguém em casa", disse àquele jornal uma das vizinhas. Só quando os bombeiros de Vila Real de Santo António chegaram ao local e saíram "transtornados" de casa é que os vizinhos perceberam que havia pessoas lá dentro. O Laboratório da Polícia Científica da PJ teve duas equipas a examinar o local, uma de Faro reforçada com outra de Lisboa. Notícia actualizada às 13h45: acrescenta pormenores sobre o incidente
REFERÊNCIAS:
Entidades PJ
Dois mortos e nove feridos num tiroteio perto do Empire State Building
Duas pessoas morreram e pelo menos nove ficaram feridas depois de terem sido atingidas por tiros perto do Empire State Building. Um dos mortos é o atirador, qua a polícia identificou como Jeffrey Johnson, um homem de 53 anos que tinha sido despedido no ano passado de uma empresa de importação. Com vídeo (...)

Dois mortos e nove feridos num tiroteio perto do Empire State Building
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.05
DATA: 2012-08-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: Duas pessoas morreram e pelo menos nove ficaram feridas depois de terem sido atingidas por tiros perto do Empire State Building. Um dos mortos é o atirador, qua a polícia identificou como Jeffrey Johnson, um homem de 53 anos que tinha sido despedido no ano passado de uma empresa de importação. Com vídeo
TEXTO: A polícia disparou sobre o atirador e este acabou por morrer no local. A segunda vítima mortal é um homem de 41 anos que não foi identificado. Johnson terá disparado várias vezes até ser alvejado pela polícia, adiantou a Reuters. O comissário da polícia de Nova Iorque, Raymond Kelly, disse aos jornalistas que Johnson vivia em Manhattan e tinha sido despedido no ano passado da empresa Hazan Imports. Agora trabalhava numa empresa de design de acessórios de moda. O mayor de Nova Iorque, Michael Bloomberg, adiantou que não é conhecido qualquer registo criminal em relação ao autor dos disparos: "Não sabemos muito sobre ele. " E adiantou que todos os feridos, duas mulheres e sete homens, deverão sobreviver. As circunstâncias em que o incidente ocorreu não foram ainda avançadas pela polícia, mas a hipótese de se ter tratado de um ataque terrorista foi afastada. O tablóide norte-americano New York Post avança que na origem dos disparos esteve uma discussão entre colegas de trabalho. Desconhece-se o que motivou a discussão. “Estava um caos”Também a NBC News indica que os disparos terão resultado de uma discussão entre dois funcionários de uma empresa que funciona no Empire State, que serve de morada a perto de mil empresas. Testemunhas citadas pela NBC afirmaram que os dois homens se envolveram em confrontos físicos antes de um deles ter começado a disparar. Elementos da polícia de Nova Iorque acabaram por disparar sobre o homem e este morreu. A CNN conta, por sua vez, que após os primeiros disparos, um funcionário do Empire State correu para o exterior do edifício e tentou deter o alegado atirador. Pouco depois, elementos da polícia que estariam também no interior do edifício tentaram aproximar-se do homem. Terá sido nessa altura que o alegado atirador foi abatido a tiro. Anika Basu, uma testemunha, contou ao site Business Insider o que viu quando passava perto do Empire State Building, de autocarro, e este parou num sinal vermelho: “Toda a gente ouviu muitos tiros e olhámos todos para a esquerda. ” Basu conta que viu três pessoas caídas no passeio. “Estava um caos. Não vi o atirador, não vi ninguém, só vi as vítimas. ”Os disparos ocorreram às 9h locais (14h em Lisboa) no cruzamento entre a 34th Street e a 5th Avenue, onde está localizado o Empire State. O edifício é uma das atracções turísticas mais visitadas em Nova Iorque e, nesta altura, são milhares os turistas que por ali passam. Nos últimos dois meses, os Estados Unidos têm registado mais casos graves com armas. A 20 de Julho, James Holmes, 24 anos, entrou numa sala de cinema em Aurora, no Colorado, e disparou indiscriminadamente sobre as pessoas que assistiam a "Batman – O Cavaleiro das Trevas Renasce". Doze pessoas morreram e 58 outras ficaram feridas. A 5 de Agosto, um homem armado matou seis pessoas e deixou três outras gravemente feridas num templo sikh em Oak Creek, um subúrbio do estado de Wisconsin. A 13 de Agosto, num tiroteio junto à Universidade A&M, no estado norte-americano do Texas, morreram três pessoas, entre elas um polícia e o presumível autor dos disparos. Notícia actualizada às 17h20
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens ataque homem mulheres
Seis museus da Direcção Regional de Cultura do Centro passam a ter três directores
Seis museus da região Centro até agora dependentes do Instituto Português dos Museus e da Conservação ficam na tutela da Direcção Regional de Cultura (DRCC) e serão chefiados por três directores, revelou hoje a responsável pelo organismo regional. (...)

Seis museus da Direcção Regional de Cultura do Centro passam a ter três directores
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.1
DATA: 2012-08-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: Seis museus da região Centro até agora dependentes do Instituto Português dos Museus e da Conservação ficam na tutela da Direcção Regional de Cultura (DRCC) e serão chefiados por três directores, revelou hoje a responsável pelo organismo regional.
TEXTO: Segundo a directora regional de Cultura do Centro, Celeste Amaro, três directores vão assegurar a chefia destes seis museus e ainda do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, em Coimbra, com a nomeação de sete coordenadores em cada um dos espaços. Para ficar “responsável por esta reestruturação” ascende ao cargo de director de Serviços de Bens Culturais na DRCC Artur Côrte-Real, até aqui a liderar a equipa do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, disse ainda Celeste Amaro à Agência Lusa. Para a direcção do Museu de Aveiro e a supervisão de equipa de projecto de Santa Clara-a-Velha foi nomeada Zulmira Gonçalves, enquanto a direcção dos museus de Cerâmica e José Malhoa (Caldas da Rainha) e da Nazaré (Etnográfico e Arqueológico Dr. Joaquim Manso) é assegurada por Matilde Tomaz do Couto. A actual directora do Museu Francisco Tavares Proença Júnior (Castelo Branco), Aida Rechena, assume também a direcção do Museu da Guarda, referiu a diretora regional de Cultura do Centro. “Estas pessoas foram nomeadas em regime de substituição e, até ao final do ano, abrir-se-ão os concursos para os cargos de direcção” das unidades museológicas, adiantou Celeste Amaro. De acordo com esta responsável, Artur Côrte-Real “vai ficar responsável por traçar esta política dos museus”, nos quais é objectivo replicar o modelo de “sustentabilidade a 100%, a nível do funcionamento” que existe no Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, estrutura que já se encontrava na dependência da Direcção Regional de Cultura do Centro e cujo processo de classificação como museu vai ser iniciado em breve. “É uma experiência que julgo que vai resultar”, afirmou Celeste Amaro, destacando que se vai apostar no trabalho em rede entre museus e na dinamização do ‘merchandising’, entre outros aspectos. Segundo a directora regional, estes seis museus passam a estar dependentes da DRCC “por uma questão de proximidade”. Para Artur Côrte-Real, “os museus não podem estar distantes das regiões”. Tentar “dar vida aos museus”, como aconteceu em Santa Clara-a-Velha, onde se regista “um aumento exponencial de visitantes e uma dinâmica cultural muito grande”, e instaurar “uma mudança de paradigma”, com horários alargados e o não encerramento na hora de almoço são algumas das metas do director de serviços da DRCC. Artur Côrte-Real pretende apostar também na criação de uma rede entre os museus que leve, nomeadamente, à realização de exposições e espectáculos transregionais. Noticiada pelos matutinos de Coimbra, a nova orgânica da DRCC agora publicada em Diário da República responde ainda a um dos objectivos definidos pela ‘troika’, a redução de chefias na administração pública, sublinhou a directora regional de Cultura do Centro.
REFERÊNCIAS:
Entidades TROIKA
Carminho vai gravar com gigantes da música brasileira
Chico Buarque, Milton Nascimento e Nana Caymmi, três dos grandes nomes da música brasileira, vão juntar-se a Carminho na próxima semana, no Rio de Janeiro, para gravarem três temas para a edição brasileira de “Alma”, o segundo disco da fadista. (...)

Carminho vai gravar com gigantes da música brasileira
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-08-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: Chico Buarque, Milton Nascimento e Nana Caymmi, três dos grandes nomes da música brasileira, vão juntar-se a Carminho na próxima semana, no Rio de Janeiro, para gravarem três temas para a edição brasileira de “Alma”, o segundo disco da fadista.
TEXTO: Com Chico Buarque, de quem a fadista tem uma versão de “Meu Namorado” em “Alma”, Carminho vai gravar “Carolina”, com Milton Nascimento, com quem esteve em Lisboa em Junho, gravará “Cais” e com Nana Caymmi, “Contrato de Separação”. “A Carminho é uma cantora encantadora, o Chico já conhecia o seu trabalho e gosta muito dela e por isso aceitou prontamente este convite”, diz ao PÚBLICO Vinicius França, agente de Chico Buarque, explicando que o contacto entre a fadista e os músicos brasileiros aconteceu em Junho quando os dois, Carminho e Vinicius, se encontraram em Lisboa a propósito do concerto de Milton Nascimento. Segundo Vinicius, nesta altura a fadista portuguesa falou do seu desejo de gravar uns temas no Brasil com Chico Buarque, Milton Nascimento e Nana Caymmi, que “prontamente aceitaram o convite”. “Quando estive aí em Lisboa, eu o Milton fomos jantar com a Carminho e o Milton ficou encantado, ela é mesmo uma cantora brilhante. ”Inicialmente os três temas serão integrados como faixas extra na edição brasileira de “Alma”, da responsabilidade da MPB Records e com distribuição da Universal, mas de acordo com João Pedro Ruela, agente de Carminho, a ideia é que sejam depois também editados em Portugal. “Esta era uma vontade já de longa data e por isso ficámos muito felizes com esta concretização”, diz Ruela ao PÚBLICO, explicando que Carminho vê nestes três músicos “uma influência”. “Descobrimos que Chico Buarque demonstra um grande apreço pela arte de Carminho e que gostou muito do trabalho dela, isto só pode ser maravilhoso”, acrescenta o agente português. O segundo disco de Carminho chegará às lojas brasileiras no final do ano, altura em que a fadista estará novamente no Brasil para uma digressão. Antes disso, Carminho vai actuar nos coliseus de Lisboa e do Porto, a 3 e 9 de Novembro, respectivamente. Sobre a possibilidade de receber alguns convidados nestes dois concertos, João Pedro Ruela não adiantou nenhum pormenor, explicando que “ainda não há novidades”. Certo é que os concertos de Chico Buarque, que inicialmente estavam previstos para Portugal, não vão acontecer por razões económicas. “Para já não há notícias sobre isso, não existindo nada marcado”, assegurou Vinicius França, afastando, para já, a possibilidade de Carminho e Chico Buarque actuarem juntos ao vivo em Portugal. Esta não é a primeira vez que Carminho colabora com artistas de renome internacional. Ainda no ano passado, a fadista subiu ao palco do Lux para actuar ao lado de Nicolas Jaar e, mais recentemente, gravou com o espanhol Pablo Alborán.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave cantora
O Líbano está a ser sugado para a voragem da guerra civil da Síria
Trípoli é uma Síria em miniatura, onde milícias sunitas e alauitas se enfrentam, reproduzindo a luta contra o regime de Assad. O perigo é que o pesadelo se alargue ao resto do país. (...)

O Líbano está a ser sugado para a voragem da guerra civil da Síria
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-08-29 | Jornal Público
SUMÁRIO: Trípoli é uma Síria em miniatura, onde milícias sunitas e alauitas se enfrentam, reproduzindo a luta contra o regime de Assad. O perigo é que o pesadelo se alargue ao resto do país.
TEXTO: Crepita o fogo de metralhadora do miliciano alauita escondido num bloco de apartamentos empilhado bem alto na montanha onde mora. Por baixo - numa rotunda desprovida de trânsito - uma mulher junta os filhos sob o seu casaco e corre para trás de uma carrinha. Um velho homem coxeia - sem pressa - para fora da montra de uma loja e entra na seguinte. Um combatente sunita, de uniforme preto e com uma AK-47 debaixo do braço, rodopia na ponta dos pés, tentando sair do ângulo do atirador, a sua cara está suada de medo. Mais uma rajada de metralhadora e acampa debaixo de um camião. Um veículo blindado de transporte de tropas passeia ociosamente. Poderia ser em Damasco, em Alepo ou em qualquer outro lugar da Síria - ou pelo menos em qualquer lugar da Síria até há poucos meses. Mas é em Trípoli, a segunda maior cidade do Líbano, a 80km de Beirute. E é provavelmente o buraco por onde a guerra na Síria vai entrar no Líbano. Trípoli está pronta para essa entrada. De todas as cidades libanesas, é a que mais se assemelha à Síria. O seu meio milhão de gente está dividido entre uma maioria muçulmana sunita e uma minoria alauita, tal como a Síria. E, como na Síria, estas comunidades são firmes nas suas alianças políticas. A maior parte dos alauitas apoia o regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad, e a implacável repressão contra toda e qualquer oposição. Os sunitas, na sua maioria, apoiam o Exército Livre da Síria e a resistência armada síria, incluindo os islamistas, e querem Assad morto. Não é que este partidarismo seja expresso em linguagem sectária. Pelo contrário, trata-se de um raciocínio sobre pátria, autodefesa e comunidade. "Estou apenas a defender o meu bairro", diz Abu Mahmoud. "Ninguém devia poder chegar aqui e ameaçar-nos. Não vamos esperar que alguém nos venha proteger. Temos de nos proteger a nós próprios. "Abu Mahmoud é um combatente do bairro sunita de Bab al-Tabanah, em Trípoli. Usa um quasi-uniforme, vestido de preto e com uma fita na cabeça que diz "Somos os teus soldados, Mohammed". Transporta um walkie-talkie. Na última semana, ele e os seus amigos guerrilheiros sunitas têm estado envolvidos numa feroz guerra de rua com as milícias alauitas. No sábado, pelo menos 16 foram mortos e 120 ficaram feridos, incluindo 11 soldados. As armas usadas incluíram morteiros, rockets e até mísseis antitanque. Mas os mais mortíferos foram os atiradores furtivos: dezenas de pessoas, incluindo civis, foram mortas ou feridas no fogo cruzado. O nome de uma ruaForam feitas tentativas de cessar-fogo, mais por cansaço do que por algum entendimento que levasse ao fim da violência. Poucos esperavam que durassem. Uma fonte achava que provavelmente haveria uma escalada dos combates. Assim foi. Na sexta-feira, retomara-se as hostilidades entre os sunitas de Bab al-Tabanah e os alauitas das áreas de Jebel Mohsin, deixando três mortos, incluindo um alegado comandante islamista. Sete lojas alauitas foram incendiadas por homens armados mascarados que fontes locais dizem ser membros dos grupos salafistas da linha dura. Entre os episódios de guerra, a população de Trípoli emerge dos seus bunkers, caves e abrigos improvisados para a luz do dia. Os membros das milícias enfaixam as suas feridas. As mulheres fazem compras nas mercearias, e as famílias fazem regressos precários às suas casas destruídas nas batalhas. Os habitantes juntam-se na Rua da Síria. Durante a paz, esta rua atravessa os bairros sunitas e alauitas. Na guerra é a linha da frente, um facto comprovado pelas ruas laterais devoradas pelas cicatrizes de balas e alvenaria derrubada. Trípoli mergulhou na guerra de guerrilha sectária pelo menos três vezes este ano - em Janeiro, em Maio e em Junho. Em comparação, como foi Agosto?
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE
Michael Cimino não acha graça a "ser famoso pelas piores razões"
Michael Cimino esteve em Veneza a revisitar o filme que fez a sua fama infame: Heaven's Gate (As Portas do Céu, 1980). A versão original da obra foi restaurada pela Criterion. (...)

Michael Cimino não acha graça a "ser famoso pelas piores razões"
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0
DATA: 2012-08-31 | Jornal Público
SUMÁRIO: Michael Cimino esteve em Veneza a revisitar o filme que fez a sua fama infame: Heaven's Gate (As Portas do Céu, 1980). A versão original da obra foi restaurada pela Criterion.
TEXTO: Silhueta juvenil, instalada na androginia, Michael Cimino, de 73 anos, sobreviveu a uma viagem de vaporetto para o Lido, ele que odeia barcos. O que é isso para quem sobreviveu a Heaven's Gate (As Portas do Céu, 1980)? "Lost for words", disse, e começou por isso a divagar. A lembrar-se de um há muito, muito tempo, quando numa anterior edição do festival se declarou a uma rapariga ("estava ali", apontou para a sala). "Será que ela se casou?", perguntou, inventando uma miragem e assim fazendo com que inventássemos a memória de Kris Kristofferson, no seu iate, no final de Heaven's Gate, a chorar pela miragem de Isabelle Huppert. E depois: "Não tem graça ser famoso pelas piores razões: torna-se uma ocupação esquisita", disse, antes de o director do festival, Alberto Barbera, lhe entregar, ontem, o Prémio Persol 2012, que reconhece "uma das mais intensas e originais vozes do cinema americano". A seguir, a apresentação da versão original desse Nascimento de Uma Nação niilista, dessa visão da América como terra fundada na violência, na xenofobia e no extermínio social, nesse mergulho numa paisagem que cobra tragédia às figuras que nela se aventuram – 219 minutos restaurados pela Criterion. Unqualified disaster"Esquisito" foi o que Cimino se tornou nos últimos 30 anos, quando, no trauma do desastre comercial e crítico desse filme – o unqualified disaster que sentenciou Vincent Canby, do New York Times, foi agarrado por toda a gente, mesmo por quem não vira o filme –, definhou como cineasta até desaparecer de vista. Em 2001, a Vanity Fair convenceu-o a mostrar-se, o álibi era a promoção de um livro, e o retrato que fazia era o de um Howard Hughes destes tempos, com plásticas que tinham tornado irreconhecível aquele que era antes um dos corpos densos e rechonchudos do grupo dos italo-americanos dos movie brats. Mas estas não são as "piores razões". Essas são as que decorrem de Heaven's Gate: a fama de "megalomania", a calm, determined, relentless pursuit of the perfect, alguém descreveu, com que realizou, fazendo o orçamento passar de 12 para 40 milhões de dólares, e com que destruiu uma companhia, a United Artists, quando as bilheteiras não reagiram; ainda, o ter sido responsável por esse desastre exemplar, já que – simbolizando aquilo que, segundo alguns, era a bizarria dos tempos, os anos 70, Hollywood à mercê dos "autores" – Cimino ajudou a ditar com o fracasso o fim de uma era, o fim dos sonhos da geração dos movie brats. A História é irónica: a United Artists tinha sido formada por Chaplin, Mary Pickford, Griffith e Fairbanks para proteger o trabalho dos artistas e os espectadores do machine made entertainment. Que, nos anos 80, quando os empresários passaram a ditar o conceito dos filmes, se oficializou como regresso à ordem. Mas, como disse Francis Coppola, as corporações tomaram conta dos estúdios e da loucura que ia no asilo, mas com isso desapareceram as visões pessoais – e nem por isso os orçamentos baixaram. Na plateia, na sessão de ontem, estava Joann Carrelli, a produtora que esteve com Cimino durante o embate com a United Artists, quando o realizador, depois do sucesso e dos óscares de O Caçador, passou de bestial a besta. Foi ela que começou por ser sua agente, era ele realizador de publicidade em Nova Iorque. Foi ela que, nos últimos 32 anos, se bateu por tornar visível a versão original de Heaven's Gate, aquela que, depois do unqualified disaster, esteve em exibição apenas uma semana em Nova Iorque.
REFERÊNCIAS:
Nós, os neandertais, os denisovanos e como tudo se complicou
A ponta de um dedo veio evidenciar ainda mais que, se há coisa que não é simples, é a história da evolução humana. Descoberto em 2008 na gruta Denisova, nos montes Altai, Sibéria, o pequeno osso da falange era afinal de um grupo de humanos desconhecido - os denisovanos, que viveram até há 30 mil anos. E se as surpresas não chegassem, também eles, tal como os neandertais, se reproduziram com a nossa espécie. Uma equipa publica nesta sexta-feira, na revista Science, a análise do genoma completo dos denisovanos, a partir do fragmento de dedo: dentro de nós há um pouco de neandertal e de denisovano, é verdade, mas a genética revelou agora uma nova teia de migrações e relações complexas entre nós e estes dois humanos já extintos. (...)

Nós, os neandertais, os denisovanos e como tudo se complicou
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0
DATA: 2012-08-31 | Jornal Público
SUMÁRIO: A ponta de um dedo veio evidenciar ainda mais que, se há coisa que não é simples, é a história da evolução humana. Descoberto em 2008 na gruta Denisova, nos montes Altai, Sibéria, o pequeno osso da falange era afinal de um grupo de humanos desconhecido - os denisovanos, que viveram até há 30 mil anos. E se as surpresas não chegassem, também eles, tal como os neandertais, se reproduziram com a nossa espécie. Uma equipa publica nesta sexta-feira, na revista Science, a análise do genoma completo dos denisovanos, a partir do fragmento de dedo: dentro de nós há um pouco de neandertal e de denisovano, é verdade, mas a genética revelou agora uma nova teia de migrações e relações complexas entre nós e estes dois humanos já extintos.
TEXTO: A equipa de Svante Pääbo, do Instituto Max Planck para a Antropologia Evolutiva, Alemanha, já tinha ficado surpreendida com o que representava a descoberta da falange e de dois dentes molares. Quando os cientistas sequenciaram o ADN das mitocôndrias (as baterias das células), herdado só da parte da mãe e que está fora do núcleo celular, perceberam que era um novo grupo de humanos. O osso é de uma menina de cinco a sete anos de idade, que viveu há 80 mil anos. Tinha a pele escura, cabelos e olhos castanhos. Em Maio de 2010, a revelação da sua existência espantou o mundo e, em Dezembro desse ano, a equipa de Pääbo avançava com a publicação de um primeiro rascunho do ADN do núcleo. Dizia já que os denisovanos se tinham misturado connosco e que a herança desse passado "promíscuo" não era igual em toda a Terra. Os europeus têm ADN dos neandertais, mas não têm material genético dos denisovanos, que por sua vez deixaram a sua pegada genética para os lados das ilhas da Melanésia. No meio desta viagem à história da evolução humana através do ADN, a equipa de Pääbo disponibilizou na Internet, no início deste ano, toda a sequenciação do genoma dos denisovanos, para quem a quisesse usar na investigação. A leitura deste ADN antigo já era bastante rigorosa, graças a um método desenvolvido por Matthias Meyer, também do Instituto Max Planck, que permite ler até 30 vezes as letras do genoma (pequenas moléculas que compõem a grande molécula de ADN). Agora, a equipa aprofunda na Science as reflexões sobre essa informação e faz mais revelações, comparando o genoma da nossa espécie (os humanos modernos), dos denisovanos e dos neandertais. "Pudemos confirmar que parentes de um indivíduo da gruta Denisova contribuíram geneticamente para os antepassados das pessoas actuais na Nova Guiné, mas esse fluxo genético não afectou o resto das pessoas da Eurásia continental, incluindo o Sudeste da Ásia continental", disse um dos autores do artigo, o geneticista David Reich, da Faculdade de Medicina de Harvard, numa conferência organizada pela revista. "No entanto, é claro que os denisovanos contribuíram com 3% a 5% de material genético para os genomas das pessoas da Austrália, Nova Guiné, os nativos das Filipinas e de algumas ilhas das redondezas. A confirmação foi muito forte", acrescentou. Como se explica que o material genético dos denisovanos não se encontre sequer na Ásia continental, onde viveram, como mostra a falange e os dentes? "Diria que a mistura entre os denisovanos e os antepassados dos habitantes da Melanésia, Papuásia-Nova Guiné e aborígenes australianos deu-se provavelmente no Sudeste da Ásia continental. Quando os antepassados dos humanos modernos chegaram a essa área, encontraram-se com os denisovanos, misturaram-se e depois partiram para colonizar a Melanésia", disse Pääbo. E agora vem a última descoberta, aquela que complica tudo. Envolve os neandertais, extintos há cerca de 28 mil anos e que durante mais de 150 anos estiveram no centro da polémica sobre se eles e nós tínhamos feito sexo e deixado descendentes. Sim, tinham já concluído outros estudos de Pääbo. "As pessoas das regiões Leste da Eurásia [Ásia] e os nativos americanos têm mais material genético dos neandertais do que as da Europa, apesar de os neandertais terem vivido sobretudo na Europa, o que é mesmo muito interessante", considerou David Reich. "Vemos que há uma contribuição dos neandertais ligeiramente superior na Ásia do que na Europa- em cerca de 20% -, o que é surpreendente, porque os neandertais viveram na Oeste da Ásia e na Europa", acrescentou Pääbo. Como aconteceu isto? De início, pensava-se que tinha havido um único intercâmbio genético entre neandertais e humanos modernos, que saíram de África há cerca de 50 mil anos. Talvez quando os dois tipos de humanos se encontraram no Médio Oriente. Depois a nossa espécie espalhou-se pelo mundo inteiro e teria levado consigo essa herança.
REFERÊNCIAS:
Étnia Aborígenes
Polícia segue pista familiar no homicídio de Annecy
Várias pistas estão a ser seguidas na investigação do homicídio de Annecy, nos Alpes franceses, em que na quarta-feira uma família britânica que passava férias na região e um ciclista local foram assassinados. Mas a hipótese de uma disputa familiar por causa de dinheiro começa a tornar-se a mais óbvia. (...)

Polícia segue pista familiar no homicídio de Annecy
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-09-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: Várias pistas estão a ser seguidas na investigação do homicídio de Annecy, nos Alpes franceses, em que na quarta-feira uma família britânica que passava férias na região e um ciclista local foram assassinados. Mas a hipótese de uma disputa familiar por causa de dinheiro começa a tornar-se a mais óbvia.
TEXTO: O irmão do homem que seguia ao volante, Said al-Hilli – um empresário britânico de 50 anos nascido em Bagdad –, apresentou-se à polícia britânica para pedir desculpas, noticiou o Le Monde citando uma fonte próxima da investigação. O procurador francês Eric Maillaud disse, citado pelo mesmo jornal, não ter qualquer “confirmação oficial” destas informações, apesar de confirmar que está a ser seguida a pista de uma “litígio entre dois irmãos por causa de dinheiro”, entre outras hipóteses que ainda não foram excluídas. As duas filhas de Al-Hilli, de quatro e sete anos, serão as únicas testemunhas do crime. A mais velha ficou gravemente ferida e foi transferida para o Hospital Universitário de Grenoble; a outra está a ter acompanhamento pedopsiquiátrico – escondida aos pés das duas mulheres assassinadas, a mãe e a avó, foi encontrada apenas oito horas depois de a polícia chegar ao local. As duas crianças estão sob protecção policial.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime homem mulheres