O puzzle psicológico por detrás da porta da suíte 2806
Até se provar o contrário num tribunal dos EUA, Dominique Strauss-Kahn (DSK), director do Fundo Monetário Internacional (FMI) e (ex-)potencial candidato às presidenciais francesas de 2012, permanece inocente dos crimes sexuais de que foi acusado por uma funcionária do Hotel Sofitel de Times Square, em Nova Iorque. Mais: a justiça norte-americana será a única a decidir se DSK é culpado pelos actos que lhe são imputados. Mas tudo isto não impede de especular sobre o seu perfil psicológico. (...)

O puzzle psicológico por detrás da porta da suíte 2806
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.2
DATA: 2011-05-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: Até se provar o contrário num tribunal dos EUA, Dominique Strauss-Kahn (DSK), director do Fundo Monetário Internacional (FMI) e (ex-)potencial candidato às presidenciais francesas de 2012, permanece inocente dos crimes sexuais de que foi acusado por uma funcionária do Hotel Sofitel de Times Square, em Nova Iorque. Mais: a justiça norte-americana será a única a decidir se DSK é culpado pelos actos que lhe são imputados. Mas tudo isto não impede de especular sobre o seu perfil psicológico.
TEXTO: Independentemente do que terá ou não acontecido na suíte 2806 daquele hotel, será que um homem muito poderoso e bem sucedido, e ao mesmo tempo conhecido - nem sempre no melhor sentido - pela sua atracção pelas mulheres, pode atingir o paroxismo de violência que lhe atribuem os seus acusadores? Na imprensa, vários especialistas franceses têm feito, com alguma prudência, este "exercício teórico", imaginando que tipo de personalidade poderia perpetrar crimes daquela natureza. Será que um simples sedutor, um "casanova", tentaria, em certas circunstâncias, violar uma mulher? Ou deveríamos ver aí a marca de uma perversão sexual, de algo patológico, de um vício equiparável a uma toxicomania? Segundo estimativas do Instituto da Saúde e da Investigação Médica francês, a dependência de sexo, em que o agressor perde o controlo, atinge entre três e seis por cento da população adulta, na sua grande maioria homens (84 por cento). Os diagnósticos dos peritos vão de "perturbação da personalidade" (Philippe Brénot, psiquiatra e professor de Sexologia da Universidade de Paris, ao semanário L"Express) a "acto suicida" (Alain Didier Weill, psiquiatra e psicanalista, membro da escola freudiana, ao diário Libération), passando pelo "vício do sexo" (Jean-Claude Matysiak, psiquiatra especialista em dependências no Hospital de Villeneuve-Saint-Georges, à AFP), "descompensação psicótica" (William Lowenstein, da Clínica Montevideu, perto de Paris, especialista em dependências, à AFP). E talvez até, no outro extremo do espectro, a uma "sobreinterpretação dos gestos da vítima numa situação ambígua" (Roland Coutanceau, psiquiatra e criminólogo, presidente da Associação de Psiquiatria e Psicologia Forenses de França, à AFP). "Trata-se de um acto de violência sexual banal, há imensas queixas desse tipo", disse ao PÚBLICO Robert Neuburger, psiquiatra e psicanalista francês especializado nas terapias de casal e familiares e autor de vários livros sobre o tema. "Mas normalmente é controlável. Não quer dizer que não apeteça, mas é possível controlar-se essa apetência. Aliás, a fantasia da violação até é mais frequente nas mulheres do que nos homens. "Já a passagem ao acto é "algo de completamente diferente, que pode indiciar que [o agressor] é uma pessoa convencida e que menospreza o género feminino", salienta Neuburger. "Esse tipo de agressão acontece em todos os meios sociais, normalmente num contexto profissional ou familiar, e tem a ver com uma relação de poder, de força. Mas não vejo muito bem como este tipo de comportamento surgiria em alguém que é mais um sedutor do que um abusador. O sedutor gosta de seduzir", frisa o especialista, referindo-se à reputação de DSK - que nem o próprio nega. Neuburger diz-se indignado com a reacção "absurda, desproporcionada" da justiça norte-americana, num país onde "ninguém vai parar à cadeia por crimes ecológicos ou económicos". Admite mesmo detectar um certo "prazer" por parte das autoridades no seu tratamento de DSK nos últimos dias e diz que "esta é uma história que diz muito sobre os EUA". E que dizer das declarações de uma jornalista francesa, que acusa agora DSK de ter tentado violá-la há vários anos? Há um fenómeno chamado "violação retrospectiva", responde Neuburger, "em que a mulher, que inicialmente deu o seu consentimento, afirma mais tarde que foi violada". E questiona: "Por que é que não apresentou queixa antes?"
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Portas classifica situação como “maior fractura social que Portugal já conheceu”
O presidente do CDS-PP, Paulo Portas, classificou hoje a taxa de desemprego de 12,4 por cento, “afectando 700 mil pessoas”, como “a maior fractura social que Portugal já conheceu”. (...)

Portas classifica situação como “maior fractura social que Portugal já conheceu”
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.033
DATA: 2011-05-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: O presidente do CDS-PP, Paulo Portas, classificou hoje a taxa de desemprego de 12,4 por cento, “afectando 700 mil pessoas”, como “a maior fractura social que Portugal já conheceu”.
TEXTO: O líder centrista falava na Covilhã depois de o Instituto Nacional de Estatística (INE) anunciar o valor respeitante ao primeiro trimestre deste ano. Para Paulo Portas, a percentagem aponta “para cerca de 700 mil desempregados, o que significa a maior fractura social que algum dia o país conheceu”. Face à situação, defendeu que é preciso ser “pragmático” e detalhou: “Não consigo perceber como é que os contratos a prazo que terminam este ano excepcionalmente não podem ser renovados”. Segundo Portas, a renovação excepcional dos contratos evitaria “atirar dezenas de milhares de pessoas para os recibos verdes ou para o desemprego”. Face aos números do INE, o líder do CDS-PP defendeu ainda uma atenção especial para as famílias em que já nenhum membro tem emprego, para as mulheres e jovens. Paulo Portas recusou-se a comentar o facto de os números hoje anunciados serem os primeiros obtidos com um novo método. A taxa de desemprego atingiu os 12, 4 por cento no primeiro trimestre deste ano com a nova metodologia de recolha de informação, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE). No entanto, o Instituto refere também que a taxa de desemprego do primeiro trimestre teria sido de 11, 4 por cento, em vez de 12, 4 por cento, caso tivesse sido mantida a metodologia anterior de recolha de informação. O INE acrescenta que, “face à introdução destas alterações, os resultados agora publicados não permitem uma comparação directa com os dados anteriores, configurando, assim, uma quebra de série”. Estas são as primeiras Estatísticas do Emprego feitas através do novo método, que passa a recolher a informação sobre emprego por telefone. Esta alteração implica que deixam de ser viáveis as comparações directas com as estimativas anteriores, ou seja, entre o primeiro trimestre de 1998 e o último de 2010. Paulo Portas comentou os dados do desemprego a passo de corrida, numa visita de 15 minutos ao Lar de São José, na Covilhã. No final da visita, prometeu apoio para que a fiscalidade a que estão sujeitas as instituições de solidariedade social seja a mesma “das instituições com intuito lucrativo”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave social mulheres desemprego
"Escrever esgota-nos, atira-nos abaixo"
Aos 78 anos, continua a ser um dos mais importantes escritores vivos; o seu penúltimo livro, "A Humilhação", chega agora às livrarias. O Ípsilon bateu-lhe à porta em Manhattan, e passou uma hora dentro deste apartamento com vista para a cabeça de Philip Roth, com vista para mais de meio século de história americana. (...)

"Escrever esgota-nos, atira-nos abaixo"
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.15
DATA: 2011-05-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: Aos 78 anos, continua a ser um dos mais importantes escritores vivos; o seu penúltimo livro, "A Humilhação", chega agora às livrarias. O Ípsilon bateu-lhe à porta em Manhattan, e passou uma hora dentro deste apartamento com vista para a cabeça de Philip Roth, com vista para mais de meio século de história americana.
TEXTO: Philip Roth (Newark, 1933) gosta de se confundir com a sua obra. Ao longo de mais de 50 anos de escrita, e após 31 livros publicados, o mais respeitado autor norte-americano, eterno candidado ao Nobel da Literatura, tem na escrita a sua única razão de existir. Não gosto do tempo de espera entre um livro e outro. Escrevo porque é essa a minha vida. "A Humilhação", o seu 30. º livro, publicado em 2009, saiu por estes dias para as livrarias portuguesas com edição da Dom Quixote. Depois desse já publicou outro, "Nemesis", que terá tradução portuguesa em 2012, e, dir-nos-á no fim da conversa, ainda não sabe sobre o que será o próximo mas anda a escrevê-lo há quatro meses. O Roth que nos recebe no seu apartamento é um homem envelhecido, mas de espírito atento. Mexe-se repetidamente na cadeira, diz-nos que já foi nadar, que o faz todos os dias, e que precisa de andar. A energia que ganha, garante, dá-lhe forças começar a escrever às oito da manhã. Parar para nos receber foi uma excepção. O seu apartamento no Upper West Side, em Nova Iorque, perto do Museu Americano da História Natural, é luminoso mas está praticamente vazio. Vive aqui seis meses e passa os outros seis no Connecticut, onde tem uma casa de campo. Recebe-nos descalço, como quem passou o dia ocupado com outras coisas, suficientemente à vontade para brincar com o seu estatuto: é um dos mais importantes escritores vivos, e o único a ter, em vida, a sua bibliografia completa editada em versão defi nitiva pela Library of América. É o mais importante reconhecimento para um autor que sempre disse haver uma contradição entre a liberdade da escrita e as distinções dadas pelos governos. Roth prefere distanciar-se disso tudo. Até de si mesmo: "A fama é uma distracção sem valor". Depois de um corredor pequeno que separa a entrada da sala, e onde se vêem caricaturas suas feitas ao longo dos anos, a casa divide-se em três zonas. Divisões pequenas. À esquerda um pequeno escritório, à direita o quarto, com uma cama que ocupa toda a divisão, separada da sala por uma porta de correr. Na sala, como se estivesse ainda na indefi nição de quem acabou de chegar ou se prepara para partir, há duas áreas. Junto ao quarto, um sofá e uma cadeira reclinável ladeiam uma mesa baixa onde estão duas versões de "O Terceiro Homem", filme de Carol Reed, e livros de Primo Levi e Edna O'Brien. Tem um plasma e uma aparelhagem grande que competem com a vista sobre a cidade. Mas o essencial está do outro lado desta sala de poucas e vazias paredes (pendurado, só um antigo mapa de Manhattan, amarelecido pelo tempo). Uma complexa mesa de trabalho, com um computador de ecrã elevado, onde Roth trabalha de pé. Não há livros seus, nem muitos mais livros na sala ao lado da cadeira onde se senta, está apenas um enorme álbum do pintor canadiano Philip Guston, marcado com pedaços de folhas, e a mesa está limpa. No dia em que o entrevistámos, Roth tinha em casa um mestre de obras que lhe estava a resolver um problema com os cortinados da casa de banho. "Há 20 anos que aqui venho. É um bom homem", diz-nos. "Depois diga-me o que é que aconteceu", atira-lhe Roth antes de ele se ir embora. "Anda a dar-me conselhos sobre esta mulher com quem estou a sair", explica o mestre de obras. "E segue-os?", perguntamos. "Ele é um homem sensato", responde-nos. Philip Roth conselheiro sentimental: não é um papel que o vejamos a interpretar. "Dá-lhe conselhos sobre mulheres?", perguntamos ao escritor.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave campo mulher homem mulheres
Primeira noite de Strauss-Kahn nas “Tumbas”
Dominique Strauss-Kahn, o director do Fundo Monetário Internacional afastado do cargo após ter sido acusado de tentativa de violação, passou esta primeira noite de detenção após ser-lhe negada fiança, de ontem para hoje, no centro prisional de Rikers Island, Nova Iorque, uma das maiores e mais duras prisões norte-americanas, conhecida como “As Tumbas”. (...)

Primeira noite de Strauss-Kahn nas “Tumbas”
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.25
DATA: 2011-05-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: Dominique Strauss-Kahn, o director do Fundo Monetário Internacional afastado do cargo após ter sido acusado de tentativa de violação, passou esta primeira noite de detenção após ser-lhe negada fiança, de ontem para hoje, no centro prisional de Rikers Island, Nova Iorque, uma das maiores e mais duras prisões norte-americanas, conhecida como “As Tumbas”.
TEXTO: O economista francês, que uma empregada de hotel nova-iorquina acusa de a ter agredido sexualmente e tentado violar, no fim-de-semana, foi transferido ontem do centro de detenção ligado ao Tribunal Criminal de Manhattan, onde viu ser-lhe negado o pedido para aguardar julgamento em liberdade sob fiança pela juíza Melissa Jackson. Homem habituado aos luxos das suites de hotel e viagens de avião em primeira classe, Strauss-Khan vai ficar, pelo menos até ao final de Maio, numa cela de três por quarto metros de uma das prisões do complexo prisional localizado numa ilhota do East River, isolada de tudo e apenas com uma ligação rodoviária, por ponte, que desemboca em Queens. Esta é a mesma prisão onde se encontra detido, até à pronúncia de sentença, o modelo português Renato Seabra, acusado do homicídio do colunista Carlos Castro. A próxima audiência de Strauss-Khan em tribunal está marcada para sexta-feira, devendo o suspeito permanecer em Rikers Island sem contacto com o resto da população prisional, por ser considerado um "detido importante", avança a CNN, citando porta-voz do Departamento Prisional de Nova Iorque. DSK já terá visto à distância as enormes “Tumbas” várias vezes – em filmes como “Scarface” e séries de televisão como “Lei e Ordem” e documentários sobre a população prisional dos Estados Unidos. Criado em 1884, é um dos complexos prisionais mais conhecidos no país e também o maior, que alberga a maior e muita da mais violenta população prisional norte-americana, oriunda dos mais duros gangues criminosos, entre os quais são frequentes os actos de lutas e vinganças mesmo ali, dentro dos muros das prisões. Com as suas dez prisões em 1, 68 quilómetros quadrados, é uma verdadeira cidade de mais de 20 mil pessoas – incluindo mais de 14 mil presos, e ainda funcionários e familiares – num espaço onde também se localizam supermercados, padarias, uma lavandaria, um cabeleireiro, ginásios, igrejas e mesquitas, clínicas médicas e mesmo uma escola. “As Tumbas” são “duras, barulhentas e perigosas”, descreve ao diário “The Guardian” o advogado norte-americano Gerald Lefcourt, referindo-se tanto ao complexo prisional do East River como ao centro de detenção do tribunal de Manhattan, onde Strauss-Khan passou as noites de sábado para domingo e domingo para segunda. “É uma prisão sobrelotada e a comida é horrível. E um dos maiores perigos ali é que as pessoas famosas são prontamente perseguidas”. Apesar do desaire em não obter o aval da juíza para que o economista aguardasse julgamento em liberdade, os advogados de Strauss-Kahn expressaram ainda ontem convicção na defesa: "A luta só agora começou. Cremos que este é um caso muito defensável", afirmou em tom confiante Benjamin Brafman. Strauss-Khan é acusado em dois crimes de acto sexual criminoso de primeiro grau, um de tentativa de violação de primeiro grau, uma de abuso sexual de primeiro grau, e uma de sequestro ilegal de segundo grau, uma de imposição física forçada e ainda uma de abuso sexual de terceiro grau. Só a primeira ofensa criminal, que constitui um delito grave de natureza violenta, acarreta uma pena máxima de 25 anos de prisão. Segmento de um documentário da NBC sobre Rikers IslandNotícia actualizada e corrigida às 11h15
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave lei escola homicídio tribunal prisão homem violação sexual abuso ilegal
Oprah despede-se do seu talk-show rodeada de celebridades
Oprah despediu-se em grande. Perante milhares de pessoas e rodeada de celebridades, a apresentadora que manteve no ar durante mais de duas décadas um dos mais populares talk-shows da televisão americana, Oprah Winfrey encerra o seu programa de sempre, mas a sua despedida é mais um “até já” que um “adeus”. (...)

Oprah despede-se do seu talk-show rodeada de celebridades
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-05-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Oprah despediu-se em grande. Perante milhares de pessoas e rodeada de celebridades, a apresentadora que manteve no ar durante mais de duas décadas um dos mais populares talk-shows da televisão americana, Oprah Winfrey encerra o seu programa de sempre, mas a sua despedida é mais um “até já” que um “adeus”.
TEXTO: Vestida de roxo, Oprah subiu ao palco do United Center, em Chicago, como uma rock star. Cerca de 13 mil pessoas aplaudiram de pé a entrada da mais popular apresentadora televisiva dos Estados Unidos e uma das mulheres mais ricas do país. Ao lado de Oprah foram desfilando alguns dos mais conhecidos actores, músicos e desportistas norte-americanos: Tom Hanks, Tom Cruise, Beyoncé, Madonna, Jamie Foxx , Will Smith, Stevie Wonder e Aretha Franklin. A lista de estrelas convidadas para aparecerem no último programa, intitulado “Surprise Oprah! A Farewell Spectacular”, era um segredo bem guardado pelos produtores, que quiserem surpreender a apresentadora, mas depressa o público percebeu que a promessa de levar a palco alguns dos nomes mais sonantes de Hollywood se estava a cumprir quando Tom Cruise subiu a palco e disse: “Tu sempre tiveste o poder, e essa é a mensagem que trouxeste às nossas vidas”. Este programa especial será emitido nos EUA na próxima segunda e terça-feira, antes de um derradeiro programa, no dia 25 de Maio, quarta-feira, de acordo com a AP. Aos 57 anos, Oprah Winfrey tem uma fortuna avaliada em 2, 7 mil milhões de dólares em 2010, segundo a revista “Forbes”. O talk-show de Oprah teve as suas origens em 1984, quando a apresentadora se mudou para Chicago para ser a cara do programa da manhã da estação local WLS-TV, o "AM Chicago”. Depressa se transformou no talk show mais visto na região e, passado um ano, tinha expandido o seu formato, passando para uma hora de emissão e sendo rebaptizado de "The Oprah Winfrey Show”. Em 1986 passou a ser emitido em todo o país, depois de a CBS ter comprado os direitos de transmissão. Foram anos a fio a mostrar a uma audiência média semanal cifrada em mais de 40 milhões de pessoas momentos emblemáticos da televisão americana. Para trás ficam imagens como a do actor Tom Cruise a saltar em cima do sofá do estúdio declarando o seu amor pela namorada (e actual mulher) Katie Holmes, que até deu origem à expressão jumping the couch, que entrou no léxico coloquial dos americanos quando estes se querem referir a alguém que perdeu a cabeça. Outro dos momentos que vai ficar para a história da televisão americana aconteceu em 2004, quando Oprah ofereceu a todos os membros da plateia um carro novo, originando uma sessão de histeria colectiva entre o público. A sua entrevista a Michael Jackson, em 1993, quando o cantor decidiu falar pela primeira vez sobre o facto de a sua pele estar a tornar-se gradualmente mais branca devido à vitíligo, foi a mais vista de sempre na televisão nacional, tendo reunido 62 milhões de americanos frente ao ecrã e perto de 100 milhões de pessoas no resto do mundo. O apoio expresso que Oprah deu a Barack Obama durante a campanha para as presidenciais foi igualmente considerado fundamental para a sua vitória. A atmosfera de à-vontade e de conversa franca que imprimiu ao seu programa redefiniram os talk-shows americanos, transformando Oprah num fenómeno cultural não só nos Estados Unidos mas em todo o Mundo, uma vez que o programa é transmitido em 145 países, incluindo Portugal (SIC Mulher). Mas tudo tem um fim, e o “The Oprah Winfrey Show” também. Porém, esta despedida é mais um “até já”, uma vez que Oprah vai continuar presente no ecrã dos americanos através do novo canal por cabo OWN (Oprah Winfrey Network), que teve a sua estreia em Janeiro último e é actualmente difundido para aproximadamente 80 milhões de lares. A programação do OWN é uma mistura de programas originais, documentários, filmes e features especiais.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Advogado de Leonor Cipriano apresenta queixa à ONU contra Estado português por tortura
O advogado de Leonor Cipriano apresentou ao Alto Comissariado para os Direitos Humanos da ONU queixa contra o Estado português por tortura contra a mãe e o padastro de Joana, criança desaparecida em 2004 na aldeia de Figueira, Portimão, Algarve.. (...)

Advogado de Leonor Cipriano apresenta queixa à ONU contra Estado português por tortura
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.3
DATA: 2011-05-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: O advogado de Leonor Cipriano apresentou ao Alto Comissariado para os Direitos Humanos da ONU queixa contra o Estado português por tortura contra a mãe e o padastro de Joana, criança desaparecida em 2004 na aldeia de Figueira, Portimão, Algarve..
TEXTO: Marcos Aragão Correia referiu numa nota enviada à comunicação social que "na passada terça feira, 17 de Maio, seguiu, via correio registado", a queixa "formal por prática de brutal tortura contra a mãe e o padrasto da criança Joana Cipriano", Leandro Silva. O advogado acrescentou que "esta é a primeira vez que deu entrada nas Nações Unidas uma queixa do género contra Portugal, sendo que todos os processos anteriores de outros cidadãos contra Portugal, por prática de violações semelhantes, deram entrada no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos". "Cremos que este inédito processo nas Nações Unidas contra o Estado português resultará num maior internacionalismo do caso do desaparecimento de Joana Cipriano, levando a um incremento da pressão, para que as autoridades portuguesas reabram o processo e investiguem finalmente o caso de um modo científico e correcto", sublinhou. Joana Cipriano desapareceu a 12 de Setembro de 2004 e Leonor Cipriano e o irmão e tio da menina, João Cipriano, foram condenados em Março de 2006 a 16 anos de prisão cada um pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver. O caso voltou à Justiça em 2008, com a mãe de Joana a acusar cinco actuais e ex-inspectores da Polícia Judiciária (PJ), num processo envolvendo crimes de tortura, omissão de denúncia e falsificação de documento. A 22 de Maio de 2009, o Tribunal de Faro não determinou os autores das agressões e absolveu dos crimes de tortura os ex-inspectores Paulo Pereira Cristóvão e Leonel Morgado Marques e o agente ainda no activo Paulo Marques Bom, mas condenou por outros crimes Gonçalo Amaral, já reformado da PJ, e António Nunes Cardoso, ainda em funções na PJ. Absolvido do crime de omissão de denúncia, Gonçalo Amaral recorreu para a Relação de Évora da condenação de um ano e meio pelo crime de falsidade de depoimento, com pena suspensa por igual período. O inspector António Cardoso, condenado a dois anos e três meses por falsificação de documento, com pena suspensa por igual período, também apresentou recurso. A 18 de Março de 2011, o Tribunal da Relação de Évora não deu provimento aos recursos dos dois inspectores da Polícia Judiciária (PJ) e decidiu manter o acórdão de primeira instância.
REFERÊNCIAS:
Entidades PJ
McCann satisfeitos com reavaliação do caso e esperam novos dados
O casal McCann afirmou satisfeito por a polícia inglesa ter decidido reavaliar o caso do desaparecimento da filha Madeleine, em 2007 no Algarve, e afirmou esperar que isso traga mais informações. (...)

McCann satisfeitos com reavaliação do caso e esperam novos dados
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.318
DATA: 2011-05-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: O casal McCann afirmou satisfeito por a polícia inglesa ter decidido reavaliar o caso do desaparecimento da filha Madeleine, em 2007 no Algarve, e afirmou esperar que isso traga mais informações.
TEXTO: Gerry McCann, que viajou este fim-de-semana para Lisboa na companhia da mulher, Kate, expressou à agência Lusa que ambos ficaram “muito satisfeitos por a Polícia Metropolitana ir reavaliar toda a informação e o processo”, depois de intervenção do primeiro-ministro britânico, David Cameron. “Era algo que pedíamos há mais de três anos e, para o processo, é muito importante que essa informação seja analisada outra vez, para que mais investigações possam acontecer. Estamos muitos satisfeitos e esperamos que novas informações apareçam”, disse Gerry McCann. O pai de Madeleine sublinhou também que espera uma cooperação entre as autoridades inglesas e portuguesas e referiu que o livro “Madeleine”, escrito por Kate, possa ajudar “as pessoas a abrirem as mentes”. O livro, frisou Gerry McCann, não tem como propósito angariar fundos para a investigação nem silenciar os que não acreditam no casal britânico, que sempre insistiram na tese de rapto de Madeleine. “O que dizemos a essas pessoas que não acreditam em nós é que, por favor, leiam o livro e comparem o que foi escrito. Devem encarar os factos e o que, ao longo do tempo, fizemos para encontrar a nossa filha”, salientou Gerry. Confessando que foi “uma grande decisão publicar o livro”, Kate reforçou que os pais de Madeleine pretendem apresentar a verdade. “Houve muita especulação, muita informação perdida e mentiras”, afirmou a médica anestesista, enquanto o marido, cardiologista, disse acreditar que, “directa e indirectamente, o livro ajuda a procura” da criança. Quatro anos volvidos sobre o desaparecimento de Madeleine, num aldeamento turístico da Praia da Luz, Algarve, Gerry e Kate mccann continuam a acreditar que a filha está viva e reiteram a necessidade de continuar a investigação, defendendo também a punição dos responsáveis. “No meu coração, sinto que ela está em qualquer lugar e na minha cabeça, baseado em factos puros, não há provas que digam que não está viva”, observou Kate. Gerry referiu mesmo que o casal “está mais forte do que em 2007” e que “a dor e o rol de emoções não estão tão perto do sofrimento” de então. “A nossa vida trouxe-nos alegria. Temos duas outras crianças lindas e outras coisas que nos fazem felizes. Não é uma vida completa, há um sentimento de tristeza sempre presente. Não é como estarmos a viver um pesadelo, como em 2007, mas estamos a trabalhar muito para encontrar a Madeleine”, sustentou. O livro Madeleine, que já se encontra à venda em Portugal, foi lançado em Londres a 12 de Maio e por cada exemplar vendido reverterá um cêntimo para a investigação e procura da criança. A menina inglesa desapareceu a 3 de Maio de 2007 do quarto onde dormia com os seus dois irmãos gémeos, enquanto os pais jantavam com um grupo de amigos num restaurante próximo, no aldeamento turístico Ocean Club, na Aldeia da Luz. Ao fim de três dias de buscas intensas, o director da PJ de Faro, Guilhermino Encarnação, anunciou que tinham sido reunidos elementos que asseguravam a tese de “rapto” e que na origem do crime poderiam estar “o resgate e ou motivos sexuais”. Ao fim de 11 dias de diligências, a PJ constituiu como arguido um cidadão inglês, Robert Murat, por suspeitas da sua implicação no caso, mas não encontrou provas para o deter. Sem corpo e sem autores do crime, a PJ mudou em Agosto o rumo da investigação para a possível morte da criança, com as suspeitas a recaírem sobre os pais. A reviravolta na investigação baseou-se em vestígios biológicos recolhidos no apartamento e no carro alugado pelo casal McCann, 25 dias depois do desaparecimento da sua filha. Depois de terem sido sujeitos a várias horas de interrogatório no Departamento de Investigação Criminal da PJ de Portimão, Gerry e Kate McCann foram constituídos arguidos.
REFERÊNCIAS:
Entidades PJ
Encontrados vestígios do ADN de Strauss-Kahn na roupa da funcionária do hotel
Foram encontrados vestígios do ADN do ex-director do FMI nas roupas de trabalho da funcionária do hotel que acusa Dominique Strauss-Kahn (DSK) de agressão sexual. (...)

Encontrados vestígios do ADN de Strauss-Kahn na roupa da funcionária do hotel
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-05-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: Foram encontrados vestígios do ADN do ex-director do FMI nas roupas de trabalho da funcionária do hotel que acusa Dominique Strauss-Kahn (DSK) de agressão sexual.
TEXTO: De acordo com alguns media norte-americanos - nomeadamente a NBC e a AP, que cita duas fontes próximas da investigação -, a amostra de ADN retirada a DSK corresponde ao material encontrado na camisa da mulher, uma empregada de hotel, de 32 anos, da Guiné-Conacri. Durante as perícias, as autoridades cortaram ainda um pedaço da carpete onde terá caído sémen de DSK, depois do alegado episódio de sexo oral, para ser analisado. As mesmas duas fontes indicaram que estão a ser conduzidos mais testes noutros objectos, tendo falado aos media sob anonimato. O advogado de DSK, Benjamin Brafman, não comentou estas notícias, tendo porém dito na semana passada que as provas forenses não eram consistentes com a tese de um “encontro forçado”. O ex-director do Fundo Monetário Internacional está acusado de sete crimes: dois de acto sexual criminoso de primeiro grau; um de tentativa de violação no primeiro grau; um de abuso sexual no primeiro grau; um de sequestro no segundo grau; um de abuso sexual no terceiro grau; e outro de imposição física forçada. No relatório do tribunal pode ler-se que Strauss-Kahn compeliu a vítima a praticar sexo oral e sexo anal; tentou praticar relações sexuais; obrigou ao contacto sexual; e tocou nas partes íntimas da vítima, sem consentimento da mesma e sem um propósito legítimo, apenas para satisfazer os seus próprios desejos. De acordo com a vítima, o arguido terá, em primeiro lugar, fechado a porta, impedindo-a de abandonar o quarto; depois terá tocado nos seus seios sem o seu consentimento; terá tentado tirar à força a roupa da vítima e ter-lhe-á tocado na zona da vagina; seguidamente, forçou-a a tocar com a boca no seu pénis, por duas vezes. Tudo actos que, segundo a vítima, só puderam ser cometidos através do recurso à força física. DSK negou até agora estas acusações. Se for declarado culpado, o político francês e ex-director do FMI poderá enfrentar penas entre os 3 e os 25 anos de prisão por cada um dos delitos. A próxima ida a tribunal está marcada para o dia 6 de Junho. Entretanto, Strauss-Khan - que esteve detido na prisão de Rikers Island, em Nova Iorque - saiu da cadeia sob fiança na passada sexta-feira, depois de ter pago um milhão de dólares, mas está sob prisão domiciliária num apartamento de luxo na baixa nova-iorquina, com segurança - paga por si - 24 horas por dia. Só pode sair de casa para ir a um serviço religioso semanal, a consultas médicas, ao tribunal e a encontros com os seus advogados. Os procuradores têm de ser notificados pelo menos com seis horas de antecedência antes de DSK poder ir a qualquer lado. O economista e político francês quis explicar aos seus companheiros de trabalho porque se demitiu como director do FMI: “Não posso permitir que o Fundo - e vocês, queridos colegas - tenha de partilhar o meu próprio pesadelo pessoal. Por isso tive de ir-me embora”. Num e-mail enviado ao homem que o substituiu temporariamente, John Lipsky, DSK lamenta “com profunda tristeza e frustração” ter saído do FMI sem semelhantes circunstâncias. “Nego nos termos mais duros possíveis as acusações”, escreveu. “Confio em que a verdade prevaleça e eu seja exonerado”, prosseguiu o político que, antes deste escândalo, era o homem mais bem posicionado para substituir Nicolas Sarkozy na presidência francesa. Notícia corrigida às 12h01
REFERÊNCIAS:
Entidades FMI
PSP já identificou “todos os intervenientes” no vídeo de agressão a jovem
Todos os intervenientes no vídeo colocado no Facebook com imagens de uma jovem a ser espancada por outras duas perante a passividade e até regozijo de outros adolescentes já foram identificados, assegurou o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, em comunicado. O rapaz que terá colocado o vídeo na Internet tem antecedentes criminais pela prática de crimes violentos. (...)

PSP já identificou “todos os intervenientes” no vídeo de agressão a jovem
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.1
DATA: 2011-05-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: Todos os intervenientes no vídeo colocado no Facebook com imagens de uma jovem a ser espancada por outras duas perante a passividade e até regozijo de outros adolescentes já foram identificados, assegurou o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, em comunicado. O rapaz que terá colocado o vídeo na Internet tem antecedentes criminais pela prática de crimes violentos.
TEXTO: “Logo após a detecção do vídeo, e face à gravidade das agressões, foram iniciadas diligências que permitiram identificar o local da ocorrência, nomeadamente nas traseiras da Rua Mestre Lima de Freitas, Quinta da Granja, em Benfica. Assim, pelos factos terem ocorrido em Lisboa, mas haver informação que a vítima e os agressores residiam noutras áreas da Grande Lisboa, foram de imediato mobilizadas as várias subunidades deste Comando, nomeadamente a Divisão Policial de Sintra, Amadora, Loures e ainda a Divisão de Investigação Criminal, em estreita coordenação com o Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa com o objectivo comum de identificar os agressores”, lê-se no comunicado. A PSP explicou que identificou todos os intervenientes ainda durante o dia de ontem, “nomeadamente a vítima, de 13 anos, as agressoras, com 15 e 16 anos de idade, o autor do vídeo e responsável pela sua colocação na Internet, com 18 anos de idade, bem como outros adolescentes que se encontravam no local a assistir às agressões”. Como uma das agressoras não completou ainda 16 anos, está a ser extraída certidão para remessa ao Tribunal de Família e Menores de Lisboa, para instauração de Inquérito Tutelar Educativo, informa, por sua vez a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa, em comunicado. A vítima foi mandada apresentar na Delegação de Lisboa do Instituto Nacional de Medicina Legal, para exames médico-legais. Segundo a nota da PSP, o suspeito de ter colocado o vídeo na Internet “tem antecedentes criminais pela prática de crimes violentos, tendo inclusivamente sido detido na passada segunda-feira, dia 23, às 18h30 pela prática de um crime de roubo de um telemóvel, nas imediações do local onde ocorreram as agressões”. O suspeito ficou sujeito a apresentações na esquadra da área de residência. O PÚBLICO questionou o Comando Metropolitano da PSP sobre o tipo de crimes violentos cometidos pelo suspeito, mas o gabinete de Relações Públicas adiantou que “não serão divulgadas mais informações”, justificando que o caso está sob investigação e que a divulgação de mais pormenores “poderia interferir com outras investigações em curso”. Provas estão a ser reunidas“As diligências investigatórias continuaram a ser feitas, com vista ao esclarecimento da situação e reunião de prova que permita consubstanciar os indícios já imputados aos suspeitos identificados”, acrescentou ainda a PSP. Também ontem, em reacção ao vídeo que circulava nas redes sociais, a Procuradoria-Geral da República admitiu que o Ministério Público "não tem peritos informáticos ao seu serviço capazes de detectar, em tempo útil, crimes divulgados nas redes sociais". O esclarecimento surgiu em resposta a perguntas da comunicação social sobre um vídeo, que foi colocado no Facebook, com imagens de uma jovem a ser espancada. Um rapaz gravou o sucedido e colocou o vídeo na internet. O vídeo terá sido filmado na zona de Benfica, junto ao centro comercial Colombo. As imagens são de uma grande violência. Tudo começa com uma troca azeda de palavras, sendo depois uma das raparigas, de 13 anos, agredida com chapadas, puxões de cabelo e pontapés em todo o corpo por duas outras jovens. A cena é filmada por um rapaz, que chega a pedir a outro que não se ponha na frente para melhor captar as imagens. Ouvem-se risos e ninguém tenta evitar as agressões.
REFERÊNCIAS:
Entidades PSP
PGR sem meios para casos como o do vídeo de agressão violenta a jovem em Benfica
A Procuradoria-Geral da República admitiu esta tarde que o Ministério Público "não tem peritos informáticos ao seu serviço capazes de detectar, em tempo útil, crimes divulgados nas redes sociais". (...)

PGR sem meios para casos como o do vídeo de agressão violenta a jovem em Benfica
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.23
DATA: 2011-05-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: A Procuradoria-Geral da República admitiu esta tarde que o Ministério Público "não tem peritos informáticos ao seu serviço capazes de detectar, em tempo útil, crimes divulgados nas redes sociais".
TEXTO: O esclarecimento surgiu em resposta a perguntas da comunicação social sobre um video, que foi colocado no facebook, com imagens de uma jovem a ser espancada por outras duas perante a passividade e até regozijo de outros, que assistiram à cena. Um rapaz gravou o sucedido e colocou o video na internet. A PGR confirmou, na mesma nota, que "a Polícia de Segurança Pública já está a investigar quem são os autores e a vítima". Ao fim da tarde, a Rádio Renascença adiantou que a polícia já identificou a jovem agredida e que conseguiu inclusive falar com os seus pais, que não terão mostrado vontade de apresentar queixa. Ao PÚBLICO, o serviço de relações públicas da PSP indicou que desconhecia esta evolução. O espancamento da jovem pode configurar um crime de ofensas corporiais qualificadas. Neste tipo de crime não é necessária a apresentação de uma queixa para se iniciar uma investigação. O processo está a ser seguido pela Procuradoria, nomeadamente através do Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa (DIAP). Apesar de frisar que falta ao Ministério Público "apoio especializado em matéria de crimes através da Internet, divulgados na Internet ou com o uso da Internet", a PGR indicou que, neste processo, dará à PSP "o apoio informático que for possível e necessário para a recolha de prova". Em declarações ao PÚBLICO, uma responsável do serviço de relações públicas da PSP esclareceu que a polícia soube do sucedido através de um mail que lhe chegou com o vídeo do espancamento, a que também teve acesso pelas redes sociais. A investigação está a cargo do Departamento de Investigação Criminal, que já entregou ao DIAP os elementos de que dispõe, acrescentou. Segundo a PGR, "o Tribunal de Família e Menores está já ao corrente da situação para oportunamente tomar as medidas necessárias". O vídeo terá sido filmado na zona de Benfica, junto ao centro comercial Colombo. As imagens são de uma grande violência. Tudo começa com uma troca azeda de palavras, sendo depois uma das raparigas, de 14 anos, agredida com chapadas, puxões de cabelo e pontapés em todo o corpo por duas outras jovens. A cena é filmada por um rapaz, que chega a pedir a outro que não se ponha na frente para melhor captar as imagens. Ouvem-se risos e ninguém tenta evitar as agressões. "É assustador" Segundo a SIC, o jovem que colocou o vídeo no Facebook chama-se Rodolfo Santos e frequentou a Escola Secundária Alberto Neto, em Queluz, o mesmo estabelecimento de ensino onde, segundo a mesma estação, estuda a vítima de agressão. Em declarações ao PÚBLICO, o director do estabelecimento de ensino, José Brasão, confirmou que tiveram um estudante com aquele nome, mas que abandonou a escola em Outubro de 2009. Rodolfo terá 18 anos, o 7º ano de escolaridade e frequenta uma escola profissional na zona da Amadora, adiantou a SIC. Segundo José Brasão, dos envolvidos no video apenas "a agredida poderá eventualmente ser aluna" da sua escola. A sua identidade ainda não foi estabelecida em definitivo, acrescentou, mas a ser a jovem que a escola supõe terá 14 anos. Até agora a família não contactou a escola. Segundo uma funcionária do estabelecimento, a adolescente já "não vai à escola há muito tempo". Já o director afirma que, se for a aluna que pensa, não deixou de ir assim há tanto tempo. Na escola secundária Padre Neto, em Queluz, estudam cerca de dois mil alunos. "Não vejo um estudante desta escola ser capaz de fazer o que se vê no vídeo, porque nunca os vi fazer uma coisa dessas aqui. Temos incidentes, que são naturias nestes níveis etários mas uma violência gratuita como esta nunca tivemos. É assustador", disse José Brasão. "Como cidadão espero que os culpados sejam castigados. Como pai espero que nunca aconteça a um filho meu", acrescentou. Notícia actualizada às 19h08
REFERÊNCIAS:
Entidades PSP