“Apanhámo-lo”, disse Obama
Segunda-feira à noite, enquanto a Casa Branca disponibilizava fotografias que mostram o presidente Obama e os seus principais conselheiros seguindo a operação que matou Osama bin Laden no domingo, novos detalhes emergiram na imprensa americana sobre o que se passou durante essas horas dentro da Casa Branca – quando o resto do mundo nem suspeitava que a caça ao homem mais procurado pelos EUA estava a chegar ao fim. (...)

“Apanhámo-lo”, disse Obama
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-05-03 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20110503150808/http://www.publico.pt/Mundo/apanhamolo-disse-obama_1492394
SUMÁRIO: Segunda-feira à noite, enquanto a Casa Branca disponibilizava fotografias que mostram o presidente Obama e os seus principais conselheiros seguindo a operação que matou Osama bin Laden no domingo, novos detalhes emergiram na imprensa americana sobre o que se passou durante essas horas dentro da Casa Branca – quando o resto do mundo nem suspeitava que a caça ao homem mais procurado pelos EUA estava a chegar ao fim.
TEXTO: Foram 40 minutos de tensão dentro da Situation Room, a sala de conferência na cave da Casa Branca reservada para as grandes crises e grandes decisões. “Foi provavelmente um dos momentos de maior ansiedade nas vidas das pessoas que se juntaram aqui [Casa Branca] no domingo”, disse ontem um dos presentes, John Brennan, conselheiro principal de Obama em questões de contraterrorismo. “Os minutos passaram como se fossem dias. ” Descrevendo o ambiente dentro da sala onde Obama, o vice-presidente Joe Biden, a secretária de Estado Hillary Clinton, o chefe do Pentágono Robert Gates, e membros da cúpula das forças armadas e serviços secretos americanos acompanhavam a operação em tempo real, Brennan disse que grande parte do tempo foi passado em silêncio, com “muitas pessoas sustendo a respiração”. Uma das fotografias tiradas pelo fotógrafo oficial da Casa Branca, Pete Souza, e ontem divulgadas, parece cristalizar essa tensão. O canal americano MSNBC chegou mesmo a ampliar os rostos das pessoas ontem à noite como prova: o de Obama é todo rigidez; Hillary Clinton cobre a boca com a mão, como que transida. A imagem dos papéis em cima da mesa, de natureza confidencial, foi manipulada para impedir a sua compreensão. Como um jogo de vídeoNão é claro o que é que o presidente americano e a sua equipa observavam nesse momento. Segundo o New York Times, o chefe da CIA, Leon Panetta, narrou por videoconferência a operação enquanto ela decorria no Paquistão. Mas tanto a revista Time como a Reuters indicaram que a Casa Branca estava a acompanhar a operação directamente. Os Navy Seals – membros das forças especiais da Marinha americana – que conduziram a acção estão equipados com capacetes que trazem câmaras incorporadas e transmitem som e imagem para os seus centros de operação, nota a Reuters. Esses elementos podem ser retransmitidos em tempo real para a Casa Branca e Pentágono. Segundo a Time, a tecnologia “permite a um presidente experienciar as suas acções militares como um jogo de vídeo, excepto que não tem qualquer controlo sobre os acontecimentos”. Contradições oficiaisSetenta e nove Navy Seals em quatro helicópteros – segundo o New York Times – desceram sobre o complexo onde Bin Laden se encontrava, em Abbottabad. Quando um helicóptero avariou, a tensão subiu na Casa Branca, receando que o incidente pudesse comprometer toda a operação. Ouviram-se tiros. A CNN citou uma fonte da administração ontem à noite corrigindo os relatos iniciais de que Bin Laden fora alvejado na cabeça: ele foi atingido duas vezes, primeiro no peito e depois na cabeça. A mesma fonte indicou que Osama bin Laden não se encontrava armado no momento nem disparou qualquer tiro – apesar de ontem à tarde John Brennan ter afirmado que os EUA o teriam capturado vivo se ele não tivesse oferecido resistência. Ontem, emergiram algumas contradições nos relatos originados por diferentes elementos da administração americana. Apesar de haver a indicação inicial de que uma das vítimas era uma das mulheres de Bin Laden, que teria servido de escudo humano durante o ataque, uma fonte da Casa Branca corrigiu a informação na segunda-feira à noite: ela não era mulher do líder da Al Qaeda, nem serviu de escudo. Nome de código: GeronimoDe acordo com o New York Times, um membro dos Navy Seals tirou uma fotografia ao corpo de Bin Laden e enviou-o para analistas que submeteram a imagem a um programa de reconhecimento facial. O nome de código de Bin Laden era Geronimo. A mensagem chegou à Situation Room: “Geronimo EKIA”, iniciais (em inglês) de Inimigo Morto Em Acção. Fez-se silêncio na Casa Branca, descreve o New York Times, como se tivesse sido a mosca na sala. Qual foi a reacção do presidente americano quando teve a certeza que Bin Laden estava morto? “We got him. ” “Apanhámo-lo”, revelou Brennan.
REFERÊNCIAS:
Gravidez na adolescência desceu de 12 para quatro por cento em 30 anos
A gravidez na adolescência em Portugal baixou de 12 para quatro por cento nos últimos 30 anos, revela um relatório que traça o perfil da saúde sexual e reprodutiva na União Europeia. (...)

Gravidez na adolescência desceu de 12 para quatro por cento em 30 anos
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-05-04 | Jornal Público
SUMÁRIO: A gravidez na adolescência em Portugal baixou de 12 para quatro por cento nos últimos 30 anos, revela um relatório que traça o perfil da saúde sexual e reprodutiva na União Europeia.
TEXTO: O documento, a que a Lusa teve acesso, está a ser ultimado e servirá de base de discussão na sexta-feira, durante os trabalhos de um encontro internacional com especialistas em saúde sexual e reprodutiva, que decorrerá em Lisboa. O coordenador português do projecto, o ginecologista e obstetra Miguel Oliveira da Silva, explicou à Lusa que neste trabalho são abordadas cinco áreas: Saúde dos adolescentes, contracepção, apoio à maternidade, infertilidade e aborto. O especialista, que preside actualmente ao Conselho Nacional de Ética das Ciências da Vida (CNECV), considera que, perante os dados obtidos, “Portugal não tem, entre os restantes 26 países da UE, dos piores resultados”. Miguel Oliveira da Silva sublinha a descida da gravidez na adolescência (entre os 15 e os 19 anos) para os 4, 3 por cento, em 2009, quando em 1980 se situava nos 12 por cento. Uma boa notícia que, para Miguel Oliveira da Silva, se deve ao recurso à contracepção. O especialista refere, contudo, que nesta área "ainda há muito a fazer" e recorda que “no norte da Europa essa percentagem é de um por cento”. O Norte da Europa é igualmente referido quando abordada a questão do apoio à maternidade que, segundo Miguel Oliveira da Silva, é “um gravíssimo problema em Portugal, país com as mais baixas taxas de fecundidade da Europa”. “Não substituímos a nossa população. Os portugueses não têm filhos suficientes para manter a sua população, pois morrem mais do que nascem”, disse. Para o especialista, os incentivos financeiros são importantes, mas insuficientes, pois países como a Suécia, a Alemanha e a França apoiam profissionalmente os pais. “Na Suécia, se o pai não goza dois meses de licença de maternidade, o casal não recebe qualquer apoio financeiro”, exemplificou. Ao nível da contracepção, Miguel Oliveira da Silva defende a continuidade da oferta de anticoncepcionais nos serviços de saúde, alertando para os riscos da rutura de stocks. “É importante a fidelidade para a eficácia, nomeadamente no caso da pílula, que é a escolha anticoncepcional de 45 por cento das mulheres que a praticam”. Ao nível da infertilidade, o médico lamentou a “imensa” lista de espera nos serviços públicos de saúde para estes tratamentos, ao contrário do que acontece nos privados. “É preciso explicar à população as vantagens em ser mãe mais cedo, nomeadamente antes dos 27 anos”, disse. Por último, Miguel Oliveira da Silva destaca a diminuição d número de abortos em Portugal em 2010, mas alerta que “podia ser maior”. “Precisamos de saber porque faltam as mulheres às consultas de planeamento familiar, após a interrupção da gravidez, e discutir se esta continua a ser paga ou sujeita a uma taxa de moderação”.
REFERÊNCIAS:
Entidades UE
Filha de Bin Laden diz que o pai foi capturado vivo e depois assassinado
Uma filha de 12 anos de Osama bin Laden garante que o pai foi capturado vivo antes de ser assassinado diante da família, segundo uma fonte das forças de segurança paquistanesas citada pela estação de televisão Al-Arabiya. (...)

Filha de Bin Laden diz que o pai foi capturado vivo e depois assassinado
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.1
DATA: 2011-05-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: Uma filha de 12 anos de Osama bin Laden garante que o pai foi capturado vivo antes de ser assassinado diante da família, segundo uma fonte das forças de segurança paquistanesas citada pela estação de televisão Al-Arabiya.
TEXTO: Bin Laden terá sido capturado logo nos primeiros minutos da operação das forças especiais norte-americanas na mansão em Abbottabad, a cerca de 50 quilómetros da capital do Paquistão, Islamabad. Após o ataque, as forças de segurança paquistanesas terão colocado sob custódia duas mulheres e seis crianças entre os dois e os 12 anos encontradas no local, que segundo a Al-Arabiya foram transferidas para a cidade paquistanesa de Rawalpindi. Um responsável dos serviços de informação paquistaneses, que têm sido alvo de críticas por não terem detectado o local onde o líder da Al-Qaeda estava escondido, confirmou à AFP que a filha de Bin Laden disse ter visto os soldados norte-americanos matar o pai. Algumas das pessoas que estavam na casa onde vivia Bin Laden e que foram detidas pelas autoridades foram hospitalizadas por terem sido feridas ou estarem em estado de choque, segundo fontes do Governo paquistanês. Todas têm nacionalidade saudita ou iemenita. Dentro da mansão em Abbottabad foram encontrados pelas forças paquistanesas quatro cadáveres. Entre as pessoas encontradas vivas estava a mulher de Bin Laden, ferida numa perna depois de se ter colocado entre o líder da Al-Qaeda e os soldados norte-americanos, como ontem disse aos jornalistas o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney. Os familiares de Bin Laden não terão sido levados pelos soldados norte-americanos para o Afeganistão juntamente com o corpo do líder da Al-Qaeda por não haver lugar no helicóptero. O Ministério dos Negócios Estrangeiros paquistanês adiantou que “todos estão em lugar seguro e a ser tratados conforme a lei”. Deverão ser entregues em breve ao seu país de origem.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filha lei ataque mulher mulheres corpo
Tânia diz que António nunca lhe perguntou se ela queria o rim. "Ele é assim, mula"
Veio a psicóloga e perguntou a António Gonçalves se estava consciente dos riscos que ia correr. Se sabia que podia ficar na mesa de operações. Depois veio o médico, que juntou um cenário mais concreto: e se um dia for atropelado e perder o único rim com que vai ficar? E depois ainda vieram mais três médicas que o tentaram apanhar "em contradição", para se certificarem que queria doar o rim "de livre vontade". Anda há cerca de um ano a dizer que sim, que quer abdicar do seu rim para a mulher, que "ela não aguenta mais os tratamentos de hemodiálise". (...)

Tânia diz que António nunca lhe perguntou se ela queria o rim. "Ele é assim, mula"
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-05-08 | Jornal Público
SUMÁRIO: Veio a psicóloga e perguntou a António Gonçalves se estava consciente dos riscos que ia correr. Se sabia que podia ficar na mesa de operações. Depois veio o médico, que juntou um cenário mais concreto: e se um dia for atropelado e perder o único rim com que vai ficar? E depois ainda vieram mais três médicas que o tentaram apanhar "em contradição", para se certificarem que queria doar o rim "de livre vontade". Anda há cerca de um ano a dizer que sim, que quer abdicar do seu rim para a mulher, que "ela não aguenta mais os tratamentos de hemodiálise".
TEXTO: Em 40 por cento dos transplantes de rins em que há dador vivo (a maioria continua a fazer-se com órgãos de cadáveres) não existe relação de consanguinidade com o receptor, a proporção mais alta desde que a prática deixou de ser ilegal. No ano passado, a quase totalidade das dádivas foram entre maridos e mulheres, mas também houve uma dádiva entre cunhados. Companheira de António há oito anos, Tânia Machado diz que "é mais difícil aceitar do que doar". Por isso, desde o início disse ao companheiro, que é pasteleiro e tem 37 anos, que não o quer, que "o rim podia vir a fazer-lhe falta". "Ele nunca tinha feito análises e, por causa de mim, já foi todo picado. Nunca me perguntou se eu queria o rim. Ele é assim, mula", brinca a operadora de call center de 27 anos. Estão à espera de ser chamados para o transplante. Até 2007, este tipo de dádivas eram proibidas em Portugal - apenas eram permitidas quando existia relação de parentesco até ao terceiro grau. A ideia era evitar o tráfico de órgãos, mas constatava-se que a interdição era, em muitos casos, um entrave ao transplante. Desde que a lei mudou, o número de transplantes de dadores vivos - a maioria são de rins mas também é possível doar partes do fígado - tem aumentado. A excepção foi o ano passado, em que houve um ligeiro decréscimo, mas enquanto em 2008 os dadores não consanguíneos representavam 29 por cento do total, no ano passado atingiram uma proporção recorde: dos 51 transplantes, 21 são deste tipo (41 por cento). Constata-se que a lei abriu a porta sobretudo à dádiva entre maridos ou mulheres: dos 21 transplantes entre pares não consanguíneos realizados no ano passado, 20 envolveram pessoas com relações de conjugalidade; em 2009, dos 65 transplantes, 19 foram entre cônjuges (nove de marido para mulher, o mesmo número de esposa para marido e um em união de facto); e em 2008, o primeiro ano em que a lei foi aplicada, apenas sete dos 54 transplantes eram não consanguíneos, todos entre cônjuges (cerca de 13 por cento). Ana não quis o rim do filhoAna Cristina Pereira, professora de 43 anos, teve que esperar pela entrada em vigor da lei mas foi a primeira a ser transplantada com um rim do marido, ao abrigo da nova lei. Foi há dois anos e hoje tem uma vida normal. Poder ser o marido a dar-lhe o rim significou que pôde dizer que não à oferta do filho, que mal fez 18 anos insistia que queria dar o rim à mãe. "O meu filho não se calava. " Ela, porém, nunca quis - só pensava que ele agora era jovem, mas que, "com 40 anos, mesmo uma pessoa normal começa a perder a função renal e com a esperança de vida a aumentar". Em 2009, nas doações em que existem relações de sangue, sete filhos doaram os rins aos pais e 12 pais fizeram o mesmo aos filhos. Mas a maioria dos transplantes foram entre irmãos (26 do total de 65 transplantes) e houve mesmo um avô que doou a um neto. No ano anterior tinham sido cinco filhos a doar aos pais, 19 transplantes de pais para filhos, o mesmo número entre irmãos. "A diálise não é vida"Desde que Tânia descobriu, aos 25 anos, que sofre de insuficiência renal crónica, só sobrevive fazendo hemodiálise três vezes por semana, quatro horas por dia. "A diálise não é vida para ninguém", diz António, acrescentando que ele é "supersaudável". Dos dez mil portugueses que têm que fazer hemodiálise, cerca de 20 por cento estão em lista de espera para transplante - eram 2111 em 2009. Nos doentes que iniciaram tratamento por hemodiálise no ano passado, as principais causas da insuficiência renal eram a diabetes e a hipertensão arterial.
REFERÊNCIAS:
Música, cerveja e charros em Lisboa pela legalização da marijuana
Com a ajuda de muita música, muita cerveja e muitos charros, cerca de mil pessoas, na sua maioria jovens, manifestaram-se esta tarde em Lisboa pela legalização da “cannabis”. (...)

Música, cerveja e charros em Lisboa pela legalização da marijuana
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-05-08 | Jornal Público
SUMÁRIO: Com a ajuda de muita música, muita cerveja e muitos charros, cerca de mil pessoas, na sua maioria jovens, manifestaram-se esta tarde em Lisboa pela legalização da “cannabis”.
TEXTO: A encabeçar o desfile, que desceu do jardim das Amoreiras, perto do Rato, até ao Largo do Camões, no Chiado, uma faixa com mote para este ano: “Contra a crise legalize”. Os organizadores portugueses da Marcha Global da Marijuana, que hoje decorreu em mais de 300 cidades do mundo, sustentam que, através da cobrança de impostos, a legalização da marijuana traria uma fonte de receita adicional para o Estado, particularmente útil nestes tempos de crise. Permitira também criar postos de trabalhos, acrescentam. Amanda, que chegou do Brasil há cerca de um ano, acrescenta outras razões: “A legalização ajuda a desestruturar o crime organizado e o tráfico, para além de que poderá assegurar um maior controlo de qualidade. É também uma questão de saúde pública”. Já lá vão duas horas desde o momento da concentração, no jardim das Amoreiras, e a banda Farra Fanfarra continua imparável. Trombone, saxofones, tambores, numa mistura de sons dos Balcãs às Caraíbas. Em volta é tempo de alegria. Há quem dance, há quem cante, acompanhando os músicos. “Stand up for your rights”. Bob Marley é uma referência incontornável para estes jovens com rastas e cores da Jamaica. Neste desfile, os jovens do sexo masculino – calções e ténis – estão em franca maioria. Pedro e Vera levaram as filhas e as sobrinhas, quatro meninas entre os dois e os quatro anos: “Estamos aqui para que elas possam ter, mais tarde, o direito de escolher, para que não vão experimentar só porque é proibido. Porque já se sabe que o fruto proibido é o mais apetecido, sobretudo para os mais novos”. Chegou a vez do México. Megafone na mão, um dos membros da banda dá o tom, logo repetido por muitos: “La cucaracha, la cucarachya/Ya no puede caminar/ Porque no tine, porque le falta/ Marihuana pa’fumar”. André tem mais um argumento: “Não faz mal, é só uma planta”. Entre os manifestantes, sobretudo os mais novos, já há quem não consiga quase abrir os olhos. “Legal, legal, como a imperial”, gritam alguns. “Abaixo a hipocrisia, legalizem a maria”, acrescentam outros um pouco mais tarde. Continua a enrolar-se charros e a passar garrafas. A abrir e a fechar a manifestação estão carros da polícia e há agentes a acompanhar o desfile. Uma coabitação pacífica só possível devido à descriminalização do consumo de drogas, decretada há 10 anos. Em Portugal, para além do desfile de Lisboa – o primeiro realizou-se há cinco anos -, que arrancou às 15 horas e se prolongou quase até ao fim da tarde, também se realizaram manifestações no Porto, Coimbra, Braga e Leiria. Depois das eleições de 5 de Junho, os organizadores já têm uma meta: entregar no novo parlamento um abaixo-assinado em prol da legalização, que já conta com cinco mil assinaturas.
REFERÊNCIAS:
Exército vai julgar 190 pessoas pelos confrontos religiosos que fizeram dez mortos
O Governo egípcio está reunido de urgência após os confrontos, esta noite, entre cristãos e muçulmanos no Cairo terem provocado dez mortos e uma centena de feridos – e pelos quais foram detidas 190 pessoas a serem julgadas pelo Tribunal Supremo Militar. (...)

Exército vai julgar 190 pessoas pelos confrontos religiosos que fizeram dez mortos
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.1
DATA: 2011-05-08 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Governo egípcio está reunido de urgência após os confrontos, esta noite, entre cristãos e muçulmanos no Cairo terem provocado dez mortos e uma centena de feridos – e pelos quais foram detidas 190 pessoas a serem julgadas pelo Tribunal Supremo Militar.
TEXTO: A violência entre os dois grupos religiosos lançou o caos durante a noite no densamente populado bairro de Imbaba, na capital, após o ataque de muçulmanos a uma igreja, depois de se ter sabido que uma mulher cristã que queria converter-se ao islão teria sido ali encerrada. O primeiro-ministro Essam Charaf adiou a visita que tinha marcada para os Emirados Árabes Unidos e Bahrain, segundo está a avançar a televisão estatal egípcia. Os confrontos levaram a que o exército e a polícia anti-motim tivesse de actuar, tendo sido confirmado já que 190 pessoas vão ser julgadas em tribunal militar devido a estes confrontos. "O Conselho Supremo Militar [que exerce provisoriamente o poder no país, desde a deposição de Hosni Mubarak, a 11 de Fevereiro] decidiu enviar para julgamento no Tribunal Supremo Militar todos aqueles que foram detidos durante os incidentes de ontem, ou seja, 190 pessoas", foi anunciado pelo organismo na sua página na rede social Facebook. Também no mesmo bairro de Imbaba uma outra igreja foi incendiada. Os confrontos entre os muçulmanos e os cristãos coptas do Egipto – que representam cerca de 10 por cento da população – por causa das conversões de cristãos ao Islão, têm provocado a violência no país nos últimos dois meses. O assunto foi desencadeado depois de duas mulheres, separadas há alguns anos de padres coptas, terem mostrado a intenção de se converter ao Islão. Mas a história nunca foi oficialmente confirmada. Os coptas são a comunidade cristã mais importante do Médio Oriente. Notícia actualizada às 11h40
REFERÊNCIAS:
Étnia Árabes
Obama pressiona Paquistão por causa de Bin Laden
O Presidente norte-americano, Barack Obama, afirmou que Bin Laden terá tido “algum tipo” de rede de apoio no Paquistão. Numa entrevista ao programa "60 minutos", repetiu os pedidos antes feitos por outros responsáveis norte-americanos para que seja feita uma investigação. (...)

Obama pressiona Paquistão por causa de Bin Laden
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-05-09 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Presidente norte-americano, Barack Obama, afirmou que Bin Laden terá tido “algum tipo” de rede de apoio no Paquistão. Numa entrevista ao programa "60 minutos", repetiu os pedidos antes feitos por outros responsáveis norte-americanos para que seja feita uma investigação.
TEXTO: Não é possível que Bin Laden tenha vivido tanto tempo no Paquistão sem “algum tipo de rede de apoio”, disse Obama. “Mas não sabemos quem ou o que terá sido essa rede de apoio”, continuou: “Não sabemos se pode ter havido alguém dentro do Governo, alguém fora do Governo, e isso é algo que temos de investigar e, mais importante, que o Governo paquistanês tem de investigar”, afirmou o Presidente americano, reconhecendo que os 40 minutos que durou a operação foram os "mais longos" da sua vida. Os EUA têm estado a pressionar o Paquistão para fornecer mais informação: querem acesso às três mulheres de Bin Laden, que viviam no complexo em Abbottabad e que foram detidas por agentes paquistaneses logo após o raide norte-americano no complexo em que vivia o líder da Al-Qaeda, e querem também saber a identidade de alguns importantes agentes secretos paquistaneses para tentar determinar se algum tinha contacto com Osama ou outros membros do seu círculo próximo. EUA querem acesso às três mulheres de Bin LadenSegundo informação dada pela mulher mais nova de Bin Laden, a iemenita Amal Ahmed Abdulfattah, aos investigadores paquistaneses, o líder da Al-Qaeda terá vivido no Paquistão durante mais de sete anos, cinco anos em Abbottabad e cerca de dois anos e meio numa pequena localidade nas imediações. Os EUA têm mantido um delicado jogo de declarações com o Paquistão, ora questionando como foi possível que Bin Laden tivesse vivido no território tanto tempo sem ser detectado, ora garantindo que a relação Washington-Islamabad é forte e não será posta em causa. Ainda ontem, antes de Obama falar do “apoio” que Bin Laden terá tido no Paquistão, o seu conselheiro de segurança nacional Tom Donilon tinha afirmado que não havia qualquer prova de que responsáveis paquistaneses soubessem do paradeiro do líder da Al-Qaeda.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Tanques sírios nos arredores de Damasco
A operação do Exército para esmagar a oposição na Síria chegou aos arredores da capital, Damasco, afirmaram activistas de direitos humanos citados pela emissora britânica BBC. (...)

Tanques sírios nos arredores de Damasco
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-05-09 | Jornal Público
SUMÁRIO: A operação do Exército para esmagar a oposição na Síria chegou aos arredores da capital, Damasco, afirmaram activistas de direitos humanos citados pela emissora britânica BBC.
TEXTO: Soldados e tanques continuam ainda outras acções em cidades como Homns, a terceira do país, Deraa, onde na semana passada uma pesada intervenção para esmagar a revolta tinha sido dada como terminada, e em Banias, na costa. Segundo os activistas, em bairros dos subúrbios de Damasco ouviam-se fortes tiroteios. Sites de activistas relatavam que o subúrbio de Muadhamiya, a oeste da capital, tinha sido cercado pelas tropas, com som de forte tiroteio, nuvens de fumo negro a sair da área, e com electricidade e telefone cortados. O modo de operação do Exército tem sido semelhante em todas as cidades: um cerco com soldados e tanques, corte de electricidade e comunicações, acções nas cidades limítrofes, e entrada na cidade para procurar opositores. Organizações sírias de direitos humanos afirmaram na sexta-feira passada que nas sete semanas de pressão tinham já sido mortos cerca de 800 civis, uncluindo 220 no ataque miltiar a Deraa. O Governo diz que morreram 100 soldados. No domingo, havia relatos de tiroteios em Homs, onde terão morrido mais de dez pessoas, incluindo um rapaz de doze anos. Na véspera, disparos dos soldados contra uma manifestação só de mulheres em Banias tinha marcado a primeira vez que o Exército atacava directamente um grupo apenas feminino. A Síria não permite a entrada de jornalistas estrangeiros no país, e com os cortes de comunicações, torna-se difícil saber o que se passa no terreno. UE e EUA já adoptaram sanções contra o regime sírio em resposta à brutalidade da repressão levada a cabo pelo Presidente Bashar al-Assad, que enfrenta o mais sério desafio depois de ter sucedido ao seu pai em 2000.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA UE
PJ conta 55 crianças mortas pelos pais em cinco anos
Doze crianças morreram no ano passado às mãos dos seus pais. Não é o número mais elevado: em 2009, foram 15 as crianças mortas naquelas circunstâncias, das quais seis bebés asfixiados pelas mães logo a seguir ao parto. (...)

PJ conta 55 crianças mortas pelos pais em cinco anos
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.2
DATA: 2011-05-09 | Jornal Público
SUMÁRIO: Doze crianças morreram no ano passado às mãos dos seus pais. Não é o número mais elevado: em 2009, foram 15 as crianças mortas naquelas circunstâncias, das quais seis bebés asfixiados pelas mães logo a seguir ao parto.
TEXTO: Na soma dos últimos cinco anos, a Polícia Judiciária conta 55 crianças mortas em Portugal pelos seus progenitores. Em Espanha, com uma população quatro vezes e meia superior à portuguesa, 20 crianças foram mortas pelos pais em 2010. Nas cifras do ano passado preponderam os sete bebés mortos pelas mães durante ou logo após o parto. Nestes casos, que a lei classifica como infanticídios, as penas raramente culminam em prisão efectiva, desde que tenha ficado claro perante o tribunal que o crime foi cometido sob a "influência perturbadora" do parto. Isto apesar de a lei possibilitar penas entre um e cinco anos de prisão. A procuradora Dulce Rocha, do Instituto de Apoio à Criança, diz que ainda bem que a pena costuma ser atenuada. "Geralmente, nestas situações a culpa é diminuta. São mulheres em situação psíquica muito instável, que não conseguiram abortar e que estão desesperadas; aliás, desespero é mesmo a palavra que melhor descreve estes quadros. "Mais do que punir, parece reunir consenso a ideia de que o sistema deve é garantir o acompanhamento destas mulheres. "Haja ou não condenação em pena prisional, será sempre indispensável que o sistema assegure o apoio psicológico (antes do julgamento, depois deste e ao longo da pena ou do período de suspensão), bem como apoio social", sublinha Carlos Poiares, director da Faculdade de Psicologia da Universidade Lusófona, para lembrar que quem comete um crime desta natureza "está, em princípio, socialmente desinserido e carece de apoio que lhe permita a reinserção e o reenquadramento". Em Portugal, não existem grandes estudos sobre infanticídios ou filicídios - a designação adoptada quando um pai mata o filho fora da influência perturbadora do parto. Foram 24, nos últimos cinco anos, tendo sido 13 cometidos pelos pais e os restantes 11 pelas mães. Rui Abrunhosa, professor na Universidade do Minho e especialista em comportamentos desviantes, aponta que o denominador comum nestes crimes é "a existência de perturbação mental, seja ela mais aguda, no caso dos infanticídios, ou mais crónica, no caso dos filicídios". No caso dos infanticídios, Abrunhosa lembra que, em regra, as mulheres não possuem qualquer antecedente criminal. E Carlos Poiares sublinha, por seu turno, que muitas infanticidas foram e podem continuar a ser boas mães em relação a outros filhos. "Já conheci uma infanticida que, entre o acto e o dia do julgamento, engravidou, teve a criança e levou-a depois para a cadeia. Que se saiba, conseguiu exercer a maternidade. "Adelaide voltou a ser mãeAdelaide Silva, a escriturária de 37 anos de Vila Nova de Gaia que, em Fevereiro de 2008, matou o seu bebé recém-nascido, não precisou de levar para a prisão o filho que teve a seguir. O juiz condenou-a a quatro anos de pena suspensa. Adelaide tinha já três filhos quando nasceu o quarto, em casa, na sanita. Tapou-lhe o nariz e a boca com uma mão e asfixiou-o até à morte. De seguida, meteu-o no congelador. O juiz considerou que a arguida estava angustiada, alterada, deprimida, "em negação da realidade". Adelaide não ouviu nenhum destes adjectivos. No dia da sentença, estava a recuperar do parto de um menino, nascido dois dias antes. Para além das situações de psicose aguda, o psiquiatra Phillip Resnick apontou recentemente à revista norte-americana Time quatro outras "motivações-tipo" para este crime. Na primeira, a morte de uma criança às mãos do progenitor surge como um acto altruísta. É o que acontece, por exemplo, quando alguém decide suicidar-se e acredita que, ao matar também o seu filho, está a poupá-lo a uma grande dose de sofrimento. A morte pode ainda resultar de uma agressão fatal que não visava propriamente aquele fim. Na terceira circunstância, o bebé é indesejado, fruto de uma gravidez não planeada, muitas vezes resultante de uma infidelidade ou de uma relação clandestina.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime morte lei filho tribunal prisão social criança mulheres infidelidade
Arnold Schwarzenegger e Maria Shriver anunciam separação
Após 25 anos de casamento, o ex-governador da Califórnia e ex-estrela de Hollywood Arnold Schwarzenegger e Maria Shriver anunciaram a sua separação. (...)

Arnold Schwarzenegger e Maria Shriver anunciam separação
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-05-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: Após 25 anos de casamento, o ex-governador da Califórnia e ex-estrela de Hollywood Arnold Schwarzenegger e Maria Shriver anunciaram a sua separação.
TEXTO: Sabe-se que Maria Shriver, membro do clã Kennedy, saiu da mansão onde ambos viviam, em Brentwood, Califórnia, e tem vivido afastada do marido durante as últimas semanas. O casal anunciou a sua separação durante o dia de ontem num comunicado conjunto, depois de o britânico “The Times” os ter questionado acerca de uma eventual separação. “Tem sido um período de transições pessoais e profissionais para cada um de nós [Schwarzenegger deixou o cargo de governador em Janeiro deste ano]”, indica o comunicado. “Depois de muita reflexão, ponderação, discussões e orações, chegámos a esta conclusão em conjunto. Neste momento, estamos a viver separados enquanto trabalhamos o futuro do nosso relacionamento”. “Continuamos a educar os nossos quatro filhos em conjunto. Eles são a luz e o centro de ambas as nossas vidas. Consideramos que isto é um assunto privado e nem nós nem nenhum dos nossos amigos ou familiares fará mais comentários. Pedimos a vossa compreensão e pedimos respeito aos media ao público”, indica ainda o comunicado. Em 2003, a relação entre Schwarzenegger e Shriver ficou abalada quando foi noticiado que o governador teria um historial de assédio sexual (apalpões) a mulheres, mas Maria manteve-se ao lado do marido, apoiando-o quando este concorreu pela primeira vez ao cargo de governador da Califórnia. Desde que Schwarzenegger terminou o seu segundo mandato de governador, em Janeiro deste ano, os dois parecem ter começado a viver vidas separadas, relata o “LA Times”. Shriver, 55 anos, que chegou a co-apresentar o programa "Dateline”, da NBC e que se dedica a promover causas que lhe são próximas, como as investigações científicas sobre a Doença de Alzheimer, sofreu no início deste ano uma grande perda pessoal: a morte do pai. O ex-governador, de 63 anos, disse em Abril passado que gostaria de regressar aos filmes, tendo anunciado posteriormente que irá participar em três películas, incluindo um novo capítulo da saga “O Exterminador Implacável”. Schwarzenegger e Shriver conheceram-se em 1977, quando o apresentador da NBC Tom Brokaw os apresentou durante um torneio de ténis. Os dois casaram-se em 1986 e têm quatro filhos, com idades compreendidas entre os 14 e os 21. Notícia actualizada às 11h05
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte doença sexual mulheres assédio