Director da BP apanhado em corrida de veleiros
O director executivo da BP, Tony Hayward, talvez o homem mais odiado da América neste momento, tornou-se ainda mais odiado, se é que isso é possível, por ter sido visto, no sábado, a passar o dia numa corrida de veleiros na ilha de Wight, no sul de Inglaterra, em que participava o seu barco “Bob”. (...)

Director da BP apanhado em corrida de veleiros
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-06-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: O director executivo da BP, Tony Hayward, talvez o homem mais odiado da América neste momento, tornou-se ainda mais odiado, se é que isso é possível, por ter sido visto, no sábado, a passar o dia numa corrida de veleiros na ilha de Wight, no sul de Inglaterra, em que participava o seu barco “Bob”.
TEXTO: Hayward, que tinha declarado que gostaria de ter “a sua vida de volta”, parecia tê-lo conseguido, depois de uma semana de audições no Congresso, encontros com Barack Obama na Casa Branca e a promessa da criação de um fundo no valor de 20 mil milhões de dólares para indemnizar o derrame de petróleo causado pela explosão da plataforma Deepwater Horizon, ao largo do Luisiana. Mas, no Golfo do México, relatam os media norte-americanos, a indignação e a fúria foram as reacções dominantes. “Não é correcto. Nós nem sequer podemos ir à pesca, e ele vai para as corridas de iates”, dizia à agência AP Bobby Pitre, 33, que tem uma loja de tatuagens em Larose, na Luisiana. “Também gostava de poder passar um dia que fosse afastado deste petróleo”. Rahm Emanuel, o chefe de gabinete do Presidente norte-americano, reagiu à notícia no programa da ABC “This Week” com uma ironia mordaz, dizendo que Hayward sempre tinha conseguido “recuperar a sua vida”. E acrescentou, igualmente viperino: “Penso que podemos concluir que Tony Hayward não vai ter uma segunda carreira como consultor de relações públicas. ”Os porta-vozes da BP, por seu lado, esforçaram-se por defender Hayward, que tem sido uma enorme fonte de “gaffes”. Esta folga é a primeira desde a explosão da Deepwater Horizon, a 20 de Abril, justificou Robert Wine. “Ele só vai passar umas horas com a família no fim-de-semana. Estou seguro que toda a gente pode compreender”, disse o relações públicas da BP.
REFERÊNCIAS:
Tempo Abril
TV norte-coreana transmite em directo jogo com Portugal
A Coreia do Norte vai transmitir hoje (12h30) em directo o jogo da sua selecção de futebol contra a equipa portuguesa, o que acontece pela primeira vez num Campeonato do Mundo da modalidade. (...)

TV norte-coreana transmite em directo jogo com Portugal
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento -0.13
DATA: 2010-06-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: A Coreia do Norte vai transmitir hoje (12h30) em directo o jogo da sua selecção de futebol contra a equipa portuguesa, o que acontece pela primeira vez num Campeonato do Mundo da modalidade.
TEXTO: O anúncio da transmissão aparece na programação de hoje da televisão norte-coreana, informa a agência de notícias sul-coreana Yonhap. A última vez que a Coreia do Norte transmitiu em directo um jogo de futebol foi em Junho de 2009, quando a equipa do país defrontou o Irão numa partida da fase de qualificação para o Mundial da África do Sul. Na semana passada, a Televisão Central da Coreia do Norte transmitiu em diferido o jogo contra o Brasil, em que a selecção do país foi muito elogiada na imprensa, apesar da derrota por 2-1 frente à equipa sul-americana. A selecção de futebol norte-coreana participa no Mundial após um interregno de 44 anos e faz parte do grupo G, com Portugal, Brasil e Costa do Marfim. No Mundial de Inglaterra em 1966, a Coreia do Norte foi eliminada nos oitavos-de-final por Portugal, com uma derrota por 5-3, depois de ter estado a vencer por 3-0.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave marfim
Vitória, goleada e apuramento na mão
Portugal não deu hipóteses e derrotou esta tarde a Coreia do Norte por 7-0, a maior goleada, até agora, no Mundial 2010. Meireles, Simão, Hugo Almeida, Tiago (dois), Liedson e Ronaldo foram os marcadores de serviço. (...)

Vitória, goleada e apuramento na mão
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-06-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: Portugal não deu hipóteses e derrotou esta tarde a Coreia do Norte por 7-0, a maior goleada, até agora, no Mundial 2010. Meireles, Simão, Hugo Almeida, Tiago (dois), Liedson e Ronaldo foram os marcadores de serviço.
TEXTO: Raul Meireles abriu o marcador aos 29', já depois de Ricardo Carvalho ter rematado ao poste, logo aos sete. Mas a goleada da selecção portuguesa só tomou forma após o intervalo, com golos de Simão (53'), Hugo Almeida (56'), Tiago (59' e 88'), Liedson (81') e Cristiano Ronaldo (87'). Cristiano Ronaldo, que não marcava há 16 meses pela selecção nacional e foi considerado hoje pela FIFA o "homem do jogo", ainda teve tempo para, aos 71', rematar à barra da baliza de Ri Myong-Guk - no primeiro jogo, frente à Costa do Marfim (0-0), Ronaldo disparou ao poste, aos 11'. Esta é a terceira maior goleada da história dos Mundiais de futebol, só inferior à vitória da Hungria sobre El Salvador em 1982 (10-1) e da Alemanha ante a Arábia Saudita, em 2002 (8-0). Portugal tem nove golos de vantagemCom o Brasil já qualificado para os oitavos-de-final, Portugal tem também praticamente o apuramento garantido graças à diferença de golos para a Costa do Marfim. Os portugueses têm uma vantagem de nove golos para os marfinenses. A goleada sem contestação só se tornou possível quando os norte-coreanos, que já não têm hipóteses de chegar aos oitavos-de-final, perderam a organização, no momento em que procuravam recuperar a desvantagem de um golo que tinham ao intervalo.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homem marfim
Estudantes têm cada vez mais dificuldades de base a Matemática
Um meio mais um meio? 27 % dos alunos do Técnico falharam. Professores alertam que as lacunas que os “caloiros” trazem afectam as licenciaturas. E temem não recuperá-los. (...)

Estudantes têm cada vez mais dificuldades de base a Matemática
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.333
DATA: 2010-06-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um meio mais um meio? 27 % dos alunos do Técnico falharam. Professores alertam que as lacunas que os “caloiros” trazem afectam as licenciaturas. E temem não recuperá-los.
TEXTO: Saber a tabuada de cor, resolver uma equação, fazer contas com parêntesis, calcular uma raiz quadrada à mão, somar fracções ou multiplicar potências são algumas das difi culdades que os estudantes têm a Matemática. No ensino básico ou no ensino secundário? Em ambos, mas não só. Estamos a falar de um problema que afecta cada vez mais os “caloiros” nas universidades. O PÚBLICO ouviu vários professores universitários portugueses que leccionam cadeiras onde “o bicho-de-sete-cabeças” é central. Confrontam-se, diariamente, com alunos “sem hábitos de trabalho e sem espírito de sacrifício”. E temem os efeitos desta “cultura de facilitismo”. Contudo, o problema já não é só de conhecimento. Traduz-se no comportamento. Numa aula os alunos não devem colocar os pés na cadeira da frente nem ter bonés. Devem evitar sair durante a aula e é costume colocar o dedo no ar quando querem falar. O uso de telemóveis está proibido. É importante manter um ambiente de trabalho. É desta forma que os semestres começam nas faculdades, com uma explicação das regras básicas de funcionamento de uma aula – e que têm de ser lembradas ao longo do ano. “Tenho conseguido ser a autoridade dentro da sala mas perco tempo a explicar normas simples e coisas que nem sabem que não devem fazer”, conta Ana Rute Domingos, professora do departamento de Matemática da Faculdade de Ciências da Universidade Lisboa. Com 42 anos e a dar aulas desde 1993, maioritariamente de Cálculo em cursos como Engenharia do Ambiente, Biologia, Física ou Bioquímica, nota que “houve uma grande perda na aplicação de conceitos básicos a novas situações”. Uma opinião corroborada por Paulo de Carvalho, que lecciona Teoria da Informação e Computação Gráfi ca na licenciatura em Engenharia Informática na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. “Classifi co-os como uma geração wikipedia: satisfazem-se muito facilmente com conhecimentos superfi ciais”, explica o docente de 42 anos, a dar aulas há 19 anos. “Há ausência de consolidação de conceitos e os alunos estão viciados no uso da calculadora. ” Ana Isabel Filipe, do departamento de Matemática e Aplicações da Escola de Ciências Universidade do Minho, que tem dado cadeiras de Álgebra Linear, Análise Matemática e Cálculo em cursos na área das engenharias, faz uma radiografi a: “Os alunos estão dentro de cursos que não gostam. Procuram um curso com empregabilidade e ocupam a vaga de quem até tinha uma nota menor mas tinha gosto. Estão todos fora do sítio”, explica a professora de 55 anos que dá aulas desde 1978. O Instituto Superior Técnico, da Universidade Técnica de Lisboa, não é excepção. Luísa Ribeiro, docente do departamento de Matemática que tem leccionado cadeiras como Cálculo Diferencial e Integral em várias engenharias, admite que os alunos mudaram. Fizeram há dois anos uma prova de aferição para perceberem as suas difi culdades. Uma das perguntas – que servia para “aquecer” – era quanto é um meio mais um meio e a resposta era de escolha múltipla. Cerca de 27 por cento falhou. Em jeito de ironia Luísa Ribeiro, de 53 anos, assume que chegam “infantilizados”, o que não estranha tendo em conta que “até a idade pediátrica foi alargada até aos 18 anos”. “Em algum lado têm de começar a ser responsáveis. Têm uma preparação de uma pessoa de início de secundário ou pior. São ensinados a não pensar e isso em Matemática é desastroso. Foram treinados como um cãozinho para um exame”, diz Luísa Ribeiro. Na área das Ciências Sociais e Humanas, apesar de a Matemática não ser central, os professores também sentem as diferenças. Oliveira Martins tem leccionado cadeiras de Economia e Métodos Quantitativos na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Aos 43 anos e a dar aulas desde 1997 afi rma que “há menos maturidade”. Para o docente do departamento de Ciências da Comunicação os alunos sabem que “há menos probabilidades de conseguirem emprego e não percebem porque é que se devem esforçar”. “Sintome um professor de liceu quando o que sempre me atraiu na faculdade foi ensinar e aprender com eles. Perco metade da energia a estabilizar a turma e muito tempo a explicar conceitos como a média, a moda ou o desvio padrão em Métodos Quantitativos ou o conceito de infl ação e de PIB ou como calcular taxas de crescimento em Economia. ” Para estes docentes um dos “culpados” é o (ab)uso da calculadora. “Explico- lhes que não é nenhum oráculo e que a Matemática é simples mas exige trabalho. É preciso treinar o raciocínio abstracto e a verdade é que já nem sabem somar fracções, multiplicar potências. . . ”, prossegue Luísa Ribeiro, que critica o facto de “tudo se fazer para ter estatísticas de sucesso sem nunca defi nir o que é sucesso”. Ana Rute Domingos também sublinha que ao disseminar-se a ideia de que o ensino tem de ser muito divertido esqueceu-se a importância, por exemplo, da memorização. “Tenho muitos alunos que não sabem a tabuada e que ainda contam pelos dedos ou que nem sabem a fórmula resolvente. ” Para colmatar estas falhas, desde 2007 que a docente e a sua faculdade organizam, antes no início do novo ano lectivo, um curso de Matemática para quem quer entrar em licenciaturas onde esta é central. Têm a oportunidade de utilizar uma forma mais lúdica para demonstrar que “a Matemática está em tudo o que fazemos no dia-a-dia”. Ressalva, no entanto, que os alunos de hoje não são menos inteligentes, “não se trabalha é o que têm”. Um factor que Paulo de Carvalho também não coloca em causa. “Os alunos são igualmente inteligentes. A formação é que é o problema. Na década de 1990 instalou-se a ideia romântica de que a aprendizagem tem de dar prazer e isso não é uma verdade absoluta. Vivemos um problema de inteligência pública”, defende. “Na entrada na universidade passou a privilegiar-se a nota em vez do saber. Na Matemática não pode haver facilitismo. A Matemática exige treino com lápis e papel”, acrescenta Ana Isabel Filipe. “As pessoas são inteligentes mas acomodam-se. Se é para resolver apenas os problemas postos pelos outros não é preciso ser-se engenheiro”, completa Luísa Ribeiro. “Criou-se a ideia de que a aprendizagem não é dolorosa. Há um culto do facilitismo e de desvalorizar o conhecimento que se acentuou com os cursos de três anos”, conclui Oliveira Martins.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave escola cultura
Carlos Queiroz: "Estávamos a precisar de um momento destes"
O seleccionador português realçou a qualidade da exibição da equipa, justificou as alterações no "onze" com o perfil do adversário e renovou a confiança em todo o plantel. (...)

Carlos Queiroz: "Estávamos a precisar de um momento destes"
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento -0.25
DATA: 2010-06-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: O seleccionador português realçou a qualidade da exibição da equipa, justificou as alterações no "onze" com o perfil do adversário e renovou a confiança em todo o plantel.
TEXTO: Carlos Queiroz"Foi uma grande exibição. Grande atitude. Estávamos a precisar de um momento destes. Foi mais um jogo. Não ganhámos nada até aqui. Este jogo ditava algumas alterações em função do adversário. O mais importante foi testemunhar que todos os jogadores estão aptos para jogar. Não sabia que foi a maior goleada de Portugal em Mundiais. Agora vamos abordar o jogo com o Brasil com a mesma ambição. Gostava de prestar a minha homenagem à Coreia do Norte pela forma como se bateu do princípio ao fim, sem andar aos pontapés a ninguém. Bateu-se com toda a dignidade. Foram muitos golos, mas só contam três pontos. No próximo jogo jogamos o prestígio do país, mas também a passagem. Temos de manter a mesma atitude. Espero que a Coreia faça frente à Costa do Marfim o ponto que merece neste Mundial. O Tiago foi brilhante. Merecia ter sido o homem do jogo. "Tiago"Estou muito feliz. Não há jogos iguais. O primeiro é sempre muito difícil porque ninguém quer perder e o adversário era muito forte. Ser titular? Isso não é importante. "Cristiano Ronaldo"O meu golo foi divertido. Estou muito feliz. Marcar sete golos num Mundial não é fácil. Acho que os meus colegas estão todos de parabéns. O melhor jogador em campo? Três ou quatro outros jogadores mereciam o prémio, em especial Tiago". Simão"Depois do jogo com a Costa do Marfim, sabíamos que este jogo era super-importante, tínhamos de ganhar e fizemos uma excelente exibição. Marcámos muitos golos e demos um passo importante. É fantástico marcar no Mundial, jamais esquecerei. Titularidade? Estou aqui como os restantes 22, para ajudar e fazer o melhor. Vamos ver o que vamos fazer no futuro. Com o Brasil é um jogo importante, porque nada está decidido. Vamos tentar chegar aos oitavos-de-final. "Hugo Almeida"Entrámos muito bem. A nossa ordem era atacar e fazer golos. Sabíamos que a Coreia era muito forte defensivamente. Fizemos umg rande jogo que dá confiança não só para o Brasil, mas também para os outros jogos. "Raul Meireles"Sabíamos que ia ser difícil, conseguimos o principal objectivo, que era a vitória. Correu tudo bem, a equipa jogou toda junta e foi uma vitória magnífica. A equipa está confiante, para já vamos saborear a vitória e depois começar a pensar no jogo com o Brasil. "Deco"Se vou recuperar para o jogador do Brasil? Não posso dizer porque estou ainda fazer tratamento. Não estou preocupado em perder o lugar. Viemos para cá para ganhar e ir o mais longe possível. O mais importante foi ganhar. A exibição foi fantástica. Os golos podem ajudar a passar à próxima fase. A minha lesão foi numa rotação, já tinha tido uma semelhante no Chelsea. Podemos vencer o Brasil, mas o mais importante é passar. O empate pode servir. "Eduardo"O mais importante foi o resultado e os golos, que podem fazer falta para ditar o apuramento. Estamos confiantes, a equipa estava bem e sabíamos que isto podia acontecer. Tínhamos confiança mas faltava aparecer o golo e hoje acabou por acontecer. Estamos praticamente apurados, mas vamos encarar o último jogo como se ainda precisássemos. Temos essa vontade e, mesmo frente ao Brasil, que será muito complicado, vamos apresentar essa mesma motivação. Hoje correu tudo bem, mas não vamos entrar em euforias. "Duda“Foi uma exibição perfeita. Com o Brasil será muito difícil e na sexta-feira vamos tentar ganhar. Não me importo de ser suplente. O importante é a equipa ganhar. Jogo em qualquer lado, desde que ajude a equipa”. Fábio Coentrão“Ainda não estamos apurados, falta o quase e esse quase pode complicar as coisas. Se pontuarmos com o Brasil, estamos nos oitavos-de-final e é isso que queremos. Estou satisfeito, tenho trabalhado para ser titular da selecção e penso que tenho correspondido. Estou com a cabeça na selecção nacional. De resto, vou ser sincero, sou jogador do Benfica e gosto muito de lá estar. O Real Madrid é sempre o Real Madrid, mas este ano penso que é melhor continuar no Benfica. Tenho 22 anos, tenho tempo. Quanto ao Di María, se for bom para ele e para o Benfica, espero que vá para o Real Madrid. Ficarei feliz por ele, é um grande jogador”.
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Entidades DECO
Opinião de Teresa de Sousa: O meu coração balança
Só quem não sabe que, na França, não há reformas, apenas revoluções, é que se pode espantar com o que se passa com os Bleus. (...)

Opinião de Teresa de Sousa: O meu coração balança
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DATA: 2010-06-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: Só quem não sabe que, na França, não há reformas, apenas revoluções, é que se pode espantar com o que se passa com os Bleus.
TEXTO: Domenech não serve? Há uma revolta. É pena que o mesmo método não tenha sido aplicado ao árbitro francês que conseguiu a proeza de expulsar Kaká depois de largos milhões de pessoas terem assistido em directo às violentas caneladas (algumas de fazer arrepiar) dos jogadores da Costa do Marfim aos jogadores brasileiros. Du jamais vue, como diriam os franceses. Que infelizmente o árbitro parece que não viu. Explicação? Continuando no campo da "análise política", porque na Costa do Marfim se fala francês? Porque fazem parte da Françafrique? E agora, quem corrige o erro?Diríamos nós que eliminar Kaká do jogo contra Portugal foi uma generosa oferta do árbitro francês. Perdoem-me que discorde. Confesso as minhas inclinações. O meu coração balança. Não me importaria nada de ver o Brasil ganhar o Mundial. Joga com "estilo e substância", escrevia um jornal espanhol. Outros dizem que menos estilo e mais eficácia. Por mim, acho que está lá tudo. Gosto do sorriso dos jogadores. Do seu empenho. Da forma como os brasileiros sabem festejar cada oportunidade, cada golo, cada esperança, cada vitória. Nunca me esquecerei da Avenida Paulista na festa do Mundial de 94. Sabem fazê-lo civilizadamente. E nós? Estava com um mau pressentimento para este Portugal-Coreia do Norte. Escrevo esta crónica enquanto a selecção está a jogar. Um olho no ecrã do computador e outro no da televisão. Os golos sucedem-se a um ritmo de cortar a respiração. Já lá vão quatro. Cinco. Seis. Sete. Pode pedir-se mais? Não sei. Só sei que o meu coração balança. Tenho o mais maravilhoso dos pretextos para torcer pelo Brasil. Nasceu-me mais uma neta no Rio de Janeiro. A sua primeira identidade será brasileira, só depois poderá pedir as outras duas a que tem direito: portuguesa e britânica. Da última vez que fiz "skype" com o Rio, a minha neta mais velha dançava diante da câmara com a sua linda bandolete da selecção brasileira, cantando "Brasil, Brasil" já com aquele jeitinho brasileiro irresistível. Nenhuma delas é menos portuguesa ou inglesa por isso. Nem eu. Mas o Brasil, às vezes, é irresistível. Tão irresistível como o sorriso e a passada de Ronaldo. Vamos ver. Talvez baste que a vitória se diga em português. P. S. : Por trás de cada jogador da Coreia do Norte está o regime mais inumano do mundo, responsável pelo vago sabor amargo da vitória portuguesa.
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Palavras-chave campo marfim
Eusébio e Simões falaram com suplentes
Os antigos internacionais portugueses Eusébio e António Simões, que disputaram o Mundial de 1966, estiveram hoje alguns minutos à conversa com os suplentes de Portugal no encontro com a Coreia do Norte. (...)

Eusébio e Simões falaram com suplentes
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DATA: 2010-06-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os antigos internacionais portugueses Eusébio e António Simões, que disputaram o Mundial de 1966, estiveram hoje alguns minutos à conversa com os suplentes de Portugal no encontro com a Coreia do Norte.
TEXTO: No regresso a Magaliesburg, depois da goleada sobre a Coreia do Norte (7-0), na segunda jornada do Grupo G do Mundial 2010, apenas nove jogadores lusos estiveram no relvado da Bekker School. Antes do início do apronto, os jogadores ouviram durante alguns minutos as palavras de Eusébio e Simões, assim como do selecionador português, Carlos Queiroz, terminando a palestra com uma salva de palmas. Dos jogadores não utilizados ontem na Cidade do Cabo, apenas Deco, Ruben Amorim e Pepe não estiveram na sessão, sendo que o defesa ficou no ginásio. Os dois médios deslocam-se hoje a Joanesburgo para realizarem exames de ressonância magnética, depois de terem surgido na ficha de jogo assinalados como lesionados. Treino com 500 pessoasPerante meio milhar de adeptos - o facto de ser dia de trabalho não permitiu as enchentes de outros treinos abertos -, os jogadores realizaram algum trabalho físico e exercícios de finalização. Portugal volta a treinar amanhã à tarde. Na quinta-feira, Portugal parte para Durban, onde no dia seguinte defronta o Brasil, na terceira e última jornada do Grupo G. A equipa das “quinas” ocupa o segundo lugar da “poule”, com menos dois pontos do que o Brasil, já qualificado, e mais três do que a Costa do Marfim e quatro em relação à Coreia do Norte (já afastada), necessitando apenas de um empate para seguir em frente.
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Entidades DECO
Casa Branca admite afastar general McChrystal por entrevista explosiva
McChrystal, que assumiu a liderança da missão militar no Afeganistão há pouco mais de um ano, já se desculpou pelo "mau julgamento", afirmando ter "o maior respeito" pelo Presidente. (...)

Casa Branca admite afastar general McChrystal por entrevista explosiva
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.025
DATA: 2010-06-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: McChrystal, que assumiu a liderança da missão militar no Afeganistão há pouco mais de um ano, já se desculpou pelo "mau julgamento", afirmando ter "o maior respeito" pelo Presidente.
TEXTO: O comandante das tropas americanas no Afeganistão e responsável pela operação militar da NATO, general Stanley McChrystal, vai estar hoje na Casa Branca para explicar as duras críticas contra o Presidente e outros oficiais de topo da administração, numa entrevista que sairá na próxima edição da revista Rolling Stone, ontem disponibilizada on-line. McChrystal, que assumiu a liderança da missão militar no Afeganistão há pouco mais de um ano, já se desculpou pelo "mau julgamento" revelado na entrevista, que aparentemente deixou Barack Obama em fúria. O Presidente quer confrontar o general pessoalmente: segundo disse ontem o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, só depois desse encontro será anunciado o destino do general. A sua demissão parece inevitável. Num comunicado emitido ainda em Cabul, antes de viajar para os EUA, McChrystal disse estar "sinceramente arrependido", acrescentando que a entrevista foi "um erro" e "nunca deveria ter acontecido". Nas conversas com a Rolling Stone, o general disparou em todas as direcções: Obama estava "intimidado" na primeira reunião sobre a guerra do Afeganistão e só queria uma "photo op" na segunda; o embaixador americano em Cabul "atraiçoou-o" ao divulgar um memorando para se proteger politicamente; o conselheiro de segurança nacional Jim Jones é um "palhaço" e Richard Holbrook, o enviado especial ao Paquistão-Afeganistão, "um animal ferido com medo de ser despedido, o que o torna muito perigoso". Assessor demite-seO longo perfil de McChrystal, intitulado O general em fuga, foi assinado pelo jornalista Michael Hastings - repórter experiente que, além do Afeganistão, cobriu a guerra do Iraque e que durante a Primavera entrevistou e viajou com McChrystal e o seu grupo mais restrito por semanas. A primeira frase do artigo marca o tom para a sucessão de críticas à actuação da administração no que diz respeito à gestão da guerra no Afeganistão. "Stanley McChrystal, que Obama escolheu para comandar a missão no Afeganistão, assumiu o controlo da guerra sem nunca desviar a atenção do seu real inimigo: os maricas na Casa Branca". O director da revista, Eric Bates, informou que o general teve acesso a um rascunho do artigo antes da publicação e não levantou objecções à linguagem ou exigiu correcções dos factos relatados. O assessor de imprensa do comandante, que negociou a entrevista, demitiu-se ontem. O jornalista caracteriza McChrystal como uma espécie de "lobo solitário", acossado pelo resto da matilha. E expõe as tensões e "diferenças filosóficas" entre o general e as equipas com que trabalha, na Casa Branca e no Departamento de Estado. Segundo diz, é óbvio que McChrystal, que votou em Obama, está desiludido com o seu Presidente - que o escolheu para trazer "um novo pensamento" e ensaiar "uma nova abordagem" no Afeganistão depois de mais de oito anos de guerra. Obama autorizou um reforço de 30 mil homens do contingente americano no Afeganistão meses depois de tomar posse como Presidente, e deu luz verde a McChrystal para prosseguir numa estratégia de "contra-insurreição" e não de "contraterrorismo", como defendia por exemplo o vice-presidente Joe Biden ("Quem é esse?", lançou na entrevista, em mais um desafio). Ao mesmo tempo, comprometeu-se a iniciar o movimento de retirada das tropas daquele país em Julho de 2011. "Tenho um enorme respeito e admiração pelo Presidente Obama e a sua equipa de segurança nacional, bem como por todos os líderes civis e as tropas que estão envolvidas no combate desta guerra. Continuo tão comprometido como antes em assegurar o sucesso desta operação", consertou ontem o general.
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Ruben Amorim ausente, Deco treina à parte
O médio Ruben Amorim foi o único ausente no treino de hoje da selecção portuguesa antes da partida contra o Brasil. (...)

Ruben Amorim ausente, Deco treina à parte
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-06-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: O médio Ruben Amorim foi o único ausente no treino de hoje da selecção portuguesa antes da partida contra o Brasil.
TEXTO: O médio, condicionado devido a uma lesão muscular da coxa esquerda, não esteve hoje de manhã no Bekker High School, enquanto Deco, que tem um problema na anca direita, e que também deverá falhar o jogo contra os "canarinhos", esteve presente mas fez treino à parte. Na sessão - aberta para recolha de imagens apenas durante 15 minutos - Carlos Queiroz contou com todos os restantes jogadores, num treino após o qual a equipa regressa ao Valley Lodge, onde se encontra instalada, para depois seguir viagem para Durban. A comitiva irá seguir para o aeroporto de Lanseria, de onde o parte voo às 14h45 locais (13h45 de Lisboa) para Durban, onde já não treinará, depois de a FIFA ter pedido às duas selecções para pouparem o relvado do estádio de Durban. O jogo de sexta-feira com o Brasil, da última jornada do grupo G do Mundial 2010, é uma oportunidade para a selecção apagar a má imagem deixada em 2008 num particular disputado em Brasília, em que foi goleada por 6-2. O jogo de amanhã entre brasileiros e portugueses está agendado para as 16h00 locais (15h00 em Lisboa), sob a arbitragem do mexicano Benito Archundia, e realiza-se à mesma hora do outro jogo do grupo G, que opõe a Costa do Marfim à Coreia do Norte, em Nelspruit.
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Entidades DECO
Overdose de solos em noite revivalista
SlashColiseu do PortoTerça-feira, 22 de Junho, 21h00Sala quase cheia2,5 em 5 estrelas (...)

Overdose de solos em noite revivalista
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-06-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: SlashColiseu do PortoTerça-feira, 22 de Junho, 21h00Sala quase cheia2,5 em 5 estrelas
TEXTO: “Are you ready to rock and fucking roll?”, perguntava Slash ao público, ainda antes do primeiro acorde do concerto, no Coliseu do Porto. O que se seguiu, ao longo de duas horas, foi de facto um festim de rock, mas convém especificar do que falamos, no âmbito de um género tão vasto. O rock & roll segundo Slash vai beber ao heavy metal e aos blues mas, acima de tudo, segue uma linha virtuosa e purista. Para o ex-Guns N’ Roses, uma canção sem um solo de guitarra não é uma canção a sério, e abandonar o formato guitarra-bateria-baixo-voz é quase uma heresia. Na digressão de promoção do seu primeiro álbum em nome próprio, estes ideais foram seguidos à risca: só contámos um tema sem um solo e o que é demais é moléstia. A assistência vibrou e adulou o instrumentista, mas não podemos dizer que se tenha assistido a uma gloriosa jornada de rock. Para azar de Slash, os anos 80 já passaram e o que de mais inventivo se faz na música moderna segue o caminho oposto ao virtuosismo pelo virtuosismo. O que faz falta é um pouco de criatividade: olhamos para o alinhamento numa ordem cronológica e percebemos que os temas se tornam cada vez menos interessantes à medida que Slash foi assumindo o total controlo da sua produção discográfica. Aos Guns N’ Roses foi repescar os interessantes Nightrain e Civil war, para além de Sweet child o'mine, indubitavelmente um dos mais deliciosos riffs da história do rock. Do seu recente disco a solo, apresentou seis temas, e apenas By the sword, com uma forte sugestão blues, nos pareceu acima da média (foram ainda abordados os repertórios dos Slash’s Snakepit, primeiro projecto pós-Guns, e Velvet Revolver). A resposta às novas composições até foi calorosa, mas dois outros factores terão levado a maior parte dos espectadores a marcar presença: a possibilidade de ver em palco um mito como Slash e recordar músicas dos Guns N’ Roses, recebidas com um entusiasmo incomparavelmente superior. No Coliseu, parece ter-se juntado uma tribo multigeracional algo órfã de ídolos: acreditamos que não haveria muitos amantes do metal mais extremo, mas sim adeptos de um rock com décibeis ao alto, onde a guitarra assume protagonismo quase total e as vocalizações são exuberantes. As t-shirts de Scorpions e AC/DC, bem como de bandas mais recentes como os Tool, ajudam a caracterizar esse público. Em boa verdade, só se pode dizer que tiveram aquilo que pediram. Slash reuniu um conjunto de músicos experientes e competentes, com Myles Kennedy como vocalista. O líder dos Alter Bridge usou e abusou do tom agudo e pareceu demasiado colado às versões originais: soou como Axl Rose quando interpretou temas dos Guns N' Roses e adoptou os trejeitos de Scott Weiland quando foram recuperadas canções dos Velvet Revolver. Depois, houve as costumeiras “festinhas” ao público: a bandeira de Portugal foi agitada depois de Sweet Child o’mine e foi ainda mostrada uma camisola do FC Porto com o nome de Slash. No encore, imediatamente antes do fecho, com Paradise city, uma boa surpresa: uma versão de Communication breakdown, dos Led Zeppelin (impressionante a forma como Slash executou o solo por trás das costas). Talvez tenha sido esta a maneira encontrada pelo músico para justificar a desinspiração que revela no seu disco a solo, enquanto compositor: já não há riffs memoráveis no mercado, porque Jimmy Page, fundador dos lendários britânicos, já os inventou todos.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave género