iPad: Rui Tavares gosta, Miguel Esteves Cardoso não gosta
Não foi preciso arranjar um para o historiador, ele tem o seu e diz que merecia ser uma ferramenta do renascimento. O jornalista usou um emprestado: é pesado, não incentiva uma leitura longa, não acrescenta muito a quem já tem outras ferramentas. Testemunhos na primeira pessoa. (...)

iPad: Rui Tavares gosta, Miguel Esteves Cardoso não gosta
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-07-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Não foi preciso arranjar um para o historiador, ele tem o seu e diz que merecia ser uma ferramenta do renascimento. O jornalista usou um emprestado: é pesado, não incentiva uma leitura longa, não acrescenta muito a quem já tem outras ferramentas. Testemunhos na primeira pessoa.
TEXTO: DaVinciPadNa Antiguidade o papel não era abundante nem barato. A Humanidade tinha então duas estratégias para lidar com a escassez. A primeira era memorizar. Sabemos pelos autores gregos, latinos e hebraicos que os seus jovens estudantes decoravam milhares e milhares de palavras organizadas em versos, versículos ou listas - da Odisseia à Bíblia ou ao Código Justiniano. A segunda consistia no recurso a superfícies lisas onde se acumulavam anotações que depois eram apagadas e substituídas por outras notas. A mais vulgarizada destas soluções era uma tabuinha de madeira emoldurada por um pequeno rebordo e coberta por uma camada de cera de abelha. Os alunos escreviam com um pequeno estilete pontiagudo (com que também pelo menos uma vez mataram um professor, o cristão Santo Ambrósio) e depois usavam uma pequena régua para alisar a cera e assim apagar as notas anteriores. A solução mais duradoura foi a da combinação de ardósia+giz, que os nossos pais ou avós ainda levavam para a escola em meados do século XX. No Museu do Louvre está guardado num armário com demeans de outras coisas um pequenino e engenhoso instrumento que parece um híbrido de baralho de cartas e leque. Creio que é indiano; consiste em várias plaquinhas de marfim, do tamanho de cartas de jogar, unidas por um único parafuso num dos cantos, precisamente como se faz nos leques. Quem olha para aquilo não entende à primeira vista do que se tratava: uma versão extraordinariamente subtil de um bloco de notas. Em vez de ser apenas uma tablete, o seu possuidor poderia usar várias das placas para diferentes ideias, abri-las em arco ou fechá-las com um movement do pulso, extrair apenas uma ou duas para comparação. Quando já não houvesse espaço para mais notas, um simples pano molhado permitiria limpar tudo e começar de novo. Outra coisa que os antigos sabiam perfeitamente é que cada uma destas mudanças de tecnologia - uma simples ardósia é "tecnologia", tanto quanto o mais sofisticado computador - tinha consequências inesperadas na nossa forma de pensar e agir. Mesmo pessoas muito sábias reagiam teimosamente mal a algumas das tecnologias que mais fizeram pela humanidade. Um dos casos mais célebres é o de Sócrates, que rejeitava uma tecnologia relativamente recente no seu tempo - a escrita - por considerar que ela poderia destruir a memorização e assim encorajar o facilitismo. Este e outros seus argumentos foram estudados por um historiador neozelandês chamado MacKenzie, que sugeriu que estes eram muito semelhantes aos que viriam depois a ser usados contra as máquinas de escrever, as calculadoras e os computadores pessoais. Inversamente, também poderemos aprender a ler as criações tecnológicas do nosso tempo à luz dos objectos do passado. A primeira lição deste exercício é a seguinte: os objetos têm a sua própria lógica. Para os entendermos não os podemos forçar à lógica que nós trazemos dos outros objetos anteriores, que têm a sua lógica anterior. Uma ardósia não é um pergaminho que não é um disco de vinil. Cada um destes objetos precisa de ser escutado com algum tempo. Cada um deles se desdobrará de uma maneira diferente. A segunda é que cada um destes objetos acabará por se tornar no efeito acumulado daquilo que ele é (tecnologia) e daquilo que nós aprendermos a fazer com ele (cultura). Tecnologia+cultura.
REFERÊNCIAS:
O caracol ainda nos reserva muitas surpresas
É uma lesma ou é uma ostra? Comer caracóis é um acto que divide as pessoas. Mas comem-se cada vez mais e muitos deles já provêm de explorações intensivas. A cosmética descobriu-os, talvez a farmacêutica venha a seguir. (...)

O caracol ainda nos reserva muitas surpresas
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.5
DATA: 2010-07-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: É uma lesma ou é uma ostra? Comer caracóis é um acto que divide as pessoas. Mas comem-se cada vez mais e muitos deles já provêm de explorações intensivas. A cosmética descobriu-os, talvez a farmacêutica venha a seguir.
TEXTO: Mesmo neste microclima da região Oeste, o ar fresco e húmido que aqui se respira surge como uma bênção. Acabou de "chover" há alguns minutos e a areia entre os canteiros insiste em colar-se aos sapatos, num contraste evidente com a secura da terra que ficou do lado de fora. Estamos à sombra, por acção conjunta da colina que se eleva a poente contra o sol e da rede estendida sobre as nossas cabeças. Mas aqui dentro, nesta estufa forrada de vegetação, não é só a frescura que nos assalta os sentidos. Há também o cheiro e o ruído viscoso de milhares de criaturas rastejando. Estamos numa quinta de caracóis. Lá fora é Julho, aqui dentro respira-se uma Primavera delicada. O sistema de rega acabou de lançar água sobre os canteiros onde milhares e milhares de caracóis estão a sair para se alimentarem. À sua espera, os trevos e couves plantados por mão humana no início da época e todas as outras espécies do mato da região, que cresceram espontaneamente nestas condições de temperatura e humidade ideais. Há também ração, espalhada pelo dono da exploração, uma forma de complementar a dieta dos caracóis e levá-los a crescer a um ritmo mais célere. O objectivo é que alcancem em breve a dimensão ideal para serem comercializados. Ou seja, comidos. E este é um dos temas que mais facilmente dividem os portugueses. Que haja adeptos do Benfica na cidade do Porto e "dragões" assumidos em Lisboa já não espanta ninguém. Que se vote agora PSD e depois PS, ou vice-versa, é coisa que os analistas políticos encaram como uma inevitabilidade no sistema político actual. Mas com os caracóis a coisa fia mais fino. Para alguns, eles não passam de lesmas com casca. Outros comparam o sabor ao das ostras, de quem, afinal, são parentes próximos. Dificilmente se encontra um artigo de culinária sobre o qual as posições se extremem tanto: os caracóis amam-se ou odeiam-se. Em Portugal, comem-se essencialmente cozidos, como petisco, mas estão gradualmente a aparecer noutros pratos, à medida que se sucedem as experiências - nem sempre muito felizes, acrescente-se. O caracol pequeno servido em restaurantes e tascas, feiras e esplanadas, arraiais e cervejarias vem, essencialmente, de Marrocos. É apanhado à mão por pastores e entregue aos responsáveis de cada aldeia, que servem de agentes do negócio, controlado pela família real. Portugueses, espanhóis, franceses, italianos, gregos. Todos querem uma fatia deste produto de exportação - o consumo em Portugal ultrapassa as 40 mil toneladas anuais. A partir de Julho, em Portugal, começa a haver também caracol nacional, que resiste melhor ao passar do Verão devido às temperaturas mais amenas, por comparação com o Norte de África. Mas este é o mundo do caracol pequeno (espécie Theba pisana). Um mundo que ainda gira à volta do sistema tradicional de apanha na Natureza e posterior encaminhamento para intermediários ou casas comerciais. O seu tamanho reduzido e a sazonalidade do consumo - brilha como um cometa entre Abril e Setembro, mas desaparece nos restantes meses - retiram-lhe interesse do ponto de vista agrícola. Mas o cenário é bem diferente no caso do caracol grande, normalmente conhecido como caracoleta (espécie Helix aspersa), que tem uma produtividade bem mais interessante e se consome todo o ano. Bichinhos irrequietosSão estes os inquilinos dos canteiros que se alinham sob a rede neste vale vigiado por aerogeradores num flanco e árvores do outro, lado a lado com alguns cavalos que pastam ali à volta. Ao todo, são cerca de 3000 metros quadrados, quase metade da área de um campo de futebol, divididos em vários canteiros com corredores de serviço entre eles. Cada canteiro está delimitado por uma rede de cerca de 50cm de altura, barrada, perto do limite superior, por uma substância que parece massa consistente, daquela que se encontra nas peças móveis dos automóveis ou se coloca nas dobradiças das portas, por exemplo.
REFERÊNCIAS:
Mudanças propostas pelo PSD vão tornar despedimentos mais fáceis
Constitucionalistas dizem que alterações ao artigo 53.º preconizadas pelos sociais-democratas pode extravasar os limites impostos pela Constituição. Organizações patronais aplaudem e os sindicatos condenam a proposta (...)

Mudanças propostas pelo PSD vão tornar despedimentos mais fáceis
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-07-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: Constitucionalistas dizem que alterações ao artigo 53.º preconizadas pelos sociais-democratas pode extravasar os limites impostos pela Constituição. Organizações patronais aplaudem e os sindicatos condenam a proposta
TEXTO: A apreciação é unânime. A proposta do PSD que substitui o conceito de "despedimento sem justa causa" pelo "despedimento sem razão atendível" visa facilitar a vida aos patrões na hora de despedir. Mas há quem vá mais longe e considere que a alteração do artigo 53. º da Constituição da República Portuguesa (CRP) extravasa os limites da revisão constitucional. A mudança faz parte da proposta social-democrata, conhecida anteontem, onde se prevê que "é garantida aos trabalhadores a segurança no emprego, sendo proibidos os despedimentos sem razão atendível ou por motivos políticos ou ideológicos". A grande questão é saber em que situações estas razões podem ser invocadas e qual a diferença face ao conceito de justa causa, que actualmente esta consagrado na CRP e no Código do Trabalho. Para Júlio Gomes, professor de Direito na Universidade Católica do Porto, a diferença é muito clara: "O objectivo que está por detrás desta proposta é facilitar os despedimentos individuais, respondendo assim a um dos cavalos-de-batalha dos empregadores. " "No direito português, o despedimento é a última das sanções. E é precisamente isso que se pretende mudar e permitir que o empregador invoque que não é razoável manter o trabalhador, sem que haja culpa ou comportamento gravoso", sustentaJúlio Gomes exemplifica. Há uns anos, uma empregada deixou uma torneira aberta antes de sair e provocou uma inundação com elevados prejuízos à empresa. Tentaram despedi-la. O caso foi a tribunal, que considerou não haver motivo para o despedimento. "Com este novo conceito, a pessoa podia ser despedida", realça. Na prática, e caso esta mudança vá por diante, passará a haver uma menor exigência nos motivos que podem levar a um despedimento - ou seja, à luz do actual Código do Trabalho (que transcreve e tipifica o princípio agora consagrado na Constituição), um despedimento por redução da produtividade só seria considerado lícito, se essa quebra ocorresse repetidamente. Com a proposta em cima da mesa, o despedimento poderia ocorrer de imediato. Manuel Cavaleiro Brandão, advogado e um dos membros da equipa que ajudou a redigir o Código do Trabalho de Bagão Félix, considera que "razão atendível" é um conceito "mais elástico, abrangente e aberto", mas rejeita que seja sinónimo de "liberalização de despedimentos". "É uma proposta que abre espaço a que se reconsidere a imperatividade da reintegração do trabalhador", realçou em declarações ao PÚBLICO. No PSD Calvão da Silva, professor de Direito em Coimbra e um dos responsáveis pela redacção da proposta de revisão da CRP, não assume a alteração na área dos despedimentos como definitiva, lembrando que se trata de "um anteprojecto, que ainda tem que ser aperfeiçoado". Quanto ao conceito de "razão atendível", o professor admite tratar-se de um "conceito difícil". "Pela sua natureza não traz nenhuma vantagem em relação à justa causa. Trata-se de um conceito provisório, que vai ainda ser muito discutido e aperfeiçoado", garantiu. Patrões apoiamA proposta agrada às organizações patronais, que sempre se bateram a favor da revisão do artigo 53. º da CRP, principalmente porque a sua interpretação pressupõe a reintegração do trabalhador em caso de despedimento ilícito e porque impede que as empresas substituam trabalhadores desmotivados por outros mais motivados. "A orientação que está subjacente à proposta é positiva. Sempre defendemos a alteração do artigo 53. º", frisou ao PÚBLICO Gregório Rocha Novo, dirigente da Confederação da Indústria Portuguesa. Nos sindicatos, a proposta caiu que nem uma bomba. Joaquim Dionísio, da CGTP, considera-a "lamentável" e "desajustada". "É uma proposta que vem na linha da visão neoliberal que considera os direitos um obstáculo ao desenvolvimento do país", justifica.
REFERÊNCIAS:
Partidos PSD
Cavaco Silva recebido por milhares de pessoas na Huíla
O Presidente da República, Cavaco Silva, teve hoje o seu primeiro banho de multidão na visita de Estado a Angola, na cidade do Lubango, antiga Sá da Bandeira, onde foi recebido por milhares de crianças entoando canções de boas vindas. (...)

Cavaco Silva recebido por milhares de pessoas na Huíla
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-07-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Presidente da República, Cavaco Silva, teve hoje o seu primeiro banho de multidão na visita de Estado a Angola, na cidade do Lubango, antiga Sá da Bandeira, onde foi recebido por milhares de crianças entoando canções de boas vindas.
TEXTO: As crianças encheram grande parte das ruas entre o aeroporto da Mukanka e o centro da cidade e mesmo a praça onde se encontra a sede do governo provincial, onde se reuniu a sós com o governador Isaac dos Anjos. Cavaco Silva deslocou-se ao Lubango para participar no fórum empresarial Angola-Portugal que reuniu algumas centenas de empresários dos dois países. Lubango é a segunda cidade mais populosa de Angola e das poucas que não sofreu um impacto directo da guerra que devastou o país entre 1975 e 2002, sendo ainda aquela que concentra a maior comunidade portuguesa que não chegou a abandonar Angola em 1975. A província da Huíla, além do turismo assente em locais como a Serra da Leba, a fenda da Tundavala ou as montanhas que circundam a cidade do Lubango, tem na produção de gado um dos seus expoentes económicos. A visita do Presidente a esta região insere-se no seu apelo aos empresários portugueses para apostarem no combate à desertificação do interior de Angola, profundamente afectado por décadas de guerra civil. Cavaco Silva tem repetidamente apelado aos empresários para que avancem para o interior angolano apostando particularmente nos recursos agro-pecuários, energias hídricas, pescas entre outros.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave guerra comunidade
PJ acredita que corpos foram enterrados
A principal preocupação da Polícia Judiciária é, desde o dia da detenção do suspeito, na terça-feira, encontrar os corpos dos três jovens que terão sido assassinados. Os inspectores estão convictos de que os cadáveres foram enterrados num ou vários lugares entre Peniche, Lourinhã e Torres Vedras, uma vez que esta é uma zona que o sucateiro agora detido conhece desde sempre e por onde se movimentava quase diariamente. (...)

PJ acredita que corpos foram enterrados
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-07-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: A principal preocupação da Polícia Judiciária é, desde o dia da detenção do suspeito, na terça-feira, encontrar os corpos dos três jovens que terão sido assassinados. Os inspectores estão convictos de que os cadáveres foram enterrados num ou vários lugares entre Peniche, Lourinhã e Torres Vedras, uma vez que esta é uma zona que o sucateiro agora detido conhece desde sempre e por onde se movimentava quase diariamente.
TEXTO: Até ontem não existia ainda qualquer área especialmente referenciada que permitisse à polícia iniciar escavações. Procura-se, acima de tudo, seleccionar uma ou várias zonas que Ghob, o Rei dos Gnomos, como o próprio se auto-intitulava, costumasse frequentar. Também para fazer a selecção destes locais está a proceder-se à visualização dos vídeos que o suspeito deixou no YouTube. Os cães da GNR que procuram vestígios na casa de Carqueja, na Lourinhã, nada de relevante encontraram, facto que parece permitir aos inspectores concluir que os crimes foram cometidos no exterior.
REFERÊNCIAS:
Entidades GNR
Um escaldão hoje... mil novos melanomas por ano em Portugal
Aos primeiros raios de sol a vontade de correr para a praia é mais que muita. Estende-se rapidamente a toalha e aproveita-se, hora após hora, aquele calor que se entranha na pele e que parece aquecer até os ossos. Não se sabe até quando dura o bom tempo. O melhor é, por isso, torrar e aproveitar os banhos de mar o dia todo, para ficar rapidamente com um bom bronze ou aquele tom de lagosta que não engana ninguém. (...)

Um escaldão hoje... mil novos melanomas por ano em Portugal
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.136
DATA: 2010-07-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: Aos primeiros raios de sol a vontade de correr para a praia é mais que muita. Estende-se rapidamente a toalha e aproveita-se, hora após hora, aquele calor que se entranha na pele e que parece aquecer até os ossos. Não se sabe até quando dura o bom tempo. O melhor é, por isso, torrar e aproveitar os banhos de mar o dia todo, para ficar rapidamente com um bom bronze ou aquele tom de lagosta que não engana ninguém.
TEXTO: Caso se reveja neste cenário, saiba que acabou de dar uma excelente ajuda ao cancro da pele - uma das patologias oncológicas que mais aumenta e foi um dos principais temas debatidos no congresso da Associação Americana de Oncologia Clínica, que decorreu recentemente em Chicago. Em Portugal, há 10 mil novos casos por ano. São quase 30 portugueses por dia a receber este diagnóstico. Existem três tipos principais de cancro da pele, que representam 97 por cento do total: o carcinoma baso-celular (também conhecido como basalioma e que corresponde a 67 por cento dos casos), o carcinoma espino-celular (20 por cento) e o melanoma (dez por cento). João Abel Amaro, da direcção da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia, explica ao PÚBLICO que o primeiro "é um tumor de crescimento lento e baixa malignidade, pelo que nunca dá metástases à distância". O segundo tipo tem "malignidade intermédia e potencial metastizante". Já "o melanoma é altamente maligno, com grande tendência para originar metástases noutros órgãos". A boa notícia: há cada vez mais estudos de substâncias especialmente eficazes nos casos avançados de melanoma. Isto porque o melanoma, apesar de ser o tipo menos frequente, é o responsável por mais de 90 por cento das mortes por cancro da pele e o mais comum na vida urbana, com poucas mas intensas incursões à praia. "A exposição solar prolongada favorece o desenvolvimento do carcinoma baso-celular e espino-celular, como nos trabalhadores ao ar livre (pescadores, agricultores, construção civil)", esclarece Osvaldo Correia, secretário-geral da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo. O também professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto alerta, contudo, que "as queimaduras solares e a existência de múltiplos nevos [sinais] atípicos estão estatisticamente associadas a um maior risco de melanoma, que é o caso daqueles que se expõem ocasional, mas intensamente, ao sol, como os que fazem férias curtas mas intensas e repetidas ao longo do ano". "Não nos podemos esquecer que tudo o que fazemos fica gravado na pele. É importante que as pessoas fiquem atentas às mudanças nos seus sinais e ao aparecimento de novos porque o diagnóstico atempado é determinante. Não queremos tratar melanomas metastizados, queremos sim removê-los numa fase inicial", diz Martinha Henrique, directora do serviço de Dermatologia do Hospital de Santo André, em Leiria. Mas o sol não é o único factor envolvido no processo. "No caso do melanoma essa relação não é tão linear, desempenhando um papel importante os factores genéticos", esclarece João Abel Amaro, que foi director do Serviço de Dermatologia do Instituto Português de Oncologia de Lisboa (IPO). Genes e solGenética e sol de mãos dadas levaram a que, nos últimos dez anos, a incidência do melanoma em Portugal tivesse duplicado: passou de cinco casos para dez casos por 100 mil habitantes - uma estatística dentro da média mundial. António Ventura, 63 anos e gerente comercial reformado, soube no final de 2008 que era um dos 1000 portugueses que todos os anos entram nos números do melanoma. "Sentia-me a perder forças de dia para dia e disse à médica de família que sentia uma impressão no estômago pelo que me pediu uma endoscopia e análises. " Estava com uma grande anemia. Foi no hospital de Abrantes que se delineou o primeiro diagnóstico: um tumor no estômago. Maligno. Espalhado já para o fígado, ossos, pulmões. . . "Não foi um caso comum. "Pensavam que era um outro tipo de cancro, um sarcoma. Eu aparentemente não tinha nenhum sinal na pele, mas a verdade é que tinha um melanoma já no estômago", explica Ventura. De Abrantes foi encaminhado para o Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa, onde está a ser acompanhado. Removeu o estômago por completo e parte do fígado.
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE
BP atrasa pagamento de indemnizações às vítimas do derrame
O administrador do fundo de compensações da BP, criado para indemnizar as vítimas do derrame petrolífero no Golfo do México, afirmou hoje que a multinacional petrolífera está a atrasar os pagamentos às populações afectadas. (...)

BP atrasa pagamento de indemnizações às vítimas do derrame
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DATA: 2010-07-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: O administrador do fundo de compensações da BP, criado para indemnizar as vítimas do derrame petrolífero no Golfo do México, afirmou hoje que a multinacional petrolífera está a atrasar os pagamentos às populações afectadas.
TEXTO: “Sim, a BP está a demorar. Preocupa-me que a BP esteja a atrasar a resposta às reclamações”, disse Kenneth Feinberg, administrador independente que gere o fundo de 20 mil milhões de dólares (15, 5 mil milhões de euros). “Duvido que estejam a atrasar devido a questões de dinheiro. Não é isso. Penso é que eles não sabem não como responder às questões” das vítimas, acrescentou Feinberg, que falava à imprensa no final de uma reunião com pescadores e empresários do sector da pesca, no estado norte-americano do Alabama. Pescadores e empresários deram conta a Kenneth Feinberg da frustração com o que dizem ser um processo lento e complexo na aprovação dos pedidos de indemnização. “Depois de hoje as coisas vão mudar. Hoje dei-me conta da profundidade da frustração das pessoas”, disse Feinberg, durante o encontro. Milhares de empresários do sector da pesca nos estados costeiros do Golfo do México -- incluindo o Alabama -- enfrentam agora uma paralisação nos negócios, desde que, em Abril, começou o derrame de crude, na sequência da explosão e posterior afundamento, de uma plataforma petrolífera da BP. A BP criou o fundo em Junho, após pressões do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
REFERÊNCIAS:
Tempo Junho Abril
Bombeiros de Oliveira de Azeméis estão "em exaustão"
O comandante dos Bombeiros de Oliveira de Azeméis, Paulo Vitória, alertou hoje que os seus efectivos estão “em exaustão”, combatendo incêndios florestais há 24 horas consecutivas, e lamentou a escassez de apoio aéreo. (...)

Bombeiros de Oliveira de Azeméis estão "em exaustão"
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-07-27 | Jornal Público
SUMÁRIO: O comandante dos Bombeiros de Oliveira de Azeméis, Paulo Vitória, alertou hoje que os seus efectivos estão “em exaustão”, combatendo incêndios florestais há 24 horas consecutivas, e lamentou a escassez de apoio aéreo.
TEXTO: Paulo Vitória contou que os Bombeiros de Oliveira de Azeméis estão a combater incêndios “em zonas de muito difícil acesso, aonde os meios terrestres não chegam, porque nem sequer há caminhos de apoio”, ainda por cima com ventos fortes a dificultar os trabalhos. “Depois de uma noite terrível em Cuvais, Pinheiro da Bemposta, neste momento temos activo um incêndio em três frentes, nas Ribeiras, Ossela, também em zona de muito difícil acesso”, explicou. O comandante afirmou que várias habitações, fábricas e uma vacaria estiveram em risco, “com o fogo a encostar às paredes”. Nestes dois incêndios, as chamas já consumiram mais de 100 hectares. Paulo Vitória disse que os Bombeiros de Azeméis estão a contar com o apoio de algumas corporações congéneres do distrito, da Câmara Municipal e de um particular, que cederam maquinaria pesada. Só os bombeiros de Oliveira de Azeméis mobilizaram mais de 100 operacionais, mas estes meios são “insuficientes”, face às circunstâncias. “Pedimos apoio aéreo e só tivemos um esta manhã, durante uma hora. Sei que os meios são escassos para tantos fogos, mas o problema é que os meus homens estão em exaustão”, disse.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens
Reportagem em Belmonte: população em pânico, cercada pelo fogo, um ano após maior incêndio da Europa
Pelo segundo ano consecutivo, José Gonçalves teve o fogo perto de casa, entre o Sabugal e Belmonte, mas desta vez em pânico: foi obrigado a evacuar a habitação e a lutar para que as chamas não queimassem mais que a horta. (...)

Reportagem em Belmonte: população em pânico, cercada pelo fogo, um ano após maior incêndio da Europa
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-07-27 | Jornal Público
SUMÁRIO: Pelo segundo ano consecutivo, José Gonçalves teve o fogo perto de casa, entre o Sabugal e Belmonte, mas desta vez em pânico: foi obrigado a evacuar a habitação e a lutar para que as chamas não queimassem mais que a horta.
TEXTO: “Não percebo: por mais incêndios que haja andamos sempre com o coração nas mãos”, desabafou à Agência Lusa, em Maçainhas, Belmonte, à porta da casa cercada de terrenos ainda esfumaçar. Um incêndio florestal destruiu mato e pinhal desde as 22h de segunda-feira com as chamas a nascerem no concelho do Sabugal e a avançarem para Belmonte, onde o fogo foi dominado às 10h30, passando a fase de rescaldo, segundo fonte dos CDOS de Castelo Branco. O fogo lavrou em parte dos terrenos que já tinham ardido no maior incêndio de Portugal e da Europa de 2009, com 10 milhões de euros de prejuízos e que afectou o concelho do Sabugal. Esta noite, as chamas queimaram ainda diversas áreas adjacentes. De acordo com a protecção civil dos distritos da Guarda e Castelo Branco, desta vez não há registo de prejuízos como em 2009, mas houve dezenas de pessoas cercadas pelo fogo em Maçainhas. “Estivemos aqui a noite toda a molhar os telhados e tudo à volta”, descreveu à Agência Lusa, Maria Pacheco, de 67 anos, que viu as férias em casa da filha transformadas numa luta pela sobrevivência. Às 00h20 a família foi acordada por uma vizinha que os alertou para a proximidade do fogo. “Acordei e em segundos já estava a arder o pinhal junto à casa. Entrei em pânico”, relatou. A filha Elisabete Pacheco, de 39 anos, levou a neta de cinco anos e os dois carros para a aldeia, mais afastada das chamas e junto à auto-estrada A23, enquanto a mãe e o marido protegeram a casa. “Já o ano passado andei a apagar o fogo por esta altura”, referiu, numa alusão ao fogo do Sabugal que destruiu 12 mil hectares de mato, floresta e terrenos agrícolas. “Andamos sempre com o coração nas mãos”, lamentou. A poucos metros, Ilda Rosa e o marido José Marques levaram mangueiras durante a noite para junto de um pavilhão onde um familiar guarda animais e ao qual se encostaram as chamas. “Depois de conseguirmos tirar para camiões, estávamos nós cercados pelas chamas. Os bombeiros disseram-nos para esperar até chegarem mais carros de combate”, contou Ilda Rosa, que esteve no local, junto ao apeadeiro de caminho de ferro de Maçainhas, entre as 22h e as 5h da madrugada. Naquela zona há telefone fixos que não funcionam, uma vez que o fogo destruiu alguns postes de telecomunicações, assim como arderam algumas das travessas do troço da linha de ferro da Beira Baixa, que está desactivada para obras entre a Covilhã e a Guarda. O fogo provocou sustos no concelho de Belmonte, mas lavrou sobretudo em terrenos do Sabugal. Segundo António Robalo, presidente da Câmara do Sabugal, o incêndio “não teve prejuízos avultados, ocorreu sobretudo numa zona inóspita e, segundo consta, teve origem numa deficiência numa linha eléctrica. Não é algo usual, nem tão pouco algo que se controle”, realçou. O autarca garantiu que “está a ser feito tudo o que humanamente possível para tratar da floresta e evitar incêndios no concelho”, nomeadamente depois do incêndio do ano passado, seja ao nível da prevenção como de vigilância.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filha pânico
Ministério da Saúde vendeu hospitais ao Estado e aplicou verbas em 18 EPE
O Ministério da Saúde vendeu a uma empresa do Estado, em 2009, quatro hospitais por mais de cem milhões de euros, dos quais perto de 75 milhões foram aplicados como aumento de capital de 18 hospitais Entidades Públicas Empresariais (EPE). (...)

Ministério da Saúde vendeu hospitais ao Estado e aplicou verbas em 18 EPE
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-07-29 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Ministério da Saúde vendeu a uma empresa do Estado, em 2009, quatro hospitais por mais de cem milhões de euros, dos quais perto de 75 milhões foram aplicados como aumento de capital de 18 hospitais Entidades Públicas Empresariais (EPE).
TEXTO: À Agência Lusa, o Ministério da Saúde confirmou estas vendas e remeteu para um despacho a aplicação das verbas conseguidas com as transacções, as quais foram distribuídas por 18 hospitais EPE. Nesse despacho foi determinado que “90 por cento do produto de alienação dos prédios” destes hospitais passasse para o Ministério da Saúde. “Esta verba é, pela primeira vez, dividida entre os cuidados de saúde primários – em mais de 25 por cento do montante global – e o reforço do capital estatutário dos hospitais com a natureza de EPE”, lê-se no despacho. Os hospitais vendidos foram os de Santa Marta, São José e Capuchos que, juntamente com o pediátrico Dona Estefânia, compõem o Centro Hospital de Lisboa Central, e serão transferidos, em 2013, para o novo Hospital de Todos os Santos, em Chelas. Em 2009, foi igualmente vendido o Hospital Miguel Bombarda. Estes hospitais foram vendidos à sociedade Estamo, detida pela empresa pública Parpública, por cerca 111, 5 milhões de euros, segundo dados que constam no site da empresa. O Hospital de Santa Marta foi vendido por aproximadamente 17, 9 milhões euros, o de São José por cerca de 40 milhões euros e o dos Capuchos por perto de 28, 7 milhões de euros. O Hospital Miguel Bombarda rendeu quase 25 milhões de euros. O destino deste dinheiro foi definido num despacho, assinado em Setembro do ano passado, pelo então secretário de Estado Adjunto e da Saúde Francisco Ramos e pelo secretário de Estado do Tesouro e Finanças. O maior reforço do capital estatutário registou-se no Centro Hospitalar de Lisboa Central “por a maioria dos imóveis alienados ser património desta entidade”, nomeadamente os hospitais de Santa Marta, São José e Capuchos. Este hospital-empresa recebeu 12, 2 milhões de euros de aumento de capital, após ter visto alienados imóveis que renderam, para já, 86. 540. 250 euros. Segundo fonte do Centro Hospitalar de Lisboa Central, os hospitais entretanto vendidos não pagam renda “pela utilização dos edifícios das unidades hospitalares”. Do montante conseguido com a venda destes quatro imóveis, 74, 8 milhões de euros foram distribuídos por 18 hospitais EPE, para aumentar o seu capital estatutário. Sedes da DGS e da ARS de Lisboa também vendidas Além dos hospitais, o Estado vendeu também à empresa pública Estamo as sedes da Direcção-Geral de Saúde e da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, por cerca de seis milhões de euros, faltando apenas emitir a escritura. Os prédios fazem parte da lista das compras concretizadas pela Estamo, uma subsidiária da Parpública (empresa que gere as participações do Estado), no primeiro semestre de 2010, onde constam mais 18 compras. No caso da Direcção Geral de Saúde (DGS) e da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo, que continuam a funcionar no mesmo edifício, as receitas da venda dos imóveis revertem para a Segurança Social, que era a dona dos edifícios. A lista da Estamo refere que o valor pago pelo edifício da DGS foi de 3. 417. 700 euros e pelo da ARS 2. 578. 500 euros, sem custos de transacção e impostos incluídos. Ambos têm a data de Junho deste ano, faltando apenas a realização da escritura. Na lista de compras da 'imobiliária' do Estado estão também dois prédios do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP), os números 36 e 45 a 51 da Rua Castilho em Lisboa, pelos quais pagou um total de 20, 9 milhões de euros.
REFERÊNCIAS:
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