Descobertas duas espécies de invertebrados no Algarve e em Montejunto
Duas novas espécies cavernícolas, um pseudoescorpião e um escaravelho, foram descobertas para a ciência em grutas do Algarve e do Montejunto pela bióloga e espeleóloga portuguesa Sofia Reboleira. (...)

Descobertas duas espécies de invertebrados no Algarve e em Montejunto
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-12-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Duas novas espécies cavernícolas, um pseudoescorpião e um escaravelho, foram descobertas para a ciência em grutas do Algarve e do Montejunto pela bióloga e espeleóloga portuguesa Sofia Reboleira.
TEXTO: O pseudoescorpião – apenas semelhante ao escorpião no exterior – Titanobochica magna representa a descoberta de uma nova espécie e de um novo género, explicou ao PÚBLICO a investigadora. O escaravelho Trechus tatai é uma nova espécie, juntando-se às três espécies de escaravelhos cavernícolas já conhecidas em Portugal Continental, no maciço calcário das Serras de Aire e Candeeiros, todas endémicas. Duas delas foram oficialmente descobertas no ano passado, no âmbito do Mestrado da investigadora. A descoberta do pseudoescorpião, depois de um ano de trabalho de campo, "foi uma enorme surpresa", contou Sofia Reboleira, do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro. "Quando vamos para o campo estamos à espera de encontrar alguma coisa nova, mas quando realmente a encontramos, é sempre uma grande surpresa". A espécie, que só foi encontrada em quatro cavidades dos maciços calcários do Algarve - da zona de Portimão à de Olhão -, pode ser considerado um “gigante”, com os seus cerca de dois centímetros, dado que o tamanho destes animais oscila, normalmente, entre um e cinco milímetros. "Esta espécie não tem parentes à superfície, todos se extinguiram com as glaciações, alterações climáticas ou perturbações das placas tectónicas", explicou. "São verdadeiras relíquias" que só conseguiram sobreviver graças ao ambiente muito estável das grutas, nomeadamente às temperaturas constantes ao longo do ano. Além do pseudoescorpião, Sofia Reboleira descobriu ainda uma nova espécie de escaravelho cavernícola, Trechus tatai, numa cavidade de Montejunto. “É despigmentado e tem os olhos muito reduzidos” descreveu. Apesar de viverem em ambientes até agora pouco estudados, estas espécies merecem atenção. "As espécies cavernícolas não conseguem sobreviver em mais nenhum local, logo têm a sua distribuição geográfica muito reduzida. Qualquer perturbação pode pôr em causa a sua sobrevivência", sublinhou Sofia Reboleira. A investigadora lembrou, nomeadamente, a poluição por pesticidas e insecticidas que se podem infiltrar nas grutas e a perturbação ou mesmo destruição daqueles locais por actividades humanas. Além disso, estas populações nunca são de grande dimensão. "Não tendo luz, as grutas onde vivem estes animais não têm plantas e as fontes de alimento são muito escassas. Por isso, as populações não podem ser muito grandes. Na verdade, estes são exemplares raríssimos". Ainda assim, Sofia Reboleira acredita que a dimensão das populações destes insectos ainda não é conhecida na sua totalidade. "As grutas são apenas uma janela para observarmos a fauna, à qual temos acesso. Depois há uma rede de fissuras, por onde os animais passam, à qual não podemos chegar. "A descoberta das duas espécies, publicadas há duas semanas e na sexta-feira passada em revistas científicas especializadas em Zoologia, ocorreu durante o trabalho de campo no âmbito do doutoramento de Sofia Reboleira, orientado por Fernando Gonçalves (do departamento de biologia da Universidade de Aveiro) e Pedro Oromí (faculdade de biologia da Universidade de La Laguna, em Tenerife, Espanha). O trabalho foi financiado pela Fundação Para a Ciência e Tecnologia da qual Sofia Reboleira é bolseira há dois anos e meio.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave campo género espécie
Percurso pedestre inaugurado hoje convida a conhecer a biodiversidade de Lisboa
O Jardim de Vasco da Gama (em Belém), com as suas laranjeiras-azedas, araucárias, melros-pretos e abelhas-melíferas, é o ponto de partida da Rota da Biodiversidade, que hoje é inaugurada pela Câmara de Lisboa. (...)

Percurso pedestre inaugurado hoje convida a conhecer a biodiversidade de Lisboa
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-12-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Jardim de Vasco da Gama (em Belém), com as suas laranjeiras-azedas, araucárias, melros-pretos e abelhas-melíferas, é o ponto de partida da Rota da Biodiversidade, que hoje é inaugurada pela Câmara de Lisboa.
TEXTO: Trata-se de um percurso com cerca de 14 quilómetros, entre a zona ribeirinha e o Parque de Monsanto, que pretende contribuir para dar a conhecer a biodiversidade da capital. Este trajecto circular, que pode ser feito a pé ou de bicicleta e ao longo do qual foi instalada sinalética para apoio aos utilizadores (indicando os caminhos certos e errados e as mudanças de direcção), integra 18 pontos de interesse. Em cada um, há espécies de fauna e de flora que podem ser observadas, conforme os interessados poderão constatar nos painéis informativos colocados no local. Essa e outras informações estão também patentes no Guia de Campo, que está disponível para ser descarregado no site da Câmara de Lisboa, tal como um conjunto de fichas das aves, dos mamíferos, dos répteis anfíbios e da flora. José Sá Fernandes, vereador do Ambiente e Espaços Verdes, caracteriza esta rota como um "percurso "ilustrado" que ligará o Tejo a Monsanto, local que é o maior repositório de biodiversidade do município, habitat de centenas de espécies animais e vegetais". Com a inauguração deste caminho, a autarquia pretende, como explica o vereador no Guia de Campo, "transmitir mais conhecimento, mas também dar aos lisboetas um novo caminho, ou melhor, uma nova forma de passear em Lisboa". Já Maria da Luz Mathias, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, fala do projecto como "uma valiosa contribuição para a divulgação da riqueza natural de Lisboa, associada ao não menos rico património cultural e histórico da cidade". A professora acrescenta que, "considerando a diversificada malha urbana de Lisboa, espera-se que a Rota da Biodiversidade venha a ser reproduzida num futuro próximo noutras áreas da cidade, contribuindo para a divulgação da até agora tão pouco conhecida biodiversidade de Lisboa". Segundo Sá Fernandes, na cidade existem 100 espécies de aves, seis de peixes, quatro de anfíbios, 12 de répteis e 18 de mamíferos, além de várias espécies de artrópodes (grupo que inclui insectos e aranhas). Quanto à flora, são 123 as espécies de árvores, arbustos e herbáceas identificadas. Conselhos da CMLPercorrer aquele que é apresentado como "o primeiro percurso pedestre homologado em Lisboa" pode levar cerca de seis horas. A quem decidir fazê-lo o Guia de Campo indica um conjunto de "boas práticas ambientais" - como "não recolher plantas, rochas ou animais" e "observar a fauna à distância e silenciosamente" - e ensina o que fazer no caso de se encontrar um animal debilitado.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave campo animal aves
Brasil regista este ano número recorde de baleias-de-bossa que deram à costa
Cerca de cem baleias-de-bossa deram este ano à costa no Brasil, um recorde salientado pelos cientistas que desconhecem as causas para este fenómeno. (...)

Brasil regista este ano número recorde de baleias-de-bossa que deram à costa
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-12-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: Cerca de cem baleias-de-bossa deram este ano à costa no Brasil, um recorde salientado pelos cientistas que desconhecem as causas para este fenómeno.
TEXTO: De Janeiro a finais de Novembro, 96 baleias-de-bossa (Megaptera novaeangliae) – com 14 metros de comprimento e uma média de 25 toneladas – foram encontradas mortas ou vivas no litoral brasileiro, escreve hoje o jornal “Folha de São Paulo”. Este número representa um aumento de 123 por cento em relação ao anterior recorde de 43 cetáceos que deram à costa em 2007. A maioria das baleias arrolou nas costas do estado de Baía, no Nordeste do país, e nas do vizinho, o estado de Espírito Santo, onde se reproduzem. Várias espécies de baleias frequentam as costas do Brasil mas apenas as baleias-de-bossa deram à costa, notaram os cientistas. “É difícil definir a causa da sua morte. Por vezes o animal chega já em avançado estado de decomposição, o que dificulta a autópsia”, explicou Paulo Flores, responsável do programa de conservação dos cetáceos. Um investigador do Instituto da Baleia-de-Bossa, Milton Marcondes, disse ao jornal que a espécie regista um aumento populacional com o fim da pesca industrial. Por isso, lembra, há agora mais cetáceos no Oceano Atlântico, susceptíveis de dar à costa. Mas o investigador avançou outras hipóteses, como a do aquecimento global que poderá reduzir o krill, base da alimentação dos cetáceos, situação que os enfraquece. Uma outra possibilidade será um vírus ou uma bactéria que estará a afectar a população.
REFERÊNCIAS:
Associação criou no Vale do Côa a primeira área protegida privada do país
A criação da primeira área protegida privada do país, Faia Brava, foi hoje reconhecida em Diário da República. Os seus 214 hectares, com habitats protegidos e muito raros num vale profundo do rio Côa, estão nas mãos da Associação Transumância e Natureza (ATN). (...)

Associação criou no Vale do Côa a primeira área protegida privada do país
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.125
DATA: 2010-12-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: A criação da primeira área protegida privada do país, Faia Brava, foi hoje reconhecida em Diário da República. Os seus 214 hectares, com habitats protegidos e muito raros num vale profundo do rio Côa, estão nas mãos da Associação Transumância e Natureza (ATN).
TEXTO: Esta é uma história que começou em Abril de 2009 quando a ATN pediu às autoridades de conservação da natureza a criação de uma área protegida privada, nos concelhos de Castelo Rodrigo e de Pinhel. Hoje, o despacho publicado em Diário da República justifica a “luz verde”, ao referir que este é um “contributo importante para a conservação dos valores naturais e da biodiversidade bem como para a valorização do património geológico e paisagístico”. A área, integrada na Zona de Protecção Especial do Vale do Côa e no Parque Arqueológico do Vale do Côa, abrange valores naturais raros e com valor científico e ecológico que justifica a sua integração na Rede Nacional de Áreas Protegidas. Segundo o Plano de Gestão para a área (2009-2019), ocorrem 149 espécies de vertebrados, nomeadamente seis peixes – uma espécie ameaçada -, nove anfíbios, nove répteis, cem aves (onze das quais ameaçadas) e 25 mamíferos (três ameaçadas). “Esta é a demonstração de que existem proprietários e gestores que entendem ser benéfico um estatuto de área protegida”, comentou ao PÚBLICO o secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, o que leva a um “novo paradigma de envolvimento dos privados”. Para o governante, que conhece no terreno a Faia Brava, este "é um projecto bem conduzido que nos dá muita satisfação". O Ministério do Ambiente considera que a criação destas áreas é uma mais valia e afirma estar “de portas abertas” a outras iniciativas de privados. Para o futuro, Humberto Rosa admite que se possa simplificar o processo de apreciação das propostas. Entre os objectivos propostos pela ATN para a Faia Brava estão o aumento em 30 por cento da área de bosques autóctones, o aumento do sucesso reprodutor do abutre do Egipto e da águia de Bonelli em 20 por cento e aumentar o número médio de visitantes da área protegida, chegando às mil pessoas a partir do próximo ano. Mas o projecto não está isento de problemas. Na lista das ameaças a esta região incluem-se as queimadas e incêndios, o abandono e redução da gestão do terreno, caça furtiva, pedreiras, construção de barragens ou diques e perturbação por actividades recreativas e turísticas. A gestão da área protegida privada está nas mãos da ATN mas o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade terá de emitir pareceres quanto a determinadas actividades. A ATN foi criada em 2000 no âmbito de um projecto de conservação do abutre do Egipto (Neophron percnopterus) e da águia de Bonelli (Aquila fasciata), na região Nordeste do país. A iniciativa levou a associação a adquirir várias propriedades que, com o tempo, se foram interligando e formam hoje uma área contínua de 526 hectares, 214 dos quais classificados como área protegida privada.
REFERÊNCIAS:
ONU criou um painel intergovernamental para a Biodiversidade
A Assembleia-Geral das Nações Unidas deu ontem “luz verde” à criação de um IPCC (painel intergovernamental para as alterações climáticas) para a Biodiversidade, que permita maior eficácia na luta contra a extinção de espécies. Era o “sim” que faltava. (...)

ONU criou um painel intergovernamental para a Biodiversidade
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-12-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: A Assembleia-Geral das Nações Unidas deu ontem “luz verde” à criação de um IPCC (painel intergovernamental para as alterações climáticas) para a Biodiversidade, que permita maior eficácia na luta contra a extinção de espécies. Era o “sim” que faltava.
TEXTO: A tarefa de pôr o IPBES (painel intergovernamental para a Biodiversidade e Serviços dos Ecossistemas) no terreno, em 2011, ficará a cargo do Programa da ONU para o Ambiente (Pnua). O novo organismo internacional deverá catalisar uma resposta global à perda de biodiversidade e dos ecossistemas do planeta, como as florestas e recifes de coral. Espera-se que o painel dê um novo fôlego ao Ano Internacional das Florestas e à década internacional da Biodiversidade, que começam em Janeiro de 2011. Este painel independente vai, em grande medida, espelhar o IPCC, que tem promovido o conhecimento global sobre as alterações climáticas, fazendo a ponte entre os investigadores e as soluções no terreno. Segundo o Pnua, o IPBES vai analisar e dar consistência aos estudos científicos de institutos de investigação espalhados pelo mundo e com eles elaborar relatórios para os Governos, com o estado, classificação e tendências de espécies e ecossistemas e ainda as respostas políticas necessárias. “O IPBES representa um grande avanço em termos de organização de uma resposta global à perda de organismos vivos e de florestas, rios, recifes de coral e outros ecossistemas”, comentou Achim Steiner, director-executivo do Pnua, em comunicado. Depois de dois anos de negociações com os países do Sul, liderados pelo Brasil, - que receavam um processo controlado pelo Norte e um potencial entrave ao seu desenvolvimento - o princípio da criação do IPBES foi aprovado em Junho na Coreia do Sul. Mas foi a adopção em Nagoya (Japão), em Outubro, de um acordo sobre a partilha dos benefícios de algumas indústrias biogenéticas com os países do Sul que permitiu levantar as últimas reticências, explicou Salvatore Arico, especialista em biodiversidade na Unesco, associada a este painel, à AFP. Em Nagoya os Governos adoptaram ainda um novo plano estratégico com metas para travar a perda da biodiversidade até 2020. Por exemplo, os Governo aceitaram aumentar a superfície das áreas protegidas de 12, 5 para 17 por cento da superfície da Terra e aumentar as áreas marinhas protegidas do actual um por cento aos dez por cento. De acordo com a ONU, o actual ritmo de perda das espécies, causado pelas actividades humanas, é "mais de cem vezes superior ao da extinção natural". Hoje estão ameaçadas de extinção ao nível mundial uma em cada três espécies de anfíbios, mais de uma espécie de aves em cada oito, mais de um mamífero em cada cinco e mais de uma espécie de conífera em cada quatro. “2010, o Ano Internacional da Biodiversidade, começou menos bem depois de se ter constatado que nenhum país atingiu a meta de reverter a perda de biodiversidade. Mas vai acabar de forma muito mais positiva, com uma nova determinação para responder aos desafios”, acrescentou Achim Steiner. Salvatore Arico salientou que o IPBES "vai permitir aos cientistas de todo o mundo, de todas as áreas, fazer o ponto de situação sobre os nossos conhecimentos e responder às questões políticas prioritárias, fazendo a ligação entre a biodiversidade e desenvolvimento, a agenda económica e o comércio". Para o próximo ano será organizada uma reunião plenária, nomeadamente para determinar de que forma vai ser gerido e funcionar este novo organismo. Notícia alterada às 14h40
REFERÊNCIAS:
Entidades UNESCO ONU
Confrontos na Antárctida envolvem ecologistas do Sea Shepherd e baleeiros japoneses
A perigosa dança entre navios baleeiros e ecologistas da organização Sea Shepherd recomeçou nas águas da Antárctida, pela primeira vez nesta época de caça, onde o objectivo nipónico é matar mil baleias. (...)

Confrontos na Antárctida envolvem ecologistas do Sea Shepherd e baleeiros japoneses
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-01-04 | Jornal Público
SUMÁRIO: A perigosa dança entre navios baleeiros e ecologistas da organização Sea Shepherd recomeçou nas águas da Antárctida, pela primeira vez nesta época de caça, onde o objectivo nipónico é matar mil baleias.
TEXTO: A 31 de Dezembro, a frota ecologista, com três embarcações, localizou nas águas da Antárctida, 1700 milhas náuticas a Sul da Nova Zelândia, três navios baleeiros japoneses – “Yushin Maru”, “Yushin Maru2” e o “Yushin Maru3” - e lançou-se numa perseguição por entre blocos de gelo. “Enquanto estes arpoeiros japoneses estão a enfrentar-nos não estão a matar baleias”, disse Locky MacLean, canadiano capitão do barco “Gojira”, em comunicado no site da Sea Shepherd. A 1 de Janeiro, os três navios japoneses tentaram bloquear a passagem dos ecologistas, impedindo-os de chegar ao navio-fábrica “Nisshin Maru”, embarcação que se desloca a menor velocidade. Para isso realizaram trajectórias de quase colisão e dispararam fortes jactos de água. Os ecologistas responderam com o arremesso de “substâncias mal cheirosas”. Garantem que não houve feridos. “Conseguimos chegar ao pé deles [dos três baleeiros] antes de conseguirem matar uma baleia sequer. Hoje não vão caçar e o nosso desafio agora é garantir que não o façam nos próximos dias”, comentou Paul Watson, líder da Sea Shepherd. “Isto é fantástico”, disse Laura Dakin, cozinheira no navio “Steve Irwin”, citada pelo jornal “New Zealand Herald”. “Pela primeira vez na história da Sea Shepherd conseguimos localizar os baleeiros antes de mesmo de começarem a matar baleias. ”A época de caça à baleia começou a 2 de Dezembro e deverá terminar em meados de Março. Pela primeira vez, os ecologistas garantem que vão ter os seus barcos a acompanhar toda a época baleeira. “O nosso objectivo é salvar o máximo de baleias e maximizar as perdas financeiras dos baleeiros”, acrescentou. A pesca comercial à baleia está proibida desde 1986 pela Comissão Baleeira Internacional (IWC, sigla em inglês), à qual Portugal aderiu em 2002. Mas, ao abrigo da excepção para fins científicos, o Japão insiste em todos os anos matar várias centenas de animais de várias espécies. Em 2008/2009, as embarcações japonesas mataram 1003 baleias, ou 52 por cento das 1929 caçadas em todo o mundo. O número para a época de caça de 2009/2010, foi de 900 baleias. E todos os anos a Sea Shepherd tenta impedi-lo. No ano passado, um dos barcos da organização, o “Ady Gil”, naufragou depois de uma colisão nas águas da Antárctida. “As intervenções da Sea Shepherd são vistas como perigosas e não deveriam ter lugar”, disse ao PÚBLICO Jorge Palmeirim, biólogo da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e representante de Portugal na IWC. Este responsável salienta que o tipo de acções da organização “não melhora a imagem da conservação das baleias, desautoriza as associações que tentam proteger estes animais e acaba por ter um impacto negativo na opinião pública japonesa, mesmo naquelas pessoas que até são contra a caça à baleia”. Actualmente, a Sea Shepherd está proibida de participar nas reuniões anuais da IWC, ao contrário de outras organizações como a Greenpeace e a WWF. Perante a sua actuação, nas reuniões da IWC, “o Japão apresenta-se como vítima de iniciativas que não podemos defender nem apoiar”, salientou.
REFERÊNCIAS:
Arábia Saudita deteve grifo israelita por espionagem
As autoridades da Arábia Saudita “detiveram” recentemente um grifo por espionagem a mando de Israel, avançam os media israelitas e sauditas. (...)

Arábia Saudita deteve grifo israelita por espionagem
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-01-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: As autoridades da Arábia Saudita “detiveram” recentemente um grifo por espionagem a mando de Israel, avançam os media israelitas e sauditas.
TEXTO: O grifo (Gyps fulvus) foi encontrado há uns dias em território saudita, mais concretamente numa zona rural perto da cidade de Hyaal. O animal tinha uma anilha e um transmissor GPS com o nome da Universidade de Telavive, o que motivou rumores de que fazia parte de uma estratégia sionista. Os habitantes locais que encontraram a ave recearam o pior e entregaram-no às forças de segurança, conta o jornal israelita “Ma’ariv”, citado pela BBC. As autoridades israelitas dizem-se surpreendidas e rejeitam essas acusações, manifestando preocupação com o destino do animal. “O dispositivo não faz mais do que receber e armazenar dados básicos sobre as trajectórias do animal, sobre a altitude e velocidade que alcança”, explicou um ornitólogo da Autoridade israelita dos Parques e Natureza, ao jornal. Este grifo faz parte de um projecto para compreender melhor os comportamentos desta espécie em perigo. “Agora, esta pobre ave está a pagar um preço terrível. É muito triste”, comentou o especialista. “Espero que seja libertada. ”A espécie – com estatuto de Quase Ameaçada em Portugal – nidifica na Europa, Marrocos, Península Arábica, Turquia e Cáucaso.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave espécie animal
Frio mata milhares de peixes nos EUA, Brasil e Nova Zelândia
O frio especialmente intenso estará a causar a morte a milhares de peixes nos Estados Unidos, Brasil e Nova Zelândia. No Reino Unido, 40 mil caranguejos mortos cobrem as praias de Kent. (...)

Frio mata milhares de peixes nos EUA, Brasil e Nova Zelândia
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.136
DATA: 2011-01-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: O frio especialmente intenso estará a causar a morte a milhares de peixes nos Estados Unidos, Brasil e Nova Zelândia. No Reino Unido, 40 mil caranguejos mortos cobrem as praias de Kent.
TEXTO: Há quem pergunte se a vida selvagem está amaldiçoada, outros se este é o início do apocalipse. O que é verdade é que os casos recentemente divulgados de mortalidade de aves e peixes ganharam a atenção da opinião pública global. Depois das aves nos Estados Unidos e Suécia, as atenções voltam-se agora para os milhares de peixes que aparecem mortos em vários países. O frio, neste Inverno especialmente rigoroso, será a explicação. Segundo Henrique Cabral, investigador do Centro de Oceanografia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, o frio e um choque térmico baixam o metabolismo dos peixes e podem congelar os fluídos internos e a massa muscular. O especialista disse ao PÚBLICO que estes são "fenómenos relativamente naturais e não têm proporções muito significativas". No mar, além de não se registarem grandes oscilações de temperatura, os animais têm grande mobilidade e podem fugir para águas mais amenas. Os peixes mais afectados são os que vivem em lagos, rios ou no mar a pequenas profundidades. Foi o que aconteceu no Arkansas. Ao mesmo tempo que apareciam cerca de cinco mil aves mortas em Beebe, no Arkansas, o mesmo estado norte-americano via-se em mãos com cem mil peixes mortos num rio perto de Beebe. Dias depois, a 4 de Janeiro, dois milhões de peixes apareceram mortos em Chesapeake, Maryland, depois de o caso ter sido denunciado na semana passada. As autoridades do Departamento de Ambiente de Maryland estão a investigar as causas mas suspeitam das baixas temperaturas, avança o jornal “Baltimore Sun”. Aquele departamento revelou ontem, em comunicado, que os resultados preliminares mostram que a “qualidade da água parece ser aceitável”. “Uma diminuição brusca das temperaturas da água, aparentemente, causou a morte dos peixes”, segundo o departamento. As temperaturas da água chegaram aos 0, 5ºC no Dezembro mais frio na região nos últimos 25 anos. Mas estas mortalidades no Inverno já aconteceram no passado, nomeadamente em Janeiro de 1976, quando morreram 15 milhões de peixes. No Brasil, cem toneladas de peixes mortos já foram encontradas, desde 30 de Dezembro, em Paranaguá, no litoral do Paraná. A maior parte são sardinhas e bagres. Segundo o jornal “Folha de São Paulo”, investigadores do Instituto Ambiental do Paraná recolheram amostras dos peixes e, nos próximos dias, deverão anunciar as causas deste episódio. Mas o Centro de Estudos do Mar (CEM) da Universidade Federal do Paraná acredita que as mortes podem ser explicadas pelo possível aumento na concentração de algas que produzem toxinas (causado por mudanças de temperatura), por um derrame de produtos químicos ou por doenças. Na Nova Zelândia, as autoridades estão a investigar a morte de centenas de peixes nas praias da Península Coromandel. Os animais foram encontrados a 4 de Janeiro por banhistas. James Hughes, que estava de visita a uns amigos, contou ao “New Zealand Herald” que os seus filhos chegaram com peixes na mão, dizendo que os tinham encontrado no areal e a flutuar no mar. Um técnico do Departamento de Conservação neozelandês informou que os peixes estavam a morrer de fome por causa das condições meteorológicas. O mau tempo na Nova Zelândia foi motivo de notícia a 23 de Dezembro, quando o Departamento de Conservação revelou que centenas, se não milhares, de pinguins e outras aves marinhas não estão a conseguir alimentar as suas crias e morrem à fome na costa daquele país. A falta de peixe deve-se a alterações nos padrões climáticos, causadas pelo fenómeno La Niña. O investigador Henrique Cabral não tem registo de casos de mortalidade de peixes em Portugal devido ao frio, nem mesmo nas lagoas de montanha. Além dos peixes e das aves, há agora o anúncio de 40 mil caranguejos mortos que apareceram nos areais da costa britânica de Kent. A razão apontada é o tempo especialmente frio, o que causou hipotermia. Este é o terceiro ano em que tal acontece. A Agência de Ambiente britânica está a investigar a situação e avança que as condições meteorológicas são a explicação, segundo a BBC. O Met Office, o instituto de meteorologia britânico, revelou ontem que o mês passado foi o Dezembro mais frio no Reino Unido desde que há registos. Notícia actualizada às 14h25
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte concentração fome aves
Pinguim-rei morre mais e tem menos filhos por causa de marcadores metálicos
A identificação um indivíduo no meio de uma população de pinguins não é fácil. Uma das técnicas utilizadas é a utilização de marcadores em forma de banda que se colocam nas asas dos pinguins. Nas últimas décadas, vários estudos discutiam se esta abordagem causava algum mal às espécies, agora uma investigação de dez anos publicada na Nature mostra que os pinguins-rei com estes marcadores são mais susceptíveis e procriam menos. (...)

Pinguim-rei morre mais e tem menos filhos por causa de marcadores metálicos
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.5
DATA: 2011-01-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: A identificação um indivíduo no meio de uma população de pinguins não é fácil. Uma das técnicas utilizadas é a utilização de marcadores em forma de banda que se colocam nas asas dos pinguins. Nas últimas décadas, vários estudos discutiam se esta abordagem causava algum mal às espécies, agora uma investigação de dez anos publicada na Nature mostra que os pinguins-rei com estes marcadores são mais susceptíveis e procriam menos.
TEXTO: “O quadro é desambiguo”, disse à AFP Yvon Le Maho da Universidade de Estrasburgo, na França. “Entre os pinguins com bandas, os indivíduos menos adaptados morrem nos primeiros cinco anos do estudo, deixando vivos os super-atléticos. Nos outros cinco anos, a mortalidade é igual mas o sucesso reprodutivo dos pinguins com bandas foi de 39 por cento abaixo da média. ”A equipa de investigação estudou uma população de pinguim-rei, Aptenodytes patagonicus, da ilha da Possessão, no arquipélago Crozet perto da Antárctida. Os investigadores escolheram cem indivíduos ao acaso e colocaram em 50 bandas metálicas à volta da asa, os outros 50 foram seguidos por radares que detectam implantes. O estudo decorreu entre 1998 e 2008. Durante os dez anos morreram mais 16 por cento de pinguins com os marcadores, a mortalidade foi concentrada na primeira metade da década. O que a equipa estima é que as bandas dificultam a movimentação na água, obrigando um esforço maior por parte dos pinguins e um maior gasto de energia. Isto faz com que estes indivíduos permaneçam mais dias no mar para caçar e cheguem a terra dias mais tarde, atrasando a reprodução e fazendo com que muitas vezes só tenham filhos no ano seguinte. Estudos sobre alterações climáticas postos em causaMuitas vezes os pinguins servem para estudar o impacto das alterações climáticas no oceano, já que estão no topo da cadeia alimentar. À luz deste artigo, os estudos que tiram conclusões sobre este assunto utilizando populações de pinguins estudadas com marcadores podem ter que ser revistos, defende o artigo. “Durante o decurso do nosso estudo, quando a temperatura do mar era baixa e o alimento era abundante, não existia virtualmente nenhuma diferença entre aves com bandas e aves sem bandas”, disse Claire Saraux, colega de Yvon Le Maho. “No entanto, quando a temperatura aumenta e o alimento é menos abundante, os pinguins tem que nadar mais rápido, e os pinguins com banda permanecem mais tempo no mar à procura de alimento. ”
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave estudo aves
PJ investiga proveniência e destino da embarcação espanhola apreendida com 1,5 toneladas de haxixe
A Polícia Judiciária está a investigar a proveniência e o destino da embarcação espanhola que foi apreendida terça-feira ao largo do Algarve com uma tonelada e meia de haxixe a bordo, disse hoje a Polícia Marítima. (...)

PJ investiga proveniência e destino da embarcação espanhola apreendida com 1,5 toneladas de haxixe
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-08-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: A Polícia Judiciária está a investigar a proveniência e o destino da embarcação espanhola que foi apreendida terça-feira ao largo do Algarve com uma tonelada e meia de haxixe a bordo, disse hoje a Polícia Marítima.
TEXTO: Numa conferência de imprensa realizada na capitania de Vila Real de Santo António, o comandante da Zona Marítima do Sul, Marques Ferreira, explicou que a embarcação vinha de Sul para Norte, em direcção a Portugal, junto à linha que delimita a Zona Exclusiva Económica (ZEE), e quando foi interceptada pela lancha de fiscalização da Marinha Portuguesa Pégaso> fugiu em direcção à zona espanhola, mas sem sucesso. "Estes são os factos. Agora a Polícia Judiciária vai investigar e tentar determinar esses elementos", afirmou Marques Ferreira, quando questionado se a embarcação apreendida vinha de Marrocos e se destinava a uma praia portuguesa. O comandante admitiu, no entanto, que "a embarcação estava registada em Cádiz (Espanha), tinha dois motores de 200 cavalos e autonomia para fazer a distância entre os dois países em cerca de cinco horas". No processo de fuga, segundo o tenente Silva Ângelo, comandante da Pégaso>, os tripulantes, ambos de nacionalidade espanhola, "jogaram ao mar um saco com um telefone satélite, uma bateria e um cartão, que foram recuperados". "Ambos apresentavam um ar normal, havia material de pesca a bordo, pescado e parecia uma típica embarcação de pesca lúdica que sai para um dia no mar", acrescentou, dizendo que os detidos foram cooperantes. Marques Ferreira qualificou a apreensão como de "média dimensão", mas sublinhou que "1, 5 toneladas já é uma quantidade considerável" e representa a maior apreensão do ano da Polícia Marítima numa acção própria, apesar de já ter participado noutras operações conjuntas com a Polícia Judiciária. O comandante contou que "às 13h00 de terça-feira, a cerca de 23 milhas a sul de Vila Real de Santo António, a lancha de fiscalização da Marinha Portuguesa Pégaso>, numa patrulha de rotina, interceptou a embarcação de recreio espanhola Minbugy, com dois tripulantes espanhóis a bordo que agiram de forma suspeita", ao lançarem ao mar o telemóvel de satélite. Depois de a embarcação ter sido conduzida ao porto de Vila Real de Santo António, foi sujeita a inspecção por parte dos piquetes da Polícia Marítima e Polícia Judiciária, que encontraram “vários fardos de haxixe dissimulados”, tendo sido necessária uma "inspecção mais rigorosa para serem detectados", frisou o comandante Marques Ferreira. Os dois tripulantes foram detidos e foram presentes ao juiz para determinação da medida de coação a aplicar.
REFERÊNCIAS:
Tempo terça-feira