Tartaruga devolvida à natureza já fez mais de dez mil quilómetros no Atlântico
A viagem da tartaruga-comum Calantha, devolvida à natureza em Setembro depois de ter estado 25 anos aos cuidados humanos, atingiu hoje os 10.033 quilómetros, num percurso de travessia do oceano Atlântico. (...)

Tartaruga devolvida à natureza já fez mais de dez mil quilómetros no Atlântico
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.25
DATA: 2010-08-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: A viagem da tartaruga-comum Calantha, devolvida à natureza em Setembro depois de ter estado 25 anos aos cuidados humanos, atingiu hoje os 10.033 quilómetros, num percurso de travessia do oceano Atlântico.
TEXTO: De acordo com os dados disponibilizados por um transmissor colocado na carapaça, a Calantha (Caretta caretta) está agora a aproximar-se da República Dominicana. Segundo o Zoomarine, entidade que reabilitou a tartaruga, o seu “destino parece já estar definido”, mas “para a equipa do Zoomarine continua a ser uma incógnita”. Ainda assim, os dados recolhidos com a ajuda de satélites, são essenciais para avaliar o “sucesso da operação e da adaptação, ou não, destes répteis marinhos ao Oceano, do qual estiveram afastados tantos anos”, explica o Zoomarine. Calantha passou 25 anos no Aquário Vasco da Gama, em Lisboa. A 13 de Outubro de 2005 foi transferida para o Porto d’Abrigo, Centro de Reabilitação de Espécies Marinhas do Zoomarine, a fim de ser preparada para ser devolvida à natureza. Quando chegou pesava 115 quilos; ao ser libertada pesava 128, 5 quilos. A 30 de Setembro do ano passado, o Zoomarine, o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) e a Marinha Portuguesa devolveram a Calantha ao mar, juntamente com outras duas tartarugas, a Cat e a Tartaruga, ambas tartarugas verdes (Chelonia mydas). Desde então, a sua viagem tem vindo a ser seguida, no âmbito de um projecto que deverá durar mais cerca de sete meses, num investimento superior a 15 mil euros, assegurado pelo Zoomarine. A Tartaruga está ao largo de África. Os últimos dados sobre a Cat datam de 27 de Março deste ano. A espécie Caretta caretta, de migração ampla, tem uma vasta distribuição em todos os oceanos mas está classificada como Em Perigo, no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, especialmente por causa das ameaças às praias de nidificação, como a captura de ovos e a urbanização intensiva. Nas águas portuguesas ocorrem maioritariamente juvenis e a maior ameaça é a captura acidental por artes de pesca.
REFERÊNCIAS:
Espécie de sapo do tamanho de uma ervilha encontrada na ilha do Bornéu
Uma equipa de cientistas descobriu uma espécie de sapo do tamanho de uma ervilha na ilha do Bornéu, foi hoje anunciado. (...)

Espécie de sapo do tamanho de uma ervilha encontrada na ilha do Bornéu
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DATA: 2010-08-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: Uma equipa de cientistas descobriu uma espécie de sapo do tamanho de uma ervilha na ilha do Bornéu, foi hoje anunciado.
TEXTO: Os machos adultos desta nova espécie, Microhyla nepenthicola, têm um tamanho médio entre os 10, 6 e os 12, 8 milímetros, tornando-a numa das mais pequenas do mundo. Indraneil Das, do Instituto de Biodiversidade e Conservação Ambiental na Universidade Malaysia Sarawak, afirmou que este sapo foi, inicialmente, mal identificado nos museus. “Talvez os cientistas achassem que eram juvenis de outra espécie. Mas, afinal, são adultos desta micro-espécie agora descoberta”. Os pequenos animais foram encontros na berma de uma estrada que segue até ao cume da montanha Gunung Serapi, no Parque Nacional Kubah, no estado malaio de Sarawak. Os cientistas aperceberam-se dos sapos por causa do seu chamamento, ao pôr-do-sol. Das publicou o artigo científico sobre a descoberta com Alexander Haas, do Biozentrum Grindel und Zoologisches Museum de Hamburgo, na Alemanha. A descoberta faz parte de uma investigação global que está em curso, “Lost Frogs”, que pretende ir à procura de cem espécies de anfíbios que já não são avistados há muito.
REFERÊNCIAS:
Tartaruga que viveu 30 anos sem o mar superou desafio de atravessar o Atlântico
A Calantha esteve mais de 30 anos sem o mar, num tanque do Aquário Vasco da Gama, em Lisboa. Desde que foi devolvida ao oceano, no ano passado, esta tartaruga nadou 10.600 quilómetros, em linha recta, e conseguiu atravessar o Atlântico, numa das maiores migrações conhecidas. (...)

Tartaruga que viveu 30 anos sem o mar superou desafio de atravessar o Atlântico
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DATA: 2010-08-31 | Jornal Público
SUMÁRIO: A Calantha esteve mais de 30 anos sem o mar, num tanque do Aquário Vasco da Gama, em Lisboa. Desde que foi devolvida ao oceano, no ano passado, esta tartaruga nadou 10.600 quilómetros, em linha recta, e conseguiu atravessar o Atlântico, numa das maiores migrações conhecidas.
TEXTO: A Calantha, fêmea da espécie tartaruga-comum (Caretta caretta), chegou a 30 de Agosto às praias das ilhas britânicas Turcos e Caicos, nas Caraíbas. Foi uma viagem que durou 332 dias, num mar que não via há mais de 30 anos. “Sabemos que está saudável, que foi capaz de se defender [durante a travessia do oceano] e que soube reencontrar o seu rumo. Não se perdeu no meio do mar”, contou ao PÚBLICO Élio Vicente, biólogo marinho e director de Ciência e Educação do Zoomarine. Hoje está nas Caraíbas, numa zona que serve de alimentação, reprodução e postura para muitas tartarugas de espécies diferentes. Mas para que esta viagem fosse possível, a Calantha passou por cerca de cinco anos de recuperação, no Porto d’Abrigo, Centro de Reabilitação de Espécies Marinhas do Zoomarine. Para esquecer os mais de 30 anos que viveu numa piscina pequena, rodeada de pessoas todos os dias. Quando chegou ao centro de reabilitação, a 13 de Outubro de 2005, a tartaruga pesava 115 quilos. “Primeiro ensinámos-lhes que os humanos não são amigos”, enumerou o biólogo marinho. Depois, a Calantha reaprendeu a capturar o seu alimento, especialmente caranguejos e peixes. “Como tinha perdido as técnicas de captura de presas, ensinámos-lhe a identificar o alimento e a ir buscá-lo”. Por fim, “foi essencial pô-la a nadar e a mergulhar o mais possível, para exercitar a sua musculatura”. A 30 de Setembro do ano passado, o Zoomarine, o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) e a Marinha Portuguesa devolveram a Calantha ao mar. Pesava, então, 128, 5 quilos. Desde então tem sido seguida atentamente, graças aos dados de satélite disponibilizados por um transmissor colocado com uma resina especial na sua carapaça. “Não sabíamos para onde iria. Podia ir até à Florida, Brasil ou África, por exemplo. Esta é a primeira vez que uma tartaruga que viveu tanto tempo em cativeiro voltou ao mar”, contou. Ainda assim, “esta é uma das maiores migrações [de tartarugas] de que temos conhecimento”. Para Élio Vicente, seria um prémio que a “nossa Calantha fosse vista numa praia a fazer um ninho”. Esta tartaruga está em plena fase de reprodutiva. Não se sabe ao certo a sua idade mas, segundo os primeiros registos no Aquário Vasco da Gama, datando de 1974, terá pelo menos 40 anos. As tartarugas têm uma longevidade média de 60 a 70 anos. O biólogo garante que não se coloca a questão de a Calantha ser, ou não, rejeitada pelas outras tartarugas. “Durante a maior parte do ano, à excepção da altura da reprodução, as tartarugas não interagem, não há laços sociais. Apenas partilham o espaço”. Agora, a questão em aberto é se a viagem da Calantha chegou ao fim ou se esta é apenas uma etapa, para repor as energias gastas durante a longa viagem. “Ela pode ainda seguir para o Mar das Caraíbas, para as Bahamas, Brasil ou Golfo do México”. Dentro de, mais ou menos, uma semana, a Calantha dará a saber a sua decisão. A espécie Caretta caretta tem uma vasta distribuição em todos os oceanos mas está classificada como Em Perigo, no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, especialmente por causa das ameaças às praias de nidificação, como a captura de ovos e a urbanização intensiva. Nas águas portuguesas ocorrem maioritariamente juvenis e a maior ameaça é a captura acidental por artes de pesca. Notícia alterada às 15h57
REFERÊNCIAS:
Madeira: incêndios destruíram quase todo o habitat de ave mais ameaçada da Europa
Os fogos florestais deste Verão destruíram as principais áreas de nidificação da Freira da Madeira, uma espécie endémica e a mais ameaçada da Europa, alertou hoje o director do Parque Natural da Madeira. (...)

Madeira: incêndios destruíram quase todo o habitat de ave mais ameaçada da Europa
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DATA: 2010-09-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os fogos florestais deste Verão destruíram as principais áreas de nidificação da Freira da Madeira, uma espécie endémica e a mais ameaçada da Europa, alertou hoje o director do Parque Natural da Madeira.
TEXTO: Paulo Oliveira explicou que o fogo que consumiu este Verão grande parte da floresta madeirense também “afectou seriamente as zonas altas de vegetação de altitude”, nos Picos do Areeiro e Ruivo, sobretudo o maciço montanhoso central. Estima-se que tenha ardido cerca de 90 por cento doParque Ecológico do Funchal. O responsável diz que o fogo “destruiu o habitat de nidificação da Freira (Pterodroma madeira), uma destruição que não foi total porque há pequenas áreas em que ainda estão activas, mas outras ficaram perfeitamente pulverizadas”. Contudo, “as duas principais colónias de nidificação ficaram completamente destruídas”, realça. Paulo Oliveira assegura que a época de reprodução deste ano já está perdida mas admite que os efeitos não serão muito negativos na população existente, estimada em 80 casais, porque as “baixas” aconteceram apenas nos juvenis, tendo os incêndios acontecido numa altura em que “os adultos não estavam na área”. Salienta que os juvenis “não fazem parte do segmento reprodutor, que se manteve, está em alto mar, abandonou a área de nidificação”. “Mas a perda do habitat significa muito se não tivermos acções e é aí que estamos a intervir”, sustenta, recordando que as equipas do Parque Natural foram para o terreno tratar os juvenis desta espécie ameaçada que sobreviveram, alguns dos quais ficaram soterrados. Agora, o objectivo é que, no regresso à Madeira, os casais encontrem condições para nidificar, um esforço que visa “aumentar a produtividade da espécie e evitar que se dispersem”. Por isso, o objectivo é recuperar as áreas destruídas, estando também a ser construídos ninhos artificiais, com recurso materiais diversos, como condutas de ar condicionado tubos de exaustor para recriar a entrada, que são protegidos depois com manta anti-erosão, estando previsto também dispersar sementes quando começarem as primeiras chuvas. “A nossa prioridade é manter as aves onde estavam e recuperar as áreas mais produtivas ao longo dos anos”, sublinha. Um dos problemas deste trabalho, que decorre nas serras do Areeiro, são as “áreas inacessíveis” em que os técnicos têm de “trabalhar sempre segurados por cordas, em ravinas com centenas de metros de altitude, o que torna o trabalho doloroso, cansativo e perigoso”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave espécie aves
Especialistas identificaram os últimos 42 refúgios para salvar os tigres selvagens
Uma equipa internacional de cientistas identificou os 42 locais onde se devem concentrar os esforços de conservação dos últimos 3500 tigres selvagens do planeta, hoje relegados para uma ínfima fracção do seu antigo habitat. (...)

Especialistas identificaram os últimos 42 refúgios para salvar os tigres selvagens
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DATA: 2010-09-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: Uma equipa internacional de cientistas identificou os 42 locais onde se devem concentrar os esforços de conservação dos últimos 3500 tigres selvagens do planeta, hoje relegados para uma ínfima fracção do seu antigo habitat.
TEXTO: A “última esperança” para evitar a extinção destes animais – dos quais apenas mil são fêmeas – é concentrar os esforços em pequenas parcelas de florestas na Ásia, estima a organização Wildlife Conservation Society (WCS), coordenadora do estudo, publicado na revista “PLoS Biology”, que traça um mapa que oriente a conservação. Os 42 refúgios estão espalhados pela Rússia, Nepal, Bangladesh, Índia, Indonésia, Malásia, Tailândia e Laos. A maioria está na Índia (18), seguida da Malásia (8) e da Rússia (6). A WCS está a trabalhar em mais de metade dos 42 sítios. “A prioridade imediata é garantir que as poucas populações reprodutoras que restam sejam protegidas e monitorizadas”, comentou Nigel Leader-Williams, da Universidade de Cambridge. “A escala do desafio pode ser enorme mas a complexidade da sua implementação não é”, considera Joe Walston, director da WCS. O especialista, também director da WCS na Ásia, acredita que é económica e logisticamente possível manter estes bastiões como locais seguros para os tigres e suas crias, dando-lhes uma nova oportunidade para recuperarem. Os investigadores calculam em 80 milhões de dólares (61, 9 milhões de euros) por ano o custo de manter vivos estes animais e de monitorizar as populações nos 42 locais. Mais de metade desta quantia já está a ser disponibilizada por autoridades estatais, doadores internacionais e organizações de conservação. Mas o dinheiro que falta – estimado em 35 milhões de dólares (27 milhões de euros) – pode deitar tudo a perder. “Vários destes locais já estão em áreas protegidas. Mas na maioria a protecção é fraca e não irá faltar muito para [os tigres] desaparecerem”, disse John Robinson, vice-presidente executivo da WCS, à BBC online. “No passado, esforços conservacionistas demasiado ambiciosos e complicados falharam no essencial: evitar a caça dos tigres e das suas presas. Com 70 por cento da população mundial de tigres em apenas seis por cento da sua área de distribuição actual, os esforços precisam de ser concentrados nesses locais, considerados prioritários”, acrescentou Walston. “O tigre está a enfrentar o seu último desafio enquanto espécie”, comentou John Robinson. Hoje já existem mais tigres em cativeiro do que na natureza.
REFERÊNCIAS:
Anfíbios: ninguém os via há décadas e agora expedição internacional encontrou-os
Duas espécies de sapos e uma de salamandra foram redescobertas depois de não serem avistadas há várias décadas. Estes são os primeiros resultados de uma expedição internacional que, desde Agosto, está em 18 países à procura de 100 espécies “desaparecidas”. (...)

Anfíbios: ninguém os via há décadas e agora expedição internacional encontrou-os
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-09-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: Duas espécies de sapos e uma de salamandra foram redescobertas depois de não serem avistadas há várias décadas. Estes são os primeiros resultados de uma expedição internacional que, desde Agosto, está em 18 países à procura de 100 espécies “desaparecidas”.
TEXTO: Nunca mais se viu uma única salamandra Chiropterotriton mosaueri desde 1941. Esta espécie, que se acredita viver em grutas subterrâneas, foi agora redescoberta por Sean Rovito, da Universidade Nacional Autónoma do México. Vários indivíduos foram encontrados numa gruta de difícil acesso na província de Hidalgo, México. O sapo Hyperolius nimbae, “desaparecido” desde 1967, foi encontrado pelo cientista N’Goran Kouame, da Universidade de Abobo-Adjame, na Costa do Marfim. Jos Kielgast, do Museu de História Natural da Dinamarca, encontrou na República Democrática do Congo o sapo Hyperolius sankuruensis, “desaparecido” desde 1979, o ano em que a Sony vendeu o seu primeiro Walkman. Mas a procura pelas cem espécies, que os cientistas acreditam sobreviverem em pequenas populações, ainda não terminou. “Apesar de estas descobertas serem motivo de celebração, numa altura em que o mundo prepara a conferência da Convenção sobre Diversidade Biológica a realizar em Nagoya, Japão, no próximo mês, também alertam para o declínio chocante nas espécies mundiais de anfíbios, registado nas últimas décadas”, escreve a Conservation International, coordenadora das expedições, em comunicado. “Mais de um terço de todos os anfíbios estão ameaçados de extinção”. Robin Moore, que organizou a missão À procura dos Anfíbios Perdidos, lembra que estas descobertas podem trazer muitos benefícios para as pessoas. “Não sabemos se o estudo destes animais pode levar à descoberta de novos medicamentos, como acontece com outras espécies de anfíbios”. Além disso, “pelo menos um destes animais vive numa área que importa proteger porque fornece água potável a diversas áreas urbanas”, salientou. “Mas estes animais agora redescobertos são os sortudos. Muitas outras espécies que temos procurado há muito tempo, provavelmente desapareceram para sempre”. Os resultados finais destas expedições serão apresentados na conferência em Nagoya, onde os Governos vão debater os factores humanos que estão a empurrar as espécies de animais e plantas para a extinção.
REFERÊNCIAS:
Abutre de espécie Criticamente em Perigo encontrado na auto-estrada perto de Gaia
Um Abutre-preto juvenil foi encontrado esta semana na auto-estrada A29 em Valadares, perto de Vila Nova de Gaia. A ave, de uma espécie Criticamente em Perigo, está em recuperação no Parque Biológico de Gaia. (...)

Abutre de espécie Criticamente em Perigo encontrado na auto-estrada perto de Gaia
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DATA: 2010-09-29 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um Abutre-preto juvenil foi encontrado esta semana na auto-estrada A29 em Valadares, perto de Vila Nova de Gaia. A ave, de uma espécie Criticamente em Perigo, está em recuperação no Parque Biológico de Gaia.
TEXTO: O abutre, da espécie Aegypius monachus, foi encontrado pelo SEPNA, serviço da GNR, “em estado de debilidade” no domingo passado, segundo um comunicado do Parque Biológico de Gaia. O animal ter-se-á afastado acidentalmente do habitat que lhe é próprio. Nuno Gomes Oliveira, director do Parque Biológico, explicou ao PÚBLICO que a ave “não tinha problema algum, apenas fome”. Normalmente, após a época de criação, estas aves começam a dispersar pelo seu habitat. “Mas, por vezes, as aves saem da sua zona, deixando de encontrar comida. Foi o que aconteceu com este abutre, espécie raríssima em Portugal e nunca antes encontrada aqui”, acrescentou, adiantando que o animal terá vindo da Extremadura espanhola. A ave, a maior rapina da Europa, foi levada para o Parque Biológico de Gaia para recuperar e ser restituída à natureza, brevemente. De acordo com Nuno Gomes Oliveira, o procedimento realizado para este animal passa, essencialmente, pela sua alimentação “porque ele apenas sofre de desnutrição”. “Amanhã ou depois sairá da enfermaria e passará para o chamado túnel de voo, onde fará exercício físico para se preparar para a libertação, que deverá acontecer no Sul do país”. O responsável ainda não consegue adiantar datas para a libertação porque tudo depende da rapidez da recuperação. Mas defende que isso deverá acontecer “o mais rapidamente possível para que a ave não se habitue ao cativeiro, nomeadamente à alimentação artificial”. O abutre-preto é considerado uma espécie Criticamente em Perigo em Portugal. De acordo com o Livro Vermelho de Vertebrados de Portugal, o seu estatuto justifica-se com o facto de a espécie ter uma população extremamente reduzida, inferior a seis adultos maturos. As maiores ameaças são o envenenamento, a alteração dos habitats e a perturbação causada pela abertura de estradas. Os últimos dados de nidificação comprovada de abutre-preto em Portugal datavam de 1973. Desde então têm sido realizadas tentativas de nidificação por aves vindas de Espanha, onde a espécie tem estatuto de Vulnerável. “A partir dos anos 90 tem aumentado o número de observações no interior sul de Portugal”, nota o parque biológico.
REFERÊNCIAS:
Entidades GNR
Descoberta nova espécie de mamífero em Madagáscar
Uma nova espécie de mamífero, Salanoia durrelli, foi descoberta na ilha de Madagáscar, algo que já não acontecia há 24 anos, revelou hoje a Conservation International. O carnívoro poderá ser um dos mais ameaçados do mundo, alerta a organização. (...)

Descoberta nova espécie de mamífero em Madagáscar
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.136
DATA: 2010-10-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: Uma nova espécie de mamífero, Salanoia durrelli, foi descoberta na ilha de Madagáscar, algo que já não acontecia há 24 anos, revelou hoje a Conservation International. O carnívoro poderá ser um dos mais ameaçados do mundo, alerta a organização.
TEXTO: O pequeno carnívoro castanho, que pesa pouco mais de um quilo, foi encontrado nas zonas húmidas que rodeiam o Lago Alaotra, na região Centro da ilha. Ao que se sabe, esse é todo o seu território. Pertence a uma família de carnívoros que só se sabe existir em Madagáscar. O animal foi avistado pela primeira vez quando nadava num lago por uma equipa de investigadores da Durrell Wildlife Conservation Trust que participava numa campanha de monitorização de lémures, em 2004. Depois de analisar o animal, a equipa suspeitou que esta se tratava de uma espécie nova. No Museu de História Natural de Londres, os investigadores analisaram espécimes de Salanoia concolor e concluíram que aquela era mesmo uma espécie diferente. “Há já algum tempo que sabíamos que um carnívoro viva junto ao Lago Alaotra. Mas assumimos que era um Salanoia concolor”, contou Fidimalala Bruno Ralainasolo, biólogo da Durrell Wildlife Conservation Trust, um dos primeiros a encontrar o animal. “Mas as diferenças no crânio, dentes e patas mostraram que este animal pertence, claramente, a uma espécie diferente, com adaptações à vida num ambiente aquático”, acrescentou. Apesar de esta ser uma boa notícia, o futuro deste carnívoro pode não ser muito risonho. Na verdade, o seu futuro enquanto espécie é “incerto porque as zonas húmidas do Lago Alaotra estão extremamente ameaçadas pela expansão da agricultura (com pesticidas e fertilizantes), incêndios e plantas e peixes exóticos invasores”, refere Ralainasolo. “Provavelmente é um dos carnívoros mais ameaçados do mundo”, alerta a Conservation International, em comunicado. O resultado da descoberta – da responsabilidade da Durrell Wildlife Conservation Trust, Museu de História Natural de Londres, Nature Heritage (Jersey) e da Conservation International – foi publicado na revista “Systematics and Biodiversity”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave espécie animal
Milhares de grous no Alentejo vão estar quatro meses na mira de dezenas de ornitólogos
É durante o mês de Novembro que os grous chegam às planícies alentejanas para passar o Inverno. À semelhança do que acontece há 20 anos, equipas de ornitólogos preparam-se para sair para o campo e fazer o censo destas aves. A “expedição” começa este domingo e termina em finais de Fevereiro. (...)

Milhares de grous no Alentejo vão estar quatro meses na mira de dezenas de ornitólogos
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DATA: 2010-11-04 | Jornal Público
SUMÁRIO: É durante o mês de Novembro que os grous chegam às planícies alentejanas para passar o Inverno. À semelhança do que acontece há 20 anos, equipas de ornitólogos preparam-se para sair para o campo e fazer o censo destas aves. A “expedição” começa este domingo e termina em finais de Fevereiro.
TEXTO: Todos os Invernos, cerca de seis mil grous (Grus grus) partem do Norte e Leste europeu para o Sul de Portugal. Reúnem-se em bandos que podem ir das 200 às mil aves. São animais de hábitos e por isso escolhem quase sempre os mesmos locais de dormida e alimentação, espalhados por Campo Maior, Évora, Moura/Mourão/Barrancos e Castro Verde. Num fim-de-semana por mês, equipas de ornitólogos e de voluntários sairão para o campo. Rogério Cangarato, do Centro de Estudos da Avifauna Ibérica (CEAI), faz sempre parte do grupo. “Não é preciso ter muita experiência para fazer a contagem dos grous. É algo relativamente simples de fazer”, contou o responsável ao PÚBLICO. “Quem estiver interessado, pode-se inscrever nos grupos de observação. Em cada um estará, pelo menos, um membro do CEAI para orientar os trabalhos”, acrescentou. No ano passado, Rogério Cangarato esteve em cinco dos oito pontos de observação, escolhidos de forma a interceptar as aves na sua rota dos locais onde se alimentam aos locais onde vão dormir. Que saiba, cerca de 30 pessoas ajudaram a contar as aves. “São pessoas que vão desde os simples curiosos, que aproveitam para passear no campo mas que estão sensível a estas coisas, às pessoas com formação em biologia e até aos locais que convivem com os grous desde sempre mas nunca se aperceberam” do ritmo de vida destas aves. “Há de tudo”. O grou é uma ave que “cria empatia” e que é “relativamente fácil de ver – por causa da dimensão, dos sons, da plumagem – quando se está nos sítios certos”, garante. Além de os participantes ajudarem a melhorar o conhecimento científico sobre a espécie, podem passar um bom dia no campo. “Esta actividade é uma excelente oportunidade para passarmos informação através desta espécie, característica de determinados habitats”. De momento, o CEAI está a preparar o tratamento dos dados dos últimos 12 anos. Mas desde já se pode dizer que se tem “verificado um ligeiro aumento do número de grous que fazem a invernada no Sul de Portugal”, afirma Rogério Cangarato. Ainda assim, existem episódios de ameaça à estabilidade da espécie, como os “espantamentos propositados nos locais mais sensíveis, nas zonas de dormida diária”. Os grous não têm concentrações muito elevadas e ocorrem de forma dispersa. Ainda assim, podem causar algum prejuízo na altura das sementeiras. “Acho que faz falta alguém responsável dar uma resposta aos proprietários quando são afectados”, referiu. A segunda fase deste trabalho de contagem dos grous será adoptar medidas de conservação para proteger as aves e os habitats, através de acordos ou compromissos, adiantou. Mas este é um projecto “a curto ou médio prazo”. “Assegurar as condições ecológicas do montado e zonas agrícolas para uma boa invernada é tão importante como o resto do ciclo de vida da ave”, lembrou. Esta é uma espécie com estatuto de Vulnerável no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, publicado em 2005. A principal razão é a sua distribuição muito localizada no Alentejo interior.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave campo espécie aves
Descobertas duas espécies de insectos no Algarve e em Montejunto
Duas novas espécies, um pseudoescorpião e um escaravelho cavernícolas, foram descobertas pela bióloga e espeleóloga portuguesa Sofia Reboleira em grutas do Algarve e do Montejunto. (...)

Descobertas duas espécies de insectos no Algarve e em Montejunto
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-12-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Duas novas espécies, um pseudoescorpião e um escaravelho cavernícolas, foram descobertas pela bióloga e espeleóloga portuguesa Sofia Reboleira em grutas do Algarve e do Montejunto.
TEXTO: O pseudoescorpião – apenas semelhante ao escorpião no exterior – só existe nas grutas do Algarve. Pode ser considerado um “gigante”, com os seus cerca de dois centímetros, dado que o tamanho destes animais oscila, normalmente, entre um e cinco milímetros, explica a bióloga. “É uma descoberta absolutamente fascinante” disse Sofia Reboleira, considerando o pseudoescorpião, sem antecessores vivos à superfície, “uma relíquia” por ser um dos exemplares “mais modificados ao longo de milhões de anos em que se adaptaram para viver debaixo de terra”. Este animal evoluiu para características como “não ter olhos, ter patas grandes, e um extremo alargamento das pinças”, acrescentou a investigadora. Publicada há duas semanas em revistas científicas especializadas em zoologia - Zootaxa - a descoberta de Sofia Reboleira (descrita com Juan Zaragoza) sucede a outra publicada na sexta-feira, e que oficializa a descoberta de uma nova espécie de escaravelho cavernícola encontrado nas grutas do Montejunto (Cadaval). Denominado Trechus tatai, o escaravelho descoberto por Sofia Reboleira e descrito por Vicente Ortuño (da Universidade de Alcalá, Madrid) aumenta para quatro o número de espécies de escaravelhos cavernícolas (três dos quais descobertos pela bióloga em 2007). “Vive exclusivamente ali, é despigmentado e tem os olhos muito reduzidos” descreve Sofia Reboleira, sublinhando a raridade do escaravelho cuja sobrevivência depende da matéria orgânica arrastada pelas águas para o subsolo e para o qual “a poluição e destruição de grutas significa perigo de extinção”. As outras espécies de escaravelhos cavernícolas foram encontradas em grutas da Serra d’Aire e Candeeiros e vivem exclusivamente no subsolo. A descoberta das duas espécies ocorreu durante o trabalho de campo no âmbito do doutoramento de Sofia Reboleira, orientado por Fernando Gonçalves (do departamento de biologia da Universidade de Aveiro) e Pedro Oromí (faculdade de biologia da Universidade de La Laguna, em Tenerife, Espanha). O trabalho foi financiado pela Fundação Para a Ciência e Tecnologia da qual Sofia Reboleira é bolseira há dois anos e meio.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave campo espécie extinção animal