Revelada mutação genética de cães albinos
Gene identificado na raça Dobermann é semelhante a gene envolvido numa forma de albinismo nos seres humano. (...)

Revelada mutação genética de cães albinos
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 Animais Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: Gene identificado na raça Dobermann é semelhante a gene envolvido numa forma de albinismo nos seres humano.
TEXTO: Até 1976, os Dobermann existiam apenas em quatro cores, designadas por: "negro", "castanho", "azul" (diluição do negro) e “isabella” (diluição do castanho). Nesta altura, ocorreu uma mutação genética e, do cruzamento de dois cães de coloração normal, nasceu o primeiro melhor amigo do homem desta raça que era albino. Mais tarde, o seu acasalamento com outros cães que tinham a mesma mutação levou à propagação de Dobermann de pêlo branco e olhos claros. Agora, foi identificada a mutação genética que causa o albinismo nestes cães de guarda e de companhia. A descoberta, publicada na revista PLOS ONE, envolveu experiências com Dobermann albinos e Dobermann de cores normais, revelando que o gene mutado (SLC45A2) é semelhante a um que está envolvido numa forma de albinismo nos seres humanos. Um cão, ou uma pessoa, pode ser portadora da mutação genética sem que o albinismo se manifeste, mas pode transmiti-la à sua descendência. Caso os dois progenitores transmitam aos filhos a cópia do gene mutado, então eles serão albinos. “Descobrimos uma mutação genética que resulta na ausência de uma proteína que é necessária para que as células sejam pigmentadas”, disse Paige Winkler, estudante da Universidade Estadual do Michigan (EUA), e que coordenou o estudo com Joshua Bartoe. “Nos humanos, alguns defeitos neste mesmo gene causam o albinismo oculocutâneo [ausência total ou parcial dos pigmentos da pele, do cabelo e dos olhos]”, acrescenta, em comunicado. Apesar de existirem quatro cores possíveis para os Dobermann (sem contar com a branca), a sua aceitação é variável: nos Estados Unidos e no Canadá, a totalidade das cores é aceite, enquanto na Europa apenas são admitidas duas – o negro e o castanho. “Muitos exemplares de cor azul e ‘isabella’ apareciam com doenças de pele e por isso mesmo foram erradicados dos programas de criação da Europa”, explica ao PÚBLICO Fernando Magalhães, presidente do conselho directivo da Associação Dobermann de Portugal, fundada em 1984. Quanto ao albinismo nos Dobermann, ele é inaceitável a nível mundial. Assim, uma vez que os Dobermann albinos não cumprem os padrões de classificação da raça, as conclusões deste estudo são consideradas bastante importantes. “Essa cor não é reconhecida. O Dobermann é um cão de origem alemã e, portanto, os ‘standards’ da raça são detidos pela Alemanha. E o albinismo, em todas as raças, não é uma característica desejável devido aos problemas que acarreta”, refere Fernando Magalhães, acrescentando que também há cães albinos nas raças Boxer ou dogues alemães. Esta descoberta pode revelar-se assim importante para os criadores de cães: conhecendo a genética dos seus cães, poderão evitar o nascimento de Dobermann albinos. “Pode ter interesse para que os próprios criadores tenham um certo cuidado nos exemplares que utilizam para reprodução. O criador pode ser chamado à atenção para evitar utilizar determinado um macho ou uma determinada fêmea que poderá trazer este acrescento de problemas no futuro”, afirma Fernando Magalhães. Vários problemas de saúdeAlgumas características do albinismo nos Dobermann passam por pêlo de cor muita clara, íris pálidas e nariz e a boca cor-de-rosa. “Estas características são muito semelhantes às características manifestadas nos humanos com este problema [albinismo oculocutâneo], que origina pele cabelo claros, bem como a descoloração dos olhos e perturbações da visão”, refere Paige Winkler. Dada a sensibilidade da pele à luz solar, tanto nos humanos como nos cães, o risco de cancros e de outras lesões na pele é maior. “O albinismo tem a ver com falhas biológicas. A cor da pele, dos olhos e do pêlo depende da presença de um pigmento chamado melanina. Portanto, a sua principal função é a pigmentação e a protecção contra a radiação solar. A falha da melanina é sempre um problema grave que pode vir a causar problemas graves na pele”, diz Fernando Magalhães, que teve o seu primeiro Dobermann em 1980 e, quatro anos mais tarde, tornou-se criador desta raça de cães. Até agora, permanecia a questão de saber que forma os tumores afectavam os cães de cor normal e os cães albinos. “Já sabíamos que os Dobermann costumavam desenvolver estes tipos de tumores, à semelhança dos humanos, mas perguntávamo-nos qual era de facto o aumento da prevalência destes tumores nos Dobermann ‘brancos’ em relação aos Dobermann de pêlo normal”, diz por sua vez Joshua Bartoe, também segundo o comunicado. Nos 40 cães estudados, metade albinos e a outra metade com pêlo de cor normal, a equipa de cientistas descobriu que mais de metade dos cães albinos (12 animais) tinha pelo menos um tumor, enquanto apenas um dos cães de cor normal apresentava um tumor. “Agora que identificámos a mutação, podemos olhar para a composição genética desses cães e determinar se eles podem ser portadores [dela]”, diz Joshua Bartoe.
REFERÊNCIAS:
Está em curso a sexta extinção em massa na Terra e é mais grave do que se pensava
Um novo estudo concluiu que milhares de milhões de mamíferos, aves, répteis e anfíbios desapareceram em todo o mundo desde o início do século XX. "Uma aniquilação biológica", consideram os autores. E o tempo para a inverter é curto. (...)

Está em curso a sexta extinção em massa na Terra e é mais grave do que se pensava
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 Animais Pontuação: 7 | Sentimento 9.251
DATA: 2017-07-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um novo estudo concluiu que milhares de milhões de mamíferos, aves, répteis e anfíbios desapareceram em todo o mundo desde o início do século XX. "Uma aniquilação biológica", consideram os autores. E o tempo para a inverter é curto.
TEXTO: Um novo estudo chegou à conclusão de que milhares de milhões de mamíferos, aves, répteis e anfíbios desapareceram em todo o mundo, o que serve de fundamento aos investigadores para afirmar que está em curso a sexta extinção em massa e que está a ocorrer mais rapidamente do que o era pensado. Publicado no PNAS, o estudo foi conduzido pelo mexicano Gerardo Ceballos, Paul R. Ehrlich e Rodolfo Dirz. Os investigadores estudaram a redução das populações em espécies existentes, raras e comuns, em vez de analisarem o número de espécies extintas ou em perigo de extinção, processo normalmente utilizado para se perceber a magnitude do problema. Em concreto, verificaram a situação de 27. 600 espécies de vertebrados terrestres – entre aves, répteis, anfíbios e mamíferos – desde o ano 1900. Mas para se chegar a conclusões foi necessário contornar um obstáculo que se colocou perante a análise: o facto de não existirem registos fiáveis sobre algumas das espécies analisadas no início do século XX, nem mesmo actualmente. Assim, o método utilizado foi diferente e centrou-se na geografia. Isto é, qual era a distribuição geográfica de cada espécie em 1900 e qual é a actual. Desta forma, foi possível calcular a dimensão das respectivas populações. Os resultados, segundo os autores, são alarmantes: um terço das espécies (8851) já não está presente na maior parte do seu território original. Além disso, descobriu-se que muitas populações regionais e locais desapareceram completamente. Ou seja, quase todas as espécies estudadas perderam população ou extinguiram-se localmente. Existem dados mais fiáveis e detalhados sobre os mamíferos terrestres. Por isso foi possível detalhar que, neste caso, quase metade destes animais perderam cerca de 80% da sua área geográfica. “A aniquilação biológica resultante terá, obviamente, sérias consequências ecológicas, económicas e sociais. A humanidade acabará por pagar um preço muito alto pela diminuição do único conjunto de vida que conhecemos no Universo”, dizem os autores, utilizando expressões mais fortes do que é normal. “A situação tornou-se tão má que não seria ético não usar linguagem forte”, explica Gerardo Ceballos, citado pelo Guardian. “Todos os sinais apontam para agressões ainda mais poderosos à biodiversidade nas próximas duas décadas, criando uma perspectiva sombria para o futuro da vida, incluindo da vida humana”, dizem os autores. O estudo aponta como factor para esta situação “a sobrepopulação humana e o crescimento populacional contínuo e o superconsumo”. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Ao diário britânico, Ehrlich diz que “o aviso sério” exposto no estudo “precisa de ser atendido porque a civilização depende completamente das plantas, animais e microorganismos da Terra que fornecem serviços de ecossistema essenciais desde a polinização e protecção até ao fornecimento de alimentos do mar e manutenção de um clima habitável”. No entanto, os autores admitem que ainda há tempo para inverter esta evolução. Mas “o tempo para agir é muito curto”, alerta Ehrlich. Para demonstrar a gravidade da situação é dado o exemplo do leão (Panthera leo) que nos últimos séculos estava presente numa vasta área do mundo, incluindo o Sul da Europa, Médio Oriente, Sul da Ásia e todo o continente africano. Neste momento, ocupa uma reserva na Índia e conta com cerca de sete mil espécimes em zonas separadas no deserto do Sara. A velocidade com que ocorreu este redução é ainda mais impressionante: desde 1993, a população de leões diminuiu 43%, cita o El País.
REFERÊNCIAS:
As palavras (e erros) do ano
A minha votação de entre as dez palavras vai para populismo, ainda que o meu prognóstico para a vencedora esteja numa das duas profissões seleccionadas. (...)

As palavras (e erros) do ano
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 Animais Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-12-31 | Jornal Público
SUMÁRIO: A minha votação de entre as dez palavras vai para populismo, ainda que o meu prognóstico para a vencedora esteja numa das duas profissões seleccionadas.
TEXTO: Com o texto que se segue termina a minha crónica semanal no PÚBLICO, por decisão da sua Direcção. Quero agradecer a atenção de quantos pacientemente me leram, na concordância ou na discordância, ao longo de quase cinco anos ininterruptos. Agradeço também a confiança da então directora Bárbara Reis no lançamento do blogue “tudo menos economia”, que partilhei com Ricardo Cabral e Francisco Louçã, depois reforçada pelo ex-director David Dinis com esta minha coluna “(Uma)temática”. Pelo décimo ano consecutivo, a Porto Editora e a Infopédia promovem a votação da palavra do ano. Desta vez, estão em disputa dez termos: assédio, enfermeiro, especulação, extremismo, paiol, populismo, privacidade, professor, sexismo, toupeira. Como tem sido recorrente, as palavras candidatas estão algo enviesadas por força de uma tendência memorial que, em linguagem de stockagem, se poderia apelidar de FIFO (first in, first out), ou seja, as palavras seleccionadas tendem a acumular-se mais nos últimos meses do ano e as dos primeiros meses não resistem tanto à erosão do calendário. O caso mais evidente é o da palavra enfermeiro, que agora está bem fresquinha. E, por uma unha, colete não está entre as eleitas, em tons amarelos evidentemente. Desta vez, não há estrangeirismos ou mesmo evidentes neologismos. Nem sequer verbos ou adjectivos. E nenhuma das dez palavras tem ortografia diferente, na versão acordista ou não acordista. Uma selecção contida, dir-se-á. A propósito de palavras vencedoras e resultantes de moda efémera e estrangeirada, logo descartadas do uso e da memória, o caso mais estranho aconteceu em 2010 com a onomatopaica sul-africana vuvuzela. Assim como surgiu, logo se eclipsou. Nota-se a predominância dos vocábulos de origem ou natureza mais política ou laboral. Felizmente a palavra desemprego já há anos que não aparece, ela que é a única repetente três vezes em plena crise (2010, 11 e 12). Desde as siglas FMI e TSU aos acrónimos PEC e SCUT, volta a não haver estas palavras comprimidas. Paiol até pode ser entendido quase como um arcaísmo, ressuscitado por um emaranhado político-militar-laboral sem fim à vista. À palavra enfermeiro talvez lhe falte uma espécie de aposto ou continuado: greve. Sempre pensei que a palavra culpa tivesse sido escolhida para a votação final, mas compreendo as razões da ausência. É que de tão dita e maldita, não foi por cá encontrada e definhou solteira. Populismo está na lista sem surpresa, como surpresa não é muita gente desconhecer o seu significado preciso. Especulação, este ano, porquê se a há em doses avantajadas todos os anos? Há quatro palavras que, em linguagem matemática, se poderiam transformar em pares binários, dada a sua interligação por simpatia ou antagonismo: assédio e sexismo, privacidade e toupeira. Passam-se os anos a falar de futebol. Contudo, a futebolândia sempre foi pouco assídua nestas escolhas vocabulares. Nem mesmo VAR conseguiu esta façanha! Este ano, ainda que sob a forma capciosa de um mamífero roedor – a toupeira –, podemos entrever o esférico ou a redondinha numa quadratura do círculo. De todas as palavras há duas que se dão bem com meias-palavras: assédio e toupeira. A primeira, mais à superfície; a segunda, mais escondida. Continua a verificar-se a quase regra de a maioria das palavras ter uma carga aparentemente negativa e, ao invés, nem uma única transportar uma qualquer boa nova. Muito português, sem dúvida. A palavra turismo não surge entre as dez escolhidas, tal como alojamento (local ou nem por isso) ou gruta (a pensar nas crianças tailandesas) e, apesar da excitação dos últimos tempos, nem touro, tourada ou corno alcançaram a designação. Desta vez, também ficaram de fora palavras relacionadas com a saúde (ou melhor, da falta dela), o que é bom sinal, bem como da tecnologia para a qual nem a Web Summit valeu. A religião que, no ano passado, esteve representada com o vocábulo peregrino, voltou à estaca zero. Já a botânica está sempre ausente, a não ser, em 2017, com a palavra floresta (ainda que por causa dos incêndios) e apesar de este ano um sobreiro ter sido a árvore europeia do ano, não esquecendo o carvalho para os lados de Alvalade. A minha votação de entre as dez palavras vai para populismo, ainda que o meu prognóstico para a vencedora esteja numa das duas profissões seleccionadas – enfermeiro ou professor –, quem sabe se com o assédio, por via da votação, da toupeira. Já no Reino Unido (promovido pela Oxford Dictionaries), o termo proclamado vencedor foi toxic. Trata-se de uma palavra que é não apenas usada no seu sentido mais estrito e literal, como com alargados sentidos metafóricos. No Brasil, um pouco à semelhança da metodologia britânica, em 2017 a palavra vencedora foi, evidentemente, corrupção. Não sei se pode haver reincidência vitoriosa, pois voltaria a estar nas palavras (infelizmente) favoritas. Em suma, a última palavra – que será a primeira – pertence aos votantes online! E quando será que palavra virá a ser o termo escolhido? Pela minha parte, ficaria muito agradado ou, quem sabe, sem palavras! Palavra de honra. IPSIS VERBISSeleccionei alguns erros ou modismos com presença muito assídua em 2018:PLEONASMO: Há anos atrás (ou será à frente?) e alojamento local (ou será sem local?)OXÍMORO: Grande beijinho (mas não pequena beijoca)SOLECISMO: Vão haver muitas novidades. . . PRONÚNCIA: rubrica dita erradamente como se fosse “rúbrica” e acordos como se fossem “acórdos”CONJUGAÇÃO: interviu sem ter intervidoPOUPANÇA SILÁBICA: competi(ti)vidade, precari(e)dade e empreen(de)dorismo (muito habituais em São Bento)MODISMO: No fim do dia, uma tradução literal e afectada de “at the end of the day”MODISMOS FUTEBOLÍSTICOS: troca por troca (ainda que à condição)MODISMOS VERBAIS: Empoderar, elencar e impactarCONFUSÃO: o homem foi evacuado (coitado! Espero que não tenha sido troca por troca. . . )PARADOXO: Correr atrás do prejuízo (ou será à frente?)EUFEMISMO: politicamente correcto (eufemismo sobre o próprio eufemismo)À ESPERA DE NEOLOGISMOS: Amarar no rio ou aterrar em MarteCACOFONIA: um ováriosSubscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. CONFUSÃO ACORDISTA: ótico (dos olhos) e ótico (dos ouvidos)AMBIGUIDADE: ambiguação (na Wikipedia)O MAIS UNIVERSAL DOS ERROS: Tenho que acabar este texto (em vez de tenho de acabar este texto porque tenho muito mais que fazer)
REFERÊNCIAS:
Mais tarde ou mais cedo, os insectos vão chegar-lhe ao prato
Temperados ao estilo asiático, incorporados em barras energéticas e bolachas ou integrados em rações para animais de consumo. A chegada dos insectos ao prato é algo a que o Ocidente não vai escapar por muito tempo. Depois do alerta deixado pela FAO em 2013 — que viu nos insectos uma fonte alternativa de proteína, mais sustentável do que a carne ou o peixe —, a legislação europeia começa a abrir-se a esta possibilidade e o sector não pára de crescer. Em Portugal, há empresas prontas a entrar no mercado. Mas as dúvidas são mais do que as certezas. (...)

Mais tarde ou mais cedo, os insectos vão chegar-lhe ao prato
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 Animais Pontuação: 5 Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-08-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: Temperados ao estilo asiático, incorporados em barras energéticas e bolachas ou integrados em rações para animais de consumo. A chegada dos insectos ao prato é algo a que o Ocidente não vai escapar por muito tempo. Depois do alerta deixado pela FAO em 2013 — que viu nos insectos uma fonte alternativa de proteína, mais sustentável do que a carne ou o peixe —, a legislação europeia começa a abrir-se a esta possibilidade e o sector não pára de crescer. Em Portugal, há empresas prontas a entrar no mercado. Mas as dúvidas são mais do que as certezas.
TEXTO: O cheiro é o primeiro impacto. Não necessariamente mau, apenas intenso. Há um odor a humidade. A sala, forrada a placas de madeira e lençóis de plástico, foi transformada numa estufa, com caixas de plástico vermelho empilhadas em blocos à altura do peito. O que à primeira vista poderia parecer uma zona de armazém inerte é, na verdade, uma colónia viva. Muito viva. Em cada caixa, entre aparas de farelos e cenouras, remexem-se dezenas de Tenebrio molitor nos diferentes estágios de crescimento, de larvas a pequenos besouros-pretos. Desde meados de 2016 que Guilherme Pereira e Sara Martins criam insectos desta espécie para depois os transformarem em farinha. A partir dela, estão a desenvolver produtos alimentares para consumo humano: barras energéticas, pães, massas, bases de pizza. Há cinco anos, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) lançava definitivamente o debate sobre o tema, ao publicar um extenso relatório onde defendia a produção e o consumo de insectos como uma fonte alternativa de proteína, mais sustentável do que a carne ou o peixe. Igualmente nutritivos, os insectos revelavam ser mais eficientes (em média, dois quilos de alimento chegam para produzir um quilo de insectos, enquanto no gado bovino são necessários oito quilos, por exemplo), produziam menos gases com efeito de estufa, era necessário menos água e menos área de produção e podiam ainda ser alimentados com subprodutos alimentares, fomentando a diminuição do desperdício e a economia circular. A 1 de Janeiro deste ano entrou em vigor a directiva que torna a produção e comercialização de produtos à base de insectos para alimentação humana uma possibilidade na Europa. A integração de insectos nas rações para peixes produzidos em aquacultura também já foi autorizada. E a expectativa é que o mesmo aconteça para a produção de aves no próximo ano. E à medida que a legislação vai sendo aprovada, a chegada de insectos aos pratos ocidentais dos humanos começa a tornar-se uma realidade. É um sector ainda pequeno, a tentar perceber como vencer o estigma e produzir em massa. Mas em crescente dinâmica. Este ano, a retalhista alemã Metro AG quis sentir o pulso ao sector com a venda de massas enriquecidas com farinha de insecto durante três meses numa loja em Düsseldorf. E os supermercados espanhóis da cadeia francesa Carrefour lançaram uma gama de dez produtos feitos pela Jimini’s, que vão desde barras energéticas a granolas. De acordo com um relatório publicado pela Arcluster em Abril, o mercado global de insectos edíveis (comestíveis) deverá atingir 1, 54 mil milhões de dólares (1, 3 mil milhões de euros) no prazo de cinco anos. Já o mercado da produção de insectos para rações animais, a dar os primeiros passos a nível mundial, deverá chegar aos mil milhões de dólares em 2022 (cerca de 900 milhões de euros), apontava a mesma consultora em 2017. Um estudo de mercado semelhante feito pela Meticulous Research é, no entanto, mais conservador nas estimativas: prevê que todo o sector não ultrapasse 1, 18 mil milhões de dólares (mil milhões de euros) até 2023, incluindo no relatório diferentes aplicações, do consumo humano às rações animais, passando pela cosmética e farmacêutica. Em Portugal, ainda são mais as intenções e as experiências do que as empresas a fazer efectivamente caminho no sector, pelo menos publicamente. Mas já está criada a Associação Portuguesa de Produtores e Transformadores de Insectos — Portugal Insect, fundada em Maio por três empresas (Portugal Bugs, EntoGreen e Nutrix). Objectivo: “Congregar este sector em crescimento e torná-lo uma realidade em Portugal”. Até aceitar o desafio de um professor no último ano do curso de Engenharia Alimentar, Guilherme Pereira nunca tinha provado insectos. Desde pequeno que ouvia o pai dizer que “iam ser o futuro”. Mas, para ele, era uma realidade confinada ao continente asiático. “Sabia que se comia insectos no Oriente, mas não tinha tão presente que já estavam a criá-los no mercado ocidental”, admite. Quando lhes foi proposto desenvolverem uma barra proteica à base de farinha de insecto como projecto final de curso, Guilherme foi o único na turma a aceitar. Os colegas acharam-no “um bocado tolo”, diz. Mas ele viu ali uma ideia “extraordinária” e uma oportunidade de se lançar no empreendedorismo com uma “coisa diferente”. Finalizada a licenciatura na Universidade do Porto, Guilherme fundou a Portugal Bugs com a namorada, Sara Martins. “Mandámos vir um quilo de tenébrios e arrancámos a produção na minha garagem”, recorda ao P2. “Coloquei-os numa caixinha, com uma lâmpada daquelas que as pessoas usam para aquecer as galinhas no Inverno. De repente, aquilo deu um salto muito grande: num dia tínhamos muitas larvas, no dia a seguir já tínhamos um monte de pulpas, depois besouros por todo o lado na caixa”, ri-se. O primeiro impacto para quem se lança na produção é quase sempre a “descoberta de um mundo novo”. Por muito que se leia ou se tente pesquisar na Internet, a informação disponível é muito pouca, garantem. Cada passo do processo é aprendido sobretudo com a experiência. Um ano e meio depois, a produção da Portugal Bugs saiu da garagem para uma ala adaptada de uma pequena moradia em Perafita, no concelho de Matosinhos. São agora 200 caixas, com capacidade para produzir entre 35 e 40kg por mês. Mas o objectivo é chegar aos 100kg/mês, pelo menos, até ao final do ano. E, em 2019, “avançar com uma coisa em larga escala”. Para o sucesso dos planos, no entanto, falta um pormenor decisivo: que se feche definitivamente o hiato legislativo. O regulamento aprovado pela União Europeia em 2015 introduziu os insectos na lista de “novos alimentos” autorizados para consumo humano, abrindo caminho à comercialização de produtos à base deste ingrediente no mercado comunitário. Com a entrada em vigor da nova directiva, a 1 de Janeiro deste ano, arrancou o processo de avaliação e autorização de cada espécie por parte da Autoridade de Segurança Alimentar Europeia (EFSA). Até então, apenas seis países (Reino Unido, Holanda, Dinamarca, Finlândia, Bélgica e Áustria) faziam uma leitura mais permissiva da legislação europeia anterior que, ao proibir especificamente a utilização de “partes de insectos”, abria espaço a produtos feitos com o animal inteiro (desidratado e condimentado ao estilo asiático ou reduzido a farinha e aplicado em produtos transformados). Noutros países, a lei era omissa, não permitindo nem proibindo (caso de Portugal). Este ano é, por isso, considerado um período transitório: quem já estava no mercado pode continuar fazê-lo até ao final do ano. A partir daí, é necessário provar para cada espécie de insecto que os métodos de produção e de transformação, assim como os produtos finais, são seguros para o consumo humano. As candidaturas entregues pelas empresas têm de pormenorizar técnicas e apresentar diversas análises, como exames toxicológicos ou alergénicos. Cada dossier custa “acima dos muitos mil euros”, um valor incomportável para a start-up portuguesa. “É mau porque não podemos colocar o nosso produto no mercado, mas assim certificarmo-nos de que aquilo que é comercializado na Europa não vai fazer mal a ninguém. ” Na Portugal Bugs, o objectivo é serem “os segundos primeiros”. Em teoria, a partir do momento em que uma candidatura for aprovada, todas as empresas que se rejam por um processo semelhante ficam igualmente autorizadas a comercializar. Mas é aqui que começam as incógnitas. Os procedimentos têm de ser exactamente os mesmos? Como será feito o posterior licenciamento das unidades de produção, entregue às autoridades de cada país? Quanto tempo vai demorar todo o processo?“Isto não é apenas novo para o consumidor, é novo para toda a gente”, admite Guilherme. Numa perspectiva optimista, o empresário espera colocar os primeiros produtos no mercado no início do próximo ano. O ângulo mais realista empurra-o para um horizonte que não arrisca nomear. “Só vamos ter uma ideia mais concreta quando algum dossier for aprovado. E há previsões que apontam para que isso só aconteça no final de 2019. ” É neste campo que a associação Portugal Insect tem concentrado esforços, procurando criar uma ligação estreita com as entidades governamentais que regulam estes sectores. No final de Setembro, vai ser publicado um Manual de Boas Práticas na Produção, Transformação e Utilização de Insectos na Alimentação Animal, desenvolvido pela Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), em parceria com a associação. Há planos para criar um documento semelhante para a alimentação humana em breve, assim como uma lista de “perguntas frequentes” para ajudar quem quer entrar no sector. Chamam-lhe “vale da morte”. Quase todas as pequenas empresas atravessam-no, desde o desenvolvimento da ideia ao equilíbrio da balança financeira. Mas adicionou-se um sector inovador, ainda com poucas provas de retorno financeiro capazes de atrair grandes investidores e que enfrenta a resistência do consumidor, e a travessia pode tornar-se penosa. Muitas não sobrevivem. O irmão de Daniel Murta, por exemplo, acabou por perder o interesse, mas o professor de Medicina Veterinária resiste. Desde que foi fundada, em 2014, a Entogreen já conheceu várias vidas. Começou por produzir tenébrios para alimentação humana, foi depois abrindo espaço à alimentação animal até se focar exclusivamente nesta, trocando os tenébrios pela mosca soldado-negro, já em parceria com Rui Nunes, que integrou, entretanto, a empresa. O novo ciclo permite criar três produtos distintos. “Recebemos os subprodutos vegetais, as larvas consomem-nos em cerca de 15 dias e vão produzir um substrato orgânico que pode ser utilizado como fertilizante para os solos”, conta Daniel Murta. “As larvas são depois processadas e é separada a parte proteica e o óleo. ” Enquanto o primeiro tem como destino as produções agrícolas, os derivados de insecto podem ser integrados nas rações para animais (actualmente apenas peixes em aquacultura ou animais de companhia, cuja alimentação com insectos ou derivados sempre foi permitida). No entanto, a Entogreen ainda não colocou um único produto à venda. Para conseguir entrar num mundo de gigantes como é a formulação de rações para a aquacultura — actualmente feitas essencialmente à base de farinhas de peixe e de soja —, é necessário exponenciar a capacidade produtiva. “O próximo passo é passar de uma tonelada de larva viva por mês para 500 toneladas”, aponta Daniel Murta. “Há um ano que estamos activamente à procura de financiamento para construir uma fábrica que valha a pena. ” Na produção para alimentação animal, diz, a escala tem de subir ao nível dos “milhares de toneladas por ano”. Ao passo que, neste momento, na produção para consumo humano, “duas toneladas já não seria mau”. Daniel está confiante que surjam investidores até ao final do ano e que a fábrica comece a ser construída em Janeiro de 2019. O plano: erguer um edifício com cerca de quatro mil metros quadrados em Santarém (onde já têm parcerias com outras entidades), capacidade para empregar entre 60 e 70 trabalhadores e produzir, por mês, 700 toneladas de fertilizante, 214 toneladas de concentrado proteico e 42 toneladas de óleo de insecto. “Esperamos entrar no mercado no primeiro trimestre de 2020. ”Até lá, e desde a sua fundação, a Entogreen vive da “boa vontade dos sócios”. É maioritariamente suportada pelas economias pessoais e familiares dos dois empresários, apoiada por projectos de investigação e prémios ganhos no sector da inovação. A colónia é mantida em valores mínimos e só aumentam a produção quando existem ensaios a decorrer no âmbito das várias parcerias estabelecidas na área de Investigação e Desenvolvimento (com o IPMA, a Universidade de Aveiro, o Instituto Politécnico de Leiria ou o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, onde estão sediados, no pólo de Santarém). “Eu mantenho o vencimento como professor universitário na Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Lusófona, enquanto o Rui está nisto a 100%. ” A situação é semelhante na Portugal Bugs: Guilherme concilia o trabalho com as aulas de karaté que dá diariamente; Sara continua empregada numa empresa ligada à indústria alimentar. Desde a criação da Portugal Insect, a associação “conseguiu congregar cerca de nove potenciais associados, alguns ainda apenas projectos empresariais”, revela Daniel Murta. José Gonçalves, presidente da Nutrix, empresa de Leiria produtora de framboesas biológicas, é um dos fundadores e membros da direcção da associação. Terá em curso a produção de farinhas de larvas de grilo para alimentação humana em fase experimental. Mas declinou o pedido de entrevista do P2 por considerar “ainda prematuro” falar sobre o seu negócio. Segundo Guilherme Pereira, há alguns anos que existem em Portugal vários produtores de insectos para a alimentação de animais exóticos e de estimação (algumas aves e répteis, por exemplo). O mais conhecido é a Aki à Bixo que tem como clientes o Jardim Zoológico e o Oceanário de Lisboa, entre outros. Depois, diz, há quem tenha mostrado interesse em arrancar com outros projectos, quem tenha feito testes e experiências ou esteja a produzir nas garagens. Mas empresas que tenham “200 ou 300 tabuleiros” de insectos, que “trabalhem diariamente para aumentar as produções” e com vontade de “industrializar”, ainda “não temos muitas” em Portugal. “Tenho um bocado de receio de que possamos criar uma indústria como a europeia, que é muito pó, muito pó”, critica o empresário. Tanto Guilherme Pereira como Daniel Murta acusam algumas empresas internacionais de tentarem “ofuscar um bocadinho tudo o resto que acontece” ao anunciarem “terem isto, aquilo e o outro” e “muitas vezes não ser real ou completamente verdade”. “É muito triste porque é um sector novo e começa a tornar-se opaco”, critica Daniel. Foi na última conferência da International Platform of Insects for Food and Feed (IPIFF), uma organização não governamental que representa o sector a nível europeu, que Daniel Murta, Rui Nunes, Guilherme Pereira e José Gonçalves se conheceram e decidiram criar a associação portuguesa. E foi de lá que vieram com a seguinte sensação: “Se calhar, era capaz de haver aqui um mercado fantasma e, por causa dele, muita informação retida. ” “Tínhamos a ideia de que Portugal estava muito atrás daquilo que era a indústria internacional, mas na conferência fomos analisando o que se passava, falando com algumas pessoas e a conclusão a que chegámos é que estamos quase todos no mesmo barco: ainda a ver como é que isto se produz de forma automatizada e da melhor maneira”, conta Guilherme. No último ano e meio, foram anunciados alguns dos maiores investimentos no sector, não só na Europa, como nos Estados Unidos, no Canadá e na África do Sul. A maioria está ligada à produção de insectos para a alimentação animal. O objectivo é produzir em grande escala e entrar no mercado das rações para aquacultura, onde existe uma grande procura por fontes proteicas alternativas à farinha de peixe. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. A sul-africana AgriProtein, por exemplo, angariou 17, 5 milhões de dólares (15 milhões de euros) numa ronda de investimento no final de 2016. Terá inaugurado uma unidade fabril de grande escala um ano depois. Já a holandesa Protix terá recebido um investimento de 45 mil euros da Buhler, gigante suíça especializada na construção de unidades fabris para moagem e processamento de farinhas e alimentos, para erguerem uma nova fábrica em conjunto. No mesmo ano, a Protix tinha adquirido a Fair Insects, um pequeno consórcio de produtores de insectos desidratados, piscando o olho ao mercado do consumo humano. Também a francesa Ynsect e a espanhola MealFood Europe garantem ter unidades de produção industrial a funcionar. A empresa de Salamanca está, no entanto, fechada a curiosos. “É uma questão de segredo industrial”, disse ao El Mundo no final do ano passado Adriana Casillas, directora da empresa e vice-presidente da IPIFF. Actualmente, esta organização europeia conta com 42 membros, provenientes de 14 países, entre empresas dedicadas aos diferentes sectores de produção e transformação de insectos e alguns centros de investigação. Apesar do acelerado crescimento verificado nos últimos anos, o sector é ainda pequeno no mercado ocidental e a comercialização de produtos incipiente. No entanto, Guilherme Pereira acredita que o consumo de insectos é algo a que “não vamos conseguir escapar por muito tempo”.
REFERÊNCIAS:
Nova vaga de ataques no Norte de Moçambique faz 12 mortos
Ataques têm sido atribuídos a uma organização jihadista que procura desestabilizar o país e abrir espaço ao comércio ilegal de madeira, marfim e rubi. (...)

Nova vaga de ataques no Norte de Moçambique faz 12 mortos
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 Animais Pontuação: 5 | Sentimento 0.136
DATA: 2018-11-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: Ataques têm sido atribuídos a uma organização jihadista que procura desestabilizar o país e abrir espaço ao comércio ilegal de madeira, marfim e rubi.
TEXTO: Pelo menos 12 pessoas foram mortas numa nova vaga de ataques no Norte de Moçambique, na província de Cabo Delgado – os atacantes chegaram durante a noite a aldeias próximas da fronteira com a Tanzânia, queimaram casas e mataram alguns dos habitantes de Chicuaia Velha, de quinta para sexta-feira, uma aldeia remota no distrito de Nangade, diz a Deutsche Welle, e também nas cidades de Lukwamba e Litingina. A informação sobre os ataques só foi conhecida um dia depois. Testemunhas relataram ao jornal moçambicano O País que os atacantes não tinham armas de fogo – usaram machetes e facas para matar e destruir as casas. Roubaram gado e incendiaram as casas das pessoas que recusaram abrir-lhes as portas, e algumas vítimas mortais morreram no interior das habitações em chamas – que, como é habitual na zona, são de construção artesanal, com materiais naturais e altamente inflamáveis. Por causa do ataque, parte dos residentes de Chicuaia Velha fugiram para a Tanzânia. Em menos de um mês, contam-se já três ataques na província de Cabo Delegado, com um balanço de 20 mortos, diz O País. O distrito de Nangade é um dos locais que tem sido palco da onda violência que desde Outubro de 2017 atinge a província de Cabo Delgado, em locais remotos, sem rede eléctrica e só acessíveis por estradas sem terra batida. Os ataques têm sido atribuídos à organização jihadista Al-Shabab, que no entanto não tem relação com o grupo homónimo da Somália. Embora o grupo moçambicano diga, tal como o somali, que defende a ideologia islâmica, um estudo científico publicado este ano diz que a Al-Shabab de Moçambique busca desestabilizar o país e dar espaço para o comércio ilegal de madeira, marfim e rubi, que gera milhões de dólares todos os anos. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. O Governo português manifestou "a sua total solidariedade para com as autoridades e povo moçambicano" pelo sucedido, e reconheceu "o esforço levado a cabo pelas autoridades moçambicanas no sentido de responsabilizar e punir os autores deste e de outros ataques mortais que têm assolado a província de Cabo Delgado", num comunicado divulgado esta manhã. Esta semana, 189 pessoas foram acusadas na província de Cabo Delgado de integrar a Al-Shabab moçambicana.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave violência ataque estudo ilegal marfim
Maior dinossauro de sempre encontrado na Argentina
Nova espécie teria o peso equivalente a 14 elefantes e a altura de um edifício de sete pisos (...)

Maior dinossauro de sempre encontrado na Argentina
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 Animais Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: Nova espécie teria o peso equivalente a 14 elefantes e a altura de um edifício de sete pisos
TEXTO: Quarenta metros de comprimento e um peso equivalente ao de 14 elefantes africanos: uma equipa de cientistas do Museu Paleontológico Egidio Feruglio, na Patagónia argentina, descobriu os restos fossilizados de uma nova espécie de dinossauro que acreditam ser a maior do mundo identificada até agora. Trata-se de um achado excepcional, tanto pelas suas dimensões e quantidade de fósseis como pelo elevado estado de preservação dos mesmos, adiantaram fontes daquele museu ao jornal espanhol El Mundo. O dinossauro é um herbívoro, da família dos saurópodes, de cauda e pescoço longos e crânio pequeno, com uma massa corporal de 77 toneladas, inferida a partir do comprimento e diâmetro do fémur. Terá vivido há uns 90 ou 100 milhões de anos, no período do Cretáceo Superior, a recta final da era dos dinossauros. A descoberta produziu-se por acaso, segundo o diário argentino Clarín: há um ano, um trabalhador rural encontrou os restos num rancho em La Flecha, na província argentina de Chubut. Depois de vários meses de trabalho, os paleontólogos conseguiram recuperar o exemplar em muito bom estado e revelaram as primeiras imagens da descoberta. “É um verdadeiro tesouro paleontológico”, disse José Luis Carballido, especialista em dinossauros do Museu Egidio Feruglio ao El Mundo. “Havia muitos restos e estavam praticamente intactos, o que não acontece frequentemente. Na verdade, os restos de titanossauros [grupo particular de saurópode que se notabiliza pela sua dimensão colossal] conhecidos até agora são escassos e fragmentários. ”O novo achado produziu mais de 200 fósseis, segundo aquele jornal. Os investigadores encontraram parte do pescoço e grande parte do dorso, a maioria das vértebras da cauda e membros frontais e posteriores, entre outros ossos. Os restos correspondem a sete exemplares adultos. Numa imagem divulgada pelo museu, pode constatar-se que uma perna do novo saurópode mede sensivelmente o mesmo que uma girafa; um tiranossauro parece pequeno a seu lado; um humano faz figura de formiga. A nova espécie tem cerca de cinco toneladas mais do que o Argentinosaurus descoberto em 1987, também num rancho argentino, que até agora era o maior dinossauro conhecido. O novo saurópode teria 20 metros de altura, o equivalente a um edifício de sete andares, disseram os investigadores à BBC News. Apesar da sua envergadura, ainda não têm nome. O acesso ao site do Museu Paleontológico Egidio Feruglio tornou-se impossível nas últimas horas, presumindo-se que a novidade terá feito disparar o número de visitas ao mesmo, paralisando-o.
REFERÊNCIAS:
Nova vacina para o vírus de Ébola funciona em chimpanzés
Concebida para humanos, vacina revelou-se eficaz em chimpanzés. Cientistas receiam que fim de centros nos EUA onde se fazem testes biomédicos em chimpanzés impossibilite vacinas para estes animais. (...)

Nova vacina para o vírus de Ébola funciona em chimpanzés
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 Animais Pontuação: 5 | Sentimento 0.136
DATA: 2014-05-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: Concebida para humanos, vacina revelou-se eficaz em chimpanzés. Cientistas receiam que fim de centros nos EUA onde se fazem testes biomédicos em chimpanzés impossibilite vacinas para estes animais.
TEXTO: Um artigo científico de 2006 na revista da Science mostra a dimensão de um problema pouco conhecido na conservação dos grandes símios: “Surto de Ébola matou 5000 gorilas. ” Há muitas doenças que saltam entre espécies. As novas doenças que aparecem nos humanos podem provir das aves, dos porcos ou dos morcegos. Mas o inverso também acontece. Os humanos são um reservatório de doenças que podem saltar para outros animais e contribuir para a extinção dos chimpanzés ou gorilas, como é o caso do vírus do Ébola. Agora, uma equipa de cientistas demonstrou a eficácia de uma vacina contra este vírus nos chimpanzés. A vacina foi desenvolvida primeiro para humanos, mas não obteve autorização para ser testada em pessoas. E foi aproveitada por uma equipa de cientistas liderados por Peter Walsh, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, que a testou com sucesso em seis chimpanzés. Os resultados foram publicados nesta segunda-feira na revista Proceedings of the National Academy of Sciences dos Estados Unidos (PNAS). A equipa defende ainda a necessidade de manter centros de investigação com chimpanzés para se desenvolverem vacinas que protejam os animais de outras doenças. “Metade das mortes dos chimpanzés e dos gorilas que vivem em proximidade com os humanos é causada pelos nossos vírus respiratórios”, explica Peter Walsh, num comunicado da Universidade de Cambridge. “Para nós, estes vírus traduzem-se apenas numa garganta dorida — para os chimpanzés e os gorilas significam a morte. ”Tanto o vírus que causa o sarampo, o metapneumovírus humano ou as bactérias fecais como a Escherichia coli causam doenças nos símios, mas há outras infecções. “O vírus sincicial respiratório não é muito conhecido mas é a mais comum fonte de infecções respiratórias sérias pelo mundo fora. Muitas vezes parece ser uma ‘constipação’ que ataca as crianças. É um grande assassino de chimpanzés”, explicou o investigador ao PÚBLICO. No caso dos humanos, ainda não há uma vacina preventiva nem um tratamento eficaz para o vírus do Ébola. A doença começa por se parecer com uma gripe. De seguida, surgem sintomas mais graves, como vómitos, erupções cutâneas, diarreia hemorrágica. Estas hemorragias internas tornam-se incontroláveis e os doentes perdem sangue pelos ouvidos e olhos. O vírus vai dissolvendo os órgãos internos dos doentes, até os levar à morte. Desde Fevereiro deste ano que a Guiné-Conacri vive um surto desta doença, que já afectou 258 pessoas, matando 174, e que se espalhou depois para a Libéria e a Serra Leoa. O Ébola e outras doenças podem pôr em risco os grandes símios, juntando-se aos grandes problemas da conservação como a perda do habitat natural e a caça. Em 2007, a mortandade de gorilas devido ao vírus do Ébola, pôs o gorila-ocidental em perigo crítico, a categoria mais próxima da extinção segundo o Livro Vermelho das Espécies Ameaçadas. Além das comunidades africanas, que estão próximas das populações de grandes símios, os turistas e os investigadores que vão para o campo são outras fontes potenciais de doenças. Até 60% de eficáciaA equipa de Peter Walsh escolheu uma abordagem diferente para tentar resolver o problema. Os investigadores deram uma nova utilidade a uma vacina contra o Ébola concebida para os humanos mas que ainda não recebeu financiamento para poder ter autorização para testes em pessoas. “É um processo extremamente caro”, explica Peter Walsh. “Decidimos testar uma vacina experimental contra o Ébola, tanto para enfrentar a ameaça desta importante doença como para avaliar a possibilidade de se fazer testes de vacinas em animais em cativeiro, usando os orçamentos magros que normalmente estão disponíveis para os conservacionistas”, escreveram os autores no artigo da PNAS. A equipa diz que não tem conhecimento de outra experiência igual: em que se tenha testado em chimpanzés em cativeiro vacinas originalmente destinadas a humanos. Os cientistas usaram na vacina apenas proteínas do invólucro do vírus do Ébola, sem o material genético que o torna capaz de provocar a doença. A vacina já tinha sido testada em 80 macacos, agora a equipa testou-a em seis chimpanzés no Centro de Investigação New Iberia da Universidade do Luisiana, nos Estados Unidos. Este trabalho de investigação foi barato, dizem os autores. A vacinação levou os chimpanzés a produzir anticorpos contra o vírus do Ébola. Esses anticorpos foram testados em ratinhos, depois de terem sido infectados com o vírus do Ébola. Os cientistas verificaram que os anticorpos conseguiram evitar a morte de 30 a 60% dos ratinhos. Este tipo de vacinas, que só usa partes proteicas dos invólucros do vírus e não causa a doença — o que poderia ser fatal para os animais selvagens que muitas vezes estão debilitados —, “são muito valiosas para as espécies que estão em perigo crítico ou frágeis do ponto de vista imunitário e que são fáceis de vacinar”, concluem os investigadores.
REFERÊNCIAS:
Coppélia no país dos instintos e das pulsões
De marfim e carne – As estátuas também sofrem (estreia absoluta), de Marlene Monteiro Freitas. Duas estrelas e meia. Festival Alkantara, Lisboa, Teatro Maria Matos, 30 de Maio, 21h30. Anfiteatro cheio. (...)

Coppélia no país dos instintos e das pulsões
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 Animais Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-06-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: De marfim e carne – As estátuas também sofrem (estreia absoluta), de Marlene Monteiro Freitas. Duas estrelas e meia. Festival Alkantara, Lisboa, Teatro Maria Matos, 30 de Maio, 21h30. Anfiteatro cheio.
TEXTO: De Marfim e Carne dá continuidade ao universo performativo, inquietante, grotesco e de alta tensão que Marlene Monteiro Freitas, nascida na Ilha do Sal, Cabo-Verde há 35 anos, tem vindo a eleger como território criativo. De capote de cetim azul e negro, sete enigmáticas figuras encapuzadas (quatro bailarinos e três percussionistas de címbalos) e microfones de pé ladeiam a plataforma rectangular a ocupar o centro do palco. São seres fora do tempo, provindos dos confins de um imaginário renascentista, de mascaradas carnavalescas ou de um cerimonial secreto, conspirando um rito sacrificial. Despojados das vestes, a pele visível sob bizarros corpetes azuis, entre irrupções de luz néon e agrestes fragores de sirene, a solo, em pares ou grupo, respondem, em crescendo, com extravagantes movimentos sincopados e mecânicos, de exigência física e concentração mental extremas, à cadência metálica dos címbalos e ao trance arábico do sírio Omar Souleyman. Mas são os seus esgares alucinados, o olhar arregalado num espanto petrificado, as dentaduras escancaradas entre o sorriso pasmado e a aflição a subjugar-nos e a tecer um laço encantatório que se revelará o elo mais coerente da peça: como estatuetas em busca patética de uma humanização, a descobrir a seiva vital que instila os seus corpos inanimados a experimentar, perplexos, instintos pulsionais primários. Seguimos, com elas, uma peculiar viagem mental, entre lugares tão distantes como o hip-hop urbano ou reminiscências da boneca mecânica do clássico Coppélia. Nos gestos espasmódicos, entrevemos uma apoteótica e insólita morte do cisne (Freitas); outras vezes, entes andróginos, híbridos de animal e humano, convocam um primitivismo nijinskiano ou o mistério mudo da estatuária da África negra. Contudo, a narração ao microfone da partouze à beira-mar (excelente, Andrea Merk), a sua longa incursão na bancada do público, o grupo perfilado ao microfone a entoar em coro My body is a cage (dos The Arcade Fire), ou soluções para incorporar cenicamente percussionistas e címbalos, são exemplo de possíveis rumos dramatúrgicos intensos mas algo erráticos. Para explorar o tema, Freitas procurou em vários focos de inspiração um denominador comum: o desejo de livre-arbítrio representado na mitologia de Pigmalião; o fatalismo temerário de Orfeu; e o belíssimo documentário onde Alain Resnais e Chris Marker (Les statues meurent aussi, 1953) questionam a musealização da “arte negra”, ecoando os independentismos africanos daquelas décadas e a má consciência europeia para com a ocupação colonial. De Marfim e Carne dispara, todavia, em mais direcções do que aquelas que consegue efectivamente seguir e a sua adrenalina acaba por conter, também, a sua fragilidade. Desde a sua aparição em Danças de Câncer (1999), do seu conterrâneo António Tavares, e, a partir de 2005, como autora-intérprete de já assinalável projecção internacional, Freitas tornou-se uma das mais carismáticas figuras da sua geração. Para esta singular e intrépida dança confluem vivências da cultura expressiva cabo-verdiana da sua juventude e metodologias do contemporâneo que descobriu quando se cruzou com Clara Andermatt, durante a residência da coreógrafa no Mindelo nos anos 1990. Tal como em anteriores peças de grupo, Freitas magnetiza os intérpretes com o seu universo poderoso e atraente, a precisar, todavia, de orientações que optimizem o enormíssimo potencial.
REFERÊNCIAS:
Queiroz: “Eriksson já deverá ter comprimidos para as dores de cabeça”
Seleccionador diz que primeiro jogo com a Costa do Marfim é importante, mas lembra que em 1986 Portugal venceu a partida inaugural com a Inglaterra e foi eliminado (...)

Queiroz: “Eriksson já deverá ter comprimidos para as dores de cabeça”
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 Animais Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-05-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: Seleccionador diz que primeiro jogo com a Costa do Marfim é importante, mas lembra que em 1986 Portugal venceu a partida inaugural com a Inglaterra e foi eliminado
TEXTO: Carlos Queiroz defendeu a escolha de 24 jogadores – mais um dos que os 23 jogadores que a FIFA deixa levar ao Mundial – com as “imponderáveis” que poderão acontecer durante o estágio antes do Campeonato do Mundo. “A razão é que existem algumas surpresas, durante o estágio, algumas imponderáveis, que podem acontecer. E para isso temos de estar todos preparados”, afirmou o treinador português, que confessou ter estado atento a todos os detalhes, quando estão muitos campeonatos a chegar ao fim. “Há jornadas complicadas e decisivas em vários campeonatos – recolhemos todas as informações e decidimos sobre as opções que há algum tempo já estão a ser delineadas”, afirmou Queiroz, que adiantou haver “duas ou três” situações “mais complicadas” ligadas a “situações clínicas”. Questionado sobre a (boa) forma de Cristiano Ronaldo, o técnico preferiu destacar o grupo. “O mais importante é a equipa de Portugal. Na qualificação ele [Ronaldo] não pôde dar o melhor de si devido à lesão. Agora trata-se de trazer o Ronaldo para a grande equipa que se qualificou para o Mundial”, destacou. Comprimidos para as dores de cabeça de ErikssonSven-Goran Eriksson disse que o primeiro jogo de Portugal é uma final. O técnico sueco, seleccionador da Costa do Marfim, vai defrontar os portugueses logo na partida inaugural. Queiroz concorda, mas deixa uma ressalva. “O primeiro jogo é sempre importante. Essa regra aplica-se a todas as selecções menos à Itália, que fazem disso uma excepção”, começou por ironizar o técnico português. E lembrou o Mundial de 1986, uma excepção nessa regra, em que Portugal venceu o primeiro jogo mas acabou por não seguir em frente na prova. “No México, Portugal ganhou o primeiro jogo e não conseguiu a qualificação”, destacou. E disse concordar com Eriksson. “A Costa do Marfim é a candidata africana com mais hipóteses de estar em lugares cimeiros no Mundial”, disse, lembrando ainda que conhece bem a estrela da companhia, Didier Drogba. “Conheço-o bem dos tempos em que treinei no Manchester United”, afirmou. “Mas acho que Eriksson trerá comprado comprimidos para as dores de cabeça devido [à qualidade dos] aos jogadores portugueses”. E justificou a sua convocatória. “A minha decisão irá causar algum desapontamento nalguns jogadores devido ao seu mérito desportivo e terem expectativas de estar na selecção e irei defraudar alguns, mas terão outras oportunidades de ganhar jogos por Portugal e de representar a selecção”, concluiu, defendendo que estes são “os critérios dos 23 que a FIFA impõe e algum terá sempre de ficar de fora”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave marfim
Miguel Veloso: "Uma lesão de um colega é sempre de lamentar, não desejamos mal a ninguém"
O médio internacional português Miguel Veloso, que vai cumprir na África do Sul o seu primeiro Mundial de futebol, comentou hoje a lesão sofrida pelo avançado Didier Drogba, um jogador chave da Costa do Marfim e que tem o campeonato em risco devido a uma fractura no antebraço. (...)

Miguel Veloso: "Uma lesão de um colega é sempre de lamentar, não desejamos mal a ninguém"
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 Animais Pontuação: 5 | Sentimento -0.25
DATA: 2010-06-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: O médio internacional português Miguel Veloso, que vai cumprir na África do Sul o seu primeiro Mundial de futebol, comentou hoje a lesão sofrida pelo avançado Didier Drogba, um jogador chave da Costa do Marfim e que tem o campeonato em risco devido a uma fractura no antebraço.
TEXTO: "Uma lesão de um colega é sempre de lamentar, não desejamos mal a ninguém. A Costa do Marfim tem uma boa selecção, o Drogba tem peso, mas eles têm mais jogadores e nós temos que pensar em nós próprios", disse Miguel Veloso sobre a estrela da Costa do Marfim, que se lesionou no particular em que a sua selecção venceu o Japão por 2-0, disputado em Sion, na Suíça. Depois do primeiro de três treinos nesta recta final para o Mundial - a selecção viaja sábado à noite -, o jogador admitiu alguma ansiedade, tendo em conta que todo o grupo está desejoso de entrar em competição. "Queremos jogar. Temos mais um jogo treino [com Moçambique, já na África do Sul], mas, com o convívio neste grupo fantástico, as coisas passam rápido", salientou o médio do Sporting. Veloso minimizou a questão da luta pela titularidade, num grupo com muitas opções para o meio campo, salientando que o mais importante é trabalhar em prol do colectivo. "Como é óbvio todos pretendemos jogar. O mais importante é o colectivo e é isso que vou tentar fazer, trabalhar no meu melhor para ajudar", referiu. O médio dos "leões" admitiu ainda que, depois do empate com Cabo Verde (0-0), o triunfo frente aos Camarões, por 3-1, veio moralizar o grupo e que agora "é continuar o trabalho" para "alcançar os objetivos". Quanto à possibilidade de vir a ser utilizado como médio interior esquerdo, o futebolista voltou a frisar que jogará onde o seleccionador Carlos Queiroz entender, porque "o mais importante é a equipa". Em relação à pergunta se o facto de os últimos jogos de preparação serem com selecções africanas (Cabo Verde, Camarões e depois Moçambique) teria a ver com a importância da Costa do Marfim, primeiro adversário do grupo, Miguel Veloso relativizou a questão. "O peso é porque é o primeiro jogo. A vitória com os Camarões foi importante para moralizar. É importante ter confiança e entrar bem no Mundial é sempre importante", referiu.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave campo marfim ansiedade