Fausto: A cantiga ainda é uma arma
FaustoPorto, Casa da Música (Sala Suggia)Sábado, 1 de Maio, 22h00Lotação esgotada4 estrelas (em cinco) (...)

Fausto: A cantiga ainda é uma arma
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-05-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: FaustoPorto, Casa da Música (Sala Suggia)Sábado, 1 de Maio, 22h00Lotação esgotada4 estrelas (em cinco)
TEXTO: Fausto não é um músico de muitos discos e concertos, o que explica que apenas se tenha estreado na Casa da Música no sábado. Porém, a partir do momento em que aceitou o convite para encerrar o Festival Música e Revolução, não seria de esperar um alinhamento comum. Alguns espectadores aguardariam os seus maiores êxitos – e ouviu-se “Rosalinda” –, mas “Foi por ela” ou “Navegar, navegar” foram ausências notadas. O cantautor optou por seguir o tema que lhe foi proposto e fazer uma espécie de retrato do país, bem a propósito das comemorações do 25 de Abril e do 1. º de Maio. A palavra “crise” terá passado pela cabeça de muita gente, mas Fausto não terá propriamente cedido ao espírito do tempo: ele está no mesmo lugar de sempre, contestatário, utópico e observador. “Quem canta sempre se levanta/ calados é que podemos cair”, pôde ouvir-se logo à primeira canção, “Atrás dos tempos outros tempos vêm”, de 1977. Na plateia, Pedro Silva Pereira, ministro do Estado e da Presidência, aplaudiu sem reservas; poucos lugares ao lado, José Mário branco não terá deixado de pensar que a cantiga ainda é uma arma. Mesmo quando procurou inspiração no passado (como em “Por Este Rio Acima”, álbum de 1982 que tem como base as viagens de Fernão Mendes Pinto), Fausto nunca deixou de fazer ligações com o presente. Por isso, não lhe faltava material para construir uma espécie de mosaico sobre a sociedade portuguesa: o alinhamento foi desde “P’ró que Der e Vier”, gravado poucos dias antes da revolução de Abril, e o mais recente trabalho, “A Ópera Mágica do Cantor Maldito”, de 2003. Pelo meio, houve uma incursão por “assuntos europeus”, com “Lusitana” (“ó minha amada/ das epopeias/ tu és toda em latim/ e a mais mulata sim/ das europeias”) e Europa Querida Europa (“para que sejas tu mesma a decidir o teu uso/ para que sejas tu mesma ainda mais natural/ não me toques o “beat” à americana”). Mesmo que não o quisesse, Fausto estava a falar dos portugueses e do mundo, hoje. Em palco, Fausto fez-se acompanhar por seis competentes músicos, com destaque para o duo de percussionistas João Ferreira e João Mário Santos, que soube dar o devido cheiro africano aos temas que o pediam. Filipe Raposo e Enzo d’Averza, nos teclados, inseriram elementos subtis e não raras vezes surpreendentes e ousados, o que mostra que Fausto não está parado no tempo nem preso à música tradicional portuguesa. De forma equilibrada, o colectivo foi alternando composições mais nostálgicas com outras mais enérgicas, como “A nova-brigada-dos-coronéis-de-lápis-azul” – com dois adufes e coro colectivo –, numa recta final dedicada na íntegra ao álbum A Ópera Mágica do Cantor Maldito. Não terá sido também por acaso que o único tema do “encore” foi o irónico “Roupa velha”: “baixa a bainha/ rasga o pé-de-meia/ quando é magra a ceia/ quem nos há-de aguentar/ oh bonitinha. ” Em resumo: tudo limpo, escorreito (tirando algumas hesitações nas letras), com brilho e espírito contestatário. Ainda assim, uma boa parte do público terá saído da Casa da Música algo desapontado: no final da hora e meia de espectáculo, quase toda a plateia clamou, durante uns bons cinco minutos, pelo regresso de Fausto ao palco. O cantor maldito não lhes fez a vontade.
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano
Grupos de direitos humanos condenam associação da UNESCO ao ditador da Guiné Equatorial
Uma coligação de 28 grupos de defesa dos direitos humanos condenou hoje a UNESCO por ter projectado atribuir um prémio patrocinado pelo Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema. (...)

Grupos de direitos humanos condenam associação da UNESCO ao ditador da Guiné Equatorial
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-05-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: Uma coligação de 28 grupos de defesa dos direitos humanos condenou hoje a UNESCO por ter projectado atribuir um prémio patrocinado pelo Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema.
TEXTO: Aqueles grupos disseram que a agência das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura deveria dissociar-se de “um dos mais infames ditadores mundiais”, como o é este homem de 67 anos que há três décadas se encontra no poder. Obiang, que a revista norte-americana “Forbes” já apresentou como o oitavo governante mais rico do mundo, e que depositou centenas de milhões de dólares no Riggs Bank, dos Estados Unidos, tem sido acusado de manipular as eleições e de ser altamente corrupto. O primeiro Prémio de Ciência UNESCO-Obiango, no valor de três milhões de dólares (2, 3 milhões de euros), deverá ser atribuído em Junho, numa altura em que o ditador Obiang se prepara para fazer do seu estado um membro de pleno direito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). na qual tem desde há mais de seis anos o estatuto de observador. Um porta-voz da UNESCO declarou à BBC que a agência nada tem a comentar quanto à tomada de posição dos grupos de defesa dos direitos humanos, pois que a decisão de atribuir o prémio já está tomada desde Abril. Obiang reeleito com 95 por cento dos votosObiang, que chegou ao poder em 1979, derrubando o tio, Francisco Macias, foi reeleito no ano passado com 95 por cento dos votos oficialmente expressos, mantendo-se no poder graças a um forte aparelho repressivo, do qual fazem parte os seus guarda-costas marroquinos. O ano passado um tribunal francês rejeitou um processo que lhe fora intentado por recorrer a fundos públicos para adquirir residências de luxo em solo gaulês. Justificação dos juízes: os chefes de Estado estrangeiros gozam de imunidade, não sendo possível pedir-lhes que prestem contas pelo que fazem na França. “O dinheiro que a UNESCO vai usar deveria ser utilizado para a educação e o bem-estar do povo da Guiné Equatorial, não para a glorificação do seu Presidente”, considerou Tutu Alicante, da organização de direitos humanos EG Justice, com sede em Santa Fé, no estado norte-americano do Novo México. . Os vastos proventos que a Guiné Equatorial recebe da exploração do petróleo e do gás natural poderiam dar uma vida melhor aos 600. 000 habitantes dessa antiga colónia espanhola, mas a verdade é que a maior parte deles vive abaixo da linha de pobreza. A Human Rights Watch considera o regime daquele país africano um dos mais ditatoriais e corruptos de todo o mundo. Na próxima sexta-feira, Alicia Campos, catedrática de Relações Internacionais na Universidade Autónoma de Madrid, orienta no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e do Emprego (ISCTE), em Lisboa, um seminário sobre “Petróleo, estado pós-colonial e abuso do poder na Guiné Equatorial”.
REFERÊNCIAS:
Entidades UNESCO CPLP
Sobrevivente do acidente aéreo na Líbia chama-se Ruben e tem nove anos
O menino holandês que sobreviveu à queda de um avião ontem na Líbia, em que todos os outros 103 ocupantes morreram, contou hoje chamar-se Ruben e ter nove anos. (...)

Sobrevivente do acidente aéreo na Líbia chama-se Ruben e tem nove anos
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.1
DATA: 2010-05-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: O menino holandês que sobreviveu à queda de um avião ontem na Líbia, em que todos os outros 103 ocupantes morreram, contou hoje chamar-se Ruben e ter nove anos.
TEXTO: Tinha ido fazer um safari na África do Sul com a família e viajavam de regresso a casa, quando o Airbus 330 das Afriqiyah Airways explodiu ao aproximar-se da pista de aterragem do aeroporto da capital líbia, Trípoli. Os seus pais, Trudy e Patrick van Assouw, e o irmão Enzo, dois anos mais velho, estão entre os 58 cidadãos holandeses mortos no acidente. “Um funcionário da embaixada holandesa em Trípoli falou com ele. A criança disse-lhe que o seu nome era Ruben, que tinha nove anos e que era da cidade de Tilburg [Sul da Holanda]”, foi avançado esta manhã em comunicado pelo Ministério holandês dos Negócios Estrangeiros. Um tio e uma tia de Ruben chegaram já hoje à capital líbia, informava ainda a mesma fonte. Ruben sofreu várias fracturas nas pernas, tendo sido submetido a cirurgia ainda na véspera, poucas horas após o acidente. Encontra-se em situação estável e sem inspirar perigo de vida, precisaram fontes hospitalares em Trípoli. A avó do menino expressava a sua consternação, citada na edição de hoje do jornal holandês “Brabants Dagblad”: “Não conseguimos entender nada disto. É como se estivéssemos num filme”. Além dos holandeses, seguiam no voo 8U771 seis passageiros sul-africanos, dois líbios, um alemão, um francês, dois britânicos e um cidadão do Zimbabwe, mais os 11 tripulantes líbios, confirmou a linha aérea operadora do avião. As nacionalidades de 19 passageiros estão ainda por identificar com segurança.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave criança
Queiroz está ansioso
O seleccionador Carlos Queiroz admitiu esta quarta-feira ter ainda alguma ansiedade causada por alguns jogos que faltam, até que possa reunir todos os jogadores na preparação para África do Sul (...)

Queiroz está ansioso
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento -0.25
DATA: 2010-05-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: O seleccionador Carlos Queiroz admitiu esta quarta-feira ter ainda alguma ansiedade causada por alguns jogos que faltam, até que possa reunir todos os jogadores na preparação para África do Sul
TEXTO: Carlos Queiroz falou à margem de um protocolo assinado entre a cidade sul-africana de Mogale City, base dos trabalhos da selecção na primeira fase, e a FPF, e referiu estar "tranquilo", apesar de uma ansiedade normal. "Só ansiedade pelos jogos importantes que decorrem em Espanha, a Taça da Alemanha, a Taça de Portugal, são provas importantes e só existe alguma ansiedade para que esse período passe", disse. O seleccionador português desejou ainda que os todos jogadores se possam apresentar descansados e "frescos" para o trabalho de preparação. Quanto à razão da escolha de Mogale City, o técnico português revelou que as pessoas foram fantásticas logo numa primeira abordagem e que foram muitas as vantagens para escolher aquela cidade. "As condições do hotel, a tranquilidade, a envolvência, a atmosfera, a proximidade das instalações desportivas, evitando o tráfego, as condições climatéricas, de altitude e a simpatia das pessoas", justificou o seleccionador. O presidente da Câmara de Mogale City, Koketso Calvin Seerane, dirigiu agradecimentos à FPF, falou de Cristiano Ronaldo e desejou que seja uma parceria para além do campeonato do Mundo. "Mal podemos esperar para ver o Cristiano Ronaldo na nossa vizinhança, mas concordamos que o importante é o que se tornará esta parceria para além do Mundial, um relacionamento que irá subsistir", disse o edil sul-africano. O responsável de Mogale City referiu que a cidade está preparada para receber a delegação portuguesa e que as pessoas estão muito entusiasmadas por serem anfitriãs da terceira equipa do ‘ranking’ mundial. "Estamos ansiosos pela chegada e nesse dia teremos muitas pessoas a acenar com a bandeira portuguesa, em apoio. Vamos mobilizar a nossa comunidade para a causa portuguesa", acrescentou. Já Gilberto Madaíl, presidente da FPF, referiu que este protocolo foi "um momento especial na caminhada até ao campeonato do Mundo" e que ninguém ficou indiferente à forma como o município sul-africano se empenhou. "O Mundial deixará um legado de amizade entre Portugal e África do Sul, entre a FPF e Mogale City. Esperamos uma parceria de sucesso, que fique inscrita a letras douradas na história do futebol português", disse ainda Gilberto Madaíl.
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Étnia Africano
Maradona agradece a Deus por Messi ser argentino
O selecionador argentino de futebol, Diego Armando Maradona, considerou no domingo que Lionel Messi tem “mais equipa atrás de si” do que ele próprio teve quando conquistou o Mundial 1986, no México. (...)

Maradona agradece a Deus por Messi ser argentino
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.2
DATA: 2010-05-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: O selecionador argentino de futebol, Diego Armando Maradona, considerou no domingo que Lionel Messi tem “mais equipa atrás de si” do que ele próprio teve quando conquistou o Mundial 1986, no México.
TEXTO: De acordo com Maradona, Messi “chega num grande momento de forma” ao Mundial 2010, na África do Sul, e, por isso, é um “orgulho” ter o melhor jogador do mundo na seleção argentina. “Cada partida tem a sua história e ele deve saber lê-la. Confio muito em Messi. É o melhor jogador do mundo com uma grande distância para todos os outros e, graças a Deus, é argentino”, afirmou Maradona. A propósito de Diego Milito - marcou no sábado os dois golos do Inter de Milão no triunfo na final da Liga dos Campeões -, Maradona aplaudiu o comportamento do internacional argentino, mas sublinhou também as várais opções para o ataque da equipas das “Pampas”. “Não me surpreende a categoria de Milito”“Não me surpreende a categoria de Milito, mas também Messi, Tevez, Kun Aguero e Higuain estão muito bem. Aqui não há titulares nem suplentes. Todos são necessários”, disse o selecionador argentino. Maradona, ainda assim, afastou a Argentina do lote de favoritos, embora tenha revelado que os seus jogadores estão com “fome de glória”. “Esta equipa tem muitas semelhanças, nesse aspecto, com a de 1986. Este plantel tem 23 feras e em cada treino vamos trabalhar para encontrar a melhor base. Todos os que estão na selecção estão muito felizes”, concluiu. A Argentina, que está integrada no Grupo B do Mundial 2010, juntamente com a Grécia, a Nigéria e a Coreia do Sul, disputa nesta segunda-feira um jogo particular de preparação com o Canadá.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave ataque fome
Seleccionador dos Camarões diz que jogo com Portugal é "um excelente teste"
O selecionador nacional dos camarões, Paul Le Guen, considerou a partida de terça-feira com Portugal "um excelente teste antes do Mundial" de futebol da África do Sul. (...)

Seleccionador dos Camarões diz que jogo com Portugal é "um excelente teste"
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.3
DATA: 2010-05-31 | Jornal Público
SUMÁRIO: O selecionador nacional dos camarões, Paul Le Guen, considerou a partida de terça-feira com Portugal "um excelente teste antes do Mundial" de futebol da África do Sul.
TEXTO: "Vai ser um jogo difícil", prevê o técnico, que no final do treino desta manhã falou aos jornalistas. "Estamos contentes por disputar esta partida com um dos favoritos para o Mundial. Portugal tem uma das melhores equipas e bons jogadores", frisou Paul Le Guen. Aos "leões indomáveis" já se juntou o nome mais sonante da equipa, Samuel Eto’o, para quem "Portugal é uma das melhores equipas neste campeonato". "Terá uma palavra a dizer", frisa o vencedor da Liga dos Campeões, ao serviço do Inter de Milão. Paul Le Guen também acredita que a seleção portuguesa "poderá ter um bom desempenho" no primeiro Mundial disputado no continente africano. "Portugal tem jogadores excepcionais que jogam em grandes clubes europeus", salientou o francês. Quando ao principal objectivo da sua equipa na África do Sul, o técnico francês disse que os Camarões querem "passar a fase de grupos". "Estamos num grupo difícil, com a Dinamarca, Japão e a Holanda, que é a favorita", sublinhou o treinador dos "leões indomáveis".
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano
Seitaridis, Katsouranis e Karagounis confirmados no Mundial
O defesa Seitaridis, antigo jogador do FC Porto, e os médios Katsouranis e Karagounis, ex-Benfica, integram a lista dos 23 convocados da Grécia para o Mundial 2010 de futebol da África do Sul. (...)

Seitaridis, Katsouranis e Karagounis confirmados no Mundial
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.4
DATA: 2010-06-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: O defesa Seitaridis, antigo jogador do FC Porto, e os médios Katsouranis e Karagounis, ex-Benfica, integram a lista dos 23 convocados da Grécia para o Mundial 2010 de futebol da África do Sul.
TEXTO: O selecionador grego, o treinador alemão Otto Rehhagel, fez sair da convocatória provisória o defesa Giorgos Tzavelas e o médio Grigoris Makos, ambos do AEK Atenas. A Grécia, campeã europeia em 2004, integra o grupo B do Mundial, juntamente com a Argentina, a Coreia do Sul e a Nigéria. Jogadores convocados:- Guarda-redes: Michaelis Sifakis (Aris Salónica), Alexandros Tzorvas (Panathinaikos) e Kostas Chalkias (PAOK Salónica). - Defesas: Giorgos Seitaridis, Loukas Vintra e Nikos Spiropoulos (Panathinaikos), Evangelos Moras (Bolonha/ITA), Socrates Papastathopoulos (Génova/Ita), Sotiris Kyrgiakos (Liverpool/Ing), Avraam Papadopoulos e Vasilis Torosidis (Olympiacos) e Stelios Malezas (PAOK Salónica). - Médios: Kostas Katsouranis e Giorgos Karagounis (Panathinaikos), Alexandros Tziolis (Siena/Ita), Sotiris Ninis (Panathinaikos), Christos Patsatzoglou (Omonia/Chp) e Sakis Prittas (Aris Salónica). - Avançados: Angelos Charisteas (Nuremberga/Ale), Dimitris Salpigidis (Panathinaikos), Pantelis Kapetanos (Steaua Bucareste/Rom), Theofanis Gekas (Hertha Berlim/Ale) e Giorgos Samaras (Celtic/Esc).
REFERÊNCIAS:
Cidades Berlim Guarda Atenas Bucareste
Final de estágio positivo para pessimista ver
Nem tudo está perfeito, mas a selecção portuguesa viajará, sábado, para a África do Sul com outro ânimo. A vitória sobre os Camarões (3-1) ajuda a dissipar algumas das nuvens de desconfiança que cobriam a equipa de Queiroz, encerrando uma boa segunda semana de estágio na Covilhã. Houve mais alegria, melhor trabalho e, acima de tudo, golos e uma vitória, para animar. (...)

Final de estágio positivo para pessimista ver
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.227
DATA: 2010-06-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Nem tudo está perfeito, mas a selecção portuguesa viajará, sábado, para a África do Sul com outro ânimo. A vitória sobre os Camarões (3-1) ajuda a dissipar algumas das nuvens de desconfiança que cobriam a equipa de Queiroz, encerrando uma boa segunda semana de estágio na Covilhã. Houve mais alegria, melhor trabalho e, acima de tudo, golos e uma vitória, para animar.
TEXTO: É que os sinais positivos deste segundo jogo de preparação reforçam a confiança dos jogadores, a 15 dias do primeiro encontro no Mundial, e ajudarão a convencer alguns dos pessimistas a que o seleccionador se tem referido, embora haja sempre muitas formas de olhar para um jogo de futebol. No embate de ontem há um momento marcante – a expulsão de Eto’o, aos 33 minutos –, que pode ser analisada de várias formas. O vermelho (por acumulação de amarelos) da principal figura da selecção africana retirou dificuldade ao jogo e reduziu a resistência do adversário – a propósito, diga-se que este momento é uma lição de como Portugal pode explorar a infantilidade de algumas selecções africanas. Mas tão justo como dizer que os Camarões valem menos com dez do que com 11, é referir que Portugal já vencia por 1-0 quando o avançado do Inter foi expulso. E também vale a pena salientar que esta selecção (nulo na recepção à Albânia) já tinha mostrado que nem sempre sabe aproveitar a superioridade numérica. O melhor que se pode dizer de Portugal é que o cenário foi o mesmo de há uma semana, frente a Cabo Verde, mas a música foi outra. Para melhor. E foi porque os Camarões são um adversário mais motivador do que Cabo Verde, porque os jogadores tinham mais uma semana de treinos e, acima de tudo, porque houve peças que subiram muito de produção, o que empurrou Portugal para uma exibição mais convincente. A melhoria inicial tem especialmente um nome. Deco. Uma sombra há uma semana, agora o médio foi o centro do futebol português. Raul Meireles – que, tal como Duda e Simão, recuperou a titularidade – foi um dos beneficiários, provando ser um dos portugueses que, nos últimos tempos, melhor se têm relacionado com a baliza adversária. Depois do golo decisivo na Bósnia, o médio portista voltou a tirar Portugal de uma situação difícil. Aos 32’, concluiu um cruzamento de Simão, libertando a equipa dos receios de voltar a rematar muito e marcar pouco ou nada. Recorde falhadoLogo a abrir a segunda parte (46’), Meireles haveria de ter a sorte de transformar um cruzamento mal feito num golo. E depois do 2-0, com Nani e Danny a todo o gás, chegou a dar a ideia de que Portugal poderia partir para a goleada. Depois disso, porém, foi a vez de aparecerem alguns momentos sombrios, os tais que podem dar razão aos pessimistas. No ataque, Portugal voltou a falhar algumas oportunidades claras, notando-se especialmente em Cristiano Ronaldo uma grande ansiedade para marcar. Queiroz disse, depois do jogo, que a bola complica a tarefa a jogadores rápidos, como o avançado do Real Madrid, mas nota-se à vista desarmada que o “capitão” desespera por um golo. Na defesa, também houve uma paragem momentânea, que permitiu a Webo (69’) fazer o 2-1 e impedir Portugal de somar o oitavo jogo consecutivo sem sofrer golos – há 745 minutos (700 de Eduardo e 45 de Hilário) que um guarda-redes da selecção portuguesa não sofria golos. Depois do susto, Portugal voltou a acelerar e Nani (81’) usou um “chapéu” para dar outra dimensão à vitória portuguesa, numa altura em que Queiroz já tinha avançado para as experiências prometidas. Ricardo Carvalho foi utilizado como “trinco”, após uma lesão de Pedro Mendes (nada de grave), Danny chegou a jogar como ponta-de-lança e Miguel e Coentrão voltaram a ter uma oportunidade de mostrar serviço. Nas duas laterais (mais a esquerda do que a direita) residirão algumas das dúvidas de Queiroz na hora de escolher o “onze” titular, mas Paulo Ferreira e Duda poderão levar vantagem. Assim como Simão sobre Nani, já que o seleccionador salientou ontem a necessidade de ter jogadores experientes na estreia no Mundial. POSITIVORaul MeirelesAté nem começou bem, mas voltou a mostrar que é mestre a aparecer na área. Marcou dois golos, um de craque e outro de sorte. Tem cinco golos pela selecção, quatro deles nesta época. O que prova que tem sido um dos jogadores de Queiroz que melhor encontra o difícil caminho para a baliza. Primeira parte de DecoCaiu na segunda parte, mas no primeiro tempo deu para perceber como Portugal depende dele. Nani e DannyPodem até não ser titulares no Mundial, mas terão um papel importante. Estão em boa forma e acrescentam velocidade à equipa. Nani marcou o sétimo golo pela selecção e voltou a mostrar a Queiroz que merece um lugar. Danny só voltou a pecar na finalização, uma pecha antiga. NEGATIVORolando e RonaldoO primeiro esteve no lance do golo dos Camarões. O segundo até teve lances interessantes (como a assistência para Nani), mas voltou a ser traído pela ansiedade de marcar. Os 15 meses sem marcar pela selecção pesam muito. Precisa urgentemente de um golo para se libertar. Eto’oComprovou a ideia de que os grandes jogadores africanos se perdem no vedetismo nas selecções. Expulso, só não cumpre castigo no Mundial, porque a FIFA tem feito cumprir a suspensão logo no encontro seguinte e antes do Mundial os Camarões ainda jogam com a Sérvia. Ficha de jogoJogo no Complexo Desportivo da Covilhã. Assistência Cerca de 11. 500 espectadores. Portugal Eduardo 6, Paulo Ferreira 5 (Miguel 6, 46’), Ricardo Carvalho 6, Bruno Alves 7 (Rolando 4, 63’), Duda 6 (Fábio Coentrão 6, 63’), Pedro Mendes 7 (Ricardo Costa 5, 73’), Raul Meireles 8, Deco 7, Simão 6 (Nani 8, 46’), Cristiano Ronaldo 5 e Liedson 6 (Danny 6, 46’). Treinador Carlos Queiroz. Camarões Kameni 6, Mandjeck 5, Mbia 6, Nkoulou 5, Assou-Ekotto 6, Makoun 5 (Bong -, 80’), Alexandre Song 6 (Nguemo 4, 62’), Enoh 5, Emana 6 (Webó 6, 62’), Samuel Eto’o 3 e Choupo-Moting 7 (Idrissou -, 62’). Treinador Paul Le Guen. Árbitro Michael Weiner 6, da Alemanha. Amarelos Samuel Eto’o (33’ e 34’). Vermelho Samuel Eto’o (34’). Golos 1-0, por Raul Meireles, aos 32’; 2-0, por Raul Meireles, aos 47’; 2-1, por Webó, aos 69’; 3-1, por Nani, aos 81’. Notícia actualizada às 23h12
REFERÊNCIAS:
Entidades DECO
Paraguai sem Óscar Cardozo vence a Grécia
A selecção paraguaia, sem Óscar Cardozo, a recuperar de uma lesão no tornozelo, venceu hoje a Grécia, por 2-0, em jogo particular de preparação para o Mundial de futebol. (...)

Paraguai sem Óscar Cardozo vence a Grécia
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-06-03 | Jornal Público
SUMÁRIO: A selecção paraguaia, sem Óscar Cardozo, a recuperar de uma lesão no tornozelo, venceu hoje a Grécia, por 2-0, em jogo particular de preparação para o Mundial de futebol.
TEXTO: A Grécia jogou com dois que já jogaram em Portugal no onze inicial, o ex-portista Seitaridis e o ex-benfiquista, Katsouranis, mas, após o intervalo, ainda entraria mais um, Karagounis, que também já vestiu a camisola do Benfica. Os golos foram marcados por Enrique Vera, em recarga a um remate de Roque Santa Cruz, aos 9 minutos, e por Lucas Barrios, o argentino recentemente naturalizado paraguaio, aos 24, o que sentenciou bem cedo o destino da partida. Após o jogo, a selecção do Paraguai seguiu viagem para a África do Sul, com destino à cidade de Pietermaritzburg, sede da concentração na primeira fase da competição. O Paraguai integra o grupo F, juntamente com os actuais campeões do mundo, a Itália, a Nova Zelândia e a Eslováquia. A Grécia faz parte do grupo B, com Argentina, Nigéria e Coreia do Sul.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave concentração
Uma em cada cinco crianças em risco é estrangeira
Primeira grande surpresa do relatório anual de Avaliação da Actividade das Comissões de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ), que na próxima segunda-feira será apresentado nos Açores: um em cada cinco menores com processo instaurado é estrangeiro. Segunda grande surpresa: o ano fechou com mais duas mil crianças retiradas às famílias do que em 2008. (...)

Uma em cada cinco crianças em risco é estrangeira
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento -0.12
DATA: 2010-06-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: Primeira grande surpresa do relatório anual de Avaliação da Actividade das Comissões de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ), que na próxima segunda-feira será apresentado nos Açores: um em cada cinco menores com processo instaurado é estrangeiro. Segunda grande surpresa: o ano fechou com mais duas mil crianças retiradas às famílias do que em 2008.
TEXTO: O volume processual global alcançou o valor mais alto de sempre: 66. 896. Foram instaurados 28. 401 processos, menos três por cento do que em 2008. Transitaram 34. 416, que é um pouco mais do que no ano anterior. E foram reabertos 4079, o que assume especial relevância, já que este é um indicador de que o perigo, afinal, não desaparecera. As CPCJ identificaram a naturalidade de 23. 114 crianças e jovens que lhes chegaram às mãos e perceberam que o peso dos estrangeiros saltou. Não se pense que vêm todas dos países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP). O número de crianças oriundas dos PALOP até diminuiu: 333 em 2006; 438 em 2007; 734 em 2008; 413 em 2009. O de outros países é que subiu: 700 em 2006; 1277 em 2007; 1857 em 2008; 4758 em 2009. A escalada aconteceu no espaço de um ano – em 2009 aumentou 13, 9 a percentagem de estrangeiros que não eram originários dos PALOP. Com esta mudança passaram a pesar 22, 4 por cento. Uma evidente sobre-representação, já que a população estrangeira não vai além dos 4, 1 por cento do número total de residentes. Armando Leandro, presidente da Comissão Nacional de Crianças e Jovens em Risco, ainda não encontrou explicação para esta súbita subida: “Esta é a realidade, temos de nos debruçar sobre ela para a entender”. Idália Moniz, secretária de Estado da Reabilitação, atribui o salto a uma maior consciencialização de que as crianças têm direitos, mesmo que a sua presença no país seja irregular: “Algumas não têm documentos, andam na mendicidade, temos de as proteger”. A negligência continua a ser o principal perigo (9. 168 processos abertos em 2009). Atrás dela, a exposição a modelos de comportamento desviante (4397), os maus tratos psicológicos, abuso emocional (3554), o abandono escolar (3544), os maus tratos físicos (1777). Frente a isto, as CPCJ privilegiam as medidas em meio natural de vida. E dentro delas sobressai o apoio junto dos pais – aplicado a 22. 229 crianças (77 por cento do total). Ainda assim, 2724 menores foram encaminhados para instituições (2510) ou para acolhimento familiar (214). Bem mais do que em 2008, ano em que apenas 701 foram forçados a deixar quem não os protegia: 625 para instituições e 75 para famílias de acolhimento. A orientação continua a ser para apostar na intervenção que permita a criança manter-se na sua família, sublinha Armando Leandro. A secretária de Estado Idália Moniz associa o maior recurso à institucionalização ao crescimento do número de medidas aplicadas às crianças, que passaram de 9486 para 29. 009: “As comissões estão mais organizadas, têm uma maior capacidade de trabalho. ” Já não esperam para ver: “Que ninguém fique com a consciência pesada pelo que devia ter feito e não fez!” Em caso de dúvida, retiram. Nem que a devolvam dali a pouco. Tanto que “grande parte das crianças regressa a casa em menos de um ano”. Idália Moniz enfatiza a mudança que nota na sociedade portuguesa: “Já não coabitamos com determinadas situações. Antes, as pessoas viam um homem bater na mulher ou nos filhos e nada faziam. Hoje os vizinhos sinalizam, os familiares sinalizam, os próprios pais sinalizam. ”A escola continua a ser a entidade que mais alerta (22, 2 por cento) as CPCJ – depois dela, as forças de segurança; os pais. E esta é a terceira supresa: no ano passado, houve 2343 casos denunciados por progenitores. “Muitas vezes, são pais que não conseguem lidar com o comportamento dos filhos adolescentes e vão pedir ajuda às CPCJ”, esclarece a secretária de Estado. Os pedidos de ajuda lançados pelos pais também tem a ver com o já referido aumento da institucionalização. Com efeito, lê-se no relatório a que o PÚBLICO teve acesso, “em todas as faixas etárias a medida mais aplicada foi o apoio junto dos pais seguida da medida de apoio junto de outros familiares, a excepção verifica-se no escalão 18-21 anos, onde o acolhimento institucional e o apoio para a autonomia de vida registam valores significativos”.
REFERÊNCIAS:
Entidades PALOP