Pescador morre nos Açores ao tentar salvar embarcação do mau tempo
Um pescador, de 43 anos, morreu esta tarde no Porto de Pesca da Ribeira Quente, em S. Miguel, Açores, quando tentava retirar um barco da água para o proteger do mau tempo que se tem registado no arquipélago. As chuvas e o vento forte provocaram ainda várias inundações e queda de árvores. (...)

Pescador morre nos Açores ao tentar salvar embarcação do mau tempo
MINORIA(S): Animais Pontuação: 12 | Sentimento -0.69
DATA: 2011-09-27 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um pescador, de 43 anos, morreu esta tarde no Porto de Pesca da Ribeira Quente, em S. Miguel, Açores, quando tentava retirar um barco da água para o proteger do mau tempo que se tem registado no arquipélago. As chuvas e o vento forte provocaram ainda várias inundações e queda de árvores.
TEXTO: O presidente da Junta de Freguesia da Ribeira Quente, Gualberto Rita, disse à Lusa que o acidente ocorreu “quando os pescadores estavam a retirar as suas embarcações para as proteger do mar agitado”. “Na altura, uma onda mais forte encostou um dos barcos à parede, que acabou por esmagar um pescador”, acrescentou o autarca, salientando que a vítima era natural da Ribeira Quente, concelho da Povoação. As chuvas e o vento forte que se registam nos Açores provocaram “várias inundações em moradias e estradas e quedas de árvores e ramos nos concelhos da Ribeira Grande, Ponta Delgada e Lagoa”, revelou hoje a Autoridade Nacional de Protecção Civil. Segundo disse à Lusa fonte do Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros, “a maior parte daquelas situações está resolvida através da intervenção dos bombeiros, Serviços Municipais de Protecção Civil e direcção regional dos Equipamentos e Transportes e Terrestres”. Devido às condições meteorológicas, um voo da transportadora aérea SATA “aguarda na Horta, ilha do Faial, melhoria do estado do tempo, para efectuar a ligação à ilha das Flores”, segundo informou à Lusa o porta voz da companhia José Gamboa. O Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros dos Açores já havia alertado esta segunda-feira para um agravamento do estado do tempo nas ilhas dos Açores até ao meio dia de hoje, com previsão de ocorrência de trovoadas, ventos fortes e chuva. Notícia actualizada às 16h46
REFERÊNCIAS:
Tempo segunda-feira
Familiares dos pescadores resgatados com vida falam em “milagre”
Os familiares dos pescadores das Caxinas resgatados hoje após mais de 48 horas numa balsa em alto mar dizem que foi “um milagre” terem sido encontrados com vida. (...)

Familiares dos pescadores resgatados com vida falam em “milagre”
MINORIA(S): Animais Pontuação: 12 | Sentimento 0.1
DATA: 2011-12-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os familiares dos pescadores das Caxinas resgatados hoje após mais de 48 horas numa balsa em alto mar dizem que foi “um milagre” terem sido encontrados com vida.
TEXTO: Esta era a justificação mais ouvida, ao início da tarde de hoje, pela população das Caxinas, que não quis deixar de se despedir dos familiares das vítimas deste acidente que viajaram até Leiria, num autocarro disponibilizado pela Câmara Municipal de Vila do Conde, para se encontrarem com os pescadores e trazê-los de regresso a casa. Da tripulação do Virgem do Sameiro fazia parte o mestre José Manuel Coentrão, de 46 anos, Prudenciano Pereira, de 48, António Maravalhas, de 44, e Manuel Navegante, de 50 anos, todos das Caxinas. A bordo seguia ainda João Coentrão, de Aver-o-mar, na Póvoa de Varzim, e ainda um cidadão de 30 anos, nacionalidade ucraniana, residente na Figueira da Foz. Poucos minutos antes da partida para Leiria, Ana João, filha de António Maravalhas, não conseguia esconder o contentamento de, dentro de poucas horas, “poder abraçar o pai”. “Porque esta manhã pensei que nunca mais o ia ver”, disse. Já o pai deste pescador também não conseguia conter as lágrimas e ia dizendo que sempre manteve a “confiança que tudo ia acabar bem”. Dizem que “as Caxinas estão condenadas à morte, mas isto foi um verdadeiro milagre”, frisou ainda entre sorrisos e lágrimas. Também Marta Ferreira, sobrinha de Prudenciano Pereira, manteve a esperança que o tio “ia chegar a Vila do Conde são e salvo”. Menos optimista estava a mulher deste pescador que passou as últimas horas a “rezar” para que o marido fosse encontrado vivo, mas a expectativa era “pouca ou nenhuma”. Aliás, o luto já era bem visível ao início da manhã de hoje em algumas casas dos pescadores resgatados. A notícia de que tinham sido encontrados sãos e salvos chegou às Caxinas pouco passava das 11h00 e foi dada pelo presidente da Junta de Freguesia de Vila do Conde. José Maria Postiga recebeu um telefonema e comunicou de imediato a alguns dos familiares que “saíram para a rua a gritar. Foi uma festa muito grande”, contou o autarca, dizendo também que este episódio “foi um verdadeiro milagre”. Depois de fazerem exames médicos, os pescadores serão alimentados e devem regressar “ao final da tarde de hoje a casa”, garantiu o presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde que fez questão de acompanhar a partida do autocarro onde viajam os familiares dos pescadores. “Esta comunidade tem sido sempre fustigada pela tragédia, cheguei a pensar que esta seria mais uma”, disse Mário Almeida. A maior comunidade piscatória do país, as Caxinas, viveu hoje sentimentos antagónicos, porque o luto e a tristeza deram lugar a um ambiente de grande festa. Alguém dizia hoje de manhã que “o mar estava à espera de comer, mas deu-se um milagre e não comeu”, porque, pelo menos desta vez, os caxineiros foram poupados de mais uma tragédia. Os pescadores resgatados devem chegar a Vila do Conde ao final da tarde, onde serão esperados por toda a população.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte filha mulher comunidade luto
Bourdain em Lisboa comeu bifanas, conheceu pescadores e conversou com Lobo Antunes
Bifanas e fado, Lobo Antunes e Dead Combo, polvo comido com uma família de pescadores, chefes modernos a tentar inovar numa cozinha profundamente tradicional – será esta a Lisboa que Anthony Bourdain vai mostrar no seu programa de viagens e gastronomia No Reservations, que é transmitido em Portugal na SIC Radical. O episódio sobre Lisboa passará em Abril nos Estados Unidos. (...)

Bourdain em Lisboa comeu bifanas, conheceu pescadores e conversou com Lobo Antunes
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DATA: 2011-12-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: Bifanas e fado, Lobo Antunes e Dead Combo, polvo comido com uma família de pescadores, chefes modernos a tentar inovar numa cozinha profundamente tradicional – será esta a Lisboa que Anthony Bourdain vai mostrar no seu programa de viagens e gastronomia No Reservations, que é transmitido em Portugal na SIC Radical. O episódio sobre Lisboa passará em Abril nos Estados Unidos.
TEXTO: Numa conferência de imprensa hoje em Lisboa, no final de uma semana de filmagens (a equipa parte amanhã), Bourdain falou sobre o que veio à procura – e o que encontrou. Não estamos aqui para mostrar de forma imparcial os melhores lugares de Lisboa, nem para dar a última palavra em televisão sobre os sítios mais importantes e mais pitorescos. Há outros programas de viagem que fazem isso. O que nos interessa é saber onde é que vocês vão às duas da manhã quando estão bêbados. ”Para saber isso, arranjam contactos em cada cidade que visitam e pedem sugestões. Primeiro, Bourdain, ele próprio um chef (embora tenha trocado a cozinha do restaurante Les Halles, em Nova Iorque, pelas viagens à volta do mundo para o No Reservations), fala com os outros cozinheiros. “Ser chef é como pertencer a uma máfia. Tenho esse luxo de poder falar com outros chefs e dizer ‘estamos a pensar ir a Lisboa, onde é que acham que devíamos ir? Onde é que devemos comer? Onde é que vocês vão quando estão com os copos?’”. As outras pistas são dadas pelos tais contactos – os fixers – que têm uma tarefa difícil: perceber exactamente o que é que Bourdain e a sua equipa procuram. Em Lisboa, Bourdain sabia que queria falar com António Lobo Antunes. “É um autor que admiro muito”, explica. “E sinto-me muito honrado por ele aceitar. [No encontro, numa casa de fados] esqueci-me completamente das câmaras – só queria falar com o tipo que escreveu alguns livros que eu considero clássicos magníficos e intemporais. É uma conversa que hei-de recordar a vida toda. ”O outro encontro perfeito foi com a banda musical Dead Combo. Aí, Bourdain seguiu a sugestão das pessoas que contratou em Lisboa para o ajudar. “Quando falamos com essas pessoas, tentamos saber se elas entendem realmente o que estamos à procura. E perguntamos-lhes, por exemplo, se conhecem uma banda que seja perfeita para nós. Eles arranjaram uma óptima: os Dead Combo são exactamente a banda com a qual deveríamos estar. ” Quanto à comida, ficou-lhe na memória o polvo que foi pescar e comer com uma família de pescadores – “comemo-lo grelhado, com batatas cozidas, azeite, um pouco de alho, e vinho barato mas delicioso”. Camarões grelhados com sal e azeite – “de cortar a respiração”. E, claro, as bifanas de porco. “Mas também comi coisas óptimas, feitas por chefes modernos, que estão a tentar levar a comida portuguesa para o futuro, mas ao mesmo tempo honrando as tradições”, contou. “E isso é algo que, onde quer que eu esteja no mundo, me interessa muito: como é que se honra o passado nas tradições culinárias”.
REFERÊNCIAS:
Armadores de pesca industrial contentes com aumento de quotas
O presidente da Associação de Armadores de Pesca Industrial (ADAPI) considerou hoje “muito positivo” o aumento das quotas de pesca para Portugal, assinalando que no início das negociações com a Comissão Europeia a situação parecia “dramática”. (...)

Armadores de pesca industrial contentes com aumento de quotas
MINORIA(S): Animais Pontuação: 12 | Sentimento 0.8
DATA: 2011-12-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: O presidente da Associação de Armadores de Pesca Industrial (ADAPI) considerou hoje “muito positivo” o aumento das quotas de pesca para Portugal, assinalando que no início das negociações com a Comissão Europeia a situação parecia “dramática”.
TEXTO: Em declarações à agência Lusa, Miguel Cunha frisou que o resultado final das negociações resulta numa “situação mais confortável”, assinalando que se conseguiu “reverter uma situação que parecia dramática”. Miguel Cunha indicou que o acordo final corrige “algumas barbaridades”, como a “redução em 93 por cento da quota de verdinho baseado num parecer científico errado, que a Comissão agora reconheceu e repôs”. “Falta agora ver quem se responsabiliza pela perda de cerca de três milhões de euros que isto significou”, apontou. O responsável da ADAPI destacou também como positivo a maneira como mudou a “abordagem ao plano de recuperação da pescada”, que “sacrificava a frota de pesca ibérica” e passa agora a abranger só as embarcações dedicadas à pesca desta espécie. Miguel Cunha ressalvou que ainda há pontos negativos na proposta da Comissão, como a redução em nove por cento da quota de pesca da raia, que faz prever que “no próximo ano a quota acabe antes do final do ano”. Açores consideram acordo “bom”O Governo Regional dos Açores considera que o acordo sobre pescas hoje alcançado em Bruxelas é um “bom” para o arquipélago, perspectivando uma boa campanha dos tunídeos nas águas das ilhas no próximo ano. Em declarações à Lusa, o subsecretário regional das Pescas, Marcelo Pamplona, destacou o facto de o acordo acerca dos totais admissíveis de capturas para 2012 a que chegaram os ministros das Pescas da União Europeia hoje de madrugada prever o aumento da quota do patudo nos mares das ilhas em 22 por cento. Isso significa que em 2012 os atuneiros açorianos poderão capturar até 6000 toneladas de uma espécie valorizada no mercado, quando este ano a quota foi de 5000 toneladas. Marcelo Pamplona considerou também positivo para a Região que os ministros das Pescas da UE tenham decidido manter fora do regime de quotas uma outra espécie de tunídeos importante para a frota açoriana e para a indústria conserveira regional, o bonito. Em termos globais, Portugal saiu hoje das negociações sobre as possibilidades de pesca para 2012 com um aumento nas quotas de areeiro (9%), biqueirão (10%), pescada (15%), tamboril (110%), verdinho (875% em águas territoriais e 531% no sul da Bretanha e Golfo da Biscaia).
REFERÊNCIAS:
Entidades UE
Quotas de pesca de Portugal aumentam 6% em 2012
Portugal saiu hoje das negociações das pescas com um aumento global de seis por cento nas suas quotas, o que a ministra da Agricultura e Pescas, Assunção Cristas, considerou um resultado positivo de uma demorada negociação. (...)

Quotas de pesca de Portugal aumentam 6% em 2012
MINORIA(S): Animais Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-12-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: Portugal saiu hoje das negociações das pescas com um aumento global de seis por cento nas suas quotas, o que a ministra da Agricultura e Pescas, Assunção Cristas, considerou um resultado positivo de uma demorada negociação.
TEXTO: “Desta vez aumentámos substancialmente (as quotas), mais seis por cento na globalidade”, disse a ministra à saída de uma maratona de quase 16 horas de negociação cujo resultado considerou “muito positivo”. Assunção Cristas destacou particularmente a quota de bacalhau, que sobe 240 toneladas (quatro por cento), “dentro de um quadro de pesca sustentável e respeitando todos os pareceres científicos”. “Tudo isto reflecte o poder de negociação do nosso país ao nível técnico e também ao nível político”, adiantou, sublinhando que “as primeiras propostas da Comissão apontavam para uma redução global de 11 por cento”. Em termos globais, Portugal saiu hoje das negociações sobre as possibilidades de pesca para 2012 com um aumento nas quotas de areeiro (9%), biqueirão (10%), pescada (15%), tamboril (110%), verdinho (875% em águas territoriais e 531% no sul da Bretanha e Golfo da Biscaia). As descidas de quotas acontecem no carapau em águas espanholas (-1%), lagostim (-10%), raias (-9% nas águas territoriais e - 29% na NAFO), cantarilho (-16%), palmeta (5%), abrótea (-17%) e espadarte (-15%). Nas águas dos Açores e Madeira, a quota de carapau – que é fixada por Portugal –, sobe quatro por cento, a do atum voador diminui 22% e a do atum patudo aumenta 22 por cento. Os ministros das Pescas da União Europeia chegaram hoje de madrugada a acordo sobre os totais admissíveis de capturas para 2012, depois de uma negociação morosa, que começou às 10h00 horas de sexta-feira e terminou às 03h30 de sábado.
REFERÊNCIAS:
Tempo sexta-feira sábado
O pescador, o combatente e o jornalista que só queria ser goês
Da janela da sala deste quarto andar vêem-se os estaleiros navais de Goa. Os três barcos de pesca de Simon Pereira Riconsta, Golden Goa, Simple Simon estão do outro lado da colina. Cada traineira 30 homens. Agora está tudo em terra. (...)

O pescador, o combatente e o jornalista que só queria ser goês
MINORIA(S): Animais Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-12-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: Da janela da sala deste quarto andar vêem-se os estaleiros navais de Goa. Os três barcos de pesca de Simon Pereira Riconsta, Golden Goa, Simple Simon estão do outro lado da colina. Cada traineira 30 homens. Agora está tudo em terra.
TEXTO: O mar não está para brincadeiras e a pesca fica adiada até o tempo melhorar. Mas Simon adora a monção: "Vem de repente, umas nuvens, o vento a soprar e de um momento para o outro aí está a chuvada. " Recebe os convidados com uma t-shirt a dizer "I Love Port", sendo e o "I" um galo de Barcelos, e o "o" de "Love" uma bola de futebol em forma de coração. Chegarão rissóis de marisco e tomate recheado com atum; depois arroz de ervilhas, carne com ovo cozido, salsichas goesas, picantes. Na sala, um pequeno altar: duas enormes mãos em madeira, juntas e de palmas viradas para cima em sinal de dádiva. Conrad, de cinco anos, aponta: "Temos o Jesus. Temos dois Jesus. " Têm também o Santo António. Leonora, quase a fazer quatro anos, mostrará que têm outras coisas, que é preciso trazer do quarto. Animais da selva em plástico, um urso de pelúcia, um espelho. Conrad rivaliza e vem agora com "um bolo!" uma caixa de cartão redonda. Em cima do móvel está a fotografia de casamento de Simon Pereira (o apelido não é sinónimo de qualquer ascendência portuguesa e todos comunicam em inglês entre si) com Carlina. Ele de fato, ela com vestido de noiva branco, véu, relógio prateado e pulseiras encarnadas e verdes como qualquer noiva indiana que se preze. Agora será a vez de ele falar do anel de safira azul que traz no dedo. "Depois de começar a usar isto, a minha vida mudou. Antes não tinha casa, não era casado. Sinto sinceramente que houve uma enorme mudança. " Casou-se, já se sabe; teve filhos, também já se sabe. E mais? Aumentou a frota dos barcos, comprou terra. "Estão a aconselhar-me a concorrer à Câmara de Vasco [da Gama, a maior cidade de Goa]. " Já é presidente da Goa Fishing Boat Owners Association. "As coisas começaram a funcionar para mim. " Tudo graças à safira azul, encastrada no anel de ouro, mas em contacto com a pele. "Pode dar-te sorte, ou pode acabar contigo. Foi trazida de Margão [no Sul de Goa] durante a noite, para a luz não passar para o portador e não acontecer nada a quem a trouxe. É uma pedra do Sri Lanka e custou. . . [fazem-se conversões rápidas]. . . mil euros. " "Mas dizem que em três meses a sorte que traz compensa a compra e comigo compensou. Comecei a ganhar imenso dinheiro. " A pedra de Carlina não é a safira, mas o diamante. Tem grandes brincos redondos e um colar tradicional com ouro e vários brilhantes, para que a sorte não a abandone. Não basta confiar em Deus. Outras coisas justificam uma ida a casa da família Pereira. Ou por outra, qualquer coisa que tem a ver com a camisola que traz vestida, a tal do "I Love Port". Simon é católico (como 26 por cento da população de Goa), mas não faz parte da elite que foi beneficiada pela soberania portuguesa. Ainda assim, o pai não poupava elogios à bandeira. Deixou esta simpatia de herança ao filho, que com 33 anos sempre viveu sob governação indiana. "Disse que quando morresse queria a bandeira de Portugal no caixão. E eu pus. " Quando a 25 de Novembro passado o navio-escola Sagres visitou Goa a data coincidiu com os 500 anos da chegada de Afonso de Albuquerque ao território, houve muita gente a protestar, vendo no gesto um revivalismo colonialista. Mas houve também Simon a organizar uma procissão de barcos enfeitados para saudar a embarcação.
REFERÊNCIAS:
BE questiona Governo sobre utilização ilegal de animais em circos
O Bloco de Esquerda (BE) criticou os circos que terão usado ilegalmente animais de espécies protegidas por uma portaria de 2009 numa pergunta dirigida ao Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (MAMAOT). (...)

BE questiona Governo sobre utilização ilegal de animais em circos
MINORIA(S): Animais Pontuação: 12 | Sentimento -0.5
DATA: 2012-01-04 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Bloco de Esquerda (BE) criticou os circos que terão usado ilegalmente animais de espécies protegidas por uma portaria de 2009 numa pergunta dirigida ao Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (MAMAOT).
TEXTO: O BE nomeia o Circo Chen, que no espetáculo de 2011 Evoluzione, instalado no Campo Grande, em Lisboa, utilizou tigres “com apenas alguns meses”. Em declarações à Lusa, Miguel Chen referiu que os tigres foram utilizados no Coliseu e não Campo Grande e criticou, por seu lado, o partido. “A câmara tem parte no coliseu. Os coliseus são multimilionários e os do Bloco de Esquerda como são bons rapazes estão sempre a falar dos pobres, dos pobrezinhos e dos trabalhadores, mas quando toca aos que têm poder não dizem nada”, criticou. O responsável do circo lembrou notícias anteriores que davam conta de que a veterinária municipal nunca fez uma vistoria aos animais do coliseu e que “aí o Bloco de Esquerda nunca se interessou, nem interessa porque aí não se toca”. “Em tempos fomos vistoriados três vezes pelos veterinários da Câmara Municipal e todos os anos uma ou duas vezes como é normal”, disse. O Bloco de Esquerda indica estar em causa a portaria 1226/2009, que segundo o partido, “proíbe a detenção de espécimes vivos da família dos felídeos e não permite que se utilizem nestes espectáculos animais que tenham sido adquiridos ou reproduzidos após 90 dias da sua entrada em vigor em Outubro de 2009”. Os bloquistas referem o uso de tigres (Panthera tigris – família Felidae) com “apenas alguns meses que são fotografados com os espectadores do circo”. “Assim, muitas famílias compram no circo fotografias das suas crianças ao lado de um tigre ilegalmente adquirido”, lê-se no documento em que o partido exige saber se a ministra Assunção Cristas conhece os casos. “E o que falhou nos procedimentos do MAMAOT para que seja prática comum a utilização de animais protegidos por legislação nacional e internacional”, acrescentou o BE. No documento, o Bloco sintetiza três perguntas: se o ministério tem conhecimento do uso de espécies protegidas em circos; o número de inspecções feitas na época natalícia, quais os resultados e como irá o MAMAOT actuar para que a legislação seja cumprida.
REFERÊNCIAS:
Há menos sardinha nos mares e os pescadores podem ter de recolher as redes
A sardinha existente nas águas que os portugueses costumam navegar está a diminuir. Um recente relatório dá conta da redução de 20% da quantidade de peixe adulto, ou seja, aquele que pode ser pescado. Por causa disso, a pesca de cerco ficou com a sua certificação suspensa. As associações de produtores têm agora 90 dias para apresentar soluções que permitam reverter a suspensão. (...)

Há menos sardinha nos mares e os pescadores podem ter de recolher as redes
MINORIA(S): Animais Pontuação: 12 | Sentimento -0.16
DATA: 2012-01-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: A sardinha existente nas águas que os portugueses costumam navegar está a diminuir. Um recente relatório dá conta da redução de 20% da quantidade de peixe adulto, ou seja, aquele que pode ser pescado. Por causa disso, a pesca de cerco ficou com a sua certificação suspensa. As associações de produtores têm agora 90 dias para apresentar soluções que permitam reverter a suspensão.
TEXTO: O declínio dos stocks da sardinha teve como primeira vítima a indústria de pesca do Barlavento algarvio, que viu o Governo reduzir-lhe as quotas para metade. Os pescadores já dizem que vão ter de parar os barcos. Agora, foi a certificação da pescaria da sardinha portuguesa que está suspensa desde esta quinta-feira devido à "frágil situação do stock de sardinha e à inexistência de regras adequadas de controlo das capturas". Quem o diz são os auditores da Moody Marine Intertek, a entidade que atribuiu à pesca de cerco nacional o selo que permite aos consumidores reconhecer que o peixe que compram foi pescado de forma sustentável, sem pôr em causa a espécie. Foi após a segunda auditoria anual de supervisão, feita em Dezembro, que a Moody Marine Intertek decidiu suspender a certificação Marine Stewardship Council (MSC) para a pesca da sardinha com arte de cerco da Associação Nacional das Organizações de Produtores da Pesca do Cerco (Anopcerco). A sardinha apanhada depois de dia 12 de Janeiro não pode ser vendida com a certificação do MSC. A pescaria tem 90 dias para, em conjunto com a entidade certificadora, pôr em prática um plano de acção para discutir a suspensão. A ser aprovado, a certificação permanece suspensa até à implementação das medidas de correcção do problema. A suspensão da certificação MSC acontece na sequência do relatório do ICES (Conselho Internacional para a Exploração do Mar), organismo científico que avalia a quantidade de peixe existente nos mares de forma a aconselhar os decisores sobre as quantidades que podem ser capturadas sem prejudicar a continuidade da espécie. Uma das suas funções é contabilizar aquilo a que chama "stocks de biomassa desovante", ou seja, os peixes adultos que estão em condições de se poder reproduzir. Humberto Jorge, da Anopcerco, considera o relatório “bastante preocupante”, uma vez que aponta para uma queda significativa desse stock - 20%. No entanto, sublinha: “A sardinha não está em perigo de extinção”. Uma das explicações, adianta, tem a ver com a avaliação dos stocks, que é conjunta, reportando-se ao stock ibérico da sardinha e não apenas ao português. Esta é uma “situação cíclica”, afirma, que se relaciona com o “desgaste e diminuição” da biomassa. Foi já criada uma Comissão de Acompanhamento da Sardinha, da qual a Anopcerco faz parte, para que se encontrem as “medidas mais adequadas e eficientes” para retomar o “bom caminho”. Em termos económicos, Humberto Jorge descarta a possibilidade de o impacto ser imediato. “Apostámos muito nesta certificação e na sustentabilidade desta pescaria”, afirma. Para o dirigente, não existe uma situação de sobrepesca mas sim um limite imposto pelo ICES relativamente aos stocks de biomassa. A Anopcerco – que está certificada pela MSC desde 2010 – engloba 120 embarcações e apresentou uma produção de 55 mil toneladas em 2011. O PÚBLICO tentou contactar o IPIMAR – o organismo científico nacional que, entre outras, avalia o estado das espécies comerciais e que está sob alçada do Ministério da Agricultura - mas a Secretaria de Estado do Mar recusou prestar declarações, com a justificação de que “este não é o momento oportuno para falar sobre o tema em causa”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave espécie extinção
Comissão Europeia processa Portugal por não proteger as galinhas poedeiras
A Comissão Europeia abriu um processo contra Portugal por infracção ao direito comunitário por não ter adoptado as novas normas de produção de galinhas poedeiras destinadas a melhorar o seu bem-estar. (...)

Comissão Europeia processa Portugal por não proteger as galinhas poedeiras
MINORIA(S): Animais Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-01-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: A Comissão Europeia abriu um processo contra Portugal por infracção ao direito comunitário por não ter adoptado as novas normas de produção de galinhas poedeiras destinadas a melhorar o seu bem-estar.
TEXTO: O processo que inclui outros doze países, refere-se a regras adoptadas em 1999 e que conferiam aos Estados membros da União Europeia (UE) doze anos para adaptarem progressivamente as gaiolas existentes por outras "mais capazes de satisfazer as necessidades biológicas e comportamentais dos animais". Segundo Bruxelas, 47 milhões de galinhas na UE - num total de 350 milhões - ainda estão confinadas a gaiolas demasiado pequenas que não lhes garantem "estruturas, tais como ninhos ou poleiros, que contribuam para que as aves vivam em condições menos cruéis". As novas normas europeias exigem que "todas as galinhas poedeiras sejam mantidas em 'gaiolas melhoradas', com mais espaço para fazer ninho, esgravatar e empoleirar se, ou em sistemas alternativos". Estas gaiolas têm de prever "para cada galinha, pelo menos 750 cm² de superfície da gaiola, um ninho, uma cama, poleiros e dispositivos adequados para desgastar as garras, que permitam às galinhas satisfazer as suas necessidades biológicas e comportamentais", refere a Comissão. A objecção da Comissão tem tanto a ver com preocupações de melhoria do bem-estar animal como com a determinação de evitar a existência de concorrência desleal entre os Estados membros e distorções no mercado interno comunitário. Isto porque, alega Bruxelas, "os Estados membros que ainda autorizam a utilização de gaiolas 'não melhoradas' colocam em desvantagem as empresas que investiram na conformidade com as novas medidas". Em consequência, Portugal, Bélgica, Bulgária, Grécia, Espanha, França, Itália, Chipre, Letónia, Hungria, Países Baixos, Polónia e Roménia receberam uma "notificação por incumprimento" que lhes dá dois meses para justificar o incumprimento das regras. Se não apresentarem razões válidas, os treze países disporão de dois meses adicionais para aplicar as novas normas, sem o que terão de responder no Tribunal de Justiça da UE. Bruxelas conta ainda enviar, "na Primavera", missões de inspecção a estes países para se certificar que a lacunas estão a ser corrigidas.
REFERÊNCIAS:
Entidades UE
Casa da Pesca: "É um milagre aquilo ainda estar de pé"
Quanto tempo aguentará a cobertura da Casa da Pesca ninguém sabe. Mas todos temem que desabe a qualquer momento. E, se a cobertura cai, ficam também destruídos os estuques com motivos de pesca atribuídos ao famoso estucador do século XVIII Giovanni Grossi. (...)

Casa da Pesca: "É um milagre aquilo ainda estar de pé"
MINORIA(S): Animais Pontuação: 12 | Sentimento -0.25
DATA: 2012-02-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: Quanto tempo aguentará a cobertura da Casa da Pesca ninguém sabe. Mas todos temem que desabe a qualquer momento. E, se a cobertura cai, ficam também destruídos os estuques com motivos de pesca atribuídos ao famoso estucador do século XVIII Giovanni Grossi.
TEXTO: "Estamos lá dentro e vemos pedaços de estuque a cair, enquanto ouvimos a madeira a ceder", descreve Ana Celeste Glória, que fez a sua tese de mestrado sobre a Casa da Pesca e enviou, em Dezembro, um dossier para o Ministério da Agricultura, altertando para o problema. "Uma cobertura daquelas [vigas de madeira] necessita de manutenção e nunca a teve", critica a arquitecta Hélia Silva, que fez a sua tese de mestrado sobre os estuques decorativos de Grossi em Lisboa, Oeiras e Sintra. "Se este tivesse sido um ano chuvoso, não sei se aquilo ainda era, nesta altura, recuperável. "A última vez que entrou na Casa da Pesca foi em 2006. Mas o perigo de desabamento é real, porque o processo é sempre o mesmo. "Se as madeiras são melhores pode demorar mais, mas o resultado final é o mesmo", explica. Raquel Henriques da Silva, historiadora de Arte, diz que, não sendo possível obras a curto prazo, "pelo menos o bem deve ser salvaguardado", com "uma cobertura". O facto de nem isso ter sido feito, leva-a a concluir que há uma certa "atitude de menosprezo". E a falta de verbas não é justificação: "Tenho a certeza de que, mobilizando um conjunto de cidadãos, consigo dinheiro para uma cobertura para a Casa da Pesca. "
REFERÊNCIAS:
Tempo Dezembro