Risco de derrocada leva ICNB a permitir a morte de centenas de aves protegidas
Uma construção em risco de derrocada, uma infeliz coincidência do calendário e um parecer positivo do Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) podem resultar na morte, em Elvas, de centenas de aves legalmente protegidas. (...)

Risco de derrocada leva ICNB a permitir a morte de centenas de aves protegidas
MINORIA(S): Animais Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-06-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: Uma construção em risco de derrocada, uma infeliz coincidência do calendário e um parecer positivo do Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) podem resultar na morte, em Elvas, de centenas de aves legalmente protegidas.
TEXTO: O azar de 300 casais de andorinhões-pretos (Apus apus) foi o de estarem a ocupar os seus ninhos nos recônditos de uma muralha da antiga Igreja de São Paulo bem no momento em que, por razões de segurança, o Exército – responsável pelo imóvel – decidiu demoli-la. Derrocadas de outros edifícios contíguos, ocorridas anteriormente, tinham deixado aquela muralha em situação de risco. A obra avançou até que a associação ambientalista Quercus, preocupada com as aves, alertou a GNR e o ICNB. Embora não seja uma espécie ameaçada, o andorinhão-preto é protegido pela legislação nacional. Uma operação como aquela necessitava de uma autorização prévia do ICNB, algo que não tinha ocorrrido. Parte da muralha chegou a ser demolida, mas, com a denúncia da Quercus, as obras pararam. Segundo Sandra Moutinho, porta-voz do ICNB, o primeiro parecer do instituto foi no sentido de que a demolição deveria aguardar algumas semanas, até que as aves terminassem a sua nidificação e deixassem o local, como fazem todos os anos. O Exército, segundo a porta-voz do ICNB, argumentou que a demolição era urgente, dado o risco que a sua iminente derrocada representava para pessoas e bens. “O Exército garante que há, de facto, perigo para a segurança pública”, diz Sandra Moutinho. Também a hipótese de se aumentar o perímetro de segurança à volta da muralha, para permitir adiar a sua demolição, foi descartada, por ser alegadamente impraticável. O resultado foi o ICNB autorizar a operação, mesmo sabendo que morreriam muitas aves. A lei o permite em casos de perigo para a segurança pública. “O que vamos fazer é assegurar uma minimização dos animais que se perdem”, afirma Sandra Moutinho. Será feita uma tentativa para recolher as crias dos ninhos e colocá-las em centros de recuperações de aves. “Vamos fazer o melhor possível”. Para a Quercus, é o mesmo que nada. “É uma solução que não é minimamente viável. A taxa de sobrevivência dessas aves em cativeiro é baixíssima”, justifica Nuno Sequeira, vice-presidente da Quercus. Nuno Sequeira assegura que seria possível alargar o perímetro de segurança em torno da muralha e escorá-la com materiais da própria demolição parcial já efectuada. Mantendo-se a situação até finais de Julho, as aves já teriam deixado os ninhos e estariam a caminho de África, na sua migração anual. Além disso, segundo Nuno Sequeira, a movimentação das máquinas no local perturbam a nidificação, e os pais deixam de alimentar as crias. “A Quercus acha inadmissível e ilegal que o Estado possa avançar com a destruição imediata da estrutura em causa, levando à morte directa por esmagamento e/ou asfixia de centenas de crias”, refere a associação, num comunicado. A associação ameaça recorrer “às instituições competentes” caso a demolição avance, considerando “lamentável que, em pleno Ano Internacional da Biodiversidade, o Estado equacione não defender as espécies silvestres que é suposto proteger”.
REFERÊNCIAS:
Entidades GNR
Lince que esteve em Portugal no início do ano foi encontrado morto em Doñana
Caribú, o lince-ibérico de cinco anos que em Janeiro passou a fronteira espanhola e esteve em Moura-Barrancos, foi ontem encontrado morto perto do Parque Nacional de Doñana. Esta época de reprodução em cativeiro saldou-se em nove crias. (...)

Lince que esteve em Portugal no início do ano foi encontrado morto em Doñana
MINORIA(S): Animais Pontuação: 12 | Sentimento -0.2
DATA: 2010-09-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Caribú, o lince-ibérico de cinco anos que em Janeiro passou a fronteira espanhola e esteve em Moura-Barrancos, foi ontem encontrado morto perto do Parque Nacional de Doñana. Esta época de reprodução em cativeiro saldou-se em nove crias.
TEXTO: O cadáver do animal foi localizado ontem de manhã, informaram os técnicos da Consejería de Meio Ambiente da Andaluzia à Europa Press. Caribú era originário da Serra Morena que, com Doñana, representa uma das duas únicas zonas com populações viáveis de lince-ibérico do planeta. Em Dezembro de 2008 foi um dos linces transferidos da Serra Morena para reforçar a população de Doñana. Graças a um emissor de GPS colocado no animal, os técnicos descobriram que Caribú fazia grandes deslocações para Norte. “Os seus movimentos proporcionaram muita e valiosa informação sobre os processos de dispersão deste felino, utilizada para a planificação das reintroduções” que o Governo espanhol tem realizado desde o final de 2009, segundo a informação disponibilizada nessa altura no site do projecto Life Lince da Junta da Andalucia. A 27 de Janeiro, as autoridades espanholas contactaram o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), comunicando que o lince tinha entrado em território português, na zona de Moura-Barrancos, onde ficou durante três dias. Foi uma confirmação rara de que animais desta espécie ameaçada de extinção atravessam a fronteira. A zona onde esteve Caribú, Moura-Barrancos, junto à fronteira com a Extremadura espanhola, é uma das zonas de Portugal seleccionadas para a reintrodução de lince-ibérico, estando no terreno programas de gestão do habitat. A Liga para a Protecção da Natureza (LPN) terminou a 31 de Dezembro de 2009 um projecto onde, durante três anos, procurou recuperar e conservar os habitats favoráveis à presença de lince em Moura-Barrancos. A LPN considera os resultados “bastante satisfatórios”, com a participação na gestão de cerca de 7700 hectares, colaborando com sete proprietários e gestores públicos e privados daquela região. Época de reprodução de 2010 “trouxe” nove crias de linceEste ano, o programa ibérico de reprodução em cativeiro do lince-ibérico conseguiu nove crias nos centros espanhóis, todos no centro de La Olivilla, em Jaén, Andaluzia. Segundo o Programa de Conservação Ex-Situ do Lince-Ibérico sobreviveram cinco machos (Granito, Gitano, Génesis, Geo e Gamma) e quatro fêmeas (Galena, Grazalema, Granadilla e Guara). No centro de Silves nasceram duas crias mas ambas acabaram por morrer em Abril. As autoridades reconhecem que este ano teve, “sem dúvida, a época reprodutora mais difícil para o programa de criação em cativeiro” desde que começou, em 2003. O cenário explica-se pela doença renal crónica que atingiu uma elevada percentagem dos linces em cativeiro, pela baixa taxa de reprodução e pela reestruturação organizacional do programa. De momento, são 78 os linces nos centros de reprodução, 46 dos quais nascidos em cativeiro. Este ano, Espanha começou a reintroduzir linces na natureza, depois de anos de preparação. No entanto, alguns dos animais têm aparecido mortos. O último foi o Fado, macho com um ano de idade, cujo cadáver foi encontrado numa zona de difícil acesso perto do rio Jándula, na Serra Morena, revelaram as autoridades a 13 deste mês. Para conhecer as causas da morte, o cadáver do animal foi enviado para o Centro de Análises e Diagnósticos de Málaga, através de uma necropsia. Desde o início deste ano, este é já o quarto lince encontrado morto na Serra Morena. Romero foi encontrado em Abril em Andújar, um mês depois foi a vez da Furtiva na serra de Jaén. Em Julho, os técnicos da Consejería de Andaluzia localizaram o cadáver de uma outra fêmea. Além deste quatro linces, as autoridades revelaram a morte, em Agosto, de Cascabel, fêmea de quatro anos que tinha sido reintroduzida na zona de Guadalmellato. O animal morreu vítima de doença renal crónica.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte doença espécie extinção morto animal cativeiro
Um dos três linces encontrados mortos este fim-de-semana foi baleado com 12 tiros
Um dos três linces-ibéricos encontrados mortos este fim-de-semana em Doñana, Espanha, foi vítima de traumatismos múltiplos provocados por doze disparos, informaram as autoridades. (...)

Um dos três linces encontrados mortos este fim-de-semana foi baleado com 12 tiros
MINORIA(S): Animais Pontuação: 12 | Sentimento -0.2
DATA: 2010-09-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um dos três linces-ibéricos encontrados mortos este fim-de-semana em Doñana, Espanha, foi vítima de traumatismos múltiplos provocados por doze disparos, informaram as autoridades.
TEXTO: Esponja era uma fêmea com dois anos e meio e fazia parte do núcleo populacional de Puebla de Aznalcázar. De acordo com os resultados à necropsia, realizada no Centro de Análises e Diagnósticos da Consejeria de Médio Ambiente, foram encontrados, pelo menos, doze projécteis que atingiram os órgãos vitais do animal, noticia o “El Mundo” online. Dois encontravam-se alojados no crânio, quatro no peito, três na zona torácica, um na zona abdominal ventral, um no terço posterior e um último numa das extremidades posteriores. Esponja foi encontrada junta à estrada A-494 de Moguer (Huelva). Este ano já morreram sete linces a viver em estado selvagem na região de Doñana. Este número significa que já se perdeu mais de dez por cento de uma das duas únicas populações viáveis do planeta. Só no fim-de-semana passado foram encontrados mortos três animais, entre os quais Caribú (nascido em 2005) , lince que, no início do ano, atravessou a fronteira para Portugal e aí permaneceu três dias. Os outros foram Esponja (2008) e Fario (2009). Para reforçar as populações selvagens de lince-ibérico (Lynx pardinus), a espécie de felino mais ameaçada de extinção do planeta, as autoridades espanholas começaram a libertar seis animais em cercados de aclimatação em Guadalmellato, Córdoba. Entre 14 e 21 de Dezembro foram libertados os primeiros três casais: Caberú e Charqueña, Cascabel e Diana e Elron e Eclipse. Todos provêem da população de Andújar-Cardeña. O objectivo das autoridades é que aqueles cercados, com cerca de quatro hectares, funcionem como elemento de fixação e de reprodução. Em Abril, Charqueña deu à luz três crias. Quanto ao programa ibérico de reprodução em cativeiro, este ano conseguiram sobreviver nove crias, comparadas com as 17 conseguidas em 2009. No total, desde as primeiras crias de Saliega, em 2005, já nasceram 50 animais no âmbito do programa.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave espécie extinção animal cativeiro
FAPAS acusa autarquias do Porto e Gaia de causarem “graves problemas” a aves migratórias
O Fundo para a Protecção dos Animais Selvagens (FAPAS) criticou hoje as autarquias do Porto e Gaia por permitirem a realização de espectáculos de fogo-de-artifício no troço final do Douro causando graves problemas a aves migratórias do estuário. (...)

FAPAS acusa autarquias do Porto e Gaia de causarem “graves problemas” a aves migratórias
MINORIA(S): Animais Pontuação: 12 | Sentimento -0.16
DATA: 2010-10-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Fundo para a Protecção dos Animais Selvagens (FAPAS) criticou hoje as autarquias do Porto e Gaia por permitirem a realização de espectáculos de fogo-de-artifício no troço final do Douro causando graves problemas a aves migratórias do estuário.
TEXTO: Em comunicado, o dirigente do FAPAS, Paulo Santos, considera “inadmissível” a decisão das duas autarquias e refere ter já solicitado a intervenção do presidente do Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade e do vereador do Ambiente da Câmara do Porto. “A realização de eventos pirotécnicos de grande intensidade, nomeadamente o lançamento do apelidado ‘maior foguete do mundo’ junto a uma importante área de descanso e alimentação de aves migradoras e invernantes, só pode resultar da ignorância”, sustenta o dirigente do FAPAS. Paulo Santos considera ainda que “se o bom senso não chega, a estas entidades deveria ser familiar o decreto-lei 140/99 que diz concretamente ser proibido perturbar aves durante o período de migração”. Os espectáculos de fogo-de-artifício - incluindo o lançamento do maior foguete do mundo, candidato a figurar no livro Guiness dos recordes - decorrem durante esta semana (até sexta feira) e são oferecidos pela organização do XII Simpósio Internacional de Fogo-de-Artifício, a decorrer no Porto, sob a organização da Associação Nacional das Empresas de Produtos Explosivos (ANEPE). O mega foguete vai ser lançado do Jardim do Calem, no Porto, pelas 21h00 de amanhã, no âmbito de uma sessão de deflagração de foguetes tradicionais portugueses. Em declarações à Lusa, o presidente da ANEPE, António Rodrigues, explicou que se trata de um foguete com 12 quilos, cana de seis metros e 30 propulsores (rastilhos). Adiantou que, devido ao seu tamanho, não será lançado por um fogueteiro, mas por um dispositivo accionado mecanicamente. Ao todo, realizam-se dois espectáculos diurnos e 12 nocturnos, distribuídos por quatro dias. Pirotecnia: FAPAS acusa autarquias do Porto e Gaia de causarem “graves problemas” a aves migratórias
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave lei aves
Cavalos-marinhos e corais recebem prémio InAqua
Dois projectos sobre cavalos-marinhos e recifes de coral foram os vencedores da primeira edição do InAqua – Fundo de Conservação, da responsabilidade do Oceanário de Lisboa e National Geographic Channel, foi hoje anunciado. (...)

Cavalos-marinhos e corais recebem prémio InAqua
MINORIA(S): Animais Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-10-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: Dois projectos sobre cavalos-marinhos e recifes de coral foram os vencedores da primeira edição do InAqua – Fundo de Conservação, da responsabilidade do Oceanário de Lisboa e National Geographic Channel, foi hoje anunciado.
TEXTO: “Cavalos-marinhos em risco na Ria Formosa?” e “Deep Reefs” foram os escolhidos de entre uma lista de oito candidaturas a este prémio, cujo objectivo é “estimular o sector empresarial e a sociedade civil a envolverem-se activamente na conservação dos ecossistemas aquáticos”, segundo um comunicado. Este ano, o tema foi “A Conservação da Biodiversidade dos Oceanos”. O prémio, no valor de 25 mil euros, será repartido entre os dois projectos vencedores. O projecto sobre cavalos-marinhos é da responsabilidade da Universidade do Algarve, em parceria com a Universidade da Colúmbia Britânica e da Sociedade Zoológica de Londres. O objectivo é investigar as causas do declínio das populações de cavalo-marinho (Hippocampus hippocampus) e de cavalo-marinho-de-focinho-longo (Hippocampus guttulatus) na Ria Formosa e propor medidas de recuperação. O “Deep Reefs”, da responsabilidade da Universidade do Algarve, pretende mapear a biodiversidade marinha dos habitats de recifes entre 30 e 70 metros de profundidade, na Reserva Marinha do arquipélago das Berlengas, Parque Marinho do sítio Arrábida/Espichel e na costa sul Algarvia, entre Armação de Pêra e Lagos. As candidaturas para o Fundo InAqua 2010 decorreram de 19 de Maio a 23 de Julho.
REFERÊNCIAS:
População selvagem de linces em Espanha ultrapassa os 200 animais
Os esforços para recuperar as últimas populações selvagens de lince-ibérico em Espanha já levam dez anos no terreno. Hoje estima-se existirem, pelo menos, 226 animais nas únicas duas populações viáveis, na Serra Morena e em Doñana, revelou o responsável espanhol pela conservação da espécie. (...)

População selvagem de linces em Espanha ultrapassa os 200 animais
MINORIA(S): Animais Pontuação: 12 | Sentimento 0.1
DATA: 2010-11-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os esforços para recuperar as últimas populações selvagens de lince-ibérico em Espanha já levam dez anos no terreno. Hoje estima-se existirem, pelo menos, 226 animais nas únicas duas populações viáveis, na Serra Morena e em Doñana, revelou o responsável espanhol pela conservação da espécie.
TEXTO: Miguel Simón, director do Programa de Conservação do Lince-ibérico na Junta de Andaluzia, contou num seminário que terminou sexta-feira em Faro que, segundo os dados mais recentes – referentes a 2009 – existem, pelo menos, 160 linces na Serra Morena. Destes, 40 são fêmeas e 48 crias. Em 2002 existiriam apenas um total de 66 animais. O responsável informou ainda que a zona com presença de lince-ibérico na Serra Morena será de 264 quilómetros quadrados. A outra região onde ainda existem linces a viver na natureza é Doñana, com uma zona de presença de lince estimada em 445 quilómetros quadrados. No entanto, esta zona tem núcleos populacionais mais fragmentados do que na Serra Morena, devido principalmente à agricultura intensiva de regadio. Miguel Simón disse que em 2009 existia em Doñana um total de 66 linces, dos quais 18 fêmeas e 21 crias. “Esta é uma população pequena, que esteve isolada durante décadas, o que levou a uma diminuição da variabilidade genética”, contou Simón. Ainda assim, o especialista em conservação in situ acredita que a população de Doñana “parece agora começar a recuperar”. Há cerca de dois anos, os técnicos espanhóis começaram a reforçar a população de Doñana com animais da Serra Morena, “fonte de exemplares para a reintrodução”. Em 2008 foi libertado um macho em Coto del Rey. “Hoje, este animal tem cinco descendentes e estes, por sua vez, já nos deram crias”, contou Simón. Em Dezembro desse mesmo ano, os técnicos da Andaluzia introduziram outro animal em Doñana vindo a Serra Morena, mas acabou por morrer perto do Parque Nacional de Doñana. Este lince, chamado Caribú, passou a fronteira para Portugal – para Moura-Barrancos -, em Janeiro, movimento confirmado pelas autoridades portuguesas graças a um dispositivo GPS colocado anteriormente no animal. Para este ano, anunciou Simón, está prevista a transferência para Doñana de um casal vindo da Serra Morena. Novo projecto quer criar novos núcleos populacionaisNo mês passado foi apresentado um novo programa Life+ Natureza, para 2011-2016 – do qual também faz parte do Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) -, que pretende realizar a reintrodução de linces em Portugal, Castela-La Mancha, Extremadura e Andaluzia. O objectivo, explicou Simón, é conseguir ter entre três a cinco novos núcleos populacionais com, pelo menos, cinco fêmeas cada um. Os esforços de conservação in situ na Andaluzia começaram “a sério” em 2000, com a realização de um censo para conhecer o estado da situação da espécie em estado selvagem. Nas palavras de Simón, o declínio do lince deve-se, maioritariamente, ao facto de este ser um predador muito especializado – a sua alimentação assenta no coelho-bravo –, à fragmentação do habitat e ao furtivismo. Neste momento está a decorrer o programa Life Lince-ibérico 2006-2011 que pretende conhecer melhor a situação do lince, aumentar as populações da Serra Morena e Doñana e criar novos núcleos. Mas “em todo este processo, é essencial ter em conta a sociedade, tanto mais que toda a população de lince está em propriedades privadas”, salientou Simón. Neste sentido, as autoridades espanholas celebraram 170 acordos com proprietários e gestores de terrenos, abrangendo um total de 180. 840 hectares. O território de um lince deverá ter, pelo menos, 500 hectares para ser viável.
REFERÊNCIAS:
Doença infecciosa matou lince-ibérico que esteve em Portugal no início do ano
O Caribú, lince-ibérico que passou a fronteira e esteve em Portugal no início do ano, morreu vítima de uma falha renal causada por uma doença infecciosa, revelaram as autoridades espanholas. (...)

Doença infecciosa matou lince-ibérico que esteve em Portugal no início do ano
MINORIA(S): Animais Pontuação: 12 | Sentimento -0.2
DATA: 2010-11-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Caribú, lince-ibérico que passou a fronteira e esteve em Portugal no início do ano, morreu vítima de uma falha renal causada por uma doença infecciosa, revelaram as autoridades espanholas.
TEXTO: Caribú, de cinco anos, foi encontrado morto a 18 de Setembro em Lucena del Puerto, “apresentando uma fraca condição física, consequência da doença renal”, explicaram ontem em comunicado os responsáveis pelo programa Life Lince. “As fontes de contágio mais prováveis para o lince poderão ser a ingestão de roedores infectados ou o consumo de água contaminada”, acrescentam os especialistas. A causa da morte, infecção pela bactéria Leptospira interrogans, foi revelada através da necropsia realizada no Centro de Análises e Diagnóstico da Junta de Andaluzia. As doenças infecciosas são hoje a principal causa de morte do lince-ibérico na população de Doñana-Aljarafe, seguidas dos atropelamentos, salientam os responsáveis espanhóis pela conservação in-situ. Caribú era originário da Serra Morena que, com Doñana, representa uma das duas únicas zonas com populações viáveis de lince-ibérico do planeta. Em Dezembro de 2008 foi um dos linces transferidos da Serra Morena para reforçar a população de Doñana. Graças a um emissor de GPS colocado no animal, os técnicos descobriram que Caribú fazia grandes deslocações para Norte. “Os seus movimentos proporcionaram muita e valiosa informação sobre os processos de dispersão deste felino, utilizada para a planificação das reintroduções” que o Governo espanhol tem realizado desde o final de 2009, segundo a informação disponibilizada nessa altura no site do projecto Life Lince da Junta da Andalucia. A 27 de Janeiro, as autoridades espanholas contactaram o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), comunicando que o lince tinha entrado em território português, na zona de Moura-Barrancos, onde ficou durante três dias. Foi uma confirmação rara de que animais desta espécie ameaçada de extinção atravessam a fronteira. O lince-ibérico (Lynx pardinus) é a espécie de felino mais ameaçada do planeta. Hoje estima-se existirem, pelo menos, 226 animais nas únicas duas populações viáveis, na Serra Morena e em Doñana. Segundo os dados mais recentes – referentes a 2009 – existem, pelo menos, 160 linces na Serra Morena. Destes, 40 são fêmeas e 48 crias. Em 2002 existiriam apenas um total de 66 animais. Em Doñana, os núcleos populacionais são mais fragmentados, devido principalmente à agricultura intensiva de regadio. No ano passado existia em Doñana um total de 66 linces, dos quais 18 fêmeas e 21 crias.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte consumo doença espécie extinção morto animal
Reintrodução do lince-ibérico na natureza vai deixar de ser experimental em 2011
Este ano, Espanha começou a reintroduzir linces-ibéricos na natureza, ainda a título experimental. Mas para 2011, o esforço sobe de nível. As melhores formas para o conseguir estão a ser debatidas num seminário internacional que começou ontem em Córdova. (...)

Reintrodução do lince-ibérico na natureza vai deixar de ser experimental em 2011
MINORIA(S): Animais Pontuação: 12 | Sentimento 0.1
DATA: 2010-11-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: Este ano, Espanha começou a reintroduzir linces-ibéricos na natureza, ainda a título experimental. Mas para 2011, o esforço sobe de nível. As melhores formas para o conseguir estão a ser debatidas num seminário internacional que começou ontem em Córdova.
TEXTO: Entre Dezembro de 2009 e Abril de 2010, três casais de linces (Caberú e Charqueña, Cascabel e Diana, Elron e Eclipse) foram sendo libertados em três cercados de pré-soltura com cerca de quatro hectares, em Guadalmellato, Córdova. O objectivo é que os animais, todos vindos da população de Andújar-Cardeña, se fixem e reproduzam nesses locais para mais tarde reforçarem as populações da Serra Morena e Doñana, as unicas duas viáveis. Segundo as autoridades andaluzas, Caberú e Charqueña deram à luz três crias. Javier Madrid, director de gestão ambiental da Junta da Andaluzia disse à agência EFE que este Inverno vão continuar a ser reintroduzidos linces em Guadalmellato. Mas a partir de agora, os animais reintroduzidos serão provenientes dos centros de criação em cativeiro e não das populações selvagens. No seminário a decorrer em Córdova serão debatidas questões como o tratamento dos felinos em cativeiro antes da sua libertação e a aprendizagem de técnicas de caça e de sociabilização. “A nossa experiência em Guadalmellato tem tido êxito, por agora. Este seminário vai servir para nos orientar e marcar o caminho de como se devem fazer as reintroduções no futuro”, disse, citado pela EFE. Assistem ao seminário responsáveis da UICN (União Internacional para a Conservação da Natureza), responsáveis de Portugal, Castela-La Mancha, Múrcia e Extremadura. O seminário vai ainda analisar os resultados do segundo programa europeu LIFE lince-ibérico (2006-2011) e debater os moldes de um terceiro (2011-2016). Este será mais ambicioso porque as medidas de conservação, além da Andaluzia e Portugal, serão alargadas às regiões de Múrcia, Extremadura e Castela-La Mancha. Se o primeiro LIFE para o lince (2002-2006) recebeu quase dez milhões de euros e o segundo 26 milhões, este terceiro deverá receber 50 milhões de euros. Ao que tudo indica, os esforços estão já a dar resultados. A população selvagem de lince-ibérico na Andaluzia aumentou 12, 4 por cento durante este ano. Dos 225 linces registados em 2009 a população aumentou este ano para os 253 animais, revelou José Juan Díaz Trillo, o conselheiro andaluz para o Ambiente, no seminário, citado pelo jornal “El Mundo”. “Gostávamos de poder retirar o lince da lista de animais em perigo de extinção. É esse o nosso desafio”, comentou Trillo.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave extinção cativeiro
Centenas de pinguins e outras aves marinhas estão a morrer à fome na costa neozelandesa
Centenas, se não milhares, de pinguins e de outras aves marinhas não conseguem alimentar as suas crias e estão a morrer à fome na costa neozelandesa. A falta de peixe deve-se a alterações nos padrões climáticos, causadas pelo fenómeno La Niña. (...)

Centenas de pinguins e outras aves marinhas estão a morrer à fome na costa neozelandesa
MINORIA(S): Animais Pontuação: 12 | Sentimento 0.005
DATA: 2010-12-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: Centenas, se não milhares, de pinguins e de outras aves marinhas não conseguem alimentar as suas crias e estão a morrer à fome na costa neozelandesa. A falta de peixe deve-se a alterações nos padrões climáticos, causadas pelo fenómeno La Niña.
TEXTO: Kate McInnes, do Departamento de Conservação neozelandês (DOC), explica em comunicado que as aves começaram a aparecer mortas nas praias da ilha Norte há algumas semanas. “Mas infelizmente, isto ainda não acabou e muitas aves deverão morrer por todo o país”, alerta o DOC. Autópsias realizadas às aves confirmaram que os animais estão a morrer de fome. “Não são só os pinguins”, diz Kate McInnes. “Todas as aves marinhas (incluindo a pardela-preta, Puffinus griseus), lutam para alimentar as suas crias como resultado do padrão climático de La Niña. É triste mas é um fenómeno natural. Tudo aponta para uma falta de peixes pequenos, dos quais dependem estas aves. ”O fenómeno La Niña que está a afectar a Nova Zelândia este Verão é o mais intenso desde 1975 e caracteriza-se por anticiclones estacionários a Este das ilhas, trazendo condições meteorológicas mais calmas. “Mares menos revoltos suspendem a mistura das colunas de água, dificultando o esforço das aves para encontrar alimento”, explica a responsável. “As pessoas vão querer ajudar as aves mas, simplesmente, não existe alimento suficiente para que as crias possam sobreviver. ”Ainda assim, McInnes acredita que as populações das aves marinhas vão recuperar a longo prazo, já que a “anterior época reprodutora foi excelente”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave fome aves
Autoridades do Arkansas já recolheram cerca de três mil aves mortas
Cerca de três mil pássaros mortos foram recolhidos ao longo de mais de dez horas de uma operação de limpeza em Beebe, depois de uma misteriosa “chuva” de aves que caíram do céu na noite da passagem de ano. (...)

Autoridades do Arkansas já recolheram cerca de três mil aves mortas
MINORIA(S): Animais Pontuação: 12 | Sentimento -0.05
DATA: 2011-01-04 | Jornal Público
SUMÁRIO: Cerca de três mil pássaros mortos foram recolhidos ao longo de mais de dez horas de uma operação de limpeza em Beebe, depois de uma misteriosa “chuva” de aves que caíram do céu na noite da passagem de ano.
TEXTO: Na noite da passagem de ano, cerca das 23h30 locais, o Departamento da Polícia de Beebe recebeu várias queixas relativas a aves mortas - tordos-sargentos ou pássaros-pretos-da-asa-vermelha (Agelaius phoeniceus) - que estavam a cair do céu para cima de telhados e quintais. Mike Robertson, “mayor” de Beebe, contou ao jornal “Arkansas online” que participaram na operação de limpeza 15 funcionários dos Serviços Ambientais norte-americanos, funcionários da autarquia e até moradores. O primeiro balanço deu conta de mil aves mortas, mas ao longo do tempo, o número subiu para perto dos três mil. Segundo a Comissão para a Caça e Pesca no Arkansas (AGFC, sigla em inglês), a maioria das aves estava morta quando os funcionários chegaram ao local. “Pouco depois de ter chegado ainda estavam aves a cair do céu”, contou Robby King, responsável pela vida selvagem naquela comissão. King recolheu 65 aves que foram enviadas para um laboratório em Madison, Wisconsin. Por enquanto, ainda não se conhecem as causas desta mortandade. Karen Rowen, ornitóloga da AGFC, disse em comunicado que situações semelhantes a esta têm acontecido algumas vezes em outros pontos do planeta. “Os resultados das investigações foram inconclusivos. Mas as aves mostravam sinais de traumas físicos e de que o bando tivesse sido atingido por uma trovoada ou por uma chuva de granizo. ” Outro cenário possível, avança a Comissão, será o “stress” causado pelo fogo-de-artifício para marcar a passagem de ano. Luís Costa, director da Spea (Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves) disse ao PÚBLICO que há possibilidade de as aves serem afectadas por fogos-de-artifício. "Já alertámos algumas vezes para os perigos dos fogos-de-artifício mas apenas como medida de precaução", disse o responsável que desconhece situações semelhantes em Portugal. O impacto será mais grave se a zona for considerada importante local de refúgio para as aves, acrescentou. A ornitóloga Karen Rowen afasta ainda a hipótese de envenenamento mas adianta que está a ser realizada uma necropsia para determinar se as aves morreram de trauma ou de substâncias tóxicas. Os testes à qualidade do ar realizados pelo Departamento para a Qualidade Ambiental no ArKansas não revelaram a existência de toxinas. A população espalha as suas próprias explicações para o sucedido, como noticia o site Arkansas News. Uns acreditam que as aves foram envenenadas, outros referem os químicos espalhados nos campos por avionetas e outros ainda falam de gás metano libertado depois de um sismo. Há quem diga que se tratou de uma tentativa falhada da rede terrorista Al-Qaeda para envenenar o governador de Beebe.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave estudo morta aves