Tendências e Mitos: Comunicar Segurança e Eficácia de Cosméticos
Grande parte das palavras usadas na comunicação de cosméticos tem sido utilizada para transmitir ao consumidor produtos seguros e eficazes. (...)

Tendências e Mitos: Comunicar Segurança e Eficácia de Cosméticos
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DATA: 2018-10-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: Grande parte das palavras usadas na comunicação de cosméticos tem sido utilizada para transmitir ao consumidor produtos seguros e eficazes.
TEXTO: Rotulagens, folhetos informativos e materiais publicitários têm baseado a comunicação dos seus produtos normalmente através de:Grande parte das palavras usadas na comunicação de cosméticos tem sido utilizada para transmitir ao consumidor produtos seguros e eficazes. A lista completa da composição do cosmético é obrigatória na rotulagem e é expressa utilizando a linguagem INCI (International Nomenclaure of Cosmetic Ingredients). No entanto, esta lista não é verdadeiramente percetível pela maioria dos consumidores. Uma das estratégias utilizadas pela indústria cosmética para transmitir segurança aos consumidores tem sido a utilização de alegações “livres de. . . . ". No entanto, estas menções transmitem exatamente o oposto, em vez de salvaguardar e promover a tomada de decisão devidamente informada e baseada em evidência científica honesta e verdadeira. São exemplos destas alegações: “Sem parabenos”, “Sem silicones”, “Sem Sulfatos”, “Sem óleos minerais”, etc. . . À luz da ciência atual, estes ingredientes são seguros, dentro de determinadas restrições, pelo que a inclusão destas menções apenas confundem os consumidores. Pois bem! Durante o próximo ano vai ser proibido comunicar este tipo de alegações. De modo a assegurar harmonização em todo o mercado único no que diz respeito à qualificação dos produtos cosméticos foi publicado um documento europeu que fornece orientações para a aplicação dos critérios comuns estabelecido pelo Regulamento (UE) n. º 655/2013 da Comissão para "a alegação livre de" entre outras. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Para terminar, gostaria de relembrar que frases como “não testado em animais” já estão proibidas na Europa desde 2013.
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE
Governo reforça competências das autarquias no estacionamento público
Os municípios passam a exercer competências na fiscalização do estacionamento e na instrução e decisão de procedimentos contra-ordenacionais rodoviários por infracções leves. (...)

Governo reforça competências das autarquias no estacionamento público
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DATA: 2018-10-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os municípios passam a exercer competências na fiscalização do estacionamento e na instrução e decisão de procedimentos contra-ordenacionais rodoviários por infracções leves.
TEXTO: O Governo aprovou esta quinta-feira mais um diploma sectorial da transferência de competências para autarquias e entidades intermunicipais, na área do estacionamento público, incluindo as contra-ordenações por infracções leves na rede viária dependente dos municípios. "Os municípios passam a exercer competências no que respeita à fiscalização do estacionamento, assim como à instrução e à decisão de procedimentos contra-ordenacionais rodoviários por infracções leves", informou o comunicado do Conselho de Ministros. Segundo o documento, estas competências em termos de contra-ordenações abrangem as "vias ou troços de via concessionados ou subconcessionados dentro das localidades e fora das localidades sob jurisdição municipal". O novo diploma, previsto na lei-quadro da transferência de competências para autarquias e entidades intermunicipais, publicada em 16 de Agosto, aumenta para 16 os decretos sectoriais já aprovados pelo Governo, após um processo de "consensualização" com a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e a Associação Nacional de Freguesias (Anafre). Das cerca de duas dezenas de diplomas sectoriais previstos, também já foram aprovados os documentos das áreas do policiamento de proximidade, jogos de fortuna ou azar, fundos europeus e captação de investimento, promoção turística, praias, justiça e associações de bombeiros. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Os outros diplomas aprovados abrangem protecção civil, protecção e saúde animal e segurança dos alimentos, habitação, estruturas de atendimento ao cidadão, vias de comunicação, gestão do património imobiliário público, cultura e acção social. Por aprovar estarão ainda os diplomas sectoriais relativos às áreas portuárias, transporte fluvial, educação, saúde e freguesias. Os cerca de 20 diplomas sectoriais da descentralização devem ser progressivamente aprovados em Conselho de Ministros até 15 de Outubro, a tempo do Orçamento do Estado, sendo a educação e a saúde as áreas mais difíceis de acordo entre Governo e municípios.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave lei cultura educação social alimentos animal
Por que é que a vida política portuguesa está um pântano?
O problema está na efectiva estagnação da vida política portuguesa, que se encontra num pântano, em que as águas não se mexem, e, quando se mexem, é por formas de vida pouco recomendáveis. (...)

Por que é que a vida política portuguesa está um pântano?
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-10-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: O problema está na efectiva estagnação da vida política portuguesa, que se encontra num pântano, em que as águas não se mexem, e, quando se mexem, é por formas de vida pouco recomendáveis.
TEXTO: No programa de debate que tenho com os meus companheiros na SIC, a Quadratura do Círculo, existe um problema que me leva a protestar (injustamente às vezes), e que se pode definir assim: está-se sempre a discutir as mesmas coisas. Exemplos: a saúde ou falta dela da “geringonça”, “não há dinheiro”, dívida e deficit, há ou não austeridade, etc. Reconheço que não é por falta de outros temas ou de imaginação em trazer outros menos discutidos, mas sim pela necessidade de discutir os temas da actualidade semanal. Esta necessidade é muitas vezes perversa, porque nos faz depender da muito pobre agenda política ou mediática, embora a ordem correcta seja em primeiro lugar mediática e depois política, ou político-mediática, porque é um conjunto inseparável. Mas a verdade é que o problema está a montante da Quadratura, está na efectiva estagnação da vida política portuguesa, que se encontra num pântano, em que as águas não se mexem, e, quando se mexem, é por formas de vida pouco recomendáveis. É por isso que não saímos do sítio e estamos sempre a falar do mesmo. A estagnação das águas do pântano vem da conjugação da nossa dívida, do nosso deficit, com os “constrangimentos” europeus, as “regras” europeias”, emanando das obrigações do Tratado Orçamental e das políticas da troika que estão bastante mais vivas do que se pensa. Perguntem a Centeno. O pântano é vigiado pelos seus cães de fila, de dentro e, particularmente, de fora. Esta fonte inquinada, que verdadeiramente nunca se discute a sério, espalha-se pelo PS, pelo BE e pelo PCP, os partidos da “geringonça” que às claras ou incomodados, aceitam uma governação subordinada ao Tratado, e vai para o PSD e para o PS que igualmente aceitam, com mais gáudio, as mesmas “obrigações”. Com um parlamento desprovido dos poderes essenciais do orçamento, de cima para baixo, para os partidos e para os eleitores emana uma podridão que infecta toda a vida democrática. No essencial torna-a menos democrática. O resultado é que toda a vida política se desenvolve ao lado e fora do centro dos problemas, na periferia do que é mais importante, adiando quaisquer medidas que nos permitissem, em Portugal e para os portugueses, ter uma política mais conforme com as nossas necessidades e com as nossas possibilidades. Assim, estamos condenados a décadas de estagnação, nem muito mal, nem muito bem, na cauda da Europa. Para se perceber o marasmo em que estamos, basta ver como foram saudadas as intervenções, no recente congresso do PS, da sua “ala esquerda” sem uma palavra sobre os “constrangimentos” europeus. Nem os que as fizeram, nem os que as comentaram, notaram este simples facto: sem se falar das relações entre Portugal e a União Europeia, o discurso ainda que seja neste caso muito de esquerda, é de um impressionante vazio. O problema que vai mais longe do que considerar existir um tabu para se discutir a Europa, é o de se achar com toda a naturalidade, que a Europa se tornou numa coisa não nomeável, que não precisa de ser discutida no âmago da política portuguesa. Eu percebo que tal é a tradução no discurso político de uma impotência, da absoluta noção de que é uma matéria sobre a qual não temos qualquer poder, nem soberania, e por isso aceita-se como um hábito, um mau hábito. É a interiorização do protectorado, um certificado de castração. E isso é particularmente destrutivo em democracia. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. O argumento mais importante da servidão é sempre a aceitação da força, daquilo que a direita chamava a “realidade” numa demonstração única de arrogância… filosófica. A variante para justificar ter as cabeças dentro do pântano, é da não existência de alternativas. O “não há nada a fazer” é uma espécie de bomba atómica do pensar e do fazer, destrói qualquer impulso para defrontar os problemas de atraso e desenvolvimento do país, que não seja o de obedecer ao que se nos impõe. Quando sequer se suscita esta questão, é ver de imediato uma argumentação de 8 e 80, frases ad terrorem, um efectivo bloqueio da discussão. É aquilo que podemos chamar o “argumento de Vichy”, os alemães ocupam a França, logo é patriótico aceitar essa ocupação porque não há volta a dar. Infelizmente, vai haver, e não será muito longe no tempo, uma entrada abrupta destes temas, - “constrangimentos” europeus, dos mercados, das agências de rating, dívida e deficit, poderes transnacionais sem controlo democrático, - na discussão pública. Digo infelizmente, porque eles chegarão de repente e de forma dramática, resultado do mundo de tempestades que se estão a alinhar um pouco por todo o lado, entre a América de Trump e a Europa da “união” em decomposição (visto que com a Europa de Salvini e de Orban ele não tem problemas), na Europa entre a Alemanha, a França, a Hungria e a Itália, com o Brexit, com as “fronteiras” com duas autocracias agressivas, a de Putin e a de Erdogan. A isso se acrescenta a actual política portuguesa, do PSD-CDS ao PS, que é inerentemente instável. Portugal não conta para nenhuma destas tempestades, mas será atingido e duramente por elas. Então se verá como seria, pelo menos prudente, deslocar a discussão e a política para fora do pântano.
REFERÊNCIAS:
Partidos PS PSD PCP BE
Lisboa bate Madrid e Barcelona na procura de casas por estudantes
Na capital portuguesa a renda média cobrada a estudantes ronda os 485 euros, o preço mais caro do país. Associações académicas dizem que a situação é "quase insustentável". (...)

Lisboa bate Madrid e Barcelona na procura de casas por estudantes
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DATA: 2018-10-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: Na capital portuguesa a renda média cobrada a estudantes ronda os 485 euros, o preço mais caro do país. Associações académicas dizem que a situação é "quase insustentável".
TEXTO: Lisboa foi a cidade com maior número de noites reservadas para alojamento de estudantes no primeiro semestre de 2018. Estes dados dizem respeito às reservas efectuadas através da plataforma Uniplaces, que tem quartos e apartamentos para arrendar a estudantes em 36 cidades de seis países europeus. No total o número de noites reservadas naquele período foi de um milhão e trezentas mil, o que corresponde a um aumento de 24% face ao primeiro semestre de 2017. A seguir a Lisboa, as cidades com maior número de noites reservadas foram Madrid, Porto, Barcelona e Milão. Os últimos dados divulgados pela Uniplaces dão também conta de que o valor médio das rendas cobradas a estudantes rondou os 451 euros, o que representa uma subida de 4% face ao ano passado. Lisboa, com uma renda média de 485 euros, continua a ser a cidade portuguesa onde é mais caro estudar. Segue-se o Porto com valores médios de 407 euros e Coimbra com uma renda média de 291 euros. Em Lisboa, a zona mais procurada é a de Arroios, onde o preço médio da renda é de 393 euros, no Porto a preferência recai sobre Paranhos (347 euros) e em Coimbra o sítio mais procurado é a Baixa (276 euros). São preços que estão muito além daqueles que são praticados nas residências do ensino superior públicas, as que são geridas pelos Serviços de Acção Social, onde o preço médio mensal não chega aos 200 euros. O problema é que nestas residências só existem camas disponíveis para 12% dos 113. 813 alunos que se encontram a estudar fora das suas áreas de residência, segundo revelou um levantamento feito em 2017 pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES). Segundo o ministério, às 13. 971 camas actualmente existentes juntar-se-ão até 2021 mais outras duas mil no âmbito do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior, lançado em Maio passado. A escassez da oferta pública em conjunto com os preços crescentes no mercado privado fizeram do alojamento um dos principais cavalos de batalha das associações académicas, que têm denunciado que a situação se está “a tornar quase insustentável”. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. As zonas com maior carência de camas são também as que têm mais estudantes deslocados. Segundo o diagnóstico feito pelo MCTES, na Área Metropolitana de Lisboa só existem lugares para 9, 2% dos cerca de 28 mil alunos de outras zonas que se encontram ali a estudar; na Área Metropolitana do Porto a oferta pública apenas garante uma cobertura de 9, 7% dos 15. 608 deslocados; e na região de Coimbra há camas para 10, 9% dos 16. 971 alunos que se mudaram para ali. Mas não é só no sector público que existe falta de alojamentos para estudantes. Segundo a Uniplaces, o total de camas em falta face à procura existente ronda os 19. 600 em Lisboa, Porto e Coimbra. Dos alunos que em 2017 arrendaram alojamento através daquela plataforma, 82% eram oriundos de outros países e a duração média da sua estadia rondou os seis meses.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave social
Foi sequenciado o genoma do rato-toupeira que não tem cancro
Desvendar os segredos da longevidade deste pequeno roedor careca pode contribuir para o estudo do envelhecimento humano. (...)

Foi sequenciado o genoma do rato-toupeira que não tem cancro
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DATA: 2011-07-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: Desvendar os segredos da longevidade deste pequeno roedor careca pode contribuir para o estudo do envelhecimento humano.
TEXTO: Acaba de ser obtido o primeiro “rascunho” da totalidade do genoma do rato-toupeira-pelado, um mamífero que, embora não se distinga pela sua beleza física, possui uma invulgar resistência às doenças da velhice. O trabalho envolveu as mais recentes tecnologias de sequenciação genética e uma colaboração entre a Universidade de Liverpool e o Centro de Análise do Genoma (TGAC) de Norwich (ambos no Reino Unido). Até à data, explica um comunicado daquela universidade britânica, nunca foi detectado cancro nestes animais. E mais: resultados recentes sugerem que as suas células possuem capacidades anti-tumorais inexistentes noutros roedores ou nos seres humanos. “O rato-toupeira-pelado fascina os cientistas há muitos anos”, diz o jovem cientista português João Pedro de Magalhães, que liderou o trabalho, citado pelo mesmo documento, “mas há apenas um anos que descobrimos que podia viver tanto tempo. Não é muito maior do que um ratinho, que normalmente vive até quatro anos, e no entanto este roedor subterrâneo consegue viver de boa saúde durante três décadas. É um exemplo interessante de tudo aquilo que ainda não sabemos acerca dos mecanismos do envelhecimento. "Os cientistas estão agora a analisar a sequência genética que obtiveram e a disponibilizá-la à comunidade científica, esperando vir a perceber como este animalzinho faz para resistir tanto tempo às doenças – e ainda por que é que certos animais, em particular os humanos, são mais susceptíveis ao cancro, por exemplo, do que outros. “Com este trabalho, queremos fazer do rato-toupeira-pelado o primeiro modelo de resistência às doenças crónicas do envelhecimento”, salienta o investigador.
REFERÊNCIAS:
A Poesia que fugiu dos bares da capital e subiu à Estrela
Uma italiana explica em forma de poema o que é o «bunga-bunga». Um DJ finlandês sampla a voz de uma criança que confessa ao público que «gostava tanto de viver na China, mas os pais não deixam». O organizador da primeira edição ao ar livre do “Poetry Slam Lisboa” garante que «o mundo está ao contrário» enquanto faz o pino. Flashes de um final de tarde e de uma noite no Jardim da Estrela, em que a poesia se disse e «performou» em voz alta, numa esplanada. Com cisnes e folhas caídas ao lado. (...)

A Poesia que fugiu dos bares da capital e subiu à Estrela
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DATA: 2011-07-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: Uma italiana explica em forma de poema o que é o «bunga-bunga». Um DJ finlandês sampla a voz de uma criança que confessa ao público que «gostava tanto de viver na China, mas os pais não deixam». O organizador da primeira edição ao ar livre do “Poetry Slam Lisboa” garante que «o mundo está ao contrário» enquanto faz o pino. Flashes de um final de tarde e de uma noite no Jardim da Estrela, em que a poesia se disse e «performou» em voz alta, numa esplanada. Com cisnes e folhas caídas ao lado.
TEXTO: É final de tarde no Jardim da Estrela. Duas adolescentes serpenteiam o parque, de patins, entre dragoeiros e araucárias, bem perto dos bandos de patos e cisnes que se passeiam pelo lago. Uma mãe auxilia uma criança a dar os primeiros passos. E um fontanário completa a visão possível do locus amoenus – expressão latina para um lugar ameno, inspiração de vários poetas bucólicos desde a Antiguidade Clássica. Para trás das portas deste jardim público ficam o caos do tráfego automóvel e o odor a combustível queimado da cidade. O caminho conduz agora até um slammer, um dos concorrentes que «performam» um texto da sua autoria num torneio de «slam poetry» (neste dia foram sete) . Por volta das 20h, junto a um quiosque convertido em restaurante com esplanada, começam a ressoar, sobrepostas, várias línguas e linguagens sonoras. É aqui que entram os organizadores das sessões da “Poetry Slam Lisboa”, um evento itinerante, nascido em Setembro do ano passado, que tem espalhado, a par das congéneres “Slam Poetry Nights”, o conceito de «torneio de poesia» pela capital. A portuguesa Ana Reis e o italiano Mick Mengucci comprometeram-se com os gerentes do Quiosque do Jardim da Estrela a animar a esplanada até à meia-noite, no âmbito do programa «28 para a Estrela – Ninguém Paga Bilhete». Se a «slam poetry» - primeiro nos Estados Unidos nos anos 1980 e depois nas capitais europeias – teve o condão de retirar a poesia dos livros e dos cadernos para um palco e fazer dela matéria para ser expressa em voz alta, a organização da “Poetry Slam Lisboa” experimentou, numa acção inédita em Portugal, retirar esta competição de poetas das quatro paredes de um bar e fixá-lo num espaço público a céu aberto. Os poetas têm então três minutos para mostrarem o que valem perante um júri constituído por membros escolhidos informalmente entre o público. «A poesia devia ser colocada em todas as praças, para comunicar e partilhar, como acontece no Hyde Park [em Londres], onde há um palco para quem o queira fazer. Este é o ambiente ideal para divulgar textos, ideias e pessoas», afirma Mick Mengucci, mestre-de-cerimónias (MC) e co-organizador desta sessão, que na noite de quarta-feira também improvisou rimas, literalmente de pernas para o ar, sobre um mantra de música electrónica patrocinado por Jari Marjamäki, um produtor finlandês radicado em Portugal. Mick acrescenta que, apesar do ambiente de esplanada e dos holofotes, não se perdeu a intimidade que povoa as sessões «dentro de portas». A «poesia surrealista» de miúdos para graúdosA organização admite que na noite da iniciativa o conceito de «slam poetry» - ou mesmo o de poesia sem competição e regras à mistura - chegou a um público mais vasto, incluindo crianças e idosos, pessoas que não se deslocariam a um bar depois da meia-noite para ouvir um poema que fosse. Aliás, Vicente e o irmão, duas crianças que acompanhavam os pais num passeio pelo jardim, foram os protagonistas do «open mic» («microfone aberto»), um momento extra-competição, para quem quisesse apenas partilhar palavras, suas ou de outros. Da boca dos miúdos saiu «poesia surrealista» - como definiu Mengucci – alusiva a «uma galinha verde a ver o sol», a desejos interditos de ir viver para a China ou a um condutor de um autocarro que atropelou uma galinha só para a comer. Foi, por sua vez, inspirado nas frases destas duas crianças e de outras palavras partilhadas e «performadas» no Jardim da Estrela ao longo da noite passada, que Yaw Tembe, 22 anos, vindo de Almada para se estrear numa sessão de «slam poetry», construiu, recorrendo à espontaneidade e à memória, o poema «Plágio», uma síntese das ideias e sonoridades que fixou das intervenções dos seus parceiros de microfone, que lhe valeu a vitória na final.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave criança
Estátuas do Snoopy invadem a Avenida Duque d'Ávila, em Lisboa
Vinte estátuas do personagem de banda desenhada Snoopy vão invadir, a partir de sexta-feira, a Avenida Duque d'Ávila, em Lisboa. Depois da exposição as obras vão ser leiloadas. (...)

Estátuas do Snoopy invadem a Avenida Duque d'Ávila, em Lisboa
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-07-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: Vinte estátuas do personagem de banda desenhada Snoopy vão invadir, a partir de sexta-feira, a Avenida Duque d'Ávila, em Lisboa. Depois da exposição as obras vão ser leiloadas.
TEXTO: A Snoopy Parade Lisboa decorre entre 15 de Julho e 15 de Agosto e nela vão ser exibidas estátuas do popular cão, recriadas por "artistas plásticos, pintores e outros autores de inspirado talento artístico". Quem o diz é a organização desta iniciativa, que salienta que poderão ser vistas obras de Albuquerque Mendes, Herman José, Nuno Markl, Ana Galvão, Guilherme Parente, Rita Fernandes, Mariola, Anna Westerlund, Marta de Castro, Evelina Oliveira, Acácio de Carvalho, Graça e Gracinha Viterbo, entre outros. As estátuas, com 2, 6 metros de altura, vão estar expostas na Avenida Duque d'Ávila. Esta artéria no centro de Lisboa foi alvo de uma intervenção recente, promovida pela autarquia com o objectivo de a transformar numa "grande avenida de lazer e comércio". A Snoopy Parade é uma iniciativa da Copyright Promotions e da Peanuts Worldwide, inserida nas comemorações dos 60 anos do Snoopy. Em Outubro as estátuas vão ser leiloadas, revertendo a totalidade das verbas arrecadadas para a UNICEF e o programa Escolas para África.
REFERÊNCIAS:
Primavera Árabe: Os símbolos e rostos de seis meses de revolta
Alguns slogans foram usados de país em país. Onde não havia uma praça Tahrir passou a haver. Seis meses depois da queda do primeiro ditador, os símbolos da revolta árabe chegaram até à Europa. (...)

Primavera Árabe: Os símbolos e rostos de seis meses de revolta
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-07-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: Alguns slogans foram usados de país em país. Onde não havia uma praça Tahrir passou a haver. Seis meses depois da queda do primeiro ditador, os símbolos da revolta árabe chegaram até à Europa.
TEXTO: Dégage“Os egípcios copiaram tudo, até o dégage, eles que são anglófonos”, dizia-nos em Maio Leila Tekaia, responsável do Turismo da Tunísia para a Península Ibéria. Sim, foram os tunisinos os primeiros a gritar “dégage” e a escrever a palavra francesa (“fora”) em cartazes dirigidos ao agora deposto Presidente Ben Ali, ao regime, ao seu partido RDC e até ao primeiro chefe de Governo interino depois da queda do ditador, Mohamed Ghannouchi, tal como a cada governador ou patrão contra os quais houve protestos depois de 14 de Janeiro. Os egípcios fizeram o mesmo com Hosni Mubarak. Os marroquinos com “Artigo 19 dégage”, em referência ao artigo que descrevia o poder intocável do rei na Constituição entretanto reescrita, tal como os argelinos gritaram “Sistema dégage”. Mas não só: na Costa do Marfim já se viram cartazes com a frase [Laurent] “Gbagbo dégage”, em Paris [Nicolas] “Sarko dégage” e em Lisboa “FMI dégage”. “O povo quer”O povo começou por pedir empregos e combate à corrupção, mas depressa se tornou mais ambicioso: “O povo quer a queda do regime” tornou-se no slogan mais emblemático das revoltas árabes. Nasceu na Tunísia, onde foi ouvido principalmente em árabe, passou para o Egipto onde ocupou um lugar de destaque em duas faixas na Praça Tahrir, uma em árabe, outra em inglês. Chegou a Gaza e à Cisjordânia, onde “o povo quer o fim da divisão” entre a Fatah e o Hamas, e, numa versão menos ambiciosa, a outros países, como por exemplo à Jordânia, onde serviu para pedir reformas: “O povo quer uma reforma do regime e da Constituição”. Foi fundamental na Síria, país onde a Primavera Árabe demorou um pouco a desabrochar. Foi por terem escrito estas palavras numa parede da cidade de Deraa que 15 adolescentes foram presos em Março, no incidente que desencadeou os protestos na cidade, em breve espalhados por todo o país. Na Líbia, face aos discursos surrealistas de Muammar Khadafi, inspirou rebeldes e activistas: “O povo quer o chapéu-de-chuva do coronel”, disseram os primeiros, depois de Khadafi ter discursado, a 21 de Fevereiro, à saída de um carro e abrigado por um chapéu-de-chuva; “O povo quer compreender o discurso”, escreveram os segundos no Facebook depois de outra aparição televisiva. “É uma palavra de ordem central, representativa da dimensão e do radicalismo do movimento. É uma fórmula que mostra que o povo quer tomar em mãos o seu destino e que compreendeu estar diante de regimes que não são reformáveis”, comentou ao jornal "Libération" Olfa Lamloum, politólogo do Instituto Francês do Médio Oriente, no Líbano. Sextas-feirasO recurso às sextas-feiras para protestos não era inédito, mas a sexta-feira ficará agora para sempre como o dia em que caíram dois ditadores, o tunisino Ben Ali e o egípcio Hosni Mubarak. Faz sentido no mundo muçulmano, onde este é o dia da principal oração da semana (a do meio-dia) e em muitos países o primeiro dia do fim-de-semana. Não é o caso da Tunísia, mas aqui, como nos outros países árabes onde a contestação chegou, cedo os activistas perceberam que para contornar a proibição das manifestações o melhor era mesmo aproveitar a altura em que muitas pessoas já estão reunidas. Foi o factor multidão que levou a que muitos dos principais atentados dos últimos anos no Iraque tivessem acontecido precisamente à sexta-feira, o mesmo dia escolhido pelo líder xiita Muqtada al-Sadr para mostrar a força do seu movimento.
REFERÊNCIAS:
Entidades FMI
Arqueólogos israelitas acreditam ter encontrado cidade do rei David
Arqueólogos israelitas encontraram vestígios da que poderá ser a cidade bíblica do rei David. A confirmar-se o achado, é a primeira prova da existência do antigo reino judeu que a Bíblia descreve. (...)

Arqueólogos israelitas acreditam ter encontrado cidade do rei David
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-07-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: Arqueólogos israelitas encontraram vestígios da que poderá ser a cidade bíblica do rei David. A confirmar-se o achado, é a primeira prova da existência do antigo reino judeu que a Bíblia descreve.
TEXTO: A Bíblia fala de um poderoso monarca que viveu no século X antes de Cristo e que foi o segundo rei de Israel. A partir da sua cidade conquistou terrórios vastos, do Egipto ao Eufrates. Só que, até ao momento, não tinham surgido quaisquer vestígios sobre a existência deste rei ou do reino de Judá. As escavações em Khirbet Qeiyafa, no Vale de Elah, a 30 quilómetros de Jerusalém, revelaram uma povoação judaica. Um dos responsáveis pelo projecto, o professor Yosef Garfinkel, da Universidade Hebraica de Jerusalém, disse à Reuters que os achados encontrados no local — que incluem um fragmento de cerâmica com uma inscrição em hebraico e caroços de azeitona — apontam para uma ocupação do local com 3000 anos. “Também temos ossos de animais. Milhares de ossos de animais. Temos ovelhas, gado e cabras. Mas não temos vestígios quaisquer vestígios de porcos. Ora nas cidades cananitas e filistéias [que existiram na região na mesma época], mais de 20 por cento dos ossos que encontramos são de porco", acrescentou o especialista, aludindo à circunstância de o povo judeu não comer carne de porco. Por enquanto, apenas dez por cento do sítio arqueológico de Khirbet Qeiyaf está escavado, pelo que os arqueólogos esperam que surjam mais achados e mais significativos. O reino de David é descrito na Bíblia como o primeiro estado judeu. Mas a História nunca considerou a sua real existência, considerando o episódio bíblico apenas uma ficção a sustentar uma ideia. Por isso, alguns arqueólogos mostraram-se cautelosos quanto a este anúncio. Ou, pelo menos, quanto à terminologia a ser usada. Israel Finkelstein, professor na Universidade de Tel Aviv, disse à Reuters que ainda não há, entre os achados, provas verdadeiramente fortes que caucionem a existência de um "poderoso estado", como é descrito na Bíblia. “Não estamos a falar de um grande império, comandado a partir de uma capital magnifica, como fazemos em relação aos assírios no século IX a. C. Khirbet Qeiyafa, prosseguiu, não torna Judá num grande império, com grandes exércitos; "aqui está-se numa fase em que o reino de Judá ainda está em ascenção". Yosef Garfinkel respondeu-lhe: Não sendo o grande império que a Bíblia descreve, a prova da sua existência já é uma descoberta monumental. “O que os outros estão a dizer é que o reino de Judá não existiu. O que eu estou a dizer é que existiu. Foi pequeno, não foi glorioso como relata a Bíblia. Mas isso não significa que não teve significado”, disse à Reuters.
REFERÊNCIAS:
Morreu o actor António Banha
O actor António Banha, de 70 anos, morreu na manhã deste sábado. Co-fundador do Teatro de Animação de Setúbal, integrou ainda o elenco do Teatro Nacional D. Maria II. (...)

Morreu o actor António Banha
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-07-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: O actor António Banha, de 70 anos, morreu na manhã deste sábado. Co-fundador do Teatro de Animação de Setúbal, integrou ainda o elenco do Teatro Nacional D. Maria II.
TEXTO: António Banha foi encontrado caído no chão na sua residência em Lisboa, já sem vida, disse hoje à Lusa o escritor Luís Jordão. Segundo Luís Jordão, o alarme foi dado por um amigo do actor “que há muito não sabia dele”. “Os bombeiros foram lá casa e encontraram-no morto”, acrescentou. António Banha fez o curso de Formação de Actores no Conservatório Nacional, enquanto bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, tendo terminado o curso com a peça “Jardim Zoológico”, de Edward Albee, em 1966. O seu nome surge pouco depois na peça “A Cidade Não é Para Mim”, de Afonso Paso, enquanto membro do elenco da companhia dirigida por Francisco Ribeiro. Depois de vários estágios em Paris e Londres. O seu nome fez parte dos elencos de “D. João”, de Molière, encenada por Jean-Marie Villégier e interpretada no Théâtre de L’Europe, no Odéon, de “Ricardo II”, de Shakespeare, no Théâtre National de Paris. António Banha regressou a Portugal onde, com outros actores, foi co-fundador do Teatro de Animação de Setúbal. Em 1978 integra o elenco do Teatro Nacional D. Maria II, no qual interpretou várias personagens. No Teatrro Nacional participou em peças como "A Casa da Lenha", de António Torrado, "A Ilha Encantada", de Hélia Correia, "Audiência/Vernissage/Havel", de Václav Havel, e ainda "Tito Andrónico", de William Shakespeare, entre outras. Participou ainda nos filmes “Amor e Dedinhos de Pé”, de Luís Filipe Rocha, e “Le Canon de Junot”, de Michèlle Wyn.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morto