Confederações patronais decepcionadas com ausência de medidas de corte da despesa
As confederações patronais reagiram ao discurso do ministro das Finanças, Vítor Gaspar, dizendo-se decepcionadas com a ausência de medidas para cortar na despesa pública. O presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) mostrou-se mesmo “frustrado” com a antecipação do aumento do IVA sobre a electricidade e o gás natural, que, alertou, vai penalizar a tesouraria das empresas. (...)

Confederações patronais decepcionadas com ausência de medidas de corte da despesa
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento -0.75
DATA: 2011-08-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: As confederações patronais reagiram ao discurso do ministro das Finanças, Vítor Gaspar, dizendo-se decepcionadas com a ausência de medidas para cortar na despesa pública. O presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) mostrou-se mesmo “frustrado” com a antecipação do aumento do IVA sobre a electricidade e o gás natural, que, alertou, vai penalizar a tesouraria das empresas.
TEXTO: “Grão a grão enche a galinha o papo, como diz o povo com razão, aqui é o contrário: Grão a grão esvazia a galinha o papo”, afirmou António Saraiva, falando da decisão do Governo de antecipar o aumento do IVA, de seis para 23 por cento, sobre a electricidade e o gás natural. António Saraiva afirmou que “o anúncio feito hoje pelo senhor ministro [das Finanças] frustrou as expectativas, porque o Governo tinha deixado a expectativa de que ia anunciar um corte na despesa e essa mais uma vez não se vislumbra”. “Mais uma vez é pelo lado da receita, obtendo receita imediata. O corte do lado da despesa tarda em ser feito”, declarou. António Saraiva reconhece que, apesar do IVA ser compensado, é “uma factura mensal acrescida de 17 por cento obriga as empresas a um esforço de tesouraria, o que, em muitas situações, é dramático”. Também a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) se diz decepcionada pela ausência de medidas de redução da despesa por parte do Governo. “Estávamos à espera, da parte do Governo, de um enunciar de medidas de corte nas despesas maior do que aquele que foi apresentado até agora”, afirmou o presidente da confederação, João Vieira Lopes. “O aumento do IVA na energia eléctrica já estava previsto no acordo da troika, não é propriamente uma novidade. No entanto, é um agravamento de custos em geral que vai afectar naturalmente o poder de compra das pessoas. Sobre esse ponto de vista, nunca é positivo, mas estava previsto", constatou.
REFERÊNCIAS:
Entidades TROIKA
Fóssil de fêmea de plesiossauro grávida sugere que elas eram as boas mães do Mesozóico
Haverá melhor local do que um museu da Califórnia para descobrir um monstro marinho da época dos dinossauros grávido - ou, melhor dizendo, grávida? É Verão e Hollywood não ficará longe do Museu de História Natural de Los Angeles County, onde um fóssil com 78 milhões de anos, descoberto em 1987, prova finalmente que os plesiossauros davam à luz os seus filhos, como os golfinhos e os tubarões e muitos répteis fazem hoje, em vez de porem ovos. (...)

Fóssil de fêmea de plesiossauro grávida sugere que elas eram as boas mães do Mesozóico
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.344
DATA: 2011-08-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: Haverá melhor local do que um museu da Califórnia para descobrir um monstro marinho da época dos dinossauros grávido - ou, melhor dizendo, grávida? É Verão e Hollywood não ficará longe do Museu de História Natural de Los Angeles County, onde um fóssil com 78 milhões de anos, descoberto em 1987, prova finalmente que os plesiossauros davam à luz os seus filhos, como os golfinhos e os tubarões e muitos répteis fazem hoje, em vez de porem ovos.
TEXTO: Os plesiossauros viveram no tempo dos dinossauros mas, apesar do aspecto que têm, não eram dinossauros. Eram grandes répteis marinhos - e, se o monstro do Lago Ness existisse, pelas descrições que normalmente fazem dele, nos avistamentos entre a bruma escocesa, esperar-se-ia que fosse um plesiossauro que se perdeu no tempo. A ordem Plesiosauria inclui tanto a família dos animais de pescoço curto (tal como o que permitiu esta descoberta), como a dos de pescoço longo, que seria a do suposto monstro do Lago Ness. Sabe-se que outros répteis do Mesozóico - o período geológico iniciado há 250 milhões de anos e que terminou há 65 milhões de anos, com a extinção dos dinossauros - davam à luz os seus descendentes, em vez de pôr ovos, como os dinossauros, escrevem Robin O"Keefe (Universidade Marshall) e Louis Chiappe (Museu de Los Angeles) na revista Science. Mas isso nunca tinha sido confirmado para os plesiossauros. Os dois cientistas relatam agora como perceberam que um fóssil de Polycotylus latippinus, descoberto no Kansas, afinal continha ossos de dois animais: um deles era o esqueleto de um embrião, que parecia ainda estar na barriga da mãe. "Já há muito tempo que se sabia que o corpo dos plesiossauros não era adaptado a sair para terra e pôr ovos num ninho", disse O"Keefe, citado num comunicado de imprensa do Museu de Los Angeles. Os ovos dos répteis têm a casca muito dura e têm de ser postos em terra - mas os plesiossauros eram demasiado grandes para se arrastarem para a costa, salienta a revista New Scientist. "A falta de provas de que dessem à luz as crias tem sido surpreendente. Este fóssil documenta-o pela primeira vez, e por isso finalmente fica resolvido este mistério. "Como as orcasPor outro lado, os cientistas notam que o embrião parece bastante grande em comparação com a mãe, e até em relação ao que seria de esperar, quando se olha para as proporções noutras espécies de répteis: a mãe tinha 4, 7 metros e o bebé teria 1, 6 metros, se se tivesse desenvolvido até ao momento do parto, estimaram os cientistas. Isto levou os dois investigadores a formularem uma hipótese curiosa: "Muitos dos animais que hoje existem e dão à luz crias únicas e grandes são sociais e dispensam cuidados maternais. Especulamos que os plesiossauros podem ter exibido comportamentos semelhantes, que tornavam as suas vidas sociais mais semelhantes aos dos modernos golfinhos do que aos de outros répteis", diz ainda O"Keefe. Os cetáceos odontocetes (as baleias com dentes, como as orcas), que são altamente sociais e cuidam dos seus descendentes, com dimensões e hábitos alimentares semelhantes (carnívoros), são identificadas pelos cientistas como "os mais próximos equivalentes ecológicos actuais" destes antigos monstros aquáticos. No entanto, os plesiossauros não têm descendentes.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave corpo extinção
Muro de Berlim: perguntas e respostas
Por que é que a Alemanha de Leste precisou de um muro? (...)

Muro de Berlim: perguntas e respostas
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DATA: 2011-08-13 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20110813150619/http://www.publico.pt/Mundo/perguntas-e-respostas_1507515
SUMÁRIO: Por que é que a Alemanha de Leste precisou de um muro?
TEXTO: Face a um número crescente dos seus cidadãos e de trabalhadores qualificados que abandonavam o estado repressivo, os líderes da Alemanha de Leste sentiram a sua existência ameaçada. Entre o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, e 1961, quase três milhões de pessoas mudaram-se do Leste alemão ocupado pelos soviéticos para a Alemanha Ocidental. A fronteira de 1. 378 quilómetros entre as duas Alemanhas, do Báltico à Baviera, estava fechada há uma década. Isso deixou Berlim como a única válvula de escape por causa do seu estatuto especial que dividiu a governação da cidade pelas quatro potências ocupantes - EUA, França, Grã-Bretanha e União Soviética. Na dia 15 de Junho de 1961, e para travar o crescente êxodo para o Ocidente, o líder da República Democrática Alemã, Walter Ulbricht, garantiu que "ninguém tenciona construir um muro" o que levou muitos mais alemães de Leste a lerem nas entrelinhas, fazerem as malas e partirem para Berlim Ocidental. Quem construiu o Muro?O líder da Alemanha de Leste, Walter Ulbricht, deu a ordem para a construção da barreira depois de conseguir o apoio do líder soviético Nikita Krustschov. O Governo confiou o projecto de construção - a ultra-secreta Operação Rosa - a Erich Honecker, que irá suceder a Ulbricht como chefe de Estado da Alemanha de Leste, dez anos depois. Como é que o Muro foi construído?Pouco depois da meia-noite de 13 de Agosto, o Governo lançou a ordem a mais de 40 mil soldados e polícias para selarem todos os pontos de passagem (menos 13 postos de controlo) para Berlim Ocidental com arame farpado. A operação foi feita ao longo do perímetro de 155 quilómetros que dividia Berlim em dois e foram utilizados mais de 10 mil quilómetros de arame farpado. Os primeiros blocos de cimento foram colocados no dia 15 de Agosto de 1961. Nos meses que se seguiram, a primeira versão do Muro de Berlim foi construída. Em Junho de 1962, um segundo muro foi erguido para travar as fugas para o Ocidente. Em 1965, foi acrescentado um novo muro de betão que serviu até 1975, altura em que o Grenzmauer 75 (muro de fronteira 75) foi construído. Esta é versão final e mais sofisticada do muro - para além do betão, o Grenzmauer foi reforçado com barreiras de metal, trincheiras, sensores electrónicos, mais arame farpado e mais de trinta bunkers. Em 1989, o muro incluía 45 mil blocos de betão, 259 abrigos para cães e 302 torres de vigia. Quantas pessoas morreram a tentar atravessar o Muro?As estimativas do número de pessoas que morreram a tentar fugir variam. As autoridades judiciais de Berlim referem 169 mortos entre 13 de Agosto de 1961 e 9 de Novembro de 1989 - 136 foram mortos a tiro e 33 morreram ao pisar minas. Um grupo que representa as vítimas refere 239 vítimas mortais, um número que inclui muitas mortes que só foram esclarecidas depois da queda do Muro. Cerca de 5000 pessoas conseguiram saltar o Muro para o Ocidente. Mais de 75 mil pessoas foram presas por tentarem sair da Alemanha de Leste sem autorização. O último alemão de Leste que foi morto ao tentar atravessar a fronteira foi Chris Gueffroy em Fevereiro de 1989. Em Novembro, desse ano o Muro caiu. O que era "a faixa da morte"?A "faixa da morte" era a terra de ninguém entre as duas barreiras do Muro que era patrulhada por soldados que tinham ordem para utilizar todos os meios para travar pessoas em fuga. Estas tropas de fronteira dispararam 1. 693 vezes durante 1961 e 1989.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Poesia, Saudade da Prosa – Uma Antologia Pessoal
Este é o Verão em que aqueles que não conhecem a obra de Manuel António Pina, Prémio Camões 2011, têm oportunidade de a passar a conhecer. (...)

Poesia, Saudade da Prosa – Uma Antologia Pessoal
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-08-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: Este é o Verão em que aqueles que não conhecem a obra de Manuel António Pina, Prémio Camões 2011, têm oportunidade de a passar a conhecer.
TEXTO: Nem todos os Verões há Prémios Camões (portugueses), por isso é de aproveitar. Nem de propósito, a Assírio & Alvim publicou uma antologia: um livro de capa dura com 80 páginas de poemas escolhidos pelo próprio e retirados dos livros que publicou entre 1974 e 2003, como este que se chama A poesia vai: “A poesia vai acabar, os poetas/ vão ser colocados em lugares mais úteis. / Por exemplo, observadores de pássaros /(enquanto os pássaros não/ acabarem). Esta certeza tive-a hoje/ ao entrar numa repartição pública. / Um senhor míope atendia devagar/ ao balcão; eu perguntei: ‘Que fez algum/ poeta por este senhor?’ E a pergunta/ afligiu-me tanto por dentro e por/ fora da cabeça que tive que voltar a ler/ toda a poesia desde o princípio do mundo. / Uma pergunta numa cabeça. — Como uma coroa de espinhos:/ estão todos a ver onde o autor quer chegar?”Autor Manuel António PinaEditor Assírio & Alvim12 euros
REFERÊNCIAS:
Marcas COM
Ecstasy modificado pode vir a ser utilizado para combater cancros do sangue
Uma forma de ecstasy modificado poderá vir a ter um papel importante no combate a alguns tipos de cancros do sangue. A conclusão faz parte de um estudo da Universidade de Birmingham, feito em parceria com uma universidade australiana e que acaba de ser publicado no jornal científico Investigational New Drugs. (...)

Ecstasy modificado pode vir a ser utilizado para combater cancros do sangue
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-08-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: Uma forma de ecstasy modificado poderá vir a ter um papel importante no combate a alguns tipos de cancros do sangue. A conclusão faz parte de um estudo da Universidade de Birmingham, feito em parceria com uma universidade australiana e que acaba de ser publicado no jornal científico Investigational New Drugs.
TEXTO: As propriedades do ecstasy (uma droga sintetizada em laboratório) de conseguir matar algumas células cancerígenas já eram conhecidas. Mas o grupo de cientistas responsável por este trabalho foi mais longe e conseguiu provar a eficácia desta droga em doenças como a leucemia, o linfoma ou o mieloma – com o ecstasy a conseguir matar as células deste tipo de patologias oncológicas em testes que foram feitos em laboratório com recurso a tubos de ensaio, noticia a BBC. Já em 2006 um trabalho da Universidade de Birmingham, na Grã-Bretanha, tinha demonstrado que tanto esta droga como alguns antidepressivos como o Prozac tinham grande potencial no travão do desenvolvimento de alguns tipos de cancro. O problema deste estudo anterior é que as doses destas drogas, para serem eficazes, seriam de tal forma elevadas que seriam letais para os doentes. Agora, em colaboração com a Universidade da Austrália Ocidental, os investigadores conseguiram alterar quimicamente o ecstasy, retirando alguns átomos desta droga e colocando outros no seu lugar. Esta nova fórmula, menos tóxica para o cérebro, revelou-se também mais eficaz no combate à multiplicação das células cancerígenas: se antes eram necessários, por exemplo, 100 gramas de ecstasy não modificado para a obtenção do efeito desejado, agora um único grama da nova forma química é suficiente. “Contra cancros, particularmente a leucemia, o linfoma e o mieloma, testámos estes novos componentes e que em alguns casos conseguem limpar 100 por cento das células cancerígenas”, explicou à BBC John Gordon, da Universidade de Birmingham e coordenador da investigação. “Precisamos de determinar quais são os casos mais sensíveis, mas [o ecstasy modificado] tem potencial para limpar as células cancerígenas em todos estes exemplos”, acrescentou, salvaguardando que estes testes foram feitos em laboratório, pelo que os resultados podem ser diferentes nos eventuais ensaios com doentes. A investigação explica que esta droga é atraída pela gordura das células dos tipos de cancro mencionados, acabado por as destruir, mas que, para já, não haverá qualquer prescrição desta substância a doentes e que tal não é previsível num futuro próximo, já que serão sempre necessários estudos em animais e posteriores ensaios clínicos.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave estudo
Jejum de conquilha acaba mas agora o perigo vem do mexilhão
Foram perguntas e negativas recorrentes, desde o início de Julho, nos fins de tarde nas esplanadas do Algarve: "Há conquilhas?... Não!" A maioria não queria saber a razão, e também poucos empregados o sabiam justificar, mesmo que aquele jejum já durasse há quase dois meses. O acto imediato era pedir amêijoas, em substituição, ainda que petisco mais fino, mas também bem mais caro. Que, por acréscimo, pede a troca da cerveja por um branco bem fresco, o que onera ainda mais a refeição. Foi assim que aconteceu até sexta-feira, altura do levantamento da interdição de apanha e comercialização do "tremoço do mar". (...)

Jejum de conquilha acaba mas agora o perigo vem do mexilhão
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.2
DATA: 2011-08-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: Foram perguntas e negativas recorrentes, desde o início de Julho, nos fins de tarde nas esplanadas do Algarve: "Há conquilhas?... Não!" A maioria não queria saber a razão, e também poucos empregados o sabiam justificar, mesmo que aquele jejum já durasse há quase dois meses. O acto imediato era pedir amêijoas, em substituição, ainda que petisco mais fino, mas também bem mais caro. Que, por acréscimo, pede a troca da cerveja por um branco bem fresco, o que onera ainda mais a refeição. Foi assim que aconteceu até sexta-feira, altura do levantamento da interdição de apanha e comercialização do "tremoço do mar".
TEXTO: A culpa foi de uma biotoxina (DSP-Diarrheic Shellfish Poisoning/Toxina Diarreica de Frutos do Mar) gerada por fitoplâncton, microalga que contaminou o bivalve. Que não mata, mas que pode debilitar seriamente quem o consuma. Neste caso, e consoante a quantidade ingerida, pode provocar diarreias, vómitos, dores abdominais, fraqueza muscular e cefaleias durante dois a três dias. Agora é o mexilhão que está sob restrições, pelas mesmas razões, no Sotavento algarvio, entre Olhão e Faro, mas também na ria de Aveiro. A ria de Aveiro, de acordo com dois investigadores do Laboratório do Centro Regional de Investigação Pesqueira do Centro (Aveiro) e do Instituto de Investigação das Pescas e do Mar (Ipimar), "é das zonas mais afectadas do país", mas, "na costa sudoeste e sul, a conquilha é o principal vector de DSP oriundo do litoral costeiro, enquanto os bivalves dos estuários e lagoas apresentam geralmente um risco baixo. " No estuário do Mondego, o problema afecta a lambujinha, também contaminada por toxina, mas a PSP (Paralytic Shellfish Poisoning/Toxina Paralisante de Frutos do Mar), alerta o Ipimar na sua página na Internet. Aquela biotoxina pode causar morte por asfixia, ao afectar a musculatura do tórax. Trata-se de um risco para a saúde pública, mas que dificilmente chega ao conhecimento dos consumidores, que se não procuram a informação, esta também não lhes chega de forma clara ou inequívoca. Ao Ipimar cabe a colheita e análise das amostras das espécies, que, em caso de risco, alerta as autoridades marítimas. O passo seguinte é a colocação de edital nas capitanias com o anúncio de proibição de apanha e comercialização dos bivalves afectados por biotoxinas. Os profissionais da pesca têm a obrigação de sabê-lo, mas banhistas e turistas, ou simplesmente a população local, não cuidam de o saber. E se não procuram, também não lhes chega. E vai de as apanhar na praia, durante a maré baixa. Servirão de aperitivo para o jantar. Alertas e coimasÀ Polícia Marítima cabe a vigilância desta prática, de lazer, pelo que não reprime, mas informa, quando para isso dispõe de efectivos. Já os pescadores - os embarcados, com a arte da ganchorra, ou os apeados, com o aparelho de arco - que não respeitem a proibição de apanha são admoestados com coimas. Há quem tenha licença para a apanha, mas muitos outros, centenas mesmo, exercem a actividade na ilegalidade. Dizem que é a única forma de sustento familiar. Proveitosa é, mas muito mais para os restaurantes. Um destes mariscadores, que pediu para não ser identificado, diz que tem vários clientes (restaurantes) que lhe pagam à volta de 15 euros o quilograma, mas que depois vendem cada dose (cerca de 200 gramas) a oito euros. "Isto dá muito trabalho, é duro, e depois é preciso fazer a escolha", explica. A escolha é separar a conquilha, à mão ou com uma peneira de rede, de todo o cascalho que entra para o saco. A empregada do snack-bar na marginal de Cabanas, vila piscatória e de veraneio do concelho de Tavira, igualmente muito procurada para tais petiscos, admite não saber qual a razão para jejum tão prolongado, mas arrisca uma possível explicação de que se trata do defeso da espécie. Era quinta-feira, um dia antes da data de levantamento da interdição: "Sabe, estão pequenitas, por isso não se apanha. " A maioria dos proprietários não se arrisca a comercializar em período de restrição, não só pela coima a que ficariam sujeitos, mas também pelo risco de saúde que dali poderia advir para o cliente. E a algum processo em tribunal. Situação normal"Não tenho conhecimento, até agora, de algum problema grave que esteja associado a consumo de bivalves cuja apanha esteja proibida", afirma Lurdes Guerreiro, directora executiva do Agrupamento de Centros de Saúde do sotavento, que associa as unidades de saúde de Tavira, Castro Marim, Alcoutim e Vila Real de Santo António.
REFERÊNCIAS:
Entidades PSP
Clima nos Açores aproxima-se das características mediterrânicas
O clima dos Açores encontra-se numa transição de temperado marítimo para próximo do mediterrânico, explicou hoje Eduardo Brito Azevedo, do Centro de Clima, Meteorologia e Mudanças Globais (CLIMAAT) da Universidade dos Açores. (...)

Clima nos Açores aproxima-se das características mediterrânicas
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-08-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: O clima dos Açores encontra-se numa transição de temperado marítimo para próximo do mediterrânico, explicou hoje Eduardo Brito Azevedo, do Centro de Clima, Meteorologia e Mudanças Globais (CLIMAAT) da Universidade dos Açores.
TEXTO: “Podemos estar a assistir à transição para um incremento de um clima mediterrânico, que se caracteriza por menos chuva no verão, por exemplo, o que se pode acentuar na próxima década”, afirmou o investigador, acrescentando, no entanto, que “isto não é uma previsão mas um cenário”, realçou o investigador. Eduardo Brito Azevedo, que falava aos jornalistas no final de uma visita de deputados regionais do PSD às instalações do CLIMAAT, salientou que “quem faz política, tem de estar preparado para esta situação”. Numa altura em que o setor agrícola dos Açores atravessa dificuldades devido à seca que se faz sentir, Eduardo Brito Azevedo salientou que “o clima que caracterizava o arquipélago dos Açores, com chuvas mais regulares por períodos mais pequenos de pluviosidade, pode estar em causa no futuro com chuvas mais dispersas no tempo, por períodos e intensidade mais longa”. “Isto faz com que muita dessa água se perca para o mar o que põe em causa os recursos hidrológicos uma vez que os terrenos não conseguem absorver tal quantidade de água”, acrescentou. Por seu lado, o deputado regional do PSD/Açores António Ventura frisou que “sem água não é possível sustentar a agricultura”, defendendo “a implementação de medidas que ajustem a actividade agrícola à imponderabilidade do clima”. “Como solução, defendemos uma aproximação da política à investigação e experimentação para encontrar novas espécies de cultivo de milho ou gramíneas e leguminosas que constituam pastagens mais resistentes à ausência de precipitação”, afirmou. Para António Ventura, estas medidas permitiriam “evitar o grande perigo que é a dependência alimentar animal e, por consequência, humana”, procurando por isso “basear a alimentação na produção local”. O deputado social-democrata açoriano considerou ainda “fundamental” a criação de um serviço agrometeorológico, para permitir que os agricultores possam ter informação que os ajude na tomada de decisões. “Esse serviço permitiria aos agricultores saber quando colher ou semear, que são hoje trabalhos de grande incerteza na vida de uma exploração agrícola”, disse. Por outro lado, defendeu a “elaboração de um plano ou um programa de restabelecimento da produtividade das pastagens que estão altamente degradadas e a tornar-se altamente improdutivas”. “Se até ao final de Setembro persistir a falta de chuva não há pastagem que consiga repor a sua flora para alimentação animal com a mesma energia que detinha”, frisou António Ventura.
REFERÊNCIAS:
Partidos PSD
Já sabemos o segredo da “loirinha”
Durante cinco séculos, o segredo da fermentação das cervejas de tipo lager, geralmente claras, resistiu às investidas de quem que o tentava desvendar. Tudo o que se sabia até agora é que, nas caves e nos mosteiros da Bavaria, na actual Alemanha, onde os mestres cervejeiros guardavam as bebidas, uma nova levedura se tinha fundido por acaso com a espécie utilizada há milhares de anos na produção de cerveja e daí resultou uma cerveja mais clara, leve e fermentada a temperaturas baixas. (...)

Já sabemos o segredo da “loirinha”
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento -0.2
DATA: 2011-08-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: Durante cinco séculos, o segredo da fermentação das cervejas de tipo lager, geralmente claras, resistiu às investidas de quem que o tentava desvendar. Tudo o que se sabia até agora é que, nas caves e nos mosteiros da Bavaria, na actual Alemanha, onde os mestres cervejeiros guardavam as bebidas, uma nova levedura se tinha fundido por acaso com a espécie utilizada há milhares de anos na produção de cerveja e daí resultou uma cerveja mais clara, leve e fermentada a temperaturas baixas.
TEXTO: Que levedura era essa foi agora revelado por cientistas portugueses, argentinos e norte-americanos, na revista Proceedings of the National Academy of Sciences. Ao fim de seis anos de investigação, a equipa descobriu que o antepassado selvagem da levedura da cerveja lager ainda vive nas florestas da Patagónia. Portanto, no século XV, quando os europeus começaram a transportar pessoas e mercadorias de um lado para o outro, através do Atlântico, uma espécie de levedura da América do Sul viajou milhares de quilómetros, quem sabe se num pedaço de madeira ou no estômago de uma mosca-da-fruta, e acabou por ir parar às caves e mosteiros da Europa Central. Ao fundir-se com a levedura até aí usada, numa feliz coincidência que muitos agradecem hoje, deu origem a um híbrido, que permitiu a fermentação da cerveja a temperaturas baixas. “Os cientistas sabem, desde há muito, que a levedura cervejeira é um híbrido que resultou da fusão de duas espécies de levedura. No entanto, apenas uma delas era conhecida – a Saccharomyces cerevisiae, que há milhares de anos produz o vinho, leveda a massa de pão e fermenta a cerveja ale”, explicou o microbiólogo José Paulo Sampaio, do Centro de Recursos Microbiológicos da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, citado pela agência Lusa. “A segunda espécie, responsável por um conjunto de características que permitem a fermentação a baixas temperaturas, permaneceu durante décadas um enigma, porque aparentava ser claramente distinta das mais de mil espécies de leveduras conhecidas”, acrescentou o cientista. “A fusão destas duas leveduras, evolutivamente estão tão separadas como o homem e a galinha, terá ocorrido nos fermentadores de cerveja lager, num processo de selecção artificial promovido pelos mestres cervejeiros”, referiu ainda José Paulo Sampaio, que liderou a equipa. “Ao longo da história fomos domesticando plantas, como o trigo e o milho, e animais, como o boi e o cavalo. O mesmo aconteceu com os micróbios: neste caso, se entendermos como decorreu o processo de domesticação, e avaliando as diferenças entre o micróbio selvagem e o micróbio domesticado, podemos perceber melhor a natureza das alterações associadas à domesticação e usar esse conhecimento para melhorar ou diversificar os alimentos produzidos por microrganismos”, acrescentou o investigador. “A lager surgiu na Bavaria no século XV, no final do século XIX já era muito apreciada e tornou-se, desde então, na técnica mais popular de produção de bebidas alcoólicas, com mais de 250 mil milhões de dólares [173 mil milhões de euros] de vendas globais em 2008”, refere o artigo que, entre os portugueses, é ainda assinado por Elisabete Valério e Carla Gonçalves, também do Centro de Recursos Microbiológicos. A nova espécie de levedura, que a equipa baptizou com o nome científico Saccharomyces eubayanus, nunca foi encontrada noutra região da Terra além da Patagónia. “Há décadas que se anda à procura desta coisa. E agora encontrámo-la”, realçou, por sua vez, um dos autores norte-americanos do estudo, o geneticista Chris Todd Hittinger, da Universidade Wisconsin-Madison. “É claramente a espécie perdida”, disse, citado num comunicado da universidade. Se esta levedura existe noutra região na natureza, ainda ninguém a encontrou. Agora, que se conhece a verdadeira identidade genética por detrás da cerveja saboreada por tantos, por cá com a alcunha de “loirinha”, os cientistas querem perceber o caminho feito por esta levedura há 500 anos. Vai uma cerveja fresquinha?
REFERÊNCIAS:
Há 8,7 milhões de espécies na Terra, a maioria por descobrir
O planeta Terra terá 8,7 milhões de espécies, das quais 2,2 milhões vivem nos oceanos, mas a grande maioria ainda está por descobrir, descrever e catalogar, conclui um estudo publicado nesta terça-feira na revista online Public Library of Science Biology (PLoS Biology). (...)

Há 8,7 milhões de espécies na Terra, a maioria por descobrir
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.5
DATA: 2011-08-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: O planeta Terra terá 8,7 milhões de espécies, das quais 2,2 milhões vivem nos oceanos, mas a grande maioria ainda está por descobrir, descrever e catalogar, conclui um estudo publicado nesta terça-feira na revista online Public Library of Science Biology (PLoS Biology).
TEXTO: A nova estimativa das espécies foi feita pelos cientistas que integraram um projecto de dez anos do Censos da Vida Marinha e baseia-se numa técnica de análise que permite uma estimativa mais precisa. Antes, apontava-se que o número de espécies existentes se situava entre os três e os 100 milhões. “A questão de quantas espécies existem intrigou os cientistas desde há vários séculos e a resposta é agora particularmente importante porque as várias actividades humanas estão a acelerar as extinções”, disse em comunicado Camilo Mora, da Universidade de Dalhouise, no Canadá, um dos autores do estudo. “Muitas espécies podem desaparecer antes mesmo de sabermos da sua existência, da função nos ecossistemas ou da potencial contribuição para melhorar o bem-estar humano”. Para chegarem a este número, os investigadores olharam para a árvore da vida, que faz agrupamentos artificiais cada vez maiores e mais gerais das espécies. Os humanos pertencem à espécie Homo sapiens, ao género Homo, à família dos hominídeos (como o chimpanzé), à ordem dos primatas (juntamente com o lémure), à classe dos mamíferos (onde se inclui por exemplo o gato), ao filo dos cordados (que inclui peixes, aves ou répteis) e, finalmente, ao reino dos animais, como as formigas, as anémonas e as lombrigas. Cada espécie é ordenada desta maneira. Por isso, desde que o naturalista sueco Carl Lineu começou a sistematizar a vida natural, no século XVIII, a ciência construiu uma árvore da vida para os animais, que inclui um reino, 32 filos, 90 classes, 493 ordens, 5403 famílias e 94. 240 géneros. As espécies até agora descobertas são 953. 434. Mas, quando a equipa do Canadá desenhou um gráfico com o número de cada nível da árvore, verificaram que se formava uma curva bem desenhada que previa a existência de 7, 77 milhões de espécies de animais. Foi assim que chegaram ao número total de espécies, depois de aplicarem a mesma estimativa a todas os reinos da vida, o que inclui, entre outros, plantas e fungos. Ao todo, 91 por cento das espécies que povoam os oceanos e 86 por cento das que estão em terra ainda são desconhecidas. Ou seja, já estão catalogados 1, 32 milhões de espécies. As estimativas obtidas em relação às bactérias e aos protozoários não são tão seguras. “Se não soubermos qual o número de pessoas de uma nação, como poderemos planear o futuro?”, questionou Boris Worm, outro membro da equipa, também da Universidade de Dalhousie, comparando o problema com a biodiversidade. “A humanidade comprometeu-se a salvar as espécies da extinção, mas até agora tínhamos apenas uma pequena ideia de quantas existem”, acrescenta. Boris Worm refere que a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza, recentemente actualizada, aponta para 59. 508 espécies, das quais 19. 625 estão classificadas como ameaçadas, ou seja, menos de um por cento das espécies de todo o mundo. O estudo sugere ainda que com as técnicas tradicionais para descobrir e descrever espécies só daqui a 1200 anos, através do trabalho de 300 mil especialistas, e gastando 364 mil milhões de dólares (252 mil milhões de euros) é que as 8, 7 milhões de espécies entrariam no catálogo da vida. No entanto, os cientistas notam que as novas técnicas de ADN vão reduzir certamente o custo e o tempo desta empreitada.
REFERÊNCIAS:
BE quer criar “imposto de solidariedade” sobre fortunas acima de dois milhões
O BE apresentou hoje um projecto de lei para a criação de um “imposto de solidariedade sobre as grandes fortunas”, incidindo no património global acima de dois milhões de euros. (...)

BE quer criar “imposto de solidariedade” sobre fortunas acima de dois milhões
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DATA: 2011-08-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: O BE apresentou hoje um projecto de lei para a criação de um “imposto de solidariedade sobre as grandes fortunas”, incidindo no património global acima de dois milhões de euros.
TEXTO: O imposto incidirá, segundo a proposta do Bloco, sobre valores mobiliários, incluindo partes sociais (quotas, acções ou obrigações), créditos, instrumentos de poupança, propriedade imobiliária (terrenos e imóveis), meios de transporte, cavalos, gado, ouro, prata, metais e pedras preciosas, entre outro património. O imposto, a título permanente, pretende corrigir o “défice fiscal em Portugal dos mais abastados”, apontou o deputado bloquista Luís Fazenda, defendendo que uma “relativa equidade fiscal” só será alcançada com uma combinação de medidas, que incluem também a taxação das mais-valias bolsistas e o combate a uma “evasão fiscal organizada” do sector financeiro. “Tudo isso em conjunto é que poderá, finalmente, trazer uma relativa equidade fiscal: a combinação da existência de um imposto sobre as grandes fortunas, taxas adequadas de IRS, o englobamento para efeitos de IRS de todos os rendimentos, eliminando taxas liberatórias, e o imposto sobre as mais-valias bolsistas para as empresas e SGPS”, expôs, em conferência de imprensa. O projecto de lei foi entregue hoje no gabinete da Assembleia e as restantes medidas serão apresentadas em sede de discussão do Orçamento do Estado. “É preciso começar, o sinal político é começar”, afirmou, considerando este imposto “prudente”. De fora, ficam, por exemplo, as colecções de arte, sublinhou, em conferência de imprensa, Luís Fazenda, que considerou que este imposto “não castiga nem a classe média nem valores patrimoniais já relativamente elevados”. “Não afecta nada daquilo que poderia eventualmente cair na alçada da acusação de um excesso fiscal ou de um confisco sobre grandes fortunas”, argumentou. Luís Fazenda não apresentou nenhuma estimativa sobre o que o Estado poderá arrecadar, porque “não há experiência em Portugal de avaliação de património”. “De algum modo, é um imposto experimental”, afirmou. “Vamos ver, ao longo de vários exercícios, como é que pode avaliar-se realmente o património imobiliário e mobiliário que está sedeado em Portugal, de residentes e de não residentes, a partir de dois milhões de euros”, disse.
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Palavras-chave lei