Bruxelas pergunta aos europeus se querem manter o horário de Verão
A Comissão Europeia está a divulgar, até 16 de Agosto, um inquérito sobre uma “possível alteração ao horário de Verão”. (...)

Bruxelas pergunta aos europeus se querem manter o horário de Verão
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-11-04 | Jornal Público
SUMÁRIO: A Comissão Europeia está a divulgar, até 16 de Agosto, um inquérito sobre uma “possível alteração ao horário de Verão”.
TEXTO: A Comissão Europeia quer saber se os europeus concordam ou não com a existência de um horário de Verão – e para isso está a promover, até 16 de Agosto, uma consulta pública online sobre uma “possível alteração ao horário de Verão”. Depois de apuradas as respostas abrem-se duas alternativas: ou se mantém o horário de Verão ou se dá aos países a hipótese de escolher o próprio horário. Desde 2001, ano em que entrou em vigor a directiva 2000/84/EC, que os Estados-membros da União Europeia ficam obrigados a mudar a hora legal duas vezes ao ano: a primeira no último domingo de Março e a segunda no último domingo de Outubro. O horário de Verão permite “aproveitar a luz natural disponível num dado período de tempo”, defende a UE. Mas nem todos concordam. Alguns Estados-membros, eurodeputados e cidadãos europeus advogam pelo abandono definitivo do horário de Verão. É o caso da Finlândia, ou (em parte) da Lituânia, que pede que seja revista de forma a ter em conta diferenças regionais e geográficas. Por isso, o Parlamento Europeu adoptou uma resolução, em Fevereiro de 2018, onde se compromete a perceber se os europeus querem continuar com o horário de Verão. No caso de ganhar o "não", o Parlamento defende que se mantenha um “regime [horário] unificado europeu” – para promover o comércio e proteger o mercado único. Esse estudo deve ser levado a cabo pela Comissão Europeia, encarregada de analisar as respostas e propor as alterações legislativas necessárias. Para ajudar à reflexão, a Comissão Europeia elencou os resultados de vários estudos sobre a mudança horária. Da saúde humana à agro-pecuária há prós e contras que sustentam as duas visões sobre o assunto. No âmbito do comércio, se cada país adoptasse uma hora diferente, a produtividade decresceria, apontam os estudos europeus. O comércio internacional passaria a ser mais dispendioso, com várias inconveniências nos transportes, comunicações e viagens. No site onde apresenta o inquérito, a Comissão Europeia opta por salientar os efeitos positivos da mudança da hora na saúde humana, por promover actividades no exterior. Admite que pode haver um efeito nefasto no “biorritmo humano” mas afirma que os estudos são inconclusivos. Em 2017, o PÚBLICO falou com o presidente da Associação Portuguesa de Cronobiologia e Medicina do Sono, Miguel Meira e Cruz que afirmou que quase todos podem ter dificuldades durante a adaptação ao novo horário mas que algumas franjas da população estão especialmente susceptíveis a sofrer com a mudança – como é o caso dos doentes cardiovasculares ou de quem tem perturbações do sono. Miguel Meira e Cruz defende ainda que a hora extra de sono oferecida pelo horário de Verão é uma ilusão. Segundo o especialista do sono, “vários estudos já confirmaram que essa hora raramente é utilizada para dormir”. Já no caso da agro-pecuária, a Comissão admite que a mudança de hora obriga a alterações na rotina dos animais, mas que actualmente a tecnologia e a iluminação artificial já permitem contornar isso. E para actividades agrícolas ao ar livre – como as colheitas – a mudança de horário é benéfica. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. O horário de Verão foi adoptado pela primeira vez na Alemanha há mais de 100 anos, a 30 de Abril de 1916, durante a Primeira Guerra Mundial. De acordo com o Observatório Astronómico de Lisboa, a medida foi introduzida "como tentativa de minimizar o uso de iluminação artificial a fim de economizar combustível para o esforço da guerra". A ideia era deixar de desperdiçar horas de sol, fonte de energia gratuita. Portugal adoptou esta medida desde o início, mas não a cumpriu nos anos 1922, 1923, 1925, 1930 e 1933, altura em que se manteve o horário de Inverno. E nem sempre a mudança para o horário de Inverno foi feita em Outubro, à semelhança do que acontece actualmente. Houve anos em que Portugal saía do horário de Verão no final de Setembro, enquanto noutros países a mudança era feita em Outubro. “Durante este mês era uma confusão nas transacções”, lembra Rui Agostinho, director do Observatório Astronómico de Lisboa, numa entrevista ao PÚBLICO, em 2016. “Andou-se a experimentar”, “a tentar perceber como é que as pessoas se sentiam”, disse o astrofísico.
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE
Maioria dos europeus quer acabar com a mudança da hora
Pelo menos 4,6 milhões de europeus terão respondido ao questionário da Comissão Europeia sobre o fim da mudança da hora. (...)

Maioria dos europeus quer acabar com a mudança da hora
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DATA: 2018-11-04 | Jornal Público
SUMÁRIO: Pelo menos 4,6 milhões de europeus terão respondido ao questionário da Comissão Europeia sobre o fim da mudança da hora.
TEXTO: Pelo menos 80% dos 4, 6 milhões de europeus que responderam a um questionário da Comissão Europeia não querem mudar de hora duas vezes por ano, respeitando o horário de Verão e Inverno. A informação está a ser avançada pela emissora alemã Deutsche Welle, que cita o jornal regional alemão Westfalenpost, que falou com fontes próximas do assunto. O questionário foi divulgado pela Comissão Europeia, entre 4 de Julho e 16 de Agosto, e os resultados ainda não foram apresentados oficialmente. Surge na sequência de uma resolução do Parlamento Europeu, de Fevereiro de 2018, na qual o organismo se comprometeu a perceber se os europeus querem continuar com o horário de Verão. No caso de ganhar o "não", o Parlamento defende que se mantenha um “regime [horário] unificado europeu” para promover o comércio e proteger o mercado único. Depois de apurados os resultados do estudo, a Comissão Europeia está agora encarregada de analisar as respostas e propor as alterações legislativas necessárias. As possíveis propostas apresentadas pela Comissão sobre a mudança de horário terão depois de ser analisadas pelos Governos dos Estados-membros e pelos deputados europeus. A quantidade de respostas surpreendeu os responsáveis da Comissão Europeia citados pelo Financial Times: foi, de longe, o número mais elevado de respostas a um questionário da Comissão, que lança dezenas de formulários semelhantes anualmente sobre questões regulatórias. Uma grande parte das respostas vieram da Alemanha, um dos primeiros países a adoptar a mudança horária: pelo menos três milhões de alemães responderam ao inquérito europeu. Uma sondagem do instituto alemão Forsa, de Março deste ano, constatou que 73% dos inquiridos estavam a favor do fim da mudança da hora. No entanto, apenas 31% achavam que essa mudança ia acontecer nos próximos cinco anos. Para ajudar à reflexão, a Comissão Europeia elencou os resultados de vários estudos sobre a mudança horária. Da saúde humana à agro-pecuária, há prós e contras que sustentam as duas visões sobre o assunto. No âmbito do comércio, se cada país adoptasse uma hora diferente, a produtividade decresceria, apontam os estudos europeus. O comércio internacional passaria a ser mais dispendioso, com várias inconveniências nos transportes, comunicações e viagens. A Comissão Europeia optou por salientar os efeitos positivos da mudança da hora na saúde humana, principalmente por promover actividades no exterior. Admite que pode haver um efeito nefasto no “biorritmo humano”, mas afirma que os estudos são inconclusivos. Os problemas do sono são alguns dos problemas mais comuns. O presidente da Associação Portuguesa de Cronobiologia e Medicina do Sono, Miguel Meira e Cruz, que falou ao PÚBLICO em 2017, sublinhou que doentes cardiovasculares ou quem tem perturbações do sono costuma ser afectado negativamente pela mudança da hora. Já no caso da agro-pecuária, a Comissão admite que a mudança de hora obriga a alterações na rotina dos animais, mas que actualmente a tecnologia e a iluminação artificial já as permitem contornar. E para actividades agrícolas ao ar livre – como as colheitas – a mudança de horário é benéfica, defende Bruxelas. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. O horário de Verão foi adoptado pela primeira vez na Alemanha há mais de 100 anos, a 30 de Abril de 1916, durante a Primeira Guerra Mundial. De acordo com o Observatório Astronómico de Lisboa, a medida foi introduzida "como tentativa de minimizar o uso de iluminação artificial a fim de economizar combustível para o esforço da guerra". Queria-se deixar de desperdiçar horas de sol, fonte de energia gratuita. Portugal adoptou esta medida desde o início, mas não a cumpriu nos anos 1922, 1923, 1925, 1930 e 1933, altura em que se manteve o horário de Inverno. E nem sempre a mudança para o horário de Inverno foi feita em Outubro, à semelhança do que acontece actualmente. Em alguns anos, Portugal saiu do horário de Verão no final de Setembro, enquanto noutros países a mudança era feita em Outubro. “Durante este mês era uma confusão nas transacções”, lembrou Rui Agostinho, director do Observatório Astronómico de Lisboa, numa entrevista ao PÚBLICO, em 2016. “Andou-se a experimentar”, “a tentar perceber como é que as pessoas se sentiam”, disse o astrofísico.
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Partidos LIVRE
França: a tática, a moral e a história
À esquerda nunca pode ser indiferente de que lado da história se está. (...)

França: a tática, a moral e a história
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DATA: 2017-07-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: À esquerda nunca pode ser indiferente de que lado da história se está.
TEXTO: Aqui há mês e pouco, a propósito das eleições presidenciais francesas, ferveu a controvérsia de saber como se deveria comportar a esquerda em face da dupla ameaça da extrema-direita e da deriva do projeto europeu. Essa questão pode ter sido cristalizada em torno de momentos e personagens concretos — saber se Jean-Luc Mélenchon deveria ter apoiado Macron contra Le Pen, por exemplo — mas a verdade é que ela assenta em velhos dilemas de fundo: quem é o inimigo e quem é o adversário? quem devemos combater e com quem devemos competir? devemos querer salvar o projeto europeu ou antecipar o seu colapso?Para alguns, o projeto europeu está destinado ao colapso e a esquerda deve antecipá-lo, combatendo o centro para competir com a extrema-direita no campo do euroceticismo. Nessa visão, o centro aproxima-se da figura do inimigo e a extrema-direita acaba por se tornar num mero adversário. Para outros, vale a pena salvar o projeto europeu: nesse caso, o centro pode ser o adversário mas a extrema-direita é o inimigo. A diferença é subtil mas é crucial e por isso a polémica era intensa. Uma das características comuns em quem escolhe a primeira opção (estar por fora do projeto europeu para competir com a extrema-direita e combater o centro) é ter interpretado os últimos anos, e especialmente 2016, como um sinal de que a vaga nacional-populista era imparável e de que o Brexit e Trump tinham provado que a vontade geral popular era a de desmantelar o projeto europeu e meter a marcha-atrás na globalização. Nesse caso, para quê deixar a extrema-direita ficar com os despojos do centro? Mais valia pescar nas mesmas águas nacionalistas para beneficiar da suposta tendência geral. Essa foi uma das razões que levou Mélenchon a não apoiar Macron contra Le Pen. Como escreveu um dos seus principais apoiantes, François Ruffin, Macron era já “detestado pelo povo” antes de chegar a presidente: em consequência, uma associação a Macron era mais tóxica e indesejável do que um silêncio ambíguo em relação a Le Pen. O problema é que esta posição pretende resumir a uma questão de tática aquilo que na verdade é muito mais uma questão de moral, e uma questão de história. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Aquilo que escolhemos combater e aquilo com que escolhemos competir também nos define. Combater a Europa para competir com a extrema-direita forçar-nos-á a usar os mesmos argumentos da última contra a primeira, mesmo que acreditemos que é por razões diferentes. Mas as ideias têm a sua própria força e isto não é meramente teórico: em França, há intelectuais de esquerda (um exemplo é o economista Jacques Sapir) que começaram a defender os “nossos trabalhadores” contra os dos outros ou a necessidade de ter uma população fixa para “possibilitar o estado social” e acabaram a defender uma aliança tática com a Frente Nacional contra a UE. A deriva moral é, para mim pelo menos, evidente. E, para concluir, estas escolhas não são só táticas nem mesmo sequer só morais. São históricas. À esquerda nunca pode ser indiferente de que lado da história se está. Estar contra a Europa para competir com a extrema-direita ou estar do lado da Europa para combater a extrema-direita não é a mesma coisa. No primeiro caso, opta-se por desistir do projeto europeu em nome de uma leitura do regresso da história à chave “nacional”. No segundo caso, faz-se o esforço de apresentar uma versão de esquerda daquilo que poderia ser um projeto europeu social e democrático e uma visão justa da globalização, se quisermos que a Europa e a globalização não sejam monopolizadas só pelo centro. As eleições francesas de ontem, dominadas por um Macron que afinal não é tão detestado como isso, e onde os socialistas foram arrasados e a dinâmica de Mélenchon se esvaziou, sugerem que em França estamos mesmo numa situação de monopólio do centro. Se a esquerda francesa quiser reconstruir-se para disputar a sério esse monopólio, uma boa ideia seria apresentar uma visão alternativa do que deseja para o projeto europeu, em vez de apostar só no suposto colapso da UE. Infelizmente, certas escolhas podem ser morais e históricas, mas há quem só aprenda quando elas se revelam erros táticos.
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Entidades UE
Comunistas endurecem posição e comparam Costa a Cristas
Conclusões do Comité Central dramatizam situação política: já não é só o Bloco Central, PS está cada vez mais encostado à direita. As posições extremam-se nas últimas reuniões. A campanha eleitoral está à porta. (...)

Comunistas endurecem posição e comparam Costa a Cristas
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DATA: 2018-07-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: Conclusões do Comité Central dramatizam situação política: já não é só o Bloco Central, PS está cada vez mais encostado à direita. As posições extremam-se nas últimas reuniões. A campanha eleitoral está à porta.
TEXTO: O PCP subiu um degrau (e bem alto) na escalada de críticas ao PS e a António Costa. As conclusões da reunião de dois dias do Comité Central, que ficaram ontem disponíveis no site do partido, repetem à exaustão (mais propriamente 21 vezes) como o PS se tem colocado ao lado do CDS de Assunção Cristas. Os comunistas não se limitam a apontar o dedo a aproximações de Costa ao PSD de Rui Rio (o Bloco Central, de que Jerónimo tanto tem falado nas últimas semanas), mas vão mais longe e denunciam também convergências reiteradas com o partido mais à direita com assento parlamentar. Exemplos? O “apoio” do PS, PSD e CDS ao novo quadro financeiro da União Europeia. O “favorecimento”, por parte do PS, PSD e CDS, “da actividade de um grupo económico multinacional, a Uber”, A “união” entre confederações patronais, PS, PSD e CDS, a propósito das leis laborais. “O desvio de elevadas verbas para serem consumidas em juros de uma dívida pública insustentável como defendem PS, PSD e CDS”. “O cumprimento integral de direitos constitucionais na saúde, na educação, na segurança social, na habitação ou na cultura não é compatível com a sujeição às imposições do Euro e da UE com que PS, PSD e CDS estão de acordo”. Na sequência da assinatura da declaração conjunta com o PS em Novembro de 2015, que levou ao derrube do Governo de Passos Coelho no Parlamento e a um novo Governo liderado por António Costa, o PCP amaciou o discurso em relação aos socialistas que sempre foi considerado um partido com “políticas de direita”. Eis que em vésperas de negociação do último Orçamento do Estado antes de legislativas, o tom do PCP tem-se agudizado em relação a Costa. O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, já classificou como “toldado” o ambiente e tem carregado nas tintas. O Comité Central, que se reúne habitualmente de seis em seis meses, endurece também essa análise da situação política. Em Janeiro, data da última reunião, o PCP começou a falar nos perigos do Bloco Central. Antes disso, o alvo era o Governo PSD/CDS de Passos Coelho e Paulo Portas, que tinha ajudado a derrubar. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Mais: comparativamente a outros documentos de reuniões anteriores, nota-se também como o PCP tem necessidade de vincar mais vezes que este é “um Governo minoritário”. E, pela primeira desde que de forma inédita ajudou a construir a “geringonça”, queixa-se de “uma poderosa ofensiva ideológica” contra o PCP, “apostando no silenciamento, na discriminação e na manipulação, dirigida pelos grupos económicos e financeiros hoje detentores dos principais órgãos de comunicação social (cada vez mais centralizados, concentrados e controlados), pelos seus centros de produção ideológica e pelas forças políticas que assumem a defesa dos seus interesses”. Numa passagem muito semelhante ao discurso pré-"geringonça", o partido de Jerónimo de Sousa denuncia mesmo aquilo a que chama “estímulo ao preconceito anticomunista”. O destinatário não é só a direita, mas também o BE e o mais pequeno partido com assento parlamentar o PAN. Senão, vejamos, os exemplos dados: “as campanhas em torno de temas trazidos à discussão como, entre outros, a lei do financiamento dos partidos, as barrigas de aluguer, a liberalização do cultivo, comercialização e consumo de cannabis, a pretexto do seu uso para fins terapêuticos, a provocação da morte antecipada (eutanásia), a instrumentalização das preocupações com os animais, bem como o sistemático recurso à tentativa de intimidar e criminalizar a posição de solidariedade internacionalista”. É uma espécie de regresso do PCP ao sítio de onde nunca saiu.
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O valor da biodiversidade
Biodiversidade pode referir-se a qualquer nível de variabilidade existente entre seres vivos, incluindo a diversidade genética dentro da mesma espécie, em espécies diferentes e ecossistemas. (...)

O valor da biodiversidade
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2019-05-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: Biodiversidade pode referir-se a qualquer nível de variabilidade existente entre seres vivos, incluindo a diversidade genética dentro da mesma espécie, em espécies diferentes e ecossistemas.
TEXTO: Há 27 anos, as Nações Unidas propuseram 22 de Maio como Dia da Biodiversidade, para homenagear a data de aprovação do texto final da Convenção da Diversidade Biológica. Mas falar em diversidade da vida é demasiado lato: sobre que tipo ou sistemas vivos se pretende chamar a atenção? Como se expressa e qual o valor? Para muitos, biodiversidade e natureza são sinónimos. Paisagens com diferentes tons de verde e castanhos, salpicada de flores e algumas aves a sobrevoar transmitem um sentimento de beleza, subjectivo e pessoal, que apenas se interioriza quando desaparece ou se modifica. Mas afinal o que é a biodiversidade e por que é tão importante? Biodiversidade pode referir-se a qualquer nível de variabilidade existente entre seres vivos, incluindo a diversidade genética dentro da mesma espécie, em espécies diferentes e ecossistemas. Ou seja, não basta termos uma monocultura, herbácea ou florestal, para maximizar a produção onde não há diversidade genética, para termos biodiversidade. Pelo contrário, este “tipo” de diversidade pode implicar o aparecimento de pragas ou doenças ficando a produção globalmente afectada. O mesmo se passa com ecossistemas idênticos e contíguos. Não existindo variabilidade, a capacidade de resistência é praticamente nula. E isto explica o alastramento de incêndios porque as paisagens continuamente uniformes são ecossistemas de produção pouco complexos e/ou altamente explorados pelo homem. Surgem as tais “catástrofes” que requerem ajuda imediata. Quando há diversidade genética dentro de espécies, em espécies e ecossistemas diferentes, a biodiversidade aumenta e a sua capacidade de resiliência a fogos e tempestades é maior. Nos ecossistemas naturais estabelece-se uma teia de dependências complexas que as torna intimamente ligadas e resilientes. São estes sistemas, que para além do alimento e da fibra, providenciam a regulação hídrica, a reciclagem de nutrientes, a purificação do ar, a regulação térmica, e ainda o lazer e deleite cultural. Serviços de que o homem tira partido sem nada dar em troca. Em áreas de reserva natural, mesmo que confiram um equilíbrio global e sustentável, se não são rentáveis, como podem ser garante da qualidade de vida?Infelizmente, o homem só entende e respeita o que lhe possa dar benefícios e, por isso, dificilmente é entendível que o ecossistema natural preste um serviço que é de todos e para todos, sem trabalho humano. A compreensão dos serviços do ecossistema requer um conhecimento holístico interdisciplinar em ecologia. A vantagem dos ecólogos, em detrimento de outros investigadores, é o de saberem usar indicadores biológicos, para “ler” o estado de conservação dos ecossistemas como medida de prevenção e posterior intervenção. Esse conhecimento é, ainda, pouco apreciado e nada valorizado. Antes que a biodiversidade do território se torne mais uniforme, é tempo de ler criteriosamente o relatório da Plataforma Intergovernamental de Biodiversidade e Serviços dos Ecossistemas (IPBES) saído em Maio da reunião de Bruxelas. Após anos de análise, o relatório é unânime em confirmar o elevado declínio de biodiversidade. No entanto, o nosso dia-a-dia não é afectado, nem a nível pessoal nem social, como no caso das alterações climáticas. Quer isto dizer que a biodiversidade se pode perder perante a passividade quase generalizada da população e a indiferença dos políticos. Do ponto de vista estratégico, o importante é reduzir a emissão dos gases com efeito de estufa, porque são eles os causadores de todas as catástrofes. Ainda não se entendeu que a “alteração climática” poderia não ser tão dramática se não tivesse havido a delapidação dos ecossistemas florestais e a sobreexploração dos habitats marinhos e terrestres. Um dos efeitos da integridade dos ecossistemas é servir de tampão às alterações externas. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Sem pretender retirar o mérito das presentes medidas legislativas para cumprir o Acordo de Paris, não deixa de ser estranha a perseguição aos parques automóveis, quando há isenção ao fuel da aviação e incentivo ao aumento da emissão de gases com a aposta no aumento da área aeroportuária. Nesta altura, a nível mundial, já se pondera restringir o transporte aéreo, mas em Portugal pretende-se aumentar e à custa de uma zona sensível para a biodiversidade. Também, nas faldas das serras a norte do Tejo, onde há concentração de lítio, foi já concessionada a exploração do denominado “ouro branco” que trará (?) riqueza económica. Depois da informação de que grande parte desses territórios são os mais pobres e desabitados do país, como se pode argumentar e defender a conservação da biodiversidade, com investimentos oportunos, da era moderna, para satisfazer os mercados da nova tecnologia? Há ainda o caso da implantação do projecto do porto espacial na ilha de Santa Maria. Depois da base das Lajes, surge agora uma nova exploração de grande envergadura de que pouco se tem falado. Todos estes exemplos incentivam a emissão de gases com efeito de estufa, contraditórios à política climática. Os custos-benefícios ecológico-económico foram suficientemente estudados? Como ficarão afectados os ecossistemas com a poluição consequente? Em nome do desenvolvimento económico, a perda da biodiversidade é, apenas, um problema secundário. Enquanto as alterações climáticas arrastam problemas sociais de efeitos globais, a perda de biodiversidade ainda é encarada com pouco interesse político. Depois do relatório do IBPES e das Nações Unidas terem declarado a nova década para o restauro ecológico, Portugal poderia assumir um protagonismo global ao canalizar alguns fundos estruturais europeus para incentivar a conservação da biodiversidade, de forma coerente e com bases científicas. Seria uma oportunidade diferente de preparar o futuro, contribuir com a criação de emprego especializado e estabelecer isenções fiscais a proprietários que pretendessem conservar a biodiversidade ou mesmo contribuir para o seu restauro. É especialmente necessário investir nas bases sociais que impeçam a degradação dos ecossistemas e a poluição ambiental. E isso é saber ler a natureza e ensinar a valorizar a biodiversidade.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave concentração ajuda homem social espécie perseguição aves
Para Rodrigo Amado, é tempo de ir mais fundo nas raízes
Depois de um impressionante disco de estreia com This Is Our Language, Rodrigo Amado regressa ao seu quarteto Americano com A History of Nothing, assertiva inscrição numa tradição colhida do outro lado do Atlântico. (...)

Para Rodrigo Amado, é tempo de ir mais fundo nas raízes
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-07-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: Depois de um impressionante disco de estreia com This Is Our Language, Rodrigo Amado regressa ao seu quarteto Americano com A History of Nothing, assertiva inscrição numa tradição colhida do outro lado do Atlântico.
TEXTO: No concerto dos Implicate Order no Seixal, em Março de 2000, os três músicos norte-americanos abriram o palco e convidaram dois locais para se lhes juntarem numa sessão de música improvisada: os saxofonistas Paulo Curado e Rodrigo Amado. Rodrigo tinha passado a década anterior a tocar em concertos sem rede ou a emprestar o seu saxofone a discos e actuações de grupos com uma queda para a experimentação a partir de uma noção alargada do espectro pop/rock. Ainda hoje, esse concerto no Seixal (que se tornaria a edição inaugural da Clean Feed) lhe está fixado na memória como um momento fundamental do seu percurso. Ao escutar a gravação dessa noite em que pisara o mesmo palco que três improvisadores de peso da cena norte-americana – Steve Swell, Ken Filiano e Lou Grassi, gente que integrava as bandas de Roswell Rudd ou William Parker –, espantou-se que tivesse subido a palco e “tocado alguma coisa que fizesse sentido”. “Aquilo soava-me bem, até parecia um daqueles músicos que admirava e ouvia. Lembro-me da surpresa e da felicidade que foi esse momento. ”Autoria:Amado, McPhee, Kessler, Corsano TrostA partir daí, as conquistas foram-se sucedendo sem interrupções. Mas implicaram um esforço desmedido por parte do saxofonista, tentando encurtar as distâncias que eram, logo à partida, sintoma da desigualdade de circunstâncias sempre que se via lado a lado com músicos provenientes de países com fortes tradições jazzísticas – Estados Unidos, claro, mas também Noruega, por exemplo. “É um trabalho contínuo e faz parte da dificuldade que é para qualquer músico português afirmar-se num meio em que os músicos com um trabalho mais relevante vêm de tradições culturais muito mais ricas do que a nossa”, sublinha. Se o disco com os Implicate Order deu um importante empurrão para o início do percurso de afirmação de Rodrigo Amado, no imediato foi decisiva a ligação a Filiano mas sobretudo, pouco depois, a criação do trio que partilhou com o contrabaixista norte-americano Kent Kessler e com o baterista norueguês Paal Nilssen-Love. Os dois álbuns – Teatro (2006) e The Abstract Truth (2009) – e os muitos concertos que aconteceram pelo meio ajudaram à ascensão do seu nome na cena internacional. “Mas lembro-me que estava com eles e sentia-me o miúdo – um pouco a nível pessoal mas totalmente a nível musical”, confessa. As coisas começaram a mudar depois de uma maturidade que foi potenciada, em grande parte, pela aposta séria e intensa na actividade do Motion Trio – que partilha com Miguel Mira e Gabriel Ferrandini. Mesmo que a modéstia o impeça de dizer que está finalmente entre iguais – as votações do site espanhol El Intruso como melhor saxofonista tenor de 2017 e 2015, colocaram-no à frente de nomes como Evan Parker ou Ken Vandermark, a partir de escolhas de 58 críticos internacionais –, Rodrigo Amado sabe que o jogo mudou de forma considerável por alturas da primeira gravação com aquele a que chama o seu “quarteto americano”. Ao lado de um histórico como Joe McPhee e de uma propulsão rítmica do calibre elástico desta que une Kessler e Chris Corsano, o saxofonista havia de ter de se valer dos seus melhores argumentos para liderar uma formação de possibilidades estratosféricas. E basta ouvir This Is Our Language (2015) – título afirmativo, a marcar território e a reivindicar uma identidade comum – para não restarem dúvidas: Amado não se encolhe nem se empoleira; não se coloca na sombra nem procura com sofreguidão a ribalta. Os quatro simplesmente tocam juntos e a música desvela-se por si. Há muito, de resto, que estes embates (por vezes violentos) com figuras cimeiras do jazz contemporâneo forçam crises de crescimento sobre as quais se alicerça uma linguagem que se pretende em contínua expansão. Se Kent e Nilssen-Love produziram esse efeito em Rodrigo Amado, e agora o quarteto americano volta a exigir-lhe uma musicalidade arguta e de enorme jogo de cintura para responder aos choques disparados pelos outros três, a bordo do Motion Trio os encontros com dois dos mais extraordinários músicos deste tempo produziram também estragos luminosos, ambos no palco do Maria Matos. Primeiro, com a trompete incandescente de Peter Evans, tiveram de resolver em cena uma tensão que solta faúlhas até quando se escuta o registo em Live in Lisbon. Logo a seguir, em 2015, com o piano quebradiço e aracnídeo de Matthew Shipp. No final da actuação, Matthew Shipp havia de perguntar aos três Motion onde é que tinham aprendido a tocar aquela música e garantia que “Vocês ficaram aqui com uma gravação incrível”. Mas o trio não estava convencido. “Foi um concerto muito complicado porque o nível de energia estava completamente descontrolado”, recorda Rodrigo. “Saí com a sensação de que algo não tinha funcionado, estava mesmo insatisfeito. Depois ouvimos a gravação e havia um excesso de linguagem. ” A gravação foi posta de lado e só recentemente, enquanto arrumava alguns desses registos, voltou a enfrentar a música criada naquela noite. E, de repente, sem o apego emocional do momento, encontrou-lhe um sentido novo. Esse disco deverá vir a existir no futuro. Por agora, interessa extrair daqui que a distância permite reequacionar e tomar decisões mais claras. A History of Nothing, o sucessor de This Is Our Language com o quarteto americano, beneficia dessa aprendizagem e desse estofo que o músico foi solidificando com os anos. A experiência aconselhou, desde logo, que a gravação do álbum fosse marcada “propositadamente a meio da digressão” que realizaram no início de 2017. “Assim já tínhamos para trás alguns concertos que funcionaram como aquecimento da banda e mais tarde estaríamos já demasiado cansados, porque no fim de uma digressão destas estão todos arrasados”, explica. Foi uma lição que aprendeu com numa passagem pelo estúdio com o Humanization Quartet – a gravação aconteceu no pico da exaustão. Desta vez, o registo foi feito no dia seguinte ao magnífico concerto no Centro Cultural de Belém, tirando partido de uma transformação que Rodrigo Amado detectou logo nos primeiros momentos do reencontro: “Quando tocámos a primeira vez juntos, vimos que havia uma linguagem comum que tornava as coisas muito fáceis. Quando nos reencontramos, normalmente essa linguagem está um pouco mais à frente. Agora, senti que eles estavam muito mais confiantes com a situação. Vieram para a digressão muito mais descontraídos e isso, em termos musicais, tem resultados muito evidentes – a música rolava de uma forma mais orgânica. ”Essa qualidade orgânica revela-se, por exemplo, num maior conforto na ocupação do espaço. As ligações e as formas de diálogo multiplicaram-se de uma forma tão manifesta que o saxofonista nem esperava atingir um tal grau de familiaridade palpável na gravação de estúdio. Daí que nos seus planos iniciais estivesse a edição de dois discos que documentariam este período: um deles, A History of Nothing, este gravado no Namouche, deveria ter sido o segundo da fornada, após a edição do concerto na Jazzhouse, em Copenhaga. Acontece que mesmo comparando com esse que foi “o melhor concerto da tour”, Amado descobriu na gravação “um equilíbrio de formas, de espaço e de tensões que não é habitual conseguir-se com a contenção do estúdio e sem o estímulo do público”. O que se torna igualmente evidente é o quanto o diálogo entre os dois saxofonistas, Amado e McPhee, atinge níveis de transcendência ainda mais elevados. Desde a dança entrançada de Legacies à troca de tiradas rápidas e vivas em que se embrulham em A History of Nothing, torna-se claro o quanto esta relação musical se tornou basilar no percurso do português. E volta a acontecer de uma forma extrema quando em Theory of mind II (for Joe), à semelhança do que acontecia no primeiro disco, McPhee prefere o silêncio, não deixando de habitar intensamente o tema através dessa ausência. Essa relação com McPhee (no contexto deste quarteto) é, aliás, algo que Rodrigo pretende continuar a desenvolver e a documentar ao máximo. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. O quarteto americano de Rodrigo permite-lhe, naturalmente, explorar possibilidades bastante distintas daquelas que pratica com o Motion Trio, o Wire Quartet ou o trio responsável por The Attic (com Gonçalo Almeida e Marco Franco, trio com que abrirá o Jazz im Goethe Garten, em Lisboa, a 3 de Julho). O saxofonista encontrou nesta formação um dos seus “lugares verdadeiros”. “Cresci a ouvir Ornette Coleman, Tim Berne, cuja música é já uma reconfiguração das raízes americanas. Sempre preferi músicos com fortes raízes nas sonoridades mais puras da origem do jazz, como o gospel e os blues. Neste quarteto tenho a possibilidade de ser completamente esse eu. ” É, nesse sentido, também uma declaração de peso. Não que Rodrigo se coloque contra o perfil do jazz europeu, mas afirma antes uma música que quer filiar-se numa linguagem e dispensa a assinatura de uma abordagem abstracta sem ligação à terra, a essas raízes. É por lhe interessar a ligação às raízes, na música mas também fora dela, que chama para o disco uma citação da última entrevista que José Mário Branco concedeu ao Ípsilon: “É preciso começar tudo de novo, mais uma vez, e é preciso começar pelo que está perto, pelo que está em baixo, no chão. É um trabalho muito mais a partir das questões biológicas, animais, da sobrevivência, do medo, do prazer, das questões básicas”. Foi essa “vontade enorme de recomeçar tudo de novo e retornar aos elementos essenciais” que conduziu Rodrigo Amado até esta música e até ao projecto de fotografia – também intitulado A History of Nothing – consumado numa road trip de três semanas pelos Estados Unidos, com o propósito de documentar “a terra, o céu, as árvores, o deserto, as montanhas, as plantas, a luz”. A History of Nothing será, por isso, também uma exposição fotográfica daqui por alguns meses (data e local ainda por definir). Por agora, é uma monumental imersão nessa busca por raízes, pela pertença e pela libertação quase espiritual dos excessos do quotidiano.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave medo
As beatas envenenam
Há autarquias (como Leiria) que já proibem e multam bem. Em Londres é um crime. (...)

As beatas envenenam
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-11-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: Há autarquias (como Leiria) que já proibem e multam bem. Em Londres é um crime.
TEXTO: Às vezes o título diz tudo. Aquele que Sebastião Almeida arranjou para a reportagem dele no P3 do PÚBLICO foi: "A luta de Jade Freire é tirar as beatas do chão e expô-las como resíduo tóxico". As beatas, sobretudo os filtros onde foram capturadas as porcarias mais cancerígenas, estão cheias de venenos que as chuvas levam para toda a parte, incluindo o mar que já está farto das beatas que as bestas deixam nas praias. Jade Freire diz, com triste razão, que faz parte da nossa cultura atirar a beata para o chão. Os condóminos queixam-se que as pessoas deitam fora os cigarros antes de entrar no prédio ou saem para fumar ao pé da porta, criando assim uma fumarada horrível que ataca quem entra e quem sai. Não lhes ocorre reparar que a selvajaria está em deitar a beata para o chão, seja onde for. Hoje em dia por cinco euros compram-se excelentes cinzeiros portáteis que apagam os cigarros e mantêm-nos bem vedados, sem deixar escapar qualquer cheiro ou calor. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Assim como se tem de levar saquinhos para recolher os cocós do cão também os fumadores têm de habituar-se a andar com cinzeiros portáteis para não poluirem os espaços públicos. Não poderiam as empresas de tabaco oferecer estes estojos aos fumadores? Tenho a certeza que a maioria deles, caso dispusessem de um cinzeiro, ficaria contente por poder desfazer-se da beata de uma maneira responsável. Há autarquias (como Leiria) que já proibem e multam bem. Em Londres é um crime: "no ifs, no butts". De que é que as outras câmaras estão à espera?
REFERÊNCIAS:
Rússia e Portugal: uma cooperação em prol do desenvolvimento construtivo
Com a nossa experiência e resistindo à conjuntura política do momento, vamos continuar a promover uma agenda bilateral voltada para o futuro. (...)

Rússia e Portugal: uma cooperação em prol do desenvolvimento construtivo
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-11-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: Com a nossa experiência e resistindo à conjuntura política do momento, vamos continuar a promover uma agenda bilateral voltada para o futuro.
TEXTO: Na véspera da visita a Portugal, queria partilhar com os leitores do PÚBLICO — um dos jornais mais populares do vosso país — as minhas reflexões sobre as relações entre os nossos Estados e a situação na Europa em geral. Lisboa é um nosso bom parceiro internacional. O alicerce dos laços russo-portugueses é formado pelo Tratado de Amizade e Cooperação de 22 de Julho de 1994. Graças aos esforços conjuntos foi possível alcançar resultados palpáveis. Tem--se promovido o diálogo político, inclusive ao nível mais alto. A 20 de Junho realizaram--se em Moscovo as conversações entre os presidentes Vladimir Putin e Marcelo Rebelo de Sousa. Contactos ao nível dos ministérios dos Negócios Estrangeiros têm tido um carácter regular. A concretização na prática do memorando interministerial sobre a realização de consultas, assinado no quadro da minha reunião com o colega português, Augusto Santos Silva, contribuirá para o ainda maior estreitamento deste diálogo. O comércio bilateral mostra uma dinâmica positiva que no final deste ano pode ultrapassar 1, 5 mil milhões de dólares. A Comissão Intergovernamental Mista sobre a Cooperação Económica e Técnica faz uma contribuição proveitosa neste sentido. No decorrer da 7. ª sessão da comissão, que terá lugar em Lisboa daqui a duas semanas, será prestada uma atenção especial à área de altas tecnologias, bem como à realização do Acordo Intergovernamental sobre a Cooperação Económica e Técnica, assinado no ano passado. Na Web Summit que há pouco terminou em Lisboa, a Rússia foi representada por mais de 200 empresas e start-ups. À margem desta conferência foi organizado o primeiro fórum empresarial russo-português Novas Oportunidades e Desafios na Esfera de Inovações. Estou convencido de que encontros deste género devem ser realizados regularmente. Tem-se aprofundado o intercâmbio cultural e humanitário, contactos entre pessoas. Desde Dezembro de 2017 até Fevereiro de 2018 esteve instalada nos Museus do Kremlin de Moscovo a exposição inédita Senhores do Oceano. Tesouros do Império Português dos Séculos XVI-XVIII, considerada a mais representativa a ser organizada fora do território do vosso país. Em Outubro de 2018 realizou-se, com sucesso, a Semana da Cultura Russa em Portugal. Saudamos o interesse dos portugueses no ensino da língua russa. Pode ser estudada nas universidades de Lisboa, Porto e Aveiro. Continua a ser demandada a actividade dos centros dos estudos russos nas universidades de Coimbra e Minho. A língua de Camões, por sua vez, está a ser ensinada nas universidades e escolas de Linguística da Rússia, inclusive a minha alma mater — Universidade Estatal das Relações Internacionais de Moscovo. Hoje há cada vez mais turistas russos a descobrir Portugal, a conhecer o seu património histórico-cultural rico e peculiar. E é o amor pelo futebol que contribui para o aumento da simpatia entre os dois povos. Neste Verão, numerosos adeptos portugueses visitaram o nosso país no quadro do campeonato mundial FIFA 2018. Eles tiveram a oportunidade de ver com os seus próprios olhos a vida quotidiana da Rússia e dos seus cidadãos. Creio que perceberam quão a situação real se diferencia do que se pode ler, às vezes, em certos meios de comunicação preconcebidos. Infelizmente, a situação mórbida no nosso continente comum representa ainda um obstáculo significativo para o fortalecimento ulterior da cooperação russo-portuguesa. A crise na Ucrânia — tendo sido o resultado de jogos geopolíticos dos EUA e dos seus adeptos ideológicos em alguns países, tal como da cegueira da burocracia da União Europeia — derrubou a atmosfera de confiança, na construção da qual estiveram empenhados, durante muitos anos, líderes responsáveis da Rússia e dos Estados-chave da Europa. Foi com extrema preocupação que Moscovo tomou nota do facto de Bruxelas não só ter renunciado aos seus princípios e valores, fechando os olhos perante o golpe armado em Kiev que resultou no derrube do Presidente democraticamente eleito, mas também ter seguido as instruções de Washington, aderindo às sanções anti-russas. O que temos hoje? A arquitectura do diálogo Rússia-UE está prejudicada significativamente, os produtores europeus estão a ter perdas de muitos mil milhões, o regime de Kiev está em guerra contra o próprio povo, um novo conflito surgiu na Europa. Ao mesmo tempo, os EUA não estão a ter nenhumas perdas. Ainda mais, têm aproveitado esta situação para incentivar a actividade militar perigosa perto das fronteiras russas, intensificando a corrida armamentista na nossa vizinhança, onde, como todos nós esperávamos, não há espaço para uma nova Guerra Fria. A segurança das nações europeias torna-se refém da política subversiva conduzida do outro lado do Atlântico. A tensão entre a Rússia e o Ocidente nos últimos anos, que custa caro à estabilidade internacional, não é a nossa escolha. Como sempre, manifestamo-nos a favor da construção na região euro-atlântica e na eurásia do espaço comum da paz, da segurança igual e indivisível e da ampla cooperação económica, em que seriam considerados os interesses de todos os Estados, quer participantes de vários processos de integração, quer não, sem qualquer excepção. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Devido a isto, não pode deixar de agradar o facto de ter aumentado na Europa o número de pessoas que se dão conta de que o rumo de confrontação contra o nosso país não tem perspectivas. Há quem aspire a realizar uma política pragmática e não queira sacrificar o bem-estar dos seus cidadãos e o futuro pacífico do lar europeu em prol dos interesses e ambições cobiçosas dos actores extra-regionais. Esperamos que a sabedoria e, simplesmente, o bom senso prevaleçam e as nossas relações com a União Europeia e os seus Estados-membros sejam restabelecidas na base da boa vizinhança genuína, da honestidade, previsibilidade e franqueza. A Rússia e Portugal estão a aproximar--se de um limiar importante: no próximo ano celebraremos o 240. º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas. Temos de preparar e realizar um conjunto de iniciativas para comemorar esta data notável. No idioma russo há um provérbio que literalmente pode ser traduzido como “A água não flui sob a pedra deitada”. Pelo que eu sei, em português corresponde “À raposa dormente não lhe cai galinha no ventre”. Baseando-nos na nossa experiência e resistindo à conjuntura política do momento, espero eu, vamos continuar a promover uma agenda bilateral voltada para o futuro, a empenhar-nos na amplificação e diversificação de laços, na criação de premissas favoráveis para a realização de iniciativas promissoras e mutuamente benéficas em várias áreas para o bem dos nossos povos.
REFERÊNCIAS:
“Um bonito ponto final” para As Novas Viagens Philosophicas
Série de 13 episódios narra as expedições pelo mundo de 13 biólogos de um centro de investigação português. Já está planeada a continuação da série, inspirada nas grandes expedições portuguesas do século XVIII ao mundo natural. Para já, põe-se um fim na primeira parte do projecto. (...)

“Um bonito ponto final” para As Novas Viagens Philosophicas
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.328
DATA: 2018-11-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: Série de 13 episódios narra as expedições pelo mundo de 13 biólogos de um centro de investigação português. Já está planeada a continuação da série, inspirada nas grandes expedições portuguesas do século XVIII ao mundo natural. Para já, põe-se um fim na primeira parte do projecto.
TEXTO: Ao longo de cinco anos, as equipas de 13 biólogos a trabalhar em Portugal aventuraram-se em expedições dedicadas à biodiversidade por vários cantos do planeta, de Cabo Verde ao Brasil, da Guiné-Bissau à Mauritânia. Inspirando-se nas “viagens filosóficas” do século XVIII, acompanhadas por ilustradores que registaram populações humanas, fauna e flora nunca antes vistas na Europa, as novas aventuras científicas dos biólogos do Cibio (Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos) foram seguidas por uma equipa de audiovisual resultando numa série de 13 documentários, As Novas Viagens Philosophicas, exibida pela primeira vez em 2016 na RTP1. Nada melhor, portanto, do que o Dia Nacional da Cultura Científica – celebrado a 24 de Novembro em homenagem ao dia de nascimento de Rómulo de Carvalho/António Gedeão (1906-1997), professor de física e química, divulgador de ciência e poeta –, para difundir ainda mais As Novas Viagens Philosophicas. Agora, poder-se-á ficar com os 13 episódios, em dois DVD, distribuídos gratuitamente em banca com o PÚBLICO no dia dedicado à cultura científica no país, instituído por José Mariano Gago em 1996, quando era ministro da Ciência. Com os DVD, segue um pequeno livro com o resumo dos 13 episódios e prefácio do biólogo Nuno Ferrand de Almeida, director do Cibio, centro agora acolhido pelas universidades do Porto, de Lisboa e dos Açores. “Achámos que seria um bonito ponto final para esta primeira série, depois da segunda exibição este Verão [na RTP1 e RTP3], distribuir aos leitores do PÚBLICO gratuitamente este projecto num dia simbólico que é o Dia Nacional da Cultura Científica”, frisa Nuno Ferrand de Almeida, coordenador científico dos documentários, um projecto apoiado pela Universidade do Porto e pela agência Ciência Viva e produzido pela produtora Um Segundo Filmes. As Novas Viagens Philosophicas, o nome dado ao projecto pelo Cibio, estão muito longe das Viagens Philosophicas do século XVIII, grandes expedições organizadas pela coroa portuguesa a Angola, Cabo Verde, Moçambique, Goa e Brasil. Aliando a investigação científica à divulgação científica, as viagens dos biólogos do século XXI, entre 2011 e 2015, pela Europa, América do Sul, África e Austrália permitiram ainda mais conhecimento. “É um novo olhar sobre o nosso planeta e como o devemos tratar, de forma a assegurar a conservação da diversidade biológica, mostrando sítios excepcionais”, nota Nuno Ferrand de Almeida. “Cada episódio é sobre uma espécie, mas está ancorado na curiosidade e interesse de um biólogo, que também é retratado, para haver maior proximidade com as pessoas. ”Oscilemos entre passado e presente – começando pelo Brasil. Durante nove anos, entre 1783 e 1792, o naturalista Alexandre Rodrigues Ferreira, partindo de Belém do Pará, percorreu a bacia do Amazonas até Mato Grosso, recolhendo milhares de espécimes e artefactos e fazendo-se acompanhar dos “riscadores” José Joaquim Freire e Joaquim José Codina. Pintaram mais de mil aguarelas, passando ao papel a fauna, a flora, a gentes, as vilas e a feitura de cartas topográficas. Só Freire voltou vivo a Portugal. De todas as “viagens filosóficas” portuguesas, a do Brasil foi a que produziu mais material para estudo da “filosofia natural” da então colónia portuguesa. Mais de 200 anos depois, as preguiças, as rãs-arborícolas e o sapo-cururu levaram investigadores portugueses ao Brasil, em colaboração com cientistas de outros países. Uma destas expedições é relatada num episódio que se dedica às rãs que contam a história da floresta (usando-as para reconstituir a evolução da Mata Atlântica); outra expedição está no episódio sobre o mundo vagaroso das preguiças, na Amazónia e também na Mata Atlântica (usando a genética para avaliar os efeitos da fragmentação florestal na conservação deste animal da América Central e do Sul). Há ainda a interminável viagem dos sapos, que mostra como uma equipa de cientistas portugueses e brasileiros reconstitui a história evolutiva e adaptativa do sapo-cururu, começando pela Amazónia, de onde é originário, e indo até à Austrália, onde chegou recentemente e já é uma praga. Vamos agora dar um salto a África. Nas “viagens filosóficas” do século XVIII, assinale-se apenas que Joaquim José da Silva partiu de Lisboa para Angola em 1783 e que Manuel Galvão da Silva, depois de dois meses em Goa, chegou a Moçambique em 1784, ano em que também João da Silva Feijó foi para Cabo Verde. As “novas viagens filosóficas” em África foram desde o Sul até ao Norte do continente. E foi assim que se foi até à África do Sul, ao Sul do deserto do Calaári, ao encontro de uma ave, o tecelão-social, que vive em grandes comunidades e constrói ninhos enormes nas árvores. Que se foi até São Tomé e Príncipe, usando as aves deste arquipélago como modelo para compreender melhor como uma população de uma espécie segue caminhos evolutivos diferentes depois de se dividir em duas e perder o contacto. Até à Guiné-Bissau, para avaliar o impacto das plantações de caju, em expansão, na biodiversidade, economia e sociedade guineenses. Até a Cabo Verde, em dois projectos distintos. Um procurou corrigir, através da genética, erros antigos de classificação das espécies de répteis do arquipélago e elaborar novos mapas de distribuição. O outro projecto é sobre as populações humanas, muito miscigenadas: através da genética, estudaram-se os mecanismos envolvidos na pigmentação da pele e dos olhos (há quem os tenha verdes e azuis), bem como a história da colonização de Cabo Verde. E chegámos à Mauritânia, onde crocodilos que vivem isolados em oásis montanhosos no deserto do Sara têm toda uma biologia fascinante. Passam dez meses do ano escondidos nas rochas, num estado de dormência e inactividade, à espera das próximas chuvas, para então comerem e se reproduzirem freneticamente. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Portugal e outros países europeus não ficaram de fora. É aqui que temos o estudo dos morcegos em território português, do caimão (ou galinha-sultana) ou da domesticação dos coelhos (a única espécie domesticada na Europa ocidental, nos mosteiros do Sul da França a partir de meados do século XV). Por fim, surge a história de peixes que costumam migrar para o mar e vir desovar em água doce: com tantas barragens nos rios europeus, começam a adaptar-se a viver só nos rios. Esta era a investigação de Paulo Alexandrino, vice-director do Cibio, que morreu em 2015, aos 53 anos. Esta série é-lhe dedicada. A continuação da série está em andamento, falta reunir o financiamento, diz Nuno Ferrand de Almeida. “Temos outros 13 episódios desenhados e alguns começados e estamos a reunir as condições que permitam acabar a segunda série. Não será antes de três anos. ”
REFERÊNCIAS:
Uma mão cheia de caixinhas de surpresas que podem chegar por correio
O código postal do emissor é português, o do receptor pode variar. Reunimos cinco serviços de subscrição, de vinho a workshops, que cabem dentro de caixas. A ideia é ser surpreendido todos os meses, quando a caixa chega pelo correio. (...)

Uma mão cheia de caixinhas de surpresas que podem chegar por correio
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento -0.18
DATA: 2018-11-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: O código postal do emissor é português, o do receptor pode variar. Reunimos cinco serviços de subscrição, de vinho a workshops, que cabem dentro de caixas. A ideia é ser surpreendido todos os meses, quando a caixa chega pelo correio.
TEXTO: Trata-se de matar saudades do país que deixaram. Mais ainda quando, no novo destino, a comida não deixa assim tanta água na boca — pelo menos, até a Tuga Box chegar pelo correio. O que a caixa (30 euros) carrega, só se descobre ao abrir. Antes, sabe-se que traz cinco a sete produtos que sabem a casa, a tradição e a nostalgia. Falamos de Flocos de Neve e Dr. Bayard, café Nicola, enchidos de porco preto de Montaraz, pintarolas, postais portugueses, biscoitos conventuais, latas de conserva. O público-alvo desta caixa-mistério são os portugueses emigrados, como o casal de amigos que inspirou Rita Gomes a criar a Tuga Box. "É uma história de amizade, saudades e sorrisos" que começou depois de uma visita à China. Os amigos tinham-lhe pedido para levar na mala produtos tipicamente portugueses. "Eram coisas simples, mas que para quem está há três anos do outro lado do mundo valem muito", como nos contava em 2015. Para já, a caixa ainda só viaja pela Europa. Os subscritores podem escolher ser surpreendidos apenas uma vez, ou todos os meses, de forma regular. Depende das saudades. E da gulodice. Deixa-se a garrafa na mão de quem é especialista e tudo o que os subscritores da Nosy têm de fazer é pegar no copo. É isto que propõe o clube de vinhos digital português que em Outubro, pouco antes do primeiro aniversário, partiu para o resto da Europa. Em vez de ires até à garrafeira, uma caixa com três garrafas escolhidas por um ou uma especialista da área bate-te à porta de casa todos os meses. É arriscado, mas não “é suposto o vinho ser divertido”?Por isso é que a caixa deles é colorida, as escolhas “sempre inesperadas”, o clube “contraria o estereótipo e não é snob”, garantia em Março ao P3 Marta Maia, que com 23 anos e a saber muito pouco de vinhos fundou a startup sediada no Porto. As três garrafas (50 euros) são enviadas ao dia 20 de cada mês e os portes e o cancelamento da subscrição são gratuitos — convém avisar que até 26 de Novembro há 30% de desconto, à boleia da Black Friday. A melhor parte: apesar do nome, a Nosy não mete o nariz onde não é chamada. Não vão contar a ninguém que essa garrafa, na verdade, foi um especialista que escolheu. Em Junho, quando o P3 se encontrou com a dupla de fundadores da Barkyn, a startup portuense nascida em 2016 estava a caminho de um programa de aceleração da Google, no campus em Madrid. Através do serviço de subscrição personalizável que disponibilizam, vendem 20 toneladas de comida para cão todos os meses. Além da ração, de várias marcas, as caixas entre os 19 e os 45 euros podem incluir brinquedos, desparasitantes, snacks naturais, consultas de médicos veterinários ou acessórios — e, durante sexta-feira, 23 de Novembro, além de artigos com 50% de desconto, vão doar um quilograma de ração a uma associação por cada compra efectuada. Tudo depende do perfil do cão e do valor que o tutor está disposto a pagar. Pode-se cancelar o plano a qualquer momento, mas enquanto subscreveres não podes ultrapassar um “espaçamento entre encomendas superior a oito semanas”. A Barkyn, por agora, só ladra. Quem sabe se, num futuro próximo, a caixa não passa também a miar. Sair da zona de conforto, sem sair de casa — e sem deixar de arregaçar as mangas. Eis a proposta da Workshoped. A startup criada por dois jovens portuenses quer pôr-te a fazer chocolates, sabonetes, velas aromáticas, cadernos, postais. Escolhe um dos temas e a caixa (16, 90 euros) com os materiais e as instruções chega em menos de três dias. Ou opta pela surpresa e recebe, todos os meses, um workshop DIY diferente. Depois, é pôr mãos à obra (na Black Friday com 20% de desconto). Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Três amigos decidiram deixar, ao mesmo tempo, duas pessoas felizes por receberem meias. Isto porque, por cada par comprado, a Meyash doa outro à Associação dos Albergues Nocturnos do Porto. O lema da empresa: #NoMoreBoringSocks — mas que também não sejam demasiado arrojadas para não serem usadas em contextos mais formais. Os pares, que podem ser enviados mensalmente (8, 99 euros), são desenhados por portugueses e produzidos em Portugal. Durante a Black Friday há descontos de 50%.
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