Robin Williams deixa quatro filmes por estrear e uma sequela provavelmente cancelada
O actor planeava a continuação de Mrs. Doubtfire (Papá para Sempre), cujo argumento já estava a ser escrito. (...)

Robin Williams deixa quatro filmes por estrear e uma sequela provavelmente cancelada
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-08-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: O actor planeava a continuação de Mrs. Doubtfire (Papá para Sempre), cujo argumento já estava a ser escrito.
TEXTO: Entre os projectos deixados por Robin Williams estão quatro filmes em fase de pós-produção, entre os quais o terceiro de À Noite no Museu, que chegará aos cinemas em Dezembro. A sequela de Mrs. Doubtfire (Papá para Sempre, em português) também fazia parte dos planos do actor mas será provavelmente cancelada. Dos filmes que deixa por estrear, o terceiro título da paródia À Noite no Museu é talvez o mais esperado, por ser também o mais mediático. Night at the Museum: Secret of the Tomb, de Shawn Levy, chega aos cinemas norte-americanos na semana antes do Natal, altura em que também se deverá estrear em Portugal. Em Night at the Museum: Secret of the Tomb, cujas filmagens terminaram em Maio, o actor volta a dar vida à estátua do Presidente Theodore Roosevelt, à semelhança do que já fizera em 2006 e 2009. Do elenco fazem ainda parte Ben Stiller, Owen Wilson, Mickey Rooney, Ricky Gervais e Dick Van Dyke. Também no Natal, chegará Merry Friggin' Christmas, comédia de Tristram Shapeero sobre como Mitch (Robin Wlliams) passa esta época natalícia com a sua família com quem não tem grande relação. Robin Williams será ainda ouvido em Absolutely Anything, projecto do Monty Phyton Terry Jones e no qual o actor dará voz ao cão Dennis, e que conta ainda com a participação de John Cleese, Terry Gilliam, Michael Palin. A estreia de Absolutely Anything está prevista para 2015. Por estrear, ainda, o drama Boulevard, de Dito Montiel, no qual Robin Williams interpreta um homem que procurar fugir à sua existência monótona. Estreia no Festival de Tribeca, em Abril do próximo ano. Por fim, Robin Williams deixa a ideia de um filme que provavelmente não poderá mais acontecer ou pelo menos não como teria sido pensado. O actor que em 1993 retratou um pai divorciado que se mascara de babysitter para estar mais perto dos seus filhos queria continuar a história de Mrs. Doubtfire (Papá para Sempre), baseado no livro de Anne Fine e protagonizado ainda por Sally Fields e Pierce Brosnan. Em 1993, o filme foi um sucesso de bilheteiras, arrecadando em todo o mundo mais de 400 milhões de dólares (quase 300 milhões de euros), e ainda hoje é frequentemente transmitido na televisão. Segundo a Variety, Mrs. Doubtfire 2 já tinha o argumento escrito por David Berenbaum, que se terá encontrado com Williams nos últimos tempos, mas depois da notícia da morte do actor será difícil que avance. Em comunicado, Chris Columbus, realizador desta comédia, falou de Robin Williams como “um dos maiores actores da sua geração” mas em nenhum momento se referiu ao projecto que planeavam juntos. “Poder ver o trabalho de Robin foi mágico e um um privilégio especial. As suas performances eram diferentes de tudo aquilo que qualquer um de nós já tinha visto. Vinham de algum lugar espiritual e sobrenatural. Foi realmente das poucas pessoas que mereceu o título de ‘génio’”, escreveu o realizador em comunicado, lembrando a amizade de 23 anos com Williams. “Gostava dele como um irmão. O mundo foi um lugar melhor com o Robin e o seu lindo legado viverá connosco para sempre. ”
REFERÊNCIAS:
Campo separatista sofre pesadas baixas e enfrenta violenta ofensiva das forças de Kiev
Situação dramática devido aos combates em Donetsk e Lugansk, enquanto prossegue a “guerra humanitária” entre Kiev e Moscovo. (...)

Campo separatista sofre pesadas baixas e enfrenta violenta ofensiva das forças de Kiev
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento -0.53
DATA: 2014-08-15 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20140815170208/http://www.publico.pt/1666465
SUMÁRIO: Situação dramática devido aos combates em Donetsk e Lugansk, enquanto prossegue a “guerra humanitária” entre Kiev e Moscovo.
TEXTO: A rebelião separatista no Leste da Ucrânia sofreu um duro golpe esta quinta-feira, com a demissão de vários líderes e do seu principal comandante, Igor “Strelkov” Girkin, e o fogo intenso do Exército nacional sobre as cidades de Donetsk e Lugansk, os dois grandes centros urbanos dominados pelo militantes pró-russos, a provocar baixas significativas nas fileiras rebeldes. Segundo avança a BBC, Igor Strelkov, cidadão russo que exercia o cargo de ministro da Defesa no governo ad-hoc da auto-proclamada república independentista de Donetsk, apresentou demissão e foi prontamente substituído por Vladimir Kononov. Os rebeldes desmentiram que Strelkov, que se tornou uma figura de “culto” entre os separatistas, e que várias fontes dizem tratar-se de um agente dos serviços secretos da Rússia, tivesse sido ferido com gravidade. No entanto, não foi indicada a razão para a sua saída. A demissão de Strelkov, foi confirmada pelo ex-primeiro-ministro de Donetsk, Alexander Borodai, que também resignou ao cargo em favor de Alexander Zakharchenko. “Como provavelmente já sabem, Strelkov, tal como eu, abandonou o seu posto no governo”, declarou aos meios russos, sem explicar os motivos para ambas as decisões. Também o líder dos separatistas de Lugansk, Valeri Bolotov, comunicou à televisão russa que abandonava “provisoriamente” as suas funções devido a “ferimentos”. A cidade tem sido palco de violentos combates nas últimas semanas e as autoridades locais multiplicaram os pedidos de ajuda face a uma situação “crítica”. Falta água, luz, comunicações e abastecimentos de bens essenciais, já que a cidade se encontra fechada. Numa mensagem video publicada nas redes sociais esta quinta-feira, Bolotov, que já tinha ficado ferido em combate no mês de Maio, explica que “os ferimentos não me permitem focar toda a minha atenção no cargo em prol da população de Lugansk neste difícil período”, que descreve como de “catástrofe humanitária”. Em Lugansk, 22 civis morreram depois de obuses terem atingido um autocarro, uma loja e vários edifícios de habitação. O exército ucraniano tinha indicado que estava em curso uma ofensiva na parte oriental de Lugansk e deu conta de nove soldados mortos em 24 horas de combates. Em Donetsk, que contava um milhão de habitantes antes da guerra, os combates chegaram já ao coração da cidade. Intensos tiros de armas pesadas atingiram vários edifícios, incluindo a sede do Ministério Público e a sede da polícia, ocupadas pelos separatistas, e uma universidade. Pelo menos duas pessoas morreram, refere a AFP. Na região de Donetsk, onde o exército de Kiev trava uma ofensiva contra os rebeldes separatistas, 74 civis morreram nos últimos três dias, segundo a administração regional. Ajuda a caminho?Entretanto, as autoridades de Kiev enviaram nesta quinta-feira uma coluna de 75 camiões transportando 800 toneladas de produtos de primeira necessidade destinados às populações civis de Donetsk e Lugansk. Trata-se da resposta ao envio pela Rússia de uma coluna de 300 camiões carregados com duas mil toneladas de ajuda humanitária para as duas cidades. A coluna está agora parada num descampado perto de Rostov, a cidade russa mais próxima da fronteira junto ao território controlado pelos separatistas, mas o braço de ferro entre Moscovo e Kiev mantém-se sobre a forma como a ajuda vai ser autorizada a entrar na Ucrânia. O Governo de Kiev, tal como vários responsáveis políticos e militares ocidentais, suspeita que a coluna de veículos brancos que partiu na terça-feira de manhã de uma base militar nos arredores de Moscovo mais não é do que um “cavalo de Tróia” que serviria como cobertura para um intervenção militar russa na Ucrânia. Um cenário classificado como “absurdo” por Moscovo. Putin na CrimeiaDe visita à Crimeia, península ucraniana que foi anexada pela Rússia em Março, o Presidente russo Vladimir Putin disse que a Rússia não devia “separar-se do resto do mundo”, numa altura em que as relações com o Ocidente estão ao mais baixo nível por causa da crise na Ucrânia. Putin qualificou a situação no país vizinho de “caos sangrento” e “conflito fratricida”. “Temos que, calmamente, com dignidade e eficácia, construir o nosso país, e não separá-lo do resto do mundo”, disse Putin, num tom conciliador. “Temos que nos consolidar e mobilizar, não para nenhuma guerra ou qualquer tipo de confrontação, mas sim para trabalharmos arduamente em nome da Rússia”. O seu objectivo, disse o Presidente russo, é fazer tudo o que estiver ao seu alcance para pôr fim ao conflito sangrento no Leste da Ucrânia. O número de vítimas no Leste da Ucrânia duplicou em 15 dias e já ultrapassa os dois mil mortos, segundo a ONU.
REFERÊNCIAS:
Já há acordo para entrada de ajuda humanitária russa na Ucrânia. Falta o cessar-fogo
Cruz Vermelha está a inspeccionar carga dos 280 camiões que Moscovo quer enviar para as zonas controladas pelos rebeldes separatistas. Intensas movimentações militares na fronteira. com Kiev a dizer que destruir parcialmente uma coluna militar russa que tinha entrado em território ucraniano. (...)

Já há acordo para entrada de ajuda humanitária russa na Ucrânia. Falta o cessar-fogo
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento -0.1
DATA: 2014-08-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: Cruz Vermelha está a inspeccionar carga dos 280 camiões que Moscovo quer enviar para as zonas controladas pelos rebeldes separatistas. Intensas movimentações militares na fronteira. com Kiev a dizer que destruir parcialmente uma coluna militar russa que tinha entrado em território ucraniano.
TEXTO: O Presidente da Finlândia, Sauli Niinisto, que foi recebido pelo seu homólogo russo Vladimir Putin na sua residência de Sochi, esta sexta-feira, anunciou às agências internacionais que a entrada da coluna de ajuda humanitária de Moscovo em território ucraniano já tinha sido autorizada pelo Governo de Kiev. “Soubemos hoje que a missão humanitária vai chegar até às populações necessitadas depois de ter sido fechado um acordo entre a Ucrânia, a Rússia e a Cruz Vermelha”, informou. Segundo o líder finlandês, esse acordo deveria ainda incluir a assinatura de um acordo de cessar-fogo entre as forças governamentais e as milícias rebeldes independentistas, tal como sugerido pelo Presidente Vladimir Putin. Os dois lados continuam envolvidos em intensos combates — o Governo de Kiev acusa a Rússia de disparar contra o seu território, em violação dos tratados internacionais, e rejeita qualquer acordo de trégua que não contemple o estabelecimento do controlo das fronteiras. Os 280 camiões carregados de ajuda humanitária enviados pela Rússia para socorrer as populações cercadas das cidades de Lugansk e Donetsk estão perfilados na localidade de Kamensk-Shakhtinsky, antes de cruzar a fronteira ucraniana, para uma inspecção da carga pelas autoridades alfandegárias e representantes da Cruz Vermelha Internacional e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE). Num comunicado assinado pelo director de operações da Cruz Vermelha para a Europa, Laurent Corbaz, a organização avisa que o processo de certificação e distribuição da ajuda ainda poderá demorar algum tempo. “Ainda não obtivemos garantias de todas as partes em conflito de que esta missão poderá prosseguir com total respeito pelos princípios humanitários. Tendo em conta a complexidade logística e os desafios em termos de segurança que esta operação envolve, pedimos a colaboração das autoridades dos dois países para que os problemas possam ser resolvidos rapidamente”, lê-se no comunicado. Os funcionários da alfândega — e jornalistas estrangeiros convidados pela Rússia para observar a vistoria — confirmaram que o carregamento russo continha água, leite, farinha, material médico, geradores eléctricos e outros mantimentos. Mas também constataram que uma grande parte dos camiões que integravam a caravana seguiam praticamente vazios, levantando a questão: qual o interesse da Rússia em mobilizar dezenas de camiões vazios para entrar na Ucrânia?O Governo de Moscovo tem repetidamente negado que a sua acção humanitária seja um “cavalo de Tróia” e desmentido qualquer intenção de intervir militarmente no conflito que dura há mais de quatro meses no país vizinho. Mais de 2000 pessoas morreram desde o início da rebelião separatista no Leste da Ucrânia, e centenas de milhares abandonaram as suas casas para procurar refúgio da guerra, do outro lado da fronteira e noutras cidades da Ucrânia. As autoridades de Kiev também enviaram na quinta-feira uma coluna de 75 camiões com 800 toneladas de produtos de primeira necessidade destinados às populações civis de Donetsk e Lugansk. Mas sem um cessar-fogo, dificilmente estes camiões irão entrar nos territórios controlados pelos separatistas. Movimentações militaresDezenas de viaturas blindadas russas foram vistas em movimento na manhã desta sexta-feira no sul da Rússia, próximo da fronteira coma Ucrânia e do local onde estão estacionados perto de 300 camiões com ajuda humanitária destinada às populações vítimas de combates. Dois jornalistas britânicos, citados pela BBC, avançam que veículos do exército russo entraram em território ucraniano. Repórteres da estação de televisão britânica confirmam que tanques russos estão em movimento perto da fronteira, mas sem conseguirem, para já, indicar se se dirigem para a Ucrânia. Por sua vez, jornalistas dos jornais britânicos The Guardian e The Telegraph noticiaram que 23 viaturas blindadas de transportes de tropas, camiões e outros veículos logísticos com matrícula russa foram vistos a atravessar a fronteira, ainda na noite de quinta-feira. A AFP dá conta que uma coluna de dezenas de blindados russos circulava esta manhã numa estrada em direcção ao posto fronteiriço de Donetsk. Num telefonema com o primeiro-ministro britânico, David Cameron, o Presidente Petro Poroshenko, disse que “uma parte significativa” da coluna militar russa tinha sido destruída pela artilharia ucraniana. A informação foi repetida pelo porta-voz do Exército nacional, Andri Lisenko, em Kiev. Segundo disse aos jornalistas, as forças ucranianas detectaram a presença de um comboio militar russo no seu território, e “tomaram acções apropriadas”, que resultaram na destruição parcial da caravana.
REFERÊNCIAS:
Nesta casa “o que sobra é o que honra a mesa”
De norte a sul, estivemos com famílias numerosas e famílias mais pequenas. Mostramos as diferenças gastronómicas regionais e famílias que vivem este ritual. Começamos a série Uma Família à Mesa com os Alexandrinos, em Vouzela. (...)

Nesta casa “o que sobra é o que honra a mesa”
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-08-16 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20140816170320/http://www.publico.pt/1665829
SUMÁRIO: De norte a sul, estivemos com famílias numerosas e famílias mais pequenas. Mostramos as diferenças gastronómicas regionais e famílias que vivem este ritual. Começamos a série Uma Família à Mesa com os Alexandrinos, em Vouzela.
TEXTO: Na cozinha de Lucília Mendes Alexandrino há um forno e um fogão a lenha. O forno está embutido na parede, em pedra típica da Beira, que se acende mais no Inverno; o fogão tem várias gavetas, em que umas guardam a lenha a arder, outras servem para assar o porco e vitela com batatas como hoje. De Verão ou Inverno aqui a comida cozinha-se a lenha. “O sabor é totalmente diferente”, garantem-nos. Mas também há uma Bimby, usada pela filha Catarina para lasanha, empadão de carne, leite-creme, mousse de chocolate. Na Bimby, Lucília não mexe. Lucília, de 65 anos, ajudada pela cunhada Isilda Alexandrino, de 58, está desde as 10h a preparar o almoço deste primeiro domingo de Agosto para a família: os dois irmãos de Lucília, António e Agostinho Alexandrino, a sobrinha Inês (filha de Agostinho e de Isilda), as duas filhas, Rita e Catarina, o genro António José, e os dois netos, Mariana, sete anos, e Joaquim, quatro meses. Da família mais directa faltam os três filhos de António, de 40, 34 e quase 32 anos. Batemos à porta desta moradia em Quintela de Queirã (Vouzela) pelas 10h30, como indicado. Atravessamos o pátio, passamos pelo terreiro coberto da churrasqueira. Levam-nos para a cozinha, um espaço que fica separado da casa principal, onde está também a sala de jantar e um escritório. Catarina, de 31 anos, põe os guardanapos na mesa, onde uma toalha aos quadrados azuis e brancos serve de protecção a 10 lugares (oito para a família, mais dois para os repórteres). A toalha combina com a parede pintada de azul, onde está pendurado um quadro com uma natureza-morta. Às traseiras, Lucília vai buscar couve, tomates, cenouras, batatas… Faz questão de produzir o que come, mas diz que fica mais caro do que comprar. “É a tradição e ter a terra cultivada”, explica. “Às vezes não é só o dinheiro, os olhos também comem, eu gosto de ver. Estou habituada à agricultura, os meus pais eram agricultores, e a gente gosta de ver aquelas coisas bonitas a nascer, a verdura natural. ” Começou de manhã a fazer as sobremesas, uma espécie de sonhos de abóbora e aletria. Chegámos quando estavam a preparar o cozido à portuguesa, outro prato além do assado de um almoço que vai incluir entradas como orelheira de porco ou rissóis e uma sopa com feijão pilado, pão ensopado, repolho e caldo de carne. Comida não pode faltar: “O que sobra é o que honra a mesa, porque é sinal que houve fartura; toda a gente ficou satisfeita e sobrou”. A sopa, a vitela e a aletria são uma tradição que vem da casa dos pais de Lucília. “Quer queiramos, quer não, a casa dos nossos pais é uma escola que temos para a vida. Vamos sempre buscar o que se aprendeu junto deles. Há momentos que a gente está a ver o que se passou. Pode crer”, comenta. Reproduzir memóriasEm casa dos pais de Lucília “não havia ralhetes, não havia álcool, era gente certinha”, foi o que sempre tentou transmitir às filhas. Eles viviam do campo, de trabalhos agrícolas – criavam animais, vendiam azeite, batatas, cebolas, etc. “A minha mãe não sabia ler nem escrever. Os meus avós tinham dinheiro, mas naquele tempo, sabe como é, ninguém os mandava para a escola. O meu pai tinha a quarta classe, mas era uma pessoa avançada: via o futuro e não tinha medo de andar para a frente. ” Hoje, domingo, Lucília está a reproduzir o que viveu com os pais e com os avós. A memória surge: “Ainda parece que sinto aquele cheirinho. . . ” Os avós eram agricultores e depois “eram do tempo da exploração do volfrâmio, que deu de comer a muita gente”. A região tinha muita pobreza, comenta. “Lembro-me muito bem daquela juventude que trabalhava na vida agrícola. Muitos iam lá porque comiam. Os pobres vinham pedir às portas, começavam por rezar. E a dona de casa vinha com uma sopa. ” Pobreza assim já não vê na região. “A Segurança Social vai ajudando. As reformas são poucas, mas vai ajudando. Nos tempos atrás era zero. ” Professora na reforma, Lucília ensinou durante 30 anos, 24 deles na Telescola, sistema que serviu a muita gente nas aldeias isoladas. Tem ainda um atelier de artes decorativas na Associação do Grupo de Cavaquinhos e Cantares à Beira, grupo que tem gravado vários discos. Às quintas-feiras e aos sábados trabalha no atelier a pintar telas e a fazer recuperação de peças – como panelas da manteiga do porco, “as arcas das pessoas antigas”, frigideiras, potes de resina, etc. O tempo passa rápido e mais rápido para Lucília e Isilda que não param, e todo o dia. Não as iremos ver sentadas tão cedo. Mesmo quando as travessas estão na mesa, há outra coisa a fazer na cozinha. “É sempre assim”, diz Rita, que agora vive entre Viseu, Quintela de Queirã e Bodiosa. É sempre assim em casa da mãe ou em casa da tia Isilda – as reuniões familiares “rodam” entre as duas casas, uma ajuda a outra. “Moralmente não é que tenha muita vontade”, desabafa Lucília, que perdeu o marido em Setembro do ano passado. Joaquim Mendes, professor, era presidente da Junta de Freguesia de Queirã e foi levado aos 62 anos pelas chamas de um incêndio quando tentava salvar a carrinha da junta (ainda esteve hospitalizado uns 20 dias). A família ainda está a recuperar, “não é fácil”, mas, diz Lucília, “a melhor homenagem que podemos fazer é dar continuidade à obra dele”. Está a tentar que a filha Rita pegue em projectos que ele tinha, como criar a monografia da freguesia. Estiveram casados 38 anos, com namoro incluído foram 42. Lucília cita muitas vezes o marido. Que dizia: “Quanto mais ilusões tivermos, quanto mais iludirmos a vida com ilusões, melhor é. Porque se formos a pensar na realidade, o nosso fim é morrer. Se estamos entretidos, estamos esquecidos, a viver. ”
REFERÊNCIAS:
Pedro Costa melhor realizador e Lav Diaz Leopardo de Ouro em Locarno
Palmarés equilibrado e justíssimo premiou ainda o americano Alex Ross Perry e o brasileiro Gabriel Mascaro, numa escolha que soube recompensar os melhores e mais interessantes filmes a concurso. (...)

Pedro Costa melhor realizador e Lav Diaz Leopardo de Ouro em Locarno
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 1.0
DATA: 2014-08-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: Palmarés equilibrado e justíssimo premiou ainda o americano Alex Ross Perry e o brasileiro Gabriel Mascaro, numa escolha que soube recompensar os melhores e mais interessantes filmes a concurso.
TEXTO: Pelo quarto ano consecutivo, um cineasta português regressa premiado do festival de Locarno. Pedro Costa recebeu o Leopardo de Melhor Realizador por Cavalo Dinheiro, num palmarés equilibrado e atento que atribuiu o prémio máximo do evento, o Leopardo de Ouro, ao filme do filipino Lav Diaz From What Is Before. Listen Up Philip, do americano Alex Ross Perry, recebeu o Prémio Especial do Júri, e Ventos de Agosto, do brasileiro Gabriel Mascaro, uma menção especial. O júri, presidido pelo documentarista Gianfranco Rosi e composto ainda pelas actrizes Alice Braga e Connie Nielsen e pelos realizadores Thomas Arslan e Diao Yinan, anunciou as suas escolhas numa conferência de imprensa que decorreu esta manhã no Palazzo Morettini. O palmarés, justíssimo, recompensou os filmes mais interessantes exibidos ao longo dos últimos dez dias e foi recebido com muitos aplausos pelos jornalistas que enchiam a sala, sobretudo quando Pedro Costa e Lav Diaz foram nomeados. A actriz francesa Ariane Labed recebeu o Leopardo para a melhor interpretação feminina pelo seu retrato de uma engenheira da marinha mercante em Fidelio - L'Odyssée d'Alice de Lucie Borleteau; o prémio de interpretação masculina foi para o russo Artem Bystrov, pelo seu canalizador idealista em The Fool, de Yuri Bykov. From What Is Before, um intensíssimo exercício de memória ambientado nas Filipinas profundas à beira da instauração da lei marcial por Ferdinando Marcos, foi dos primeiros filmes a ser exibidos e, com quase seis horas de duração, tornou-se igualmente num dos "fenómenos" do festival. Tem, curiosamente, vários pontos de ligação com Ventos de Agosto, onde Gabriel Mascaro olha também para uma comunidade remota nos confins da selva, embora os filmes sejam extraordinariamente diferentes em tom e narrativa. E ambos não podiam estar mais nos antípodas de Listen Up Philip, uma comédia dramática amarga e urbana sobre as dificuldades de relacionamento de um escritor nova-iorquino. Em comum têm serem filmes de cineastas que trabalham temáticas narrativas clássicas (a história, a memória, a passagem à idade adulta, a relação com os outros e a comunidade) inspirados por formas históricas do cinema mas trabalhando-as de modo moderno e radical. Cavalo Dinheiro, que fora considerado um dos favoritos ao Leopardo de Ouro, foi inicialmente recebido com algumas reservas mas as críticas que têm entretanto sido publicadas são assaz entusiasmadas. Caso de Scott Foundas, que na revista Variety lhe chama um filme "estranha e assombradamente belo", que "desafia classificações e reimagina as possibilidades do cinema"; ou de Eric Kohn, do site Indiewire, que descreve Cavalo Dinheiro como "um poema tonal cinemático" que "lança um encantamento difícil de afastar". Para lá de Pedro Costa, que teve aqui a sua terceira passagem pelo concurso de Locarno após No Quarto de Vanda e o filme colectivo Memories, Portugal esteve ainda no palmarés através da co-produção Songs from the North (Rosa Filmes). Este ensaio-documentário da sul-coreana Soon-mi Yoo, criado a partir das suas viagens à reclusiva Coreia do Norte, foi apresentado na competição Cineasti del Presente e recebeu o prémio Opera Prima para melhor primeiro filme, transversal às principais secções do festival. O júri do concurso secundário Cineasti del Presente, dedicado a primeiras e segundas obras, presidido pelo cineasta sírio Ossama Mohammed, optou por premiar a América Latina. O Leopardo de Ouro Cineasti del Presente coube ao mexicano Ricardo Silva por Navajazo e o Prémio Especial do Júri ao colombiano Oscar Ruiz Navia por Los Hongos. PalmarésCompetição InternacionalLeopardo de Ouro - From What Is Before (Filipinas) de Lav DiazPrémio Especial do Júri - Listen Up Philip (EUA) de Alex Ross PerryMelhor Realização - Pedro Costa por Cavalo Dinheiro (Portugal)Melhor Actriz - Ariane Labed por Fidelio, L'Odyssée d'Alice (França)Melhor Actor - Artem Bystrov por The Fool (Rússia)Menção especial - Ventos de Agosto de Gabriel Mascaro (Brasil)Cineasti del PresenteLeopardo de Ouro - Navajazo (México) de Ricardo SilvaPrémio Especial do Júri - Los Hongos (Colômbia/França/Argentina/Alemanha) de Oscar Ruiz NaviaMelhor Realizador Emergente - Simone Rapisarda Casanova por La Creazione di Significato (Canadá/Itália)Menção especial - Un jeune poète (França) de Damien ManivelOpera Prima (melhor primeiro filme) - Songs from the North (EUA/Coreia do Sul/Portugal) de Soon-mi YooPardi di Domani (curtas-metragens)Pardino d'Oro internacional - Abandoned Goods (Reino Unido) de Pia Borg e Edward Lawrenson
REFERÊNCIAS:
A reforma que não vai sair da gaveta
Há alguma hipótese de Passos se sentar à mesa com Seguro ou Costa para debater as pensões? (...)

A reforma que não vai sair da gaveta
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-08-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: Há alguma hipótese de Passos se sentar à mesa com Seguro ou Costa para debater as pensões?
TEXTO: Mesmo os juízes do Tribunal Constitucional (TC) que chumbaram o corte de pensões proposto pelo Governo reconhecem a existência de um problema de sustentabilidade na Segurança Social. Perante o actual quadro demográfico e depois de uma década de recessão, estagnação ou crescimento anémico é inevitável repensar o sistema de previdência. Passos Coelho esteve bem ao propor ao PS uma espécie de pacto de regime para reformar a Segurança Social. Mas o líder do PSD cometeu dois erros. O primeiro foi ter feito a proposta na festa do Pontal. Não é no meio de um discurso político inflamado, para militante ouvir, e com constantes críticas aos socialistas, que o líder do PSD deve propor consensos de tal alcance. E o segundo erro é que Passos ter-se-á esquecido de avisar o seu parceiro de coligação sobre este pacto, o que também não lhe fica bem. No dia anterior ao Pontal, Paulo Portas, que falava em nome do Governo, ainda sugeria a possibilidade de o Executivo poder remodelar a contribuição de sustentabilidade. Coisa que pelos vistos não vai acontecer. O que é ingrato para os centristas, que hoje até têm um dos seus a ocupar a pasta da Segurança Social. O problema é que para fazer a reforma com o PS é preciso que os socialistas também queiram. Mas nesta altura de campanha para as primárias é preciso ouvir os dois PS: o de António Costa e o de António José Seguro. O problema é que nem um nem outro se mostraram muito interessados na proposta de Passos Coelho. E curiosamente, numa altura em que os dois candidatos tentam vincar as suas diferenças programáticas, a resposta de ambos foi que o “crescimento económico” tratará de resolver os problemas do nosso sistema de previdência. Aliás, o crescimento económico tem sido apresentado pelos socialistas como resposta para várias perguntas, para as quais ainda não tem uma resposta muito diferente da do Governo. É pouco para quem ambiciona ser primeiro-ministro em 2015. E que se conseguir chegar a São Bento enfrentará o mesmo problema que o actual Governo está hoje a enfrentar. António Costa diz que o tema é para se “ir acompanhando no futuro, na concertação social”, repescando com orgulho a herança socialista e a reforma de Vieira da Silva de 2006. Coisa que António José Seguro não fez. Preferiu esboçar algumas “linhas” com que pretende coser a Segurança Social. Além do dito “crescimento económico” e do facto de ser contra o plafonamento das contribuições, Seguro defendeu um acelerar da convergência do sistema público de pensões para o sistema geral. Ora a convergência entre a CGA e o regime geral foi precisamente o que este Governo tentou fazer e não conseguiu que passasse no TC. Tendo pelo menos este ponto em comum, os dois partidos já têm pelo menos uma razão para se sentarem à mesma mesa e pelo menos discutir o tema.
REFERÊNCIAS:
O milagre do rock’n’roll no Fusing segundo Tiger Man
Noite derradeira do 2.º Fusing, na Figueira da Foz, juntou Legendary Tiger Man e Dead Combo para uma versão de Teenage Kicks. Entre vários concertos arrebatados, foi do homem tigre o concerto que, num milagre, anulou barreiras entre público e músicos. (...)

O milagre do rock’n’roll no Fusing segundo Tiger Man
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-08-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: Noite derradeira do 2.º Fusing, na Figueira da Foz, juntou Legendary Tiger Man e Dead Combo para uma versão de Teenage Kicks. Entre vários concertos arrebatados, foi do homem tigre o concerto que, num milagre, anulou barreiras entre público e músicos.
TEXTO: Ainda o concerto dos Paus vai no adro e Hélio Morais, baterista siamês, dedica Mudo e Surdo àquele que “fez como Moisés: separou as águas e deixou entrar pessoal aqui para a frente”. Explique-se: o Moisés de que Hélio fala é Legendary Tiger Man e o milagre da separação das águas foi antes o da separação das barreiras que separavam o público do palco. Já na quinta-feira, a rapper Capicua comentara a pouco habitual e indesejável distância cavada pelo fosso para os fotógrafos (a melhorar em futuras edições), abrindo verdadeiramente um buraco na relação com a assistência e não permitindo, em parte, que as actuações aquecessem ainda mais. Só pelo espírito rock’n’roll e pela assertividade de Paulo Furtado passou então a ideia de um pedido/ordem simples para que os seguranças abrissem a barreira e deixassem o seu público, “gente de bem”, afiançaria o músico, acercar-se do palco. Tratava-se de um concerto de rock’n’roll, pois bem, e o rock’n’roll faz-se de proximidade física, de contacto, de suor partilhado, sem distâncias de segurança. O pequeno episódio mostrava aquilo que já não é surpresa: Tiger Man é um animal de palco pela sua energia contagiante e selvática, naturalmente, mas também pela sua capacidade prática de transformar situações adversas e impregnar desse espírito cada momento e dimensão da sua actuação. Daí que o final da sua fulgurante passagem pelo Fusing se faça gritando repetidamente “rock’n’roll” na direcção do público e pedindo resposta a condizer. Na última e mais visitada noite do festival da Figueira da Foz, instalava-se finalmente a euforia. Essa euforia justificar-se-ia em boa parte também pela forma inteligente como Tiger Man tem sabido partir da crueza blues-punk de temas como Naked Blues ou Big Black Boat – trocando o Mississípi pelo Mondego ali ao lado –, que ouvimos com a habitual eficácia primitiva na Figueira da Foz, sem permitir que essas águas possam estagnar. Fê-lo em Femina, claro, na busca de diálogos com outras vozes, mas sobretudo agora em True, quando faz dos blues matéria para a elegância de Do Come Home ou para canções febris e arfantes como Wild Beast. Ao vivo, Furtado não finge que se esqueceu do estúdio, e promove agora um banquete rock’n’roll repartido com a bateria de Paulo Segadães e o saxofone de João Cabrita. Mantendo intacta a aspereza da música, dá-lhe mais corpo, músculo e nervo, com o saxofone a facilitar algumas aproximações à sonoridade dos Rocket from the Crypt, particularmente em temas que não param de crescer como Storm Over Paradise ou Dance Craze. O festim terminaria com 21st Century Rock ‘n’Roll, não sem antes Furtado chamar ao palco outros dos protagonistas da noite, os Dead Combo, para o clássico punk Teenage Kicks, dos Undertones, versão para três guitarras, guitarra e sax, lembrando que este Tiger Man é progressivamente menos solitário sem perder as suas qualidades assanhadas de animal ferido. Relicários e ÁfricasÀ frente do seu emblemático cenário de relicário mexicano, os Dead Combo ajudaram a esta estranha constatação do insólito de ver o palco principal do Fusing ocupado por grupos aos quais dificilmente se imaginaria, há meia dúzia de anos, poderem ser atracções principais num festival: duas bandas instrumentais (maioritariamente instrumental, no caso dos Paus) e uma one-man band (hoje ampliada). É por isso com uma satisfação espantada que se vê o Fusing a reconhecer os cultos alargados em torno de cada um e se assiste a uns Dead Combo que são desde logo saudados como heróis de uma certa identidade nacional porosa em que todos se querem reconhecer e ser personagens. Começando pelo tom western/fado que se tornaria a sua primeira imagem de marca, seguem depois por blues ao jeito dos White Stripes ou por um Pacheco que magnificamente se transformou (com a substituição da melódica pelo piano-anão tocado por Pedro Gonçalves) num tema enorme na sua soturnidade blues-jazz. E há mornas, claro, blues retorcidos e arrastados à boa maneira de Tom Waits, uma versão (Temptation) do próprio Waits, rock puro e duro em Cacto, a sombra constante de Carlos Paredes e todos estes universos aumentados pela bateria marcada de Alexandre Frazão. Momentos houve em que a banda pareceu dessincronizada com o baterista, mas coisa pouca para o tanto que chega do palco, a criação de um mundo irrepetível em qualquer outro idioma musical. E é essa dimensão específica que parece caber especialmente bem nos intentos do Fusing, de privilegiar a originalidade musical portuguesa. Ao mesmo tempo que se mostrava na Garagem das Artes uma recolha dos resultados de passeios de instagrammers pelas ruas da Figueira da Foz – e por onde durante a tarde X-Acto fizera uma curiosa e instrutiva apresentação prática e teórica do scratch, como nasceu e que aplicações tem no universo do hip-hop –, Fachada abria o palco principal agora que deixou cair o B do nome. Sozinho com os seus teclados e samplers, deixou clara a sua proposta de filiação na música de José Afonso. Não é só pelo facto de anunciar “antes do Godinho havia outro com outro nome”, e em seguida mandar uma dedicatória enquanto espreita o céu e arrancar com Já o Tempo se Habitua. Fachada prossegue nesta sua via de encher as suas canções de África, a partir das pistas de Zeca Afonso (e até de Paul Simon), mas com a distinta colagem de uma electrónica impolida ao cancioneiro popular português. Há marchinhas subsarianas e afro-chulas, e uma bonita balada quase soul lusa (Não Pratico Habilidades) de um músico absolutamente singular na música desta terra. E que vinga por isso mesmo.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave corpo animal
Duas detenções e 33 contra-ordenações em operação no dia da abertura da caça
Época abriu no domingo. (...)

Duas detenções e 33 contra-ordenações em operação no dia da abertura da caça
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-08-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: Época abriu no domingo.
TEXTO: A Guarda Nacional Republicana (GNR) anunciou nesta segunda-feira a detenção de duas pessoas por caça de espécies não autorizadas, e o levantamento de 33 contra-ordenações por incumprimento da legislação da caça e do regime jurídico das armas e munições. A GNR explica em comunicado que durante a operação Artémis, realizada no domingo, dia da abertura da caça a espécies migradoras, apreendeu seis armas de fogo, 15 animais de espécies diversas e oito documentos (carta de caçador e documentos de armas apreendidas). A GNR acrescenta que a operação de fiscalização ao exercício do ato venatório teve como objectivo "compatibilizar a actividade cinegética com a conservação da natureza e da biodiversidade". A operação foi desenvolvida pelo Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente, da GNR.
REFERÊNCIAS:
Entidades GNR
Rockets contra Israel e ataques na Faixa de Gaza põem fim ao cessar-fogo
Governo israelita acusa Hamas de ter violado a trégua e ordenou o regresso da equipa que estava a negociar com os palestinianos no Cairo. (...)

Rockets contra Israel e ataques na Faixa de Gaza põem fim ao cessar-fogo
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-08-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Governo israelita acusa Hamas de ter violado a trégua e ordenou o regresso da equipa que estava a negociar com os palestinianos no Cairo.
TEXTO: As negociações entre israelitas e palestinianos no Cairo chegaram ao fim sem qualquer avanço, depois de um cessar-fogo entre as duas partes ter sido novamente violado. Ao fim de cinco dias de conversações na capital do Egipto, os representantes do Governo de Israel e do Hamas aceitaram na noite de segunda-feira alargar a trégua por mais 24 horas, mas essa nova pausa foi quebrada ao fim da manhã desta terça-feira. O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, já ordenou o regresso a casa da equipa que estava no Cairo a tentar encontrar uma solução para o conflito na região. A agência Reuters avança que um dos seus correspondentes viu um avião israelita a lançar um míssil em Gaza, e o Exército israelita, em comunicado, avança que ordenou ataques contra "alvos terroristas" do Hamas. De acordo com o Governo de Israel, a extensão do cessar-fogo por mais 24 horas foi quebrada pelo Hamas, que terá lançado três rockets contra uma região no Sul do país. As conversações esbarraram em exigências inaceitáveis para ambos os lados. O Hamas exige o levantamento do bloqueio ao território que dura há oito anos e que impede a entrada de muitos materiais essenciais à economia; Israel teme que se levantar o bloqueio, entre em Gaza material que sirva para armar os grupos palestinianos ou construir os túneis através dos quais os seus combatentes tentam entrar em Israel e raptar ou atacar soldados. O cimento é um material especialmente controverso, porque pode ser destinado aos túneis, mas é também essencial para a reconstrução do território, após a devastação dos ataques do último mês. Israel exige a desmilitarização total do território, mas o Hamas recusa perder a sua característica essencial, que é lutar contra uma força ocupante e um Estado que não reconhece. Antes do anúncio da retirada de Israel da mesa de negociações no Cairo, o diálogo centrava-se numa flexibilização do bloqueio, com entrada de mais bens sob supervisão; no aumento da zona de pesca para os pescadores de Gaza, que viram o limite tão reduzido que mal têm o que pescar; e no adiamento da discussão sobre a construção de um porto em Gaza (que já existiu mas que foi destruído por Israel). Qualquer abertura do território sem uma supervisão apertada está fora de questão, não só para Israel como para o Egipto, que vê o Hamas como um movimento ligado à Irmandade Muçulmana – que as autoridades militares do Cairo ilegalizaram e perseguem (ainda esta semana, a Human Rights Watch denunciou um plano organizado para matar apoiantes da Irmandade e do antigo Presidente Mohamed Morsi em Agosto do ano passado, quando as forças egípcias desmantelaram acampamentos de protesto matando centenas de manifestantes). Desde o início da mais recente guerra entre Israel e o Hamas já morreram mais de 1900 palestinianos e 67 israelitas (64 soldados e três civis).
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave guerra
GNR e PSP juntas em operação de grande envergadura esta madrugada
A GNR e a PSP desenvolveram esta madrugada uma acção nacional conjunta, integrada na Operação Páscoa, destinada à prevenção de infracções rodoviárias e criminalidade, com a fiscalização de viaturas e buscas à possível existência de droga e explosivos. (...)

GNR e PSP juntas em operação de grande envergadura esta madrugada
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-04-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: A GNR e a PSP desenvolveram esta madrugada uma acção nacional conjunta, integrada na Operação Páscoa, destinada à prevenção de infracções rodoviárias e criminalidade, com a fiscalização de viaturas e buscas à possível existência de droga e explosivos.
TEXTO: A acção conjunta, que decorreu entre as 00h00 e as 06h00 de hoje, está integrada na Operação Páscoa, que as forças policiais têm no terreno até segunda-feira. “É uma operação determinada pelo Ministério da Administração Interna, em estreita colaboração com a GNR, que visa essencialmente a prevenção criminal e contra-ordenacional nesta época festiva”, sintetizou o subcomissário Daniel Oliveira, da PSP-Porto. No distrito do Porto, onde a agência Lusa acompanhou parte das operações, a GNR mobilizou 70 militares e 23 viaturas, enquanto a PSP destacou para as fiscalizações 130 agentes e 30 viaturas. A GNR enviou para o terreno efectivos dos destacamentos territorial, de trânsito, de acção fiscal e de intervenção, para além de efectivos do Núcleo de Investigação Criminal e de dois cães, o Tito, especializado na detecção de droga e o Scooby, treinado para detectar explosivos, explicou o tenente Nuno Alves, da Guarda Nacional Republicana. Por sua vez, a PSP mobilizou agentes da Divisão de Trânsito, esquadras territoriais, Divisão de Investigação Criminal e Corpo de Intervenção, contou o subintendente Coelho de Moura. Faria Guimarães e Marquês, no Porto, Póvoa de Varzim, Matosinhos, Vila do Conde e Gaia foram as áreas que a PSP privilegiou na sua actuação, enquanto a GNR fechou a auto-estrada 28, em Modivas, Vila do Conde, no sentido norte-sul, desviando o trânsito para o interior de uma área de serviço, para fiscalizar todas as viaturas. Outro posto de fiscalização foi instalado junto ao nó de Coimbrões, Gaia, classificado como “ponto negro” pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária. O balanço nacional da operação será feito ainda esta manhã pelo Comando Geral da GNR e pela Direcção Nacional da PSP.
REFERÊNCIAS: