Almeida Faria conseguiu não chorar na FLIP
Dois cavalheiros da literatura, o chileno Jorge Edwards e o português Almeida Faria contaram histórias de amizades literárias no último dia da Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP). (...)

Almeida Faria conseguiu não chorar na FLIP
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-08-04 | Jornal Público
SUMÁRIO: Dois cavalheiros da literatura, o chileno Jorge Edwards e o português Almeida Faria contaram histórias de amizades literárias no último dia da Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP).
TEXTO: Era o ano de 1975 e a campainha da casa de Almeida Faria em Lisboa tocou. Era o ano “mais quente” da Revolução de Abril e à porta estava um jovem casal que o escritor português não conhecia. Perguntaram se podiam entrar, entraram. Ele apresentou-se como escritor brasileiro, trazia um livro na mão: Lavoura arcaica. Era Raduan Nassar. O brasileiro, que publicou apenas três livros e cuja obra está entre o que há de melhor na literatura brasileira, já viajava muito pouco naquela época (agora não viaja quase nada) e desde 1984 que não publica livros. E disse ao escritor português: “Este meu livro saiu agora no Brasil e como eu acho que ele deve muito ao seu livro A Paixão eu quis vir oferecer-lhe o livro pessoalmente”. Foi assim que, no domingo à tarde, o único português convidado para esta edição da Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP) contou como conheceu pessoalmente um dos mais misteriosos escritores brasileiros. “Graças a este encontro breve nós tornámo-nos amigos, mas amigos à distância. Depois disso estive muitos anos, mais de 25 anos, sem o ver. Em 2001 vim a São Paulo e claro que o visitei e agora, esta semana, irei visitá-lo. Serão três encontros ao longo da vida mas são encontros a que dou muita importância. ”É precisamente este livro, A Paixão, de 1965, que acaba de ser publicado no Brasil pela Cosac Naify - editora onde também está publicado Valter Hugo Mãe. O escritor Paulo Roberto Pires, moderador da sessão na Tenda dos Autores, disse que “o livro é um espanto”. No entanto Almeida Faria considera hoje que Lavoura Arcaica é ainda melhor do que A Paixão. Outro dos encontros memoráveis do escritor português de 71 anos aconteceu mais recentemente, há dois anos, quando foi convidado para a Festa Literária de Porto de Galinhas (Fliporto) e pediu para o colocarem em diálogo no palco com Ariano Suassuna (1927-2014), escritor que morreu no mês passado. Ele aceitou e o tema foi o sebastianismo. “Convidou-me também para ir a casa dele, toda a manhã leu-me o seu romance inédito e ofereceu-me 30 quilos das suas obras completas. E depois participámos num debate assistido por milhares de pessoas e foi muito divertido. No último dia da festa dedicou-me o seu espectáculo, disse que era dedicado 'àquele portuguesinho desconhecido'”, contou Almeida Faria, que tem agora a ideia de escrever uma continuação do seu romance O Conquistador (1990), que se passará no Brasil e poderá ter Ariano Suassuna entre as personagens. Almeida Faria é um leitor de poesia brasileira desde muito cedo. “Como sou feminista tenho um grande fraquinho pelas escritoras”, brincou. “Clarice Lispector, que era também um poeta em prosa, sempre me pareceu uma escritora fora do comum. Aliás anotei aqui uma frase dela que considero muito próximo daquilo que eu quero fazer: ‘A palavra é a isca para pescar o que não é palavra’. ” E explicou que isto quer dizer que a literatura deve tentar ir além dela própria e dizer mais do que o que está nas palavras. “Graças a essa isca das palavras podemos ultrapassar-nos a nós mesmos. Pelo menos no meu caso, no final de um livro fico a saber sempre mais sobre mim do que sabia no princípio. ”A outra grande escritora brasileira que Almeida Faria muito admira é Cecília Meireles. “Escreveu um poema que descreve bem o que é envelhecer. O poema chama-se Retrato". E recitou: “Eu não tinha este rosto de hoje, /assim calmo, assim triste, assim magro, / nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo. / Eu não tinha estas mãos sem força, / tão paradas e frias e mortas;/ eu não tinha este coração que nem se mostra. /Eu não dei por esta mudança, / tão simples, tão certa, tão fácil:/ Em que espelho ficou perdida a minha face?” A sala aplaudiu, muito. “Consegui não chorar, ao contrário de Valter Hugo Mãe”, disse o escritor. E ouviram-se risos, do palco à plateia. Rubem Braga, o mago do whiskyO escritor Jorge Edwards, que nasceu no Chile em 1931 e ganhou o Prémio Cervantes em 1999, foi o companheiro de palco do escritor português nesta FLIP. Com uma longa carreira diplomática que encerrou este ano em Paris, está a lançar no Brasil um dos seus romances mais conhecidos, A origem do Mundo, que se passa em Paris entre exilados chilenos. Também ele contou na Tenda dos Autores divertidas histórias de amizade no meio literário, lembrando que em Santiago, no Chile, nos anos 1950, quando tinha 20 e tal anos, se passavam coisas. “Não muitas, mas um dia chegou um brasileiro para ser chefe do escritório comercial do Brasil. Era um personagem bastante silencioso e quando falava não entendíamos quase nada do que dizia. Era silencioso e difícil de compreender. ”
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Palavras-chave feminista
Palestinianos entendem-se sobre exigências a Israel
Israel faltou a negociações no Cairo, acusando o Hamas de violação do cessar-fogo que devia ter começado sexta-feira. (...)

Palestinianos entendem-se sobre exigências a Israel
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DATA: 2014-08-04 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20140804170207/http://www.publico.pt/1665279
SUMÁRIO: Israel faltou a negociações no Cairo, acusando o Hamas de violação do cessar-fogo que devia ter começado sexta-feira.
TEXTO: As delegações de palestinianos que se deslocaram ao Cairo para a negociação de um eventual cessar-fogo com Israel chegaram a acordo entre si sobre um conjunto de exigências, incluindo a retirada de tropas israelitas, a abertura de “pontos de passagem” para o exterior e o fim do bloqueio de Gaza - disse um responsável da Frente Democrática de Libertação da Palestina, Mahler al-Taher, a AFP. Para a noite deste domingo estava previsto um encontro com os mediadores egípcios, os quais transmitirão depois as suas exigências a Israel, que recusou enviar negociadores, depois de ter acusado o Hamas da quebra de cessar-fogo, na sexta-feira. As exigências palestinianas – confirmadas por um responsável da Fatah, que governa a Cisjordânia – incluem ainda o aumento da zona de pesca para as 12 milhas náuticas e a libertação de presos palestinianos. No Cairo estão representadas organizações como o Hamas, que governa Gaza, e a Fatah. O Egipto tinha proposto um cessar-fogo nos primeiros dias do conflito em Gaza. Para este fim-de-semana chegaram a estar previstas negociações com a presença de Israel, que acabaram por ser inviabilizadas pela violação do cessar-fogo .
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave violação
Desemprego acentua tendência descendente e cai para 13,9%
Durante o último ano desapareceram 137,4 mil desempregados e foram criados 90 mil empregos. (...)

Desemprego acentua tendência descendente e cai para 13,9%
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DATA: 2014-08-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: Durante o último ano desapareceram 137,4 mil desempregados e foram criados 90 mil empregos.
TEXTO: A tendência de recuperação do mercado de trabalho em Portugal acentuou-se durante o segundo trimestre deste ano, com a descida da taxa de desemprego para 13, 9%, anunciou nesta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). Este resultado representa uma melhoria de 1, 2 pontos percentuais face aos primeiros meses do ano, um período em que a taxa de desemprego se cifrou em 15, 1%. O segundo trimestre de cada ano costuma ser tradicionalmente uma fase de descida do desemprego, devido à criação momentânea de postos de trabalho de carácter sazonal, especialmente nos sectores do turismo e da restauração. No entanto, ao observar a evolução da taxa de desemprego face ao mesmo período do ano passado (retirando assim os factores sazonais), é também evidente uma melhoria significativa dos indicadores do mercado de trabalho. A taxa de desemprego caiu, em termos homólogos, 2, 5 pontos percentuais, de 16, 4% para 13, 9%. Esta descida da taxa de desemprego face ao mesmo período do ano passado ocorreu por causa do “desaparecimento” de 137, 4 mil desempregados. Neste momento, o INE contabiliza a existência de 728, 9 mil pessoas que se declaram activas e à procura de um posto de trabalho, mas que não encontram emprego. Face ao primeiro trimestre deste ano, a redução do número de desempregados foi de 59, 2 mil pessoas. No entanto, de novo em comparação com o mesmo período do ano passado, nem toda a diminuição de desempregados se deveu à criação de empregos em Portugal. De acordo com os dados do INE, nos últimos 12 meses criaram-se 90 mil empregos em Portugal. A diferença entre estes 90 mil empregos criados e a diminuição de 137, 4 mil desempregados deve-se à passagem de parte da população para a inactividade ou à diminuição da população em geral, seja pela deterioração do saldo entre nascimentos e mortes, seja pela deterioração do saldo migratório. Neste período, a população total estimada pelo INE diminuiu em 62, 8 mil pessoas. Novo empregos nos serviços e para licenciadosPor sectores, o aumento do número de empregos face ao que acontecia no ano passado ocorreu especialmente nos serviços. De acordo com o INE, neste sector criaram-se no último ano 144, 1 mil empregos. Um valor muito mais alto do que o registado na indústria, onde se ganharam 20, 6 mil empregos. No sentido inverso estiveram os postos de trabalho existentes na agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca, que registaram uma descida de 55, 8 mil. A maior parte dos novos empregados têm um nível de escolaridade elevado. No último ano, passou a haver mais 155, 3 mil licenciados entre os empregados. Em sentido contrário, diminuiu o número de empregados que contam com uma escolaridade apenas até ao 3º ciclo. Passou a haver também mais 81, 7 empregados com o ensino secundário. Ainda assim, apesar destes números, a taxa de desemprego entre os jovens com idades entre os 15 e os 24, continua a níveis elevados, nos 36, 6%, o que compara com 37, 5% no primeiro trimestre deste ano e com 37, 4% no segundo trimestre de 2013. A taxa de desemprego de longa duração (pessoas desempregadas há mais de um ano) desceu de forma mais lenta do que a taxa de desemprego total. Caiu de 9, 6% no primeiro trimestre do ano para 9, 4% no segundo trimestre. No mesmo período do ano passado, estava em 10, 1%. Assim, a percentagem de desempregados que se encontram nesta situação há pelos menos um ano passou de 61, 5% no segundo trimestre de 2013 para 67, 6% no segundo trimestre deste ano.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave desemprego animal desaparecimento
Rússia anuncia "embargo total" à importação de alimentos dos EUA e UE
Resposta às sanções aprovadas pelos ocidentais abrange ainda produtos oriundos da Austrália, Canadá e Noruega. (...)

Rússia anuncia "embargo total" à importação de alimentos dos EUA e UE
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-08-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: Resposta às sanções aprovadas pelos ocidentais abrange ainda produtos oriundos da Austrália, Canadá e Noruega.
TEXTO: A Rússia respondeu às sanções aprovadas na semana passada pelos ocidentais decretando um “embargo total” à importação de produtos alimentares oriundos dos Estados Unidos, União Europeia, Austrália, Canadá e Noruega. A lista de produtos, divulgada um dia depois de o Presidente Vladimir Putin ter assinado o decreto a autorizar as sanções, incluiu frutas, vegetais, carne, peixe e produtos lácteos, revelou o primeiro-ministro russo. Dmitri Medvedev anunciou ainda que Moscovo decidiu proibir os aviões ucranianos de atravessar o seu território, estando ainda a ponderar se vai interditar as companhias aéreas europeias e americanas de usarem a rota que sobrevoa a Sibéria, uma das mais usadas nas viagens entre a Europa e a Ásia. “Não há nada de bom nas sanções e esta não foi uma decisão fácil, mas tínhamos de a tomar”, afirmou Medvedev, explicando que o embargo à importação de alimentos entra em vigor nesta quinta-feira e terá a duração mínima de um ano. A medida é mais um passo no escalar de tensões entre russos e ocidentais face à crise na Ucrânia. Medvedev explicou que o embargo poderá ser levantado se os parceiros da Rússia “demonstrarem uma abordagem construtiva”. “Espero sinceramente que o pragmatismo económico prevaleça sobre considerações políticas estúpidas, e que os nossos parceiros não pensem em isolar ou meter medo à Rússia. ”O embargo não diz respeito a alimentação para bebés e os cidadãos russos podem continuar a fazer as suas compras no estrangeiro, mas o Governo russo avisou que qualquer tentativa de aproveitamento da situação para revender produtos proibidos será “severamente punida”. A Ucrânia, que não é visada no embargo anunciado esta quinta-feira, já tinha sido visada pela interdição de exportar para a Rússia batatas, soja, conservas, sumos, leite, queijo, e outros produtos. Medvedev prometeu aos russos que o governo vai “impedir o aumento dos preços” e “libertar as prateleiras para os nossos próprios produtores. ” Embora convencido que a situação vai ser ultrapassada, o primeiro-ministro russo considera que esta “é uma oportunidade única para abrir e desenvolver a nossa indústria destinada a substituir as importações. ”Os peritos consideram que estas medidas proteccionistas vão provocar um aumento da taxa de inflação na Rússia (no mês passado era de 7, 8% ao ano). Um pouco menos de 10% das exportações agrícolas da União Europeia vão para a Rússia, o que corresponde ao equivalente a 11 mil milhões de euros por ano, segundo os números da Comissão Europeia, citados pela AFP. A UE exporta principalmente fruta, legumes, queijo e carne de porco. As exportações agro-alimentares dos EUA para a Rússia representam 0, 8% do total para todos os países. O país europeu que mais exporta produtos alimentares para a Rússia é a Alemanha. No topo da lista de fornecedores estão a Bielorrússia, o Brasil e Ucrânia. O Ministério da Agricultura russo já anunciou o aumento do volume de importações de carne do Brasil e queijo da Nova Zelândia. A resposta russa ao endurecimento das sanções ocidentais coincide com informações de combates no centro de Donetsk, a grande cidade do Leste da Ucrânia, que o Exército ucraniano quer resgatar aos separatistas pró-russos. Segundo responsáveis locais, foram ouvidos disparos de artilharia junto ao quartel dos serviços de segurança, principal base dos rebeldes no centro da cidade, e a meio da manhã um obus terá caído num hospital próximo, provocando um morto e dois feridos.
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O som ao redor do cinema brasileiro: Ventos de Agosto , de Gabriel Mascaro
Evoca Apichatpong e Glauber numa ficção com actores não profissionais (...)

O som ao redor do cinema brasileiro: Ventos de Agosto , de Gabriel Mascaro
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.4
DATA: 2014-08-09 | Jornal Público
SUMÁRIO: Evoca Apichatpong e Glauber numa ficção com actores não profissionais
TEXTO: Que o cinema brasileiro “não alinhado” atravessa um bom momento de forma já não é surpresa para os cinéfilos mais atentos. Aliás, temos tido a possibilidade de o acompanhar, mesmo que de forma irregular. E Locarno vem confirmar o lugar cimeiro do “cinema regional” vindo do Brasil com a exibição da primeira ficção assumida de Gabriel Mascaro, video-artista documentarista cujo Domésticas foi mostrado no Indie em 2013. Ventos de Agosto partlha um mesmo cenário – remoto, “deslocalizado”, quase primitivo, onde o “mundo moderno” é quase inalcançável – com o monumento do filipino Lav Diaz que é From What Is Before, já que o seu filme é também um olhar para uma comunidade que sobrevive como pode. Mas este cantinho ermo do Pernambuco que vive de recolher coco e pescar pela subsistência, definido um par de vezes como “o quarto caminho depois da curva do rio virando à esquerda”, dá origem a um filme muito diferente em tom. Em Ventos de Agosto, Mascaro gere actores não profissionais e uma história inteiramente ficcional, levantando questões de progresso e comunidade de um modo que remete ao mesmo tempo para Apichatpong Weerasethakul e Glauber Rocha. Do cinema do tailandês identificamos a “divisão” em duas partes, uma mais do ponto de vista de Shirley, uma miúda da cidade enviada para o campo para tomar conta da avó, outra de Jeison, um rapaz local que vive como pode. A visita de um investigador (interpretado pelo próprio realizador) para estudar a zona de convergência intertropical dos ventos funciona como “fractura” que separa ambos os momentos, anunciada pela descoberta de um crânio no fundo do mar e confirmada pelo cadáver que dá à praia e Jeison recolhe. A Glauber, e sobretudo ao tropicalismo em embrião de Barravento, Mascaro vai buscar a atenção e a sensualidade com que filma os corpos e a selva, o mar e a terra, e a ideia de um “paraíso” que só não é perdido porque nunca foi encontrado – mas que desaparece assim que é identificado enquanto tal. Mas talvez Ventos de Agosto esteja mais próximo do que parece do “ponta-de-lança” desta geração brasileira que é O Som ao Redor, de Kleber Mendonça Filho: tal como ele, é a história de um mundo indeciso entre fechar-se sobre si mesmo e abrir-se ao outro, onde o som ao redor é não o da cidade mas sim o do vento que define a paisagem. O que apenas confirma a própria indecisão do filme, incapaz de escolher se se quer abrir ao acaso por inteiro ou estruturar com precisão a sua narrativa - mas ao mesmo tempo lhe dá uma dimensão intrigante que não é de deitar fora.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave campo filho comunidade
Sem tréguas, situação humanitária em Gaza continua a deteriorar-se
Segundo dia de ataques aéreos em Gaza após a quebra da trégua pelo Hamas. Diplomacia recomeçou no Cairo mas informações eram contraditórias. (...)

Sem tréguas, situação humanitária em Gaza continua a deteriorar-se
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-08-10 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20140810170304/http://www.publico.pt/1665927
SUMÁRIO: Segundo dia de ataques aéreos em Gaza após a quebra da trégua pelo Hamas. Diplomacia recomeçou no Cairo mas informações eram contraditórias.
TEXTO: No segundo dia após o quebrar do cessar-fogo pelos combatentes palestinianos de Gaza, rockets continuavam a ser disparados contra Israel, bombas continuavam a cair sobre a Faixa de Gaza, mas havia já rumores de alguma movimentação diplomática no Cairo. As declarações eram, no entanto, contraditórias. Fontes palestinianas diziam que estava próxima uma trégua não oficial. Israel, que tinha já afirmado que não negociaria sob fogo, negava que a sua equipa estivesse prestes a ir para o Cairo. O especialista em Médio Oriente da revista Foreign Policy, Daniel Nisman, citava rumores optimistas de que “tanto Israel como o Hamas estão mais dispostos a recuar em algumas das suas exigências” – o Hamas no completo fim do bloqueio incluindo a reabertura do porto de Gaza, Israel da total desmilitarização da Faixa de Gaza. Mas fontes envolvidas nas negociações diziam à Reuters que não esperavam grandes avanços. O Hamas continuava, no entanto, a ameaçar uma “grande escalada” dos ataques de rockets contra Israel. “Se não tivermos resposta às nossas exigências, as nossas medidas defensivas vão ser intensificadas”, disse o vice-ministro da Informação Ihab al-Gussein. O movimento islamista era comparado pelo diário israelita Yediot Ahronot a um animal ferido, tentando a todo o custo sobreviver. O Hamas precisa de uma vitória, mas tanto Israel como o Egipto temem que concessões o façam fortalecer-se, levando a uma nova guerra, seja daqui a semanas, meses ou anos. Até agora, os islamistas no poder em Gaza estão a ter cuidado para não ultrapassar linhas vermelhas que possam levar ao recomeçar da incursão terrestre do Exército israelita. A maioria dos rockets disparados desde a quebra do cessar-fogo, foram reivindicados por outros movimentos palestinianos como a Jihad Islâmica, e não fizeram grandes estragos. Mas a qualquer momento, um rocket a cair num local relevante ou a provocar vítimas, seja por mau cálculo ou decisão deliberada, poderia mudar este quadro de ataques limitados. Israel disse ter atingido este sábado 30 alvos na Faixa de Gaza, e morreram mais cinco palestinianos, incluindo alguns encontrados nos escombros de uma mesquita bombardeada, segundo fontes locais. Na véspera tinham morrido outros cinco, e no total morreram mais de 1900 palestinianos de Gaza. O ministério dos Assuntos Religiosos diz que o exército israelita bombardeou – e destruiu – 63 mesquitas durante a guerra que começou há mais de um mês. Israel diz que o Hamas dispara rockets de perto destes edifícios. A situação humanitária no terreno tem-se deteriorado cada vez mais. A organização não-governamental Human Rights Watch chamou a atenção para os efeitos do ataque que atingiu a única central eléctrica do território, há onze dias: “Dificultou drasticamente o bombear de água para as casas e o tratamento de esgotos, levou os hospitais, já a lutar para lidar com o aumento de baixas de guerra, a aumentar a sua dependência de geradores precários”, disse a organização este sábado. “Afectou o fornecimento de comida porque com a falta de energia os frigoríficos não funcionam e obrigou as padarias a reduzir a sua produção de pão. ”Na Cisjordânia, por seu lado, houve confrontos em protestos contra a intervenção israelita em Gaza. Dois palestinianos foram mortos por soldados israelitas. Em Israel, as autoridades proibiram uma manifestação contra a guerra em Telavive, invocando o risco de concentrações públicas em áreas dentro do alcance dos projécteis do Hamas. Durante esta guerra, três civis (dois israelitas e um tailandês) morreram vítimas dos rockets (houve ainda 64 baixas militares). Bibi é demasiado forteEnquanto isso, o Presidente norte-americano, Barack Obama, deu uma grande entrevista ao New York Times em que falou da política dos EUA no Médio Oriente. Questionado sobre o conflito israelo-palestiniano, defendeu uma solução de dois Estados, mas disse que esta tem de começar pelos líderes israelitas e palestinianos. No caso de Benjamin Netanyahu, “se ele não tiver algum tipo de pressão interna, é difícil que esteja disposto a fazer alguns compromissos difíceis, incluindo enfrentar o movimento dos colonos”, declarou. “Já Abu Mazen [Mahmoud Abbas] é um problema diferente. De um certo modo, Bibi é demasiado forte e Abu Mazen é demasiado fraco para que sejam levados a tomar o tipo de decisões corajosas que fizeram Sadat ou Begin ou Rabin”. Avançar para um acordo de paz “irá precisar de liderança tanto dos palestinianos como dos israelitas para olharem para além do dia de amanhã”, continuou Obama, concluindo: “E isso é o mais difícil de fazer. ”
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Entidades EUA
Ucrânia diz que camiões russos com ajuda humanitária terão de parar na fronteira
Cruz Vermelha será chamada a distribuir apoio para a população de Lugansk, afirma porta-voz presidencial. (...)

Ucrânia diz que camiões russos com ajuda humanitária terão de parar na fronteira
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-08-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: Cruz Vermelha será chamada a distribuir apoio para a população de Lugansk, afirma porta-voz presidencial.
TEXTO: A Ucrânia não deixará passar o comboio de cerca de 280 camiões que partiu de Moscovo com ajuda humanitária, anunciou Valeri Chali, porta-voz do Presidente Pero Poroshenko. “A carga será transferida pela Cruz Vermelha para outros veículos para ser distribuída em território ucraniano. ““Não aceitaremos que a ajuda humanitária seja acompanhada pelo Ministério russo das Situações de Urgência ou pelos militares russos”, frisou ChaliA ajuda humanitária que Moscovo se empenha em enviar para as populações das cidades de Lugansk e Donetsk – neste caso, apenas para Lugansk – onde estão entrincheirados os separatistas que declararam independência do resto da Ucrânia, é vista com desconfiança em Kiev e pelas potências ocidentais. Pode ser uma forma de a Rússia iniciar uma invasão do Leste da Ucrânia, avisa a NATO. Os camiões russos, que já estão a caminho, devem demorar dois dias a percorrer os cerca de 1000 km desde os arredores de Moscovo até um posto fronteiriço próximo de Kharkov, onde se espera que entrem em território ucraniano ao final do dia desta quarta-feira. Laurent Corbaz, responsável pelas operações da Cruz Vermelha Internacional para a Europa, sublinhou no entanto a necessidade de esclarecer todos os pormenores práticos desta operação antes de avançar. A Rússia sublinha que os habitantes que permaneceram nas cidades vivem uma catástrofe humanitária – com o fornecimento de água e electricidade cortado há muitos dias, sem alimentos nem medicamentos, e estando sob bombardeamento das forças governamentais, para forçar os rebeldes a renderem-se. Mas no Ocidente essa necessidade é vista com muito cepticismo – uma atitude que o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, classificou como “cínica”. O Presidente francês, François Hollande, foi um dos vários líderes ocidentais a dar conta, numa conversa telefónica com Vladimir Putin, da “profunda inquietação que suscita a perspectiva de uma missão unilateral russa no território ucraniano”. Nas imagens transmitidas pela televisão russa da longa coluna de veículos brancos que está a caminho da Ucrânia não é visível nenhum veículo militar. O porta-voz de Putin, Dmitri Peskov, garantiu, em declarações à AFP, que o coluna humanitária seguia sem escolta militar. Kiev e Ocidente temem uma cenário de Cavalo de Tróia, em que dentro dos camiões possam estar soldados e armas destinados a ajudar os rebeldes pró-russos, que enfrentam sérias dificuldades para conservarem os seus bastiões de Lugansk e DonetskMas no meio desta guerra existe de facto uma crise de deslocados e há pessoas a precisar de assistência, sejam eles pró-russos ou nacionalistas ucranianos. Mais de 1100 pessoas morreram já em resultado dos combates. O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Danilo Lubkivski anunciou esta terça-feira que o seu país está a negociar com as Nações Unidas um “acordo preliminar” para responder às necessidades da população afectada pelos combates no Leste da Ucrânia, que incluirá um encontro de dadores a realizar ainda esta semana. A Rússia garante que os seus camiões brancos transportam cerca de duas mil toneladas de material humanitário “recolhido pelos habitantes de Moscovo e dos seus arredores”, destinado aos habitantes do Leste da Ucrânia, garantiu um responsável da administração da região da capital russa, citado pela agência Ria Novosti. A bordo dos camiões, precisou a mesma fonte, viajam 400 toneladas de cereais, 100 toneladas de açúcar, 54 toneladas de medicamentos e material médico, bem como 69 geradores.
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Robin Williams pela lente do seu Instagram
Alguns dos momentos deixados pelo actor na rede social de partilha de imagens. (...)

Robin Williams pela lente do seu Instagram
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-08-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: Alguns dos momentos deixados pelo actor na rede social de partilha de imagens.
TEXTO: O actor que morreu nesta segunda-feira aos 63 anos não era muito activo nesta rede social mas mesmo assim deixa-nos aqui fotografias que nos permitem espreitar um pouco do que foram estes seus últimos meses. A sua última publicação foi a 1 de Agosto, dia em que deu os parabéns à sua filha, Zelda, pelos 25 anos. Uns dias antes, Robin Williams marcava também o seu aniversário com uma foto de si com a sua macaca de estimação, Crystal. Com Melissa Leo, com quem rodou The Angriest Man in Brooklyn, filme que se estreou nos Estados Unidos em Maio e ainda sem data de estreia em Portugal. "És um homem crescido agora e eu tenho tanto orgulho em ti. Uma parte de ti será sempre o meu 'Mr Pym'. Parabéns", escreveu o actor no dia do aniversário do filho, Zachary Pym Williams. Na rodagem do terceiro filme À Noite no Museu, que chegará aos cinemas no final deste ano. Robin Williams com a lenda da NBA, Kareem Abdul-Jabbar. Apesar do seu lado mais negro, em público o actor vivia numa brincadeira constante. Com a sua mulher, Susan Schneider, antes de mais uma cerimónia de entrega dos Globos de Ouro. Em Agosto do ano passado, o actor foi ao programa de Jay Leno. Com o seu cão, Leonard.
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A arte de disfarçar imperfeições cranianas nas barbearias tradicionais do Porto
As velhas barbearias portuenses estão muito longe do movimento de outros tempos, mas a memória e os laços estabelecidos durante décadas mantêm-nas de pé. (...)

A arte de disfarçar imperfeições cranianas nas barbearias tradicionais do Porto
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-08-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: As velhas barbearias portuenses estão muito longe do movimento de outros tempos, mas a memória e os laços estabelecidos durante décadas mantêm-nas de pé.
TEXTO: “A função do cabeleireiro é esconder as imperfeições da cabeça”. A frase que ouviu da boca de um dos professores da escola profissional servir-lhe-ia de mote para a vida. A profissão, que se tornou arte — observa o artista —, escolheu-a há mais de 50 anos. A Barbearia Sport, mesmo à sombra dos Clérigos, é local onde, todos os dias, Franquelim Pais se senta à espera que os cadeirões, formados por uma estrutura de ferro mas confortados pelo couro, fiquem ocupados. A porta abre-se poucas vezes. Já não são muitos os que aqui vêm. As barbearias portuenses deixaram de ser casas cheias. Ao contrário de antigamente, os clientes escasseiam. Pelas cadeiras da Sport passaram advogados, professores catedráticos, empregados da baixa portuense, gente de muitas profissões. “As melhores barbearias eram todas aqui na baixa. Esta é pequena mas é boa!”, elogia Franquelim que, noutros tempos, se habitou a ver as ruas carregadas de gente. Entretanto a baixa esvaziou-se, o comércio diminuiu, os cabeleireiros passaram a ser unissexo. No estabelecimento e na arte, herdados do pai, a maquinaria é mínima. A navalha denuncia o corte minucioso. A lâmina “é quem molda o couro cabeludo”. Franquelim, sempre de bata, lembra-se do maior desafio que se lhe colocou: o bigode à Clark Gable, estrela do filme “E tudo o vento levou”. Na altura, quando até “um pêlo contava”, não havia cabelos nem barbas iguais. “Antes até se notava em que casas eram feitos os cortes. Hoje não, os cabelos são todos iguais”, lamenta o artista. Gerações de fiéisO corte “à barbeiro antigo”, estilo clássico, é o pedido mais ouvido noutro estabelecimento, o Salão Veneza, a meio caminho entre o café Guarani e o túnel de Ceuta. Mas Pedro Almeida e Manuel Monteiro satisfazem todas as pretensões: “Também fazemos os outros cortes, até custa menos! Às vezes até dizemos que estragamos um cabelo”. Numa primeira fase, o salão, com 62 anos, morou na Rua do Almada. Pelas mãos do fundador, José Rodrigues, passaram figuras tão ilustres como João Villaret ou Vasco Santana. Hoje são outras as caras conhecidas. Vinte e oito anos de casa permitiram a Pedro Almeida percorrer gerações: “há um rapaz a quem já cortei o cabelo ao pai, avô, bisavô e agora ele”. Manuel Monteiro juntou-se ao Veneza há pouco tempo mas também é barbeiro desde que se lembra. Mudaram-se as paredes, mas a casa manteve-se. “Vim de outra barbearia e muitos dos clientes vieram comigo. Os homens são mais fiéis. Ganham confiança com as pessoas e não deixam”. Na Barbearia Norton, Augusto Carvalho corta barbas e cabelo há mais de quarenta anos e confirma que a maior parte dos clientes “vem pela amizade”. Nesta casa da rua Entreparedes, perto do Teatro Nacional de São João, a confiança ganha-se nas conversas ritmadas pelos cortes das lâminas e das tesouras. Franquelim Pais usa o futebol para as puxar, mas Pedro Almeida não o quer nas conversas, a par da política e da religião. “A gente tem de estar sempre do lado do cliente porque se o chatearmos muito, ele não vem. Se ele disser que é portista, eu digo que até tenho uma simpatia pelo Porto, se for do Benfica ou do Sporting o mesmo. Com os partidos é igual”. Quem vem, chega para corrigir as imperfeições da cabeça dizia o velho professor. E isso parece que basta para facilitar uma relação de companheirismo e amizade. “Há dias em que não nos apetece falar e são eles a puxar por nós. Perguntam pelas coisas que sabem que nós temos. Pelas couves, pelas galinhas…” Por entre tantas cabeças, é preciso “saber ler o cliente”, nota Pedro Almeida. Uns optam por leituras silenciosas, outros por diálogos ritmados pelas lâminas e tesouras. Nos últimos tempos, as conversas são mais simplistas e directas. Fala-se mais por gestos. Os turistas abrem as portas. Grande parte para fotografar, mas a curiosidade já levou muitos a sentarem-se no cadeirão. Pedro já fez a barba a muitos estrangeiros, maior parte deles homens “entre os 20 e os 30 anos”, que nunca tinham “feito a barba num barbeiro”. Só lhe pedem “que não mude a casa” porque “está bem assim”. Franquelim Pais gostava de abrir um barbeiro nos arredores da cidade porque lá “as pessoas têm mais tempo”. Teme que a arte se torne um mero artifício. “Como queremos que uma profissão progrida se não há quem corte cabelos?” Augusto Carvalho sentencia: “O barbeiro, em si, tem tendência a acabar”. As barbearias portuenses permanecem como baluartes de tradição, sem renovação à vista. “Os barbeiros funcionam no rés-do-chão. Os alugueres são muito mais caros do que noutros andares”. Os intervalos entre clientes são cada vez maiores. Augusto lembra–se das quatro cadeiras do Norton cheias e das “muito menos horas livres quando estavam quatro pessoas a trabalhar”. O rádio, as revistas e o jornal entretêm até que a porta se volte a abrir. Na profissão, há uma certeza: “Tem que se esperar pelos clientes”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens escola
Reacções: "representava o que significa ser engraçado"
Obama, Spielberg, Ben Stiller ou Kevin Spacey falam de "imensurável talento" e de "uma das poucas pessoas que merecia o título de ‘génio’”. (...)

Reacções: "representava o que significa ser engraçado"
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-08-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: Obama, Spielberg, Ben Stiller ou Kevin Spacey falam de "imensurável talento" e de "uma das poucas pessoas que merecia o título de ‘génio’”.
TEXTO: O choque causado pela morte do actor Robin Williams teve um de muitos rostos na noite de segunda-feira quando o comediante Conan O’Brien deu a notícia ao público do seu programa na TBS, abalado e “atordoado”. Juntou-se assim a Barack Obama, Kevin Spacey ou Steven Spielberg, entre centenas de demonstrações de carinho pelo comediante efusivo e eléctrico, mas também pelo actor dramático perturbador que desapareceu aos 63 anos. O convidado do momento no programa Conan, o actor e comediante Will Arnett, descreveu Williams como “um dos grandes de todos os tempos”, juntando-se assim a Kevin Spacey que lembrou que Williams “fez o mundo rir e pensar”, descrevendo-o como “um grande homem, artista e amigo”. Na Internet e sobretudo no Twitter partilham-se cenas favoritas de Williams, fotografias do passado e recordações do actor. Já o Presidente dos EUA, Barack Obama, disse em comunicado: "Ele entrou nas nossas vidas como um estranho, mas acabou tocando todos os elementos do espírito humano. Fez-nos rir. Fez-nos chorar. Entregou o seu imensurável talento livre e generosamente àqueles que mais precisam, desde as nossas tropas no estrangeiro, aos marginalizados nas nossas ruas". O realizador Steven Spielberg, com quem Robin Williams trabalhou em Hook, em 1991, descreveu o amigo como “uma tempestade de relâmpagos de génio cómico, sendo o nosso riso o trovão que o sustentava. Era um amigo e não acredito que tenha partido”. Chris Columbus, que o dirigiu em O Homem Bicentenário e Mrs. Doubtfire, destaca algo que muitos dos seus pares lembram de Williams: “Ver Robin trabalhar era um privilégio mágico e especial. As actuações dele eram diferentes de tudo o que algum de nós tinha alguma vez visto, vinham de um lugar algo espiritual ou de outro mundo. Era verdadeiramente uma das poucas pessoas que merecia o título de ‘génio’”. Outro grande nome da comédia stand up norte-americana e contemporâneo de Williams no circuito dos espectáculos, o apresentador Jay Leno, disse em comunicado: “Vi-o em palco pela primeira vez quando ele fez uma audição no Improv em Los Angeles e tornámo-nos amigos desde então. É um dia muito triste”. Outro amigo que fez saber em comunicado da sua admiração por Robin Williams foi Danny DeVito, actor e realizador que dirigiu o actor agora desaparecido em Smoochy, de 2002, dizendo ser difícil falar sobre o assunto e aceitar a notícia, focando-se “na alegria que era estar com ele”. Pam Dawber, a actriz com quem Williams partilhou o estrelato de Mork & Mindy, disse em comunicado estar sem palavras. "Estou completa e totalmente devastada. " Sentimento partilhado pela actriz Glenn Close, com quem o actor contracenou em O Mundo Segundo Garp. "Estou de coração partido. O Robin era um tesouro nacional e uma alma bonita", disse em comunicado. “Nunca conheci uma pessoa tão doce, tão brilhante, tão atenciosa como o Robin", reagiu John Travolta, que trabalhou com Williams em Duas Amas de Gravata. Para Travolta, não há ninguém comparável ao actor, lembrando a forma como ele nos fazia sorrir a todos. Entre os actores que mais recentemente trabalharam com Robin Williams está Ben Stiller, também realizador, que recorda os seus tempos em comum nas paródias À Noite no Museu. Mas Stiller recua até aos seus 13 anos e ao mesmo clube de comédia Improv para encontrar a sua primeira recordação pessoal de Williams, ainda quando o actor era a estrela de Mork & Mindy. “Nunca ultrapassei o facto de ser um fã” de Robin Williams, mesmo trabalhando com ele décadas depois, confessa Stiller, citado pelo site The Wrap. “Acho que a maior parte das pessoas da minha idade sentem o mesmo – que ele e Steve Martin e Bill Murray acabavam por representar o que significava ser engraçado”. O Monty Python Eric Idle recorreu também ao Twitter para manifestar a sua incredulidade perante a morte do seu "encantador amigo" que "nos trouxe tanta alegria e riso". Já o Python Terry Gilliam lembrou o actor no Facebook publicando uma fotografia de Robin Williams em O Rei Pescador, filme realizado por Gilliam. Para Gilliam, o actor foi "o milagre da mente e do espírito mais surpreendentemente engraçado, brilhante, profundo e tonto". "Era um coração gigante, um amigo explosivo, um presente maravilhoso dos deuses. Agora aqueles sacanas egoístas levaram-no. Que se lixem!"Ricky Gervais mostrou-se "profundamente triste". No Twitter, o comediante britânico recordou como Robin Williams, "um homem adorável", "continuava a fazer rir toda a gente, mesmo se não estava a sentir-se bem". Stephen Fry, o actor britânico que também sofre de depressão e que ainda no ano passado revelou ter tentado cometer suicídio, escreveu como o conhecia tão pouco e como gostava dele ainda ainda mais.
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE